O Imperatriz Arena abriu as portas para o encerramento da sétima rodada de sua Liga neste sábado. Os torcedores aproveitaram o dia de calor que mais lembrava o verão e vieram em bom número ao estádio. Com tantos bons ingredientes na mesa, vamos ver como ficou o banquete...
VELEZ SARSFIELD 2x1 BOCA JUNIORS
Em décimo e último lugar na tabela, o Velez marcou uma meta de vencer os seus próximos três jogos, para dar um salto na virada do turno e passar a brigar pela classificação. O primeiro dos três passos foi dado, com a vitória sobre o Huracán (2x0) e, agora, querem o segundo triunfo. Já o Boca teve uma semana agitada. A vitória sobre o San Lorenzo (2x1) não salvou o emprego de Tripa Seca, já resolvido antes da partida. Julio Falcioni assumiu a equipe com discurso otimista, dizendo que o Boca é o Dream Team do Futibou de Butaum e, por isso, tem que lutar por títulos. Em sétimo na tabela, o clube de La Boca tem mudanças para a partida, com Viatri de titular ao lado de Palermo, os dois bem próximos da área adversária.
Com um discurso otimista de ambos os lados, ao menos na teoria, a partida pintava como um grande espetáculo e realmente o foi. Desde o início, as duas equipes jogaram para a frente, com jogadas bem trabalhadas e ótimas chances de lado a lado. O Velez era ligeiramente melhor e mais organizado, mas o Boca também jogava bem, muito mais pelo desejo dos jogadores de mostrarem serviço ao novo chefe do que pela assimilação de sua metodologia, que levará algum tempo.
O primeiro gol veio aos 3 minutos. Insua era marcado no meio de campo e não fazia muita questão de mudar este patamar, então Claudio Hussain resolveu armar o jogo. O camisa 8 voltou ao campo de defesa para buscar a bola e, tabelando com Peruzzi, foi até o meio de campo. De lá, avançou com a bola até o campo de ataque e, com bom passe em profundidade, achou seu irmão Dario já dentro da área, nas costas da defesa. O camisa 10 recebeu e chutou cruzado para vencer Abbondanzieri e fazer Velez 1x0.
O gol fazia justiça ao melhor futebol do Velez e obrigou o Boca a sair mais pro jogo. O Velez tinha os contra ataques à disposição, mas desperdiçava muitas chances de matar o jogo. E vocês sabem como a bola pune...
Aos 7 minutos, Riquelme lançou Viatri na ponta e o camisa 7 se atrapalhou com a bola, que iria sair pela linha de fundo. Emiliano Papa resolveu tentar pegá-la e sair jogando, mas acabou se atrapalhando também e cedeu o escanteio. Viatri cobrou rápido para Riquelme, no bico da área. O camisa 10 trouxe a bola para dentro e, de pé esquerdo, chutou fraco. Sosa demorou a ir na bola e, quando caiu, ela passou embaixo de seu corpo, um frangaço: Boca 1x1.
No intervalo, Pearl Jam não perdoou o erro de Papa e o tirou, junto com Turco Assad. Em seus lugares, entraram Cubero e Lucas Pratto. Já Falcioni percebeu que dois centroavantes muito isolados dificultam a ligação e, assim, tirou o fraco Viatri. Também saiu Basualdo, que jogava bem, mas via os irmãos Hussain deitarem e rolarem por seu lado. Entraram Schelloto e Battaglia.
O Boca ficou mais equilibrado no segundo tempo. A marcação melhorou com a entrada de Battaglia e Schelloto, mais recuado do que Viatri, dava opções para Riquelme tabelar e levava a bola para Palermo com mais qualidade. O Velez também melhorou, já que Pratto atuava bem pelo lado esquerdo do ataque e infernizava a defesa rival. A trave foi acertada algumas vezes de lado a lado e o empate parecia consolidado. Foi aí que apareceu um herói improvável...
Apagadíssimo no jogo, Insua era vaiado cada vez que tocava na bola. Errava passes, não conseguia dominar e se atrapalhava. Já corriam os acréscimos quando Cubero desarmou Schelloto e tocou a Romero na meia esquerda. O camisa 7 levantou a cabeça e fez um lançamento magistral para Insua, que já dominou vaiado. O camisa 11 botou a bola no chão, se livrou de Escudero, invadiu a área e só deixou o corpo. Abbondanzieri o atropelou e Howard Webb marcou pênalti. Gago cobrou no ângulo de Abbondanzieri, que se esticou todo e não achou: Velez 2x1.
