quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Liga FIFUBO 2019 - Nona Rodada - 21/08/2019

Quarta-feira é um dia excelente para a prática do futebol e a FIFUBO sabe muito bem disso. Por este motivo, a última rodada do primeiro turno foi aberta neste dia. A chuva que caiu durante boa parte do dia e o vento gelado não impediram o público de lotar o Imperatriz Arena, pois era dia de clássico. Então, vamos ver como se desenrolou a abertura da nona rodada da Liga FIFUBO!
21 de agosto é o dia do aniversário do Clube de Regatas Vasco da Gama. Em 2019, a instituição comemora 121 anos de vida. Se no campo não tem muito o que comemorar, acumulando vexames e equipes vergonhosas, no futibou de butaum a história é bem diferente. O Vasco foi uma das primeiras equipes argoladas e ganhou muitos títulos tanto na FIFUBO quanto externamente. Hoje, com uma equipe fechada, disputa a Liga e encanta seus torcedores. Por este motivo, uma homenagem foi feita ao clube antes da bola rolar. Considerado o grande craque daquela equipe que fez História, Edmundo foi o convidado de honra da festa, representando os atletas do Vasco.


O histórico camisa 10 do Vasco, Edmundo, dá o pontapé inicial da rodada.
RACING 2x2 INDEPENDIENTE

O Clássico de Avellaneda é uma excelente escolha para levar o público ao estádio no meio da semana. O Racing é a grande sensação do campeonato. Líder, joga um futebol vistoso, vem de uma sequência maravilhosa, contra seus rivais diretos (2x1 Imperatriz e 3x1 Vasco) e, se não perder, encerra o primeiro turno na liderança. O Independiente vive a sua sina de altos e baixos. Faz uma partida espetacular numa rodada e outra péssima na seguinte. Foi assim nos dois últimos jogos, quando derrotou o Vasco (2x0) e empatou com o River (1x1), dominado pelo rival. Precisa da vitória para encerrar o primeiro turno na zona de classificação.

Em uma rodada de clássicos, o de Avellaneda não levou o público ao Imperatriz Arena à toa. Foi uma partida de encher os olhos, um verdadeiro espetáculo ao torcedor. Clássico não tem favorito e o Independiente mostrou isso. Desde o início, a equipe vermelha dominou as ações, tomou a iniciativa e criou as melhores oportunidades. Com Gracián em boa forma, a bola chegava com qualidade a Parra e Silvera, que desperdiçavam suas chances. O Racing tinha um Ruben Capria abaixo do que pode produzir e, bem marcado, ficou difícil de fazer a bola chegar a Acosta e Latorre. A solução era recorrer às pontas, com Martin Simeone e Enrique de um lado e Pelletieri pelo outro.

O primeiro gol, no entanto, só foi sair aos 9 minutos. Ruben Capria avançou pelo meio e uma parede se formou à sua frente. Matheu certou e Vella roubou a bola, partindo em contra ataque pela ponta direita. Com um passe em profundidade, o camisa 2 encontrou Facundo Parra, que avançou pela ponta até a lateral da área. Com um incrível chute cruzado, fez a bola passar por Saja e o Independiente abria 1x0.

Mas nem deu tempo de comemorar. O Racing empatou logo na saída de bola, quando Ruben Capria fez o 'toca y me voy' com Pelletieri e recebeu na esquerda. Com um drible desmoralizante, o camisa 10 se livrou de Vella e invadiu a área. Contra o River, Hilário Navarro não acreditou que pudesse ser encoberto e ficou adiantado, tomando um humilhante gol de lençol. Aqui, não quis dar chance para o azar novamente e começou a correr de volta para o gol. Ruben Capria percebeu, fez que ia chutar no alto e acabou mandando rasteira, por baixo do goleiro, para fazer Racing 1x1. Mesmo mal na partida, o camisa 10 mostrava ser decisivo novamente...

