sábado, 26 de dezembro de 2015

Torneio de Fim de Ano - 26/12/2015

Apesar de todos os problemas, a FIFUBO ainda teve fôlego para fazer um torneio triangular, amistoso, para encerrar o ano. Uma ideia que começou ainda em novembro, mas que esbarrou no problema que norteou a Federação em 2015 (a falta de datas) finalmente pôde ser executado no dia seguinte ao natal.

Era um torneio simples, com Bangu, CROL e Independiente. Um sorteio definiria o primeiro confronto. O perdedor deste confronto enfrentaria o terceiro time e o terceiro time enfrentaria o vencedor do jogo anterior. Se houvesse empate no primeiro jogo, a equipe visitante enfrentaria o terceiro time. Se sagraria campeão o time que somasse mais pontos ou, em caso de empate, o que tivesse o melhor saldo de gols. Em caso de empate em pontos e saldo de gols entre duas equipes, estas se enfrentariam em uma disputa de pênaltis. Se o empate fosse triplo, o título seria dividido. Vamos a um pequeno resumo dos três jogos:

CROL 3x1 BANGU

Irmãos e vizinhos no ônibus/concentração cinza, os dois times foram sorteados para jogar a primeira partida. O CROL mostrou uma empolgação ímpar, além de boa forma física e técnica e uma tática eficiente, sufocando o seu adversário de Moça Bonita. O Bangu, além da péssima forma física de seus atletas, jogou como time pequeno e foi dominado pelo adversário do Rio do Ouro, dando graças aos céus por não sofrer uma goleada.

O CROL abriu o placar com Iverson com um minuto de jogo e ampliou com o mesmo Iverson aos 3. Leozinho fez o terceiro do CROL com 6 minutos e Claudio Adão descontou para o Bangu nos acréscimos. No segundo tempo, o Bangu não ameaçou e o CROL apenas administrou, tocando a bola para aliviar o calor.

O destaque do jogo foi Iverson. Além de marcar os dois primeiros gols, o camisa 10 ainda foi o maestro da equipe, cadenciando o jogo e dando uma aula de disposição.

INDEPENDIENTE 4x3 BANGU

O Independiente é muito superior, isso é fato. A diferença entre os botões fabricados pela Jogo de Botão e os fabricados pela Frandian é latente, sendo que os da Jogo de Botão podem passar anos sem serem utilizados que mantêm a boa forma, além de pegarem muito melhor na bola. Ao Bangu, só restava uma goleada e torcer para o Independiente tirar a diferença no jogo seguinte.

O time de Avellaneda dominou o jogo desde o início, abrindo o marcador logo aos 2 minutos, com Busse. Mas foi se acomodando e errando, dando terreno pro Bangu empatar. Claudio Adão fez esse favor aos 7 minutos, na única boa trama da equipe brasileira no primeiro tempo. Mas, nos acréscimos, Gracián fez um belo gol de falta, de muito longe, colocando o Independiente na frente: 2x1.

Após o intervalo, o Bangu voltou cansado e o Independiente, desinteressado. Mas o desinteresse do Bangu era maior, como ficou provado logo a um minuto, quando Ricardo Cruz cobrou tiro de meta para Mendonça na entrada da área e o camisa 10 nem viu a bola, de tão distraído que estava. Gandin se aproveitou disso e chutou sem chances para o  goleiro banguense, ampliando a vantagem argentina: 3x1.

A essa altura, o Independiente se igualava ao CROL e iria com os mesmos direitos para o jogo final, o que fez com que seus atletas descansassem em campo. O Bangu foi ganhando terreno e descontou com André Biquinho aos 5. O sinal de alerta estava aceso, mas o Independiente não se interessou em apagá-lo. O empate veio aos 8 minutos, em jogada de contra ataque que terminou na conclusão de Macula.

A essa altura, a torcida argentina vaiava o time e passou a perseguir mais ainda seus atletas quando Gandin fez falta tripla, aos 9, e foi expulso. Mas o futebol de botão é uma benção e adora dar a consagração a quem está sofrendo amplamente. Na cobrança de falta, o Bangu errou o passe e o Independiente armou uma jogada de contra ataque, que terminou com Montenegro indo para a área e concluindo sem chances para Ricardo Cruz: Independiente 4x3.

O destaque do jogo foi Busse. O camisa 7 foi o único a mostrar interesse na partida, organizando o meio de campo, ajudando na defesa e abrindo o marcador.

INDEPENDIENTE 4x4 CROL

Com a vitória pelo placar mínimo, o Independiente precisava vencer para  ficar com a taça. Para piorar, Gandin não poderia atuar, por conta da expulsão no jogo anterior. Já o CROL precisava apenas do empate para se sagrar campeão.

O Independiente partiu para cima desde o início e foi premiado com um gol logo a 1 minuto, quando Facundo Parra recebeu na entrada da área e chutou sem chances para Hobson: Independiente 1x0.

O empate do CROL veio numa linda jogada. Dr. L interceptou passe que iria para Silvera e tocou a Ma Luca na ponta. O camisa 2 foi ao fundo e cruzou na cabeça de Leozinho, que testou no canto de  Navarro e fez CROL 1x1, aos 3 minutos.

O Independiente acordou com o gol e foi para cima novamente. Aos 6 minutos, Fredes tocou a Parra, que invadiu a área e foi derrubado por Hobson. Pênalti que Silvera cobrou no canto. Hobson tocou na bola, a bola bateu na trave e entrou: Independiente 2x1.

O CROL acordou com o gol e transformou o primeiro tempo num toma lá, dá cá. Aos 8 minutos, Iverson tabelou com Pablo, recebeu na entrada da área, tirou Navarro e empurrou para o gol vazio: CROL 2x2.

Com o título voltando ao time brasileiro, o Independiente se lançou à frente novamente  e chegou ao empate já nos acréscimos. Gracián puxou a marcação e Busse invadiu a área. Montenegro passou rasteiro para ele, que tocou na saída de Hobson e fez Independiente 3x2.

No intervalo, o Independiente trocou Fredes por Acevedo, para reforçar a marcação. Já o CROL fez 4 substituições (o limite de 2 é só para jogos oficiais na FIFUBO): Saíram Spinardi, Nelcio, André e Leozinho e entraram Ratinho, TV, Matthaus e Mosquito. A ordem era ter um time mais veloz.

E deu certo, já que o CROL caiu dentro. O Independiente não deixou por menos e se lançou em perigosos contra ataques, dando ao jogo uma cara de decisão eletrizante. O CROL chegou ao empate aos 5 minutos, quando TV surpreendeu a todos indo ao ataque e recebendo de Iverson dentro da área. Surpreendendo novamente, o camisa 13 tentou o drible, ao invés do chute, e foi derrubado por Navarro. Pênalti, que Iverson cobrou no canto esquerdo, com Navarro indo para o lado oposto: CROL 3x3.

O gol devolvia ao CROL o título, o que fez com que o Independiente se lançasse ao ataque e se expusesse aos contra ataques do time brasileiro. E isso foi fatal aos 7 minutos, quando Marquinhos recuperou um passe que iria para Parra e lançou Mosquito na esquerda. O camisa 15 tabelou com Iverson, recebeu de volta na esquerda, driblou Mattheu e chutou na saída de Navarro para fazer CROL 4x3.

No desespero, o Independiente procurou dois gols que lhe dessem o título, mas só encontrou um nos acréscimos. Montenegro desarmou Iverson e tocou a Fredes. O camisa 8 deu a Parra na ponta, recebeu de volta na entrada da área e chutou com efeito, no ângulo de Hobson: Independiente 4x4.

O destaque do jogo e do campeonato foi Iverson. O camisa 10 voltou a marcar duas vezes, além de dar assistências e ser o maestro novamente, levantando a taça ao final do campeonato.

CROL CAMPEÃO DO TORNEIO DE FIM DE ANO 2015

Jogadores e comissão técnica do CROL posam com a taça no centro do gramado.
Tudo bem que é um torneio amistoso. Não conta como oficial, não dá prêmios, nem entra para as estatísticas. Mas, por ser o primeiro título do CROL na FIFUBO, foi muito comemorado pelos jogadores. O técnico Cinzerado deu o tom desta celebração, exaltando o trabalho árduo de seus jovens jogadores e a entrega, mesmo em partidas que não contam para o ranking da FIFUBO. Parabéns aos jogadores do CROL por essa conquista!

MENSAGEM DE FIM DE ANO

2015 foi um ano muito difícil. Começando com um Bootecon cheio de inovações, o ano da FIFUBO prometia. Além das ligas tradicionais (Apertura e Clausura) e da Copa 3 Corações, a Copa Olé traria pela primeira vez os 4 times brasileiros (Bangu, CROL, Imperatriz e Vasco) para se juntarem aos 8 argentinos (Boca Juniors, Estudiantes, Huracán, Independiente, Racing, River Plate, San Lorenzo e Velez Sarsfield). Além disso, haviam esforços para trazer o Newells Old Boys para a liga, fazendo um campeonato com 9 times, além de trocar os times fechados por argolados. Mas os problemas se acumularam no ano, principalmente pela falta de datas, o que levou ao cancelamento de todos os projetos para o ano. O único campeão foi o Imperatriz, que conquistou a Copa 3 Corações e, por falta de outros rivais, acabou levando a Supercopa FIFUBO.

A FIFUBO pede desculpas a todos os fãs, que leem o blog e acompanham as aventuras de nossas equipes. Não há como prometer que 2016 seja melhor, pois ainda há muitas pontas soltas para se amarrar e tentar fazer a Federação voltar a seus tempos de glória e realização de sonhos.

Desejamos a todos um feliz ano novo e que 2016 seja o ano da virada não só para a FIFUBO, mas a todos vocês!

terça-feira, 19 de maio de 2015

Comunicado FIFUBO

O tempo anda escasso e os finais de semana praticamente não existem. O Torneio Apertura foi paralisado no início de março e, desde então, não consegui datas para continuá-lo, de maneira que o mesmo teve que ser cancelado. Não há previsão, também, de disputa do Torneio Clausura, visto que os finais de  semana também estão meio que rifados.

A FIFUBO está tentando salvar datas para fazer, ao menos, a Copa Olé e poder garantir a Supercopa FIFUBO ao final do ano. Mas nem isso podemos garantir. Vamos aguardar novos desdobramentos.

