sábado, 3 de dezembro de 2016

Supercopa FIFUBO 2016 - 03/12/2016

É chegado o momento da grande apoteose da FIFUBO. A Supercopa encerra o calendário, com os campeões da FIFUBO se encontrando para decidir quem é o super campeão. Como as ligas não foram disputadas neste ano, somente os campeões de copas se classificaram, jogando em uma super final quem seria o campeão da Supercopa FIFUBO 2016.

De um lado, o campeão da Copa 3 Corações, Imperatriz. Maior vencedor da Supercopa (com 3 conquistas), o time de Dircys não atuava desde janeiro, quando bateu Vasco e Dallas Stars para levantar mais uma Copa 3 Corações. A equipe confiava no talento de Zenden, o melhor jogador de futibou de butaum do mundo, para levantar a Supercopa pela quarta vez.

Do outro lado, o campeão da Copa Olé, Velez Sarsfield. Único a ganhar a Copa Olé duas vezes, o time perseguia sua segunda Supercopa FIFUBO (conquistou em 2014), para fechar o ano com a Tríplice Coroa (também conquistou o Torneio Início do Apertura). Ex jogador do Imperatriz, o técnico Tripa Seca conhece o esquema do adversário e, por isso, apostava na participação de Romero e Claudio Hussain, para atacar pelo meio, onde o Imperatriz costuma deixar espaços.

Antes da partida, a fonte do Itaquá Dome foi ligada, em homenagem às vítimas do acidente aéreo em que viajavam a equipe da Chapecoense, os jornalistas e demais tripulantes.
O Imperatriz foi a campo com 1. Charlie Brown, 3. Triton, 2. Leão, 4. Stam e 33. Ramon; 6. Cristóvão, 7. Etcheverry (c) e 10. Zenden; 11. Rodrigo Pimpão, 9. Elton e 16. Denilson. O técnico Dircys, auxiliado por Buchanan's, com Frômio como preparador físico e MST como médico, tinha ainda no banco 14. Anderson Lima, 5. Consuelo, 21. Numan, 19. Rodrigo Souto, 8. Paulo Isidoro, 12. Benjamin, 18. Dinei e 34. Vander Carioca.

O Velez foi a campo com 1. Sosa, 2. Gino Peruzzi, 4. Juan Sabia, 6. Sebá Dominguez e 3. Emiliano Papa; 5. Fernando Gago, 8. Claudio Hussain (c), 7. Lucas Romero e 11. Federico Insua; 10. Dario Hussain e 9. Turco Assad. O treinador Tripa Seca, auxiliado por Parraguez, levava para o banco 12. Lucas Pratto e 13. Fabian Cubero.

Equipes prontas, a saída pertenceu à equipe do Imperatriz.
Assim que a bola rolou, o Velez tomou conta do jogo. Marcando em cima, não deixava o Imperatriz se organizar. Com isso, Rodrigo Pimpão perdeu a bola e fez falta em Papa, logo a um minuto. Tabelando com Turco Assad desde a cobrança da infração no meio de campo, Papa deixou o camisa 9 com a bola perfeita na lateral da meia lua. Com um chute no ângulo de Charlie Brown, Turco Assad abriu o marcador, fazendo Velez 1x0.

O gol relâmpago fez o Imperatriz ver que não seria uma partida calculista e fez com que a equipe partisse para o ataque, a fim de buscar o empate. Após tentativa de passe para Denilson, Gino Peruzzi surgiu e mandou a bola para lateral. Etcheverry cobrou para Zenden, que inverteu o jogo e encontrou Elton livre na esquerda, próximo à entrada da área. Com um chute de trivela, de primeira, o camisa 9 fez a bola descrever uma curva antes de entrar no ângulo de Sosa, fazendo Imperatriz 1x1 aos 2 minutos.

Com apenas dois minutos, o jogo já era sensacional e as equipes se equiparavam em força. Mas, aos poucos, o Velez foi dominando. Aos 4 minutos, Leão errou a saída de bola e Insua se aproveitou. Tocando para Turco Assad, o camisa 11 recebeu de volta dentro da área e tentou driblar Charlie Brown, mas foi derrubado. Pênalti que Gago cobrou no canto esquerdo do goleiro, que foi para o direito: Velez 2x1.

O Imperatriz começou a ver que estava sendo encurralado. Com Zenden bem marcado e os pontas em má atuação, o time dependia de Etcheverry para a bola chegar a Elton e se expunha a contra ataques. Foi assim aos 6 minutos, quando o camisa 9 recebeu dentro da área e chutou, acertando o travessão. A zaga aliviou e o Velez saiu em contra ataque, com Gago abrindo na esquerda para Papa. Seguindo a tática estabelecida por Tripa Seca, o lateral procurou o meio de campo, onde Insua deu lindo passe para Romero. O camisa 7 atraiu a atenção da zaga e rolou para Claudio Hussain, que recebeu livre dentro da área e chutou na saída de Charlie Brown, fazendo Velez 3x1.

O gol desequilibrou de vez o Imperatriz, que só torcia pelo fim do primeiro tempo, tamanho o domínio do Velez. Mas a equipe de Buenos Aires estava impossível e queria mais. Aos 8 minutos, novamente o jogo coletivo foi visto, quando a jogada começou com Gago no campo de defesa, passou a Claudio Hussain no meio, encontrou Romero mais à frente e, por fim, Insua na intermediária. Levantando a cabeça, o camisa 11 viu Turco Assad livre e lhe passou a bola. O camisa 9 recebeu dentro da área e, com um toque de cobertura, tirou Charlie Brown da jogada, fazendo Velez 4x1.

O Imperatriz descontou na saída de bola, em linda triangulação. Elton tocou a Etcheverry, que tocou a Zenden. O camisa 10 viu Elton fazendo a figura 8 e tocou. Elton recebeu na meia lua e mandou um chute forte e indefensável, fazendo Imperatriz 2x4.

O gol parecia diminuir o desastre, mas o Velez ainda tinha cartuchos a queimar. Já nos acréscimos, em nova jogada de contra ataque, Papa tocou a Insua na entrada da área. O camisa 11 invadiu, tentou driblar Charlie Brown e foi novamente derrubado. Desta vez, quem cobrou o penal foi o próprio Insua, que acertou o ângulo direito do goleiro, que até tentou chegar na bola, mas foi impossível: Velez 5x2.

No intervalo, Dircys resolveu partir para o tudo ou nada. Trocou os inoperantes Rodrigo Pimpão e Denilson por Benjamin e Dinei e rezou muito. Já Tripa Seca, ovacionado pela torcida, resolveu tirar Sabia e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto, a fim de deixar todos os jogadores pisarem no gramado antes da comemoração do título.

O Velez diminuiu o ritmo, mas continuou controlando o jogo. Com Insua em tarde de gala, a equipe tocava a bola de um lado para o outro até encontrar o camisa 11, de onde se partiam as jogadas de perigo. Numa delas, aos 5 minutos, Insua abriu a Lucas Pratto na direita. O camisa 12 foi ao fundo e cruzou rasteiro para a área, onde Turco Assad chegou chutando e fazendo seu hat trick: Velez 6x2.

À espera do apito final, os jogadores tocavam a bola, enquanto a torcida do Velez gritava olé. Ainda deu tempo do Imperatriz descontar aos 10, quando Charlie Brown repôs a bola para Etcheverry no meio e o camisa 7 descobriu Dinei se deslocando na direita. O passe foi preciso e o camisa 18 chutou cruzado, sem chances para Sosa: Imperatriz 3x6. Mas foi só um gol de honra...

VELEZ SARSFIELD CAMPEÃO DA SUPERCOPA FIFUBO 2016

O título veio para coroar a temporada perfeita do Velez, que conquistou tudo o que disputou (Torneio Início do Apertura, Copa Olé e Supercopa FIFUBO), além de mostrar seu amplo domínio sobre os rivais. A forma como a equipe se multiplicou em campo e ditou o ritmo das ações foi impressionante. Exímio estrategista, Tripa Seca arrumou uma forma de anular o melhor jogador do mundo, Zenden, e ainda foi feliz em sua leitura, de avanço dos meio campistas.

Insua teve uma tarde de gala, com um toque refinado e movimentação pelo campo inteiro, sendo coroado com um gol de pênalti, ainda no primeiro tempo. Já Turco Assad, criticado durante a Copa Olé, chegou a ser cogitado para começar no banco e terminou como titular, fazendo um hat trick e levando o troféu de artilheiro da Supercopa FIFUBO.

O artilheiro da Supercopa FIFUBO, Turco Assad, recebe o troféu das mãos do vice presidente da FIFUBO, Ruben Paz.
O Imperatriz se portou como quem joga uma final. Não sentiu a falta de ritmo, criou boas oportunidades e marcou 3 vezes, com Elton mostrando faro de gol. Mas a equipe de Dircys não soube sair da armadilha do Velez, que os sufocou o jogo todo.

Jogadores do Imperatriz, em foto oficial após receberem a medalha de prata.
Antes da entrega do troféu ao time campeão, o presidente da FIFUBO fez um discurso em homenagem às vítimas do acidente aéreo, onde disse que o futebol está acima de qualquer coisa e, como instrumento de união, nos aproxima de todos. A FIFUBO está unida às famílias das vítimas nesta dor e é através de jogos emocionantes como este que nós queremos lembrar as brilhantes carreiras que foram perdidas.

Após o discurso, o presidente da FIFUBO, Gabriel Omar Batistuta, entrega ao capitão do Velez, Claudio Hussain, a Supercopa FIFUBO.
Já o Velez conquista sua segunda Supercopa FIFUBO, o quinto título da história da equipe, mostrando que são o time a ser temido e respeitado. O belo trabalho de Tripa Seca leva o Velez a um patamar mais elevado na FIFUBO e mostra que este é o time a ser batido, uma vez  que nenhum outro time argentino conseguiu levantar troféus em 2016.

Jogadores e comissão técnica do Velez posam com os troféus da Copa Olé, da Supercopa FIFUBO e o troféu de artilheiro da Supercopa, de Turco Assad.

Assim sendo, o calendário oficial da FIFUBO se encerra, mas ainda teremos amistosos neste ano, para promover o intercâmbio entre as equipes brasileiras e argentinas. A FIFUBO agradece àqueles que nos acompanharam neste difícil ano de 2016. Que 2017 seja melhor e nós possamos fazer, ao menos, uma das ligas do início ao fim.

