segunda-feira, 30 de abril de 2018

Copa Olé 2018 - Semifinais - 30/04/2018

O feriadão continua e a Copa Olé também. Nesta segunda, o Itaquá Dome lotou para conhecer os dois finalistas do torneio. Os jogadores sentiram a vibração da torcida e entregaram dois espetáculos de primeira grandeza. Vamos ver quem chegou à final da Copa Olé 2018!

BOCA JUNIORS 3x1 SAN LORENZO

Após vencer o Velez (2x1), o Boca chegaria a este jogo com a empolgação de precisar dar apenas dois passos e chegar ao paraíso. Mas o treinador, Tripa Seca, tratou de trazer os jogadores de volta à realidade. A vitória veio, mas o time não jogou bem, não dominou o adversário e não mostrou que mereceu a vaga, conquistada graças a dois erros do adversário. Para este jogo, a ordem é ter muito mais foco e se dedicar 110% para conseguir a vitória. Já o San Lorenzo é pura empolgação. Apesar da classificação vir nos pênaltis após empate com o River (4x4), o fato de ter eliminado o atual campeão e ter ficado à frente do placar por 4 vezes é combustível mais que suficiente para alcançar a sonhada final. Para este jogo, Nilson fez duas alterações. Além de Erviti (suspenso no lugar do goleiro Migliore), Buffarini foi sacado. Em seus lugares, iniciavam o jogo os atletas Bordagaray e Piatti. O camisa 12 vinha por opção tática, pois jogava mais adiantado pelo lado esquerdo para marcar Palacio, enquanto Reynoso, mais recuado pelo lado direito, marcaria Palermo.

O jogo começou e o San Lorenzo logo mostrou suas credenciais. A equipe de Almagro joga de forma completamente diferente daquela que o saco de pancadas mostrou até o ano passado. Com bom toque de bola e variação de jogada, envolvia os jogadores do adversário e criava boas oportunidades. O Boca, por sua vez, começa a mostrar uma faceta do que Tripa Seca quer. Atuava fechado e partia em contra ataques.

E foi assim que surgiu o primeiro gol do jogo. Após Reynoso se arriscar no ataque em uma cobrança de córner, Basualdo o desarmou e tocou a Riquelme, que puxou veloz contra ataque. Com um bom passe, ele encontrou Palacio saindo da ponta para o meio. O camisa 19 invadiu a área e tocou na saída de Migliore, fazendo Boca 1x0, aos 3 minutos.

O gol fez com que o San Lorenzo se lançasse mais ainda ao ataque e se abrisse muito mais ainda aos contra ataques do Boca. Para piorar, o time de Almagro se desorganizou e criava jogadas sem um mínimo de ordem. Melhor para o Boca, que ampliou aos 9 minutos em novo contra golpe. Stracqualursi abriu na esquerda para Bordagaray, mas Escudero tirou, tocando a Serna. O camisa 5 tocou para Cagna, que fez lindo passe em profundidade para Ibarra. O camisa 4 invadiu a área pelo lado direito e chutou cruzado na saída de Migliore, fazendo Boca 2x0.

No intervalo, Tripa Seca pedia atenção aos seus jogadores, pois o adversário viria com tudo. Tirou Schiavi e Palermo e colocou Battaglia e Viatri. Já Nilson desmontou o 4-3-3, reforçando a marcação e dando total liberdade a Romagnoli. Sacou Johnathan Ferrari e Raul 'Pipa' Estevez e colocou Tellechea e Buffarini. Formava um 4-4-2 losango e tentava, com dois centroavantes, virar a maré azarenta.

O jogo ganhou em qualidade. Apesar dos jogadores do Boca marcarem Romagnoli de perto (às vezes até cinco jogadores o cercavam!), Piatti e Buffarini criaram jogadas e Stracqualursi e Bordagaray concluíram para boas defesas de Abbondanzieri. O Boca, por sua vez, tinha uma forte marcação e apostava nos contra ataques, que Viatri e Palacio desperdiçavam.

A coisa começou a ficar dramática aos 5 minutos, quando Buffarini desarmou Viatri e tocou a Piatti. Stracqualursi e Bordagaray abriram para as pontas e puxaram a marcação, então o camisa 12 tocou a Romagnoli no meio. O camisa 10 avançou com a bola dominada, invadiu a área e chutou na saída de Abbondanzieri, fazendo San Lorenzo 1x2. Com pressa, Romagnoli pegou a bola e levou ao meio de campo para, só aí, bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma.

O San Lorenzo partiu em busca do empate e o Boca se fechou mais na marcação. O jogo ficou nesse ataque contra defesa até os acréscimos, quando Arruabarrena afastou a bola da área, Riquelme pegou no meio e abriu para Viatri na esquerda. O camisa 7 deu um corte para dentro, se livrando de Tulla, e chutou cruzado, sem chances para Migliore, levando o Boca à final: 3x1.

ESTUDIANTES 1x3 INDEPENDIENTE

Para muitos, este jogo deveria ser a final do campeonato, mas as ironias do sorteio os colocou nas semifinais. O Estudiantes apresentou o melhor futebol até aqui, despachando o Huracán de forma arrasadora (5x1) e reeditou o slogan do Clausura 2017 ("deixem-nos sonhar"), para buscar a inédita final. Já o Independiente, apesar de só passar nos pênaltis (1x1 com o Racing), apresentou um futebol consistente e soube segurar um adversário de ímpeto parecido com o rival de hoje. Para facilitar mais ainda, a torcida vive uma lua de mel com o time como há nunca se via, graças ao impacto da primeira partida de Mauro Burruchaga com a camisa da equipe. Mesmo assim, Bayer sente que o camisa 10 ainda precisa de maior entrosamento e, por isso, manteve Gracián no time e Burruchaga, no banco.

Tudo aquilo que se esperava dos dois times em uma final foi visto nesta semifinal. Um jogo incrível, eletrizante, um toma lá dá cá fabuloso. As duas equipes jogavam com uma inteligência poucas vezes vista, marcando bem e se virando para criar jogadas. Os dois goleiros faziam seu trabalho, afastando quando as defesas não conseguiam marcar. Em um lance, Verón deu um lançamento incrível para Gastón Fernandez e Navarro salvou com a ponta dos dedos. Em outro, Silvera ajeitou para Parra chutar e Andujar mandar a córner.