Em tempo, não só de futebol vive a FIFUBO, mas também de outros esportes, de maneira que a Real Liga de Handebol deve ter suas versões voltando em breve. O mundial de handebol, disputado em Moscou (Rússia), acabou neste mês de maio,  com o inédito título de Cuba, derrotando a Dinamarca na final, pelo placar de 11x9. A medalha de bronze ficou com o Qatar, que derrotou a Suécia nos pênaltis (2x1) após empate de 6x6.

sábado, 7 de março de 2015

Torneio Apertura 2015 - Terceira Rodada - 07/03/2015

Mais um mutirão foi feito para recolocar a tabela do Apertura dentro das datas previstas. A terceira rodada do Apertura foi toda realizada neste sábado. O público compareceu em bom número ao Itaquá Dome e foi brindado com a rodada das goleadas dos visitantes. Ainda teve o Superclássico para abrir os trabalhos! O tempo estava fechado, uma ameaça constante de chuva, que só foi cair nos dois jogos finais. Vamos conferir mais esse mutirão!

BOCA JUNIORS 1x4 RIVER PLATE

Nada melhor que abrir uma rodada do que um Superclássico, o primeiro de 2015! O Boca, vindo de empate com o Racing (2x2) tinha como missão apertar a marcação para evitar o toque de bola do rival, forçando-lhes a primeira derrota no ano e terminando um jejum incômodo: desde 27/07/2013, o Boca não derrota o maior rival. Já o River queria a terceira vitória em três jogos para se isolar de vez na liderança. Vindos de vitória sobre o San Lorenzo (6x2), os jogadores estavam empolgados e a torcida os empurraria para a frente de vez.

O início do jogo deu a impressão que a streak cairia. O Boca marcava em cima e roubava a bola, saindo rápido em contra ataques. Mas as conclusões, a maioria de Riquelme, paravam em defesas de Carrizzo. Aos 3 minutos, não teve jeito. Após Riquelme chutar e Carrizzo espalmar maravilhosamente a córner, Palacio cobrou no segundo pau. Desta vez, Riquelme cabeceou cruzado, sem chances para Carrizzo e fez Boca 1x0.

Esperava-se que o Boca partiria para cima para acabar com o jejum de 7 jogos sem vencer um Superclássico. Mas a equipe recuou e se limitou a marcar em seu campo. O River não fazia boa partida e errava tudo o que tentava. O toque de bola não funcionava e, por isso, o ataque não recebia em condições. Então a solução teria que vir da defesa. Após Buonanotte ir ao fundo e cruzar, a zaga afastou. Ferrari pegou o rebote e chutou com força. A bola ganhou altura e morreu no fundo das redes de Abbondanzieri aos 7 minutos: River 1x1.

A improvável virada do River veio aos 9 minutos, na única vez que a equipe conseguiu impor seu ritmo. Após Almeyda interceptar passe que ia para Palermo, o toque acabou encontrando Barrado. O camisa 19 tocou a Berizzo, que tocou no meio para Gallardo. O camisa 11 abriu na ponta para Ortega, que avançou pela direita e chutou cruzado, vencendo Abbondanzieri e fazendo River 2x1.

No intervalo, Madeirite tirou Cagna e Palacio para colocar Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. Também ficou um bom tempo conversando com seus 5 homens de frente. Já Francescoli tirou Gallardo e Trezeguet, disparados os piores em campo, para colocar Coudet e Funes Mori. Com 3 volantes em campo, a intenção era reforçar a marcação. Coudet jogaria um pouco mais adiantado, para tentar armar o jogo, mas não tanto quanto Gallardo jogava.

O River voltou um pouco melhor, mas ainda muito aquém de seu potencial. A sorte deles é que o Boca não jogava nada desde que marcou seu gol. Dando espaços, a equipe xeneize viu o River ganhar terreno e chegar ao terceiro gol aos 5 minutos. Coudet abriu na ponta para Berizzo, que tabelou com Buonanotte. O camisa 30 recebeu a última bola já invadindo a área e chutando cruzado. Abbondanzieri se esticou, mas não alcançou: River 3x1.

O time de Nuñez passou a tocar a bola e esperar o fim do jogo. E foi tocando que chegou ao quarto gol, aos 9 minutos. Almeyda, Barrado, Coudet, Berizzo, Buonanotte, Ortega. Todos eles trocaram passes, até que o camisa 10 tocou na direita para Funes Mori. O camisa 9 invadiu a área e chutou rasteiro, sem chances para Abbondanzieri: River 4x1.

Destaque do jogo: Juan Pablo Carrizzo. O time marcou 4 gols, mas não jogou para isso. A vitória nesse Superclássico só foi possível graças às defesas milagrosas de seu camisa 1, muitas delas no primeiro tempo, quando o Boca ameaçou e poderia ter goleado.

VELEZ SARSFIELD 1x4 RACING

Vindo de uma impressionante vitória sobre o Independiente (3x0), o time do Velez vinha empolgado para encerrar seu tour por Avellaneda mais próximo da liderança. Turco Assad voltava ao time. Também empolgado pelas boas atuações, mas vindo de empate com o Boca (2x2), seu único ponto no campeonato até aqui, o Racing precisava começar a vencer para se firmar no grupo de cima.

Desde o início, o Racing se impôs. Marcando forte e tocando com maestria, o time de Avellaneda saía organizado e atacava com firmeza. O primeiro gol veio aos 2 minutos, após Ruben Capria receber de Martin Simeone, tirar dois marcadores e passar no meio da zaga para Acosta. O camisa 9 invadiu a área e deslocou Sosa para fazer Racing 1x0.

O gol empolgou a equipe de Avellaneda, que tomou conta do jogo de vez. Aos 5 minutos, Acosta recuperou bola perdida e viu Ruben Capria se movendo no meio da zaga. Retribuindo o belo passe 3 minutos antes, o camisa 9 tocou para o 10, que trouxe para o pé esquerdo e chutou em curva, fazendo Racing 2x0.

Ainda dava tempo para mais um e ele veio nos acréscimos, em boa jogada de contra ataque. Após Pocchetino desarmar Dario Hussain e tocar para Enrique, o camisa 3 avançou em velocidade, fez o um-dois com Martin Simeone, recebeu na frente e chutou da entrada da área para fazer Racing 3x0.

No intervalo, Tripa Seca tirou Romero e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto. Já Paralelo tirou Pelletieri e Latorre para colocar Fariña e Hauche.

O panorama não mudou. O Velez errava e irritava a torcida; o Racing dominava e encantava o público presente ao Itaquá Dome. O quarto gol veio aos 3 minutos, em cobrança de córner de Acosta para Hauche. O camisa 13 percebeu Ruben Capria entrando na área e deu um leve toque para seu camisa 10, que chutou de primeira e venceu Sosa, fazendo Racing 4x0.

O Velez descontou nos acréscimos. Insua lançou Peruzzi na direita e o camisa 2 cruzou na medida para Lucas Pratto cabecear sem chances para Saja, fazendo Velez 1x4, mas era tarde.

Destaque do jogo: Ruben Capria. Com dois gols e passe para outro, o camisa 10 foi o grande nome do jogo, além de ditar o ritmo da partida comandando as ações do meio de campo para a frente.

ESTUDIANTES 1x5 INDEPENDIENTE

Empolgados pela goleada sobre o Huracán (7x3), os jogadores do Estudiantes queriam mais, mirando o andar de cima da competição. Do lado do Independiente, o último lugar, com duas derrotas em dois jogos, era motivo de preocupação. Se esperava uma campanha parecida com a do Clausura após o início ruim, principalmente após a derrota para o Velez (0x3).

O jogo foi o pior da rodada, com muitos erros de passe, muito por conta da chuva que começou a cair no Itaquá Dome com mais intensidade. O chamado "passe para a zona morta" (quando se passa atrás do jogador ou para cima do adversário) era constantemente visto e as torcidas se impacientaram. Mesmo assim, o Independiente chegou quando quis mostrar um pingo de organização, principalmente com Busse. Aos 4 minutos, o camisa 7 passou para Gracián, que se atrapalhou. Busse correu e recuperou a bola, dando um passe em profundidade para Facundo Parra, que invadiu a área pela direita e encobriu Andujar quando este saiu: Independiente 1x0.

O jogo continuou ruim, com erros de ambos os lados, mas com o Estudiantes se lançando ao ataque para buscar o empate. Mesmo assim, os erros de passe da equipe de La Plata tornava suas tentativas inócuas, apenas servindo para abrir o campo de defesa para os contra ataques do Independiente. Foi assim que, aos 7 minutos, Tuzzio aliviou bola para esquerda e encontrou Mareque e Busse, que foram tabelando até a área do Estudiantes. Coube a Busse receber em condições e chutar cruzado para vencer Andujar e fazer Independiente 2x0.

O jogo ruim de ambos os lados contrastava com o 2x0 no placar, mas ainda tinha mais. Nos acréscimos, Facundo Parra recebeu de Vella e fez linda jogada individual, driblando vários marcadores até ser derrubado pelo goleiro. Pênalti, que Silvera cobrou no canto esquerdo, com Andujar indo para o direito. A bola ainda tocou na trave antes de entrar: Independiente 3x0.

No intervalo, Cristaldo tirou Angeleri e Hernan Rodrigo Lopez para colocar Mathias Sanchez e Boselli. Já Bayer não estava feliz, mesmo com o 3x0. Ele tirou Fredes (em má forma física) e Gracián (o pior da equipe) para colocar Acevedo e Gandin. Enquanto colocava um atacante para jogar na armação, mais adiantado, colocava um volante mais marcador, para segurar o adversário.

As mudanças surtiram efeito e o Independiente voltou melhor, dominando o jogo. Tudo bem que marcar um gol aos 27 segundos ajuda muito. Gandin fez o "toca y me voy" com Busse, recebeu mais à frente, na lateral da área e chutou cruzado, com curva, fazendo o gol mais bonito do jogo: Independiente 4x0.

As coisas estavam ótimas para o Independiente, que tocou a bola bem e desperdiçou chances. Mas, aos 5 minutos, não havia como perder. Em linda jogada coletiva, Gandin tocou a Busse, que tirou o goleiro e tocou a Parra. Com o gol aberto, o camisa 17 só teve que empurrar e sair para comemorar: Independiente 5x0.

Totalmente entregue, o Estudiantes fez seu gol de honra aos 8 minutos. Leandro Benítez fez boa jogada e foi derrubado por Tuzzio. Pênalti que Verón cobrou no canto direito, com Navarro indo para o lado esquerdo: Estudiantes 1x5.

Destaque do jogo: Walter Busse. Tudo bem que Parra fez dois gols, mas o Independiente jamais teria vencido sem a organização de seu camisa 7, que colocou a bola no chão e acalmou seus jogadores, organizando o time. Deu assistências e ainda fez o seu em linda tabela com Mareque.

