domingo, 25 de agosto de 2019

Liga FIFUBO 2019 - Nona Rodada - 25/08/2019

O domingo foi muito especial. O primeiro turno da Liga FIFUBO finalmente se encerraria, em grande estilo. A chuva que caiu durante a madrugada não atrapalhou e o público lotou o Imperatriz Arena, para curtir o espetáculo em um dia parcialmente nublado e com um friozinho bem agradável. Vamos ao encerramento do turno!
HURACÁN 0x2 ESTUDIANTES

Duas equipes em dificuldades. O Huracán não vence há três jogos e faz duas rodadas que sequer marca um gol. A dificuldade em levar a bola ao ataque é fácil de entender. A equipe joga fechada e explora os contra ataques, mas o meio de campo não funciona. Então, quando o Huracán recupera a bola, não consegue fazer a ligação com o ataque. Recuperar Ruben Masantonio é crucial para o esquema funcionar. Pior faz o Estudiantes. Depois de um bom começo, a equipe viu as vitórias escassearem e, após seis jogos sem vencer, saiu da zona de classificação. O meio de campo também não funciona, mas o principal fator para o time não vencer é a seca de Gastón Fernandez. Depois de marcar gols nas quatro primeiras rodadas, o camisa 10 deixou de marcar e teve outras quatro rodadas em branco, deixando inclusive de figurar no topo da lista de artilheiros. Pelo visto, fazer o camisa 10 jogar é um problema comum às duas equipes...

Mas o Estudiantes veio disposto a voltar a vencer. Desde o início, a equipe de La Plata buscou o jogo e ficou no campo de ataque, rondando a área. Leandro Benítez e Verón faziam boa dupla na armação de jogadas e Gastón Fernandez tentava vir da ponta para o meio. O Huracán tinha mais um dia para esquecer. Novamente, se defendiam como podiam, mas Masantonio não fazia a ligação com o ataque. Cigogna reclamou muito do camisa 10, que não lhe passava a bola. A equipe de Buenos Aires deu somente um chute a gol no primeiro tempo inteiro, com Cigogna concluindo fraco e sem direção.

Melhor para a equipe de La Plata, que só precisou de três minutos para abrir o marcador. Após mais uma tentativa infrutífera de buscar o contra ataque, o Huracán rifou a bola e Federico Fernandez pegou, abrindo a Marco Rojo na esquerda. O camisa 6 tocou a Mauro Boselli no meio de campo e o camisa 9 trouxe para o meio, invertendo para o lado direito, onde encontrou Verón. O camisa 11 dominou, se livrou de Walter Ferrero com facilidade na entrada da área e rolou para o meio. Leandro Benítez chegou chutando colocado e de primeira para vencer Islas e fazer Estudiantes 1x0.

No intervalo, Sr. Rabina perdeu a paciência com Masantonio de vez. Tirou o camisa 10 junto com Walter Ferrero, colocando Erramuspe e Barrales para formar um 4-3-3 defensivo. Cristaldo tirou Angeleri e Boselli para colocar Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez.

O 4-3-3 do Huracán jamais funcionou. Com os volantes muito recuados, a ligação com os três atacantes ficou impossível. Sem preocupação com o sistema defensivo, o Estudiantes se mandou para o campo de ataque para matar o jogo de vez e, novamente, só precisou de três minutos.

Foi quando uma bola de Centurion para Barrales foi mal lançada, que Mathias Sanchez dominou e saiu em velocidade pela lateral direita. Com um passe para o meio, o camisa 12 encontrou Enzo Perez, que abriu na ponta direita para Gastón Fernandez. O camisa 10 foi á linha de fundo e cruzou para trás. Mathias Sanchez chegou dentro da área e chutou de primeira na saída de Islas para fazer Estudiantes 2x0.

Depois disso, o jogo caiu de produção absurdamente e terminou sob vaias, mas a torcida do Estudiantes só queria comemorar o fim do jejum de seis jogos sem vencer.

Destaque do jogo: Mathias Sanchez. O Estudiantes não enfrentou ninguém e poderia ter conquistado uma goleada para encerrar o primeiro turno com autoridade. Mas preferiu sucumbir à mediocridade e segurar uma vantagem frágil. No segundo tempo, o camisa 12 entrou para jogar na lateral e reforçar a marcação. Mas, ao perceber que o Huracán não ofereceria resistência, Sanchez foi ao ataque. Com apenas 3 minutos, fez o gol que garantiu a vitória e foi a principal peça tanto de marcação quanto de armação do jogo.

Com isso, só restava um jogo para encerrar o primeiro turno da Liga. E o sorteio da tabela não podia ser melhor. Para encerrar com chave de ouro, o público lotou o Imperatriz Arena para ver o Superclássico entre Boca e River. 


Luis Carlos Felix com os capitães de Boca e River, Serna e Almeyda. No toss, a saída ficou com o River.

BOCA JUNIORS 1x1 RIVER PLATE

As duas equipes estão em situação muito ruim no campeonato. O Boca é o sétimo colocado e até trocou de treinador para tentar subir na tabela. Julio Falcioni chegou falando que o Boca é o Dream Team do Futibou de Butaum e, como tal, deve dar espetáculo. Por esse motivo, confirmou o que tem de melhor, com Schelloto formando a dupla de ataque com Palermo. O River faz pior. É o último colocado e vem de três jogos sem vencer (1x2 Vasco, 1x1 Huracán e 1x1 Independiente) e, com média inferior a um gol por jogo, precisa urgentemente encontrar o caminho das redes. Francescoli mostrou que não tem frescuras e, com isso, barrou Trezeguet. O maior artilheiro em atividade na FIFUBO, com 126 gols, só fez dois na Liga e não marca desde a quinta rodada. Por isso, Funes Mori foi a campo em seu lugar.

