domingo, 25 de junho de 2017

Copa Olé 2017 - Quartas de final - 25/06/2017

O domingo chegou e, com ele, o sol. O céu azul trouxe um dia bonito, porém ainda frio. Mas isso não afugentou os torcedores, que lotaram o Itaquá Dome para o encerramento das quartas de final da Copa Olé 2017, porque o sorteio fez com que os jogos deste dia fossem uma repetição das semifinais do Apertura recém encerrado. Vamos vez as partidas de hoje.

INDEPENDIENTE 0x3 RACING

O Clássico de Avellaneda seria disputado pela quinta vez nesse ano e seria um tira-teima, já que o Independiente venceu duas (4x0 e 2x1) e o Racing, as outras duas (3x1 e 2x1). Terceiro colocado no Apertura, o Independiente não agradou aos seus torcedores, por conta da campanha irregular (9 vitórias e 7 derrotas em 16 jogos). O treinador Bayer prometia uma nova atitude. Já o Racing, vice campeão do Torneio Apertura, tem muito a comemorar, a despeito de não ter ficado com o título. Ao empatar os dois jogos finais, o time só perdeu o campeonato porque o River tinha melhor campanha, mas o Racing teve o maior número de jogadores na seleção do campeonato (5 de 13), o que mostra a força do conjunto de sua equipe. E ainda tem Ruben Capria em excelente forma.

E essa forma foi vista logo na saída de bola. O Racing precisou de apenas 20 segundos para mostrar todo o entrosamento que Paralelo deu ao time nesse ano, quando Ruben Capria fez o 'toca y me voy' e Martin Simeone devolveu a bola no local exato para o camisa 10 girar e trazer a bola pro pé esquerdo, antes de desferir um chute de extrema categoria para vencer Hilário Navarro: Racing 1x0.

O gol relâmpago seria surpreendente em qualquer jogo, mas aqui teve um impacto enorme. Além de já começar perdendo o clássico na primeira bola, o Independiente também apresentava seus problemas tradicionais. Não conseguia dar sequência a um lance sequer, não havia armação, errava passes em profusão e via o Racing jogar no seu campo o tempo inteiro. Em todo o primeiro tempo, o Independiente não deu um chute a gol.

Melhor pro Racing, que podia ter saído com uma goleada, mas se contentou em segurar após ampliar a vantagem, aos 6 minutos. Pocchetino recolheu mais um passe errado do Independiente e tocou para Martin Simeone na intermediária. O camisa 8 procurou Ruben Capria no campo de ataque e o camisa 10 deu um passe preciso para Latorre na esquerda. Já dentro da área, o camisa 11 ajeitou para o pé direito e chutou alto, sem chances para Navarro, fazendo Racing 2x0.

No intervalo, Bayer tirou Montenegro e Gracián para colocar Acevedo e Gandin. Ele podia escolher qualquer jogador, mas optou pelos dois principais meiocampistas, que não acertavam nada no jogo. Já Paralelo aproveitou o bom resultado para dar ritmo aos reservas. Tirou Diego Capria e Acosta e colocou Fariña e Hauche.

O segundo tempo foi um pouco diferente. O Independiente veio com nova atitude, a despeito de ainda não ter uma boa armação. Mas os reservas entraram com raça e contagiaram os outros jogadores. Gandin entrou improvisado como armador e logo se posicionou no ataque, sua posição de origem, conseguindo boas tabelas com Parra e Silvera. Atrás, Acevedo conseguiu trancar a intermediária, impedindo o Racing de tabelar à frente da área. Com isso, a equipe vermelha cresceu e chegou a concluir algumas vezes, acertando a trave do Racing por 3 vezes.

Mas o Racing tinha um bom resultado e conseguia controlar o jogo. Foi tocando para deixar o tempo passar e acabou ampliando na última bola. A torcida gritava olé enquanto o Racing tocava a bola no campo de ataque, até que Fariña resolveu chutar para longe, para acabar com o tempo. Mas, no meio do caminho, Pelletieri meteu o pé na bola e desviou para o lado esquerdo de Navarro, que foi pego no contrapé e nada pôde fazer: Racing 3x0.

Eliminado na primeira fase, o Independiente mostrou seu total desinteresse por derrotar o rival. Sem armação, os bons atacantes não podem fazer nada. A equipe erra passes desde o campo de defesa. Já o Racing continua sua boa carreira. Entrosado, o time sabe exatamente o que tem que fazer. Liderados por um Ruben Capria em excelente fase, podem chegar ao título com facilidade.

RIVER PLATE 2x1 VELEZ SARSFIELD

Time sensação da temporada, o River venceu tanto o Torneio Início quanto o Apertura com sobras. Francescoli diz que o Apertura é página virada. As festas já acabaram, zerou tudo e é hora de pensar na Copa Olé. Já o Velez quer acabar com o incômodo jejum. A equipe enfrentou o River 4 vezes esse ano e perdeu todas (1x3, 2x4, 1x2 e 3x4). Para o jogo de hoje, Tripa Seca chamou Gago e disse para ele esquecer o jogo e grudar em Trezeguet. A ordem era não deixar o camisa 7 jogar.

Logo no primeiro lance do jogo, a ordem de Tripa Seca foi seguida à risca. Trezeguet recebeu e adiantou a bola, mas Gago interceptou na sequência e reiniciou o jogo. Foi a única vez. Trezeguet passou a jogar livre, correndo pelos lados do campo e tabelando com Gallardo, mas sem conseguir uma boa chance de concluir. Quando percebeu que a marcação dobrou, o francês usou a inteligência e levou os marcadores para a ponta esquerda, deixando um buraco no meio. Gallardo abriu a Ferrari na direita e Ortega correu para o meio, recebendo o passe e entrando livre na área, para concluir na saída de Sosa e fazer River 1x0, aos 10 minutos.

No intervalo, Francescoli tirou Berizzo (que parecia disperso) e Buonanotte (pouco acionado) para colocar Coudet e Funes Mori. Barrado ia para a lateral esquerda e Coudet entraria de volante. Já Tripa Seca não gostou nem um pouco da apresentação de Gago, tirando-o junto com Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto.

O River ampliou logo na saída de bola. Gallardo fez a figura oito com Coudet e Trezeguet e coube a Coudet ficar com a bola, saindo da esquerda para a direita, driblando Insua e chutando de muito longe. A bola ganhou altura, perdeu força e morreu no fundo das redes de Sosa: River 2x0, aos 25 segundos.

O Velez partiu para o ataque e poderia ter descontado aos 2 minutos, em linda jogada de Romero para Insua, que invadiu a área e driblou Carrizzo. Mas o camisa 1 esticou a mão para tentar tirar a bola e acabou derrubando o 11. Lucas Pratto chamou a responsabilidade de cobrar o pênalti, o que fez com força no canto esquerdo de Carrizzo. Mas o goleiro pulou e espalmou para longe a penalidade.

O Velez foi se organizando aos poucos, com inversão de jogadas. Por vezes, Insua era visto ajudando Claudio Hussain na marcação a Trezeguet, o que fazia com que os laterais avançassem para armar o jogo. Assim, o Velez carimbou a trave do River uma vez com Romero e Carrizzo operou um milagre em chute de Turco Assad.

A equipe conseguiu descontar aos 6 minutos, quando a bola saiu da esquerda com Papa, passou a Romero, Insua, Claudio Hussain e chegou a Lucas Pratto na direita. O camisa 12 avançou e, da entrada da área, chutou cruzado. A bola ainda bateu na trave antes de entrar: Velez 1x2.

O Velez partiu com tudo em busca do empate e o River explorava os contra ataques. Assim, o jogo ficou dramático até o último lance, quando Turco Assad fez boa jogada pelo fundo e cruzou para trás. Romero chutou de primeira no ângulo, mas a bola bateu na trave e saiu.

O River avança sem ter mostrado seu jogo clássico de toque de bola para as pontas e procurando o centroavante, mas mostrou alternativas no jogo, com vários jogadores se revezando na armação de jogadas. Já o Velez demorou a entrar no jogo. Gago não fez a marcação que se esperava e Insua não atuou como gosta, com liberdade pelo meio campo. Quando o Velez entrou no jogo, já era tarde. O sonho do tri foi adiado.

NOTAS RÁPIDAS

  • Somente dois árbitros não apitaram ainda na Copa Olé, José Roberto Wright e Chico Lírio. Como as semifinais são uma nova rodada, o regulamento da FIFUBO dita que todos os árbitros irão para o sorteio. Mas a diretoria decidiu que esses dois serão os únicos concorrentes e apitarão nos jogos semifinais. Na final, o regulamento volta ao normal.
  • No sábado, não haverá jogos. Um esforço será feito para que as semifinais sejam disputadas no domingo e a grande final durante a semana. A conferir.

sábado, 24 de junho de 2017

Copa Olé 2017 - Quartas de final - 24/06/2017

O inverno chegou e, com ele, veio mais uma edição da Copa Olé, o torneio eliminatório entre times argentinos. Venceu, avança; perdeu, está eliminado! A chuva fina que caiu e o frio atrapalharam um pouco os planos dos torcedores, mas ainda assim tivemos uma boa audiência para os primeiros jogos do campeonato. Quis o destino que o sorteio colocasse os eliminados da temporada regular do Apertura se enfrentando e, na outra chave, uma reedição das semifinais daquele torneio. Vamos aos jogos!

SAN LORENZO 3x1 HURACÁN

O último lugar no Torneio Apertura mostrou que o San Lorenzo precisa encontrar um esquema tático e forçar a barra. Ora atuando no 4-3-3, ora no 4-4-2 losango e mudando as táticas e os jogadores dentro desses esquemas, o time de Almagro jamais conseguiu uma unidade. Os próprios jogadores não sabiam quem ia atuar na próxima partida. Dessa vez, Nilson prometeu algo diferente. Consolidou o 4-3-3, mas com Reynoso e Buffarini como volantes (dando maior proteção à defesa) e Erviti na ponta esquerda (com um jogador específico para a posição). A proposta era ditar o ritmo de jogo desde o início, ainda mais contra uma equipe que joga fechada. O Huracán, sexto colocado no Apertura, também não tem motivos para exaltar sua campanha na liga passada. A equipe jamais orbitou a zona de classificação, passou o primeiro turno inteiro sem vencer e ainda viu uma crise surgir, com a má fase de Cigogna. A ordem é deixar isso tudo para trás e seguir em frente.