Quando parecia que o primeiro tempo iria terminar desta forma, veio o primeiro gol. Aos 9 minutos, Tuzzio desarmou Gastón Fernandez e tocou a Gracián no meio. O camisa 19 procurou Silvera que, por estar próximo a Facundo Parra, foi tabelando com o camisa 17 e envolvendo toda a marcação do Estudiantes. Quando Parra rolou para Silvera já na entrada da área, o camisa 11 viu Andujar e percebeu que ele cairia para o lado direito, então chutou do lado esquerdo e venceu o goleiro adversário: Independiente 1x0.

No intervalo, Cristaldo tirou Angeleri e Boselli, colocando Mathias Sanchez e  Hernan Rodrigo Lopez em seus lugares. A intenção era reforçar a marcação pelo lado direito e liberar Verón para ajudar na armação. Já Bayer fez a torcida se levantar quando mandou Burruchaga entrar. Junto com ele, Acevedo veio e os dois renderam Gracián e Fredes.

O jogo continuou espetacular, com as duas equipes se alternando em jogadas fantásticas. O empate do Estudiantes veio aos 2 minutos. Verón tabelou com Leandro Benítez, invadiu a área e caiu. O juiz, Dula Rápio, viu leve toque do goleiro no camisa 11 e marcou o pênalti. Verón cobrou do lado direito e Navarro foi para o outro lado: Estudiantes 1x1.

Com a igualdade (e justiça) no placar, as duas equipes se lançaram mais ainda em busca da vitória, mas de forma organizada, sem se descuidar da parte defensiva. O nível da partida subiu e, com isso, os dois times precisaram se esforçar mais, criar jogadas mais elaboradas para conseguir chegar ao ataque.

Aos 5 minutos, o Independiente foi à frente, em linda jogada que começou com Burruchaga abrindo a Silvera na esquerda. O camisa 11 inverteu o jogo para Facundo Parra, que chutou da entrada da área. Andujar se esticou e espalmou e, ao ver Vella chegando para o rebote, deu um tapa para tirar a bola dali, mas acabou atingindo o adversário e, com isso, o juiz marcou outro pênalti. Silvera cobrou no canto esquerdo de Andujar, que se esticou todo, mas não alcançou a bola: Independiente 2x1.

O Estudiantes partiu em busca do empate e o teria feito (e até virado o jogo) não fossem os milagres de Hilário Navarro. O goleiro fez defesas que pareciam impossíveis e foi garantindo a sua equipe na final. O Independiente não ficou atrás e obrigou Andujar a fazer algumas defesas incríveis. Com isso, o jogo ficou aberto e os torcedores prenderam a respiração. E é nessas horas que a estrela brilha.

Já nos acréscimos, um escanteio foi marcado para o Estudiantes. Leandro Benítez mandou para a área, mas Navarro tirou de soco. Montenegro deu um bico para a frente e encontrou Acevedo na intermediária. O camisa 12 tocou no meio para Mauro Burruchaga, que recebeu a bola com Rodrigo Braña a marcá-lo. Com um drible pro lado direito, o camisa 10 conseguiu se livrar da marcação do volante adversário e arrumar ângulo para um chute. A bola, em arco, subiu e desceu no fundo das redes, para delírio da torcida do Independiente, que via seu time chegar a 3x1 e garantir a vaga na final.

NOTAS RÁPIDAS

  • Em sorteio na Federação após os jogos, ficou decidido que o mandante será o Boca. Assim sendo, a final será Boca Juniors x Independiente, mas o mando de campo é meramente protocolar, já que a divisão de torcidas será meio a meio. É jogo único, quem ganhar, leva! Se houver empate, o campeão da Copa Olé 2018 será decidido nos pênaltis.
  • O milestone da rodada vai para Rodrigo Palacio. Ao abrir o marcador contra o San Lorenzo, o atacante chegou a 20 gols com a camisa do Boca.

domingo, 29 de abril de 2018

Copa Olé 2018 - Quartas de final - 29/04/2018

Domingo de sol, temperatura agradável e Itaquá Dome lotado para assistir ao complemento das quartas de final da Copa Olé. Independiente e San Lorenzo já estão nas semifinais, quem fará companhia a estas duas equipes?

HURACÁN 1x5 ESTUDIANTES

Eterna incógnita, o time do Huracán tem feito muitas reuniões para tentar entrosar o time. Boatos de que há ciúmes dos jogadores às regalias de Cigogna sempre aparecem e a comissão técnica faz de tudo para afastar estes rumores. Do outro lado, a meta é voltar a sonhar. Depois da ressaca com o vice campeonato do Clausura 2017, o Estudiantes começou o ano em marcha lenta. Em quatro jogos entre Torneio Início e Apertura, o time de La Plata venceu apenas um e empatou os outros. A ordem é voltar aos dias de glória e tentar a inédita conquista de um troféu na FIFUBO.

Grandes períodos sem jogos prejudicam a parte física. Os jogadores demoram a entrar no ritmo, não conseguem correr atrás da bola e precisam se readaptar ao terreno de jogo. Os mais experientes, ao perceberem essas dificuldades, simplificam o jogo, tocam curto e ficam próximos. E foi assim que o Estudiantes começou. Com apenas 45 segundos de jogo, o Huracán isolou a bola e Angeleri pegou-a, tocando a Enzo Perez. O camisa 7 deu um toque no meio dos jogadores adversários e encontrou Leandro Benítez. Sem pernas para correr, o camisa 8 usou o corpo para proteger a bola, ajeitou da meia lua e acertou um lindo chute, vencendo Islas e fazendo Estudiantes 1x0.

Com a vantagem no placar e o adversário perdido, o Estudiantes começou a pegar ritmo e se sentir à vontade. Do outro lado, as desavenças eram nítidas e os jogadores procuravam resolver sozinhos. Pior, não faziam muito esforço para recompor o esquema e ainda tentavam irritar o adversário, apelando para subterfúgios, que não funcionaram.