NOTAS RÁPIDAS

  • O milestone da rodada vai para Insua. Ao converter o penal contra o Imperatriz, ele chegou a 30 gols com a camisa do Velez.
  • Milestone de outras que não argentinas não podem ser computados ainda porque os arquivos das equipes brasileiras e do Dallas Stars ainda não foram recuperados.
  • Estão previstos até o final do ano, a título amistoso, os seguintes duelos: CROL x Estudiantes, Racing x Bangu, Vasco x Independiente e o Superclássico River x Boca.

Jogadores do Velez dão a volta olímpica com os troféus conquistados neste ano.

domingo, 6 de novembro de 2016

Copa Olé 2016 - Final - 06/11/2016

E chega o dia da grande final da Copa Olé 2016! A chuva parou, o público lotou o Itaquá Dome e as equipes se prepararam para esta data majestosa!

Do lado do Estudiantes, a competição começou com a marca da desconfiança. Tida como uma das piores equipes do torneio e às voltas com problemas físicos, os jogadores foram mostrando jogo a jogo que estavam prontos para alçar voos mais altos. Após estrear como azarão contra o Racing e estar perdendo por 2x0, o time de La Plata arrancou um empate na raça, com um gol de falta de Verón no último lance, e se classificou nos pênaltis. Nas semifinais, no melhor jogo do torneio, bateram o San Lorenzo por 3x2, com autoridade. Chegavam a esta final com a moral elevada e a expectativa de conquistar seu primeiro título na FIFUBO. Para isso, Cristaldo mandava a campo o time com 21. Andujar, 2. Angeleri, 3. Desábato, 4. Federico Fernandez e 6. Marco Rojo; 5. Rodrigo Braña, 11. Juan Sebastian Verón (c), 7. Enzo Perez e 8. Leandro Benítez; 10. Gastón Fernandez e 9. Mauro Boselli. A equipe, que tinha Douradino como auxiliar, tinha ainda 12. Mathias Sanchez e 13. Hernan Rodrigo Lopez como opções no banco.

Do lado do Velez, a certeza de que a equipe mete medo nos adversários e é tida como uma das maiores da FIFUBO hoje. Ao estrear batendo o Boca por 3x1, mostrou que a fama é verdadeira, o que se confirmou quando empatou com o River no último minuto (2x2) e levou a classificação nos pênaltis. Chegavam à final dispostos a fazer história e se tornarem o primeiro time a conquistar a taça duas vezes. Assim, Tripa Seca mandou o time a campo com 1. Sosa, 2. Gino Peruzzi, 4. Juan Sabia, 6. Sebá Dominguez e 3. Emiliano Papa; 5. Fernando Gago, 8. Claudio Hussain (c), 7. Lucas Romero e 11. Federico Insua; 10. Dario Hussain e 9. Turco Assad. A equipe, que tinha Parraguez como auxiliar, ainda levava no banco 12. Lucas Pratto e 13. Fabian Cubero.

Equipes no campo, prontas para o início do jogo. A saída foi do Estudiantes.
A bola rolou e as duas equipes começaram a se movimentar, buscando as melhores oportunidades para abrir o marcador. Algumas chances foram criadas de lado a lado, mas faltava organização e isso complicava na maioria das vezes.

O primeiro gol aconteceu aos 4 minutos, na primeira vez que um time se organizou. Após tentativa de lançamento para Gastón Fernandez, Sebá Dominguez apareceu no meio do caminho e interceptou a bola. Colocando-a no chão, o camisa 6 viu Turco Assad se movimentando no ataque e fez o lançamento. O camisa 9 recebeu na entrada da área, de costas para o gol. Girando, se livrou da marcação de Desábato, invadiu a área e chutou na saída de Andujar, fazendo Velez 1x0 e indo comemorar com o treinador, que lhe deu um gesto de confiança.

O gol acendeu as duas equipes, mas o Estudiantes tinha dificuldades para se armar. Com Leandro Benítez mal na armação, Gastón Fernandez sumido e Angeleri e Marco Rojo tímidos no apoio, a equipe de La Plata não tinha como sair para o ataque e, com isso, foi cedendo espaços para o Velez, que adiantou a marcação e passou a criar melhores oportunidades. Foi assim aos 7 minutos, quando Gino Peruzzi ganhou de Leandro Benítez no pé de ferro na intermediária de defesa do Estudiantes. Após ganhar a disputa, o camisa 2 viu que o time de La Plata estava concentrado no lado direito e, com um lançamento primoroso, inverteu o jogo para a esquerda, onde encontrou Emiliano Papa. O camisa 3 recebeu na lateral da área e, com chute cruzado, venceu Andujar, fazendo Velez 2x0.

O primeiro tempo estava perfeito para o Velez e um pesadelo para o Estudiantes, que não conseguia organizar mais nada. Após mais uma roubada de bola, desta vez na esquerda com Papa, a bola foi a Gago no meio, que encontrou Insua mais à frente. O camisa 11 passou a Claudio Hussain, que abriu na direita para seu irmão, Dario. Invertendo com o meio campo, o camisa 10 tocou a Romero, que recebeu na entrada da área, de frente para o gol e pôde escolher o canto onde mandar a bola, longe do alcance de Andujar: Velez 3x0.

O primeiro tempo de pesadelo para o Estudiantes fez Cristaldo se desesperar. No intervalo, ele tentava juntar os cacos e escolher quem sair. Os eleitos foram Leandro Benítez e Gastón Fernandez, que deram lugar a Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. O Estudiantes voltava à tática que funcionou contra o Racing, com 3 volantes, sendo Verón uma espécie de terceiro homem para armar. Já o Velez confiava bastante na conquista do título e Tripa Seca se deu ao luxo de fazer mudanças para garantir que todos participassem da final. Saíram Juan Sabia e Dario Hussain para as entradas de Cubero e Lucas Pratto. Assim, Cubero entraria na zaga e ajudaria na saída de bola.

O jogo voltou com o Estudiantes correndo desesperadamente e se abrindo para o Velez matar no contra ataque. Assim, a equipe de Buenos Aires colocou a bola no chão e foi tocando. Com apenas dois minutos, Cubero desarmou Boselli e iniciou um momento que lembrou o Barcelona, com toques curtos e pacientes. De Cubero, a bola chegou a Sebá, que tocou a Gago no meio. O camisa 5 abriu na direita para Peruzzi, que procurou Claudio Hussain. O camisa 8 tocou para Lucas Pratto, que devolveu a Insua. Com um toque primoroso, o camisa 11 encontrou Romero dentro da área, em lance muito parecido com o do terceiro gol. Mas Andujar saiu do gol e derrubou Romero antes que ele tentasse o drible e José Roberto Wright marcou pênalti. Gago cobrou no ângulo esquerdo de Romero, que se esticou, mas não achou: Velez 4x0.

A partir daí, o Estudiantes jogou a toalha e o Velez passou a tocar a bola, se limitando a tentar uma ou outra situação em que estivesse bem claro o chute. Com paciência e aos gritos de "olé", os jogadores do Velez foram tocando e esperando o tempo passar. Quando o Estudiantes recuperava, partia rápido para tentar marcar. Aos 8 minutos, conseguiu seu gol de honra, em cobrança de tiro de meta de Andujar, que encontrou Enzo Perez no meio. O camisa 7 abriu a Angeleri na direita, que foi ao fundo e cruzou para trás. Hernan Rodrigo Lopez chutou de primeira e venceu Sosa, fazendo Estudiantes 1x4, mas já era tarde.

VELEZ SARSFIELD CAMPEÃO DA COPA OLÉ 2016

A equipe do Velez vence o Estudiantes por 4x1 e se sagra bicampeã legítima da Copa Olé 2016, já que conquistou também em 2014 (não houve competição em 2015), além de ser a primeira equipe a levantar o troféu duas vezes (Independiente, Boca e Racing têm um título cada). A conquista veio para coroar o grande trabalho de Tripa Seca, que em sua primeira competição (Apertura 2014) ficou em último e, dali, arrancou para conquistas de títulos e grandes vitórias, que fizeram a fama de sua equipe.

O presidente da Rádio Olé, Jorge Mario Trasmonte, e o presidente da FIFUBO, Gabriel Omar Batistuta, entregam a Copa Olé para o capitão do Velez, Claudio Hussain
Além disso, o Velez demonstra sua supremacia entre os times argentinos da FIFUBO, ao conquistar os dois torneios disputados no ano (Torneio Início do Apertura e Copa Olé), além de se classificar para a final da Supercopa FIFUBO contra o Imperatriz (campeão da Copa 3 Corações), que será disputada em dezembro. O Velez já foi campeão da Supercopa, em 2014, enquanto o Imperatriz tem 3 conquistas (2003, 2010 e 2015).

Quatro foram os artilheiros da Copa Olé: Gallardo (River Plate), Dario Hussain (Velez Sarsfield), Enzo Perez (Estudiantes) e Julio Buffarini (San Lorenzo), com 2 gols cada.

Foto oficial dos jogadores e comissão técnica do Velez, com a taça da Copa Olé 2016

sábado, 5 de novembro de 2016

Copa Olé 2016 - Semifinais - 05/11/2016

O sábado foi de muita chuva, mas o público compareceu em bom número ao Itaquá Dome, para as semifinais da Copa Olé 2016. Os torcedores foram recompensados com dois grandes jogos. Vamos a eles!

SAN LORENZO 2x3 ESTUDIANTES

Dois times com empates épicos e classificação sofrida nos pênaltis. Foi assim que o jogo foi vendido. O San Lorenzo arrancou um empate contra o Huracán, depois de estar perdendo por 2x0, com ótimo futebol, que lhes dava uma esperança de chegar á final. Nilson manteve o 4-4-2 losango, mas deixou o 4-3-3 na manga, caso as coisas saíssem do controle. O Estudiantes também arrancou um empate depois de estar perdendo por 2x0, mas o adversário era o Rei de Copas Racing e a conquista nos pênaltis não coroou um futebol envolvente, foi algo mais na base da raça. O recondicionamento físico feito logo após a partida era o grande trunfo do time de La Plata para chegar à final.

A partida foi a melhor do torneio até aqui. Outrora considerados os dois sacos de pancada da liga, San Lorenzo e Estudiantes mostraram movimentação, toques precisos, jogadas bem tramadas e muitas conclusões. O Estudiantes saiu na frente logo aos 3 minutos, quando Angeleri desarmou Stracqualursi e tocou a Gastón Fernandez. Invertendo papéis, o camisa 10 virou armador e tocou em profundidade para Enzo Perez, que virou atacante. O camisa 7 recebeu na entrada da área e chutou no alto. A bola tocou no travessão e morreu no fundo das redes, fazendo Estudiantes 1x0.

