sábado, 31 de agosto de 2019

Liga FIFUBO 2019 - Décima Rodada - 31/08/2019

Um sábado de muito calor, tempo abafado e pouca umidade no ar. Mesmo assim, o Imperatriz Arena lotou para ver o início do segundo turno da Liga FIFUBO, com direito a rodada tripla! Vamos aos jogos!


Antes do primeiro jogo, o ciclista Lance Armstrong, da equipe USPS, foi ao centro do gramado para dar o pontapé inicial do returno. Ovacionado, o norte americano mostrou-se bastante emocionado por tamanha honraria, concedida a ele por ter sido o campeão do Criterium du Dauphiné na quinta-feira.

O campeão do Criterium du Dauphiné, Lance Armstrong, dá o pontapé inicial do returno da Liga FIFUBO.
BOCA JUNIORS 2x2 ESTUDIANTES

Após um primeiro turno de altos e baixos, com a sétima colocação na tabela, o Boca quer mostrar que pode brigar por uma vaga nos playoffs. A equipe de Falcioni não tem Schiavi, suspenso no lugar de Abbondanzieri, que levou o cartão vermelho na última rodada. Battaglia joga em seu lugar. O Estudiantes acabou com a seca de vitórias na última rodada (2x0 Huracán) e quer se manter por cima. Em quarto na tabela, a equipe de La Plata repete a escalação de todo o campeonato e aposta nas jogadas pelas pontas. No primeiro turno, Estudiantes 3x0 Boca.

Se as duas equipes querem mostrar que podem brigar pela classificação aos playoffs, terão que fazer muito mais do que mostraram neste jogo. Um festival de erros de passe, pouquíssimas conclusões (sempre de longe e sem direção), uma bagunça total em campo. O público vaiou o primeiro tempo inteiro e teve a certeza de que a melhor jogada de toda a partida, até então, havia sido o pontapé inicial de Lance Armstrong.

Menos mal para o Estudiantes, que foi para o intervalo em vantagem. Nos acréscimos, Leandro Desábato pegou uma bola isolada pelo Boca e inverteu a Marco Rojo na esquerda. O camisa 6 avançou para o campo de ataque e tocou a Rodrigo Braña. O camisa 5 dominou a bola e avançou até a entrada da área, de onde acertou um lindo chute cruzado, que foi no ângulo de Abbondanzieri: Estudiantes 1x0.

No intervalo, Falcioni trocou a dupla de ataque, que não rendia nada. Saíram Schelloto e Palermo e entraram Palacio e Viatri, invertendo o lado do centroavante e do segundo atacante. Percebendo isso, Cristaldo tirou Angeleri e Boselli, colocando Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez, para reforçar a marcação pelo lado direito e ter alguém na área adversária.

O jogo continuou horrível até os 6 minutos, quando os jogadores enfim resolveram começar a jogar. Foi neste momento que Leandro Benítez tentou inverter uma bola para Gastón Fernandez e Battaglia cortou. A bola sobrou a Serna no meio, que tocou mais à frente para Escudero. O camisa 2 se mandou para o campo de ataque e abriu na esquerda para Palacio, correndo para a área na sequência. O camisa 19 fez boa jogada pela ponta, foi ao fundo e cruzou para a marca do pênalti. Escudero apareceu para cabecear no canto e vencer Andujar, fazendo Boca 1x1.

A partir dali, as duas equipes começaram a jogar de forma organizada e desperdiçar oportunidades. Gastón Fernandez fazia boas jogadas pela ponta direita e se fartava de perder oportunidades. Do outro lado, Riquelme arrumava a equipe e Palacio tentava fazer jogadas pela ponta para cruzar para a área.

Aos 9 minutos, Cagna tentou fazer o dump and chase, mas errou na conclusão e Mathias Sanchez pegou a bola, passando para Gastón Fernandez na ponta direita. O camisa 10 puxou o contra ataque, tocou a Verón no meio e recebeu de volta já dentro da área. Abbondanzieri saiu e fechou o ângulo. Fernandez poderia estourar, tentar um drible ou um toque por cima. Mas preferiu rolar de volta para o meio e encontrou Verón livre. O gol estava aberto e o camisa 11 só precisou empurrar: Estudiantes 2x1.

Ali, parecia que o jogo estava decidido, mas o Boca tinha uma última cartada. Na saída de bola, aos 10, Riquelme, Cagna e Basualdo fizeram a 'figura 8'. Basualdo passou a Riquelme no bico da área, o camisa 10 invadiu, driblou Andujar e empurrou para o gol vazio: Boca 2x2.

Destaque do jogo: Rodrigo Braña. O camisa 5 não teve muito trabalho no campo de defesa e, assim resolveu partir para armar o jogo. De seus pés, saíram as principais jogadas do Estudiantes, além de ter marcado o gol mais bonito da partida. 

