terça-feira, 23 de julho de 2019

Arte e Botões - Bandeirante de Birigui - 23/07/2019

Conforme prometido, não tivemos rodada da Liga no final de semana e, como contrapartida, vamos colocar mais uma arte no blog. E, conforme prometido, vamos dar um tempo de equipes cariocas e lançar uma equipe paulista. Seguiremos a fantasia do Futibou de Butaum e, assim, inventaremos uma história incrível para justificar os jogadores na nossa equipe (já que nenhum deles nunca vestiu a camisa que será apresentada). Então, senhoras e senhores, aqui está o Bandeirante de Birigui!

Birigui é uma simpática cidade do noroeste paulista, mais próxima do Mato Grosso do Sul do que da capital do estado, que entrou no mapa nacional com a brincadeira de Paulo Bonfá e Marco Bianchi no MTV Rock e Gol de que a arena onde se realizavam os jogos daquela competição ficava em Birigui.

A cidade é conhecida como a Capital Latina do Calçado Infantil, mas também tem outras atividades que movimentam sua economia, principalmente o cultivo de cana-de-açúcar, que traz à região muitas usinas e canaviais. E é aqui que a nossa brincadeira começa.

Felizes com o crescimento da cidade, gerando empregos e aumentando as exportações, dois amigos ficaram ricos. Um é conhecido como o Magnata do Calçado, enquanto o outro é um rico industrial, chamado de Rei da Cana. Entre conversas regadas a conhaque e charutos na fazenda do Rei da Cana, os dois resolveram dar um up ao time da cidade. O simpático Bandeirante de Birigui precisava entrar de vez no cenário do futebol nacional. Ser o próximo Bragantino, o próximo São Caetano, o próximo Paulista de Jundiaí, o Bandeirante deveria ter um time que o levasse à primeira divisão paulista com condições de disputar o título estadual. Posteriormente, tentar galgar os degraus do campeonato brasileiro, mas a curto prazo vencer uma Copa do Brasil e parar na Libertadores.

Assim, o Rei da Cana preparou um de seus enormes terrenos, próximo a uma de suas usinas, para construir um estádio digno de uma equipe protagonista no futebol nacional. Em homenagem a quem os colocou na mídia e visando transformar o estádio em uma arena multi uso, com shows e exposições, a cancha foi batizada de MTV Sports Arena, com capacidade para 40 mil torcedores. O CT também ficou a cargo do Rei da Cana, na zona rural, perto de seus gigantescos canaviais.

A montagem da equipe ficou a cargo do Magnata do Calçado, que trouxe estes jogadores:


O goleiro escolhido foi Magrão. Um goleiro seguro, arrojado e de boa estatura. De quebra, alguém fiel e carismático. Na lateral direita, o Magnata do Calçado foi buscar Eder Militão. Bom defensor, chute forte e cria de São Paulo. A zaga tem Pedro Geromel, revelação do Grêmio, e o capitão da equipe, Cribari. Este é um jogador que fez boa parte de sua carreira na Europa e transmite segurança à defesa. E, na lateral esquerda, Geferson, que foi do Inter e da seleção brasileira.

A dupla de volantes tem Tchê Tchê, que se destacou no Palmeiras e no São Paulo, e Luiz Gustavo. O Magnata foi à Alemanha buscar este jogador, considerado chave na transição entre defesa e ataque. Moisés, ex Palmeiras, é o responsável pela armação, enquanto Nenê joga com a 10 e se aproxima mais dos atacantes.

Lá na frente, enquanto Wellington Nem joga em velocidade (e com muita habilidade) nas pontas, Leandro Damião é o responsável por fazer os gols. Com liberdade para atacar, o camisa 9 é a figura ideal para levar o Bandeirante às vitórias.

Os reservas foram escolhidos com base na versatilidade. Felippe Bastos é volante de origem, mas pode jogar de lateral ou zagueiro e, dono de um bom passe e chute forte, é ótimo nas cobranças de falta. Carlos Alberto pode jogar de armador, segundo atacante ou até centroavante. Bom condutor de bola, bom passe, boa conclusão.

Este é o time que o técnico Cuca terá à disposição. Sim, o Magnata do Calçado trouxe um treinador que entende os jogadores, que sabe armar um bom time e utiliza as peças da melhor forma para levar a equipe à vitória.

Resta, agora, saber se o Bandeirante conseguirá alçar voos altos no futebol brasileiro ou se terá o mesmo destino de seus pares: brilho em uma competição e sumiço do mapa do futebol no ano seguinte.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Arte e Botões - Americano de Campos - 19/07/2019

Uma pequena reforma pós-Mundial pode impedir o retorno da Liga neste sábado. Ainda estamos na dependência da liberação da sala para a bola rolar. Mas nada impede de movimentar o blog com o retorno das artes. Desta vez, vamos apresentar o Americano de Campos!

Gosto desta equipe desde o campeonato carioca de 1990, quando ouvi falar da mesma pela primeira vez. Achei estranho que o Vasco ia jogar com o Americano. Será que tinham falado errado o nome do América? Aquele campeonato também tinha o América de Três Rios, olha que confusão! Mas aí eu vi a camisa listrada de branco e preto, o time era do interior do estado e, sim, se chamava Americano. Gostei na hora. Os anos foram passando e a paixão do presidente da FERJ, Eduardo Viana, pelo Americano já não era segredo para ninguém. Da Federação, vinha aquela mão amiga e, mesmo que o time fosse bom, só ganhava porque a arbitragem dava aquela ajudinha. O Americano disputava a série B do campeonato brasileiro, mas foi definhando até sumir do cenário nacional e ser rebaixado para a B estadual. Os dias de glória acabaram, mas a fantasia nunca morrerá!

Então a brincadeira é a seguinte: mais petróleo foi descoberto na Bacia de Campos, a cidade virou o eldorado petroleiro do país e um sheik brasileiro fez muito dinheiro com isso. Morador de Campos, torcedor fanático do Americano, resolveu virar mecenas e comprou a equipe. Sua petroleira patrocina o clube inteiro. Ele comprou um terreno enorme e construiu um estádio para 50 mil pessoas. Talvez por se chamar "Estádio Municipal Eduardo Viana", talvez por ser em formato retangular e ter a fachada lembrando madeira escura, o estádio acabou ganhando o apelido de "Caixão". Lá, o mecenas, conhecido como o "Roman Abramovich de Campos" abriu os cofres para pagar por bons jogadores, com contratos de três anos e bônus por produtividade. Aqui, a meta é ganhar a série D em 2019, a C em 2020 e a B em 2021, levando o Americano à elite do futebol brasileiro e, lá, fazendo novas metas. A brincadeira segue aquela que eu fiz com o Madureira no início do ano (e você confere aqui) Então, vamos conhecer os eleitos banhados pelo petróleo campista!



A ideia aqui era mesclar talentos já consagrados no futebol nacional com promessas que já começam a dar sinais de vida. Como futibou de butaum é fantasia, peço ao amigo leitor que não veja os jogadores como quem são hoje, mas sim com a capacidade que lhes foi projetada.

Visando aproveitar os novos jogadores com os consagrados e montar uma equipe vencedora, foi escolhido como treinador ninguém mais ninguém menos que o nosso querido Emerson Leão, um grande entendedor do futebol, bom montador de equipes (vide Sport Recife no início do século) e com olho apurado para garimpar talentos.

O goleiro é o pegador de pênaltis Victor, do Atlético Mineiro, um jogador que passa tranquilidade entre as traves. Na lateral direita, Marcos Rocha foi escolhido por ser, talvez, o melhor da posição no país hoje. A zaga é formada por Leonardo Silva, do Atlético-MG, e Breno, do Vasco (lembrem, eles estão em ótima forma), uma dupla com bom entrosamento e respeitada. A lateral esquerda é uma aposta. Revelado pelo Fluminense e atualmente no Bahia, Léo Pelé tem futuro, ou não se chamaria Pelé...

A dupla de volantes tem Eduardo Costa e Elias. Enquanto o primeiro se posiciona bem à frente da zaga, o segundo sabe sair pro jogo, o que é muito importante quando se tem dois armadores que jogam bem próximos do campo de ataque. Thiago Neves e Valdívia são bons condutores de bola e ótimos na finalização, além de completarem bem o estilo do outro.

No ataque, Luan tem a chance de desenvolver seu futebol e mostrar que pode jogar em um estilo bem parecido com o de Cristiano Ronaldo. Além disso, pode compor uma linha de três com os armadores. E o homem-gol é Gilberto. Com boas passagens no Vasco, nos EUA e no Bahia, o camisa 9 já mostrou saber o caminho das redes.

Por falar em Vasco, foi das divisões de base do clube que Leão trouxe os dois reservas. Luiz Gustavo pode jogar em qualquer posição do setor defensivo. Zagueiro de origem, se sai bem nas laterais e como primeiro volante. Lucas Santos faz o mesmo, só que no ataque. Pode jogar tanto na armação quanto pelas pontas, sempre em velocidade e com habilidade.

Então está aí o Americano, pronto para alçar voos grandiosos e inverter a ordem do futebol brasileiro. Vale lembrar que sou carioca, então tenho mais tendência a explorar as equipes de meu estado. Mas a brincadeira de imaginar investimento pesado em equipes pequenas é muito divertida. A próxima será de um time paulista. Estou entre dois e, até a semana que vem, devo me decidir, fazer a arte e postar.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum 2019 - Relatório Final - 18/07/2019

A segunda edição do Mundial de Futibou de Butaum da FIFUBO terminou no último domingo. O novo campeão foi coroado, os prêmios individuais foram distribuídos e muita coisa aconteceu desde o início da competição, não só na FIFUBO, mas na LMC também. Fruto de um sonho megalomaníaco, aquilo que parecia uma coisa impossível aconteceu em 2017 e a FIFUBO começou a investir em seleções para formar o seu torneio mundial. Em 2018, a Copa do Mundo aconteceu com oito equipes. Em 2019, já eram nove as seleções e o número de grupos aumentou, o que foi positivo por um lado, mas negativo por outro.

O lado positivo ficou justamente no aumento das seleções e dos grupos. Agora, com três grupos diferentes, as seleções ficaram mais distribuídas. Mas também teve o lado negativo, porque oito equipes se dividem em dois grupos de quatro seleções (cada equipe joga três vezes), enquanto nove equipes se dividem em três grupos de três (cada equipe joga duas vezes). Assim, uma equipe eliminada na primeira fase jogou apenas duas partidas numa competição tão importante, enquanto uma equipe que se classificou às semifinais fez quatro jogos (contra cinco em 2018). O artilheiro de 2018 fez oito gols, enquanto os de 2019 fizeram apenas quatro, fruto do número menor de partidas disputadas.

Mesmo assim, o primeiro Mundial disputado no Imperatriz Arena teve um nível técnico altíssimo e partidas de tirar o fôlego. As seleções tiveram que aprender a jogar em um campo maior e isso se refletiu numa inversão de valores. Os outrora favoritos perderam para aqueles que, antes, eram considerados presa fácil. Das nove equipes disputando o Mundial, quatro são europeias e as quatro foram eliminadas na primeira fase. O título se resumiu a uma disputa entre América do Sul e Ásia.

