sábado, 29 de outubro de 2016

Copa Olé 2016 - Quartas de final - 29/10/2016

Mais um ano vai chegando ao final e a escassez de datas impede a FIFUBO de concluir seu calendário. Dessa maneira, as duas ligas foram canceladas (a exemplo de 2015). Porém, a Copa Olé será realizada, mesmo fora de sua data normal (meio do ano) e, assim, teremos também a Supercopa FIFUBO, já que o campeão da Copa 3 Corações (Imperatriz) já está garantido na competição, à espera do campeão da Copa Olé. Assim sendo, as quartas de final da copa começaram neste sábado, com dois jogos de muita emoção. Vamos a eles!

INDEPENDIENTE 3x3 RIVER PLATE

Nas cinco primeiras (e únicas) rodadas do Apertura desse ano, o destaque absoluto foi o time do Independiente. 5 vitórias, 20 gols marcados, 7 sofridos, um futebol envolvente e um Facundo Parra com 5 gols marcados e a vice artilharia do campeonato. Porém, o último jogo foi em meados de março e a falta de ritmo seria o grande entrave. Já o River não apresentou no Apertura o futebol de toque de bola que lhe caracterizava e o terceiro lugar (2 vitórias, 1 empate e 2 derrotas) mostrava que muito trabalho deveria ser feito.

A bola rolou e o gol logo saiu. Gracián deu a saída de bola para Fredes, que driblou Barrado no meio de campo e chutou da intermediária. A bola ganhou força e enganou Carrizzo, logo aos 13 segundos: Independiente 1x0.

O gol era tudo o que o River não queria, já que controlar o jogo com calma era a estratégia inicial. Isso obrigou a equipe a tomar a iniciativa incisivamente, mas a falta de ritmo se fez presente. Os jogadores não se encontravam em campo e ainda tinham dificuldades com a boa marcação do rival. Com isso, o Independiente foi se lançando em contra ataques e chegou ao segundo gol aos 5 minutos. Mattheu interceptou passe que ia para Trezeguet e tocou para Fredes. O camisa 8 lançou Facundo Parra no ataque, que inverteu o jogo magistralmente para Silvera. Sem marcação, o camisa 11 chutou da entrada da área no ângulo de Carrizzo, que nada pôde fazer: Independiente 2x0.

Se com um gol de desvantagem estava difícil, com dois era pior ainda. O River se perdeu completamente em campo e não conseguiu criar mais nada. Pior ainda quando Barrado fez falta em Parra, que partia no contra ataque, próximo à entrada da área. Gracián cobrou no canto do goleiro, que só viu quando a bola já balançava as redes. O Independiente abriu 3x0 nos acréscimos.

No intervalo, Bayer sacou Montenegro (que já tinha cartão amarelo) e Facundo Parra (cansado) para colocar Acevedo e Gandin. Já Francescoli, descontente com a atuação de sua equipe, sacou Coudet e Funes Mori. Ali começava o toque do gênio...

O River melhorou com as substituições e começou a dominar as ações em campo. Com a marcação adiantada, o time recuperava rápido a bola e chutava como podia. Mesmo assim, o gol demorou a sair e só veio aos 3 minutos, graças a uma falta no meio de campo. Buonanotte recuperou a bola e foi seguro por Fredes. O camisa 30 fez o "toca y me voy" com Funes Mori, recebendo de volta no bico esquerdo da área e chutando cruzado. Navarro tentou encontrar a bola, mas não foi possível: River 1x3.

Para o Independiente, mais parecia um gol de honra. Para o River, foi o combustível para acreditar no empate. Enquanto a equipe de Avellaneda pensava dominar o jogo, mas caía na marcação do River, o time de Nuñez atuava na base da raça, mas ia conquistando espaços. O Independiente só percebeu que ia caindo na armadilha aos 7 minutos, quando Buonanotte recuperou bola de Gracián e foi avançando, sendo derrubado por Acevedo próximo à entrada da área. Gallardo cobrou a falta com perfeição e colocou fogo no jogo: River 2x3.

A partir daí, o desespero tomou conta do Independiente, que resolveu se trancar na defesa e deixar só Silvera nos contra ataques. O River se alimentou do desespero do adversário e partiu com tudo para o empate. Já nos acréscimos, Ferrari desarmou Silvera sem falta e tocou a Gallardo. O camisa 11 viu Funes Mori se movimentando em diagonal e passou-lhe a bola. O camisa 9 recebeu dentro da área e chutou sem a menor chance para Navarro, conseguindo o impensável: River 3x3.