HURACÁN 2x2 IMPERATRIZ

As duas equipes voltavam a se enfrentar, na mesma situação da partida do primeiro turno. Lá, o Huracán era visto como mero figurante no campeonato e, aqui, é o décimo e último, sem vencer há quatro jogos. Lá, o Imperatriz era o campeão da Copa 3 Corações e do Torneio Início, franco favorito ao título e, aqui, é o vice líder, em ascensão e buscando a liderança. Lá, o Huracán jogou o jogo de sua vida e surpreendeu, vencendo por 3x2. Aqui...

Se Boca e Estudiantes fizeram uma partida sofrível, que mereceu vaias dos torcedores, Huracán e Imperatriz entregaram um jogo incrível, que deixou os torcedores de pé o tempo inteiro. Desde o início, as duas equipes atuavam com inteligência, criavam jogadas e desperdiçavam chances incríveis.

Aos 4 minutos, o Huracán mostrou seu estilo na plenitude. Com uma boa defesa, fez o Imperatriz desperdiçar uma jogada, quando Robinho foi cercado e teve a bola chutada por Minici contra as suas pernas, saindo em lateral. O próprio Minici repôs para Cigogna na ponta esquerda e o camisa 9 tocou a Centurion no meio. O camisa 8 inverteu rápido e encontrou Ruben Masantonio livre, nas costas da defesa. O camisa 10 invadiu a área pela direita e chutou cruzado, na saída de Charlie Brown, para fazer Huracán 1x0.

O Imperatriz via se repetir o filme do turno, mas não queria se desesperar. Tinha tempo para encontrar a virada e, assim, ampliou seu arsenal de jogadas. Além disso, tinha jogadores que vinham de trás, uma vez que seus atacantes estavam sempre bem marcados.

Foi assim aos 8 minutos, quando Douglas era marcado individualmente por Villarruel. Juan saiu da lateral esquerda para armar o jogo e, indo para a meia direita, conseguiu um passe incrível no meio de quatro marcadores. Encontrou Robinho livre e o camisa 7 só teve que invadir a área e acertar o chute, vencendo Islas e fazendo Imperatriz 1x1.

No intervalo, Sr. Rabina tirou Minici e Milano, colocando Barrales e Erramuspe. Já Dircys fez a equipe ficar mais leve, tirando Claudio Winck e Suker para colocar Yago Pikachu e Dagoberto.

O jogo continuou de altíssimo nível e o Huracán começou a preparar o raio para cair no mesmo lugar. Aos 2 minutos, Robinho foi à linha de fundo e cruzou para a área, com Barrientos afastando. A bola sobrou a Centurion na meia esquerda para Barrales. Nas costas da zaga, o camisa 11 avançou em velocidade para a área e, com um chute cruzado, venceu Charlie Brown e fez Huracán 2x1.

O Huracán é assim. A equipe é pequena, joga fechada e perde muitos jogos. Mas quando enfrenta um favorito, seus atletas fazem o jogo de suas vidas. O Imperatriz se viu sem alternativas diante disso. Douglas não conseguia armar o jogo, pois sempre tinha um jogador na marcação e outro na sobra. Os atacantes circulavam a área, mas não conseguiam entrar. E os contra ataques eram sempre perigosos. É nessas horas que o craque tem que aparecer...

Já corriam 9 minutos e o jogo se encaminhava para o final, quando Luan conseguiu afastar uma tentativa de contra ataque do Huracán, tocando a Douglas no meio. Bem marcado, o camisa 10 deu um toque de primeira e a bola foi para a meia esquerda, com Mendieta. O camisa 14 fez o lançamento para a ponta esquerda e encontrou Maikon Leite. O camisa 17 colocou a bola no chão, avançou para cima da marcação, driblou Danelon e Alexis Ferrero e, da entrada da área, acertou um chute forte e colocado para dar números finais ao jogo: Imperatriz 2x2.

Destaque do jogo: Centurion. Em uma partida onde Masantonio, Walter Ferrero, Barrales, Juan, Mendieta, Robinho e Maikon Leite atuaram muito bem, só alguém com uma atuação espetacular para ser o destaque. E este foi Centurion. Muito criticado o primeiro turno inteiro, o camisa 8 resolveu jogar e saiu aplaudido de campo. Deu o passe para os dois gols, marcou bem, armou o jogo e organizou o time.

VELEZ SARSFIELD 0x1 VASCO

O último jogo da rodada tripla era, em tese, o mais equilibrado. O Velez se recuperou bem no final do turno e, mesmo perdendo de forma arrasadora na última rodada (1x4 Imperatriz), vem mostrando evolução, podendo disputar um lugar nos playoffs. O Vasco, por sua vez, continua mostrando problemas no ataque. Apesar de Adriano e Bernardo terem marcado na última rodada, nos 2x1 sobre o San Lorenzo, a comissão técnica chegou à conclusão de que o 4-3-3 não é a tática ideal para aqueles jogadores. Assim, a escalação seria a mesma, mas o Vasco jogaria no 4-4-2 losango. Diego Souza seria a ponta do losango, enquanto Eder Luis e Adriano jogariam mais próximos no ataque.