A competição começou em 29/06/2019, com o jogo Brasil 3x1 Holanda, e se encerrou em 14/07/2019, com Japão 2x3 Brasil. As nove equipes se dividiram nos grupos A (Brasil, Argentina e Holanda), B (Japão, França e Camarões) e C (Inglaterra, Alemanha e Coreia do Sul). Os campeões de cada grupo se classificariam às semifinais, cujo quarto membro seria o melhor entre os segundos colocados. Ao todo, foram disputadas 13 partidas e 43 gols foram marcados, o que dá uma média de 3,3 gols por jogo. Nos 13 jogos, 8 terminaram com um vencedor e 5 terminaram empatados, com 11 jogadores diferentes sendo eleitos melhores em campo, 4 jogadores e 1 treinador receberam cartões amarelos e dois foram expulsos, sendo um deles um goleiro, que "passou" a suspensão a um jogador de linha. Dois árbitros foram punidos com suspensão de um sorteio. Os 43 gols foram divididos entre 25 atletas diferentes.

O ataque mais positivo foi o do Brasil, com 10 gols marcados, uma média de 2,5 gols por jogo. Do outro lado, a França teve o pior ataque da competição, marcando apenas 1 gol. A defesa menos vazada foi a de Camarões, com 2 gols sofridos. Do outro lado, a defesa mais vazada foi a da Argentina, com 9 gols sofridos.

ANÁLISE DAS EQUIPES

Brasil - O grande campeão do Mundial teve uma competição inesquecível. Cabeça de chave do grupo A, o Brasil venceu seus dois jogos no grupo (3x1 Holanda e 2x1 Argentina) e se classificou com a melhor campanha de todas. Nas semifinais, empatou com a Coreia do Sul (2x2) e ganhou nos pênaltis (4x3). Na final, derrotou o Japão (3x2) e ergueu as taças. Ao longo da competição, Dorival Junior deu uma cara à equipe, saiu do 4-3-3 ineficiente para um 4-4-2 que explorou todo o potencial de seus jogadores. Teve coragem ao deixar Ronaldinho no banco e apostar em Alex na meia direita. O Brasil ganhou o meio de campo, teve qualidade no passe e equilíbrio em todos os setores. Talvez isso explique o sucesso da equipe, considerada a melhor da competição, ao lado da Coreia do Sul. Além do título, fez um dos artilheiros da competição. Ronaldo marcou quatro gols e ergueu a Bola de Ouro. Mas, curiosamente, o grande destaque da equipe foi Rivaldo. O camisa 10 fez um gol no Mundial, não foi eleito o destaque em nenhuma partida e não fez gol na final, mas foi o coração do time. Sua categoria é o exemplo perfeito do que é o futebol brasileiro.

Argentina - A evolução dos argentinos na competição foi latente. Caíram num grupo A difícil, considerado o "grupo da morte" e, desde o início, mostraram consistência. A equipe jogou bem, mostrou um padrão e contou com o talento de seus atletas. Estreou batendo a Holanda (2x1), mas perdeu pro Brasil (1x2) e teve que aguardar até o último jogo da primeira fase para garantir a classificação com o melhor segundo lugar. Na fase final, seus jogadores não tiveram o mesmo rendimento e, mesmo ainda mostrando qualidade, estiveram longe do nível dos adversários. Perderam nas semifinais pro Japão e na disputa do terceiro lugar para a Coreia do Sul, ambas por 1x3 e sem mostrar sinais de que poderiam equilibrar a disputa. Acabaram com um doloroso, porém honroso quarto lugar. O destaque da equipe foi Messi, que chamou a responsabilidade e levou a Argentina ao lugar que chegou, mas sentiu a falta de alguém que pudesse dividir com ele as jogadas. Se a Argentina tivesse optado por Tevez desde o início, as coisas poderiam ser diferentes.

Holanda - Novamente favoritos, novamente decepcionantes. Os holandeses jamais demonstraram um padrão. A equipe não se acerta nas táticas escolhidas por Cruyff e, assim, tem dificuldades para criar. Perdeu seus dois jogos no grupo A (1x3 Brasil e 1x2 Argentina) e deu adeus ao Mundial em apenas dois dias, logo na primeira semana da competição. Mesmo assim, Kluivert marcou os dois gols da equipe e se manteve na artilharia até as semifinais. O destaque, porém, foi Dennis Bergkamp. Pelo segundo Mundial consecutivo, suas arrancadas pela ponta direita são a principal arma da Holanda, o que pode dar uma pista sobre a chave do sucesso para os súditos da Casa de Orange em futuras competições.

Japão - Campeões em 2018, vice campeões em 2019; artilheiro e MVP em 2018, co-artilheiro e MVP em 2019. Os japoneses mostram que são a força dominante da FIFUBO, com uma geração que já marcou seu nome na História do Futibou de Butaum. A equipe veio como cabeça de chave do grupo B e começou a competição com muito nervosismo. Dominados por Camarões, acabaram salvos pelo talento de Hyuga, que decretou o empate em 1x1. No jogo decisivo do grupo, derrotaram a França por 2x0 e avançaram às semifinais. Ali, o talento dos Supercampeões já estava solto. Nas semifinais, vitória sobre a Argentina (3x1), com o placar construído no primeiro tempo e a equipe se poupando para a final no segundo. Na grande decisão, fizeram um jogo duríssimo, mas foram derrotados pelo Brasil (2x3), ficando com o segundo lugar na competição. Além de Hyuga ter ganhado a Bola de Ouro de Artilheiro (4 gols, ao lado de Ronaldo) pelo segundo Mundial consecutivo, os Samurais viram Tsubasa ser o MVP da competição. O camisa 10, aliás, foi o grande destaque da equipe, que novamente mostrou um futebol equilibrado em todos os setores, disciplina tática e um espetáculo para os torcedores.

França - Novamente favoritos, eternamente decepcionantes. A França veio com muitas esperanças neste Mundial e a classificação às semifinais era dada como certa. A equipe tinha um esquema 4-4-2 losango, com os atacantes abertos nas pontas e fazendo a diagonal. Mas bastou a bola rolar para tudo ser esquecido. A França decepcionou desde o início, quando empatou em 1x1 com Camarões jogando muito mal. No jogo decisivo do grupo, perderam de 0x2 para o Japão sem jamais terem ameaçado os adversários. Não há nada a dizer da participação da França no Mundial. Zidane foi o único que tentou alguma coisa e, por isso, pode ser considerado o destaque da equipe.

Camarões - Em 2018, os africanos fizeram seu primeiro jogo oficial já no Mundial, onde sofreram goleadas sucessivas e deixaram uma impressão de não estarem no nível dos demais. Eternamente conhecidos como jogadores alegres e irresponsáveis, os camaroneses são avessos à tática; preferem jogar como peladeiros e isso lhes custa pontos preciosos. Em 2019, Zlatko Dalic começou a dar uma consciência tática à equipe. Os camaroneses conseguiram aliar alguns conceitos táticos ao jogo alegre e, com isso, produziram lances empolgantes. Com dois empates em 1x1, com Japão e França, os africanos deixam o Mundial invictos e com a defesa menos vazada. Até por isso o grande destaque foi Emmanuel Kunde. O zagueiro, capitão da equipe, foi o símbolo de um time que soube se portar bem defensivamente e ainda foi ao ataque fazer o gol de empate contra os nipônicos, na estreia.

Inglaterra - A maior decepção do Mundial foi esta seleção. O terceiro lugar em 2018 deu uma sensação amarga e a promessa era de nada menos que o título em 2019. A soberba inglesa começou já na pré-temporada, onde resolveram fazer algo light, que visava dar tranquilidade aos jogadores e torcedores, mas acabou trazendo preocupação. Na estreia, contra a Coreia do Sul, os ingleses jogaram como se fossem golear a qualquer momento e, no final, perderam por 0x2, praticamente selando a eliminação. No último jogo da primeira fase, precisavam de uma vitória por goleada para se classificarem e foi aí que resolveram jogar. Os ingleses fizeram um primeiro tempo incrível, mas o rival era a duríssima Alemanha e o placar em 2x2 resultou numa eliminação vergonhosa para a Inglaterra, que não tem como se explicar ao seu público. Se alguém pode ser considerado destaque na equipe foi David Beckham. Mas o camisa 7 jogou sozinho e não pôde fazer muito para evitar o vexame.

Alemanha - Quarta colocada em 2018 e favorita ao título, a Alemanha foi a que fez a melhor pré-temporada e mostrou toda a organização de seus jogadores. Efetivamente, mostraram todo aquele favoritismo em seu grupo, dominando os jogos. Mas o azar apareceu para os alemães e, justo no jogo em que eles dominavam a Coreia do Sul, com um jogador a mais e a goleada se desenhando, veio a expulsão de Neuer e o sorteio que tirou Thomas Muller da equipe (e da competição). O placar em 2x2 com os sul coreanos se repetiu contra a Inglaterra e a Alemanha, tendo que redesenhar sua equipe, não conseguiu passar da primeira fase. Mesmo assim, passaram ótima impressão para o espetáculo e tiveram em Podolski seu grande destaque. Jogador inteligente, atua tanto no meio quanto no ataque e é aquele tipo de atleta que chama a responsabilidade e incendeia os companheiros. Pena que teve pouco tempo para mostrar seu talento.

Coreia do Sul - O grupo C que produziu duas grandes decepções foi também o grupo que produziu a maior surpresa do Mundial. A Coreia do Sul era a seleção estreante na competição e, esperava-se, ia aprender muito nesta competição em um grupo com o terceiro e o quarto colocados no Mundial de 2018. Logo de cara, pegaram a favoritíssima Inglaterra e, jogo rolando, os Tigres Asiáticos foram dominando as ações, dominando, dominando e acabaram protagonizando a primeira (e única) zebra do Mundial, com a vitória por 2x0. No jogo seguinte, contra a Alemanha, eram dominados e iriam perder com certeza, principalmente quando perderam Kazuo Tachibana, expulso. Mas a sorte ficou do lado dos sul coreanos, que viram Neuer ser expulso logo depois, Thomas Muller ser sorteado para sair em seu lugar e o esquema alemão vir abaixo. Os asiáticos reequilibraram o jogo e, com o empate em 2x2, conseguiram a vaga com o primeiro lugar do grupo. Nas semifinais, a Coreia do Sul pegaria outro favorito ao título, o poderoso Brasil que acabaria sendo campeão. Os sul coreanos dominaram o jogo inteiro, sufocaram o rival, mas o empate em 2x2 levou a partida para os pênaltis e a derrota por 3x4 os tirou da final. A empolgação não diminuiu e, na disputa do terceiro lugar, dominaram a Argentina desde o início e venceram por 3x1, conquistando uma medalha de bronze com gosto de título. O grande destaque da equipe foi Jayeon. O camisa 10 chegou cercado de expectativas e confirmou todas. Chamou a responsabilidade, levou a equipe à frente, fez gols e chegou a disputar com Tsubasa a Bola de Ouro de MVP, que perdeu após três turnos de votação na Junta Técnica da FIFUBO. A Coreia do Sul chegou mostrando que será protagonista.