Nos pênaltis, o River desperdiçou com Almeyda (Navarro defendeu) e Ortega (na trave). No Independiente, Gracián e Tuzzio chutaram, para defesas perfeitas de Carrizzo. Na última cobrança, Gandin mandou para fora e o River venceu (3x2) para avançar às semifinais.

BOCA JUNIORS 1x3 VELEZ SARSFIELD

O Apertura corria e o Boca ia vencendo a desconfiança da torcida. Com 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota, a equipe ia começando a definir um padrão de jogo. Campeões da primeira Copa Olé, em 2011, queriam voltar a conquistar o troféu. Do outro lado, os atuais campeões faziam campanha regular no Apertura, com 1 vitória, 2 empates e 2 derrotas, um modesto quinto lugar. Mas a Copa Olé e a Supercopa FIFUBO de 2014 davam ao Velez o respeito necessário que é dado às superpotências do esporte.

Com Palacio no lugar de Schelloto, Madeirite tentava formar uma unidade em sua equipe. Já Tripa Seca queria o Velez pressionando desde o início, sufocando o Boca no campo deles. Mas os erros foram se acumulando no início do jogo e as equipes não conseguiam criar nada. As coisas foram melhorando quando os times começaram a pegar ritmo e foi o Boca quem chegou às redes primeiro. Aos 3 minutos, Ibarra cobrou lateral na direita para Riquelme. O camisa 10 avançou pela ponta até a linha de fundo e cruzou para o meio da área, onde Palermo subiu e cabeceou sem chances para Sosa, fazendo Boca 1x0.

O gol ajudou o Boca, que passou a dominar as ações e sair em contra ataques. Já o Velez não se arrumava em campo. Com jogadores fora de posição e/ou desinteressados, ficou difícil criar alguma coisa. O capitão, Claudio Hussain, foi arrumando o time na base do grito e foi assim que saiu o empate. Aos 7 minutos, ele foi cobrar um lateral e ninguém se apresentou para receber. Aos berros, ele chamou Insua, que apareceu correndo pela direita e recebeu a bola. Com um toque, o camisa 11 se livrou da marcação de Arruabarrena, invadiu a área e, de pé esquerdo, chutou sem chances para Abbondanzieri, fazendo Velez 1x1.

No intervalo, Madeirite tirou Cagna (que já tinha cartão amarelo) e Palacio (que nada fez em campo), para pôr Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. Já Tripa Seca sacou os inoperantes Romero e Turco Assad para colocar Cubero e Lucas Pratto.

As mudanças de Tripa Seca deram resultado e o Velez passou a dominar as ações, principalmente com Lucas Pratto, que se movimentava o campo todo. O Boca cansou e passou o segundo tempo inteiro no campo de defesa, com Schelloto sozinho no campo de ataque à espera de uma bola para concluir. Com essa retranca, o Velez tinha dificuldades de se armar e esperava pacientemente uma oportunidade. Ela veio aos 6 minutos, quando Sosa cobrou tiro de meta para Gago na intermediária. Com um gesto, o camisa 5 indicou para onde Insua deveria ir e receber a bola. O camisa 11 recebeu e viu a movimentação de Pratto no meio da defesa. O passe foi preciso e o camisa 12 recebeu dentro da área, de onde chutou forte e venceu Abbondanzieri: Velez 2x1.

O gol fez o Boca correr, mas cansados, nada produziram. Melhor para o Velez, que passou a controlar o jogo e a classificação. O terceiro gol foi exemplo de uma jogada coletiva armada por um time organizado. Dario Hussain tocou a Gino Peruzzi, que tocou a Cubero. O camisa 13 inverteu o jogo para Emiliano Papa, que tocou na esquerda para Lucas Pratto. Com uma inversão de jogo primorosa, o camisa 12 encontrou Claudio Hussain dentro da área. O camisa 8 recebeu na direita e chutou forte, sem chances para Abbondanzieri, dando números finais ao confronto: Velez 3x1.

NOTAS RÁPIDAS

  • As quartas de final se encerram neste domingo, quando San Lorenzo x Huracán e Estudiantes x Racing prometem encher o Itaquá Dome.
  • A FIFUBO encerrou as atividades de Subbuteo nesta semana que passou. As equipes serão desmontadas e a modalidade não será mais promovida, já que disputada nunca foi.
  • O milestone da rodada vai para Diego Buonanotte. Ao marcar contra o Independiente, o atacante chegou a 30 gols com a camisa do River Plate.