HURACÁN 1x4 SAN LORENZO

Os dois times que fechavam a rodada eram aqueles que haviam sido goleados na rodada anterior. O Huracán, vindo de uma derrota para o Estudiantes (3x7), queria voltar aos trilhos da vitória. Já o San Lorenzo, vindo de derrota para o River (2x6), queria mostrar que perder pro River é normal, mas que sua equipe está pronta para alçar voos mais altos no campeonato.

A chuva que caía com força no jogo anterior virou temporal aqui e o público, que já estava escasso, deixou de vez o Itaquá Dome. Quem começou melhor foi o San Lorenzo. Com uma marcação impecável, a equipe não deu espaços para o Huracán e ainda saía organizado para o ataque, com toques curtos. O Huracán insistia em lançamentos e correria, que não dava certo no campo encharcado.

Não foi surpresa que o San Lorenzo abriu o marcador logo aos 2 minutos. Após falta na direita, Raul 'Pipa' Estevez inverteu o jogo e encontrou Luciatti. Chamando a marcação, o camisa 6 deu um pequeno toque para o meio, por onde Romagnoli entrou. Ele trouxe para o pé esquerdo e chutou em curva, vencendo Islas para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x0.

A equipe de Almagro continuou em cima e o segundo gol não tardou a chegar. Aos 5 minutos, Piatti tabelou com Romagnoli e deu um passe no meio da zaga para Raul 'Pipa' Estevez. O camisa 7 invadiu a área e chutou cruzado para vencer Islas e fazer San Lorenzo 2x0.

Se o resultado já era dos sonhos, um terceiro gol seria a glória. E ele veio aos 8 minutos, após uma linda jogada tática do San Lorenzo. Percebendo Cigogna isolado no ataque, Romagnoli voltou para formar uma linha com Buffarini e Piatti no meio, atraindo a atenção da marcação. Migliore percebeu a genialidade do camisa 10 e lançou rápido para o campo de ataque. Stracqualursi recebeu, girou, trouxe para o pé direito e chutou forte, sem chances para Islas: San Lorenzo 3x0.

O Huracán ainda descontou no último lance do primeiro tempo. Milano fez boa jogada, invadiu a área e foi derrubado por Migliore. Cigogna cobrou o penal com força no canto direito, mas Migliore não alcançou: Huracán 1x3.

No intervalo, Sr Rabina tirou Centurión e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Já Nilson resolveu mudar as laterais, tirando Johnathan Ferrari e Luciatti, para colocar Tellechea e Erviti. Só fez a mudança por conta do estado do campo, que poderia provocar lesões.

O San Lorenzo diminuiu um pouco o ritmo, mas continuou dominando por completo o adversário. Fez mais um gol aos 5 minutos, com Reynoso, em linda jogada. O camisa 5 saiu da defesa tabelando primeiro com Romagnoli, depois com Piatti. Ao receber na esquerda, Reynoso trouxe para o pé direito e chutou cruzado, acertando o ângulo oposto de Islas e fazendo San Lorenzo 4x1.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. Além de abrir o marcador e participar de todas as jogadas de ataque de sua equipe, mostrou todo o seu senso tático ao voltar para marcar e formar uma linha com Buffarini e Piatti, que impedia os toques para Cigogna.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 9 pontos
2° San Lorenzo - 6 pontos
3° Racing - 4 pontos, 10 gols pró
4° Boca Juniors - 4 pontos, 8 gols pró
5° Estudiantes - 3 pontos, 9 gols pró
6° Independiente - 3 pontos, 8 gols pró
7° Huracán - 3 pontos, 7 gols pró
8° Velez Sarsfield - 3 pontos, 5 gols pró

ARTILHARIA

1° Juan Sebastian Verón (Estudiantes) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 5 gols
2° Ruben Capria (Racing) - 4 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O mutirão se encerra nessa semana. No domingo, dois jogos começam a quarta rodada e, na terça, mais dois jogos para encerrar. No próximo final de semana, o campeonato volta ao ritmo normal.
  • Dois jogadores atingiram milestones. A derrota num Superclássico é dolorosa, mas o gol marcado por Riquelme foi o de número 50 dele com a camisa 10 do Boca. Já Verón também não teve motivos para comemorar com a derrota de seu time. Mas a cobrança perfeita de pênalti lhe rendeu o gol de número 30 com a camisa do Estudiantes.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Torneio Apertura 2015 - Segunda Rodada - 03/04/2015

O campeonato está atrasadíssimo, são 3 rodadas de defasagem. Passou-se quase um mês entre a primeira rodada e o restante do certame. Então, um mutirão foi feito e a segunda rodada inteira foi disputada nesta quarta-feira, para tentar diminuir o atraso. Vamos aos 4 jogos!

HURACÁN 3x7 ESTUDIANTES

Vindos de vitória (3x1 no Velez), os jogadores do Huracán tinham a empolgação para seguir adiante no campeonato. A ordem é mandar a bola para Cigogna, enquanto o time se segura na marcação. Do outro lado, a crise continua. A derrota para o San Lorenzo (1x3) expôs o que o time tem de pior, que nada mudou. Boselli era barrado. Em seu lugar, Hernan Rodrigo Lopez ia a campo.

A chuva de gols começou com apenas 17 segundos. O Huracán errou a saída de bola e o Estudiantes puxou contra ataque. Verón desarmou Villarruel e tocou rápido a Leandro Benítez, que invadiu pela esquerda e chutou na saída de Islas, fazendo Estudiantes 1x0.

O Huracán não se acanhou e empatou na saída de bola. Dessa vez, Villarruel não foi desarmado ao receber a bola de Masantonio, devolvendo ao camisa 10 na esquerda. Masantonio avançou e deu um lindo toque no ângulo de Andujar, para fazer Huracán 1x1 a um minuto.

O jogo melhorou e as equipes começaram a desperdiçar oportunidades, abrindo mais espaços no campo. Aos 3 minutos, o Estudiantes voltou a ficar na frente após lançamento de Marco Rojo para Leandro Benítez na entrada da área. Islas saiu para bloquear o camisa 8, mas Benítez foi mais esperto, percebendo a aproximação do guarda metas e tocando na direita para Federico Fernandez. O camisa 4 recebeu e tocou para o gol vazio, fazendo Estudiantes 2x1.

O único problema no time de La Plata era Angeleri, que jogava muito mal. O camisa 2 errou uma saída de bola e fez falta em Minici. O camisa 6 tocou a Centurión, que tocou para Cigogna no meio da zaga. Marcado por 5, o mito conseguiu arrancar, deixá-los para trás e soltar o scopetazzo e fazer Huracán 2x2 aos 5 minutos.

O Estudiantes voltou a ficar na frente na saída de bola. Verón fez o toca y me voy com Leandro Benítez, recebeu na frente, driblou Islas e tocou para o gol vazio, fazendo Estudiantes 3x2 aos 6 minutos.

Apesar das tentativas dos jogadores do Estudiantes de fazê-lo se sentir melhor, lhe passando a bola, Angeleri continuava muito mal e errava tudo. Aos 9 minutos, após receber de Andujar na direita, errou o passe para Enzo Perez e viu Cigogna tocar para Centurión na direita. O camisa 8 invadiu a área pela ponta e chutou cruzado. Andujar deu rebote para o meio da área e Ruben Masantonio empurrou para o gol vazio: Huracán 3x3.

Sorte de Angeleri que o Estudiantes estava iluminado. Na saída de bola, Verón tocou a Leandro Benítez, que driblou dois marcadores e chutou de longe, acertando o ângulo e fazendo Estudiantes 4x3, aos 10 minutos.

No intervalo, Sr Rabina tirou Minici e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Já Cristaldo sacou Angeleri e pôs Mathias Sanchez.

O Estudiantes voltou para o jogo, o Huracán não. Na saída de bola, Verón fez o toca y me voy novamente com Leandro Benítez, recebendo na frente e girando magistralmente em cima de Islas. Enquanto o goleiro caía sentado no chão, Verón empurrava para o gol vazio e fazia Estudiantes 5x3 aos 18 segundos.

A equipe de La Plata melhorou consideravelmente com a vantagem de dois gols e dominou as ações. Marcando em cima e saindo em bons contra ataques, o Estudiantes não era sombra da equipe em crise que perdeu pro San Lorenzo. O sexto gol veio aos 5 minutos, quando Gastón Fernandez fez linda jogada pela direita e foi derrubado por Erramuspe. Verón cobrou a falta com perfeição, por cima da barreira e comemorou seu hat trick: Estudiantes 6x3.

Depois deste gol, a equipe de La Plata passou a tocar a bola, vendo que o adversário estava batido. Mesmo assim, nos acréscimos, ainda encontrou o último gol. Após roubar e tocar a bola na zaga, Federico Fernandez deu um lançamento para a frente e encontrou Leandro Benítez livre. O camisa 8 foi até o bico da área e chutou na saída de Islas, também marcando seu hat trick: Estudiantes 7x3.

Destaque do jogo: Leandro Benítez. Verón também fez um hat trick, mas o camisa 8 foi magistral, participando de 6 dos 7 gols e fazendo o futebol de seu capitão aparecer.

INDEPENDIENTE 0x3 VELEZ SARSFIELD

Vindo de derrota para o Boca (3x5), o Independiente tinha motivos para não estar empolgado com a partida. Mas a forma como perdeu, jogando para cima e se igualando ao adversário, mostrava que o time de Avellaneda tinha motivos para sonhar com voos altos neste torneio. Do outro lado, a empolgação não era a mesma. Além da derrota na primeira rodada (1x3 Huracán), o Velez também não tinha Turco Assad, expulso contra o Huracán e cumprindo suspensão. Em seu lugar, jogaria Lucas Pratto.

O placar não faz jus ao jogo. O Independiente mostrou desde o início a sua superioridade e o Velez jogava por uma bola. A equipe de Avellaneda acertou nada mais, nada menos, que oito bolas na trave do Velez o jogo inteiro. A equipe de Buenos Aires foi à frente 3 vezes e marcou nas três.

O primeiro gol surgiu aos 4 minutos, em boa jogada de contra ataque. Papa ganhou de Mattheu no pé de ferro e tocou para Romero, que mandou dentro da área para Insua. O camisa 11 recebeu, trouxe para o pé esquerdo e chutou cruzado para vencer Navarro e fazer Velez 1x0.

O segundo gol veio ainda no primeiro tempo, aos 10 minutos. Dario Hussain recebeu de seu irmão Claudio dentro da área, tentou driblar Navarro e foi derrubado pelo goleiro. Pênalti que Gago cobrou no canto esquerdo de Navarro, que foi para o direito: Velez 2x0.

No intervalo, um desesperado Bayer tentava pôr ordem na casa. Tirou Fredes e Parra para colocar Acevedo e Gandin. Com apenas um reserva, Tripa Seca tirou Peruzzi e colocou Cubero.