CLASSIFICAÇÃO FINAL

1° Brasil - 4 jogos, 3 vitórias, 1 empate, 0 derrotas, 10 gols marcados, 6 gols sofridos;
2º Japão - 4 jogos, 2 vitórias, 1 empate, 1 derrota, 8 gols marcados, 5 gols sofridos;
3º Coreia do Sul - 4 jogos, 2 vitórias, 2 empates, 0 derrotas, 9 gols marcados, 5 gols sofridos;
4º Argentina - 4 jogos, 1 vitória, 0 empates, 3 derrotas, 5 gols marcados, 9 gols sofridos;
5º Alemanha - 2 jogos, 0 vitórias, 2 empates, 0 derrotas, 4 gols marcados, 4 gols sofridos;
6º Camarões - 2 jogos, 0 vitórias, 2 empates, 0 derrotas, 2 gols marcados, 2 gols sofridos;
7º Inglaterra - 2 jogos, 0 vitórias, 1 empate, 1 derrota, 2 gols marcados, 4 gols sofridos;
8º França - 2 jogos, 0 vitórias, 1 empate, 1 derrota, 1 gol marcado, 3 gols sofridos;
9º Holanda - 2 jogos, 0 vitórias, 0 empates, 2 derrotas, 2 gols marcados, 5 gols sofridos.

ARTILHARIA

1º Ronaldo (Brasil) e Kojiro Hyuga (Japão) - 4 gols
3º Jayeon (Coreia do Sul) e Oliver Tsubasa (Japão) - 3 gols
5º Miroslav Klose (Alemanha), Carlos Tevez (Argentina), Roberto Carlos (Brasil), Joo Sung (Coreia do Sul), Patrick Kluivert (Holanda) - 2 gols
10º Lukas Podolski (Alemanha), Bastien Schweinsteiger (Alemanha), Dario Conca (Argentina), Leonel Vangioni (Argentina), Lionel Messi (Argentina), Alex (Brasil), Denilson (Brasil), Rivaldo (Brasil), Emmanuel Kunde (Camarões), Emile Mbouh (Camarões), Mitsuru Sano (Coreia do Sul), Lee Young-Un (Coreia do Sul), Masao Tachibana (Coreia do Sul), Hanji Urabe (Coreia do Sul), Stephane Guivarch (França), David Beckham (Inglaterra), Peter Crouch (Inglaterra), Makoto Soda (Japão) - 1 gol

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Cada Mundial traz uma coisa nova e uma sensação espetacular. Se a edição de 2018 coroou o Projeto Copa do Mundo e um sonho que vinha desde 1998, a edição de 2019 trouxe a primeira competição deste tipo numa mesa oficial. O Imperatriz Arena pode tranquilamente roubar a alcunha do Old Trafford de "Teatro dos Sonhos", pois é naquela mesa que os sonhos se tornam realidade. O aumento do número de seleções também foi positivo, pois aumenta a emoção e nos deixa mais próximos do número considerado ideal, de 12 equipes.

Como também aconteceu em 2018, durante o Mundial de 2019 a FIFUBO veio com algumas novidades. A principal delas é que, em 2020, a Liga FIFUBO será disputada por seleções e não pelos clubes. É muito difícil manter a empolgação para fazer uma rodada quando se tem equipes pelas quais eu não me interesso e, infelizmente, isso está acontecendo com as equipes argentinas. Tirando o River Plate, nenhuma empolga realmente, embora Boca, Independiente, Racing e Velez tenham lá sua importância. Acaba que, para chegar no jogo do River, do Vasco ou do Imperatriz, é necessário passar por partidas sem empolgação e isso acaba atrasando o andamento da competição. A Liga deveria ter parado para o Mundial na nona rodada, mas está para iniciar a sexta ainda e isso deve causar atrasos no torneio.

Como as seleções são mais empolgantes e contam com grandes craques, talvez a Liga tenha maior atratividade. A possibilidade de fazer estatística com os jogadores da seleção também ajuda no interesse, pois no Mundial tivemos apenas um milestone e, mesmo assim, porque Roberto Carlos fez dois gols na final. Com cada equipe tendo que jogar pelo menos 16 partidas, aumentam as chances de termos artilheiros com 20 ou mais gols, ao invés dos míseros 4 gols que Ronaldo e Hyuga marcaram.

A outra novidade que empolgou muito foi a profissionalização da LMC. Os ciclistas terão nova roupagem, mais moderna e com o padrão FIFUBO. Mas este é um segredo que está sendo guardado a sete chaves e só será revelado quando a LMC convocar a conferência de imprensa que irá apresentar o Tour de France, o que deve ocorrer (espero) até o final deste mês.

O blog não parou com suas artes. Elas continuarão a ser exibidas durante a semana, quando não tivermos jogo da Liga. Já temos uma pronta, que deve ser apresentada nesta sexta ou no meio da semana que vem. A fantasia continuará alta, podem apostar!

Então é isso. As cortinas do Mundial se fecham, a Liga FIFUBO volta neste sábado e os clubes voltarão a arrastar suas multidões ao Imperatriz Arena. Vamos que vamos, que ainda tem muita bola para rolar!

domingo, 14 de julho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum 2019 - Final - 14/07/2019

Domingo, 14 de julho de 2019, meio dia. Um lindo dia de sol, temperatura em elevação e Imperatriz Arena totalmente lotado. Torcedores comuns se misturavam a celebridades do mundo esportivo, políticos, monarcas e todo tipo de gente, tudo isso por um único motivo: a final do Mundial de Futibou de Butaum 2019! Japão e Brasil repetiam a final de 2018, quando a vitória por 4x2 deu aos japoneses o primeiro título mundial da História da FIFUBO. Em 2019, as duas equipes tinham trajetória muito semelhante, ficando impossível dar um palpite sobre quem levaria o Mundial deste ano.

O Imperatriz Arena, esperando a grande decisão.

O Japão, campeão em 2018, foi cabeça de chave do grupo B. Após estrear com um empate em 1x1 com Camarões, derrotou a França por 2x0 e conquistou a vaga às semifinais, onde derrotou a Argentina por 3x1, com grande autoridade. Com duas vitórias e um empate, seis gols marcados e dois sofridos, o time asiático tem dois dos três artilheiros do Mundial. Hyuga e Tsubasa têm três gols cada e carregam em seus pés a esperança do bicampeonato mundial.

O Japão foi a campo com 1. Wakabayashi (c); 2. Ishizaki, 3. Hiroshi, 4. Takasugi, 6. Soda; 5. Shingo Aoi, 8. Jun Misugi, 7. Sawada, 10. Tsubasa; 11. Taro Misaki, 9. Hyuga. O técnico, Tetsuo Mikami, armou a equipe num 4-4-2 losango e, auxiliado por Shiroyama Tadashi, tinha no banco de reservas 12. Matsuyama e 13. Shun Nitta. 

O Brasil, vice campeão em 2018, foi o cabeça de chave do grupo A. Estreou vencendo a Holanda por 3x1 e, na sequência, venceu a Argentina por 2x1, classificando-se em primeiro lugar em seu grupo. Nas semifinais, foi dominado pela Coreia do Sul, mas soube se segurar e, com um empate em 2x2, levou a vaga nos pênaltis, ao vencer por 4x3. Com duas vitórias e um empate, sete gols marcados e quatro gols sofridos, tem o outro artilheiro do Mundial. Ronaldo tem três gols e é nele que os brasileiros depositam a esperança de vingar a derrota de 2018 e, enfim, levar um título.

O Brasil foi a campo com 1. Carlos Germano; 2. Cafu (c), 3. Lucio, 5. Edmilson, 6. Roberto Carlos; 15. Kleberson, 8. Zé Roberto, 7. Alex, 10. Rivaldo; 9. Ronaldo, 17. Denilson. O técnico Dorival Junior armou a equipe num 4-4-2 tradicional e, auxiliado por Ivo Wortmann, tinha no banco de reservas 4. Roque Junior e 11. Ronaldinho Gaúcho.

A arbitragem ficou a cargo de Aristeu Tavares, que já atuou em duas partidas deste Mundial, ambas como auxiliar: Japão 2x0 França e Alemanha 2x2 Coreia do Sul. O auxiliar seria Chris Kavanagh, que só atuou em uma partida, como árbitro em Argentina 2x1 Holanda, quando foi suspenso por uma rodada.

O árbitro do jogo, Aristeu Tavares, com seu auxiliar, Chris Kavanagh.

Antes do jogo, o campeão da Copa do Mundo de Ciclismo da LMC, Fabio Aru, foi ao gramado com o troféu de campeão mundial, para dar o pontapé inicial da partida.

O ciclista italiano Fabio Aru, da Liquigás, dá o pontapé inicial da decisão.

Com isso, só faltava encerrar todo o protocolo pré-jogo e partir para a grande decisão. E aí, quem leva o título mundial, Japão ou Brasil? Vamos conferir tudo o que aconteceu no último espetáculo do Mundial de Futibou de Butaum 2019!

Equipes prontas, a saída pertenceu ao Japão.

JAPÃO 2x3 BRASIL

Foi, realmente, um espetáculo à altura do que o Mundial de Futibou de Butaum representa. Duas equipes excepcionais, muito técnicas, com táticas bem definidas e craques de lado a lado se apresentando para o jogo. Ninguém fugiu à responsabilidade de jogar a final e, a cada posse de bola, a torcida se levantava para ver um lance de perigo. Um jogo parelho desde o início, onde era impossível saber quem levaria a melhor.

O Brasil criava bem pelo lado esquerdo, onde Zé Roberto ajudava Rivaldo na armação e Denilson infernizava a defesa adversária, com dribles e arrancadas. O Japão era melhor justamente do outro lado, onde Jun Misugi armava o jogo e Tsubasa aparecia bem para a conclusão. Alex estava sumido da armação, pois marcava Hyuga, impedindo o camisa 9 de jogar.

As coisas ficaram boas para o Brasil aos 4 minutos, quando mais uma boa jogada foi tramada pela esquerda, entre Zé Roberto e Rivaldo. O camisa 10 ia avançando pela ponta quando Taro Misaki tentou roubar a bola e o derrubou. A falta era um pouco longe do gol, mas Roberto Carlos se apresentou para a cobrança. Com seu característico chute forte e com efeito, fez a bola passar pela barreira, fazer uma curva e entrar no canto direito de Wakabayashi, que se esticou, mas não alcançou: Brasil 1x0.

O gol deu ao Brasil a tranquilidade para fazer o seu jogo, mas os japoneses não ficaram atrás. Se mantendo fiéis à tática traçada por Sr. Mikami, os Samurais botaram a bola no chão e criaram suas jogadas. O jogo continuou de altíssimo nível.

Aos 8 minutos, Alex abriu na direita para Ronaldo e Lucio resolveu correr ao ataque para tentar a conclusão. Mas Takasugi lhe tomou a frente e o camisa 3 brasileiro o empurrou, fazendo falta. Tsubasa voltou à área japonesa para cobrar a infração e, lá de trás, começou a tabelar. Na saída da área, tabelou com Shingo Aoi; no meio de campo, com Sawada; a partir da intermediária, com Hyuga. A dupla japonesa se aproveitou do buraco deixado por Lucio na defesa e foi lá que eles criaram. Cafu correu para tentar cobrir a falta de Lucio, mas Tsubasa, esperto, passou a bola pelo meio dos defensores. Hyuga entrou em diagonal e, de pé esquerdo, deu um chute forte e alto para vencer Carlos Germano e fazer Japão 1x1.

