domingo, 4 de agosto de 2019

Liga FIFUBO 2019 - Sexta Rodada - 04/08/2019

Domingo de muita chuva e frio intenso, ingredientes perfeitos para fazer o torcedor ficar no aconchego de seu lar. Mas é dia de rodada no Imperatriz Arena e, se não ficou lotado, ao menos o estádio teve um público melhor que o do dia anterior, pois os líderes do campeonato iam jogar em uma rodada tripla que prometia. Vamos ver como ficou o encerramento da sexta rodada da Liga FIFUBO 2019!

ESTUDIANTES 0x2 RACING

Em quarto na classificação e finalizando a pior das sequências do campeonato, o Estudiantes quer voltar ao caminho das vitórias, que já dura três rodadas (dois empates e uma derrota). A vitória pode até levar a equipe de La Plata à liderança e a chave para o sucesso é pela direita, com o artilheiro Gastón Fernandez. Já o Racing, vice líder, quer a vitória para assumir a liderança provisória e torcer contra o Vasco no último jogo, para ficar no topo em definitivo. Prenúncio de um jogão.

Realmente, foi uma grande partida. As duas equipes jogaram muito bem, com inteligência, cada uma a seu estilo. O Estudiantes buscava abrir o jogo pelas pontas, enquanto o Racing procurava as jogadas pelo meio. Neste duelo, a equipe de Avellaneda atuava um pouco melhor e, aos poucos, foi dominando a partida.

Esse domínio se transformou em gol aos 5 minutos, em jogada pelas costas dos marcadores. Leandro Benítez procurou o passe para Mauro Boselli, mas Quiroz se antecipou e ficou com a bola. Com um passe nas costas de Benítez, encontrou Pelletieri na meia direita. Com um passe nas costas de Verón, o camisa 7 encontrou Ruben Capria na intermediária de ataque. O camisa 10 passou na direita para Acosta, que driblou Federico Fernandez e, da meia lua, virou o pé para mandar um chute de trivela no ângulo oposto de Andujar, finalizando bela jogada coletiva: Racing 1x0.

No intervalo, Cristaldo tirou Marco Rojo e Boselli para colocar Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Já Paralelo mudou o lado esquerdo, tirando Martin Simeone e Latorre para colocar Fariña e Hauche.

Paralelo foi extremamente feliz nas táticas do intervalo. A entrada de Fariña acabou com a principal jogada do Estudiantes, liberando Ruben Capria para atuar na intermediária de ataque e deixando Acosta com liberdade no campo de ataque. Assim, os camisas 9 e 10 do Racing puderam criar inúmeras jogadas, que levavam perigo ao gol de Andujar. O Estudiantes se perdeu completamente, muito porque Enzo Perez e Leandro Benítez (principalmente) estavam péssimos na armação.

O gol que selou a vitória veio aos 3 minutos, quando Diego Capria desarmou Hernan Rodrigo Lopez e se mandou ao campo de ataque, tabelando primeiro com Acosta e passando a Fariña na lateral da área. O camisa 12 invadiu a área pela ponta direita, chutou cruzado e venceu Andujar, dando números finais ao jogo: Racing 2x0.

Destaque do jogo: Acosta. Em um jogo de alto nível técnico, o camisa 9 foi essencial para a vitória do Racing. Se movimentou o jogo inteiro, deu opções, concluiu, fez o primeiro gol e participou da jogada do segundo.

IMPERATRIZ 2x1 INDEPENDIENTE

Em terceiro na tabela e sem chances de assumir a liderança nesta rodada, o Imperatriz quer a vitória para manter-se próximo dos primeiros. Em caso de vitória aqui e o Vasco não vencendo no próximo jogo, o Imperatriz pode assumir a vice liderança do torneio. Já o Independiente quer voltar a vencer após três rodadas (uma derrota e dois empates) e sair da zona intermediária da tabela. Uma vitória faz a equipe entrar na zona de classificação aos playoffs.

Os torcedores que se arriscaram na chuva e no frio para virem ao Imperatriz Arena foram brindados com o melhor jogo da rodada. Desde o início, Imperatriz e Independiente jogaram para a frente, agredindo o adversário com inteligência, sem se descuidar da defesa e tocando de pé em pé. O Independiente tinha Gracián jogando com liberdade pelo meio e Silvera saindo da ponta para o meio. O Imperatriz tinha Douglas atuando da mesma forma que Gracián e atacava bem pela ponta direita, com Claudio Winck fazendo ótima dupla com Robinho. E ainda teve a sorte do seu lado ao abrir o marcador logo no início.