O San Lorenzo não se intimidou e partiu para cima. O empate veio aos 6 minutos, em linda jogada coletiva. Tulla recuperou a bola e abriu para Johnathan Ferrari. O camisa 2 tocou a Raul 'Pipa' Estevez, que devolveu a Romagnoli no meio. O camisa 10 abriu a Buffarini na ponta e o camisa 8 avançou, chutando alto e sem chances para Andujar do bico da área: San Lorenzo 1x1.

Quando parecia que o empate se consagraria, eis que o Estudiantes volta a ficar na frente, aos 9 minutos. O San Lorenzo se empolgou com o empate e se lançou ao ataque, mas se abriu para o contra ataque, sendo castigado quando Federico Fernandez recuperou bola que ia para Stracqualursi e tocou a Marco Rojo na esquerda. Com um passe em profundidade, o camisa 6 lançou Boselli, que avançou pela ponta esquerda, invadiu a área e chutou cruzado, vencendo Migliore e fazendo Estudiantes 2x1.

Antes do intervalo, o lance polêmico do jogo ocorreu quando a bola chegou para Stracqualursi dentro da área, de frente pro gol. Ele chutou, Andujar espalmou, a bola tocou no travessão e Andujar tirou no ar. Os jogadores do San Lorenzo cercaram o árbitro, mas ele não confirmou o gol.

No intervalo, Nilson mexeu para colocar o time mais pra frente, não por estar descontente com a atuação de seus comandados. Tirou Raul Estevez e Piatti e colocou Bordagaray e Erviti. Cristaldo tirou Desábato e colocou Mathias Sanchez, com a missão de marcar Stracqualursi e impedir suas entradas pelo meio.

O jogo continuou em altíssimo nível. Sempre que parecia que um time estava dominando, o outro aparecia na frente e levava perigo. Assim foi aos 3 minutos, quando o Estudiantes pressionou de todas as formas. Migliore recolheu cruzamento e tocou a Reynoso. O camisa 5 deu mais à frente para Romagnoli. que lançou Bordagaray. Vendo Buffarini sair da ponta para o meio, o camisa 13 tocou e Buffarini recebeu de frente para Andujar, deslocando-o e fazendo San Lorenzo 2x2.

O jogo ficou dramático. Cada ataque era um perigo duplo, pois o contra ataque viria a seguir. E assim foi até os 7 minutos, quando Marco Rojo saiu da lateral para cobrir Leandro Benítez no meio. Johnathan Ferrari tentou o passe para Romagnoli e encontrou justamente Rojo no meio para interceptar. O camisa 6 tocou a Verón, que inverteu o jogo para Gastón Fernandez. O camisa 10 viu Enzo Perez se lançando ao ataque e tocou. Perez invadiu a área e chutou cruzado, sem chances para Migliore, fazendo Estudiantes 3x2.

VELEZ SARSFIELD 2x2 RIVER PLATE

Se o jogo entre as ditas piores equipes foi um jogaço, o que esperar da partida entre os dois gigantes, que levaram os últimos títulos da FIFUBO e decidiram uma Supercopa FIFUBO? O Velez foi a única equipe a vencer nas quartas (3x1 no Boca) e apostava no seu jogo cadenciado para envolver o River e avançar à final. Já o River tinha na empolgação do empate contra o Independiente (quando chegou a estar perdendo por 3x0) e no seu toque de bola envolvente as armas para conquistar um título que ainda não possuía.

O River começou o jogo amassando o Velez, abafando-o no seu campo e chegando em frente com vários nomes para a conclusão. Mas se abria aos contra ataques. O Velez resistiu por 1 minuto e meio até Gago desarmar Trezeguet e tocar a Insua no meio. O camisa 11 recebeu com liberdade e lançou perfeitamente para Dario Hussain. O camisa 10 recebeu, invadiu a área e chutou sem chances para Carrizzo. Ex jogador do River, Hussain fez sinal de silêncio para os torcedores rivais, enquanto o Velez comemorava o 1x0.

O River não se abateu e continuou dominando o jogo. Mas faltava Trezeguet aparecer para a conclusão, o que fazia com que os jogadores tentassem jogadas com seus pontas. E foi assim que chegou ao empate, aos 6 minutos. Buonanotte recebeu na esquerda e avançou, sendo derrubado por Gago próximo à entrada da área. Gallardo cobrou com perfeição e mandou bola e Sosa para dentro do gol: River 1x1.

No intervalo, Madeirite novamente mexeu no lado esquerdo, a exemplo do que ocorrera contra o Boca. Tirou Romero e Turco Assad para colocar Cubero e Lucas Pratto. Já Francescoli mexeu apenas no comando de ataque. Assim como contra o Independiente, Trezeguet foi sacado para a entrada de Funes Mori.

A chuva piorou no segundo tempo, mas o nível do jogo aumentou. O River passou a dominar as ações e criar jogadas. Fez a sua famosa jogada de armação para as pontas, passe para o centroavante e conclusão. Mas exatamente na hora da conclusão, Gago estava colado em Funes Mori para impedir o chute. Mesmo assim, o Velez foi anulado, pois Almeyda e Barrado adiantaram a marcação, impedindo a bola de chegar aos atacantes.

Com tanto domínio, o gol do River era questão de tempo e ele apareceu aos 4 minutos. Após Almeyda impedir mais uma tentativa de passe para Pratto, a bola ficou com Ferrari na direita. O lateral tocou a Gallardo no meio, que foi tabelando com Ortega até deixar o camisa 10 em condições de chutar de dentro da área. A bola ainda tocou no travessão antes de entrar: River 2x1.

O Velez tentou se lançar ao ataque, mas o River continuou dominando as ações e neutralizando as tentativas do rival. Porém, não conseguia traduzir seu domínio em gol e acabou penalizado com a máxima do "quem não faz, leva". Aos 9 minutos, Buonanotte errou um passe e propiciou um contra ataque para o Velez. Claudio Hussain tocou a seu irmão Dario, que tocou a Lucas Pratto na esquerda. Os marcadores do River correram desesperados, ante a fama de matador do camisa 12. Inteligentemente, Pratto devolveu a bola para Dario Hussain, que recebeu da meia lua e chutou. Carrizzo voou na bola, espalmou e a bola bateu no travessão. O efeito da bola e o gramado molhado fizeram a bola bater no chão e rodopiar enlouquecidamente, até entrar calmamente no gol, empatando o jogo em 2x2 e levando para os pênaltis.

Nas primeiras 4 cobranças, ambos acertaram 3 e erraram justamente a terceira. Almeyda chutou para defesa de Sosa e Gago chutou para Carrizzo pegar. Na última cobrança do River, Buonanotte cobrou no ângulo esquerdo e Sosa fez uma defesa cinematográfica. Lucas Pratto foi para a última cobrança do jogo e bateu com muita força no canto esquerdo de Carrizzo, que pulou mas não pôde evitar o gol: Velez 4x3.

NOTAS RÁPIDAS
  • Estudiantes de La Plata e Velez Sarsfield fazem a grande final da Copa Olé neste domingo. O time de La Plata busca seu primeiro título na FIFUBO. Já o time de Buenos Aires busca se tornar o primeiro bicampeão da história da Copa Olé.
  • Em sessão no TJB após a rodada, foi acolhida a reclamação do San Lorenzo no lance em que a bola de Stracqualursi teria entrado e, com isso, o árbitro Juan Carlos Loustau recebeu um jogo de suspensão, ficando de fora da final da Copa Olé.
  • Três jogadores atingiram milestones na rodada. O primeiro gol marcado contra o Estudiantes foi o décimo de Buffarini com a camisa do San Lorenzo. Já os gols marcados pelo River fizeram Ortega chegar a 40 e Gallardo a 60 com a camisa milionária.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Copa Olé 2016 - Quartas de Final - 02/11/2016

Ah essa falta de datas... sempre nos impedindo de prosseguir... ainda bem que tivemos um feriado nesta quarta-feira, para completar as quartas de final da Copa Olé 2016. O dia de los muertos trouxe muito calor, mas também ajudou a encher o Itaquá Dome, para as duas partidas restantes. Vamos a elas!

SAN LORENZO 2x2 HURACÁN

Considerado o pior time do campeonato, o San Lorenzo vinha fazendo uma campanha de recuperação no Apertura. Com duas vitórias e três derrotas, o time de Almagro ocupava a quarta posição, impulsionado pelos gols de Romagnoli. Sabendo que seu craque iria enfrentar uma marcação individual, Nilson pediu a Buffarini e Piatti que participassem da armação e voltassem para impedir os contra ataques do Huracán. Do outro lado, o time do Huracán festejava. Tido pela imprensa como favorita ao título, pelo sistema defensivo eficiente, a equipe de Sr Rabina queria manter a fama, com o lema "Racing, Velez, por que não Huracán?", em alusão às equipes desacreditadas que conquistaram a Copa Olé. No Apertura, tinha campanha idêntica ao San Lorenzo, mas estava em quinto devido ao número de gols pró inferior ao de seu rival.

Quem esperava uma partida ruim, apertada, se enganou. Desde o início, San Lorenzo e Huracán jogaram com inteligência, armaram jogadas e rondaram a área rival. Romagnoli tinha liberdade extrema e cabia a Islas evitar que o camisa 10 inaugurasse o marcador. Por outro lado, Buffarini e Piatti não faziam nem a armação, nem a marcação e isso ajudava o Huracán na hora de puxar contra ataques.

Foi assim que, aos 4 minutos, a equipe de Buenos Aires abriu o marcador. Cigogna cobrou lateral para Masantonio, que puxou contra ataque invertendo o jogo na direita para Milano. Sem oposição, o camisa 7 invadiu a área e chutou na saída de Migliore, fazendo Huracán 1x0.

No intervalo, Nilson mudou radicalmente a equipe. Tirou Buffarini e Piatti e colocou Tellechea e Bordagaray. A equipe passaria a jogar no 4-3-3, com Tellechea e Reynoso formando uma dupla de volantes de marcação forte. Já Sr Rabina tirou Centurión e colocou Erramuspe, para melhorar a marcação em cima de Romagnoli.