Mas não deu para seguir. Na saída de bola, Masantonio recebeu de Centurión e tentou driblar Reynoso, mas o camisa 5 roubou-lhe a bola e tocou na defesa para Ameli. O camisa 4 tocou a Luciatti e recebeu de volta, avançando com a bola dominada. A marcação chegou e Ameli inverteu o jogo para a direita, tocando a Buffarini e correndo de volta para receber. Mas o camisa 8 não devolveu e, com um bom drible, tirou Barrientos da jogada, invadindo a área e tocando na saída de Islas, para fazer San Lorenzo 1x0, logo aos 40 segundos de jogo.

O time de Almagro continuou ditando o ritmo de jogo. Com boas saídas pela direita, Raul 'Pipa' Estevez volta e meia tinha a companhia de Buffarini, que aparecia como elemento surpresa. Na defesa, Ameli era um gigante no desarme e ainda se arriscava no ataque. Mas a velha máxima do "quem não faz, leva" daria as caras aqui. Aos 5 minutos, o San Lorenzo adiantou a marcação e impediu os avanços do Huracán, que inverteu papéis. Walter Ferrero tocou a Cigogna no meio. O camisa 9 saiu do ataque para armar o jogo e viu Centurión sair do meio e ir para o ataque. Com um passe preciso para a esquerda, o mito encontrou o camisa 8, que avançou e, do bico da área, chutou cruzado e sem chances para Migliore, fazendo Huracán 1x1.

No intervalo, Nilson tirou Johnathan Ferrari (cansado) e Stracqualursi (pouco acionado), para colocar Tellechea e Bordagaray. Já Sr Rabina não teve escolha. Além de Minici (que tinha dificuldades para conter os avanços pelo seu lado) tirou Cigogna, novamente apagado. Colocou Danelon e Barrales em seus lugares, à espera de uma nova atitude do time de Buenos Aires.

Tal atitude não veio e o San Lorenzo dominou completamente o segundo tempo. O Huracán se limitava a defender, mas não conseguia contra atacar, pois não tinha armação. Com isso, se desfazia da bola e o San Lorenzo avançava novamente. Daí surgiu outro ditado popular: água mole, em pedra dura, tanto bate até que fura.

Aos 6 minutos, Ameli recuperou uma dessas bolas isoladas pelo Huracán e tocou na esquerda para Luciatti. O camisa 6 percebeu que Danelon tinha deixado um buraco na defesa e tocou no corredor. Erviti recebeu na ponta esquerda, avançou e, da lateral da área, chutou cruzado para fazer San Lorenzo 2x1.

O gol fazia justiça à equipe de Almagro, que foi superior o jogo todo. E ainda haveria tempo para ampliar. Na saída de bola, o Huracán foi tocando e perdeu a bola novamente. Reynoso deu a Romagnoli no meio, que abriu rápido na esquerda para Erviti. O camisa 11 fez um carnaval na ponta, até que Alexis Sanchez deu um carrinho e mandou a córner. Erviti cobrou no segundo pau e Buffarini apareceu como elemento-surpresa, à lá Rondinelli, para cabecear sem chances para Islas e fazer San Lorenzo 3x1, aos 8 minutos.

O San Lorenzo mostrou uma nova atitude e uma boa variação tática. Com um meio de campo mais equilibrado e jogadores específicos nas pontas, o jogo fluiu melhor e pôde até mostrar algumas surpresas, como os avanços de Buffarini. Mostrou, também, que não depende só de Romagnoli para ir à frente. Já o Huracán continua com seus problemas. Só defende, não tem criação e conclusão. Cigogna segue seu calvário, sendo vaiado ao ser substituído.

BOCA JUNIORS 3x1 ESTUDIANTES

A vexatória eliminação precoce no campeonato (a primeira de um time argolado na história) e o quinto lugar expuseram muitos problemas do Boca. Madeirite não foi capaz de fazer a equipe jogar e foi demitido, mas Sr Rússia (seu substituto) ainda não conseguiu encontrar um esquema que funcione. A aposta aqui era em uma revolução tática. Ao invés de jogar com um atacante de cada lado, ele pediu a Palermo que jogasse centralizado, como Trezeguet faz no River. Assim, o camisa 9 pode correr para um lado ou outro para receber a bola. Também pediu a Palacio que recuasse mais e jogasse como autêntico ponta, não como segundo atacante. Queria, também, que o Boca tivesse o domínio da bola e propusesse o jogo. Já o Estudiantes, sétimo colocado no campeonato, tinha seus próprios problemas. A equipe até se porta bem em campo, mas não consegue concluir a gol. A isso, somam-se os problemas físicos, que fazem com que o time canse no segundo tempo. Cristaldo quer a equipe jogando pelas pontas, para aproveitar as características de seus atacantes.

A parte física foi resolvida, com um bom plano na inter temporada. O Estudiantes correu bem o jogo todo e dominou a partida, com bons toques e boa chegada ao ataque. Mas o principal problema persiste. A equipe chegava ao ataque e não concluía com facilidade. Assim, o Boca foi amassado o jogo todo, mas conseguiu encaixar bolas pontuais, que lhes deram a vitória.

Aos 2 minutos, Gastón Fernandez foi ao ataque pela direita e cruzou para a área. Abbondanzieri saiu e ficou com a bola, reiniciando na esquerda para Arruabarrena. O camisa 3 procurou Riquelme no meio e o camisa 10 tocou mais à direita, para Serna. O capitão da equipe fez passe em profundidade para Basualdo, que pegou a defesa do Estudiantes aberta. O camisa 11 adiantou demais a bola e viu Andujar saindo. Com um toque para o lado, a bola passou, mas Basualdo não. Palermo cobrou o pênalti no ângulo direito de Andujar, que se esticou, mas não alcançou a bola: Boca 1x0.

O Estudiantes continuou dominando o jogo e povoando o ataque, mas o Boca se defendia com valentia e tentava propor seu jogo, sem sucesso. Na única vez que o fez, saiu o segundo gol. Aos 9 minutos, Serna desarmou Boselli e tocou a Riquelme na meia esquerda. O camisa 10 avançou e viu Palermo indo para a esquerda e Ibarra na direita. A opção foi pelo camisa 4, que recebeu na ponta, invadiu a área e chutou na saída de Andujar, fazendo Boca 2x0.

No intervalo, Sr Rússia tirou Cagna e Palacio para colocar Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. Battaglia entrou para reforçar a marcação no meio, enquanto Schelloto viria para ajudar no passe pela ponta direita. Já Cristaldo resolveu mudar a equipe taticamente. Tirou Angeleri e Boselli e colocou Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Já que o Boca não atacava pelo lado direito de sua defesa, o treinador optou por um meio campista que ajudasse na marcação a Palermo e, no ataque, por um centroavante mais incisivo.

O Boca voltou pro segundo tempo disposto a segurar o resultado e, com isso, super povoou o seu campo de defesa. O Estudiantes teve dificuldades, mas tocou curto e foi abrindo a defesa adversária, sem sucesso.

O Boca seguiu a sua máxima de procurar e não desperdiçar a oportunidade única. Ela veio aos 9 minutos, quando o Estudiantes estava todo no campo de ataque. Em cruzamento para a área, Escudero aliviou e Basualdo passou a Riquelme na meia esquerda. O camisa 10 puxou contra ataque, chamou a marcação e tocou nas costas da defesa. Palermo recebeu na direita, invadiu a área virando o corpo e chutou cruzado de pé esquerdo, no contrapé de Andujar, para fazer Boca 3x0, aos 9 minutos.

O Estudiantes descontou na saída de bola, aos 10. Verón fez o 'toca y me voy' com Leandro Benítez, recebeu na direita, adiantou a bola e viu Abbondanzieri. O chute de cobertura foi perfeito e a bola morreu no fundo das redes: Estudiantes 1x3.

O Boca deu sorte com as três chegadas que terminaram em gol, mas mostrou que não aproveitou em nada o período sem jogos. A equipe jamais teve o controle do jogo, errou muitos passes e foi totalmente dominada. Já o Estudiantes mostrou mais uma vez seu velho defeito, de não saber concluir. Dominou o jogo, fez boas jogadas e desperdiçou suas chances. Mandou uma bola na trave e perdeu outras tantas na cara do goleiro.

NOTAS RÁPIDAS

  • O restante das quartas de final será jogado neste domingo. As semifinais e a final, no entanto, deverão ser jogadas só em duas semanas, provavelmente no meio da semana.
  • O milestone da rodada vai para Centurión. Se sua equipe foi eliminada, ele ao menos tem a comemorar o fato de ter chegado a 20 gols com a camisa do Huracán.
  • A FIFUBO versa sobre futebol, mas não deixa de incentivar outras modalidades esportivas com botões. Assim, vamos falar da Copa do Mundo de Handebol de Botão.
COPA DO MUNDO DE HANDEBOL DE BOTÃO

A competição, disputada anualmente desde 2007, reúne as 24 melhores seleções da modalidade, distribuídas em 8 grupos de 3 equipes. As duas melhores se classificam para as oitavas de final e jogam partidas eliminatórias até chegarmos ao campeão. A equipe campeã sedia o mundial do ano seguinte.

Campeão das duas primeiras edições, o Brasil entrou em grande crise, com sucessivas eliminações na primeira fase ou nas oitavas de final. Mas a criação da Real Liga de Handebol (torneio nacional nos moldes das ligas da FIFUBO), em 2011, começou a mudar o panorama, trazendo investimentos e evolução ao handebol brasileiro. A equipe continuou tendo dificuldades em avançar no mundial, mas já começou a jogar de igual para igual com as equipes mais fortes do mundo.