No intervalo, Sr. Mikami mudou o lado direito, porque era ali onde o Brasil criava suas jogadas. Tirou Ishizaki e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta. Assim, pretendia reforçar a marcação por aquele lado e colocar um atacante para jogar em velocidade, aproveitando os espaços. Dorival Junior tirou Lucio e Alex para colocar Roque Junior e Ronaldinho. Lucio, mais uma vez, falhou na marcação e Alex, embora bem na marcação a Hyuga, esteve mal na criação. Além disso, Roque Junior tem entrado bem e sua entrada, aqui, serviria para acabar com a farra de Tsubasa e Misugi pelo lado esquerdo da defesa brasileira.

Mais uma vez, Dorival Junior fez uma mexida tática muito feliz. O Brasil esteve mais bem posicionado no segundo tempo e seus jogadores, mais próximos, conseguiram trocar passes e levar a equipe à frente. Além disso, quando um jogador saía da sua posição, outro fazia a cobertura.

O segundo gol brasileiro veio aos 3 minutos, quando Denilson arrancava para o ataque, driblando a defesa japonesa até ser atingido por Hiroshi na intermediária. Roberto Carlos foi para a cobrança da falta e, com um chute forte e rasteiro, venceu Wakabayashi e fez seu segundo gol no jogo: Brasil 2x1.

Lá foram os japoneses, novamente, tentar o empate. Mas, como dito anteriormente, a mudança tática de Dorival Junior fez toda a diferença. Aos 6 minutos, Roque Junior e Kleberson trocaram de posição e o camisa 4 interceptou um passe de Tsubasa para Hyuga pelo meio da defesa. Abrindo na direita, Roque encontrou Cafu, que puxou o contra ataque em velocidade e passou a Ronaldinho na ponta. O camisa 11 começou a tabelar com Ronaldo e os dois foram levando a bola pelo campo de ataque, abrindo a defesa, até que Ronaldinho deu um passe pelo meio da zaga e encontrou Ronaldo livre dentro da área. O camisa 9 virou o pé e deslocou Wakabayashi para fazer Brasil 3x1.

Naquele momento, o sentimento era de que o Brasil já era campeão. Com dois gols de vantagem no placar, quatro minutos por jogar e a equipe bem postada em campo, era só tocar a bola e esperar o apito final. Os japoneses, enfim, abandonaram a disciplina e passaram a jogar de qualquer maneira, tentando o ataque a todo custo. Foi comum ver Hiroshi e Takasugi irem ao ataque, deixando enormes buracos na defesa, onde Shingo Aoi teve que se multiplicar para impedir os contra ataques brasileiros.

Aos 9 minutos, a persistência japonesa foi premiada. Jun Misugi tocou no comando de ataque para Tsubasa e Kleberson apareceu para impedir o avanço do camisa 10. Hyuga partia pela direita, mas Roque Junior e Roberto Carlos o marcavam. A solução foi abrir na esquerda. Makoto Soda apareceu feito um foguete, livre de marcação, para chutar de primeira e fazer o último gol do Mundial, lembrando Carlos Alberto Torres em 1970: Japão 2x3.

Destaque do jogo: Roberto Carlos. Embora a maioria dos jogadores tenha atuado muito bem e Denilson tenha feito um jogo espetacular, os dois gols do lateral brasileiro fizeram toda a diferença na conquista do título. Bem na defesa, Roberto Carlos não deixou espaços e só foi ao ataque para cobrar as duas faltas com perfeição e dar o título ao Brasil.

BRASIL CAMPEÃO DO MUNDIAL DE FUTIBOU DE BUTAUM 2019

O Brasil acaba de vez com o fantasma do vice campeonato de 2018. Vinga não só a derrota para o mesmo Japão na Copa do Mundo 2018, mas também a sofrida para a França na Jarra Tropon daquele ano. O Brasil conquista seu primeiro título na FIFUBO e coroa o jogo espetacular apresentado na competição.

PREMIAÇÃO

  • Bola de Ouro de Artilheiro - Ronaldo (Brasil) e Kojiro Hyuga (Japão) - 4 gols.

O eterno artilheiro do Dallas Stars, Mike Modano, entrega a Bola de Ouro de Artilheiro a Ronaldo e Hyuga.
"De um camisa 9, se esperam gols. Mas é especial marcar com a camisa da seleção, fazer gol em final, sair como campeão e artilheiro. Estou nas nuvens!" - Ronaldo, ao receber a Bola de Ouro de Artilheiro do Mundial.
Os artilheiros do Mundial 2019, Ronaldo e Hyuga, com a Bola de Ouro.
"Este prêmio só reforça aquilo que eu disse desde a  minha primeira partida. Vim aqui para marcar meu nome como um dos maiores centroavantes de todos os tempos. Fico feliz em ganhar o prêmio de maior goleador pelo segundo Mundial consecutivo e muito feliz por fazer um gol na final. Mas trocaria isso tudo pelo título..." - Hyuga, ao receber a Bola de Ouro de Artilheiro do Mundial. 

  • Bola de Ouro de MVP - Oliver Tsubasa (Japão)

O diretor de seleções da FIFUBO, Sr. Concha Marítima, entrega a Bola de Ouro de melhor jogador a Oliver Tsubasa.
A regra da FIFUBO diz que, em cada jogo, um e somente um jogador deve ser escolhido como destaque. Ao final da competição, aquele que tiver sido escolhido mais vezes o destaque do jogo é o MVP. Ao contrário do prêmio de artilheiro, que pode ser dividido entre os tantos jogadores empatados no topo da lista, o prêmio de MVP é dado a somente um jogador. Por isso, se houver empate entre dois ou mais jogadores, uma Junta Técnica da FIFUBO vota e o MVP é aquele que tiver mais votos. No Mundial, Tsubasa (Japão) e Jayeon (Coreia do Sul) ficaram empatados, cada um com duas indicações como destaque. A Junta no Mundial era composta pelo presidente da FIFUBO Gabriel Batistuta, o vice Ruben Paz, o diretor de seleções, Sr. Concha Marítima, e o diretor técnico, Sr. Alemanha. Foram necessários três turnos de votação, pois nos dois anteriores, houve empate em 2x2. No terceiro, ficou decidido que Tsubasa se destacou mais na competição.

Oliver Tsubasa posa com a Bola de Ouro de MVP da competição.
"Todos sabem o quanto eu gosto de jogar O Futebol, é o que mais amo no mundo. Quando entro em campo, dou o máximo de mim e, aqui, não foi diferente. Vestir a camisa da seleção de meu país é motivo de orgulho e eu vou procurar sempre fazer de tudo para sair com a vitória. Talvez por isso tenha sido eleito o MVP do Mundial. Gostaria de ter saído com o bicampeonato, mas não deu para derrotar a grande seleção brasileira. Então, sair com a medalha de prata e a Bola de Ouro é um feito e tanto. Estou muito feliz!" - Oliver Tsubasa, ao receber a Bola de Ouro como MVP do Mundial.


  • Medalha de bronze - Coreia do Sul.

Jogadores e comissão técnica da Coreia do Sul, após receberem as medalhas de bronze.
"Se você perguntar a mim se estou feliz, estou. Em nosso primeiro Mundial, cair num grupo difícil, derrotar favoritos ao título e já ganhar uma medalha de bronze de forma invicta, isso é motivo de felicidade. Mas se você perguntar se estou satisfeito, não estou. Jogamos bem, mas tivemos diversas falhas, que devem ser corrigidas. Não aceitei entrar para este projeto para participar. Eu venho para ganhar, para revelar os melhores jogadores, para consagrar meu trabalho. Que sirva de lição para as  competições futuras." - Kozo Kira, treinador da Coreia do Sul.

  • Medalha de prata - Japão

Jogadores e comissão técnica do Japão posam após receberem a medalha de prata. Em destaque, as Bolas de Ouro de Artilheiro e MVP com Hyuga e Tsubasa, respectivamente.
"É triste chegar à final e perder. Mas são dois mundiais e duas finais japonesas. O Projeto Supercampeões mostra que está no caminho certo. Seguimos evoluindo e buscando as melhores formas de fazer de nossos jogadores os principais atletas do mundo. Hoje, o Brasil foi melhor e merece o crédito por isso. Mas amanhã, o Japão vai triunfar, vocês vão ver!" - Tetsuo Mikami, treinador do Japão.
  • Medalha de ouro - Brasil.

O presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta, entre os troféus de campeão do Mundial de Futibou de Butaum 2019 ao capitão do Brasil, Cafu.
"Vestir a camisa da seleção brasileira é uma honra enorme. Ser capitão da seleção brasileira é uma honra indescritível. Levantar o troféu de campeão do mundo pelo Brasil? Não tenho palavras!" - Cafu, capitão da seleção brasileira, após erguer os dois troféus do Mundial 2019.
Jogadores e comissão técnica do Brasil posam com as medalhas de ouro e os dois troféus do Mundial de Futibou de Butaum. Em destaque, a Bola de Ouro de Artilheiro, para Ronaldo.
"Quando fui chamado a assumir a seleção brasileira, tendo Ivo Wortmann como auxiliar, sabia que teria um desafio enorme, mas teria gente capacitada ao meu lado para enfrentá-lo. A conversa com os profissionais envolvidos foi ótima e eu me senti seguro para continuar. Apresentei meu projeto, expus o que achava certo, pedi as peças certas e o resto foi só colocar em campo e confiar no talento. O orgulho brasileiro está resgatado e este título mundial é só o começo. Agora? Agora é só comemorar!" - Dorival Junior, técnico da seleção brasileira.

NOTAS RÁPIDAS

  • O milestone da rodada vai para Roberto Carlos. Com as duas cobranças de falta perfeitas contra o Japão, o lateral chegou a 10 gols com a camisa do Brasil.
  • O Mundial de Futibou de Butaum 2019 se encerra, os prêmios foram distribuídos e o campeão foi coroado. Durante a semana, teremos uma postagem especial com o relatório final da competição.
  • Vale lembrar que, em anos de Copa do Mundo de Futebol, a FIFUBO apresenta a Copa do Mundo de Futibou de Butaum, que dá ao seu campeão o troféu da Copa FIFA. Em anos em que não tem Copa do Mundo, a FIFUBO apresenta o Mundial de Futibou de Butaum, que dá ao seu campeão os dois troféus da antiga Copa Toyota (ou Mundial Interclubes). Na nomenclatura, são três anos de Mundial para um de Copa. Mas, na prática, todos são o mundial da FIFUBO.
  • As atenções agora se voltam para o reinício da Liga FIFUBO. Provavelmente, teremos o início da sexta rodada durante a semana. Se isso não ocorrer, o campeonato recomeça no final de semana que vem.
  • Já a LMC está na dependência de algumas coisas para poder fazer o Tour de France. Tão logo resolva suas pendências, a competição começa.

O último ato do Mundial de Futibou de Butaum 2019: os jogadores e a comissão técnica do Brasil dão a volta olímpica no gramado do Imperatriz Arena com os troféus.


sábado, 13 de julho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum 2019 - Disputa de Terceiro e Quarto Lugares - 13/07/2019

O sábado de céu azul e temperaturas amenas foi muito especial. Não só por ser o Dia do Rock, mas por trazer a decisão da medalha de bronze do Mundial de Futibou de Butaum a um Imperatriz Arena completamente lotado de torcedores ávidos por mais uma grande partida.