O Huracán voltou melhor e dominou as ações, mas só levava perigo mesmo nos contra ataques. Foi assim aos 2 minutos, quando uma bola rebatida por Minici encontrou Cigogna na esquerda. O camisa 9 deu um chapéu em Johnathan Ferrari e avançou até o bico da área, de onde deu um toque colocado, de extrema categoria, no ângulo de Migliore, fazendo o gol mais bonito da rodada: Huracán 2x0.

O San Lorenzo se desmontou de vez e passou a recorrer ao chutão. O Huracán, feliz, tocava a bola com inteligência, à espera do apito final. Mas a raça é um arma importante quando não se tem a técnica. E foi assim que o San Lorenzo partiu para evitar a eliminação. Aos 6 minutos, Bordagaray cobrou escanteio para o meio da área. Stracqualursi cabeceou desequilibrado para o primeiro pau e Romagnoli apareceu para completar, também de cabeça, bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x2.

O gol, que parecia ser só um gol de honra, incendiou o San Lorenzo. A equipe de Almagro se lançou ao ataque e se abriu de vez, sujeitando-se a contra ataques, arma favorita do Huracán. Aos 8 minutos, num contra ataque, Ruben Masantonio foi agarrado por Ameli. A cobrança de falta encobriu a barreira, mas parou em Migliore, que espalmou para o outro lado. Tulla pegou a bola e partiu para o ataque. Tabelou com Johnathan Ferrari, com Romagnoli e tocou a Stracqualursi. O camisa 9 viu a marcação se aproximando e tocou de volta para Tulla. O zagueiro invadiu a área e chutou no alto, sem chance para Islas, marcando seu primeiro gol com a camisa do San Lorenzo, empatando o jogo em 2x2 e levando para os pênaltis.

Nas cobranças, o San Lorenzo acertou suas quatro primeiras tentativas. Do lado do Huracán, a cobrança de Milano foi para fora e a de Cigogna parou em uma defesa espetacular de Migliore. O San Lorenzo venceu por 4x2 e avançou às semifinais da Copa Olé, no melhor jogo do campeonato.

ESTUDIANTES 2x2 RACING

Ainda em busca de um esquema que os leve à vitória, o time do Estudiantes enfrenta a fúria de sua torcida. A paz entre os grupos dentro do elenco ainda não trouxe a paz com a bola no pé, que os leve à vitória. Até então, era o penúltimo no Apertura, com apenas 4 pontos. Do outro lado, os jogadores do Racing tinham a confiança de uma equipe que foi apelidada de "Rei de Copas". Dispostos a lutar pelo bi, os jogadores esqueceram a campanha no Apertura (onde eram os últimos) e se concentravam no crescimento de seus atletas em competições eliminatórias.

Se o jogo anterior foi o melhor da competição, o daqui deixou muito a desejar. Erros de passe em profusão, pouquíssimas chances de gol e torcedores irritados. Quando colocou a bola no chão, porém, o Racing levou perigo e chegou ao gol. Aos 4 minutos, em falta no seu campo de defesa, Ruben Capria voltou para cobrar a falta e arrumar a equipe. Tocou para seu irmão, Diego, e pediu de volta a bola. Na intermediária, ele orientou o posicionamento dos jogadores e descobriu Enrique avançando livre na esquerda. O passe saiu preciso e o camisa 3 recebeu no bico da área, para chutar cruzado e fazer Racing 1x0.

O gol foi uma bênção para a equipe de Avellaneda, que jogava mal. Bênção maior foi aos 7 minutos, quando Martin Simeone puxou contra ataque, invadiu a área e chutou. A bola tocou na trave e o perigo foi afastado, mas Andujar cometeu uma atitude estúpida e agrediu Martin Simeone quando este voltava para o seu campo. Pênalti, que Ruben Capria cobrou com categoria no canto esquerdo, deslocando Andujar e fazendo Racing 2x0.

No intervalo, Cristaldo trocou Leandro Benítez e Mauro Boselli por Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez, montando um 4-4-2 com 3 volantes, sendo que Verón jogaria mais adiantado. Já Paralelo sacou Pelletieri e Acosta e colocou Fariña e Hauche, uma vez que os titulares não produziram nada em campo.

Se o jogo foi ruim no primeiro tempo, foi pior no segundo. As equipes sentiram a falta de ritmo e o calor e passaram a errar mais, irritando a torcida profundamente. O jogo parecia fadado a um fim com aquele placar do primeiro tempo, já que o Racing deixou de dominar as ações e o Estudiantes não conseguia armar nada. Foi aí que Angeleri resolveu apoiar pela direita. Aos 6 minutos, o camisa 2 correu e pediu a bola. Verón passou com precisão e o camisa 2 recebeu na intermediária, passando a Gastón Fernandez. O camisa 10 devolveu na entrada da área e Angeleri chutou no ângulo, sem chances para Saja, fazendo Estudiantes 1x2.

Parecia apenas o gol de honra, já que as duas equipes continuaram errando. Mas o erro crucial foi de Pocchetino, que fez uma falta próxima ao bico direito da área no último lance do jogo. Verón ajeitou, respirou fundo e chutou. A bola encobriu a barreira e Saja não alcançou: Estudiantes 2x2.

Só para se ter ideia da ira da torcida, o ídolo do Racing, Ruben Capria, foi vaiado enquanto se preparava para bater o primeiro pênalti. A cobrança foi perfeita, mas a torcida não comemorou. No Racing, Hauche chutou para fora e Latorre bateu para a defesa de Migliore. O San Lorenzo converteu suas 4 cobranças e fez 4x2, avançando às semifinais, enquanto a torcida do Racing não perdoava seus jogadores, com vaias e outras ofensas.

NOTAS RÁPIDAS

  • Se tudo correr bem e o calendário permitir, as semifinais serão disputadas neste sábado. San Lorenzo e Estudiantes farão o "Clássico do Ônibus Azul", enquanto Velez e River reeditarão a final da Supercopa FIFUBO de 2014.

sábado, 29 de outubro de 2016

Copa Olé 2016 - Quartas de final - 29/10/2016

Mais um ano vai chegando ao final e a escassez de datas impede a FIFUBO de concluir seu calendário. Dessa maneira, as duas ligas foram canceladas (a exemplo de 2015). Porém, a Copa Olé será realizada, mesmo fora de sua data normal (meio do ano) e, assim, teremos também a Supercopa FIFUBO, já que o campeão da Copa 3 Corações (Imperatriz) já está garantido na competição, à espera do campeão da Copa Olé. Assim sendo, as quartas de final da copa começaram neste sábado, com dois jogos de muita emoção. Vamos a eles!

INDEPENDIENTE 3x3 RIVER PLATE

Nas cinco primeiras (e únicas) rodadas do Apertura desse ano, o destaque absoluto foi o time do Independiente. 5 vitórias, 20 gols marcados, 7 sofridos, um futebol envolvente e um Facundo Parra com 5 gols marcados e a vice artilharia do campeonato. Porém, o último jogo foi em meados de março e a falta de ritmo seria o grande entrave. Já o River não apresentou no Apertura o futebol de toque de bola que lhe caracterizava e o terceiro lugar (2 vitórias, 1 empate e 2 derrotas) mostrava que muito trabalho deveria ser feito.

A bola rolou e o gol logo saiu. Gracián deu a saída de bola para Fredes, que driblou Barrado no meio de campo e chutou da intermediária. A bola ganhou força e enganou Carrizzo, logo aos 13 segundos: Independiente 1x0.

O gol era tudo o que o River não queria, já que controlar o jogo com calma era a estratégia inicial. Isso obrigou a equipe a tomar a iniciativa incisivamente, mas a falta de ritmo se fez presente. Os jogadores não se encontravam em campo e ainda tinham dificuldades com a boa marcação do rival. Com isso, o Independiente foi se lançando em contra ataques e chegou ao segundo gol aos 5 minutos. Mattheu interceptou passe que ia para Trezeguet e tocou para Fredes. O camisa 8 lançou Facundo Parra no ataque, que inverteu o jogo magistralmente para Silvera. Sem marcação, o camisa 11 chutou da entrada da área no ângulo de Carrizzo, que nada pôde fazer: Independiente 2x0.

Se com um gol de desvantagem estava difícil, com dois era pior ainda. O River se perdeu completamente em campo e não conseguiu criar mais nada. Pior ainda quando Barrado fez falta em Parra, que partia no contra ataque, próximo à entrada da área. Gracián cobrou no canto do goleiro, que só viu quando a bola já balançava as redes. O Independiente abriu 3x0 nos acréscimos.

No intervalo, Bayer sacou Montenegro (que já tinha cartão amarelo) e Facundo Parra (cansado) para colocar Acevedo e Gandin. Já Francescoli, descontente com a atuação de sua equipe, sacou Coudet e Funes Mori. Ali começava o toque do gênio...

O River melhorou com as substituições e começou a dominar as ações em campo. Com a marcação adiantada, o time recuperava rápido a bola e chutava como podia. Mesmo assim, o gol demorou a sair e só veio aos 3 minutos, graças a uma falta no meio de campo. Buonanotte recuperou a bola e foi seguro por Fredes. O camisa 30 fez o "toca y me voy" com Funes Mori, recebendo de volta no bico esquerdo da área e chutando cruzado. Navarro tentou encontrar a bola, mas não foi possível: River 1x3.

Para o Independiente, mais parecia um gol de honra. Para o River, foi o combustível para acreditar no empate. Enquanto a equipe de Avellaneda pensava dominar o jogo, mas caía na marcação do River, o time de Nuñez atuava na base da raça, mas ia conquistando espaços. O Independiente só percebeu que ia caindo na armadilha aos 7 minutos, quando Buonanotte recuperou bola de Gracián e foi avançando, sendo derrubado por Acevedo próximo à entrada da área. Gallardo cobrou a falta com perfeição e colocou fogo no jogo: River 2x3.

A partir daí, o desespero tomou conta do Independiente, que resolveu se trancar na defesa e deixar só Silvera nos contra ataques. O River se alimentou do desespero do adversário e partiu com tudo para o empate. Já nos acréscimos, Ferrari desarmou Silvera sem falta e tocou a Gallardo. O camisa 11 viu Funes Mori se movimentando em diagonal e passou-lhe a bola. O camisa 9 recebeu dentro da área e chutou sem a menor chance para Navarro, conseguindo o impensável: River 3x3.