O Independiente continuou sua rotina de mandar bolas na trave e o Velez, feliz com o resultado, se trancou atrás à espera do apito final. Com o Independiente batido, nos acréscimos, Sebá Dominguez isolou uma bola e Insua recebeu, fazendo boa jogada pela esquerda até Montenegro mandar para lateral. Insua cobrou para Lucas Pratto já dentro da área e o camisa 12 só teve o trabalho de tirar de Navarro e dar números finais ao confronto: Velez 3x0.

Destaque do jogo: Federico Insua. Em jogo onde sua equipe atuava retrancada, em busca de contra ataques, a cadência de seu jogo era o que eles precisavam para pôr o plano em prática. Ainda fez um gol e deu o passe para o último, de Lucas Pratto.

RACING 2x2 BOCA JUNIORS

O Racing tinha o mesmo sentimento do Independiente. Vindo de derrota na estreia (4x5 pro River), a equipe comemorava o futebol de igual para igual com seu rival e tinha boas esperanças no campeonato. A ordem no jogo era esperar o Boca e sair em contra ataques velozes e fatais. Já o Boca é pura alegria. Vindo de vitória sobre o Independiente (5x3), o time de La Boca tem a empolgação necessária para lutar pelo bicampeonato.

A estratégia do Racing ficou latente desde o início. Marcando em cima para roubar a bola, toques curtos e rápidos e chutes de qualquer lugar. Foi assim que eles pressionaram o oponente e desperdiçaram algumas chances no início, até os 3 minutos, quando Palacio e Riquelme se atrapalharam e Enrique lhes roubou a bola, tocando rápido a Martin Simeone. O camisa 8 deu lindo passe em profundidade para Latorre, que invadiu a área e deu um leve toque na saída de Abbondanzieri, fazendo Racing 1x0.

O gol mostrou que o dia não era do Boca. A equipe errava tudo e irritava seus torcedores. Se esperava uma goleada do Racing, tamanha a organização do time de Avellaneda. Mas a finalização era seu pecado. O ditado de "quem não faz, leva" se fez presente e a injustiça se instalou aos 7 minutos. Na única jogada que acertou no primeiro tempo, Cagna roubou a bola de Acosta e tocou a Riquelme, que abriu a Arruabarrena na esquerda. Com um passe no corredor, o camisa 3 encontrou Palermo, que trouxe a bola para o meio e soltou a bomba da entrada da área, vencendo Saja e fazendo Boca 1x1.

A injustiça não estaria completa se o Racing não errasse a saída de bola e uma sucessão de erros virasse acerto nos pés de dois craques. Aos 8 minutos, Basualdo recuperou a bola e tentou tocar a Riquelme, mas tocou errado e a bola sobrou para Cagna, que tentou tocar de novo a Basualdo e errou, acertando para Palermo. Com a categoria que Deus lhe presenteou, o camisa 9 colocou a bola no chão, tabelou com Riquelme, recebeu na frente e acertou lindo chute, vencendo Saja e fazendo Boca 2x1.

No intervalo, Paralelo tentava juntar os cacos e reempolgar a equipe. Tirou Quiroz e Acosta e colocou Fariña e Hauche, mandando o time para a frente. Já Madeirite não estava feliz com o que via, apesar da vitória parcial. Tirou Palacio e Basualdo e colocou Guillermo Barros Schelloto e Battaglia.

O jogo melhorou até os 5 minutos, depois caiu o nível. Menos mal para o Racing que o empate veio aos 3, quando Hauche errou e perdeu uma bola para Battaglia, mas Pelletieri recuperou e tocou na ponta para Diego Capria. O camisa 2 avançou e chutou por cobertura, vencendo Abbondanzieri e fazendo Racing 2x2.

A emoção voltou no último minuto, quando Latorre fez linda jogada, invadiu a área e foi derrubado por Abbondanzieri. Ruben Capria cobrou no canto esquerdo, mas Abbondanzieri voou e fez a defesa, garantindo o empate e saindo nos braços da torcida.

Destaque do jogo: Martin Palermo. Abbondanzieri merece uma menção honrosa pelo pênalti defendido no último lance do jogo. Mas Palermo foi o único que botou a bola no chão e acalmou sua equipe, marcando os dois gols do time e garantindo mesmo o empate.

SAN LORENZO 2x6 RIVER PLATE

Empolgados pela vitória sobre o Estudiantes (3x1), os jogadores do San Lorenzo querem mostrar que seu bom futebol finalmente desabrochou. O problema é que, do outro lado, está o campeão do Torneio Início, que também vem de vitória (5x4 no Racing) e também quer vencer para se isolar na liderança.

A diferença técnica entre as duas equipes ficou latente desde o início. O River dominou as ações, com seu toque de bola que lhe rendeu a alcunha de "Barcelona do Futibou de Butaum" e chegou à vitória com extrema tranquilidade, sem jamais ser importunado. O primeiro gol surgiu logo a um minuto, quando Gallardo tentou tocar a Ortega na direita e a zaga afastou. Almeyda pegou o rebote e tocou na esquerda para Buonanotte, que girou com extrema categoria e inverteu o jogo em lindo lançamento para Ortega, que recebeu livre e chutou de cobertura, fazendo River 1x0.

O River queria mais e logo roubou a bola, rearrumando-se e partindo para o ataque. Aos 3 minutos, Barrado tocou na esquerda para Buonanotte, que driblou dois marcadores antes de passar no meio da zaga para Trezeguet. Em seu terreno, acossado por zagueiros, o camisa 7 dominou e tocou por cima, vencendo Migliore e fazendo River 2x0.

O terceiro não demoraria a vir e acabou acontecendo aos 6 minutos. Em jogada de contra ataque, Gallardo tocou a Buonanotte, que tocou a Trezeguet. Marcado, o camisa 7 devolveu a Buonanotte, que viu Migliore adiantado e deu um toque de extrema categoria, encobrindo o goleiro e fazendo River 3x0.

O San Lorenzo descontou no final do primeiro tempo, aos 9 minutos. Romagnoli tocou a Piatti na frente e o camisa 12, de costas para o gol, devolveu ao camisa 10. Romagnoli ajeitou, calculou a distância e chutou com categoria, acertando o ângulo de Carrizzo, batendo no peito, apontando ao chão e fazendo a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x3.

No intervalo, Nilson tirou Buffarini e Raul 'Pipa' Estevez, para colocar Erviti e Bordagaray. Com isso, Piatti passaria a jogar na direita e Erviti entraria na esquerda. Já Francescoli resolveu dar ritmo aos reservas, pois terá o Superclássico na próxima rodada. Tirou Ferrari e Trezeguet, colocando Coudet e Funes Mori.

Se o primeiro tempo teve 3x1 no placar, o segundo também. Logo na saída de bola, uma linda jogada ensaiada terminou em gol. Gallardo tocou a Barrado, que devolveu a Berizzo, que procurou Buonanotte na esquerda. O camisa 30, inspiradíssimo, viu Gallardo livre na direita e fez um lançamento com precisão cirúrgica. Migliore estava fora do gol e, quando viu Gallardo receber uma bola perfeita, tentou voltar, mas o camisa 11 já tinha tocado para o gol vazio e fazia River 4x1  logo a um minuto.

O River continuou tocando bem a bola e fazendo lindas jogadas. Em uma delas, aos 4 minutos, o gol surgiu novamente. Ortega tocou a Coudet, que deu mais atrás a Placente, que tocou a Almeyda, que tocou a Barrado, que procurou Berizzo na esquerda, que tocou a Buonanotte. Aqui, a jogada parou e virou mais um lançamento preciso. Buonanotte encontrou Gallardo entrando livre pelo meio. O camisa 11 recebeu, driblou Migliore e empurrou para o gol vazio, fazendo River 5x1.

O San Lorenzo descontou aos 7 minutos, quando Reynoso saiu driblando pelo meio e deu um passe na esquerda para Romagnoli. O camisa 10 recebeu, trouxe para o pé direito e chutou com categoria, batendo no peito, apontando ao chão e fazendo a taunt da Paloma novamente: San Lorenzo 2x5.

Mas o dia era do River. Após Buonanotte fazer linda jogada e a zaga afastar para lateral, aos 9 minutos, Coudet cobrou para Ortega, que cruzou na área. Gallardo apareceu e cabeceou sem chances para Migliore, fazendo seu hat trick: River 6x2.

Destaque do jogo: Marcelo Gallardo. Buonanotte foi o dono do jogo. Fez 1 gol e deu passe para outros 4, além de iniciar a jogada do último. Seus lançamentos nos fizeram pensar que era uma mistura de Beckham com Juninho Pernambucano e Gerson em campo. Mas o hat trick de Gallardo não pode passar em branco. Dono do segundo tempo, o camisa 11 marcou 3 vezes, além de ser presença constante nas jogadas de ataque de seu time.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 6 pontos
2° Boca Juniors - 4 pontos
3° Estudiantes - 3 pontos, 8 gols pró
4° Huracán - 3 pontos, 6 gols pró
5° San Lorenzo - 3 pontos, 5 gols pró
6° Velez Sarsfield - 3 pontos, 4 gols pró
7° Racing - 1 ponto
8° Independiente - 0 ponto

ARTILHARIA

1° Juan Sebastian Verón (Estudiantes) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 4 gols
2° Martin Palermo (Boca Juniors), Leandro Benítez (Estudiantes), Ruben Masantonio (Huracán), David Trezeguet (River Plate) e Marcelo Gallardo (River Plate) - 3 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O mutirão seguirá na próxima semana, pois parece que o final de semana ficará complicado para jogos. Assim sendo, ao invés de dois jogos por dia, serão três até o final de semana da semana que vem, para tentar equalizar tudo.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Torneio Apertura 2015 - Primeira Rodada - 15/02/2015

A pipa do vovô não sobe mais? A pipa do vovô não sobe mais! Apesar de não poder mais brincar, ele vem ao Itaquá Dome e assiste ao encerramento da primeira rodada do Apertura neste domingo de muito, mas muito calor!

VELEZ SARSFIELD 1x3 HURACÁN

O grande vencedor em 2014 foi o Velez. Após um péssimo Apertura, onde ficou em último, o time arrancou para vencer a Copa Olé e a Supercopa FIFUBO, além de perder a vaga nas semifinais do Clausura no último lance da primeira fase. Isso lhes cadastra como favoritos ao título do Apertura desse ano. O Huracán, por outro lado, quer deixar essa sina de time pequeno. A ordem é parar de se apequenar, mas sem deixar de se ater ao seu estilo de jogo.