A edição 2017 do mundial foi disputada na Argentina e o Brasil caiu no grupo C. Após uma boa estreia, vencendo a Itália (9x6), os jogadores viram a mesma equipe empatar com o Japão (7x7), o que fez com que o Brasil se classificasse antecipadamente. A equipe japonesa, a mais fraca do grupo, parecia presa fácil para os brasileiros, mas a soberba atingiu o conjunto nacional, que acabou perdendo para os nipônicos pelo incrível placar de 4x8 e se classificando em segundo lugar.

Assim, a seleção acabaria pegando uma equipe campeã de grupo, nas oitavas de final, e a escolhida foi a Alemanha. Seleção tradicional, campeã em 2011, vice em 2010 e bronze em 2008 e 2013, a Alemanha vem renovada e pronta para alçar voos mais altos. Mas o Brasil se superou e venceu a forte equipe por 9x5, com uma defesa sólida.

Nas quartas de final, o desafio era muito maior: a atual campeã Argentina, que eliminou o Brasil nas quartas do mundial de  2016. Com um ginásio lotado e os torcedores fazendo muita pressão, os brasileiros tiveram dificuldades. Mas a evolução tática se fez presente e o Brasil conseguiu conter o jogo do adversário, vencendo por 10x7 e avançando às semifinais com a confiança em alta.

Nas semifinais, o desafio seria a Polônia, outra equipe muito forte, campeã em 2013. O jogo foi muito duro e disputado e terminou empatado em 8x8. Nos tiros de 7 metros, no entanto, os poloneses venceram por 3x2 e avançaram à final. Na outra semifinal, a Rússia derrotou a França por 2x1 nos 7 metros, após empate em 10x10 no tempo normal.

Assim sendo, os brasileiros teriam outra pedreira no caminho do pódio. A França nunca venceu o torneio, mas foi vice campeã em 2009, 2012 e 2013, conquistando a medalha de bronze em 2010. Agora, apresentava sua mais talentosa geração e prometia um jogo difícil.

Porém, o Brasil conseguiu encaixar seu jogo no ataque e ainda anulou o poderoso ataque francês, de variação de jogadas, graças a uma forte marcação individual. O jogo quase perfeito dos brasileiros terminou com uma vitória de 11x5, dando ao Brasil a medalha de bronze e fazendo o país voltar ao pódio depois de 10 edições do torneio. Na final, a Rússia derrotou a Polônia por 11x7 e aumentou sua vantagem como maior vencedora. Agora, os russos têm 4 conquistas, contra 2 dos brasileiros e 1 de Alemanha, China, Polônia, Cuba e Argentina. Em 2018, o mundial volta a Moscou e a expectativa é que o Brasil possa voltar a triunfar onde conquistou seu primeiro título.

Lance da final entre Rússia e Polônia. O jogador russo, de posse da bola, se prepara para arremessar ante a marcação adversária.

Pódio do campeonato. No alto, os jogadores da Rússia, campeões mundiais. Abaixo à esquerda, os jogadores da Polônia, medalha de prata e, abaixo á direita, os jogadores do Brasil, medalha de bronze nos jogos.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Copa Rio 2017 - Final jogo de volta - 14/06/2017

Quarta-feira, véspera de feriado, dia frio e chuvoso. O clima não parecia o ideal para uma partida de futibou de butaum, mas o dia estava perfeito para uma final emocionante de campeonato. O público lotou o Itaquá Dome e foi brindado com uma partida espetacular. Em pouco tempo, o campeão da Copa Rio seria coroado!

A primeira partida terminou 3x2 a favor do Bangu, o que significa que o Imperatriz precisava de uma vitória por dois ou mais gols de diferença para ficar com a taça. Assim, Dircys pediu a seus jogadores que fizessem o máximo para que a bola chegasse aos pés de Elton no campo de ataque.

O Imperatriz foi a campo com 1. Charlie Brown; 3. Triton, 2. Leão, 4. Stam, 33. Ramon; 6. Cristóvão, 7. Etcheverry (c), 10. Zenden; 11. Rodrigo Pimpão, 9. Elton e 16. Denilson

Uma partida para fazer história. Esse era o lema do Bangu, que levantaria a taça se vencesse ou empatasse o jogo. Os irmãos Buchanan's Deluxe pediram aos seus jogadores que dessem a vida em campo, jogassem intensamente o tempo inteiro, para a equipe levantar sua primeira taça. A ordem era marcar forte e sair em contra ataques.

O Bangu foi a campo com 1. Ricardo Cruz; 2. Zanata, 3. Paulo Paiva, 4. Wilson Gottardo (c), 6. Eduardo Cachaça; 5. Borçato, 11. Macula, 8. Arturzinho, 10. Mendonça; 7. Marinho e 9. Claudio Adão

IMPERATRIZ 2x3 BANGU

À esquerda, os jogadores do Imperatriz, prontos para a saída de bola. À direita, os jogadores do Bangu. A arbitragem era de Pedro Carlos Bregalda, auxiliado pelo Promotor Corregedor

Quando a bola rolou, o Imperatriz tratou de ocupar o campo de ataque, mas o Bangu tinha uma marcação apertada. Sempre que a bola ia para um jogador do Imperatriz, um atleta do Bangu aparecia em cima para roubar-lhe a bola e já reiniciava o contra ataque.

Foi assim aos 2 minutos, quando Wilson Gottardo desarmou Rodrigo Pimpão e tocou no meio para Borçato. O camisa 5 abriu na esquerda para Eduardo Cachaça, que tocou no meio para Mendonça. O camisa 10 deu bonito passe em profundidade para Macula, que veio de trás e pegou a defesa do Imperatriz aberta. Adiantando demais a bola, o camisa 11 levou-a para dentro da área e, percebendo que Charlie Brown saía enlouquecidamente, Macula deu um leve toque pro lado e esperou o contato. Claudio Adão cobrou o pênalti no canto direito de Charlie Brown, que até acertou o canto, mas a bola foi precisa e rasteira: Bangu 1x0.

O Imperatriz precisava, agora, de 3 gols para ser campeão e não conseguia jogar. O Bangu, em cima, continuava roubando a bola. Só que, agora, tocava de pé em pé com calma, gastando o tempo. E assim o primeiro tempo foi passando. Até que, aos 8 minutos, nova linda jogada coletiva começou lá atrás, quando Paulo Paiva interceptou bola que ia para Elton, tocando a Borçato no meio. O camisa 5 passou a Zanata na direita, que procurou Arturzinho no meio. O camisa 8 tabelou com Mendonça e deu mais atrás a Macula, na esquerda. O camisa 11 fez uma esticada e encontrou Claudio Adão já na intermediária de ataque. Com liberdade, o camisa 9 inverteu para o lado direito, onde Marinho recebeu e avançou pela ponta, com Claudio Adão correndo para a área. O camisa 7 foi ao fundo e cruzou. Claudio Adão cabeceou da marca do pênalti e viu a bola tocar no travessão antes de entrar: Bangu 2x0.

No intervalo, Dircys foi para o tudo ou nada. Tirou Stam e Denilson e colocou Paulo Isidoro e Dinei. Cristóvão iria para a zaga, Etcheverry para a volância e Paulo Isidoro armaria, adiantando o time radicalmente. Já os irmãos Buchanan's optaram por poupar jogadores cansados. Saíram Paulo Paiva e Mendonça e entraram André Biquinho e Messias.

O Imperatriz voltou melhor para o segundo tempo, mas se abria perigosamente aos contra ataques, assim o jogo ganhou emoção. As tentativas da equipe de Niterói paravam em defesas espetaculares de Ricardo Cruz, mas aos 4 minutos, ele nada pôde fazer. Marinho fez falta em Ramon, que tocou rápido a Etcheverry. O camisa 7 abriu na direita para Paulo Isidoro, que tocou mais à direita para Zenden. Relembrando os velhos tempos, o melhor jogador de futibou de butaum do mundo arrancou pela direita, driblou Borçato, trouxe a bola pro pé esquerdo e desferiu ótimo chute da entrada da área, fazendo Imperatriz 1x2.

O gol empolgou e a equipe tinha, agora, 6 minutos para buscar pelo menos dois gols e levar pros pênaltis. Assim, o Imperatriz largou a cautela e foi ao ataque. O Bangu adiantou a marcação para abafar, mas o Imperatriz abriu o jogo pelas pontas. Assim, aos 7 minutos, Triton cobrou lateral a Rodrigo Pimpão, que avançou pela ponta e cruzou. Livre, Elton escorou de pé direito e incendiou o jogo: Imperatriz 2x2.

A partir daí, ninguém ousava respirar no estádio. O Bangu era melhor, mas um gol do Imperatriz levaria a partida para os pênaltis. O time de Moça Bonita optou pela retranca, mas o time de Itacoatiara ficava no campo de ataque. Por duas vezes, com Rodrigo Pimpão e Paulo Isidoro, Ricardo Cruz teve que se esticar e fazer defesas milagrosas.

A pressão foi enorme até os acréscimos, quando em cruzamento para a área, Ricardo Cruz afastou de soco e a bola caiu na entrada da área aos pés de Gottardo. O capitão passou na esquerda para Eduardo, que inverteu o jogo para Marinho. Com um passe de primeira, o camisa 7 encontrou Claudio Adão no meio e o centroavante avançou, driblando Leão e chutando na saída de Charlie Brown, para fazer o gol do título: Bangu 3x2.

BANGU CAMPEÃO DA COPA RIO 2017

Os jogadores do Bangu estavam com lágrimas nos olhos, celebrando efusivamente a sua primeira taça. A equipe já venceu um Torneio Início do Apertura, em 2010, mas o título não é considerado oficialmente, então esta Copa Rio é a primeira conquista efetiva do Bangu na FIFUBO. Melhor que isso, a equipe foi campeã invicta, com 3 vitórias e 1 empate, marcando 11 gols e sofrendo 8 gols.