Assim, aos 6 minutos, Islas cobrou tiro de meta para Ruben Masantonio, que pegou a bola com muita má vontade. Boselli percebeu e correu, roubando a bola do camisa 10. Só aí Masantonio tentou recuperá-la, mas levou um drible desmoralizante de Boselli, que ainda fez um toque ao estilo Ronaldinho para Gastón Fernandez. O camisa 10 do Estudiantes recebeu nas costas da zaga, invadiu a área e tocou na saída de Islas, fazendo Estudiantes 2x0.

Neste momento, o time de La Plata era senhor absoluto da partida e o adversário só queria que o jogo acabasse logo, para colocarem mais uma eliminação na conta. Com o placar dando-lhes a vantagem, os atletas do Estudiantes tinham liberdade para tocar e se posicionavam com perfeição para receber o passe. Assim, aos 9 minutos, uma linda jogada foi de pé em pé com Angeleri, Verón, Leandro Benítez e Enzo Perez, que deu o último passe para Gastón Fernandez já dentro da área. Se cada jogador só podia dar um toque na bola, Gastón não fez diferente. De primeira, pegou Islas no contrapé e fez Estudiantes 3x0.

No intervalo, Cristaldo fez uma mudança polêmica. Ninguém entendeu quando o artilheiro do jogo, Gastón Fernandez, e o capitão do time, Verón, foram sacados para as entradas de Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez, com Federico Fernandez passando a ser o capitão. Mas Cristaldo explicou, após o jogo, que queria poupar os principais jogadores e ver como a equipe se comportaria sem eles. Já Sr Rabina, perdido e desesperado, sacou Centurión e Cigogna e colocou Erramuspe e Barrales. Puxou o time mais para trás quando precisava atacar.

As mudanças do Huracán não surtiram efeito nenhum. Mesmo com Sanchez no lugar de Verón, o Estudiantes continuou em cima. Embora Sanchez seja mais defensivo e forme uma dupla de volantes bem recuada com Rodrigo Braña, isso deu a Enzo Perez e Leandro Benítez maior liberdade para avançar. O camisa 8, com as pernas travadas no início, se soltou no segundo tempo e foi um dos principais jogadores da partida.

O Estudiantes teve a melhor atuação destas quartas de final, mas não é necessário fazer muito quando se enfrenta um adversário tão ruim. O próprio Huracán faz questão de se auto destruir. Aos 3 minutos, Enzo Perez estava com a bola nas cercanias da área, mas sem a menor condição de transformar o lance em algo perigoso. Mesmo assim, Erramuspe o atropelou, numa falta completamente desnecessária. O próprio Enzo Perez cobrou com perfeição e venceu Islas, fazendo Estudiantes 4x0.

Nesse momento, a torcida do Huracán passou a vaiar Erramuspe cada vez que ele tocava na bola e, para piorar, ele recebeu-a várias vezes, pois os outros jogadores não se apresentavam. E Erramuspe continuou errando. Ao tentar um passe para Milano, a bola foi para o outro lado e Rodrigo Braña reiniciou o jogo. Marco Rojo recebeu na esquerda e tocou mais à frente para Enzo Perez. O camisa 7 inverteu para a direita, onde encontrou Leandro Benítez sozinho na área. O camisa 8 girou e chutou contra um Islas perdido, fazendo Estudiantes 5x0, aos 6 minutos.

Debaixo de gritos de 'olé' de sua torcida, o Estudiantes tocou a bola e esperou o tempo passar. Foi nesse momento que os jogadores relaxaram e abandonaram suas posições. Aos 9 minutos, Federico Fernandez se arriscou no ataque e perdeu a bola. O Huracán encaixou um contra ataque e Ruben Masantonio, livre dentro da área, concluiu a jogada, fazendo o gol de honra de sua equipe, em uma eliminação sem honra alguma: Huracán 1x5.

BOCA JUNIORS 2x1 VELEZ SARSFIELD

Após o vexaminoso ano de 2017, o Boca mudou o comando técnico e pegou, justamente, o demitido treinador do Velez. Tripa Seca chegou e começou seu trabalho, sem ainda conseguir dar uma cara à equipe. Palacio ganhou nova oportunidade no ataque, mais recuado e aberto na ponta. Já o Velez vive total incerteza. A troca de toda a comissão técnica trouxe uma junta técnica para comandar a equipe. Os irmãos Pearl Jam e Ledbetter têm sua primeira oportunidade à frente de uma equipe na FIFUBO e a falta de experiência se reflete em campo. Eliminados cedo do Torneio Início, estrearam no Apertura perdendo de forma humilhante para o Independiente (0x5) e, depois, conseguiram um empate contra o Estudiantes (3x3), ou seja, o time ainda não venceu no ano.

Parecia que seria dessa vez. Bem fisicamente, com uma tática de forte marcação e boa presença no ataque, o Velez montou uma blitz para cima do adversário e, durante 3 minutos, bombardeou o gol do Boca, com Abbondanzieri e a trave salvando várias vezes as conclusões de Papa, Turco Assad e Romero. Até que, após uma reposição lateral, Romero recebeu de frente, ameaçou um chute forte e tocou colocado. Abbondanzieri até tocou na bola, mas não conseguiu evitar o gol: Velez 1x0.

Parece que a característica dos times de Pearl Jam é o toque de bola. Ele exigia e os jogadores do Velez davam todos os toques disponíveis, em busca da melhor situação para concluir. Mas treinar passes não faz sentido se não houver um treino de finalização. O Velez era muito melhor no jogo, mas pecava muito na conclusão. Essa situação ocorreu no primeiro tempo inteiro até que, aos 8 minutos, Palermo resolveu se movimentar. Schiavi desarmou Dario Hussain e tocou a Arruabarrena, que procurou Palermo na esquerda. O camisa 9 pegou a bola, partiu em velocidade, fez o 'dois-um' com Basualdo, recebeu de volta na entrada da área e chutou forte para vencer Sosa e empatar o jogo: Boca 1x1.

O intervalo trazia uma imensa injustiça. O Velez dominou o jogo, teve inúmeras chances e não conseguiu transformá-las em gol. Visando melhorar a marcação do lado onde Palermo atacava e a conclusão, Pearl Jam tirou Gino Peruzzi e Dario Hussain, colocando Cubero e Lucas Pratto em seus lugares. Já o Boca celebrava o gol que lhes caiu no colo, pois a equipe não criava nada. Saíram Serna e Riquelme e entraram Battaglia e Guillermo Barros Schelloto.