Nos pênaltis, o River desperdiçou com Almeyda (Navarro defendeu) e Ortega (na trave). No Independiente, Gracián e Tuzzio chutaram, para defesas perfeitas de Carrizzo. Na última cobrança, Gandin mandou para fora e o River venceu (3x2) para avançar às semifinais.

BOCA JUNIORS 1x3 VELEZ SARSFIELD

O Apertura corria e o Boca ia vencendo a desconfiança da torcida. Com 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota, a equipe ia começando a definir um padrão de jogo. Campeões da primeira Copa Olé, em 2011, queriam voltar a conquistar o troféu. Do outro lado, os atuais campeões faziam campanha regular no Apertura, com 1 vitória, 2 empates e 2 derrotas, um modesto quinto lugar. Mas a Copa Olé e a Supercopa FIFUBO de 2014 davam ao Velez o respeito necessário que é dado às superpotências do esporte.

Com Palacio no lugar de Schelloto, Madeirite tentava formar uma unidade em sua equipe. Já Tripa Seca queria o Velez pressionando desde o início, sufocando o Boca no campo deles. Mas os erros foram se acumulando no início do jogo e as equipes não conseguiam criar nada. As coisas foram melhorando quando os times começaram a pegar ritmo e foi o Boca quem chegou às redes primeiro. Aos 3 minutos, Ibarra cobrou lateral na direita para Riquelme. O camisa 10 avançou pela ponta até a linha de fundo e cruzou para o meio da área, onde Palermo subiu e cabeceou sem chances para Sosa, fazendo Boca 1x0.

O gol ajudou o Boca, que passou a dominar as ações e sair em contra ataques. Já o Velez não se arrumava em campo. Com jogadores fora de posição e/ou desinteressados, ficou difícil criar alguma coisa. O capitão, Claudio Hussain, foi arrumando o time na base do grito e foi assim que saiu o empate. Aos 7 minutos, ele foi cobrar um lateral e ninguém se apresentou para receber. Aos berros, ele chamou Insua, que apareceu correndo pela direita e recebeu a bola. Com um toque, o camisa 11 se livrou da marcação de Arruabarrena, invadiu a área e, de pé esquerdo, chutou sem chances para Abbondanzieri, fazendo Velez 1x1.

No intervalo, Madeirite tirou Cagna (que já tinha cartão amarelo) e Palacio (que nada fez em campo), para pôr Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. Já Tripa Seca sacou os inoperantes Romero e Turco Assad para colocar Cubero e Lucas Pratto.

As mudanças de Tripa Seca deram resultado e o Velez passou a dominar as ações, principalmente com Lucas Pratto, que se movimentava o campo todo. O Boca cansou e passou o segundo tempo inteiro no campo de defesa, com Schelloto sozinho no campo de ataque à espera de uma bola para concluir. Com essa retranca, o Velez tinha dificuldades de se armar e esperava pacientemente uma oportunidade. Ela veio aos 6 minutos, quando Sosa cobrou tiro de meta para Gago na intermediária. Com um gesto, o camisa 5 indicou para onde Insua deveria ir e receber a bola. O camisa 11 recebeu e viu a movimentação de Pratto no meio da defesa. O passe foi preciso e o camisa 12 recebeu dentro da área, de onde chutou forte e venceu Abbondanzieri: Velez 2x1.

O gol fez o Boca correr, mas cansados, nada produziram. Melhor para o Velez, que passou a controlar o jogo e a classificação. O terceiro gol foi exemplo de uma jogada coletiva armada por um time organizado. Dario Hussain tocou a Gino Peruzzi, que tocou a Cubero. O camisa 13 inverteu o jogo para Emiliano Papa, que tocou na esquerda para Lucas Pratto. Com uma inversão de jogo primorosa, o camisa 12 encontrou Claudio Hussain dentro da área. O camisa 8 recebeu na direita e chutou forte, sem chances para Abbondanzieri, dando números finais ao confronto: Velez 3x1.

NOTAS RÁPIDAS

  • As quartas de final se encerram neste domingo, quando San Lorenzo x Huracán e Estudiantes x Racing prometem encher o Itaquá Dome.
  • A FIFUBO encerrou as atividades de Subbuteo nesta semana que passou. As equipes serão desmontadas e a modalidade não será mais promovida, já que disputada nunca foi.
  • O milestone da rodada vai para Diego Buonanotte. Ao marcar contra o Independiente, o atacante chegou a 30 gols com a camisa do River Plate.

domingo, 13 de março de 2016

Torneio Apertura 2016 - Quinta Rodada - 13/03/2016

O domingo foi chuvoso e ainda teve protestos por todo o país. Mas a impossibilidade de encerrar a quinta rodada durante a semana e fazer a sexta nos finais de semana fez com que a quinta rodada só pudesse se encerrar neste domingo, o que levou o público em número muito bom ao Itaquá Dome, para duas partidas emocionantes.

SAN LORENZO 2x4 INDEPENDIENTE

De um lado, uma equipe empolgada pela arrancada recente. Com duas vitórias nos dois últimos jogos (4x3 Velez e 4x0 River), o San Lorenzo acredita em voos maiores e mantém o time no 4-3-3 que vem dando certo. O problema é que do outro lado está o líder do campeonato, único invicto e vindo de uma vitória no Clássico de Avellaneda (3x2 Racing). Prenúncio de jogão!

E foi um jogão mesmo, com as duas equipes jogando para a frente e buscando o gol o tempo todo. O Independiente tomou a iniciativa e o San Lorenzo se segurou como pôde, buscando o contra ataque para chegar ás redes. Aos 2 minutos, Stracqualursi fez jogada de raça pela direita e foi desarmado por Mareque, com a bola saindo para lateral. Tellechea cobrou para Stracqualursi, recebeu de volta na direita da área e chutou cruzado. A bola pegou um efeito impressionante e enganou Navarro, fazendo San Lorenzo 1x0.

O gol empolgou a torcida do San Lorenzo, que via ali uma possibilidade de derrubar a única equipe com 100% de aproveitamento. Mas o Independiente não é líder à toa. Sua capacidade de dominar as ações é impressionante e foi assim que, mesmo atrás no placar, o time dominou o jogo e chegou ao empate. Aos 5 minutos, Mareque roubou bola de Romagnoli e tocou a Busse. O camisa 7 conduziu pela esquerda e viu Silvera se deslocando para o meio. O passe foi preciso e o camisa 11 recebeu próximo à entrada da área, de onde viu o posicionamento de Migliore e chutou no canto, deslocando-o e fazendo Independiente 1x1.

No intervalo, Nilson mudou o esquema ofensivo para a retranca, por conta da expulsão de Tellechea na saída de bola após o gol do Independiente. Saíram Raul 'Pipa' Estevez e Bordagaray e entraram Piatti e Erviti. Assim, formava-se um losango no meio e centralizava o isolado Stracqualursi no ataque. Já Bayer tirou Fredes (cansado) e Facundo Parra (nulo) para colocar Acevedo e Gandin.

O San Lorenzo mostrou força logo na saída de bola. Romagnoli tocou a Erviti e recebeu na frente. Com um jogo de corpo, tirou Montenegro da jogada e preparou-se para o chute. A polêmica se instaurou ali, pois Romagnoli mudou de posicionamento após o goleiro se posicionar e o juiz deixou seguir. Romagnoli chutou rasteiro e venceu Navarro. Enquanto o 10 do San Lorenzo batia no peito, apontava ao chão e fazia a taunt da Paloma, Navarro pressionava o juiz, que validava o gol, aos 30 segundos do segundo tempo.

O Independiente passou a buscar o gol enquanto o San Loreno se trancou na defesa, transformando o jogo em um ataque contra defesa frenético. Se o líder do campeonato ronda a área adversária, é certo que o gol surgirá em breve. E foi assim aos 4 minutos, quando Gracián cobrou escanteio e Silvera cabeceou deslocando Migliore. Era o segundo de Silvera e do Independiente: 2x2.

A partir daí, o jogo ganhou em emoção e as duas equipes desperdiçaram oportunidades. Foram 6 jogadas seguidas, de lado a lado, que terminaram na trave. Quando o empate parecia consolidado, eis que Gracián recuperou uma bola e tocou a Mareque na esquerda. O camisa 3 viu Gandin livre na direita e inverteu o jogo magistralmente. O camisa 9 recebeu já levando a bola para dentro da área e chutou com força, vencendo Migliore e fazendo Independiente 3x2, aos 10 minutos.

O San Lorenzo não pôde fazer mais nada. Perdeu a bola na saída e o Independiente tocou para o tempo passar. De pé em pé, a bola foi indo pra cá e pra lá, até sobrar para Gandin dentro da área, pela direita. Ele chutou de primeira, cruzado e Migliore nem se mexeu: Independiente 4x2, no último lance do jogo.

Destaque do jogo: Nestor Silvera. Tudo bem que Gandin também fez 2 gols, mas foram os 2 de Silvera que mantiveram a calma da equipe para buscar a vitória. Além de fazer os dois primeiros gols, se movimentou o campo inteiro, armou jogadas e organizou a equipe.

RIVER PLATE 4x4 VELEZ SARSFIELD

Este era para ser o choque de líderes do campeonato. As duas equipes decidiram o Torneio Início e vinham como favoritas ao título do Apertura. Mas o River já coleciona duas derrotas, sendo a última uma acachapante goleada de 4x0 a favor do San Lorenzo na última rodada. Ao menos tinham a volta de Francescoli à beira do campo, após duas rodadas de suspensão. Já o Velez vem em situação mais desesperadora. Já são 3 jogos sem vencer e mesmo o heroico empate com o Estudiantes na última rodada (2x2) teve um gosto amargo, por aumentar o jejum de triunfos.

O jogo foi bom desde o início, embora ainda não se veja o estilo que consagrou as duas equipes. Sem o toque de bola tradicional, o River atacou pelas pontas e encontrou seu gol logo a um minuto. Ortega cobrou escanteio para a área e Barrado surgiu cabeceando cruzado, para fazer River 1x0.

O empate do Velez não demorou a sair e também foi em cobrança de córner. Aos 3 minutos, Claudio Hussain mandou a cobrança para a área e Sebá Dominguez surgiu para cabecear e fazer seu primeiro gol com a camisa do Velez: 1x1.

O River desempatou na saída de bola. Gallardo tocou a Trezeguet, que driblou Insua, avançou, driblou Gago e, da entrada da área, chutou forte para fazer River 2x1 aos 4 minutos.