"Eu não tenho palavras. Diziam que nosso time era composto por veteranos peladeiros, que não aguentavam o ritmo de uma partida. Mas, pouco a pouco, nós fomos melhorando e avançando. Fazer o que? Experiência também leva a conquistas..." - Buchanan's Deluxe 14, um dos técnicos do Bangu.

ARTILHARIA

Claudio Adão, do Bangu, e Elton, do Imperatriz, foram os artilheiros da Copa Rio, cada um com 5 gols marcados na competição.

"Já tinha sido artilheiro outras vezes, mas ser artilheiro e campeão é uma coisa inédita... e maravilhosa!" - Claudio Adão
"É doloroso perder uma final, mas ao menos eu posso me consolar por ter feito a minha parte. E esses 5 gols são a prova disso" - Elton.

Os jogadores Claudio Adão e Elton são parabenizados pelo narrador José Carlos Araújo, durante a entrega do prêmio de artilheiros da Copa Rio

No momento da entrega da taça, o capitão Wilson Gottardo não conseguiu esconder a emoção. Em 13 anos de Bangu, era a primeira vez que ele ia ao tradicional tapete vermelho receber um troféu.

"Eu não sei o que dizer. Escolhi o Bangu, virei capitão e fiz amigos aqui, que confiam na minha liderança. Agora, levanto essa taça e passa um filme na minha cabeça, um filme de 13 anos. Não quero esperar outros 13 para levantar outro troféu. Nós vamos para a Supercopa FIFUBO!" - Wilson Gottardo, capitão do Bangu.

O capitão do Bangu, Wilson Gottardo, recebe a taça de campeão da Copa Rio das mãos do vice presidente da FIFUBO, Ruben Paz

A verdade é que o sucesso dessa equipe foi desenhada a muitas mãos. Começando por Ricardo Cruz, uma parede lá atrás, com defesas milagrosas nos momentos mais difíceis; passando por Zanata, que voltou de suspensão para ser uma ameaça constante pelo lado direito; com a dupla de zaga formada por Paulo Paiva e Wilson Gottardo, que trazem segurança e, principalmente, com Gottardo sendo um gigante na grande final; Eduardo Cachaça e toda a sua experiência como lateral esquerdo, tanto atacando pela ponta, como armando o jogo pelo meio; com Borçato como cão de guarda, protegendo a entrada da área; com Macula como segundo volante e ajudando tanto na marcação quanto na armação; com a genialidade de Arturzinho, o Rei Artur, que usava sua experiência para levar o time à frente; com Mendonça como dono do meio de campo e verdadeiro maestro; com Marinho e suas arrancadas pelo lado direito, passando para os gols na final; com Claudio Adão como grande matador, autor de um hat trick e artilheiro do campeonato; com Messias e André Biquinho, que entravam e ajudavam a renovar o elenco; com os irmãos Buchanan's insistindo no trabalho de uma junta técnica, coroados com a conquista. Esse é o Bangu, campeão da Copa Rio 2017!

Jogadores do Bangu dão a volta olímpica, celebrando a conquista da Copa Rio

terça-feira, 13 de junho de 2017

Copa Rio 2017 - Final jogo de ida - 13/06/2017

O amor esteve no ar no dia de ontem e, hoje, quem esteve no ar foi o futibou de butaum, com o primeiro jogo da final da Copa Rio. A tarde fria e nublada seria um entrave aos torcedores, mas a proximidade do campeonato de bodyboard (que começa nesta quarta-feira) trouxe muita gente a Itacoatiara e estes aproveitaram o clima amoroso para comparecerem ao Itaquá Dome e assistirem ao primeiro jogo da final. Os jogadores celebraram o estádio cheio e retribuíram com uma grande partida. Vamos a ela!

BANGU 3x2 IMPERATRIZ

Invicto no campeonato, o time em vermelho e branco despachou o CROL nas semifinais (2x2 e 3x2) e vinha querendo segurar o Imperatriz. Descaradamente, a comissão técnica dizia que um empate era ótimo, para levar tudo ao jogo final. Para isso, a ordem era tocar a bola de pé em pé e esperar uma boa oportunidade para atacar. Do outro lado, a derrota e a quase eliminação nas semifinais (3x1 e 2x4 Vasco, ganhando nos pênaltis por 4x1) trouxe preocupação aos jogadores do Imperatriz. O time de verde e branco sabe de suas limitações e a torcida cobra a reformulação do elenco, mas a equipe iria para campo com o que tinha ali. Assim, a ordem era que Zenden e Etcheverry ajudassem Cristóvão na marcação e, ao recuperar a bola, a ligação deveria ser com Elton.

O Bangu começou muito bem a partida, rondando a área do Imperatriz desde o início. Arturzinho e Mendonça armavam o jogo a partir do meio de campo. Na direita, Marinho não era ainda o ponta veloz que se espera, mas já atuava armando as jogadas no campo de ataque e tinha a companhia de Zanata que, retornando de suspensão, atuava mais como ponta do que como lateral. No comando de ataque, Claudio Adão era o destino das jogadas. O Imperatriz assistia passivamente o jogo e só conseguia vez ou outra sair, sempre com Etcheverry.

A polêmica ficou em torno da escalação do árbitro José Roberto Wright. Além de árbitro e presidente da comissão de arbitragem, ele é diretor técnico do Imperatriz e isso sempre o afastou das partidas em que esta equipe estava em campo. Mas isso caiu, por ordem da diretoria da FIFUBO, que acreditava na lisura do árbitro. Outro que foi beneficiado foi o árbitro Pedro Carlos Bregalda, que não apitava partidas do Vasco, por ser diretor técnico da equipe. O problema ocorreu aos dois minutos, quando Claudio Adão fez o papel de pivô e tocou atrás para a conclusão de Zanata. A bola bateu no travessão, quicou e o árbitro mandou seguir o jogo, enquanto os jogadores do Bangu alegavam que a bola quicou após a linha de gol.

Mesmo assim, o Bangu não deixou esse lance arrefecer seu ímpeto e continuou atacando. Aos 4 minutos, Marinho esticou na ponta direita para Claudio Adão. O camisa 9 ia ao fundo, quando foi derrubado por Stam. Mendonça cobrou a falta com perfeição, encobrindo a barreira, e a bola entrou no ângulo oposto de Charlie Brown: Bangu 1x0.

O gol fazia justiça ao Bangu, que aproveitou a vantagem no placar para recuar e tocar a bola. Com isso, o Imperatriz teve mais espaço para iniciar suas jogadas. E foi compensado com o empate aos 9 minutos. Mendonça passou a bola a Claudio Adão e Cristóvão interceptou, reiniciando o jogo para Etcheverry na direita. O camisa 7 tocou a Zenden no meio e o camisa 10 abriu a Rodrigo Pimpão na direita. O camisa 11 viu Elton no meio e lhe passou a bola. Elton recebeu, trouxe a bola para o pé direito e chutou forte da entrada da área, sem chance para Ricardo Cruz, fazendo Imperatriz 1x1.
Mendonça fez o 'toca y me voy' com Arturzinho e correu para a esquerda. O camisa 8 trouxe a bola para o lado esquerdo e se livrou da marcação de Elton, avançando pelo meio. Com a chegada da marcação, Arturzinho deu um toque de categoria no meio da zaga e Mendonça, saindo da ponta para o meio, recebeu na entrada da área. O camisa 10 driblou Charlie Brown e empurrou para o gol vazio, fazendo Bangu 3x2.

O Imperatriz ainda criou algumas jogadas, principalmente com Denilson na esquerda, diante da melhora do ponta em suas arrancadas, mas a defesa do Bangu se mostrou atenta para segurar o resultado. O time de Moça Bonita ainda saiu em alguns contra ataques, mas as tentativas de Claudio Adão ficaram longe de encontrar as redes.

domingo, 11 de junho de 2017

Copa Rio 2017 - Semifinais jogos de volta - 11/06/2017

As nuvens se afastaram, o céu ficou azul, a temperatura não subiu e o público encontrou um clima bom para ir em maior número ao Itaquá Dome, para conhecer os finalistas da Copa Rio. Vamos descobrir quem continua na disputa!

CROL 2x3 BANGU

Com um empate no primeiro jogo (2x2), só avançaria á final quem vencesse. Em caso de novo empate, a disputa seria nos pênaltis. O CROL tinha duas mudanças. Saíram Rafinha e Nelcio, entraram Rato e TV. Assim, a equipe usaria todos os seus atletas na competição. O Bangu também tinha uma mudança, mas por conta de suspensão. Zanata cumpria um jogo pela expulsão na partida anterior e, em seu lugar, Messias jogaria improvisado.

O Bangu parecia melhor fisicamente, mostrando que o problema pode ser falta de ritmo. Ocupava o campo adversário e rondava a área com perigo. Mendonça atuava com liberdade pelo campo de ataque, buscando tabelas e concluindo a gol. O CROL tentava se defender e sair no contra ataque, mas o time do Bangu estava bem postado para impedir surpresas.

Assim, a equipe do Rio abriu o marcador aos 4 minutos. Gottardo interceptou passe que ia para Leozinho e tocou a Eduardo Cachaça na esquerda. O camisa 6 tocou a Mendonça, que passou mais à frente para Claudio Adão. A marcação veio em cima do camisa 9, que deu um passe para a esquerda, onde Eduardo Cachaça surgiu de surpresa. O camisa 6 invadiu a área e tocou na saída de Hobson, fazendo Bangu 1x0.

O gol fez justiça ao bom futebol da equipe, mas a tão alardeada experiência banguense voltou a dar lugar ao equívoco típico de quem tem confiança em excesso. Aos 6 minutos, a equipe recuperou com facilidade a bola, em tentativa de tabela entre Iverson e Pablo, mas começou uma sequência de passes inúteis no campo de defesa. De Paulo Paiva, a bola foi a Messias, que tocou a Borçato, daí para Gottardo, até chegar a Eduardo Cachaça. Confiante pelo gol, o camisa 6 resolveu recuar para Ricardo Cruz, mas o goleiro estava fora do gol e a bola entrou mansa. Eduardo havia feito um a favor e, agora, fez outro contra: CROL 1x1.