Em jogada de saída de bola, Douglas tocou a Suker e se mandou para o ataque, pela meia esquerda. Douglas recebeu de volta e viu Suker correr para perto da área. O camisa 10 devolveu a bola ao croata da camisa 9, que driblou Montenegro para trazer a bola para o pé esquerdo e acertou um lindo chute no canto esquerdo de Navarro, fazendo Imperatriz 1x0, aos 30 segundos.

Apesar do gol relâmpago e das inúmeras oportunidades de lado a lado (com bolas nas traves, inclusive), o primeiro tempo terminou com a vantagem mínima no placar. No intervalo, Dircys tirou Mendieta e Maikon Leite para colocar Yago Pikachu e Dagoberto, fazendo uma mudança tática. Emerson faria a volância pelo lado esquerdo, com Pikachu do lado direito fazendo uma trinca com Claudio Winck e Robinho. E ainda teve peito de tirar o melhor jogador do campeonato, que tinha atuação apagada. Já Bayer resolveu reforçar a marcação justamente naquele lado e tirou Fredes para colocar Acevedo. Além disso, sacou Facundo Parra para colocar Gandin, visando ter velocidade pela ponta.

O jogo continuou de altíssimo nível, com o Imperatriz ligeiramente melhor. A entrada de Dagoberto na ponta esquerda fez o Imperatriz levar perigo pelas duas pontas, com Suker tendo mais opções para concluir. O Independiente não aproveitou a entrada de Gandin e continuou forçando o jogo pela outra extrema.

Aos 7 minutos, Claudio Winck cobrou lateral para Suker, que voltou ao meio de campo para buscar a bola. Armando o jogo, o camisa 9 tocou a Robinho na ponta direita. O camisa 7 mostrou o bom trabalho de Dircys para a ponta direita, órfã desde o início do século, quando Euller se aposentou. Robinho recebeu a bola na entrada da área, pela ponta. Tal qual o antigo dono da camisa 7, cortou para dentro e olhou o posicionamento do goleiro, para decidir o tipo de chute. Optou por um toque por cima, que encobriu Navarro e morreu no fundo das redes: Imperatriz 2x0.

O aumento na desvantagem desanimou a equipe do Independiente, que não encontrou forças para buscar a igualdade com tão pouco tempo restando. O Imperatriz tocava a bola com inteligência e seus torcedores aplaudiam a boa apresentação da equipe. Foi somente nos acréscimos que o Independiente conseguiu descontar, quando Montenegro afastou cruzamento e a bola sobrou para Gracián no meio. O camisa 19 avançou com a bola para o campo de ataque e tocou na esquerda para Silvera. Trazendo da ponta para o meio, o camisa 11 driblou Victor Ramos, invadiu a área, driblou Charlie Brown e completou para o gol vazio, no último lance da partida: Independiente 1x2.

Destaque do jogo: Davor Suker. O camisa 9 do Imperatriz teve uma tarde incrível. Fez um gol, deu o passe para outro, foi presença constante no campo de ataque, voltou para ajudar na armação, deu opções, concluiu, levou perigo o tempo inteiro. Saiu de campo aplaudido.

VASCO 2x1 RIVER PLATE

Esta era a razão dos torcedores se arriscarem no frio e na chuva para virem ao Imperatriz Arena. Donos de 25 títulos na História da FIFUBO, o segundo e o terceiro maiores ganhadores mediam forças na Liga. O Vasco é o único invicto da competição, mas vem de dois empates e precisa vencer para retomar a liderança. O River começa a dar sinais de recuperação, mas o início ruim de campeonato insiste em mantê-lo na parte de baixo da tabela. Prenúncio de um jogão!

Os torcedores devem ter pensado bastante por que saíram de suas casas quentes para enfrentar a chuva que caía insistentemente no Imperatriz Arena. O prometido espetáculo não aconteceu, as duas equipes jogaram mal e, errando muitos passes, fizeram um primeiro tempo de intermediária a intermediária, que terminou em 0x0. Tirando um chute de Buonanotte na trave de Carlos Germano e um de Diego Souza no travessão de Carrizzo, nada pode ser aproveitado da primeira etapa.

No intervalo, Antonio Lopes mudou a forma do Vasco jogar. Tirou Fagner e Adriano e colocou Allan e Bernardo. Bernardo jogaria centralizado, mas mais recuado que um centroavante, abrindo o jogo para as pontas, onde Eder Luis e Diego Souza deveriam jogar em diagonal. Francescoli quis dar mais qualidade ao passe e, por isso, tirou Barrado para colocar Coudet. Ortega, apagadíssimo, também saiu. Em seu lugar, entrou Funes Mori.

O jogo deu uma ligeira melhorada no segundo tempo. As equipes tiveram mais opções de passe, acertaram mais e concluíram a gol. Mas as finalizações eram muito ruins. O zero só sairia do placar se houvesse algo extraordinário a acontecer.