O diagnóstico da comissão técnica foi perfeito. No losango, o Vasco teve os jogadores mais próximos e os passes saíram com mais precisão. Juninho, Felipe, Diego Souza, Eder Luis e Adriano ocuparam o campo do Velez e promoveram um verdadeiro bombardeio ao gol de Sosa. Quando o adversário recuperava a bola, a marcação adiantada impedia os contra ataques. Mas a conclusão...

O gol só foi sair aos 5 minutos, quando nova tentativa do Velez de sair no contra ataque foi rechaçada por Nilton, que tocou a Juninho no meio. O Reizinho da Colina tocou a Diego Souza no comando de ataque e o camisa 10 tocou a Felipe, próximo à entrada da área. O camisa 6 driblou Sebá Dominguez para invadir a área, trouxe para o pé esquerdo e chutou com maestria, para fazer Vasco 1x0.

No intervalo, Pearl Jam tirou Romero e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto. Antonio Lopes resolveu apostar nos contra ataques, tirando Anderson Martins e Adriano para colocar Allan e Bernardo. Nilton faria a quarta zaga, Allan seria o primeiro volante e Bernardo atuaria mais recuado, junto com Eder Luis. O Vasco voltava ao esquema que tinha quando jogava com o time argolado.

O jogo melhorou no segundo tempo. O Velez teve mais chances, principalmente quando Insua buscava Turco Assad do lado esquerdo. O Vasco teve o contra ataque à disposição. Eder Luis saía da ponta para o meio e a equipe ganhava opções. Mas ninguém acertou o gol e o placar permaneceu inalterado.

Destaque do jogo: Diego Souza. Ao sair da ponta esquerda para armar o jogo pelo centro, o futebol do camisa 10 da Colina cresceu absurdamente. Todas as jogadas passavam por seus pés e, dali, eram distribuídas para os dois lados, com Eder Luis e Adriano, ou para jogadores que vinham de trás, como Juninho e Felipe. Deu o passe para o gol único do jogo e mostrou estar disposto a contribuir muito mais na nova posição.

NOTAS RÁPIDAS
  • A conclusão da rodada, muito provavelmente, acontecerá durante a semana. A FIFUBO não terá jogos neste domingo.
  • Três jogos foram disputados e um festival de milestones foi alcançado. Ao empatar o jogo no primeiro tempo, Damian Ariel Escudero chegou a 10 gols com a camisa do Boca. Já Ruben Masantonio, ao abrir o placar contra o Imperatriz, chegou a 30 gols com a camisa do Huracán. Ao empatar o jogo já no final, Maikon Leite chegou a 10 gols com a camisa do Imperatriz.
  • A FIFUBO está com uma ideia em que, caso tenha que cortar rodadas do segundo turno, fará a nona de qualquer jeito, pois é aquela que tem os clássicos. A ideia será levada aos clubes, que votarão se aceitam ou não.

CRITERIUM DU DAUPHINÉ

A última prova da LMC foi o Criterium du Dauphiné, uma prova em seis etapas disputada nos Alpes franceses, que serviu também como "ressaca" do Tour de France. Na sexta e última etapa, Lance Armstrong, Mark Cavendish e Domenico Pozzovivo estavam ainda na disputa do título, mas os dois últimos tinham uma situação praticamente impossível, já que não só precisavam vencer a corrida como teriam que pontuar nas metas volante e Armstrong não poderia fazer um ponto sequer.

Cavendish e Pozzovivo jamais saíram das últimas posições e nunca mostraram que poderiam conquistar o título. Pozzovivo terminou em vigésimo sétimo e antepenúltimo lugar, enquanto Cavendish foi o vigésimo oitavo e penúltimo colocado. Ao perceber que os adversários não lhe incomodariam, Lance Armstrong se colocou no meio do pelotão, pedalou com segurança e cruzou a linha de chegada em décimo sexto.

A corrida foi histórica não só pelo primeiro título de Lance Armstrong na LMC. Também o foi por ser a primeira vez em que uma equipe dominou o pódio. A Quickstep colocou seus ciclistas nos três primeiros lugares e o público vibrou, pois os dois primeiros eram franceses. A vitória foi de Sylvain Chavanel (sua primeira na LMC), com Julian Alaphilippe em segundo. O belga Tom Boonen foi o terceiro e a alegria francesa ficou completa com o quarto lugar de Thibault Pinot (Française De Jeux).

Armstrong foi o único ciclista a vencer duas etapas no Criterium du Dauphiné. Além do contra relógio na primeira etapa, ele venceu com autoridade a quarta etapa, quando venceu também as metas volante e abriu uma vantagem enorme sobre os rivais. Pode-se dizer, inclusive, que o título foi conquistado naquela etapa.

O pódio foi formado pelo americano da USPS, Lance Armstrong (o campeão), o inglês da T-Mobile, Mark Cavendish (vice campeão), e o italiano da AG2R, Domenico Pozzovivo (terceiro colocado e campeão de montanha). Agora, os ciclistas partem para o Tour da Califórnia, outra prova disputada em seis etapas.

Lance Armstrong no lugar mais alto do pódio, ladeado por Mark Cavendish e Domenico Pozzovivo.

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