O lance bizarro fez o Bangu perder a confiança e, com isso, quem se aproveitou foi o CROL. O time de Niterói começou a se espalhar mais no campo e tabelar. Ricardo Cruz apareceu bem em alguns lances, mas nada pôde fazer aos 9 minutos. Em cobrança de tiro de meta, Hobson tocou a Dr L no meio, que passou mais na frente para Iverson. O camisa 10 distribuiu na esquerda para André, que fez sua tradicional jogada. Recebeu, driblou Messias para a esquerda e chutou na sequência, sem chances para o goleiro adversário: CROL 2x1.

O Bangu iria para o intervalo em desvantagem, mas Mendonça estava inspirado e não queria desperdiçar essa inspiração. Na saída de bola, fez um 'toca y me voy' com Macula, recebeu na direita, driblou Dr L, driblou Rato e desferiu um chute de muita categoria de dentro da área, encobrindo Hobson, que ainda tocou na bola: Bangu 2x2.

No intervalo, Madre Pérola tirou Rato e Leozinho e colocou Rafinha e Mosquito, já pensando em disputa de pênaltis. Já os irmãos Buchanan's Deluxe optaram por tirar Marinho e colocar André Biquinho. Novamente, o camisa 7 não produziu nada, então era melhor colocar um jogador que fosse bom no passe.

O CROL voltou muito melhor e o jogo se inverteu. Cansado, o Bangu não conseguia acompanhar o fôlego dos jovens de Niterói. Nesse momento, quem se destacou foi o goleiro Ricardo Cruz, que segurou todas as investidas do adversário.

Quando tudo indicava que a partida iria para os pênaltis, a sorte também resolveu mudar de lado. Na única jogada que o Bangu criou no segundo tempo, André Biquinho inverteu o jogo e encontrou Macula livre. O camisa 11 adiantou a bola e viu Hobson saindo. Com um toque para o lado, a bola passou, mas Macula foi derrubado pelo goleiro. Claudio Adão deslocou Hobson, cobrando em seu canto esquerdo e fazendo Bangu 3x2, aos 8 minutos.

IMPERATRIZ 2x4 VASCO

Com uma boa vitória no primeiro jogo (3x1), o Imperatriz pode até perder por um gol de diferença. Pensando nisso, Dircys promoveu 3 mudanças na equipe. Saíram os laterais Triton e Ramon e o atacante Denilson e entraram Anderson Lima, Numan e Benjamin. Já o Vasco precisava vencer por 3 gols de diferença, tarefa quase impossível. Para não entrar com o time inteiro reserva, Antonio Lopes promoveu 6 mudanças. Saíram Carlos Germano, Maricá, Tinho, Bruno Lazaroni, Marcelinho e Petkovic e entraram Marcio, Thiago Maciel, Rogério Pinheiro, Nasa, Allan Delon e Dominguez. Vitória do Vasco por 2 gols de diferença levaria a partida para os pênaltis.

As mudanças foram muito boas para o Vasco, que dominou o jogo desde o início. A entrada de Nasa foi essencial para anular Elton, o destaque do jogo anterior. Também foi importante, pois liberava Léo Lima para ajudar na armação. Com isso, o Vasco tinha 3 jogadores para distribuir o jogo, para Edmundo e Donizete atacarem pelas pontas. Mas o gol não saía, fruto do erro no último passe ou de conclusões erradas.

O gol só veio aos 8 minutos, em linda jogada coletiva. Após Etcheverry tentar o passe para Elton, Nasa se atirou e interceptou a bola. Léo Lima recebeu e tocou no meio para Dominguez. O português tabelou com Allan Delon e abriu na direita para Edmundo, que avançou até a entrada da área, atraiu a marcação e inverteu na esquerda para Donizete. O camisa 13 chutou de primeira, no contrapé de Charlie Brown e fez Vasco 1x0.

O Imperatriz deu a impressão de que podia vencer na hora que quisesse, pois empatou logo na saída de bola. Aos 9 minutos, Elton fez o 'toca y me voy', mas Etcheverry não lhe devolveu a bola, preferindo sair para a direita. Driblou Léo Lima, driblou Nasa e, da entrada da área, deu lindo chute de trivela, deslocando Márcio e fazendo Imperatriz 1x1, um castigo para o bom futebol vascaíno.

No intervalo, Dircys resolveu fazer experiências ousadas. Tirou Anderson Lima e Benjamin e colocou Rodrigo Souto e Vander Carioca. O camisa 19 iria jogar improvisado na lateral direita, enquanto Vander iria jogar de centroavante, recuando Elton para a ponta esquerda. Já Antonio Lopes tirou Dominguez e Donizete, para colocar Siston e Alex Alves. Foi muito criticado, pois Donizete havia feito o gol vascaíno e Alex Alves nunca se recuperou da lesão que acabou com sua brilhante carreira. As vaias virariam aplausos em breve...

Alex Alves entrou se movimentando bem pelo campo de ataque, na zona entre o centro e a ponta esquerda. Buscou a bola, tabelou e se apresentou para a conclusão. O primeiro chute, logo a um minuto, passou por cima do travessão.

Mas os deuses do futibou de butaum pareciam querer brincar neste domingo e, apesar do ótimo futebol vascaíno, quem marcou foi o Imperatriz. Aos 4 minutos, Rodrigo Souto passou a seu xará Pimpão na direita. O camisa 11 era marcado por 2 jogadores e havia mais 3 atrás, fruto da ótima marcação do Vasco. Mesmo assim, Rodrigo Pimpão conseguiu driblar um dos marcadores e passar a bola no meio dos outros quatro. A bola chegou a Vander Carioca limpa dentro da área e o camisa 34 chutou de primeira na saída de Márcio, para fazer Imperatriz 2x1.

Esse gol foi a pá de cal nas pretensões vascaínas, já que o time precisava de 3 gols para levar a partida para os pênaltis. Mas era domingo de brincadeira dos deuses do futibou de butaum...

Aos 6 minutos, Allan Delon abriu na direita para Edmundo e o camisa 10 viu Alex Alves saindo da ponta para o meio. O passe foi preciso e o camisa 17 dominou na meia lua. Com um drible desconcertante, Alex Alves deixou Cristóvão no chão, invadiu a área e chutou no ângulo de Charlie Brown, fazendo Vasco 2x2. Ele queria levar a bola rápido para o meio, mas os jogadores queriam celebrar com ele, seu grande retorno.

O Imperatriz passou a segurar o jogo e fazer o tempo passar, mas o Vasco recuperava a bola e saía rápido para o contra ataque, levando perigo. Mas as coisas complicaram com o nervosismo vascaíno em buscar o ataque. Siston fez falta tripla aos 8 minutos e foi expulso. Com um a menos e precisando vencer com diferença, o Vasco parecia liquidado. Mas a regra não escrita da FIFUBO de que time com um a menos se desdobra ainda daria as caras...

Aos 9 minutos, Elton avançou pela esquerda e tentou invadir a área, mas Rogério Pinheiro o desarmou, abrindo a Thiago Maciel na direita. O camisa 18 tocou para Edmundo na ponta e o camisa 10 viu Allan Delon se deslocando pelo meio. O passe foi preciso novamente e o camisa 28 recebeu da entrada da área, desferindo potente chute para vencer Charlie Brown e fazendo Vasco 3x2. Tínhamos um jogo!

O Imperatriz tentou tocar a bola, mas seus jogadores sentiram o golpe. Cristóvão recebeu na intermediária e tentou passar a Rodrigo Pimpão na direita, mas o passe foi totalmente errado e Gilberto recuperou, tocando a Alex Alves na ponta. O camisa 17 correu em diagonal, driblou Cristóvão com facilidade e, da entrada da área, chutou cruzado. Dramaticamente, a bola tocou no travessão, no chão, nas costas de Charlie Brown e entrou: Vasco 4x2. O jogo iria para os pênaltis!

O Imperatriz converteu suas 4 primeiras cobranças, com Etcheverry, Elton, Leão e Zenden. O Vasco desperdiçou duas, com Gilberto e Mauro Galvão (ambas na trave), e só marcou com Allan Delon. Assim, o Imperatriz venceu nas penalidades por 4x1 e avançou à final.

NOTAS RÁPIDAS

  • Bangu e Imperatriz avançam às finais. Em sorteio realizado após a rodada, ficou decidido que o Bangu terá o mando de campo no primeiro jogo e o Imperatriz, no jogo decisivo. A regra é a mesma das semifinais.
  • As finais deverão ser disputadas durante a semana, provavelmente na terça e na quinta-feira.

sábado, 10 de junho de 2017

Copa Rio 2017 - Semifinais jogos de ida - 10/06/2017

Após um período de descanso pós-Torneio Apertura, a FIFUBO volta à ação com sua mais nova criação: a Copa Rio! Uma brilhante ideia para utilizar os 4 times brasileiros que ficam o ano inteiro sem atuar. Vasco e Imperatriz abrem a temporada da FIFUBO, na Copa 3 Corações. Mas Bangu e CROL não atuam nunca, salvo uma ou outra partida amistosa no final do ano. Assim, a FIFUBO criou esta copa com as quatro equipes atuando em jogos eliminatórios em ida e volta. O vencedor enfrenta o Vasco (campeão da Copa 3 Corações) por uma vaga nas semifinais da Supercopa FIFUBO, no fim do ano.

O público compareceu em número modesto ao Itaquá Dome, em parte por causa do dia frio e nublado, em parte por causa das partidas sem muito apelo. Mas os que foram ao estádio viram dois jogos emocionantes. Vamos a eles!