Historicamente, a medalha de bronze é o prêmio de consolação que nenhuma equipe quer disputar. A derrota nas semifinais te tira da disputa do título e ainda te obriga a voltar a campo na preliminar da grande final, para ver quem completa o pódio. Mas, aqui, a história era completamente diferente.

Apesar da decepção pela derrota para o Japão (1x3) nas semifinais, a Argentina quer encerrar o Mundial em alta, com uma medalha de bronze que viria para mostrar a evolução de sua seleção. De quebra, os jogadores ainda querem ajudar Messi a ser artilheiro e, quem sabe, MVP da competição. Para este jogo, Carlos Bianchi finalmente deu ouvidos à torcida e barrou Scocco. Tevez seria titular pela primeira vez.

A Argentina foi a campo com 1. Abbondanzieri; 2. Mercado, 4. Demichelis, 6. Gabriel Milito, 3. Vangioni; 14. Mascherano (c), 8. Conca, 7. Di Maria, 10. Messi; 13. Alario, 11. Tevez. O técnico Carlos Bianchi armou a equipe num 4-4-2 losango e, auxiliado por Alfio Basile, tinha no banco 5. Kranevitter e 9. Scocco.

A Coreia do Sul tem motivos de sobra para se empolgar e buscar a medalha de bronze. Estreante em Mundiais, a equipe asiática foi sorteada como divisão 2 e caiu num grupo dificílimo. Pegou a favoritíssima Inglaterra e venceu (2x0) e a outra favoritíssima Alemanha, que fez a melhor pré-temporada entre as seleções, empatando em 2x2 e garantindo a vaga nas semifinais. Caiu para o Brasil nos pênaltis, após empatar em 2x2 jogando melhor. Com todas essas credenciais e sem pegar uma seleção mais fraca, a Coreia do Sul sabe que uma medalha de bronze é a forma ideal de mostrar que seu lugar é entre as grandes. A equipe tinha a volta de Kazuo Tachibana, que cumpriu suspensão contra o Brasil, após ser expulso contra a Alemanha.

A Coreia do Sul foi a campo com 1. Wakashimazu (c); 2. Okawa, 3. Nakanishi,4. Akai Tomeya, 6. Urabe; 5. Sano, 8. Kazuo Tachibana, 7. Masao Tachibana, 10. Jayeon; 9. Joo Sung, 11. Lee Young-Un. O técnico Kozo Kira armou a equipe num 4-4-2 losango e, auxiliado por Minato Gamo, tinha no banco 12. Kishida e 13. Taki.

Era um jogo em que, além da inédita medalha em Mundiais, faria com que a seleção vencedora fosse para o Mundial de 2020 como cabeça de chave e, com tanto em jogo, a arbitragem teria que estar atenta ao controlar a partida. O sorteado para comandar o espetáculo foi Howard Webb, que esteve em campo duas vezes na competição, justamente em jogos dos dois adversários. Como auxiliar, esteve presente em Inglaterra 0x2 Coreia do Sul e, como árbitro, em Brasil 2x1 Argentina. Daniel Pomeroy também esteve presente em duas partidas do Mundial, ambas como auxiliar, no jogo Brasil 3x1 Holanda e no jogo Argentina 2x1 Holanda, quando foi suspenso por um sorteio, ficando de fora da terceira rodada.

A arbitragem ficou a cargo de Howard Webb, com Daniel Pomeroy de auxiliar.

E assim estava tudo pronto para a decisão da medalha de bronze. Vamos ver quem riu por último nesta partida!

Equipes alinhadas, a saída pertenceu à Coreia do Sul.

ARGENTINA 1x3 COREIA DO SUL

Este foi daqueles jogos que realmente tiveram de tudo. O nível foi altíssimo desde o pontapé inicial, com as duas equipes brindando o torcedor com uma partida de muita emoção.

A Coreia do Sul abriu o marcador com apenas 30 segundos de jogo. Logo na saída, Jayeon fez o 'toca y me voy' com Masao Tachibana e recebeu de volta na meia direita. A marcação esperava que ele fosse recuar para Joo Sung, mas o camisa 10 sul coreano deu um giro com a bola, enganou seus marcadores e avançou pela meia até chutar da entrada da área, surpreendendo Abbondanzieri e fazendo Coreia do Sul 1x0.

O gol relâmpago mostrava o que Jayeon veio fazer no Mundial. Contra o Brasil, o camisa 10 também iniciou o jogo indo para o campo de ataque e pedindo a bola. Aqui, ocupava o campo argentino, se mexendo para um lado e o outro, buscando tabelas e levando sua equipe à frente. Mas a Argentina não ficava atrás. Apesar do susto inicial, os sulamericanos se organizaram e foram ao ataque. Messi se mexia pelo campo de ataque e, com a companhia de Tevez, tinha mais oportunidades. Do outro lado, fazia Alario avançar pelas pontas e concluir com perigo. Mas a Coreia do Sul jogava melhor e se fartava de perder oportunidades. A inexperiência falava mais alto, pois os asiáticos não aproveitavam as chances para matar o jogo e, aos poucos, davam campo aos adversários.

E assim foi até os 8 minutos, quando Kazuo Tachibana arrancou pela direita e serviu Joo Sung três vezes. Na três vezes, o camisa 9 dominou mal a bola e a zaga argentina afastou. Na última delas, foi Milito quem deu um bico pra frente e viu Vangioni puxar o contra ataque em velocidade. Os sul coreanos marcaram Messi, Di Maria e Tevez, para impedir a Argentina de ter quem organizar o jogo. Vangioni percebeu isso e resolveu avançar com a bola, saindo da lateral para o meio. Da intermediária, o camisa 3 resolveu arriscar o chute. Vangioni percebeu que Wakashimazu esperava uma bola alta no canto direito e, no último instante, virou o pé e mandou rasteira no canto esquerdo. Quando o goleiro sul coreano se recompôs, já era tarde: Argentina 1x1.

No intervalo, Carlos Bianchi tirou os apagados Demichelis e Conca para colocar Kranevitter e Scocco. Isso levaria o time à frente, pois Tevez iria para o meio e formaria com Messi e Di Maria um trio ofensivo de armadores. Já Kozo Kira mostrou que não há um jogador intocável no time. Além de tirar o apagado Nakanishi, não perdoou os erros de Joo Sung que custaram o gol de empate argentino. Em seus lugares, entraram Kishida e Taki.

A mexida melhorou o time sul coreano. Taki infernizou a defesa rival pela ponta direita e, com seus dribles em velocidade, conseguiu faltas próximas à área, que Abbondanzieri se esticava para afastar. Scocco entrou bem, mas atuou muito mais auxiliando na marcação a Taki do que no campo de ataque. O grande erro argentino aqui foi Tevez no meio de campo. Não tanto pelo poder ofensivo, já que o camisa 11 deu muito mais opções e fez aparecer o futebol de Alario, mas pelo buraco que deixou atrás e Mascherano não soube cobrir.

Assim, a Coreia do Sul teve boas oportunidades até que, aos 6 minutos, Jayeon cobrou escanteio para a área e encontrou Sano livre. Ao invés de tentar a cabeçada, o camisa 5 teve calma suficiente para botar a bola no chão, ver o posicionamento de Abbondanzieri e virar o pé, mandando um chute rasteiro que deslocou o goleiro adversário: Coreia do Sul 2x1.

A Argentina se lançou de vez ao ataque, em busca do empate. Os sul coreanos finalmente tiveram a experiência de se posicionar defensivamente e tocar a bola, gastando o tempo para ficar com a vitória. E assim a partida foi, com os argentinos indo ao ataque e os sul coreanos se segurando na defesa, afastando a bola e vendo Kazuo Tachibana lançar Taki nas pontas.

Quando a pressão argentina já parecia insustentável, veio o terceiro gol. Aos 9 minutos, Tevez fez a jogada pelo fundo e cruzou para a área. O toque de Kishida foi o suficiente para impedir a conclusão de Scocco e a bola sobrou na lateral da área com Okawa. O camisa 2 avançou com a bola e fez um lançamento incrível para a meia esquerda, onde encontrou Jayeon. Ali, onde o camisa 10 dominou a bola livre, era para ter um volante fazendo a marcação, mas este era Tevez, que ainda estava no campo de ataque. Desta forma, Jayeon avançou com a bola dominada, rumo à grande área. Mas, da intermediária, percebeu que Abbondanzieri estava adiantado e, com um lindo toque por cobertura, deu números finais ao confronto: Coreia do Sul 3x1.

Quando Howard Webb pediu a bola e encerrou o jogo, os sul coreanos comemoraram efusivamente, parecendo que tinham ganhado o título. A Coreia do Sul conquista a medalha de bronze no Mundial de Futibou de Butaum 2019 e escreve seu nome na História da FIFUBO!

Destaque do jogo: Jayeon. O camisa 10 foi a grande figura da Coreia do Sul não só nesta partida, mas em todo o Mundial. Jogou com intensidade desde o início, jamais diminuiu a velocidade, esteve no campo de defesa para auxiliar a marcação, no meio de campo para organizar o time e no ataque, concluindo com perigo. Fez dois gols e ainda cobrou o córner que resultou no outro gol de sua equipe. Agora, soma três tentos e divide a artilharia do Mundial com Ronaldo, Hyuga e Tsubasa. Com duas indicações como melhor em campo, divide com Tsubasa a corrida para ser MVP da competição. O Mundial mostra que uma nova estrela surge.

NOTAS RÁPIDAS

  • Conhecido o medalhista de bronze, as atenções agora se voltam para a grande final do Mundial de Futibou de Butaum! Japão e Brasil entram em campo no domingo, para decidir quem leva o título.
  • A Coreia do Sul volta a campo neste domingo, após o apito final, para receberem a medalha de bronze. O pódio será todo após o jogo decisivo, inclusive com a entrega dos prêmios individuais.
  • Um campeão mundial, no entanto, já foi coroado na sexta-feira. Fabio Aru derrotou seus rivais e cruzou a linha de chegada em primeiro na Copa do Mundo de Ciclismo, da LMC. A corrida, considerada a Prova Magna da LMC, foi no Canadá e contou com 15 trechos difíceis, sendo os cinco primeiros planos, os cinco seguintes em montanha com variação de 9 a 12%  de inclinação e os cinco últimos em plano, com chegada ao sprint.
  • Fabio Aru foi o vencedor, com Tom Dumoulin em segundo e Fabian Cancellara em terceiro. Damiano Cunego foi o quarto, Domenico Pozzovivo chegou em quinto e o campeão do Giro D'Italia, Luciano Pagliarini, foi o sexto, numa mostra do domínio italiano na prova, que teve o vencedor, o quarto e o quinto colocados entre os seis primeiros.
  • Fabio Aru e Tom Dumoulin estiveram sempre na fuga, se revezando no ritmo do grupo e ajudando. Mas Aru teve mais pernas e conseguiu vencer com folga. Fabian Cancellara manteve uma constante de esforço durante toda a prova e chegou ao pódio com facilidade.
  • De outro lado, a decepção ficou por conta de dois dos maiores nomes da História do ciclismo. Lance Armstrong nem chegou a largar, alegando contusão, enquanto Chris Froome abandonou tão logo chegou ao fim das montanhas, por conta do esforço altíssimo que fez naquele trecho, onde liderou a prova.
  • A Copa do Mundo de Ciclismo também foi a última prova de Gaizka Lejarreta. O ciclista espanhol não conseguiu competir no nível esperado pela diretoria do Imperatriz F.B. e resolveu se aposentar do ciclismo. O Imperatriz chegou a lhe oferecer o cargo de treinador de ciclismo da equipe, mas a proposta foi rejeitada. Lejarreta deixa a LMC sem ter conquistado um ponto sequer e após abandonar o Giro D'Italia. Na Copa do Mundo, andou sempre no pelotão de trás e terminou em vigésimo terceiro, entre trinta ciclistas.
  • O Imperatriz já fechou com um novo ciclista para ser seu líder, seguindo o trabalho de prospecção e atendimento dos requisitos que fez com sua equipe de Futibou de Butaum, mas o nome só será revelado na grande conferência de imprensa que a LMC fará antes do Tour de France, quando será mostrada a nova cara da Liga.
  • Fabio Aru estará presente no Imperatriz Arena neste domingo, dando o pontapé inicial da grande final e mostrando seu troféu de campeão mundial. Esta é a terceira vitória do italiano na LMC e seu primeiro título.
O pódio da Copa do Mundo de Ciclismo: o segundo colocado, Tom Dumoulin (Holanda, Sunweb); o vencedor, Fabio Aru (Itália, Liquigás); e o terceiro colocado, Fabian Cancellara (Suíça, Saxobank).