O Velez só foi empatar aos 8 minutos, após erro de passe do River. Gago abriu na esquerda para Papa, que tocou no meio para Claudio Hussain, próximo à meia lua. De frente, o camisa 8 ainda se aproveitou do fato de Carrizzo ter a visão obstruída por Turco Assad e chutou no canto direito do goleiro, fazendo Velez 2x2.

No intervalo, Francescoli resolveu ousar. Tirou o vaiado Gallardo e colocou Funes Mori, para formar um quarteto de ataque. Buonanotte recuaria para armar, Ortega e Funes Mori abririam pelas pontas e Trezeguet ficaria como centroavante. Já Tripa Seca fez as mudanças tradicionais. Saíram Romero e Dario Hussain e entraram Cubero e Lucas Pratto.

A mudança do Velez deu mais liberdade a Insua, que passou a se movimentar pelo campo e distribuir passes, mas foi o River quem voltou a liderar o marcador, aos 4 minutos. Trezeguet voltou para buscar o jogo e tabelou com Ortega. A tabelinha entre os dois levou Trezeguet para dentro da área do Velez, de onde chutou para ótima defesa de Sosa. O rebote sobrou nos pés do próximo Trezeguet, que empurrou para o gol vazio e fez River 3x2.

Mas o Velez voltou a empatar aos 7 minutos. Em linda jogada coletiva, que se iniciou com Gago, passou por Peruzzi, Claudio Hussain e Lucas Pratto, até chegar a Insua de frente. O camisa 11 trouxe para o pé esquerdo na entrada da área e chutou cruzado, sem chances para Carrizzo, fazendo Velez 3x3.

O gol devolveu justiça ao marcador, pois o Velez era superior e não merecia perder. Mas uma jogada atrapalhada de Claudio Hussain quase põe tudo a perder. Nos acréscimos, ele tentou uma finta e perdeu a bola para Funes Mori, tendo que agarrar o camisa 9, para que ele não fosse na cara do gol. A falta, da meia lua, foi cobrada por Buonanotte, que cobrou no lado do goleiro. Sosa saía para cobrir o lado da barreira e só percebeu quando já era tarde: River 4x3.

Já se imaginava a vitória do River a e torcida comemorava. O Velez ainda errou a saída e o River passou a bola, mas não tocou para passar o tempo e sim para tentar mais um gol. Ortega errou o passe a bola sobrou para Gago, que deu um lançamento com precisão cirúrgica para Insua. Acossado por dois marcadores, o camisa 11 conseguiu dominar, trazer para o pé direito e chutar entre Carrizzo e a trave, fazendo Velez 4x4 no último lance do jogo.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Insua jogou muito no segundo tempo e fez dois gols, mas Trezeguet jogou muito o jogo inteiro, levando sua equipe à frente e marcando duas vezes, em jogo onde a bola não chegava a ele.

CLASSIFICAÇÃO

1° Independiente - 15 pontos
2° Boca Juniors - 10 pontos
3° River Plate - 7 pontos
4° San Lorenzo - 6 pontos, 14 gols pró
5° Huracán - 6 pontos, 10 gols pró
6° Velez Sarsfield - 5 pontos
7° Estudiantes - 4 pontos, 9 gols pró
8° Racing - 4 pontos, 8 gols pró

ARTILHARIA

1° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 7 gols
2° Facundo Parra (Independiente) - 5 gols
3° Guillermo Barros Schelloto (Boca Juniors), Mauro Boselli (Estudiantes), Daniel Cigogna (Huracán), Nestor Silvera (Independiente), Marcelo Gallardo (River Plate), Denis Stracqualursi (San Lorenzo), Federico Insua (Velez Sarsfield) e Turco Assad (Velez Sarsfield) - 4 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Em sessão no TJB após a rodada, os auditores analisaram duas ações contra a arbitragem do jogo San Lorenzo 2x4 Independiente. Os auditores rejeitaram o pedido do San Lorenzo, porém aceitaram os argumentos do Independiente. Com isso, condenaram o árbitro da partida, Juan Carlos Loustau, assim como seu auxiliar, o Promotor, a 2 sorteios de suspensão. O Promotor poderá ser sorteado para auxiliar a partir da terceira da próxima rodada. Já Loustau só pode voltar a ser sorteado na última partida da próxima rodada.
  • As dificuldades de calendário começam a apertar o campeonato. Na próxima semana, não haverá jogos. Assim sendo, a sexta rodada do Apertura só será jogada em duas semanas.
  • A FIFUBO dedica o encerramento da quinta rodada ao jornalista Roberto Perfumo. Na FIFUBO, ele é o repórter do Estudiantes e, na vida real, foi periodista do jornal Olé. Perfumo morreu na última quinta-feira, em acidente automobilístico. Na vida real ele se foi, mas na FIFUBO continuará, sempre à beira do campo e trazendo as notícias para os torcedores do Estudiantes.
Descanse em paz, Roberto Perfumo

domingo, 6 de março de 2016

Torneio Apertura 2016 - Quinta Rodada - 06/03/2016

O domingo foi de sol, céu aberto, temperatura em elevação e início da quinta rodada do Apertura 2016. O Itaquá Dome recebeu um bom público, que resolveu lotar o estádio para compensar a falta na semana passada, quando uma forte chuva impediu-os de ir ao estádio.

HURACÁN 1x5 ESTUDIANTES

Vindo de duas derrotas (1x5 Independiente e 1x2 Boca), o Huracán queria a vitória para não se distanciar do grupo de cima. Barrales ia para o lugar de Milano, fazendo com que Cigogna jogasse do lado direito do ataque. Já o Estudiantes era a única equipe que ainda não tinha vencido no certame, mas o empate na última rodada (2x2 com o Velez) empolgou os jogadores e mostrou que o time pode  sonhar alto na competição, desde que resolva botar a bola no chão e jogar.

O Estudiantes colocou em prática a nova filosofia desde o início do jogo, mas errava muitos passes. O Huracán também não fazia diferente. Muito recuado, o time não tinha força para puxar os contra ataques quando tinha a bola e, assim como o rival, errava muitos passes. O Estudiantes foi, pouco a pouco, dominando as ações e passando a rondar mais o ataque.

Aos 5 minutos, Enzo Perez tocou a Verón no meio. O camisa 11 descobriu Boselli se deslocando no meio da zaga e deu o passe preciso. Boselli protegeu bem com o corpo, recebeu dentro da área e chutou na saída de Islas, deslocando-o e fazendo Estudiantes 1x0.

Com o gol, a equipe de La Plata teve a tranquilidade para continuar fazendo seu jogo, obrigando o Huracán a sair para o jogo. E as coisas pioraram mais para a equipe de Buenos Aires porque Villarruel fez falta dupla na saída de bola e recebeu o segundo cartão amarelo, sendo expulso na sequência. Apostando na lei implícita da FIFUBO de que o time que tem jogador expulso se multiplica em campo, o Huracán tentou partir para o ataque, mas não conseguia organizar uma jogada sequer. Com isso, só poderia chegar ao gol de empate com falhas do adversário.

E ela veio aos 8 minutos, quando Angeleri se atrapalhou todo e saiu com a bola pela lateral. Danelón cobrou para Ruben Masantonio. Com maestria ímpar, o camisa 10 recebeu na intermediária, olhou o posicionamento do goleiro e mandou um chute colocado, preciso, que ganhou altura e morreu no fundo das redes: Huracán 1x1.

O Estudiantes não se importou com o empate sofrido. Sabendo que dominava o jogo, o time ainda mostrou que ensaiou jogadas durante a semana e ficou na frente novamente na saída de bola. Aos 9, Verón rolou para Enzo Perez, que devolveu mais à frente pro camisa 11. Verón tocou atrás para Gastón Fernandez e passou em X na sua frente, recebendo de volta no bico da área e mandando belo chute, sem chances para Islas: Estudiantes 2x1.

No intervalo, Sr Rabina tirou Barrales para colocar Erramuspe. A ideia era recompor o meio de campo, se trancar na defesa e isolar Cigogna no ataque, centralizado e opção única dos contra ataques. Já Cristaldo resolveu dar nova chance aos criticados Enzo Perez e Gastón Fernandez, mas não perdoou o erro de Angeleri, o sacando e colocando Mathias Sanchez. A ideia era fortalecer a marcação e melhorar a saída de bola.

O segundo tempo foi inteiro do Estudiantes, quebrando de vez a regra do jogador a menos. Dominando os espaços e rondando a área rival. O terceiro gol saiu logo aos dois minutos, em linda jogada coletiva. Verón tocou a Rodrigo Braña e recebeu mais à frente. Com mais um passe genial, o camisa 11 deixou Enzo Perez livre na entrada da área e o camisa 7 só teve que tirar Islas da jogada, antes de empurrar para o gol vazio: Estudiantes 3x1.

A partir daí, as vaias viraram aplausos. Enzo Perez e Gastón Fernandez começaram a jogar melhor e fazer boas jogadas. Aos  5 minutos, uma tabela da dupla pela direita terminou com Gastón Fernandez cara a cara com Islas. O camisa 10 tentou driblar o goleiro e foi derrubado. Pênalti que Verón bateu do lado esquerdo de Islas, que foi para o direito: Estudiantes 4x1.

Aos gritos de "olé" de sua torcida, o Estudiantes passou a tocar a bola e esperar o jogo terminar. Mas ainda teve tempo de encontrar o quinto gol. Aos 8 minutos, Federico Fernandez recuperou a bola e tocou a Marco Rojo na esquerda. O camisa 6 descobriu Leandro Benítez no meio e lhe tocou a bola. O camisa  8 viu Boselli se deslocando pela esquerda e deu um passe preciso. Boselli recebeu dentro da área e tocou na saída de Islas, fazendo Estudiantes 5x1.

Destaque do jogo: Mauro Boselli. A equipe inteira jogou bem, com muita movimentação e marcação forte. Mas o símbolo dessa nova fase do Estudiantes é Boselli. Outrora criticado, o camisa 9 virou a referência da equipe lá na frente e, com gols, vem se destacando. Os dois que fez no jogo de hoje o consagraram como o melhor em campo.

RACING 2x2 BOCA JUNIORS

Antes favorito ao título, o Racing só teve uma vitória em 4 rodadas. A derrota no Clássico de Avellaneda (2x3 Independiente) deixou profundas feridas e os jogadores se incomodam ao saber que a equipe é a última colocada no certame. Já o Boca é só empolgação. Antes favorito a ficar de fora dos playoffs, a equipe de La Boca engrenou uma sequência de 3 vitórias. Porém, a última vitória (2x1 no Huracán) trouxe um problema. Com a expulsão de Abbondanzieri, Basualdo foi o escolhido para sair de campo e cumprir a punição. Em seu lugar, jogava Battaglia. Se o time perdia na armação de jogadas, ganhava na marcação. A entrada do camisa 12 era para marcar Acosta em cima.