O Velez mostrou as dificuldades de início de temporada, ao contrário do Huracán, que dominou a partida desde o início. Com forte marcação e bons passes, a equipe não deixava o Velez jogar. Não foi surpresa quando, aos 2 minutos, inaugurou o marcador. Ruben Masantonio recuperou bola no meio e tocou a Centurión na direita. O camisa 8 inverteu para a esquerda procurando Cigogna. O mito deixou a bola passar por entre suas pernas e atrapalhou a zaga. Minici recebeu livre e chutou de primeira, cruzado, para vencer Sosa e fazer Huracán 1x0.

O gol não melhorou a situação do Velez, que continuava dominado pelo time rival. Aos 9 minutos, Centurión roubou bola de Turco Assad e avançou pela direita, tabelando com Ruben Masantonio. O camisa 10, então, passou na esquerda para Cigogna, que girou em cima da zaga e chutou da entrada da área para fazer Huracán 2x0. A situação do Velez piorou nos acréscimos, quando Turco Assad foi expulso por falta tripla.

No intervalo, Tripa Seca sacou Romero e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto. A entrada do camisa 12 mostrava que iriam jogar com somente um homem na frente, centralizado. Já Sr Rabina sacou Danelón e Milano para colocar Erramuspe e Barrales

O Huracán voltou pior para o segundo tempo, fruto do cansaço. Mas nem isso animou o Velez, que continuava aceitando passivamente a derrota. Mesmo assim, o Velez ainda encontrou as redes após crescer um pouco e mandar uma bola na trave. Aos 7 minutos, após boa jogada de Insua pela esquerda, Emiliano Papa chutou e Islas espalmou. A bola sobrou nos pés de Lucas Pratto, que empurrou para o gol vazio e fez Velez 1x2.

O gol foi um mero gol de honra, pois o Velez não conseguiu reagir. E ainda viu o Huracán fechar o placar aos 10 minutos, quando Villarruel roubou passe que ia para Pratto e tocou na direita para Erramuspe. O camisa 12 tocou a Centurión, que deu a Barrales, que passou a Ruben Masantonio, em linda jogada conhecida como Figura Oito. O camisa 10 ainda driblou Sebá Dominguez antes de chutar sem chances para Sosa: Huracán 3x1.

Destaque do jogo: Centurión. Tudo bem que Cigogna fez um gol e ainda deu um corta luz em outro. Mas o camisa 8 participou ativamente dos 3 gols e ainda fez outras boas jogadas, saindo de campo como o melhor entre os que atuaram.

ESTUDIANTES 1x3 SAN LORENZO

O jogo das, em tese, duas piores equipes da Liga. Ainda tinha um aditivo, pois as duas equipes brigam para ver quem será a primeira contemplada com a troca para botões argolados. Do lado do Estudiantes, o clima de paz que foi selado nas férias voltou a ruir após a derrota para o River no Torneio Início (0x3). Alguns jogadores jogam sem seriedade, dando passes para trás e atrasando jogadas. Do outro lado, a expectativa é com a transição para os botões argolados, mas a ordem é esquecer isso dentro de campo. O San Lorenzo tem por meta fazer o máximo de pontos possíveis com a atual formação.

O Estudiantes até tentou correr no início do jogo, mas sem um mínimo de organização. Com seus zagueiros indo à frente para tentar armar (pois os armadores não funcionavam), a equipe se abria atrás para os contra ataques e foi assim que o San Lorenzo encontrou o gol. Aos 4 minutos, Romagnoli roubou bola de Marco Rojo e avançou pela direita, sendo derrubado por Rodrigo Braña. O próprio camisa 10 cobrou a falta, no lado onde o goleiro estava. Andujar só percebeu quando a bola já estava no fundo das redes e Romagnoli batia no peito, apontava ao chão e fazia a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x0.

O jogo continuou ruim, com as duas equipes errando muito. Mas a nova formação tática do San Lorenzo funcionou. Aos 9 minutos, Andujar cobrou tiro de meta e, como os volantes do San Lorenzo atuam mais avançados, ficou fácil para Piatti roubar a bola e entregar a Romagnoli. O camisa 10 dominou, levantou a cabeça e viu Stracqualursi se desmarcando. O passe foi preciso e, de dentro da área, o camisa 9 chutou de primeira e fez San Lorenzo 2x0.

No intervalo, Cristaldo tirou Braña e Boselli para colocar Mathias Sanchez e Hernán Rodrigo Lopez. Já Nilson tirou Johnathan Ferrari e Raul 'Pipa' Estevez para colocar Tellechea e Bordagaray.

Se o primeiro tempo foi ruim, o segundo foi pior ainda. Os times erravam tanto que, na metade do segundo tempo, o público começou a abandonar o Itaquá Dome. Os que saíram não viram a pixotada de Ameli, que derrubou Gastón Fernandez na entrada da área. Verón cobrou com perfeição e diminuiu aos 8 minutos: Estudiantes 1x2.

Mas, na saída de bola, aos 9, o San Lorenzo voltou a ampliar. Romagnoli fez o "toca y me voy" com Piatti, recebeu na entrada da área e tentou driblar Andujar, sendo empurrado por ele. O próprio camisa 10 cobrou no ângulo esquerdo de Andujar, que foi para o canto direito e, novamente, só viu Romagnoli bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 3x1.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. Além de marcar dois gols e dar o passe para o terceiro, homenagear sua amada e liderar sua equipe à vitória, Romagnoli foi o único motivo para o torcedor do San Lorenzo enfrentar o calor para ir ao Itaquá Dome.

CLASSIFICAÇÃO

1° Boca Juniors - 3 pontos, 5 gols pró, 3 gols contra
2° River Plate - 3 pontos, 5 gols pró, 4 gols contra
3° Huracán e San Lorenzo - 3 pontos, 3 gols pró, 1 gol contra
5° Racing - 0 ponto, 4 gols pró
6° Independiente - 0 ponto, 3 gols pró
7° Estudiantes e Velez Sarsfield - 0 ponto, 1 gol pró

ARTILHARIA

1° Silvera (Independiente), Ruben Capria (Racing), Trezeguet (River Plate) e Romagnoli (San Lorenzo) - 2 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Há boatos de que a segunda rodada ocorrerá ainda durante o carnaval, mas não há nada confirmado.
  • O milestone da rodada vai para Nicolás Minici. O primeiro gol do Huracán foi o 10° dele com a camisa do Globo.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Torneio Apertura 2015 - Primeira Rodada - 14/02/2015

Oh jardineira, por que estás tão triste? Mas o que foi que aconteceu? Já sei, é a ausência de jogos, não é? Não se preocupe, pois neste sábado se iniciou o Torneio Apertura 2015! O calor fortíssimo poderia até prejudicar o andamento do espetáculo, mas os quatro times que colocaram o bloco na rua garantiram a diversão!

RIVER PLATE 5x4 RACING

Embalado pelo ótimo futebol apresentado nas conquistas invictas do Clausura 2014 e do Torneio Início do Apertura 2015, o River vem como o máximo favorito à conquista do Apertura deste ano. Francescoli pôde fazer todas as experiências necessárias para a equipe entrar com tudo já neste primeiro jogo. Do outro lado, os jogadores sabem do poderio do River Plate. A ordem de Paralelo é para os jogadores se concentrarem no seu futebol, sem se preocupar com o outro lado, que já os derrotara no Torneio Início (0x3). O pensamento é mostrar o mesmo futebol do Clausura 2014, quando terminou em segundo lugar e ainda fez Ruben Capria como artilheiro.

Mas bastaram 13 segundos para o River mostrar por que é o favorito ao título. Gallardo saiu a bola para Trezeguet, que driblou Ruben Capria, adiantou e, antes da chegada de Quiroz, chutou por cobertura, vencendo Saja e fazendo River 1x0.

O jogo não foi lá um primor de técnica, uma vez que o início de temporada e o forte calor atrapalharam. Aos poucos, o Racing foi se acertando e conseguiu empatar com um minuto. Latorre cobrou escanteio e Pocchetino subiu para cabecear, encobrindo Carrizzo e fazendo o seu primeiro gol com a camisa do Racing: 1x1.

O jogo ficou bom e as duas equipes tiveram chance. A melhor qualidade do River, entretanto, foi o diferencial. Aos 7 minutos, Pelletieri cobrou córner para Latorre, que tentou driblar Placente e perdeu a bola. O camisa 3 tocou a Almeyda e recebeu de volta, dando passe com precisão cirúrgica, no meio da zaga, para Ortega. O camisa 10 recebeu, invadiu a área e chutou na saída de Saja, fazendo River 2x1.

O Racing ainda encontrou tempo para empatar nos acréscimos, após falta de Gallardo em Pelletieri no meio de campo. O camisa 7 tocou a Ruben Capria nas costas da zaga e o camisa 10 trouxe para o pé esquerdo, antes de chutar em curva, fazendo Racing 2x2.

No intervalo, Francescoli tirou os nulos Gallardo e Buonanotte para colocar Coudet e Funes Mori, passando a jogar com 3 volantes. Já Paralelo trocou os também inúteis Quiroz e Acosta para colocar Fariña e Hauche.

A ideia ao colocar Fariña era marcar Trezeguet, que sobrava em campo. E foi uma medida inútil. Tão logo deu a saída, o Racing perdeu a posse de bola. Almeyda tocou a Coudet, que lançou Trezeguet. Fariña não foi feliz em sua tentativa de desarmá-lo, caiu sentado no gramado e viu o camisa 7 invadir a área, antes de tocar na saída de Saja e fazer River 3x2 aos 36 segundos.

O Racing teve que correr atrás do prejuízo novamente, mas o River já sobrava fisicamente em campo. Aos 4 minutos, Trezeguet recebeu na esquerda, driblou dois e rolou para Coudet, que invadiu a área já batendo, para fazer River 4x2.

Quando se esperava uma reação do Racing, o River já estava bem prostrado em campo, sobrando fisicamente. Os jogadores de Avellaneda cansaram e acusaram o golpe. O River aproveitou para dominar as ações. Aos 6 minutos, em novo erro de ataque do Racing, o River saiu em contra ataque rápido. Almeyda tocou a Ortega na direita, que atraiu a marcação e abriu espaços para Ferrari. O lateral avançou, invadiu a área e chutou cruzado, para fazer River 5x2.

O Racing descontou na saída de bola. Ruben Capria tocou para Martin Simeone, que correu pela esquerda e chutou cruzado, vencendo Carrizzo e fazendo Racing 3x5, aos 7 minutos.

Aos 9, o Racing botou fogo no jogo, quando Diego Capria tocou a Hauche na direita e o camisa 13 encontrou Pelletieri no meio.  Com um bom passe em profundidade, ele encontrou Ruben Capria dentro da área. O camisa 10 recebeu no pé esquerdo e chutou com efeito, vencendo Carrizzo e fazendo Racing 4x5. Mas era tarde demais.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Autor do primeiro gol do campeonato, o camisa 7 fez outro e ainda deu assistências. Participou ativamente das jogadas de ataque e foi a principal peça para dar a vitória ao seu time na estreia.