O campeão mundial, Fabio Aru, recebe o troféu das mãos do presidente da LMC, Lothaire Bluteau.

Fabio Aru e seu troféu de campeão mundial da LMC. O título fará com que a Copa do Mundo de 2020 seja disputada na Itália.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum 2019 - Semifinais - 10/07/2019

Quarta-feira, 10 de julho de 2019. Um lindo dia de sol, céu azul e temperaturas baixas. As férias estão a mil e o Imperatriz Arena é o lugar ideal para curtir o belíssimo dia. As semifinais do Mundial de Futibou de Butaum ocorreram na tarde/noite de hoje, com dois jogos que levantaram o público, que lotou o estádio em busca de espetáculo e recebeu exatamente isso. Vamos conhecer os finalistas do Mundial deste ano!

COREIA DO SUL 2x2 BRASIL

Estreantes em 2019, os sul coreanos surpreenderam o mundo com uma campanha incrível. Logo de cara, bateram a favoritíssima Inglaterra (2x0) e, no segundo jogo, empataram com a Alemanha (2x2), conseguindo a vaga sem precisar entrar em campo na terceira rodada. Para este jogo, a ausência de Kazuo Tachibana (expulso contra a Alemanha) é muito sentida, pois é o jogador responsável pela armação de jogadas. Em seu lugar, joga Kishida, que é muito mais defensivo.

O Brasil, vice campeão em 2018, é a melhor equipe da competição até aqui. Com duas vitórias (3x1 Holanda e 2x1 Argentina), se classificou com sobras e tem a certeza de estar com o time arrumado. Dorival Junior sanou sua única dúvida na equipe titular e, a partir de agora, Alex é titular absoluto, com Ronaldinho no banco de reservas.

Mas quando a bola rolou, qualquer diferença entre os estreantes e os experientes ficou para trás. Desde o início, a Coreia do Sul partiu para o ataque. Jayeon corria o campo todo e pedia a bola, levando-a ao ataque e arriscando chutes. Com apenas um minuto de jogo, o camisa 10 sul coreano chutou para Carlos Germano fazer difícil defesa. No rebote, Lucio tentou sair jogando e entregou a bola nos pés de Jayeon, que chutou para uma defesa espetacular de Carlos Germano. Lucio tentou proteger a bola na linha lateral e Jayeon chutou em suas pernas, ganhando o lateral. Na cobrança, o camisa 10 tocou a Kishida, recebeu de volta na entrada da área, driblou Edmilson e, desta vez, acertou um chute perfeito: Coreia do Sul 1x0.

O gol mostrou o que foi o primeiro tempo. A Coreia do Sul tinha a bola e Jayeon deitava e rolava em cima da defesa brasileira. Os brasileiros tentavam criar, mas a defesa sul coreana estava bem postada e afastou as principais tentativas dos adversários.

No intervalo, Kozo Kira resolveu apostar nos contra ataques. Tirou Lee Young-Un e colocou Taki, seu único reserva disponível. Já Dorival Junior trocou Lucio (que estava tonto com as investidas de Jayeon) e Denilson (nulo em campo) para colocar Roque Junior e Ronaldinho. Roque e Edmilson trocariam de lado na defesa; Ronaldinho e Alex armariam o jogo e Rivaldo jogaria em dupla com Ronaldo na frente.

As mexidas de Dorival Junior surtiram efeito. Não tanto pela entrada de Ronaldinho, que continua muito aquém do que pode produzir. Mas com Alex na meia esquerda, por vezes partindo do centro e Rivaldo na frente com Ronaldo, o Brasil ganhou maior movimentação e conseguiu ir ao ataque. Os sul coreanos também continuaram muito bem, com Jayeon armando o jogo e Joo Sung aparecendo na área com perigo, principalmente quando Roberto Carlos ia ao ataque e deixava um buraco na defesa.

Curiosamente, foi no momento em que a Coreia do Sul pressionava de tudo quanto era jeito que o Brasil arrumou o empate. Em mais um buraco deixado no lado esquerdo da defesa por Roberto Carlos, Jayeon lançou Joo Sung. Mas Roque Junior apareceu antes e afastou a bola. Zé Roberto ligou o contra ataque para Alex na meia esquerda e o camisa 7 avançou. Com um passe para o campo de ataque, encontrou Rivaldo próximo á entrada da área. O camisa 10 dominou com a bola em seu pé esquerdo e acertou um lindo chute rasteiro, que venceu a marcação de Wakashimazu: Brasil 1x1, aos 4 minutos.

A partir dali, o jogo ficou eletrizante. As equipes sabiam que um erro custaria a vaga na final, mas isso não os afastou do campo de ataque um minuto sequer. Chances eram desperdiçadas de lado a lado e o tempo ia se aproximando do fim. E era ali que a emoção maior estava reservada.

Aos 9 minutos, Roberto Carlos se lançou ao ataque, mas Okawa interceptou a bola e avançou no contra ataque. Zé Roberto correu na cobertura, mas o camisa 2 sul coreano deu um passe por cima e encontrou Joo Sung entrando livre pelo lado direito. O camisa 9 invadiu a área e acertou ótimo chute cruzado para vencer Carlos Germano e fazer Coreia do Sul 2x1.

Os sul coreanos já comemoravam a classificação, mas o Brasil ainda tinha a saída de bola. Rivaldo foi para o meio de campo e falou para Ronaldo para eles tabelarem com muita calma e precisão, porque era a última bola do jogo. E a dupla brasileira funcionou novamente! Já corriam os acréscimos quando Rivaldo deu a saída e foi tabelando com Ronaldo, trocando de posição e confundindo a marcação. Do centro, o camisa 10 foi para a meia esquerda e puxou a marcação de Kishida e Sano. Ronaldo fez o caminho inverso e foi para o centro. O passe lhe encontrou livre, de frente pro gol, na meia lua. Ronaldo ajeitou a bola, olhou o posicionamento do goleiro e desferiu um chute incrível no ângulo, fazendo Brasil 2x2. Assim, o primeiro finalista seria conhecido após disputa de pênaltis!

Joo Sung, Rivaldo e Masao Tachibana converteram suas cobranças. Quando Ronaldo bateu a sua no canto esquerdo, Wakashimazu voou e fez a defesa. Okawa e Roberto Carlos converteram suas cobranças. Taki bateu embaixo, no canto direito, mas Carlos Germano esticou a mão e fez uma linda defesa. Na sequência, Alex converteu a sua cobrança e, com 3x3 no placar, nos vimos diante da última sessão de penalidades.

O escolhido da Coreia do Sul era o craque Jayeon. Ele ajeitou a bola com confiança, cobrou o pênalti á meia altura no canto esquerdo e viu Carlos Germano acertar o lado e espalmar para longe. Se Ronaldinho Gaúcho convertesse, o Brasil estaria na final. O camisa 11 ajeitou a bola, correu e virou o pé na última hora. A cobrança foi tão perfeita, no ângulo esquerdo, que Wakashimazu não teve reação. O Brasil vence por 4x3 e está na final do Mundial de Futibou de Butaum!

Destaque do jogo: Jayeon. Apesar do pênalti perdido, foi o grande nome do jogo. Desde o início, chamou a responsabilidade. Não se apequenou por enfrentar o Brasil, correu o campo todo, procurou o jogo e foi premiado com o primeiro gol, mostrando que veio para firmar seu nome no panteão dos maiores jogadores do mundo.

JAPÃO 3x1 ARGENTINA

Com o Brasil já na final, restava apenas uma vaga. Após um começo claudicante no campeonato (1x1 Camarões), o Japão finalmente engrenou e derrotou a França com autoridade (2x0), mostrando que o futebol que o levou a ser campeão mundial em 2018 estava finalmente aparecendo no Imperatriz Arena. A Argentina sofreu até o final para garantir sua vaga nas semifinais. Após estrear vencendo a Holanda (2x1), perdeu pro Brasil (1x2) e teve que esperar até o apito final do último jogo para se classificar como melhor segunda colocada. Apesar dos apelos da torcida e da imprensa, Carlos Bianchi manteve Tevez no banco e optou por Scocco.

Brasil e Coreia do Sul fizeram um jogo equilibrado e eletrizante por conta de seus camisas 9 e 10, que marcaram os quatro gols do jogo. O Japão avançou no Mundial graças a seus camisas 9 e 10. A Argentina, no entanto, só tinha o camisa 10. Enquanto Messi joga o fino da bola nesta competição, o camisa 9 (Scocco) não ajuda. Di Maria aparece no campo de ataque para servir Messi, mas isso deixa buracos atrás. E o treinador do Japão, Sr. Mikami, estudou o adversário para saber como marcá-lo. Enquanto a marcação a Messi era feita por Sawada, os avanços de Di Maria eram acompanhados pelos laterais e, mais importante, Tsubasa jogava nas costas do camisa 7. Desta forma, o Japão dominou o jogo desde o pontapé inicial e só não goleou porque se poupou para a final.

O primeiro gol veio aos 2 minutos, justamente em uma dessas jogadas de Tsubasa nas costas de Di Maria. O camisa 7 argentino foi ao ataque e não recompôs. Assim, Jun Misugi inverteu uma bola da direita para esquerda e encontrou Tsubasa livre. O camisa 10 avançou com a bola até a entrada da área e viu Mercado chegar para fazer a proteção. Inteligente, Tsubasa aproveitou que o marcador adversário obstruía a visão do goleiro e deu um tapa rápido na bola. O chute, rasteiro e cruzado, surpreendeu Abbondanzieri, que só viu quando a bola já ultrapassava a última linha: Japão 1x0.

Esperava-se que, atrás do marcador, a Argentina fosse sair pro jogo. Mas a equipe não conseguia criar e, quando Messi partia com a bola, a marcação era eficiente para lhe roubar. Do outro lado, Misugi, Hyuga e Tsubasa trocavam de posição constantemente e, de pé em pé, se fartavam de perder oportunidades.