Riquelme ainda teve a última bola do jogo nos seus pés. Da meia lua, o camisa 10 acertou um lindo chute no ângulo de Sosa, mas a bola bateu na trave e saiu.
Destaque do jogo: Claudio Hussain. O camisa 8 foi essencial para o Velez se manter dentro da meta proposta. Ao perceber que Insua não jogava bem, chamou para si a função de armar o jogo. Voltou ao campo de defesa, buscou a bola, organizou o time e ainda deu o passe para o primeiro gol do Velez.
HURACÁN 1x1 RIVER PLATE
Sabe-se lá por quê, mas o Huracán é conhecido como a "Kriptonita" do River, sempre aprontando para cima do poderoso adversário. Em quinto na tabela, o Huracán quer se recuperar da derrota na rodada passada (0x2 Velez) e entrar na zona de classificação. Já o River, oscilando muito no campeonato, quer começar a vencer de vez e sair da incômoda oitava posição. Para este duelo, Francescoli colocou Ponzio no lugar de Barrado, por ser um jogador com maior poder de marcação, talhado a barrar os contra ataques do Huracán.
O River começou muito bem o jogo. Tocando bem a bola, a equipe de Nuñez se aproximava do gol pela ponta direita e não permitia ao Huracán sair no contra ataque. Assim, não foi surpresa quando abriu o marcador logo aos 2 minutos. Ortega fez boa jogada pela direita e tocou na lateral da área para Gallardo. O camisa 11 invadiu e chutou cruzado, por cima de Islas, para fazer River 1x0.
Ali, a impressão que se tinha era de que uma goleada estava a caminho. Mas o River foi, aos poucos, jogando de forma preguiçosa, errando e dando espaços ao adversário. E foi assim que surgiu o empate. Aos 8 minutos, Cigogna chutou e Carrizzo espalmou para o lado. Ruben Masantonio cobrou o lateral na ponta direita para Milano, que trouxe a bola para o meio e chamou a marcação. Com um passe para a ponta, encontrou Cigogna livre. O camisa 9 olhou o posicionamento do goleiro e acertou um lindo chute alto, vencendo Carrizzo e fazendo Huracán 1x1.
No intervalo, Sr. Rabina tirou Minici e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Francescoli tirou Ponzio (que não cumpriu a sua função) e Trezeguet (apagadíssimo) para colocar Barrado e Funes Mori.
No segundo tempo, o Huracán se defendeu com 10 jogadores quase em cima da linha de sua área e só Cigogna na frente. O River, então, adiantou a equipe e rondou a área, mas não conseguiu o gol que lhe daria a vitória.
Destaque do jogo: Ariel Ortega. O camisa 10 fez partida muito boa, com arrancadas pela ponta direita e, também, armando o jogo pelo meio. Deu o passe que resultou no gol de Gallardo e cansou de colocar os companheiros na cara do gol. Mas não conseguiu levar o River à vitória, inclusive perdendo a última bola do jogo, quando chutou por cima.
CLASSIFICAÇÃO
1° Racing - 16 pontos;
2° Vasco - 14 pontos;
3° Imperatriz - 13 pontos;
4° Independiente - 9 pontos;
5° San Lorenzo - 8 pontos, 13 gols pró;
6° Velez Sarsfield - 8 pontos, 9 gols pró, 10 gols contra;
7° Huracán - 8 pontos, 9 gols pró, 14 gols contra;
8° Estudiantes - 8 pontos, 8 gols pró
9° Boca Juniors - 7 pontos;
10° River Plate - 6 pontos.
ARTILHARIA
1° Maikon Leite (Imperatriz) - 6 gols;
2° Gastón Fernandez (Estudiantes), Daniel Cigogna (Huracán), Leandro Gracián (Independiente), Acosta (Racing), Dennis Stracqualursi (San Lorenzo) - 5 gols;
3° Martin Palermo (Boca Juniors), Erviti (San Lorenzo), Leandro Romagnoli (San Lorenzo), Felipe (Vasco) - 4 gols.
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