BANGU 2x2 CROL

O clássico do ônibus cinza, como é conhecido este jogo, é fruto de grande empolgação por parte das suas equipes. Uma das duas avançará à final, fato raro na história de ambas. O Bangu é um time composto por jogadores experientes, com boa base para superar suas limitações físicas e fazer um jogo de toques curtos. O CROL é um time amador do Rio do Ouro, Niterói, composto por jogadores novos e talentosos, mas sem muita consciência tática. Um duelo interessante...

O Bangu usou sua experiência para tocar a bola de pé em pé e buscar boas opções de ataque. O CROL, por sua vez, tentava impor uma velocidade e abusava dos dribles. Mas a falta de ritmo fazia com que o jogo ficasse de intermediária a intermediária, com poucas chances de gol.

Quando a primeira chance clara surgiu, a porteira foi aberta. Aos 6 minutos, Arturzinho tentou passar a Claudio Adão e Spina roubou-lhe, fazendo um lançamento para o campo de ataque. Iverson pegou a bola na entrada da área, de costas para o gol, e utilizou seu passado no futsal para girar e trazer a bola para o pé esquerdo, de onde desferiu ótimo chute e fez o primeiro gol da Copa Rio: CROL 1x0.

O Bangu empatou na saída de bola, aproveitando-se de sua experiência e da inexperiência do rival. Aos 7, Mendonça fez o 'toca y me voy' com Arturzinho e recebeu na entrada da área. Dr L correu para roubar-lhe a bola e o goleiro Hobson saiu desesperado para abafar. Com um toque de categoria, Mendonça encobriu o volante e o goleiro e a bola entrou mansa no gol: Bangu 1x1.

A virada veio também no excesso de experiência de um e na falta do outro. Na saída de bola, Iverson tentou fazer o 'toca y me voy' com Nelcio, mas o camisa 8 devolveu errado. Claudio Adão recuperou e inverteu na direita para Arturzinho. O camisa 8 recuou para Zanata e correu à frente para receber. O passe foi preciso e Arturzinho recebeu na intermediária, driblando Rafinha com facilidade e mandando de trivela da entrada da área. A bola encobriu Hobson, tocou no travessão e morreu no fundo das redes, aos 8 minutos: Bangu 2x1.

No intervalo,  Buchanan's Deluxe 8 trocou dois jogadores por cansaço. Saíram Paulo Paiva e Marinho e entraram Messias e André Biquinho. Além da questão física, Marinho não tinha a mesma velocidade para atuar na ponta direita e se limitava a armar o jogo no meio de campo. Assim, que entrasse um jogador com qualidade para tal. Já Madre Pérola trocou Leozinho e Pablo para colocar Matthaus e Mosquito. Centroavante da equipe, Leozinho jamais apareceu no campo de ataque. Pablo deveria armar o jogo, mas também se omitiu.

O Bangu cansou e veio com uma proposta de controlar o jogo, mas tudo foi por terra logo a um minuto. Irresponsável, Zanata insistiu em uma jogada de ataque, fazendo falta tripla e sendo expulso. Assim, André Biquinho foi improvisado na lateral e o CROL passou a atacar por aquele lado. O jogo virou um ataque contra defesa frenético e Ricardo Cruz se sobressaiu, com defesas importantes.

Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Aos 8 minutos, André Biquinho se mandou pela direita e Claudio Adão pedia desesperado no comando de ataque. Mas o camisa 19 tentou mais um drible e se atrapalhou. Rafinha recuperou e tocou a Marquinho na esquerda. O camisa 6 avançou e tocou no corredor para André, que fez sua tradicional jogada de driblar para a esquerda e chutar na sequência. A bola encobriu Ricardo Cruz e o CROL finalizou a partida em 2x2.

VASCO 1x3 IMPERATRIZ

O clássico eternizado na música Autorretrato, de Kleiton e Kledir, é um divisor de águas na temporada. Os dois maiores vencedores da história da FIFUBO (Vasco com 10 títulos e Imperatriz com 12) hoje se limitam á disputa da Copa 3 Corações. O time vencedor ganha uma chance de voltar aos campos no final do ano, na Supercopa FIFUBO. O perdedor entra em crise e os torcedores cobram contratações, mudanças táticas e até a cabeça do técnico.

O Vasco vem mais tranquilo, pois foi o campeão da Copa 3 Corações desse ano. Com seu esquema defensivo e apostando em contra ataques, sabe de suas limitações e quer levar o time a mais uma conquista, entrando direto nas semifinais da Supercopa. Já o Imperatriz é a crise da vez. Após vencer o Vasco (4x2) na Copa 3 Corações, podia empatar com o Dallas Stars para ser campeão. Mas a derrota por 0x4 deu ao Vasco o título pelo número de gols marcados. A torcida criticou bastante e a diretoria se dividiu entre aposentar o time atual ou mantê-lo e investir em contratações pontuais. O grande debate está em torno de um grupo de jogadores, principalmente Zenden, considerado o melhor jogador de futibou de butaum do mundo pela FIFUBO.

Tecnicamente, foi um jogo muito melhor que a pelada anterior. O Imperatriz dominou desde o início e verticalizou seu jogo. O Vasco trocava bons passes, principalmente as triangulações pela direita com Maricá, Marcelinho e Edmundo, mas errava sempre no último passe.

O Imperatriz abriu o marcador logo a um minuto, quando Marcelinho tentou inverter para Donizete e errou o passe. Cristóvão recuperou e tocou a Etcheverry que, marcado por 3 jogadores, deu um leve toque na bola e encontrou Elton livre. O camisa 9 avançou trazendo a bola para o pé esquerdo e, da entrada da área, chutou cruzado e venceu Carlos Germano: Imperatriz 1x0.

O Vasco tentou sair pro jogo, mas as bolas não chegavam em condições e, quando chegavam, os jogadores de frente se atrapalhavam. O Imperatriz foi controlando e conseguiu o segundo gol aos 9 minutos, em boa jogada de contra ataque. Leão desarmou Donizete e tocou a Etcheverry na direita. O camisa 7 esticou para Rodrigo Pimpão na ponta e o camisa 11 foi ao fundo. O cruzamento foi perfeito e Elton cabeceou da marca do pênalti, sem chances para Carlos Germano: Imperatriz 2x0.

No intervalo, Antonio Lopes trocou Léo Lima e Donizete por Beto e Marques. Tencionava melhorar a marcação no meio de campo e ter um jogador de mais velocidade na frente. Já Dircys tirou Etcheverry e Denilson para colocar Paulo Isidoro e Dinei, por questões físicas. Os times brasileiros, com 12 a 15 anos de atividade, já não deslizam com a mesma intensidade de antes e os chutes saem fracos...

O jogo deu uma queda no segundo tempo, por conta da questão física, mas ainda assim teve bons lances para levantar o público. O Vasco descontou aos 5 minutos, em boa jogada coletiva, que começou no campo de defesa com Beto. O camisa 19 tocou a Petkovic, que inverteu para Marcelinho na direita. O camisa 8 voltou a inverter o jogo, agora para Marques na esquerda. O camisa 9 tabelou com Edmundo e foi envolvendo a defesa do Imperatriz nessa costura, até dar o último passe ao camisa 10. Edmundo invadiu a área pelo meio e tocou na saída de Charlie Brown, fazendo Vasco 1x2.

Mas o que parecia ser o início de uma reação só mostrou que o Imperatriz mataria o jogo quando quisesse. Na saída de bola, aos 6, Elton tocou a Zenden, que driblou Beto e avançou até a intermediária. Com novo drible, ele tirou Bruno Lazaroni na jogada, que tentou voltar ao lance. Zenden, então, deu mostras de sua genialidade ao tocar de volta a Elton na direita que, com novo drible desmoralizante, deixou Bruno Lazaroni no chão e invadiu a área, chutando na saída de Carlos Germano e anotando seu hat trick: Imperatriz 3x1.

NOTAS RÁPIDAS

  • Os jogos de volta das semifinais serão disputados neste domingo. O saldo de gols é usado como critério de desempate, mas o número de gols não. Assim, avança quem vencer entre Bangu e CROL (empate leva para os pênaltis) e o Vasco precisa vencer por 3 gols de diferença para avançar (se vencer por 2, haverá disputa de pênaltis). As finais seguem o mesmo critério e deverão ser disputadas durante a semana.
  • Os dados das equipes brasileiras e do Dallas Stars remontam a 2013, os dados anteriores ainda não foram recuperados. Por esse motivo, a notificação de milestones dos jogadores dessas equipes fica suspenso, até o número preciso ser recuperado.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Torneio Apertura 2017 - Balanço Final

Após passar 2015 e 2016 sem completarmos uma liga sequer, a FIFUBO consegue chegar ao meio do ano com o Torneio Apertura completinho.

Por conta dos problemas nos dois anos anteriores, a Federação editou uma regra em que se a liga fosse abandonada e o tempo fosse insuficiente para completá-la, ao menos um turno deveria ser encerrado para avançarmos aos playoffs. Se um turno não tivesse sido encerrado, faríamos as rodadas correspondentes para encerrá-lo e, assim, avançaríamos à fase decisiva. Mas a primeira liga disputada sob a nova regra nem precisou aplicá-la, pois os prazos foram cumpridos, os jogos foram jogados e o campeão foi coroado. Na semana seguinte, o All Star Game foi disputado e tudo se encerrou perfeitamente. Abaixo, faremos um resumo de cada equipe no campeonato e, depois, a classificação final, artilharia e algumas estatísticas.