BOCA JUNIORS 5x3 INDEPENDIENTE

Dois pontos de interrogação entravam em campo. Desde o título do Apertura passado, o Boca não empolga sua torcida, que também não ajuda. O time não joga com a técnica do River, mas na base da raça e, para isso, o apoio da torcida é fundamental. Do lado do Independiente, o vice campeonato do Apertura e da Copa Olé fizeram a equipe desanimar e fazer um Clausura ruim. A ideia aqui é partir para cima desde o início e conquistar pontos desde o início. A boa campanha no Torneio Início (foi vice, novamente) empolga os atletas.

Desde o início, o que se viu foi o Boca empurrando o adversário para dentro de sua área. A torcida fazia sua parte e o gol era questão de tempo. Aos 2 minutos, após Riquelme chutar e Navarro mandar a córner, Riquelme cobrou no segundo pau e Palermo cabeceou sem chances para o goleiro, fazendo Boca 1x0.

O gol inflamou a torcida e o time de Buenos Aires dominou o primeiro tempo inteiro. O Independiente errava muito e dependia de chutes de longe, chegando a acertar o travessão de Abbondanzieri 3 vezes. Após um desses lances, a bola sobrou para o Boca e Mattheu teve que fazer obstrução a Palermo na entrada da área. Basualdo rolou para Arruabarrena, que chutou no ângulo de Navarro, fazendo Boca 2x0, aos 7 minutos.

No intervalo, Madeirite trocou Cagna e Palacio por Battaglia e Viatri. Já Bayer tirou Mattheu e Parra e colocou Acevedo e Gandin.

O Boca ampliou logo na saída de bola. Riquelme e Battaglia tabelaram até a entrada da área, cabendo ao camisa 10 chutar no ângulo de Navarro e fazer Boca 3x0 aos 46 segundos.

Somente quando já perdia de 3, o Independiente resolveu jogar. Aos 3 minutos, Silvera recebeu na intermediária, muito longe da área, mas resolveu arriscar. A bola tocou no travessão de Abbondanzieri e morreu no fundo da rede: Independiente 1x3.

Mas o dia era do Boca e a goleada não tardaria a chegar. Aos 5 minutos, Abbondanzieri cobrou tiro de meta cheio de efeito, enganando a defesa do Independiente. Viatri recebeu sozinho, invadiu a área e chutou alto na saída de Navarro, fazendo Boca 4x1.

Aos 7 minutos, o Independiente descontou novamente, quando Busse recebeu de Silvera e procurou o camisa 11 novamente, pois este estava iluminado. Silvera recebeu, se livrou de Ibarra e, da entrada da área, mandou sem chances para Abbondanzieri, fazendo Independiente 2x4.

O que parecia um gol de honra inflamou a equipe de Avellaneda, que partiu para cima. Aos 9 minutos, Fredes tocou a Gracián nas costas da zaga. Da entrada da área, o camisa 19 chutou alto, sem chances para Abbondanzieri e deu um toque dramático aos jogo: Independiente 3x4.

Mas o Boca era senhor da situação e não se acanhou. Na saída de bola, aos 10, Riquelme tocou a Battaglia, que driblou dois jogadores e chutou no ângulo de Navarro, dando números finais ao confronto: Boca 5x3.

Destaque do jogo: Juan Roman Riquelme. O camisa 10 participou ativamente do jogo, se movimentando na defesa, no meio e no ataque.  Deu assistências e ainda fez um gol.

NOTAS RÁPIDAS

  • 3 jogadores conseguiram milestones na rodada. Ao marcar contra o River, Martin Simeone chegou a 30 gols com a camisa do Racing. O primeiro de Ruben Capria, também contra o River, foi o de número 40 dele com a camisa do Racing. Gracián incendiou o jogo contra o Boca, mas seu gol também foi importante por ser o de número 50 dele com a camisa do Independiente.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Torneio Início do Apertura 2015 - Semifinais e final - 01/02/2015

Fevereiro chega e os jogos finais do Torneio Início do Apertura vieram a galope, trazendo bom público ao Itaquá Dome. Vamos aos jogos!

RIVER PLATE 3x0 RACING

As duas equipes decidiram o último Torneio Início (vencido pelo Racing) e o último Clausura (vencido pelo River), além de apresentarem o melhor futebol no sábado. Do lado do River, a sensação do dever cumprido de chegar às semifinais e poder dar ritmo a todos os jogadores, motivo pelo qual os reservas foram a campo. Curiosamente, os dois melhores jogadores do time contra o Estudiantes (Barrado e Trezeguet) saíram para darem lugar a Coudet e Funes Mori.

Do lado do Racing, o bom futebol empolga. Mas a equipe quer o título do Torneio Início, uma vez que também venceu em 2014. Também usava reservas, com Fariña e Hauche nos lugares de Pelletieri e Latorre.

A bola rolou e logo ficou latente a diferença entre as duas equipes. Ou melhor, entre o River e o resto. Dominando, a equipe de Nuñez não deu espaços ao adversário, marcando forte e saindo em boas jogadas de ataque. Em uma delas, aos 3 minutos, fuzilou o gol de Saja, que defendeu enquanto pôde. Após Buonanotte chutar e o goleiro defender, a bola sobrou para o próprio camisa 30, que pegou o rebote na esquerda e cruzou para trás. Gallardo ajeitou e chutou alto e, dessa vez, Saja não conseguiu a defesa: River 1x0.

O Racing tentou imprimir um ritmo mais forte, mas o River se segurou com maestria. Por ter 2 escanteios contra 1 do rival, o Racing precisava apenas empatar a partida. Mas Francescoli armou um bom ferrolho, com Coudet marcando Ruben Capria em cima, além de sair em contra ataques velozes. Foi assim que, aos 7 minutos, a equipe criou uma boa jogada. Após Almeyda tirar a bola de Acosta, Ferrari recebeu na direita e tocou no meio para Ortega. Com um lindo drible, o camisa 10 tirou Quiroz da jogada, ajeitou o corpo e chutou com categoria, fazendo River 2x0.

O Racing entregou os pontos e ainda viu o rival ampliar. Aos 9, Ferrari desarmou Hauche e tocou a Gallardo no meio. O camisa 11 lançou na direita, onde Ortega recebeu, tocando de primeira para Funes Mori dentro da área. O camisa 9 percebeu Saja saindo e deu um toquinho de cobertura, para fazer River 3x0 e levar seu time à final.

Destaque do jogo: Mathias Almeyda. O camisa 5 foi um gigante na defesa, se multiplicando em campo e impedindo o Racing de chegar ao gol de Carrizzo. Ainda saiu bem para armar o jogo e acabou como o melhor em campo.

INDEPENDIENTE 2x2 HURACÁN

O Independiente tem no Torneio Início a chance de se recuperar dos fracassos de 2014 e quer o título a todo custo. Aproveitando para dar ritmo aos reservas, curiosamente, o time de Avellaneda acabou tirando os dois destaques da vitória sobre o Boca. Saíram Montenegro e Facundo Parra e entraram Acevedo e Gandin. A ideia de Bayer com isso era dar mais ritmo a Silvera, visando recuperá-lo.

O Huracán também quer o título do Torneio Início, para mostrar que pode brigar na parte de cima da tabela. Também aproveitando para colocar os reservas, Sr Rabina sacou Centurión e Milano, colocando Erramuspe e Barrales e mostrando claramente que vai se segurar na defesa e jogar nos contra ataques.

E essa tática ficou visível desde o início da partida. O Huracán marcou em cima do meio de campo e rechaçou todas as tentativas de ataque do Independiente. Quando recuperava a bola, o time tocava para a lateral e saía em velocidade pelas pontas. Foi assim aos 2 minutos, quando Barrientos pegou bola perdida e lançou Minici na esquerda. O camisa 6 avançou e viu Cigogna no meio. O passe foi preciso e o mito girou com maestria, antes de soltar o famoso scopetazzo para fazer Huracán 1x0.

Na saída de bola, aos 3, o Independiente fez boa jogada e conseguiu o empate. Gracián deu a saída e correu. Fredes lhe devolveu na frente e o camisa 19 percebeu Islas mal colocado. Chutou rasteiro e viu o goleiro se arrepender do golpe de vista no momento em que a bola entrava: Independiente 1x1.

O jogo melhorou e as defesas trabalharam bem. Mas, aos 7 minutos, o Huracán conseguiu fazer jogada idêntica à do primeiro gol. Walter Ferrero desarmou Gandin e tocou a Minici na esquerda. O lateral avançou pela ponta e tocou mais à frente para Barrales. O camisa 11 recebeu no bico da área, trouxe para o pé direito e chutou sem chances para Navarro, fazendo Huracán 2x1.

O time de Buenos Aires já comemorava a vaga quando o Independiente empatou. Nos acréscimos, Acevedo desarmou Ruben Masantonio e tocou a Busse no meio. O camisa 7 procurou Gracián, que deu ótimo passe para Silvera na esquerda. O camisa 11 recebeu, trouxe para o pé direito e chutou sem chances para o goleiro Islas, fazendo Independiente 2x2.

Como as equipes não tiveram escanteios, o jogo foi para os pênaltis. Após 3x3 nas cobranças normais, na primeira leva de cobranças os dois times fizeram, empatando em 4. Na segunda e terceira levas, os dois times perderam e o 4x4 se manteve. Somente na quarta leva extra, Mareque converteu sua cobrança e Barrientos mandou a sua para fora. O Independiente venceu por 5x4 e foi à decisão contra o River.

Destaque do jogo: Leandro Gracián. Em um jogo de muita marcação, a genialidade do camisa 19 foi essencial para a vitória. Gracián fez um gol, deu o passe para outro, converteu seu pênalti e foi o grande nome da partida.

INDEPENDIENTE 1x4 RIVER PLATE

A final tinha uma situação, no mínimo, curiosa. Querendo o título, o Independiente resolveu dar tudo para conquistá-lo. Montenegro e Parra voltavam, nos lugares de Acevedo e Gandin. O River não queria o título, queria apenas terminar de entrosar o time. Barrado e Trezeguet voltavam, nos lugares de Coudet e Funes Mori.

Dizer que foi uma partida de futebol é um pouco de exagero. Houve foi um massacre! O River jogou intensamente os 10 minutos e o Independiente foi totalmente dominado, apanhando de tudo quanto era lado. O massacre começou aos 14 segundos. Gallardo tocou a Barrado na saída de bola e correu, recebendo mais à frente, no meio da zaga. Enquanto Navarro corria desesperado para debaixo das traves, Gallardo deu um toque de categoria e fez River 1x0.