O segundo gol veio aos 6 minutos. Após passe de Misugi na direita para Tsubasa, Demichelis veio na marcação. O camisa 10 só precisou rolar para Hyuga ao seu lado. O camisa 9 invadiu a área em diagonal, com liberdade e, com um chute cruzado, acertou o ângulo de Abbondanzieri: Japão 2x0.

A partir daquele momento, os torcedores já nem esperavam competição. Apenas aplaudiam o show japonês e aguardavam os próximos momentos de magia. Aos 9 minutos, Sawada desarmou Alario e tocou a Tsubasa no meio. O camisa 10 abriu para Hyuga na esquerda e viu o camisa 9 avançar com a bola dominada. Mercado chegou para a marcação e foi driblado com extrema facilidade. Hyuga invadiu a área, trouxe para o pé direito e deu seu chute assinatura, o Tiger Shot, para fazer Japão 3x0.

No intervalo, Sr. Mikami não parecia satisfeito com o posicionamento defensivo, apesar da vantagem no placar. Tirou Shingo Aoi e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta. Matsuyama foi destacado para marcar Messi individualmente. Carlos Bianchi resolveu partir para o tudo ou nada. Fez uma jogada para a saída de bola e trocou Demichelis e Conca por Kranevitter e Tevez. O camisa 11 iria jogar como volante bem avançado. Enquanto Mascherano ficaria sozinho na marcação, Tevez, Di Maria e Messi formariam um trio ofensivo de meiocampistas para servir Scocco e Alario.

A jogada de saída de bola foi incrível. Messi, Di Maria e Tevez fizeram a jogada conhecida como "Figura Oito" e foi Tevez quem recebeu na direita, próximo à entrada da área. Com um belo chute de curva, enfim venceu Wakabayashi e fez Argentina 1x3.

Mas ficou nisso. Tevez entrou bem, mas Messi sumiu do jogo. Enquanto isso, Hyuga e Tsubasa continuavam comandando o baile japonês e, com Shun Nitta em velocidade pela ponta direita, os asiáticos ainda perderam boas oportunidades antes de Anderson Daronco decretar o fim do jogo e a classificação japonesa à final.

Destaque do jogo: Oliver Tsubasa. Embora Hyuga tenha marcado duas vezes e tenha atuado tão bem quanto seu companheiro, foi Tsubasa o grande nome do jogo. Jogador inteligente, atua por todo o campo. Arma o jogo e aparece para concluir. Cresce de produção na reta final da competição e começa a dar pinta de que pode ser escolhido MVP do Mundial.

NOTAS RÁPIDAS

  • Conhecidos os finalistas, a atenção agora se volta para as decisões. No sábado, Argentina e Coreia do Sul jogam pela medalha de bronze. No domingo, o Imperatriz Arena vai ferver com a grande final do Mundial de Futibou de Butaum 2019! Japão e Brasil repetem a final de 2018.
  • O pódio, com o campeão, o vice e o terceiro colocado, será montado no domingo, após a final, quando também serão conhecidos os destaques individuais.
  • Para MVP, Oliver Tsubasa desponta como favorito. Com duas indicações como melhor em campo, ele está à frente dos outros jogadores. Mas se houver algum empate em indicações, a junta técnica da FIFUBO elegerá o MVP. Cinco jogadores podem se juntar a Tsubasa nesta disputa: Alex, Masao Tachibana, Messi, Ronaldo e Jayeon.
  • Para artilheiro, a disputa está dura. No momento, lideram a artilharia Ronaldo (Brasil), Hyuga (Japão) e Tsubasa (Japão), todos com três gols. Tevez (Argentina) e Joo Sung (Coreia do Sul) têm dois gols cada e ainda entrarão em campo.
  • Mundial à parte, a quarta-feira também foi agitada fora do campo. Duas notícias espetaculares sacudiram a FIFUBO e a LMC.
  • A FIFUBO anunciou que a sua Liga de 2020 não será disputada por clubes, mas por seleções. Aos clubes restará jogar as Copas, que classificarão para a Supercopa no final do ano. As nove seleções disputarão a Liga FIFUBO, com toda a regra de turno e returno e playoffs. Mas o campeão não irá para a Supercopa.
  • A LMC anunciou a profissionalização de seus ciclistas. A mudança não virá para a Copa do Mundo, que será disputada nesta sexta-feira. Mas, provavelmente, já estará disponível no Tour de France. Deve acontecer daqui a 15 ou 20 dias e, tão logo aconteça, será anunciada aqui.

domingo, 7 de julho de 2019

Mundial de Futibou de Butaum 2019 - Terceira Rodada, Grupos A, B e C - 07/07/2019

O domingo foi gelado e nublado, mas também foi dia de Mundial de Futibou de Butaum. Só isso já seria suficiente para lotar o Imperatriz Arena. Saber que seria uma rodada tripla e que a fase de grupos seria finalizada era mais do que suficiente para tirar o torcedor do aconchego de seu lar. Saber que ninguém tinha vaga garantida, então, fez com que os ingressos se esgotassem e uma multidão se aglomerasse nas redondezas, ávida pela emoção que se desenrolaria no campo de jogo.

O primeiro jogo era o do grupo grupo A, com Brasil e Argentina. O Brasil se classificava com vitória ou empate. À Argentina só restava vencer. Um empate ou até uma derrota fariam os argentinos ficarem com a calculadora nas mãos. Vamos ver como foi o primeiro duelo!

BRASIL 2x1 ARGENTINA

Superclássico das Américas é sempre emocionante. Uma festa se espalhou pelas arquibancadas e, no campo de jogo, os jogadores deram o máximo de si. O Brasil vinha com uma mudança, muito criticada pela imprensa. Alex foi barrado e, em seu lugar, Ronaldinho Gaúcho ia para o campo. A justificativa de Dorival Junior era que o Brasil devia buscar a vitória desde o início e, com uma formação mais ofensiva, isso seria mais fácil. Já a Argentina manteve o time que derrotou a Holanda (2x1), apesar dos apelos para que Tevez começasse jogando.

A emoção começou logo no pontapé inicial. O Brasil inovou na saída de bola e fez uma jogada de toques curtos, avançando aos poucos. Desta forma, Rivaldo e Ronaldo foram tabelando e abrindo a defesa adversária até que o camisa 10 deu um passe para o 9 dentro da área. Ronaldo invadiu e tocou na saída de Abbondanzieri, fazendo Brasil 1x0 logo aos 30 segundos.

O gol relâmpago foi só um ingrediente a mais em um dos melhores jogos deste Mundial. O Brasil tinha mais a posse de bola e criava jogadas por todos os lados. Com Rivaldo se movimentando por todo o ataque, as tabelas saíam pelo lado esquerdo, com Denilson e Roberto Carlos, e pelo direito, com Ronaldo. Com estes quatro jogadores, o Brasil se fartou de perder gols. A Argentina não se acanhou e se lançou ao ataque. Messi estava inspiradíssimo e se movimentava tal qual Rivaldo do outro lado, por todos os cantos. As tabelas vinham, principalmente, com Di Maria. O jogo foi de um toma lá dá cá impressionante.

O empate veio aos 6 minutos, quando o Brasil jogava melhor. Foi após uma blitz, com um chute de Roberto Carlos que Abbondanzieri mandou a córner; uma cabeçada de Ronaldo após a cobrança do escanteio, que Abbondanzieri mandou a lateral; e na cobrança do lateral, quando Rivaldo acertou o travessão e a bola saiu para lateral. Mercado tocou a Alario no meio e o camisa 13 procurou Messi na ponta direita. Tabelando com Di Maria, o camisa 10 veio para o meio e inverteu a bola para o lado esquerdo. Conca recebeu e devolveu a Messi já na entrada da área. Pelo meio, com a bola no pé esquerdo, o camisa 10 não teve dificuldades para se livrar de Lucio, invadir a área e chutar sem chances para Carlos Germano, fazendo Argentina 1x1.

No intervalo, Dorival Junior percebeu que sua mudança inicial não surtiu efeito. Além do apagado Ronaldinho Gaúcho, saiu Kleberson, que vinha falhando incrivelmente. Entraram Roque Junior e Alex. Com isso, Roque iria para a zaga, Edmilson seria o primeiro volante e Alex entraria na meia direita. Já Carlos Bianchi tirou Mascherano (que levava um baile do ataque brasileiro) e Scocco (novamente nulo) para colocar Kranevitter e Tevez. Messi seria o capitão.

O jogo continuou excelente no segundo tempo. Com a braçadeira, Messi se sentiu mais à vontade e, assessorado por Di Maria, levava a bola para todos os cantos do ataque, onde Tevez e Alario rondavam a área brasileira com perigo. Do outro lado, Alex arrumou o meio de campo e, com isso, Rivaldo pôde encostar mais nos atacantes, servindo Denilson e Ronaldo para estes levarem perigo ao arco argentino. Assim, cada ataque de qualquer lado era um teste para cardíaco, pois um gol selaria a classificação de vez para qualquer lado.

E este gol só saiu aos 9 minutos, deixando a emoção para o último momento da partida. Tevez fez a jogada pela ponta e cruzou para a área, com Lucio afastando. Na entrada da área, Edmilson serviu Alex na meia direita. O camisa 7 avançou com a bola dominada para a ponta, chamou a marcação e rolou no meio para Ronaldo. O camisa 9 invadiu a área, driblou Gabriel Milito e, com um lindo chute, venceu Abbondanzieri e levou o Brasil às semifinais: Brasil 2x1.

Destaque do jogo: Ronaldo. Em uma partida onde Rivaldo e Messi se destacaram pela entrega durante todo o jogo, o grande nome foi Ronaldo. Com dois gols, classificou o Brasil e assumiu a artilharia do torneio.

Com o grupo A decidido, o Brasil estava classificado e a Argentina precisaria fazer os cálculos para se manter na competição. O grupo B tinha um jogo emocionante entre Japão e França, onde o vencedor se classificaria e o perdedor estaria eliminado. Se houvesse empate em 1x1, um sorteio triplo definiria o classificado e os eliminados e, ali, até Camarões teria chances. Se o empate fosse de 2x2 para cima, o sorteio seria entre Japão e França. Vamos conferir quem levou a melhor no grupo B!

JAPÃO 2x0 FRANÇA

O decepcionante empate na estreia (1x1 Camarões) pode ser justificado pelo nervosismo do primeiro jogo. Mas Sr. Mikami não quer saber disso, pois um erro aqui significa a eliminação dos atuais campeões mundiais. O treinador exigiu atenção e dedicação totais de seus atletas naquele que poderia ser o último jogo dos Samurais no Mundial. Do outro lado, o empate com Camarões (1x1) não foi decepcionante, mas irritante. Sam Allardyce não fala publicamente, mas este poderia ser seu último jogo à frente da França, já que não consegue fazer com que os franceses sigam suas instruções. Ele pediu um último esforço para evitar uma vexaminosa desclassificação na fase de grupos. Vale lembrar que as duas equipes se enfrentaram na Copa do Mundo 2018 e o Japão venceu por 7x3, com show de Hyuga.

Todas as instruções pré-jogo foram esquecidas. Tanto os japoneses quanto os franceses entregaram um jogo pobre desde o início, com muitos erros de passe e de posicionamento, um jogo de intermediária a intermediária. Os franceses não tinham a menor vontade de tentar alguma coisa, enquanto os japoneses não iam adiante por deficiência técnica. Mas aos poucos os asiáticos começaram a botar a bola no chão graças a Hyuga, que pedia a bola a todo instante e orientava seus companheiros.