EQUIPES

Boca Juniors - Sempre envolvido em polêmicas com diretoria, comissão técnica, jogadores e torcida, o Boca fez história negativamente. Foi a primeira equipe argolada a não conseguir se classificar para a fase decisiva de uma liga desde que a FIFUBO passou a adotar o sistema misto (times argolados e fechados). Ao iniciar a temporada com uma espetacular vitória sobre o Independiente (4x0), o time parecia querer disputar o título. Na rodada seguinte, no entanto, tomou uma sonora goleada no Superclássico (1x5), que começou a cavar a profunda cova onde a equipe foi enterrada. Após um primeiro turno de altos e baixos (3 vitórias, 1 empate e 3 derrotas), os boatos de que um novo treinador seria contratado ganharam força. Madeirite foi perdendo o elenco e o pouco apoio que tinha. No início do segundo turno, foi anunciado de que o treinador seria demitido tão logo a participação do Boca se encerrasse, com ou sem título. Na terceira rodada, a derrota para o Huracán (1x3) derrubou o treinador. Sr Rússia foi contratado para o seu lugar e estreou já sob pressão. Em 4 jogos, conseguiu 2 empates e 2 derrotas, mas mudou o esquema tático e prometeu que o Boca já mostraria sua nova (e vencedora) cara na Copa Olé. Com 4 vitórias, 3 empates e 7 derrotas, o Boca fez 15 pontos e terminou o campeonato na quinta colocação. A sua campanha foi a seguinte:

4x0 e 4x3 Independiente
1x5 e 1x3 River Plate
3x1 e 1x3 Huracán
1x1 e 2x2 Estudiantes
2x3 e 0x3 Velez
4x2 e 4x4 San Lorenzo
2x4 e 0x2 Racing

O destaque da equipe foi Martin Arruabarrena, que conseguiu vaga na lateral esquerda da seleção do campeonato, a despeito de Riquelme ter sido o artilheiro da equipe, com 8 gols.

Estudiantes de La Plata - A equipe começou o campeonato com um sentimento de que deveria começar a dar no campo os resultados do bom ambiente no vestiário, mas jamais foi assim. A primeira vitória só veio na quinta rodada (3x2 Independiente) e acabou sendo a única da equipe no certame. A aposta inicial era embolar o meio de campo para dificultar o jogo do adversário. Posteriormente, acabaram utilizando uma estratégia de abrir os atacantes e jogar pelas pontas, o que deu uma leve melhora à equipe. Sempre na última colocação, conseguiu subir para sétimo no final do campeonato e ali terminou sua participação. Com 1 vitória, 6 empates e 7 derrotas, fez apenas 9 pontos e a sua eliminação com boa antecedência mostra que o Estudiantes jamais ameaçou os seus adversários. O ataque foi o pior da competição, tendo anotado apenas 25 vezes. A sua campanha foi a seguinte:

2x3 e 2x5 Racing
2x2 e 1x4 Velez
1x4 e 2x2 San Lorenzo
1x1 e 2x2 Boca Juniors
3x2 e 1x5 Independiente
2x4 e 3x5 River Plate
1x1 e 2x2 Huracán

O destaque da equipe foi Juan Sebastian Verón. Novamente, o capitão da equipe foi quem tentou organizar as coisas e acabou parando na seleção do campeonato. Marcou 6 gols, mas o artilheiro da equipe Leandro Benítez, com 7.

Huracán - Tradicionalmente, é considerada a equipe mais fraca, mas sempre frequenta a parte de cima da tabela. Tal fama foi corroborada com o vice campeonato no Torneio Início, mas, aqui, fez diferente. Terminou o primeiro turno em último, sem ter conseguido uma vitória sequer no primeiro turno (foi a única equipe com este feito). No segundo turno, estreou vencendo (3x1 no Velez) e emendou mais duas vitórias seguidas, mas o péssimo primeiro turno fez efeito e a equipe acabou eliminada precocemente. Os problemas aqui surgiram nos pés de Cigogna. O artilheiro da equipe não mostrou boa forma física e técnica e andou desperdiçando alguns pênaltis, o que despertou a antipatia de alguns colegas de equipe. Desta forma, o Huracán jamais conseguiu aliar seu forte esquema defensivo a um eficiente contra ataque. Curiosamente, a equipe conseguiu um empate heroico contra o River, igualando a partida após estar perdendo por 1x3, que deu a impressão de recuperar a sua força característica. Com 3 vitórias, 5 empates e 6 derrotas, acabou na sexta colocação. A campanha foi a seguinte:

3x3 e 3x1 Velez
4x4 e 3x2 San Lorenzo
1x3 e 3x1 Boca Juniors
1x3 e 1x6 Independiente
3x3 e 0x4 River Plate
1x2 e 1x2 Racing
1x1 e 2x2 Estudiantes

O destaque da equipe foi Ruben Masantonio, que conseguiu levar a equipe à frente praticamente sozinho e se apresentou como alternativa para o boicote a Cigogna. Mesmo assim, terminou empatado com o mito na artilharia da equipe, com 7 gols cada. Outro destaque foi Centurión, que conseguiu se destacar em alguns jogos e chegou à seleção do campeonato.

Independiente - Candidato a sensação do campeonato, o Independiente se amparava na fama dos Torneios Apertura de 2014 (onde foi o campeão da temporada regular) e 2016 (onde liderava invicto até o campeonato ser paralisado). Ao cair nas semifinais do Torneio Início, pareciam mostrar que o bom e eficiente esquema tático estava de volta. Mas bastou a primeira rodada do Apertura para tudo ir por terra. Impiedosamente derrotados pelo Boca (0x4), os jogadores do Independiente enfrentaram a fúria de seus torcedores, que viam no Clássico de Avellaneda na rodada seguinte o ponto final das pretensões no campeonato. Mas veio uma vitória igualmente convincente (4x0) e a euforia voltou, sendo reforçada pela vitória sobre o River na rodada seguinte (2x1). O Independiente foi a única equipe a derrotar o River e não ser derrotada, pois venceu nos dois turnos. Mas os feitos históricos eram acompanhados de decepção igualmente histórica. O Independiente viveu uma gangorra de resultados e terminou o campeonato vencendo 9 partidas e perdendo 7 (foi a única equipe a não empatar), conseguindo a vaga nos playoffs em terceiro lugar. Nas semifinais, caiu para o super rival Racing por conta do regulamento, já que a equipe adversária podia jogar por resultados iguais. Em dois jogos espetaculares, cada um venceu por 2x1. O gol que eliminou o Independiente saiu no último minuto de jogo. Fica a impressão de que, superados os problemas físicos e a falta de motivação, o time pode ir longe. Quando quis jogar, o Independiente mostrou um futebol eficiente e encantador. O trio de frente se porta bem quando quer, os gols saem e goleadas são empilhadas na conta do time de Avellaneda. A campanha foi a seguinte:

0x4 e 3x4 Boca Juniors
4x0, 1x3, 1x2 e 2x1 Racing
2x1 e 2x1 River Plate
3x1 e 6x1 Huracán
2x3 e 5x1 Estudiantes
2x4 e 3x4 Velez
4x3 e 3x2 San Lorenzo

O destaque da equipe foi Nestor Silvera. O camisa 11 não ficou restrito ao campo de ataque. Quando a bola não chegava, ele voltava ao meio de campo para armar o jogo e servia seus companheiros. Até na zaga foi visto. Seu esforço foi premiado. Com 16 gols, terminou como vice artilheiro e foi parar na seleção do campeonato.

Racing Club Avellaneda - O vice campeão da temporada foi, junto com o River, o grande destaque deste semestre. Eliminados logo na primeira fase do Torneio Início e com uma campanha irregular no primeiro turno (onde teve 1 vitória e 3 derrotas nos 4 primeiros jogos), o time foi sacudido por seu treinador, que chamou o elenco para conversar e os explicou da necessidade dos jogadores se doarem 110% em campo. Com isso, jogadores como Enrique, Martin Simeone, Ruben Capria, Acosta e Latorre tornaram-se protagonistas e as vitórias foram aparecendo. Engrenaram 6 triunfos seguidos e o time foi para o segundo lugar na tabela, de onde não saiu mais. O Racing se classificou aos playoffs com a vantagem de jogar por dois resultados iguais nas semifinais e assim o fez (2x1 e 1x2 Independiente), mas o regulamento se virou contra eles nas finais, onde o River tinha tal vantagem. Com seus dois primeiros empates no campeonato (3x3 e 4x4), viram o rival levantar a taça, mas saíram aplaudidos de campo. Com 5 jogadores na seleção do campeonato (todos titulares), o Racing mostrou que a força do seu elenco pode fazer a diferença daqui para a frente. A campanha foi a seguinte:

3x2 e 5x2 Estudiantes
0x4, 3x1, 2x1 e 1x2 Independiente
2x3 e 4x2 Velez
0x3, 2x4, 3x3 e 4x4 River
4x1 e 4x2 San Lorenzo
2x1 e 2x1 Huracán
4x2 e 2x0 Boca

O grande destaque de sua equipe foi Ruben Capria. O camisa 10 foi o maestro da equipe, organizando o time em campo, distribuindo passes, cobrando e aparecendo na frente para anotar gols, terminando em terceiro lugar na tabela de artilheiros (15 gols) e sendo o grande destaque do All Star Game, onde foi o capitão da seleção do campeonato e autor de dois gols. Levou a equipe à final no último minuto da semifinal e por muito pouco não levou seu time ao título. Além dele, outros jogadores se destacaram, mas se percebe que muitos deles melhoraram por conta de Ruben Capria.