O Independiente errou a saída de bola e Barrado a recuperou, tocando a Buonanotte na esquerda. O camisa 30 tocou a Gallardo mais à frente e o camisa 11 invadiu a área, chutando na saída de Navarro e fazendo River 2x0 com um minuto de jogo.

O Independiente errou a saída de novo e o River tocou com mais calma. Barrado deu a Berizzo mais atrás e o camisa 6 tocou no meio a Almeyda. O camisa 5 deu novamente a Barrado, que abriu na esquerda para Buonanotte. O camisa 30 tocou mais à frente para Gallardo, que driblou dois marcadores, trouxe a bola para o meio e chutou sem chances para Navarro, fazendo River 3x0 com apenas 3 minutos.

Ali, o Independiente entregou os pontos. Com uma desvantagem de 3 e sem conseguir passar do meio de campo, eles apenas esperavam o juiz apitar o fim do sonho. Mas o River não queria parar e armou uma blitz aos 6 minutos. Berizzo chutou e Navarro mandou a córner. Buonanotte cobrou para Gallardo, que devolveu ao camisa 30, que chutou com efeito, para nova defesa de Navarro. Buonanotte cobrou o lateral para Berizzo, que trouxe para o pé esquerdo e chutou cruzado, fazendo River 4x0.

Depois disso, o River se apiedou do adversário e  afrouxou um pouco a marcação, também se poupando do calor. Foi assim que, aos 9, o Independiente descontou. Navarro cobrou tiro de meta para o campo de ataque, Silvera recebeu na esquerda, driblou Almeyda para trazer a bola para o meio e chutou sem chances para Carrizzo: Independiente 1x4.

Destaque do jogo: Marcelo Gallardo. Difícil alguém ser o destaque quando um jogador faz um hat trick em apenas 3 minutos. Além disso, se movimentou o campo inteiro, distribuiu o jogo e saiu consagrado, em tarde de gala.

RIVER PLATE CAMPEÃO DO TORNEIO INÍCIO APERTURA 2015

O River cumpriu sua função e ganhou um bônus. Ao jogar intensamente suas 3 partidas, terminou com o simbólico título do Torneio Início e mostrou ter um abismo técnico entre sua equipe e os adversários, entrando no Apertura como franco favorito ao título. A vitória no Torneio Início foi a primeira do River, que venceu Estudiantes e Racing por 3x0 e o Independiente por 4x1, marcando incríveis 10 gols e sofrendo apenas 1 em 3 jogos.

NOTAS RÁPIDAS

  • Além do título, o River também fez o artilheiro. Gallardo fez 5 gols no certame.
  • Gallardo também conseguiu o milestone da rodada. O primeiro gol na final foi o de número 50 dele com a camisa 11 do River.
  • O Torneio Apertura começa nesta semana, mas há dúvidas se há tempo para o jogo se realizar no sábado, se vai pro domingo ou se será durante a semana. A primeira rodada terá River x Racing, Boca x Independiente, Velez x Huracán e Estudiantes x San Lorenzo.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Torneio Início do Apertura 2015 - Quartas de final - 31/01/2015

Após a conquista da Copa 3 Corações pelo Imperatriz, os times argentinos mal podiam esperar para ir a campo e começarem sua temporada. Após uma tempestade, que varreu Niterói na madrugada de sexta para sábado, o calor voltou com tudo e fez o famoso efeito "lama seca" no campo do Itaquá Dome. Mesmo assim, o público foi ao estádio para assistir às quartas de final do Torneio Início do Apertura! As 8 equipes que disputarão o Torneio Apertura vieram a campo para jogar partidas de tempo único em 10 minutos. Só há substituição em caso de lesão. O vencedor avança para as semifinais. Em caso de empate, quem tiver mais escanteios é o vencedor. Persistindo o empate, disputa de pênaltis decida quem avança. Vamos aos quatro jogos!

VELEZ SARSFIELD 0x1 HURACÁN

Campeão da Copa Olé e da Supercopa FIFUBO em 2014, o Velez é o grande time neste início de temporada. Visando preparar a equipe para o Apertura, Tripa Seca pede a seus jogadores que adquiram ritmo de jogo, independente do resultado. O Huracán fez boa pré-temporada e tem uma mentalidade de não se apequenar, mas buscar sempre a vitória. Para isso, querem começar o ano com o título do Torneio Início.

A rigor, o Velez jogou melhor. Foi se soltando aos poucos e conseguiu até criar jogadas. Se não conseguia o gol (pecava quase sempre no último passe), arrancou um escanteio que lhe garantia vaga nas semifinais. Tudo ia bem até os 9 minutos, quando Barrientos recuperou a bola e não encontrou ninguém para passar. Assim, avançou pelo meio, tabelou com Ruben Masantonio e chutou da intermediária, para vencer Sosa e fazer Huracán 1x0.

Destaque do jogo: Barrientos. Sempre bem postado à frente da zaga, o volante se arriscou no último minuto e fez o seu primeiro gol com a camisa do Huracán.

RACING 2x0 SAN LORENZO

Após o vice campeonato no Clausura 2014, os jogadores do Racing chegaram à conclusão de que podem sim sonhar em triunfar na liga. Querem o título deste Torneio Início única e exclusivamente para manter a hegemonia, já que ganhou os Torneios Início tanto no Apertura quanto no Clausura em 2014. A ordem de Paralelo é para os jogadores buscarem os passes curtos, sem correr com a bola, para evitar o desgaste. Já o San Lorenzo vive expectativa de dias melhores. Saco de pancadas em 2014, a equipe busca novas formas de jogar e maior participação dos atletas, a fim de não sobrecarregar Romagnoli.

O San Lorenzo começou bem e pressionou, mas o Racing se segurou bem nos primeiros 3 minutos, quando a equipe de Almagro cansou e passou a errar. Em um desses lances, Tulla tentou sair jogando e saiu com bola e tudo pela lateral. Diego Capria repôs rápido para seu irmão, Ruben, que recebeu na entrada da área e chutou cruzado para vencer Migliore, fazendo Racing 1x0, aos 3 minutos.

O gol desanimou o San Lorenzo de vez e o cansaço da correria nos três minutos iniciais cobrou seu preço. Os jogadores já não tinham fôlego e erravam tudo. Para piorar, o Racing começou a tomar terreno e tocar com maestria, dominando a partida. Aos 6 minutos, após Raul 'Pipa' Estevez acertar o travessão e a bola sair para lateral, Diego Capria tocou a Ruben no meio, que lançou Acosta na direita. O camisa 9 foi ao fundo e cruzou para trás, rasteiro, de onde chegou Diego Latorre chutando de primeira, para fazer Racing 2x0.

Destaque do jogo: Ruben Capria. O camisa 10 terminou o ano como artilheiro do Clausura, ao marcar 20 gols, e começou o ano marcando também. Dominou o meio de campo e saiu consagrado.

INDEPENDIENTE 2x1 BOCA JUNIORS

O grande jogo da rodada colocava lado a lado dois times argolados em busca de dias melhores. O Independiente quer o título do Torneio Início a todo custo, uma vez que o vexame do duplo vice campeonato (Apertura e Copa Olé) desanimou a equipe e lhes fez perder o rumo novamente. A única equipe argentina a ter jogado em 2015 (ganhou a Supercopa FIFUBO 2012) quer a vitória a todo custo. Já o Boca quer o título para apagar a má impressão do Clausura, quando fez campanha irregular. Além disso, é o atual campeão do Apertura e, por isso, quer uma boa preparação para poder chegar ao bicampeonato.

Se o Boca queria jogar bem, é bom repensar seus conceitos. Errando muito, a equipe de La Boca não conseguia criar e irritava a torcida. O Independiente dominou o jogo do início ao fim e não demorou a abrir o marcador. Aos 2 minutos, Fredes roubou bola de Palacio, tabelou com Gracián, avançou pelo meio e deu lindo passe para Facundo Parra na direita, já dentro da área. O camisa 17 ajeitou e fuzilou na saída de Abbondanzieri, fazendo Independiente 1x0.

Ainda dominando, a equipe de Avellaneda chegava toda hora ao gol adversário. Aos 4 minutos, após Mattheu desarmar Palermo, a bola sobrou a Gracián, que passou na direita a Vella. O camisa 2 tocou rápido e Fredes recebeu no meio, sozinho. Da entrada da área, o camisa 8 chutou forte e venceu Abbondanzieri, fazendo Independiente 2x0.

A equipe de Avellaneda cansou e passou a tocar a bola para passar o tempo, no que o Boca começou a tomar terreno. Aos 7 minutos, após um erro de passe de Mattheu, Arruabarrena tocou a Palermo, que invadiu a área pela esquerda e fuzilou Hilário Navarro, fazendo Boca 1x2, mas era tarde.

Destaque do jogo: Hernán Fredes. O camisa 8 marcou bem e saiu em velocidade. Deu o passe para o primeiro gol, marcou o segundo e foi o símbolo do esquema do Independiente, de marcação forte e contra ataques letais.

RIVER PLATE 3x0 ESTUDIANTES

Se o Velez, por suas conquistas, era o grande time desse início de temporada, o River é o time que todos querem ver. Campeão invicto do Clausura (15 vitórias e 2 empates), a equipe volta a jogar o vistoso futebol que lhe rendeu a alcunha de "Barcelona do Futebol de Botão". Já o Estudiantes aproveitou as férias para colocar a casa em ordem. Sucessivas reuniões selaram a paz entre as lideranças do time e uniram todos em prol de melhores dias.

Mas bastou um minuto para tudo ir por terra para o Estudiantes. A equipe errava passes em sucessão e via o River sair com a organização de sempre. Em uma delas, o time chegou tocando até a área, onde Federico Fernandez isolou para lateral. Ferrari cobrou para Ortega, que deu mais à frente para Barrado. O camisa 19 invadiu a área e chutou alto, sem chances para Andujar, fazendo River 1x0.

O Estudiantes continuava errando muito. Aos 3 minutos, Andujar cobrou tiro de meta para Leandro Benítez armar a jogada de ataque. Com passes sempre para trás, o camisa 8 e Boselli conseguiram transformar uma boa jogada de ataque em uma jogada sem efeito, que foi voltando até o meio de campo, quando os dois se atrapalharam e a bola saiu para lateral. Ferrari tocou no meio para Gallardo, que abriu na direita para Ortega. O camisa 10 concluiu a jogada clássica do River tocando a Trezeguet no meio e o camisa 7, de frente e dentro da área, só teve que concluir e fazer River 2x0.