O Velez deu a saída de bola com Insua e Romero, que ficaram tocando um para o outro sem nenhuma produtividade. Até que Romero tentou fazer uma graça e foi desarmado por Battaglia, que tocou a Palermo na esquerda. O camisa 9 deu um toque de leve na bola e encontrou Basualdo, que avançou em velocidade e pegou a defesa do Velez aberta. Da entrada da área, chutou de pé esquerdo e venceu Sosa, fazendo Boca 2x1 logo a um minuto.

A partir daí, o Velez se desmontou. Outrora o melhor em campo, Romero era vaiado pelos torcedores. Insua tentou se movimentar e buscar os atacantes, mas o Boca marcou forte e conseguiu segurar a vantagem, se classificando na sorte.

NOTAS RÁPIDAS

  • Com os dois últimos classificados, as semifinais foram decididas. Nesta segunda-feira, Boca x San Lorenzo e Estudiantes x Independiente são os jogos que decidirão os finalistas da Copa Olé 2018. O mandante da final será definido através de sorteio, após o encerramento da rodada.

sábado, 28 de abril de 2018

Copa Olé 2018 - Quartas de final - 28/04/2018

Depois de todos os problemas extra campo que levaram ao cancelamento do Apertura, a Copa Olé pede passagem e aproveita o feriado para colocar os times argentinos em campo. Muita teia de aranha para tirar, equipes reforçadas e torcedores aproveitando o dia de sol para lotar o Itaquá Dome e deixar a saudade para trás. Vamos ver como foram os dois primeiros jogos das quartas de final!

INDEPENDIENTE 1x1 RACING

Existe forma melhor de se iniciar um novo campeonato do que com um clássico? Pois foi o que o sorteio fez, colocando o Clássico de Avellaneda para abrir a Copa, com as duas equipes dando motivos para os torcedores lotarem o estádio.

Do lado do Independiente, a equipe já vinha fazendo boa campanha no Apertura (5x0 no Velez e 2x2 com o Racing). Mas o que empolgou mesmo a torcida foi a tão sonhada estreia de Mauro Burruchaga. Filho daquele que é, talvez, o maior ídolo da história do clube, Mauro vem para ser uma sombra a Gracián e sua contratação já é pedida há dois anos. A comissão técnica ficou impressionada com os treinos do seu novo camisa 10, tanto na parte física quanto na técnica, mas deixaram-no no banco, pois ainda faltava entrosamento com os demais atletas.

Do lado do Racing, o ano começou bem no Apertura, com vitória sobre o Boca (4x3) e empate com o Independiente (2x2), mostrando que o bom futebol que os levou ao vice campeonato no Apertura 2017 apareceria novamente. As 9 semanas sem jogos foram aproveitadas por Paralelo para ajeitar a parte tática e forçar na parte física, dando a esperança de dias melhores ao time azul e branco.

Com esses ingredientes, o Clássico de Avellaneda tinha tudo para ser um jogão e realmente foi. As duas equipes procuraram o ataque desde o início, com boas tramas e muitas chances desperdiçadas. Quando há um grande hiato entre jogos, é comum que os jogadores fiquem mais travados, mas os atletas dos dois times estavam muito bem fisicamente. O Independiente contava com uma movimentação constante de Gracián, buscando e distribuindo o jogo, mostrando que a melhor forma de motivar um jogador é colocar uma sombra nele. O Racing tinha no entrosamento de seus jogadores a principal arma, trocando passes constantemente e variando muito o jogo.

O primeiro gol, no entanto, só saiu aos 6 minutos. Facundo Parra cobrou córner para Silvera, mas Martin Simeone desarmou o camisa 11, tocando a Pelletieri na entrada da área. O camisa 7 puxou o contra ataque pelo centro do campo e deu um lindo passe em profundidade para Acosta. O camisa 9 recebeu em velocidade, invadiu a área e tocou na saída de Navarro, fazendo explodir o lado azul e branco do estádio: Racing 1x0.

Apesar da derrota, a torcida do Independiente se levantou no intervalo ao ver Mauro Burruchaga se dirigindo para a beira do campo. Ao lado de Gandin, o estreante camisa 10 entrou, nos lugares de Gracián e Facundo Parra. Já o Racing trocou o lado esquerdo, tirando Enrique e Latorre para as entradas de Fariña e Hauche.

Pode-se dizer que Burruchaga entrava uma fria gigantesca. Estrear é sempre complicado; estrear contra o maior rival, mais ainda; estrear com o time perdendo, muito mais ainda. Mas nada disso parece ter incomodado o camisa 10 do Independiente. Com apenas 1 minuto de jogo, já havia usado sua velocidade para se desmarcar e receber de Fredes. Mas a ansiedade o fez errar a passada e chutar sem direção.

Aos 4 minutos, a situação foi completamente diferente. Tuzzio desarmou Hauche e tocou a Montenegro, que avançou pela intermediária. Burruchaga se desmarcou e pediu a bola, recebendo-a do camisa 5. O camisa 10 avançou pelo meio em velocidade, até as proximidades da meia lua, de onde resolveu arriscar um chute. A bola ganhou altura, descreveu um arco e desceu no fundo das redes, vencendo Saja e fazendo explodir o lado vermelho da arquibancada: Independiente 1x1.

Os torcedores do Independiente ficaram enlouquecidos com o impacto do seu novo camisa 10. Burruchaga é um jogador que se movimenta constantemente, chama a responsabilidade, orienta os companheiros e organiza o jogo. Com essas qualidades e a torcida ao seu lado, o Independiente cresceu no jogo e desperdiçou inúmeras chances. O Racing não ficou atrás e continuou com seu toque de bola constante, também desperdiçando muitas oportunidades. Assim, a partida terminou empatada e foi para os pênaltis.