E houve, aos 6 minutos. Buonanotte fez jogada pela esquerda e rolou no meio para Trezeguet. Como aconteceu o jogo inteiro, Nilton se antecipou e desarmou o camisa 7 rival, tocando a Dedé na direita da área. Desatento, o camisa 26 não conseguiu dominar a bola, que rolou um pouco mais por cima da  linha da área. Buonanotte estava exatamente ali para aproveitar a falha do zagueiro vascaíno e, com um chute rasteiro de primeira, vencer Carlos Germano e fazer River 1x0.

A equipe argentina não merecia a vantagem, pois não havia nenhum traço em seu jogo que lembrasse aquele time que dominou a FIFUBO nos últimos anos. Mas o Vasco também não fazia nada para não merecer a desvantagem, fruto de um jogo coletivo fraquíssimo de uma equipe que sabe-se lá por quê liderava o campeonato. Mas, aos poucos, o Vasco fez valer a fama que lhe precede e foi colocando a bola no chão. Foi quando Felipe percebeu que Juninho estava em tarde ruim e, por isso, mandou o camisa 8 ficar na defesa que ele, Felipe, ia armar o jogo. Partindo da meia esquerda, o camisa 6 distribuía o jogo para os dois lados do campo e o Vasco foi reequilibrando as ações.

Aos 8 minutos, Ramon desarmou Funes Mori e tocou a Felipe na intermediária de defesa. O camisa 6 avançou com a bola dominada e tocou a Diego Souza na ponta esquerda, já no campo de ataque. O camisa 10 lhe devolveu próximo à entrada da área. Felipe dividiu com Placente, levou a melhor, driblou Almeyda e acertou um chute forte no canto direito de Carrizzo, fazendo Vasco 1x1.

O empate parecia consolidado. As duas equipes até produziam boas jogadas, mas concluíam mal e o 1x1 era o resultado justo para o pouco que fizeram na partida. A emoção, no entanto, ficou reservada para o final. Já corriam os acréscimos quando Anderson Martins foi ao ataque e perdeu a bola. Ferrari fez a ligação direta para o contra ataque nas costas do camisa 25 e encontrou Trezeguet livre. O camisa 7 foi até a entrada da área, viu o posicionamento do goleiro e desferiu um chute incrível. Mais incrível ainda foi a defesa de Carlos Germano, que se esticou todo e espalmou a bola para o meio da área, com Ramon afastando de vez. Nilton rolou a Bernardo no campo de ataque e o camisa 11 tocou pelo meio da zaga para Felipe. O camisa 6 protegeu bem a bola e, da meia lua, acertou um chute cheio de efeito, que encobriu Carrizzo e deu a vitória ao Vasco: 2x1.

Destaque do jogo: Felipe. Em uma partida onde a raça prevaleceu sobre a técnica, os dois gols do camisa 6 devolveram a liderança ao Vasco e mostraram que a equipe tem a quem recorrer quando o jogo estiver difícil.

CLASSIFICAÇÃO

1º Vasco - 14 pontos;
2º Racing - 13 pontos, 13 gols pró;
3º Imperatriz - 13 pontos, 11 gols pró;
4º Estudiantes - 8 pontos;
5º Huracán - 7 pontos;
6º Independiente - 6 pontos, 8 gols pró;
7º Boca Juniors - 6 pontos, 7 gols pró;
8º River Plate - 6 pontos, 5 gols pró
9º San Lorenzo - 5 pontos, 11 gols pró;
10º Velez Sarsfield - 5 pontos, 7 gols pró.

ARTILHARIA

1º Gastón Fernandez (Estudiantes), Maikon Leite (Imperatriz) e Acosta (Racing) - 5 gols;
4º Martin Palermo (Boca Juniors), Daniel Cigogna (Huracán), Erviti (San Lorenzo), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) e Felipe (Vasco) - 4 gols.

NOTAS RÁPIDAS
  • Encerrada a sexta rodada, as baterias já se voltam para a sétima, que será a última do primeiro turno. Provavelmente na quarta-feira, teremos uma partida para iniciar a rodada, com Independiente x Vasco. Assim, ficam dois jogos para o sábado e dois para o domingo, encerrando o primeiro turno.
  • No Tour de France, a primeira corrida de linha foi recheada de polêmica e terminou com a primeira desclassificação da História da LMC. Por se envolverem no acidente que tirou de Mark Cavendish a chance de pontuar, Francisco Chamorro, Tom Boonen e Marcel Kittel (que tinha chegado em segundo) foram eliminados do Tour, representando assim os primeiros abandonos da competição, que prossegue com 29 ciclistas.

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