O Boca tomou a iniciativa desde o início. Sabendo que não teria a companhia de Basualdo na armação, Riquelme chamou o jogo para si e se movimentou o tempo todo para organizar as jogadas de ataque. Na defesa, o Boca ocupava perfeitamente o campo e não deixava o Racing se movimentar, levando Ruben Capria ao desespero, na tentativa de buscar alguém para dialogar.

O Boca encontrou as redes aos 5 minutos, em boa jogada de contra ataque. Em tentativa de passe para Acosta, Battaglia se antecipou e cortou. A bola sobrou para Serna, que tocou a Cagna no meio. O camisa 8 viu o buraco deixado pela zaga do Racing e passou para Riquelme. O camisa 10 invadiu a área pelo meio e deslocou Saja na saída deste, para fazer Boca 1x0.

O Racing tentou empatar a partida, mas encontrou o meio fechado. Em alguns lances, tinha 3 jogadores cercando as principais opções do time de Avellaneda. Mas uma falha da defesa do Boca permitiu ao Racing o empate. Aos 9 minutos, a bola saiu para lateral. Battaglia cochilou na marcação e Acosta se desmarcou. Diego Capria cobrou o lateral para o camisa  9, que invadiu a área e chutou na saída de Abbondanzieri, fazendo Racing 1x1.

No intervalo, Paralelo sacou Pelletieri e Latorre para colocar Fariña e Hauche. Já Madeirite mudou a dupla de ataque. Saíram Palermo e Schelloto e entraram Palácio e Viatri.

O jogo continuou bom, com ambas as equipes desperdiçando chances, num toma lá da cá frenético. A vitória poderia sorrir para qualquer lado e o Racing teve mais sorte, em nova falha da defesa do Boca. Aos 8 minutos, a bola foi lançada para a área do Boca, buscando Acosta, mas Schiavi ficou com ela. O camisa 6 foi inverter o jogo para reiniciar o ataque, mas Acosta se atirou na sua frente, desviando a bola, que sobrou nos pés de Hauche, na entrada da área. O camisa 13 dominou e não perdoou, dando lindo chute e vencendo Abbondanzieri: Racing 2x1.

O Boca se lançou desesperadamente ao ataque e o Racing tocou para passar o tempo. Mas quem não tem intimidade com a bola sempre acaba com a brincadeira. Nos acréscimos, Gamboa errou um passe na intermediária e fez falta em Palácio. O camisa 19 bateu rápido pro bico da área e encontrou Serna livre. O camisa 5 girou, trouxe para o pé direito e chutou cruzado, vencendo Saja e fazendo Boca 2x2.

Destaque do jogo: Juan Roman Riquelme. Sem a companhia de Basualdo, o camisa 10 teve que se desdobrar. Se movimentou o campo inteiro, armou as principais jogadas de ataque, ajudou na defesa e ainda marcou o primeiro gol da equipe.

NOTAS RÁPIDAS

  • Como não houve jogo no sábado, é possível que a rodada se encerre durante a semana. Mas ainda não há data para tal.
  • A FIFUBO está prestes a anunciar uma melhoria estrutural para os clubes. As novidades devem aparecer, provavelmente, no próximo final de semana.
  • Dois jogadores atingiram milestone na rodada. Os dois gols marcados contra o Huracán fizeram Boselli chegar a 10 com a camisa do Estudiantes. Já Acosta empatou o jogo contra o Boca e chegou a 30 com a camisa do Racing.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Torneio Apertura 2016 - Quarta Rodada - 29/02/2016

Não teve jogo do Apertura no domingo passado, então a rodada teve que se encerrar nesta segunda-feira. A forte chuva que caiu em Niterói afastou o público e o Itaquá Dome não teve torcedores em suas arquibancadas, uma vez que o entorno do estádio estava alagado. Menos mal que as equipes foram a campo e deram show. Vamos aos jogos!

BOCA JUNIORS 2x1 HURACÁN

Vindo de duas vitórias (4x2 no Velez e 4x1 no Estudiantes), o Boca queria mostrar que está recuperado e quer encostar no líder Independiente. Schelloto estava mantido no ataque, no lugar de Palacio. Já o Huracán quer recuperar-se da derrota na última rodada (1x5 Independiente) e frear o ímpeto dos rivais.

Além das inúmeras poças no campo, fazer uma avaliação do que seria a partida ficou complicado logo com 30 segundos, quando Abbondanzieri tocou com a mão fora da área e recebeu o cartão vermelho. Basualdo foi o escolhido para sair em seu lugar e cumprir a suspensão na próxima rodada, deixando não só o Boca com 10, como desmontando todo o esquema tático do time de Madeirite.

Mas há, na FIFUBO, uma regra implícita que diz que o time com um jogador a menos se multiplica em campo e vence a partida. E aqui não foi diferente. O Boca barrou as principais opções ofensivas do Huracán e soube aproveitar os contra ataques no campo pesado com lançamentos longos. Em um deles, aos 3 minutos, Escudero lançou, Barrientos não alcançou e a bola sobrou livre para Cagna. O camisa 8 invadiu a área e chutou na saída de Islas, fazendo Boca 1x0.

No intervalo, Madeirite resolveu consertar o esquema, tirando Palermo e Schelloto e colocando Battaglia e Viatri. Assim, recompunha o losango no meio de campo e deixava Viatri centralizado, como único atacante. Já Sr Rabina foi acometido por uma onda ofensiva e resolveu colocar o time para a frente. Tirou Barrientos e Centurión e colocou Erramuspe e Barrales. Assim, colocava Villarruel e Erramuspe como volantes e partia para um 4-3-3.

O jogo melhorou, pois o Huracán pressionava e o Boca saía em contra ataques. Mas Cigogna, em péssima noite, não produzia muito. Mas o mito não é só um grande jogador, mas também um sortudo de marca maior. Quando perdeu o controle da bola, Escudero o atropelou, em falta irresponsável na intermediária. O próprio Cigogna cobrou com um scopetazzo, que tocou no travessão e morreu no fundo do gol, aos 2 minutos: Huracán 1x1.

O futebol de botão é uma benção, capaz de fazer alguém ir do céu ao inferno (e vice-versa) em questão de minutos. E foi assim aos 6 minutos, quando Cagna desarmou Cigogna e tocou a Ibarra na ponta. O lateral avançou pela direita e cruzou para o primeiro pau. Escudero veio como homem surpresa e cabeceou sem chances para Islas, fazendo Boca 2x1 e dando números finais ao confronto.

Destaque do jogo: Diego Cagna. Tudo bem que Escudero deu o passe pro primeiro gol, fez a falta que originou o gol de empate e marcou o gol da vitória. Mas o Boca só conseguiu triunfar graças ao seu camisa 8, que se desdobrou na volância com a saída de Basualdo, anulou Cigogna, reiniciou jogadas (como a do segundo gol) e ainda fez o primeiro gol da equipe, numa espécie de barba, cabelo e bigode argentino.

VELEZ SARSFIELD 2x2 ESTUDIANTES

Duas equipes em situação complicada estavam prontas para encerrar a rodada. O Velez vinha de duas derrotas (2x4 para o Boca e 3x4 para o San Lorenzo) e precisava da vitória para voltar ao grupo de cima do campeonato. Já o Estudiantes, afundado numa crise, era o único que não havia pontuado até então, com derrotas para o River (0x7), Independiente (1x4) e Boca (1x4). Cristaldo já ameaça pedir demissão, mas os jogadores acham que, passados os duelos contra os times argolados, as coisas se equiparam.

Quem esperava um jogo de péssimo nível técnico, foi brindado com o melhor jogo da rodada. Desde o início, os dois times partiram para cima, em uma sequência de ataques e contra ataques de ambos os lados. O Estudiantes se armava com triangulações pela esquerda, enquanto o Velez contra atacava variando jogadas. Melhor para a equipe de La Plata, que abriu o marcador aos 2 minutos, com nova triangulação pela esquerda. Marco Rojo tocou a Leandro Benítez, que deu a Boselli mais à frente. O camisa 9 devolveu a Rojo na esquerda, que tocou no meio para Benítez. O camisa 8 recebeu, olhou o posicionamento do goleiro e mandou um chute fortíssimo, que tocou no travessão antes de entrar: Estudiantes 1x0.

O Velez entendeu aquilo como um recado para intensificar os ataques e, com isso, se abriu para os contra ataques. E o Estudiantes continuava a marcar bem e se organizar melhor ainda. Aos 6 minutos, Federico Fernandez desarmou Dario Hussain e tocou a Marco Rojo na esquerda. O lateral tocou a Verón no meio, que deu mais à frente para Leandro Benítez. Se movimentando com desenvoltura, o camisa 8 avançou e deu lindo passe para Mauro Boselli, que recebeu já dentro da área e tocou na saída de Sosa, concluindo belíssima jogada coletiva: Estudiantes 2x0.

O Velez se desesperou com aquilo e passou a ir para o ataque de forma desordenada, mas seus atacantes nada produziam. Quando já era vaiado, aos 9 minutos, Dario Hussain recebeu de Peruzzi dentro da área, tentou driblar Andujar e foi derrubado. Pênalti que Insua cobrou no ângulo direito. Andujar se esticou, mas não conseguiu alcançar: Velez 1x2.

No intervalo, Tripa Seca sacou Lucas Romero e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto. Já Cristaldo sacou Gastón Fernandez e colocou Hernan Rodrigo Lopez.

O jogo continuou de altíssimo nível, com o Velez tomando as iniciativas e dando a Andujar a chance de se destacar, com defesas milagrosas. O Estudiantes foi cansando aos poucos e se trancando na defesa, à espera de um contra ataque. O jogo ficou emocionante, mas sem alteração nenhuma no placar até os 9 minutos, quando o Velez se lançou de vez para o ataque. Insua recebeu de Claudio Hussain e tocou na esquerda para Turco Assad. O camisa 9 inverteu para Lucas Pratto, que perdeu o tempo para chutar e tocou atrás. Emiliano Papa recebeu livre e bateu de chapa, escolhendo o canto e fazendo Velez 2x2.