O Independiente converteu suas cobranças com Silvera, Gandin, Tuzzio, Burruchaga e Montenegro. Já o Racing converteu com Ruben Capria, Hauche, Acosta e Martin Simeone. Mas a terceira cobrança, de Pelletieri, parou nas mãos de Navarro e, com Montenegro cobrando e convertendo a última penalidade, o Independiente venceu por 5x4 e avançou às semifinais, com Burruchaga saindo ovacionado de campo.

SAN LORENZO 4x4 RIVER PLATE

Se o Clássico de Avellaneda empolgou o público, a partida de fundo não podia ficar por menos. O San Lorenzo melhorou muito na virada do ano, principalmente na parte física. E ainda pode se gabar de ser o único time argentino a ter conquistado algo no ano, com o Torneio Início do Apertura. Mas o adversário era o atual campeão, que sempre lhes complica a vida. A preocupação no River era com a inatividade. Saber como os jogadores responderiam fisicamente era a grande incógnita do time de Nuñez. Mas a empolgação estava em alta, ainda mais que a equipe poderia estrear seu novo reforço. Leonardo Ponzio chegou para ser uma alternativa à defesa, tanto como volante (sua posição de origem) como nas laterais e na zaga.

As duas equipes fizeram um jogo eletrizante, com 5 gols no primeiro tempo. Desde o início, quando Barrado se adiantou e virou a principal peça ofensiva do River, a torcida ficou na expectativa de ver a bola na rede cedo.

Mas foi o outro lado quem inaugurou o marcador. Aos 4 minutos, Migliore cobrou tiro de meta para o meio, encontrando Romagnoli. O camisa 10 abriu na esquerda para Erviti, que rolou no meio para Stracqualursi. De frente pro gol, o camisa 9 desferiu potente chute e venceu Carrizzo, fazendo San Lorenzo 1x0 na jogada clássica do rival.

O River se surpreendeu em ver-se envolvido pela própria tática e tratou de avançar em busca do empate. Mas os jogadores de frente não estavam inspirados, o que dificultava a conclusão de jogadas. Por esse motivo, os meiocampistas tiveram que se adiantar e foi assim que surgiu a igualdade no placar. Aos 7 minutos, Barrado recebeu de Berizzo na intermediária e resolveu arriscar o chute. Migliore se esticou e espalmou a bola para o lado esquerdo, onde Gallardo estava Migliore se atirou para fechar o ângulo, mas o camisa 11 deu um toque de extrema qualidade, mandando a bola no ângulo oposto e empatando o jogo: River 1x1.

O jogo ganhou em emoção. As duas equipes marcavam bem e criavam jogadas melhores ainda. O San Lorenzo não se apequenou e voltou a ficar na frente aos 9 minutos. Após passe mal dado por Ortega, Ameli recuperou a bola e fez um lançamento longo para a meia esquerda, encontrando Buffarini. Naquele lado do campo, haviam 5 jogadores do River marcando, dificultando demais o prosseguimento da jogada. Mas o camisa 8 do San Lorenzo foi genial e conseguiu um ótimo passe para Romagnoli. O camisa 10 avançou pela esquerda com Ferrari a marcá-lo, deu um corte para dentro que deixou o marcador no chão e chutou de pé direito para vencer Carrizzo. Neste momento, o camisa 10 batia no peito, apontava ao chão e fazia a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x1.

O River empatou na saída de bola. Gallardo e Barrado fizeram uma variação trançada do 'toca y me voy'. Gallardo recebeu, trouxe para o pé direito e acertou lindo chute em curva, vencendo Migliore e fazendo River 2x2, aos 10 minutos.

Mas o San Lorenzo estava inspirado e voltou a ficar na frente na saída de bola. Romagnoli e Buffarini fizeram o 'toca y me voy' clássico, com o camisa 10 recebendo próximo à entrada da área. O chute foi perfeito, Carrizzo não alcançou e Romagnoli bateu no peito, apontou ao chão e fez a taunt da Paloma nos acréscimos: San Lorenzo 3x2.

No intervalo, Francescoli tentava entender como o adversário, outrora saco de pancadas, jogava tão bem. Aproveitou para trocar algumas peças que não funcionavam, mas errou ao sacar Berizzo. O camisa 6 saiu junto com Ortega para as entradas de Ponzio e Funes Mori. Quem deveria sair era Ferrari, pois era naquele lado que as jogadas do adversário estavam saindo, mas Ponzio foi parar na lateral esquerda mesmo. Já Nilson, contente com o que viu, tirou apenas os que não estavam no mesmo sistema. Saíram Luciatti e Raul 'Pipa' Estevez e entraram Tellechea e Bordagaray.

A entrada de Ponzio era tudo o que o River precisava. Mesmo do lado errado, o camisa 23 entrou muito bem, impediu os avanços de Bordagaray e ainda teve qualidade para sair jogando. E, assim como Burruchaga, estreou da melhor forma possível. Aos 2 minutos, Paz afastou a bola da área e Barrado puxou o contra ataque, tocando a Gallardo no meio. O camisa 11 percebeu Ponzio entrando em velocidade pela esquerda e fez o passe. O camisa 23 recebeu, invadiu a área e chutou forte na saída de Migliore, marcando logo em seu primeiro chute: River 3x3.

O jogo era sensacional. O San Lorenzo não se acanhava e continuava criando boas jogadas. O River cresceu com a entrada de Ponzio e teve mais organização para buscar o ataque. Melhor para o time de Almagro que, jogando no estilo do River, conseguiu ficar na frente novamente. Aos 5 minutos, Tulla interceptou passe para Buonanotte e tocou a Reynoso na entrada da área. O camisa 5 procurou Buffarini no meio de campo e o camisa 8 avançou pelo meio. Com a chegada da marcação, fez ótimo passe para Johnathan Ferrari na direita. O camisa 2 foi ao fundo e cruzou no segundo pau, onde Romagnoli entrou e cabeceou forte, para vencer Carrizzo, bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma na celebração de seu hat trick: San Lorenzo 4x3.

Quando parecia que o time de Almagro iria derrubar o atual campeão da Copa Olé, uma grande polêmica com a arbitragem se instalou. Gallardo tabelou com Trezeguet, viu Migliore adiantado e resolveu arriscar um chute por cobertura. Boa parte do estádio viu a bola bater na parede da rede e sair, mas o árbitro Chico Lírio disse que a bola bateu na trave e, por isso, não assinalou gol. Trezeguet pegou o rebote e ia marcar, mas Migliore saiu da área e tocou na bola, impedindo o gol. O juiz anotou falta em dois lances e expulsou o goleiro.