A ousadia de Gallardo foi recompensada e, com um centroavante mais leve, o River começou o jogo com velocidade e habilidade. O Boca ainda tentava se arrumar quando tomou o primeiro gol.

Corriam 3 minutos de jogo quando Carrizzo cobrou tiro de meta para o meio de campo. Gallardo dominou e abriu na ponta direita para Ortega, que trouxe a bola para o meio e rolou a Funes Mori no comando de ataque. De frente pro gol, o camisa 9 dominou e chutou de peito de pé. A bola descreveu um arco e morreu no fundo das redes de Abbondanzieri: River 1x0.

Além do gol, o que se viu em campo foi o retorno da jogada clássica do River, que o consagrou e trouxe tantos títulos. A partida era inteira da equipe de Nuñez e o Boca, além da desvantagem no placar, viu o jogo se complicar mais ainda quando Gallardo fez a jogada pela ponta e rolou no meio, com Abbondanzieri saindo para interceptar e tocando na bola fora da área. O juiz Luis Carlos Felix mostrou o cartão vermelho ao goleiro do Boca e, no sorteio, o escolhido para sair foi Schiavi.

Com desvantagem no placar, um a menos em campo e justamente um zagueiro, o Boca teve que se rearrumar todo. O River dominava a partida, atacava de tudo quanto era lado e se cansava de perder oportunidades. Acertou a trave algumas vezes e, em outras, perdeu porque seus jogadores simplesmente escorregavam na hora do chute. E vocês sabem como a bola pune...

Já corriam os acréscimos quando Paz estourou uma bola para o campo do Boca. Palermo voltou para buscar e tocou a Schelloto no meio. O camisa 13 devolveu a Palermo com um lançamento para a ponta direita. O camisa 9 avançou em velocidade, nas costas de Paz, invadiu a área trazendo a bola para o pé esquerdo e chutou cruzado na saída de Carrizzo, fazendo Boca 1x1.

No intervalo, Falcioni remontou a equipe tirando Cagna e colocando Battaglia, que faria a zaga no lugar do expulso Schiavi. Schelloto continuaria em campo, mas agora recuado a volante. O Boca refazia o meio de campo em losango e deixava Palermo isolado no ataque. Francescoli também fez uma única mudança, tirando Barrado para colocar Ponzio.

No segundo tempo, esperava-se a continuação do bom futebol do River, mas a equipe caiu de produção, principalmente por conta do jogo pobre de Gallardo, que errava tudo. O Boca, por sua vez, dominou a partida e nem parecia ter um a menos. A equipe de La Boca se mandou ao ataque com Basualdo, Riquelme e Schelloto vindo de trás, servindo Palermo e desperdiçando oportunidades. Com cada equipe dominando um tempo e não sendo capaz de caprichar nas conclusões, o empate acabou sendo justo.

Destaque do jogo: Martin Palermo. Em um jogo com tantas adversidades, o camisa 9 mostrou o que é jogar um Superclássico. Se doou o tempo inteiro, ajudou na marcação e na armação e ainda fez sua função de centroavante. Empatou a partida e terminou o jogo como o melhor em campo.

CLASSIFICAÇÃO

1° Racing - 20 pontos;
2° Imperatriz - 19 pontos;
3° Vasco - 17 pontos;
4° Estudiantes - 12 pontos;
5° Independiente - 11 pontos;
6° Boca Juniors - 10 pontos;
7º Velez Sarsfield - 9 pontos 12 gols pró;
8° River Plate - 9 pontos, 8 gols pró;
9° San Lorenzo - 8 pontos, 15 gols pró;
10° Huracán - 8 pontos, 9 gols pró.

ARTILHARIA

1° Maikon Leite (Imperatriz) e Acosta (Racing) - 7 gols;
2° Robinho (Imperatriz) - 6 gols;
3° Martin Palermo (Boca Juniors), Gastón Fernandez (Estudiantes), Daniel Cigogna (Huracán), Leandro Gracián (Independiente), Ruben Capria (Racing), Dennis Stracqualursi (San Lorenzo) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 5 gols

NOTAS RÁPIDAS
  • O primeiro turno se encerra e, pelas contas, dá para fazer o segundo turno inteiro e terminar em outubro, deixando o mês de novembro para fazer a fase final. A princípio, o campeonato não terá que cortar rodadas. Mas se o mês de outubro for chegando ao final e ainda tiver jogos a fazer, a FIFUBO irá cancelar algumas rodadas e partirá para os playoffs.
  • Durante a semana, uma postagem especial trará o resumo do primeiro turno, com a classificação total (pontos, vitórias, empates, derrotas, gols pró e gols contra), todos os artilheiros, curiosidades e análise individual de cada equipe.
  • Na LMC, o Criterium du Dauphiné continua à toda. A vitória na segunda etapa deu a Bauke Mollema a liderança da competição e, ainda neste domingo, a terceira etapa deverá ser disputada.

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