Destaque do jogo: Leandro Benítez. É sabido que boa parte dos fracassos do Estudiantes se devem ao péssimo futebol apresentado pelo seu camisa 8. Quando ele resolve jogar, a equipe ganha na armação e na conclusão também. Hoje não foi diferente. Benítez finalmente entrou em campo e conduziu sua equipe, se movimentando pelo campo todo, fazendo o primeiro gol e participando da linda jogada no segundo gol.

CLASSIFICAÇÃO

1° Independiente - 12 pontos
2° Boca Juniors - 9 pontos
3° San Lorenzo - 6 pontos, 12 gols pró
4° River Plate - 6 pontos, 11 gols pró
5° Huracán - 6 pontos, 9 gols pró
6° Velez Sarsfield - 4 pontos
7° Racing - 3 pontos
8° Estudiantes - 1 ponto

ARTILHARIA

1° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 6 gols
2° Facundo Parra (Independiente) - 5 gols
3° Guillermo Barros Schelloto (Boca Juniors), Daniel Cigogna (Huracán), Marcelo Gallardo (River Plate), Denis Stracqualursi (San Lorenzo) e Turco Assad (Velez Sarsfield) - 4 gols

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Torneio Apertura 2016 - Quarta Rodada - 28/02/2016

O primeiro mês de Apertura vai chegando ao fim e a quarta rodada está só começando! Apesar do calor fortíssimo, o público compareceu em bom número ao Itaquá Dome, para assistir ao primeiro clássico da Liga. O tempo prejudicou o físico dos atletas, mas ainda assim sobrou emoção nas duas partidas.

RIVER PLATE 0x4 SAN LORENZO

Duas equipes vindo de vitórias, mas com situações completamente distintas. O River, que venceu o Racing (2x0), queria continuar provando sua força e encostar no líder Independiente, mas ainda não tinha Francescoli à beira do campo. Seu treinador cumpria o último jogo de suspensão pela expulsão na segunda rodada. Já o San Lorenzo, empolgado pela primeira vitória no campeonato (4x3 no Velez), mantinha o esquema ofensivo, mas sabia que enfrentava o gigante River Plate do outro lado.

Se uma pessoa não acompanhasse esse jogo e outra lhe dissesse que foi River e San Lorenzo e terminou 4x0, a pessoa que não acompanhou jamais diria que foi a favor do San Lorenzo. Mas foi isso mesmo, podem acreditar! Enquanto o River tinha dificuldades imensas em impor seu ritmo de toque de bola constante, graças ao péssimo jogo que Gallardo, Ortega e Buonanotte faziam, isolando Trezeguet e minando o poderio ofensivo da equipe de Nuñez. Já o San Lorenzo parecia o River, tocando a bola com paciência, abrindo jogadas pelas pontas e buscando constantemente seu centroavante.

E foi assim, à lá River Plate, que o San Lorenzo abriu o placar. Aos 5 minutos, Romagnoli recebeu no meio e abriu na ponta  direita para Raul Estevez. O camisa 7 recebeu e tocou no meio para Stracqualursi. O centroavante recebeu apertado pela marcação, mas encontrou um espaço para concluir. Com um potente chute, mandou no canto de Carrizzo e o San Lorenzo fez 1x0.

O gol não acordou o River, que continuava errando muito e dando espaços para o San Lorenzo. Aos 8 minutos, Romagnoli tocou a Tellechea, que deu lindo passe em profundidade para Stracqualursi. O camisa 9 invadiu a área, tocou de lado e foi derrubado por Carrizzo. Pênalti que Romagnoli cobrou alto no canto esquerdo. Carrizzo foi nela, mas não a alcançou e ainda viu Romagnoli bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x0.

No intervalo, Blue Steel tentava recolher os cacos e formar alguma coisa que prestasse para tentar, ao menos, o empate. Tirou Ortega e Gallardo e colocou Coudet e Funes Mori. Iria jogar com 3 volantes e 3 atacantes. Já Nilson trocou Johnathan Ferrari por Buffarini apenas para dar descanso ao lateral direito, pois o time era perfeito taticamente.

O River até ensaiou algumas jogadas no início do segundo tempo, mas logo foi dominado pelo eficiente esquema do San Lorenzo. Aos 3 minutos, Reynoso interceptou passe que ia para Trezeguet e tocou a Romagnoli para reiniciar o ataque. O camisa 10 deu lindo passe em profundidade para Stracqualursi, que foi novamente derrubado por Carrizzo. A cobrança de pênalti de Romagnoli foi no mesmo ângulo esquerdo, tal qual o pulo de Carrizzo, tal qual o gol e a comemoração de Romagnoli, batendo no peito, apontando ao chão e fazendo a taunt da Paloma: San Lorenzo 3x0.

A partir daí, o River jogou a toalha e o San Lorenzo passou a tocar a bola, ao som de "olé" de seus torcedores. Mas ainda tinha tempo para mais e a cereja do bolo ficou para os 9 minutos. Tellechea cobrou lateral para Bordagaray e correu para o ataque, pela esquerda. Bordagaray deu a Stracqualursi no meio. O camisa 9 tocou a Tellechea no bico da área e o camisa 20 devolveu a Bordagaray. A defesa partiu para bloquear o chute do camisa 13, que passou rapidamente para Stracqualursi livre dentro da área e o camisa 9 só teve que tirar de Carrizzo, para concluir a linda jogada coletiva: San Lorenzo 4x0.

Destaque do jogo: Denis Stracqualursi. O time foi perfeito tática e tecnicamente. Do goleiro ao ponta esquerda, todos fizeram seu trabalho e mostraram que esse é o esquema que levantará o time de Almagro. Mas foi com Stracqualursi que o placar foi resolvido. Como autêntico centroavante que é, o camisa 9 fez dois gols e ainda sofreu o pênalti que resultou nos outros dois gols da equipe.

INDEPENDIENTE 3x2 RACING

O primeiro clássico do campeonato é justamente o Clássico de Avellaneda! Responsável por lotar o estádio, o jogo colocava frente a frente os dois centenários rivais da província de Buenos Aires. O Independiente vinha empolgado. Único time com 100% de aproveitamento e mostrando o belo futebol que chegou a colocá-lo como favorito ao Apertura  de 2014, o time vermelho ainda comemorava a goleada sobre o Huracán (5x1) na rodada anterior. Já o Racing, vindo de derrota (0x2 para o River), precisava mostrar serviço. A aposta era na empolgação dos atletas em jogar o clássico contra o maior rival.

O primeiro tempo foi um show de horrores. Os dois times amontoavam o meio de campo e não conseguiam criar nada. O Racing ainda tentou algumas jogadas, mas parava sempre nas mãos do goleiro Navarro. O Independiente não conseguia encaixar nenhuma jogada, mas quem é líder tem que contar com a sorte também. Aos 7 minutos, na única jogada do Independiente em todo o primeiro, Tuzzio rolou para Facundo Parra, que dividiu com o goleiro. A bola sobrou para Mareque, que tocou a Montenegro. O camisa 5 só teve que empurrar para o gol vazio e sair para comemorar: Independiente 1x0.

No intervalo, Bayer teve que sacar Tuzzio, lesionado. Aproveitou e tirou Gracián também, que não criava nada. Em seus lugares, entraram Acevedo e Gandin, com Montenegro passando a ser o capitão do time. Já Paralelo sacou Pelletieri e Latorre para colocar Fariña e Hauche.

A ideia de Bayer era colocar Gandin para fazer a função de Gracián mais à frente. Enquanto este é armador, aquele é atacante, mas pode voltar para armar o jogo, formando o time quase que com uma linha de três na frente. E essa tática deu certo e, logo aos 30 segundos, Fredes disputou com Ruben Capria, com a bola indo para lateral. Fredes cobrou para Gandin, que se movimentou para receber na frente, olhar a posição do goleiro e mandar sem chances: Independiente 2x0.

O gol logo aos 30 segundos de jogo fez a partida melhorar absurdamente. Aí sim o Clássico de Avellaneda começou! O Racing começou a se posicionar melhor no ataque, bem como fazer uma marcação mais eficiente. O Independiente foi impondo seu ritmo, marcando bem e se posicionando para reiniciar jogadas no ataque. O jogo ficou melhor ainda aos 3 minutos, quando Ruben Capria recebeu de Martin Simeone e deu lindo passe em profundidade para Acosta. O camisa 9 recebeu na direita, invadiu a área e tocou na saída de Navarro, fazendo Racing 1x2.

Mas o Independiente controlava o jogo magistralmente, mostrando por que é o líder do campeonato. Marcando bem, a equipe conseguia recuperar a bola e tocar com calma, procurando a melhor oportunidade para concluir. Aos 6 minutos, o gol mais bonito do jogo. Uma linda jogada coletiva, que começou com Fredes tocando a Busse e recebendo de volta. O camisa 8 tocou a Facundo Parra, que ficou marcado e devolveu a Fredes. Fredes procurou Busse na esquerda e o camisa 7 tocou de primeira para Nestor Silvera. O camisa 11 atraiu a marcação e inverteu o jogo magistralmente, encontrando Facundo Parra livre dentro da área. O camisa 17 empurrou de primeira e fez Independiente 3x1.

Com a vitória assegurada, os jogadores do Independiente tocavam a bola no ritmo da festa que rolava nas arquibancadas. O Racing, na roda, nada podia fazer, a não ser esperar um erro. E ele veio aos 9 minutos. Pocchetino recuperou a bola e tocou a Martin Simeone. O camisa 8 procurou Hauche na esquerda. O camisa 13 recebeu e avançou pela ponta, chamando a marcação. Quando Mattheu chegou para bloqueá-lo, Hauche tocou no meio para Ruben Capria. O camisa 10 recebeu de frente e chutou rasteiro e cruzado para derrotar Navarro, fazendo Racing 2x3.

Destaque do jogo: Hilário Navarro. Sem culpa nos dois gols que sofreu, o camisa 1 foi o grande responsável pela vitória de seus comandados. Com grandes defesas nos dois tempos, impediu que o Racing tomasse a dianteira e manteve o Independiente com 100% de aproveitamento.

NOTAS RÁPIDAS

  • Provavelmente, não haverá tempo para o encerramento da rodada neste domingo. Se isso acontecer, a segunda-feira deve ser escolhida para acabar a quarta rodada.
  • O milestone do sábado vai para Denis Stracqualursi. O primeiro gol que marcou contra o River foi o de número 20 dele com a camisa do San Lorenzo.