É sempre bom lembrar que, pelas regras da FIFUBO, se qualquer parte do goleiro estiver fora da grande área e a bola bater nele (mesmo não sendo a parte que estava fora da área), é marcado tiro livre indireto e o goleiro é expulso. E também é sempre bom lembrar que o jogo não pode prosseguir sem goleiro. Se ele for expulso, é sorteado um jogador de linha para deixar o campo e cumprir a suspensão em seu lugar. E, desta vez, o sorteio decidiu que Erviti deveria sair de campo.

Depois de toda a polêmica, o jogo reiniciou. Eram oito minutos quando o River cobrou o tiro livre indireto. Trezeguet rolou para Gallardo, que chutou no canto direito de Migliore e empatou a partida em 4x4. Depois de tudo, o prejuízo do San Lorenzo era enorme, com o gol sofrido e o jogador expulso.

Neste incrível duelo de camisas 10 (Gallardo joga com a 11, mas faz a função de 10), o jogo terminou com cada um anotando um hat trick, o público inebriado e a partida indo para as cobranças de pênaltis.

Do lado do River, Ferrari e Gallardo acertaram a primeira e quarta cobranças, respectivamente. Mas Migliore defendeu as cobranças de Almeyda e Trezeguet. O San Lorenzo só precisou de quatro cobranças, com Romagnoli, Bordagaray, Tellechea e Stracqualursi para vencer a disputa por 4x2 e eliminar os atuais campeões.

NOTAS RÁPIDAS

  • Se tudo der certo, a Copa Olé será disputada toda no feriado. Neste domingo, Huracán x Estudiantes e Boca x Velez encerram as quartas de final e classificam os dois últimos times às semifinais. Na segunda, as semifinais definirão as duas equipes que decidirão o título e, na terça, a grande final do torneio.
  • A partir daí, a FIFUBO se dedicará à Copa do Mundo de Futibou de Butaum, com jogos amistosos entre as equipes e, assim que a oitava equipe chegar, o sorteio dos grupos.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Conhecendo as seleções - 19/04/2018

O ambicioso plano da FIFUBO, iniciado em 2017, é montar uma Copa do Mundo de Futibou de Butaum, que seja disputada todos os anos (nos anos de Copa, é chamada de Copa do Mundo; nos anos sem Copa, é chamada de Mundial) e vá se expandindo, adquirindo cada vez mais seleções. Antes de continuar a falar sobre as seleções, uma pequena pausa para explicar o "Projeto Copa do Mundo".

Desde 1998, quando a Coca-Cola lançou a coleção de minicraques para a Copa da França, em toda Copa do Mundo faço o que chamo "Projeto Copa do Mundo". Consiste em fazer uma coleção relacionada ao evento, se possível algo que possa ser jogado e disputado como Copa, com metas bem definidas a serem batidas até a Copa do Mundo de Futebol começar. Em 1998, o projeto consistia em fazer a coleção de minicraques da Coca-Cola. Em 2002, fazer a coleção de minicraques da Coca-Cola, Copa de 1998, da Argentina. Em 2006, a meta era fazer 16 seleções de cinco jogadores, com minicraques da Corinthian, entre Prostars e Microstars (acabei fazendo 19). Em 2010, a meta era fazer uma Copa do Mundo de Subbuteo, com 8 seleções de cinco jogadores cada. Em 2014, a meta era fazer uma Copa do Mundo de Futebol Society com prancheta e botões magnéticos. Eis que faltando exatamente um ano para a Copa do Mundo da Rússia, decidi que o projeto para 2018 consistiria em fazer seleções de futebol de botão e montar um torneio, disputado no mesmo período do de futebol. E assim nasceu aquele que, talvez, seja o Projeto Copa do Mundo definitivo, pois a ideia é ir adquirindo mais seleções para 2022, 2026, etc.

O projeto inicial consistia em 12 seleções. Mas isso implicaria em adquirir uma por mês até o certame, o que se revelou impossível. Então, a meta baixou para 6 seleções e, assim, comecei a correr atrás. Após adquirir o Brasil, com arte já pronta pela www.jogodebotao.com.br, comecei a pensar em uma forma de fazer algo mais bem detalhado do que somente botões com o escudo das seleções. Encontrei um site (desculpe o criador das artes, mas não lembro qual site era), com decoração de seleções com fotos e nomes dos jogadores. Com isso, baixei uma arte da seleção francesa e voltei ao www.jogodebotao.com.br para fazer o time. Mas ainda estava descontente, pois a seleção que mandei fazer não tinha a escalação que considerava ideal. Pois minha esposa veio com a solução. Munida de um editor de arte, ela me pediu as fotos, escudos, nomes, símbolos e cores dos jogadores que eu queria e, juntos, começamos a fazer as seleções ao meu gosto. Junto da França, veio o Japão que eu sempre sonhei, a escalação do desenho Captain Tsubasa (Supercampeões, no Brasil). Depois, vieram a Inglaterra (com Wayne Bridge na lateral direita!) e a Argentina, fechando 2017 com 5 seleções. Só faltava uma para a Copa do Mundo se tornar realidade!

Pois as coisas foram melhorando, melhorando e abril chegou com a possibilidade de adquirir não uma, mas duas seleções. Como a Copa é só em junho, ainda dá para adquirir mais uma seleção e fazer a primeira Copa do Mundo de Futibou de Butaum com 8 equipes. Esta postagem apresenta os dois novos esquadrões, com suas características, estilos e craques. Vamos conhecê-los!

ALEMANHA


Vindos da Europa e com larga tradição no futebol (com 4 títulos mundiais e 3 europeus, uma medalha de ouro em Olimpíadas e uma Copa das Confederações, entre outros), os alemães são dos mais temidos no mundo da bola. Agora, querem repetir o desempenho nas mesas da FIFUBO. Com o escudo da Casa de Hohenzollern, a família real prussiana e alemã, em suas camisas, os germânicos mostram que têm a nobreza aos seus pés. Outrora conhecidos pela força física e pelo futebol robótico, passaram por uma longa reciclagem e valorização dos jovens, o que resultou numa geração habilidosa, que encantou o mundo e culminou com o título mundial de 2014, no Brasil, formando a data base do time que irá jogar na FIFUBO.