No intervalo, Paralelo tirou Pelletieri e Latorre para colocar Fariña e Hauche. Bayer mudou os dois volantes, tirando Fredes e Busse para colocar Acevedo e Mauro Burruchaga. O treinador do Independiente acreditava que Burruchaga incendiaria o jogo, mas com os homens de frente bem, não fazia sentido sacar algum deles. Por isso, o camisa 10 entrou para jogar como um volante que sai pro jogo. E foi por este motivo que Acevedo entrou, para reforçar a marcação quando Burruchaga saísse.

Bayer foi extremamente feliz em sua escolha. Burruchaga, realmente, incendiou o jogo. O camisa 10 partia de trás, mas jogava no campo de ataque todo. Com menos de um minuto, já tinha roubado uma bola no campo de defesa e aparecido no ataque para chutar com perigo. O gol era questão de tempo...

E veio aos 3 minutos. Hauche fez a jogada pela esquerda e rolou no meio para Ruben Capria. Quando o camisa 10 dominou a bola, Vella estava em cima e roubou-lhe tranquilamente, tocando a Montenegro na cabeça da área. O camisa 5 abriu na meia esquerda para Mauro Burruchaga, que fez a quebra de asa e inverteu para a ponta direita, nas costas da marcação. Enquanto todos tentavam se reposicionar, Facundo Parra recebia na ponta e via Burruchaga fazer o movimento em diagonal, para receber mais à frente. O passe foi preciso, Burruchaga recebeu na entrada da área, driblou Pocchetino e chutou na saída de Saja, concluindo excelente jogada coletiva: Independiente 2x1.

O clássico tem essa magia. O líder do campeonato, favorito à vitória, estava desesperado. Seus jogadores abandonaram toda e qualquer tática e se mandaram para o ataque em busca do empate. O Independiente jogava uma daquelas partidas perfeitas, onde os jogadores estavam bem posicionados, exatamente onde a bola caía. E tinham os contra ataques à disposição.

Já eram 9 minutos da etapa final, o jogo se encaminhava para o fim e Gamboa se mandou ao ataque, procurando um passe para Ruben Capria. Tuzzio interceptou a bola e passou a Gracián, que rapidamente abriu na esquerda para Silvera. O camisa 11 começou a tabelar com Montenegro e viu um buraco na zaga adversária, exatamente onde Gamboa deveria estar. Silvera invadiu a área, calibrou o pé e mandou o chute que definiria a vitória. Mas Saja conseguiu dar um leve toque e a bola explodiu no travessão. Saja e Silvera correram para o rebote e o goleiro do Racing conseguiu ficar com a bola, levantando rapidamente e acionando Quiroz na entrada da área. O camisa 5 tocou no meio de campo para Gamboa que, desta vez, conseguiu abrir a Ruben Capria na ponta direita. Mareque correu para bloquear o passe, mas Capria deu um toque rápido para Acosta, já dentro da área. O camisa 9 respirou fundo, ajeitou o pé e acertou um chute incrível, que passou por cima de Navarro e morreu no fundo das redes: Racing 2x2.

Destaque do jogo: Leandro Gracián. O Clássico de Avellaneda foi uma partida de encher os olhos, com os torcedores aplaudindo de pé ao final. Vários jogadores se destacaram e foram ovacionados, como Vella, Mauro Burruchaga, Facundo Parra, Ruben Capria, Acosta e Saja. Mas foi Gracián o grande nome do Clássico. Enquanto torcida e imprensa pediam Mauro Burruchaga no time (principalmente após ter sido o destaque contra o River), Bayer manteve Gracián como titular, certo de que ele faria a diferença no jogo. Com uma movimentação constante, fez a diferença mesmo! No primeiro tempo, partia do meio para o campo de ataque e distribuía o jogo para os dois atacantes. No segundo tempo, com Burruchaga incendiando o jogo, recuou e ajudou no início das jogadas. Merecia um gol para coroar sua bela atuação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!