River Plate - O grande campeão não só do Torneio Apertura, mas do primeiro semestre, fez uma campanha espetacular. Começaram o ano vencendo o Torneio Início, ao vencerem os três jogos. No Apertura, assumiram a primeira posição logo na primeira rodada e não perderam mais. Um a um, os adversários foram caindo, somente o Independiente conseguiu pará-los, vencendo as duas partidas, mas nem isso foi capaz de conter o ímpeto do River, que avançou às finais sem tomar conhecimento do Velez e segurou o Racing com inteligência para levantar o Torneio Apertura pela primeira vez em sua história. No final, o River saiu como campeão do Apertura e do Torneio Início, líder ao final da temporada regular, melhor ataque, melhor defesa, artilheiro e MVP, mostrando que não tem rivais na FIFUBO nos dias atuais. Com 11 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, o River terminou o primeiro turno em primeiro lugar. A campanha vitoriosa foi a seguinte:

5x0 e 3x0 San Lorenzo
5x1 e 3x1 Boca Juniors
1x2 e 1x2 Independiente
3x0, 4x2, 3x3 e 4x4 Racing
3x3 e 4x0 Huracán
4x2 e 5x3 Estudiantes
3x1, 4x2, 2x1 e 4x3 Velez

O grande destaque do time campeão foi David Trezeguet. Aliás, o grande destaque do primeiro semestre foi o camisa 7, que já havia se superado no Torneio Início e, no Apertura, começou a desfilar seu talento logo na primeira rodada. Eleito melhor em campo em 8 partidas, foi considerado o MVP do campeonato ainda no primeiro turno e acabou sendo coroado como destaque do Apertura com direito a quebra de recorde de indicações, indo parar na seleção do campeonato, mas substituído por Facundo Parra no All Star Game porque teria que jogar pelo River naquela partida. Terminou, também, como artilheiro, ao anotar incríveis 24 gols em 18 partidas  (8 gols acima do vice artilheiro), superando a marca de 80 com a camisa do River. A continuar nesta forma particularmente sensacional, se tornará o terceiro jogador da história da FIFUBO a ultrapassar a marca de 100 gols ainda esse ano.

San Lorenzo de Almagro - Com bons jogadores e indefinição no esquema tático, o San Lorenzo novamente patinou no campeonato, a despeito de ter feito partidas excelentes. Nilson ainda não se decidiu pelo esquema 4-4-2 losango (de sua preferência) ou 4-3-3 (que apresentou melhores resultados) e isso se refletiu no campo, com os jogadores confusos e sem entrosamento. A indecisão do treinador até é justificável, pois um esquema marca mais presença no ataque, mas anula seu principal jogador. E assim o San Lorenzo foi, sempre nas últimas posições do campeonato, encerrando sua participação precocemente e com a pior defesa do Apertura (48 gols sofridos). Para piorar, foi o único time que não enviou jogador para o All Star Game. A campanha, de 1 vitória, 4 empates, 9 derrotas e o oitavo e último lugar, foi a seguinte:

0x5 e 0x3 River Plate
4x4 e 2x3 Huracán
4x1 e 2x2 Estudiantes
2x2 e 2x5 Velez
1x4 e 2x4 Racing
2x4 e 4x4 Boca
3x4 e 2x3 Independiente

O destaque da equipe, mais uma vez, foi Leandro Romagnoli. Mesmo sobrecarregado no sistema 4-3-3, o camisa 10 ainda foi presença constante no ataque. Tentava municiar seus companheiros e, diante de tanta dificuldade deles em concluir, acabou ele mesmo finalizando. Terminou o campeonato em terceiro na tabela de artilheiros (empatado com Ruben Capria), ao anotar 15 gols. Só para se ter uma ideia, o vice artilheiro da equipe foi o centroavante Stracqualursi, que anotou somente 5 gols. Por esse motivo, Romagnoli teve seu nome gritado pelos torcedores, que o queriam no All Star Game. Mas, em sua posição, a seleção do campeonato teve Ruben Capria e Federico Insua como mais votados e, por esse motivo, não pôde estar no jogo. A FIFUBO é clara quanto a isso e, respeitando as regras, não abriu exceção para que ele jogasse no lugar de Trezeguet no jogo festivo.

Velez Sarsfield - Candidatos ao título, os jogadores do Velez queriam brilhar pela primeira vez numa liga. O time foi o grande campeão em 2016, conquistando os torneios que foram completados (Torneio Início do Apertura, Copa Olé e Supercopa FIFUBO), mas era hora de mostrarem que poderiam brilhar em uma competição longa. O time fez alguns dos melhores jogos da temporada regular, no que tange a técnica e emoção, mas os resultados não apareciam. O Velez só foi vencer na terceira rodada, sendo que havia empatado já com Huracán e Estudiantes, equipes tradicionalmente mais fracas. Os pontos perdidos foram inclementes e o Velez, mesmo com a boa campanha, só conseguiu finalizar o campeonato na quarta posição, com 7 vitórias, 3 empates e 4 derrotas. Pesou, também, o mesmo mal que aflige outras equipes: muitos jogadores simplesmente somem de campo e parecem não perceber a sua importância para a equipe. Do time que começou eficiente com Insua atuando livre no campo, se viu no decorrer do campeonato que os irmãos Hussain sumiam em alguns jogos, que Turco Assad não se posicionava na área para concluir, que Gago não ajudava na saída de bola e que a defesa falhava. Quando todos estes entravam no mesmo compasso durante todo o jogo, as vitórias apareciam. Ficou a impressão de que se repetirem o sentimento que pegou o time do Racing, os jogadores têm de tudo para levar o Velez a novas conquistas. A campanha foi a seguinte:

3x3 e 1x3 Huracán
2x2 e 4x1 Estudiantes
3x2 e 2x4 Racing
2x2 e 5x2 San Lorenzo
3x2 e 3x0 Boca
4x2 e 4x3 Independiente
1x3, 2x4, 1x2 e 3x4 River Plate

O destaque da equipe foi Federico Insua. Atuando com liberdade pelo campo, o camisa 11 busca o jogo e cria as melhores jogadas, municiando seus companheiros. Anotou 7 gols e foi, juntamente com Claudio Hussain, para a seleção do campeonato, sendo ambos reservas. Mesmo assim, entrou no segundo tempo do All Star Game e deixou sua marca. O artilheiro da equipe, Turco Assad (10 gols), deve muito de seu sucesso aos passes de precisão cirúrgica de Insua.

E assim terminamos o campeonato, que começou em 14 de fevereiro e se encerrou em 31 de maio. Na primeira fase, foram disputados 56 jogos, com 275 gols marcados (média de 4,9 por jogo). Somados aos 6 jogos e 30 gols marcados nos playoffs (média de 5 por jogo), temos um total de 62 jogos e 305 gols (média de 4,9 por jogo). Foram distribuídos 35 cartões amarelos e 4 cartões vermelhos. Ao todo, 36 jogadores diferentes foram indicados como melhor em campo e 68 jogadores diferentes anotaram gols (38 não marcaram).

CLASSIFICAÇÃO FINAL

Campeão - River Plate - 18 jogos, 13 vitórias, 13 empates, 2 derrotas, 61 gols pró, 30 gols contra
2° Lugar - Racing - 18 jogos, 11 vitórias, 2 empates, 5 derrotas, 47 gols pró, 38 gols contra
3° Lugar - Independiente - 16 jogos, 9 vitórias, 0 empate, 7 derrotas, 43 gols pró, 35 gols contra
4° Lugar - Velez Sarsfield - 16 jogos, 7 vitórias, 3 empates, 6 derrotas, 43 gols pró, 39 gols contra
5° Lugar - Boca Juniors - 14 jogos, 4 vitórias, 3 empates, 7 derrotas, 29 gols pró, 36 gols contra
6° Lugar - Huracán - 14 jogos, 3 vitórias, 5 empates, 6 derrotas, 27 gols pró, 37 gols contra
7° Lugar - Estudiantes - 14 jogos, 1 vitória, 6 empates, 7 derrotas, 25 gols pró, 42 gols contra
8° Lugar - San Lorenzo - 14 jogos, 1 vitória, 4 empates, 9 derrotas, 30 gols pró, 48 gols contra

ARTILHARIA

1° David Trezeguet (River Plate) - 24 gols
2° Nestor Silvera (Independiente) - 16 gols
3° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) e Ruben Capria (Racing) - 15 gols
4° Acosta (Racing) e Turco Assad (Velez) - 10 gols
5° Leandro Gracián (Independiente) - 9 gols
6° Juan Roman Riquelme (Boca Juniors) e Diego Buonanotte (River Plate) - 8 gols
7° Leandro Benítez (Estudiantes), Daniel Cigogna (Huracán), Ruben Masantonio (Huracán), Diego Latorre (Racing), Funes Mori (River Plate) e Federico Insua (Velez) - 7 gols
8° José Basualdo (Boca Juniors), Martin Palermo (Boca Juniors), Juan Sebastian Verón (Estudiantes), Mauro Boselli (Estudiantes), Facundo Parra (Independiente), Ariel Orega (River Plate), Marcelo Gallardo (River Plate) e Lucas Pratto (Velez) - 6 gols
9° Centurión (Huracán), Denis Stracqualursi (San Lorenzo) e Claudio Hussain (Velez) - 5 gols
10° Luciano Vella (Independiente), Agustin Pelletieri (Racing), Fernando Gago (Velez) e Lucas Romero (Velez) - 4 gols
11° Damian Escudero (Boca Juniors), Gastón Fernandez (Estudiantes), Hernán Fredes (Independiente), Gabriel Hauche (Racing), Martin Simeone (Racing), Eduardo Coudet (River Plate), Pablo Ferrari (River Plate) e Raul Estevez (San Lorenzo) - 3 gols
12° Lucas Viatri (Boca Juniors), Enzo Perez (Estudiantes), Lucas Villarruel (Huracán), Mauro Milano (Huracán), Rodrigo Erramuspe (Huracán), Eduardo Tuzzio (Independiente), Lucas Mareque (Independiente), Enrique (Racing), Erviti (San Lorenzo), Fabian Bordagaray (San Lorenzo) e Claudio Hussain (Velez) - 2 gols
13° Diego Cagna (Boca Juniors), Guillermo Barros Schelloto (Boca Juniors), Maurício Serna (Boca Juniors), Rodrigo Palacio (Boca Juniors), Federico Fernandez (Estudiantes), Alexis Danelon (Huracán), Hugo Barrientos (Huracán), Dario Gandin (Independiente), Gamboa (Racing), Sebastian Saja (Racing), Eduardo Berizzo (River Plate), José Maria Paz (River Plate), Mathias Almeyda (River Plate), Ameli (San Lorenzo), Eduardo Tellechea (San Lorenzo), Salvador Reynoso (San Lorenzo), Fabian Cubero (Velez), Gino Peruzzi (Velez) e Juan Sabia (Velez) - 1 gol