A equipe joga no 4-4-2 tradicional, mas com um estilo próximo do futebol total holandês, de 1974. O zagueiro Hummels faz as vezes de lateral direito e Lahm faz a esquerda, mas podendo ir para a direita. No meio, Schweinsteiger e Reus são os volantes, mas podem atuar mais à frente, na armação, onde já se encontram Kroos e Muller (que também joga no ataque). Na frente, Podolski faz companhia a Klose, mas pode voltar e armar o jogo, assim como o reserva Gotze. O outro reserva, Draxler, é meio campista e pode jogar tanto de volante como de armador, mas também pode ser recuado para a lateral. Além disso, a equipe pode variar para o 3-5-2 ou até o 3-4-3 durante os jogos, com Hummels voltando para a zaga e Muller podendo avançar para o ataque. O ponto forte da Alemanha é justamente essa versatilidade, que confunde os adversários e muda num piscar de olhos. O ponto fraco também está na versatilidade, pois atuar fora de posição pode trazer alguns problemas. Como exemplo, ter um zagueiro de 1,93m como Hummels na lateral pode ser bom na hora de recompor o sistema defensivo, mas perde-se em habilidade e velocidade na hora de atacar pelas pontas.

Os jogadores da Alemanha são os seguintes: 1. Manuel Neuer, 2. Per Mertesacker, 3. Phillip Lahm (c), 4. Marco Reus, 5. Holger Badstuber, 6. Mats Hummels, 7. Bastian Schweinsteiger, 8. Toni Kroos, 9. Mario Gotze, 10. Lukas Podolski, 11. Miroslav Klose, 13. Thomas Muller, 14. Julian Draxler. O treinador é Lothar Matthaus, auxiliado por Parraguez.

Antigo líbero do FIFA Stars, Matthaus foi um jogador de muitas classe. Do centro da defesa, comandava todo o time, arrumando o posicionamento de cada jogador. Também atuava no meio de campo, dono de um passe preciso e lançamentos poderosos, além de ser um bom batedor de faltas e pênaltis. Estas características foram trazidas para o time alemão que, além de se posicionar bem em campo, troca muitos passes e lançamentos até encontrar o momento ideal para concluir. E também tem bons especialistas na hora de cobrar reposições de jogo. Este estilo de aproveitar ao máximo a posse de bola e o posicionamento faz com que até o goleiro Neuer atue, mostrando nova tendência para a FIFUBO. Matthaus também foi muito feliz na escolha de seu auxiliar. Parraguez foi recém demitido do Velez Sarsfield, onde cuidou do preparo físico dos jogadores que foram bicampeões da Copa Olé e da Supercopa FIFUBO e só saiu porque a diretoria resolveu dar novos ares ao comando técnico. Agora, com jogadores jovens e fortes, pode levar os alemães a grandes conquistas.

DESTAQUE


Thomas Muller. A camisa 13 alemã é destinada aos grandes nomes e com Muller não é diferente. Bom na condução de bola, bom nos passes e ótimo nas finalizações, pode atuar tanto no meio de campo como no ataque ou até fazer um híbrido das duas funções, levando perigo onde quer que esteja.

HOLANDA


Vindos da Europa, os holandeses representam um dos países mais queridos do futebol mundial. Poucas são as pessoas que não admiram a Laranja Mecânica, que encantou o mundo com os times de Johan Cruyff (vice campeão mundial em 1974), Gullit e Van Basten (campeões europeus em 1988) e, mais recentemente, as gerações de Bergkamp e, posteriormente, Robben. A Holanda é sinônimo de  futebol alegre e bem jogado, mas nem sempre eficiente. O primeiro time da FIFUBO, Imperatriz, sempre prestou tributo a este país, utilizando-o como base para seus times na Era Amadora (com Cruyff, Frank e Ronald de Boer, Gullit, Van Basten e o capitão do time, Reiziger) e na Era Profissional (com Stam, Numan, Zenden, Van Nistelrooy e Makaay). E foi justamente por causa desses atletas da Era Profissional que a seleção holandesa foi uma das primeiras a garantir vaga entre os originais da Copa. É a única seleção que mescla jogadores argolados com os fechados. Oito jogadores foram fabricados pela www.jogodebotao.com.br, três pela Frandian e um de fabricante desconhecido. A família real de Orange coloca seu escudo na camisa holandesa, mostrando o apoio dos monarcas ao selecionado nacional. A data base da equipe é o time de 2002 que, curiosamente, não foi ao mundial, mas deixou ótima lembrança por sua forma de jogar.

A equipe joga no 4-3-3 no estilo do River, com dois volantes e um armador centralizado, mas pode variar para o 4-4-2 tradicional, com dois volantes e dois armadores, já que três dos quatro meiocampistas da equipe são armadores e, invariavelmente, um será recuado para ajudar na saída de bola. O titular que faz esta função é Seedorf, mas ele avança para a armação no 4-4-2 e Jordi Cruyff faz a função de volante neste esquema. No 4-3-3, Bergkamp faz a ponta direita, atuando bem mais recuado e preparando as jogadas para a conclusão de Kluivert, com Overmars fazendo o mesmo do lado esquerdo. Mas no 4-4-2, Overmars vai para o banco e Bergkamp se adianta, fazendo uma dupla de frente com Kluivert. O ponto forte da equipe está na habilidade de seus jogadores de frente, capazes de jogar tanto com trocas rápidas de passes como em jogadas individuais, confundindo o adversário com tamanho repertório. O ponto fraco está no meio de campo que, além de só possuir um volante (exigindo que alguém seja improvisado na função), tem três dos seus quatro jogadores canhotos, o que deixa a equipe meio torta para o lado esquerdo.