E foi assim que surgiu o primeiro gol, já aos 8 minutos. Hyuga deu instruções de dentro do campo para Tsubasa ir ao ataque e Misaki recuar para o meio. Foi neste momento que Henry esticou uma bola e Wakabayashi saiu do gol para ficar com ela. Repondo para o meio, o goleiro encontrou Taro Misaki, que avançou com a bola dominada e abriu na esquerda para Hyuga. O camisa 9 poderia até adiantar e arriscar o chute, mas preferiu esperar a chegada da marcação para dar um passe dentro da área. Encontrou Tsubasa livre e o camisa 10 não desperdiçou. Com um belo Fly Wing Shot, Tsubasa mandou a bola para o fundo da meta de Barthez e fez Japão 1x0.

No intervalo, Sr. Mikami tirou Ishizaki e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta, visando reforçar a marcação e buscar os contra ataques. Já Sam Allardyce, em uma última tentativa de fazer a França jogar, armou um 4-4-2 losango super ofensivo. Saíram Vieira e Guivarch (este, completamente nulo em campo) e colocou Pires e Trezeguet. Deschamps ficaria de primeiro volante enquanto Djorkaeff, Pires e Zidane fariam um trio ofensivo de meias.

O fato é que Allardyce poderia colocar Cantona e Platini em campo e, mesmo assim, os franceses jamais sairiam do marasmo. A equipe não teve organização, não conseguiu criar jogadas e somente Zidane ainda tentava alguma coisa. O Japão, depois do gol e das orientações de intervalo, passou a criar jogadas em ambos os lados, fazer cobertura e desperdiçar chances.

A classificação foi selada de vez aos 6 minutos, quando Matsuyama interceptou bola que ia para Henry e tocou a Shingo Aoi no meio. O camisa 5 tocou mais à frente para Jun Misugi, que lançou Shun Nitta na ponta. Em velocidade, o camisa 13 fez a jogada pela direita e, quando a marcação chegou, rolou atrás para Tsubasa. O camisa 10 ajeitou e mandou um chute de curva, vencendo Barthez e fazendo Japão 2x0.

Destaque do jogo: Oliver Tsubasa. O camisa 10 japonês chamou a responsabilidade do jogo e, com dois gols, classificou os atuais campeões às semifinais. Participou ativamente da partida, fez boas tabelas e saiu de campo aclamado pela crítica.

Desta forma, o grupo B se encerrou com o Japão classificado e França e Camarões eliminados. A Argentina ainda podia se classificar, a depender do que aconteceria no grupo C. Naquele grupo, Inglaterra e Alemanha jogavam. Os resultados dos dois jogos anteriores classificaram a Coreia do Sul, seja como primeira ou como segunda do grupo. Para se classificar, os ingleses precisariam vencer por 3 gols de diferença, sem poder tomar um gol sequer (se o placar fosse 3x1, a vaga seria decidida em sorteio entre Argentina e Inglaterra). Assim, se classificariam em segundo, com a Coreia em primeiro. A Alemanha se classificava vencendo os ingleses por qualquer placar. Se isso acontecesse, dependeria do número de gols para se classificar em primeiro ou segundo, mas a Coreia do Sul se classificaria junto dos alemães. Um empate classificava a Coreia do Sul em primeiro, a Argentina como melhor segunda colocada e a Alemanha e a Inglaterra restariam eliminadas do Mundial. Com tanta emoção em jogo, vamos ver como ficou a última partida e quem levou a classificação!

INGLATERRA 2x2 ALEMANHA

Para evitar um vexame histórico, onde chegaram a ser favoritos ao título e decepcionaram logo na estreia (0x2 Coreia do Sul), os ingleses precisavam atacar desde o início. Alex Ferguson desdenhou do problema e disse que a Inglaterra já havia feito o placar desejado em cima dos alemães na última Copa do Mundo (3x0, na disputa do terceiro lugar). Por isso, manteve a equipe que perdeu na estreia, confiante do bom resultado. Já a Alemanha precisava só vencer para se classificar. Depois de uma boa pré-temporada, onde derrotou o Vasco por 4x1, os alemãs só não venceram a Coreia do Sul por conta da expulsão de Neuer, que obrigou a equipe a se rearrumar totalmente. Thomas Muller cumpre suspensão no lugar do goleiro e, por isso, Draxler joga na meia direita, com Kroos na esquerda.

A Inglaterra finalmente entrou em campo neste Mundial. Desde o início, a equipe se mostrou organizada. Com Rio Ferdinand, John Terry e, principalmente, Ashley Cole muito bem postados, a defesa inglesa desarmava qualquer tentativa alemã de se infiltrar em sua área. Gerrard iniciava as jogadas do campo inglês, enquanto Lampard atuava mais avançado, distribuindo o jogo para as pontas, onde Joe Cole e Beckham avançavam e tabelavam com Owen e Crouch. A Alemanha se acuava em seu campo e a Inglaterra se fartava de perder oportunidades.

O gol inglês só saiu aos 10 minutos, quando Lampard tocou a Owen na ponta direita. O camisa 10 foi ao fundo e cruzou para a área, encontrando Rio Ferdinand. Mas o camisa 5 dominou de costas e, ao invés de tentar o giro, preferiu tocar a Beckham mais atrás. Da entrada da área, o camisa 7 acertou um lindo chute, no ângulo de Neuer, para fazer Inglaterra 1x0.

Nos acréscimos, a Alemanha tentou a saída de bola e, mais uma vez, Ashley Cole estava a postos para acabar com a tabela entre Kroos e Draxler. Com um passe para a ponta esquerda, o camisa 3 encontrou Joe Cole, que puxou o contra ataque em velocidade. O camisa 11 deu um drible desmoralizante em Hummels e tocou dentro da área para Peter Crouch. O camisa 15 avançou e, de pé esquerdo, tocou na saída de Neuer, fazendo Inglaterra 2x0 no último lance do primeiro tempo.

Faltava apenas um gol para o sonho inglês se realizar. No intervalo, Alex Ferguson tirou Wayne Bridge e Michael Owen, colocando Carragher e Rooney em seus lugares. Já Lothar Matthaus, precisando fazer quatro gols para se classificar, tirou Lahm para colocar Mario Goetze. Assim, iria jogar num 3-4-3, com Mertesacker, Hummels e Badstuber na zaga; Schweinsteiger, Reus, Draxler e Kroos no meio; Podolski e Goetze no meio do caminho entre se aproximar dos armadores e jogar nas pontas; e Klose como centroavante.

A Inglaterra sabia que tinha 10 minutos para fazer um gol e, com isso, tratou de jogar com calma e se organizar para tentar a classificação. Continuou muito bem, com a defesa bem postada, o meio de campo armando jogadas e trançando com os atacantes. De vez em quando, um defensor aparecia no ataque, como Carragher fez aos 3 minutos em cabeçada que Neuer defendeu. Mas, apesar do maior volume de jogo, o gol não saía.

Para piorar as coisas, a Alemanha ainda levava perigo nos contra ataques e, aos 7 minutos, Goetze lançou Klose na área. Livre, o camisa 11 invadiu, tentou driblar Paul Robinson e foi derrubado. Salvio Spinola não pensou duas vezes e assinalou o pênalti, que Schweinsteiger cobrou do lado esquerdo de Robinson, que foi para o outro lado: Alemanha 1x2

O gol desanimou os ingleses, que ainda tentaram marcar mais uma vez, já que uma vitória por 3x1 os empataria em tudo com a Argentina e os levaria para o sorteio. A Inglaterra se lançou ao ataque e se expôs aos contra ataques e foi aí que tudo desmoronou.

Já corriam os acréscimos quando Lampard tentou lançar para Crouch na área, mas Badstuber cortou. Schweinsteiger tocou a Draxler no meio, que lançou Klose no meio da zaga. O camisa 11 recebeu livre, invadiu a área, driblou Paul Robinson e empurrou para o gol vazio, fazendo Alemanha 2x2 e dando fim ao sonho inglês.

Destaque do jogo: Miroslav Klose. Em um jogo muito mais de raça do que técnica, com os ingleses jogando melhor, coube ao artilheiro alemão a frieza que, se não serviu para lhes classificar, ao menos tirou seus eternos rivais da competição. Sofreu o pênalti que resultou no primeiro gol e fez o gol de empate, saindo de campo como o melhor.

E assim se encerrou a fase de grupos do Mundial de Futibou de Butaum 2019. Vamos ver a classificação final dos grupos e a artilharia do torneio.

Grupo A:
1º Brasil - 6 pontos, 5 gols pró, 2 gols contra;
2º Argentina - 3 pontos, 3 gols pró, 3 gols contra;
3º Holanda - 0 ponto, 2 gols pró, 5 gols contra.

Grupo B:
1º Japão - 4 pontos, 3 gols pró, 1 gol contra;
2º Camarões - 2 pontos, 2 gols pró, 2 gols contra;
3º França - 1 ponto, 1 gol pró, 3 gols contra.

Grupo C:
1º Coreia do Sul - 4 pontos, 4 gols pró, 2 gols contra;
2º Alemanha - 2 pontos, 4 gols pró, 4 gols contra;
3º Inglaterra - 1 ponto, 2 gols pró, 4 gols contra.

ARTILHARIA

1º Miroslav Klose (Alemanha), Ronaldo (Brasil), Patrick Kluivert (Holanda) e Oliver Tsubasa (Japão) - 2 gols;
5º Lucas Podolski (Alemanha), Bastien Schweinsteiger (Alemanha), Dario Conca (Argentina), Lionel Messi (Argentina), Carlos Tevez (Argentina), Alex (Brasil), Denilson (Brasil), Rivaldo (Brasil), Emmanuel Kunde (Camarões), Emile Mbouh (Camarões), Joo Sung (Coreia do Sul), Lee Young-Un (Coreia do Sul), Masao Tachibana (Coreia do Sul), Urabe (Coreia do Sul), Stephane Guivarch (França), David Beckham (Inglaterra), Peter Crouch (Inglaterra) e Kojiro Hyuga (Japão) - 1 gol.

NOTAS RÁPIDAS

  • Finalizada a fase de grupos, foram conhecidos os semifinalistas do Mundial. As quatro seleções europeias e a africana ficaram pelo caminho e o Mundial, agora, se resume a um duelo Ásia x América do Sul.
  • Em sorteio realizado na sede da FIFUBO, os duelos das semifinais foram conhecidos. Coreia do Sul e Brasil fazem o primeiro jogo, cabendo a Japão e Argentina promoverem o segundo duelo.
  • As partidas serão realizadas durante a semana, na quarta-feira ou na sexta, deixando o sábado para a decisão do terceiro lugar e a grande final no domingo.
  • Nas semifinais, não há qualquer tipo de vantagem. Não há mando de campo, as equipes trocam de lado durante o intervalo e, caso a partida termine empatada, o vencedor será conhecido após disputa de pênaltis.
  • Também durante a semana, teremos a disputa da Copa do Mundo de Ciclismo, naquela que é considerada a Prova Magna da LMC. O vencedor será declarado campeão mundial e estará presente na final do Mundial de Futibou de Butaum, dando o pontapé inicial da partida.