A essa hora, Verón já tinha perdido as estribeiras de vez. Aos berros, o camisa 11 tentava lembrar os companheiros da péssima campanha no Clausura, mas foi inútil. Em nova falha coletiva, desta vez no campo de defesa, Rodrigo Braña se atrapalhou e teve que fazer falta em Trezeguet no bico da área. Gallardo cobrou com perfeição e, aos 7 minuto, fez River 3x0.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Sempre bem posicionado, o camisa 7 foi o alvo de seus companheiros. Todas as bolas convergiam a ele e uma delas encontrou o caminho das redes.

NOTAS RÁPIDAS

  • As semifinais e a final do Torneio Início se darão neste domingo. River x Racing e Independiente x Huracán são as semifinais e os vencedores decidirão o título.
  • O milestone da rodada vai para Latorre. O gol que selou a vitória sobre o San Lorenzo foi o de número 20 dele com a camisa 11 do Racing.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Copa 3 Corações 2015 - 25/01/2015

Neste domingo, se encerrou a Copa 3 Corações 2015 e o primeiro campeão do ano foi coroado. Por ter jogado pela Supercopa FIFUBO de 2012 no sábado, o Imperatriz teve que enfrentar seus dois adversários neste domingo, com apenas meia hora de diferença entre uma partida e outra. Pelo regulamento, havendo empate entre duas equipes em pontos, gols pró e gols contra, teríamos um jogo extra. Se as três equipes empatassem, teríamos um torneio de pênaltis para definir o grande campeão. Mas nada disso foi necessário...

DALLAS STARS 3x3 IMPERATRIZ

Por ter empatado com o Vasco (1x1) no primeiro jogo, o Dallas não podia pensar em derrota, se quisesse sair campeão. Sydor vinha no lugar de Zubov e, assim, todos os jogadores do Dallas jogaram ao menos um tempo. Do lado do Imperatriz, a péssima partida contra o Independiente (3x4) foi o suficiente para Dircys resolver barrar Denilson. Benjamin jogaria em seu lugar.

O Imperatriz mostrou maior entrosamento nessa partida e dominou completamente os primeiros minutos, rondando a área rival. Assim sendo, o primeiro gol era questão de tempo. Aos 2 minutos, após Marty Turco defender as conclusões de Elton e Rodrigo Pimpão, o rebote sobrou na direita para Triton. O lateral direito adiantou, ganhou no pé de ferro de Morrow e chutou. A bola passou entre o goleiro e a trave e o Imperatriz fazia 1x0.

O jogo era todo da equipe niteroiense, mas a arbitragem resolveu complicar as coisas. Aos 6 minutos, Stam dividiu com Guerin e levou a melhor, ficando com a bola. Mas o árbitro Pedro Carlos Bregalda marcou falta, no bico esquerdo da grande área. Mike Modano cobrou com perfeição e venceu Charlie Brown, fazendo Dallas 1x1.

O erro da arbitragem abalou o Imperatriz, mas a equipe não diminuiu o ritmo. Pecava somente nas finalizações, após boas triangulações. Mas, aos 9 minutos, não teve jeito. Zenden cobrou escanteio para Elton, que perdeu o ângulo. O camisa 9 percebeu Rodrigo Pimpão livre na direita e tocou. O camisa 11 recebeu, viu o goleiro abrindo o ângulo e mandou rasteiro, para fazer Imperatriz 2x1.

Na saída de bola, já nos acréscimos, novo erro de arbitragem permitiu ao Dallas empatar o jogo. Modano tocou para Bill Guerin, que tentou o drible em Etcheverry e não conseguiu. Fazendo falta, o camisa 12 do Dallas recuperou a bola e, enquanto a equipe do Imperatriz pedia a infração e o juiz ignorava, Guerin foi até a entrada da área para soltar a bomba e fazer Dallas 2x2.

No intervalo, Ken Hitchkok tirou Matvichuk e Jason Arnott para colocar Zayas Loyola e Armstrong. Já Dircys sacou Elton e Etcheverry para colocar Vander Carioca e Paulo Isidoro.

O nível do jogo caiu e muitos erros de passe foram vistos. Não só pelo cansaço, mas também pela marcação apertada que as duas equipes passaram a fazer. Porém, aos 7 minutos, Stam fez uma lambança, ao tentar driblar Modano, e perdeu a bola para o camisa 9. Modano girou, viu o posicionamento do goleiro e chutou cruzado, fazendo Dallas 3x2.

No desespero, o Imperatriz partiu para cima e se abriu aos contra ataques.  A sorte foi que o Dallas estava cansado e, por isso, suas jogadas não surtiram efeito. Assim, aos 9 minutos, o Imperatriz conseguiu o empate num bate-rebate na área, quando a bola sobrou para Rodrigo Pimpão empurrar para o gol vazio: Imperatriz 3x3.

Destaque do jogo: Mike Modano. O camisa 9 voltou a mostrar seu faro de maior artilheiro da FIFUBO, mostrando classe em frente à baliza, ao marcar duas vezes.

IMPERATRIZ 6x1 VASCO

A situação ficou assim. O Imperatriz seria campeão vencendo ou empatando por mais de um gol. Para isso, a equipe tinha modificações. Após falhar em dois jogos seguidos, Stam foi barrado, com Anderson Lima entrando em seu lugar. Já no lugar de Benjamin, Dinei jogaria.

Para o Vasco ser campeão, só a vitória interessava. Após anunciar que poderia mudar a equipe. Antonio Lopes manteve o time que empatou com o Dallas.

O Dallas também podia ser campeão, bastando que Imperatriz e Vasco empatassem em zero. Se empatassem em um gol, o time do Texas decidiria o título em jogo extra contra o Imperatriz. O torneio de pênaltis estava descartado nesse momento.

O Imperatriz mostrou outra atitude nesse jogo. Marcando forte e saindo com bons passes, o time de Niterói não deu chance ao Vasco, novamente com problemas na armação. Logo aos 2 minutos, Leo Lima fez falta em Dinei na intermediária. Etcheverry cobrou com força, a bola ganhou altura e foi morrer no ângulo de Carlos Germano, fazendo Imperatriz 1x0.

O Vasco não acordou com a desvantagem e continuou assistindo ao baile do Imperatriz. Aos 6 minutos, Elton recebeu de Rodrigo Pimpão e chutou de primeira. A bola bateu no travessão, no chão e saiu. O juiz Chico Lírio não validou o gol, no que o time de verde e branco reclamou veementemente.

Esse novo erro de arbitragem deu mais brios ao Imperatriz, que continuou atacando em bloco, pressionando o Vasco de tudo quanto era lado. Aos 9 minutos, Rodrigo Pimpão foi ao fundo e cruzou, com Tinho afastando. A bola sobrou para Triton, que entregou rápido a Etcheverry na direita. O camisa 7 trouxe a bola para o pé esquerdo e soltou um chute espetacular, fazendo Imperatriz 2x0.

No intervalo, Dircys tirou Ramon e Zenden (de longe, a decepção do campeonato) e colocou Numan e Rodrigo Souto. Antonio Lopes finalmente decidiu que o meio de campo não funcionava e sacou Marcelinho e Petkovic, para colocar Allan Delon e Dominguez.

O panorama não mudou. O Imperatriz continuou soberano e construiu um jogo dos sonhos para conquistar o título. Aos 2 minutos, em jogada muito bem ensaiada de tiro de meta, Charlie Brown jogou na direita para Rodrigo Pimpão, que tocou de primeira no meio para Elton. O camisa 9 chutou de primeira e, dessa vez, a arbitragem não teve como não validar o gol: Imperatriz 3x0.

Perdido, o Vasco entrou na roda. Enquanto a torcida do Imperatriz gritava "olé", o time tocava a bola e o adversário perdia a cabeça. Assim, Bruno Lazzaroni atingiu Elton perto da entrada da área. Etcheverry cobrou com maestria e fez seu hat trick: Imperatriz 4x0, aos 5 minutos.

Ainda na base do chocolate, o Imperatriz continuou tocando bonito e chegando ao ataque. Foi assim que Numan tocou no meio para Etcheverry, que tocou a Rodrigo Souto mais à direita. O camisa 19 deu mais à frente para Elton, que invadiu a área e tocou na saída de Carlos Germano para fazer seu segundo gol: Imperatriz 5x0, aos 7 minutos.

Aos 9, o Vasco descontou. Tinho se lançou ao ataque, ganhou de Elton no pé de ferro, ajeitou o corpo e chutou forte e rasteiro para vencer Charlie Brown e fazer Vasco 1x5.

Mas, na saída de bola, o desfecho perfeito para o jogo. Elton tocou a Rodrigo Souto, que driblou Dominguez e Bruno Lazzaroni para chutar da entrada da área e fazer Imperatriz 6x1.

Destaque do jogo: Etcheverry. Com um hat trick, o capitão do Imperatriz coroou sua tarde de gala levando o time ao título.

IMPERATRIZ CAMPEÃO DA COPA 3 CORAÇÕES 2015
O presidente da FIFUBO, Batistuta, entrega a taça da Copa 3 Corações ao capitão do Imperatriz, Etcheverry.
O título é o terceiro do Imperatriz na competição (fora campeão também em 2003 e 2012) e vem a coroar uma exaustiva campanha invicta. De quebra, ainda viu Etcheverry dividir a artilharia da competição com Mike Modano, do Dallas Stars, com 3 gols.
Jogadores e comissão técnica do Imperatriz, com o troféu de campeão.
O Dallas Stars terminou na segunda colocação, com 2 pontos, enquanto o Vasco terminou em terceiro, com apenas 1 ponto. Sobre a partida, Elton falou o seguinte: "É especial, meu primeiro título com a camisa do Imperatriz em cima do meu ex clube e ainda marcando dois gols! Voltamos no meio do ano para a disputa da Copa Olé, mas já estamos garantidos na Supercopa FIFUBO e o torcedor pode ter certeza que novas exibições de gala como essa virão!".
Jogadores e comissão técnica do Imperatriz dão a volta olímpica com o troféu da Copa 3 Corações 2015. O técnico Dircys é carregado nos ombros por Rodrigo Pimpão e Elton.
NOTAS RÁPIDAS
  • O Imperatriz se iguala ao Vasco com 3 conquistas da Copa 3 Corações, em 6 edições da competição. De quebra, se classifica para a Supercopa FIFUBO.
  • O milestone da rodada vai para 2 jogadores, no mesmo jogo. O primeiro gol contra o Dallas foi o de número 10 de Rodrigo Pimpão com a camisa do Imperatriz. Já o polêmico gol de empate nos acréscimos do primeiro tempo foi o de número 40 de Bill Guerin com a camisa do Dallas Stars.