Os jogadores da Holanda são os seguintes: 1. Edwin Van Der Sar, 2. Arthur Numan, 3. Johnny Heitinga, 4. Jaap Stam, 5. Giovanni Van Bronckhorst, 6. Edgar Davids, 7. Dennis Bergkamp, 8. Clarence Seedor, 9. Patrick Kluivert, 10. Boudewijn Zenden (c), 11. Marc Overmars, 13. Triton, 14. Jordi Cruyff. O técnico é Johan Cruyff, auxiliado por Ruud Gullit.

Jogador de classe mundial, Johan Cruyff atuou pelo Imperatriz durante muito tempo. Sua facilidade em se adaptar a qualquer posição o levou a jogar como zagueiro, uma espécie de Mauro Galvão na Era Amadora da FIFUBO. Além do bom posicionamento e da excelência no desarme, Cruyff também era um excelente armador de jogadas, com seu passe de qualidade, além de aparecer no ataque e finalizar bem. Com especialidade na defesa, no meio e no ataque, além da ótima leitura de jogo, o antigo camisa 14 do Imperatriz se aposentou quando a Era Profissional chegou e passou a atuar nos bastidores, auxiliando na parte tática da equipe e nos três setores do campo. A direção do Imperatriz não queria deixá-lo sair de jeito nenhum, mas o patriotismo falou mais alto e Cruyff foi liberado para aplicar seus conhecimentos na equipe holandesa. De quebra, ainda levou seu antigo companheiro de Imperatriz Gullit, para ser seu auxiliar. A dupla, de técnica apuradíssima, pretende transferir seus conhecimentos e estilos para os jogadores da seleção e levar o time a grandes conquistas. Cruyff ainda conseguiu emplacar seu filho Jordi, dono de um estilo parecido com o do pai (embora não tenha metade da classe dele) e bom nas bolas paradas.

DESTAQUE

Boudewijn Zenden. Um dos primeiros jogadores argolados a chegar à FIFUBO, Zenden foi contratado pelo Imperatriz para jogar a Liga do BNDES e se saiu muito bem. Dono de uma técnica ímpar, logo caiu no gosto da torcida e levou o time a inúmeras conquistas, tanto com jogadas quanto com gols. Os números precisam ser reavaliados, mas estima-se que Zenden possua 82 gols com a camisa do verde e branco de Niterói. A FIFUBO discutirá se permite que ele continue com esse número na seleção. No Imperatriz, Zenden atuava ao lado de Etcheverry, armando o jogo pelo lado esquerdo. Na Holanda, atuará majoritariamente como único armador, centralizado, distribuindo o jogo para os pontas ou, em lançamento, diretamente para o centroavante. Também chegará de trás, quando o centroavante fizer o papel de pivô, para concluir. Assim, utilizará suas principais características a serviço de seu país: o passe, o lançamento, os chutes fortes e colocados, a presença na área. Com tantas características, Zenden foi considerado o Melhor Jogador de Futibou de Butaum do Mundo, no período entre 2002 e 2012. Aposentado no ano passado quando o Imperatriz reformulou sua equipe e entrou de vez na Era Moderna, retornou da inatividade quando a Holanda o convocou e, de quebra, tirou da aposentadoria os antigos companheiros de Imperatriz Numan, Stam e Triton. Os holandeses esperam que ele volte a ser o melhor jogador do mundo e Cruyff, principalmente, aposta em seu talento. Tanto é que o nomeou praticamente o dono do time: capitão, cobrador de faltas e pênaltis.

E assim a FIFUBO apresenta mais duas seleções, chega a sete no total e garante a realização da Copa do Mundo. A próxima seleção deve chegar em meados de maio e, a partir daí, o torneio se tornará realidade de vez!

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Comunicado FIFUBO 18/04/2018

Entre compromissos, viroses e crises de coluna, o que era para ficar parado por duas semanas acabou ficando por oito. Estas oito semanas ou exatos dois meses sem Torneio Apertura  prejudicaram muito o andamento da Liga. No período, apenas uma partida foi disputada, o amistoso onde a Argentina (finalmente) venceu, no 3x1 contra o Brasil, com dois de Messi e um de Di Maria (Ronaldo tinha inaugurado o marcador).

Diante de tanto tempo sem jogos e com o calendário apertado, há duas semanas atrás uma reunião na sede da FIFUBO tinha decidido por aplicar pela primeira vez o Ato Normativo 04, aquele que diz que se uma liga se atrasar de tal maneira que o calendário impedir a sua conclusão, joga-se quantas rodadas forem necessárias para se encerrar o primeiro turno, cancela-se as demais rodadas e parte-se de vez para os playoffs. Se o turno já tiver sido disputado, encerra-se a rodada em curso e parte-se para os playoffs.

Porém, mais duas semanas se passaram e os problemas continuaram impedindo o campeonato de ser retomado. Como restam 8 semanas até o início da Copa do Mundo e, para aplicar o Ato Normativo 04, encerrar a liga e disputar a Copa Olé são necessárias 9 semanas, uma nova reunião na sede da FIFUBO, com os representantes da Federação e dos clubes. Após um bom tempo de debates, um consenso foi atingido e a decisão final foi de cancelar o Torneio Apertura 2018.

É um duro golpe para os planos da FIFUBO, ainda mais depois do sucesso da temporada completa em 2017 e do ambicioso plano de expandir para os torneios de seleções. Mas oito semanas sem jogos, em um campeonato com quatorze semanas de temporada regular, é muito tempo. Se o campeonato tivesse avançado mais, até daria para fazer um esforço, mas somente duas rodadas foram disputadas até aqui.

Assim, o período de oito semanas até a Copa do Mundo serão utilizados para preparação das seleções que irão disputar o torneio. As equipes disputarão partidas amistosas e treinos, visando a melhor forma para fazer um espetáculo no torneio. Em duas semanas, será disputada a Copa Olé e, depois disso, as seleções dominarão o cenário.

Este comunicado se encerra aqui, mas uma postagem será feita até o final da semana, trazendo novidades. Mais duas seleções chegaram e a meta inicial da Copa do Mundo, de seis equipes, foi batida (a FIFUBO conta com sete, atualmente). Em maio, outra seleção deve chegar e o torneio terá oito times. Após a Copa Olé, será realizado um evento no Imperatriz Arena, com o lançamento oficial da Copa do Mundo de Futibou de Butaum, com o sorteio e o regulamento.