terça-feira, 31 de outubro de 2017

Torneio Clausura 2017 – Décima Primeira Rodada – 30/10/2017

Domingo foi dia de cumprir o dever cívico e votar no plebiscito sobre o armamento (ou não) da guarda municipal. Por este motivo, a conclusão da décima primeira rodada do Clausura foi empurrada para a segunda-feira. Apesar de ser início de semana e os jogos começarem de manhã bem cedo, o público lotou o Itaquá Dome, pois era dia de Superclássico. Mas, como é bom viver no primeiro mundo, a segunda-feira inteira ficou sem internet, por isso a resenha dos jogos será publicada somente nesta terça. A bruxa está solta!

BOCA JUNIORS 2x3 RIVER PLATE

Que a campanha do Boca é muito distante das ambições de sua torcida, isso é fato. Que a última rodada trouxe uma vitória (2x1 Racing) mais pelos erros do rival do que pelos acertos próprios, isso é outro fato. Mas o terceiro fato é que importa. O Boca conseguiu vencer o maior rival no primeiro turno e quer repetir a dose agora, aproveitando-se do fato de que seus rivais diretos na classificação não conseguiram vencer na rodada. Já o River quer esquecer o que houve no primeiro turno e se concentrar na vitória, para se manter colado no Estudiantes e, no confronto direto na próxima rodada, ultrapassar os rivais de La Plata. Além disso, uma vitória garante o River nas semifinais com antecipação. No primeiro turno, River 2x4 Boca.

A torcida que começou sua semana cedo nas arquibancadas do estádio foi brindada com um jogo impressionante. As duas equipes jogaram muito bem e fizeram um clássico de pura emoção. Bem organizado, o River tocava de pé em pé até a área do rival. Trezeguet e Ortega acertaram a trave e Abbondanzieri apareceu bem em outros lances. O Boca jogava mais na base da raça, apostando nos contra ataques e, também com bons passes, encontrou a trave com Palermo, com Carrizzo tendo que intervir para evitar o gol em outro par de ocasiões.

Com tantas emoções assim, a dúvida sobre quem abriria o marcador persistiu até os 6 minutos, quando Almeyda passou a Berizzo, Buonanotte gritou que a bola era dele, mas foi lento demais para pegá-la. Ibarra correu mais que o camisa 30 e conseguiu roubar-lhe a bola, lançando na frente para Palermo. O camisa 9 recebeu na entrada da área, pelo lado direito. Trazendo para o pé esquerdo, Palermo ganhou ângulo e invadiu a área, chutando cruzado e sem chances para Carrizzo, para fazer Boca 1x0. Faltam 6 gols para o centésimo de Palermo.

O time xeneize nem teve tempo de comemorar, pois o River empatou logo na saída, com a jogada conhecida como 'figura 8'. Gallardo deu a saída e correu para o lado direito. Barrado deu a quebra de asa para o lado esquerdo e tocou no ponto futuro para Berizzo. O camisa 6 apareceu como elemento surpresa, recebeu próximo à entrada da área e chutou forte, sem chances para Abbondanzieri, fazendo River 1x1 aos 7 minutos.

O jogo ganhou emoção e as duas equipes se lançaram em busca do segundo gol, cada uma na sua característica. Aos 10 minutos, Gallardo pegou a bola e telegrafou o passe para Buonanotte na esquerda. Schelloto percebeu e se antecipou, roubando a bola, que caiu aos pés de Ibarra. O camisa 4 deu um bom passe de volta para Schelloto, que passou no meio de dois marcadores para invadir a área em diagonal e chutar cruzado para fazer Boca 2x1.

No intervalo, Sr Rússia tirou Serna e colocou Battaglia, pois o camisa 5 perdia seu duelo contra Trezeguet em todos os lances. Schiavi passou a ser o capitão. Já Francescoli não perdoou os erros dos dois gols e tirou Gallardo e Buonanotte, colocando Coudet e Funes Mori em seus lugares.

Quem pensava que o River ia jogar recuado com 3 volantes se enganou. Coudet ocupou a intermediária de ataque e, dali, distribuiu o jogo que levou o River à virada. A equipe empurrou o Boca contra seu campo e passou a rondar a área com perigo, obrigando Abbondanzieri a intervir por 3 vezes para evitar o empate.

Aos 4 minutos, Coudet recebeu na meia esquerda e tocou para Ferrari, que invadiu a área pelo lado direito. Escudero deu um carrinho e derrubou o camisa 2 adversário. O próprio Ferrari cobrou o pênalti no ângulo esquerdo de Abbondanzieri, que se esticou mas não alcançou: River 2x2.

O jogo voltou a ficar frenético, mas as mudanças do River surtiram um efeito muito melhor. O Boca até tentou atacar, mas a marcação adversária funcionou e, com isso, poucas foram as jogadas efetivas do time xeneize.

Aos 7 minutos, veio a virada da forma mais tradicional. Almeyda marcou bem e forçou Palermo a se desfazer da bola. Barrado tocou a Coudet no meio, que abriu para Ortega na direita. O camisa 10 procurou Trezeguet no meio e o camisa 7 entrou na área driblando Battaglia, antes de chutar rasteiro no canto direito de Abbondanzieri e fazer o lado vermelho e branco da arquibancada explodir: River 3x2.

Destaque do jogo: Eduardo Coudet. Tudo bem que os laterais foram ao ataque marcar gols. Tudo bem que Trezeguet foi decisivo mais uma vez e acabou com o Superclássico. Mas o River só conseguiu vencer após a entrada de Coudet, que tomou conta do meio de campo e, da intermediária de ataque, levou sua equipe à virada. Com boa visão de jogo e um conceito ímpar de organização, arrumou o time e conseguiu a vaga às semifinais com antecipação de três rodadas.

INDEPENDIENTE 3x2 SAN LORENZO

É muito difícil manter a empolgação após um Superclássico. Mais difícil ainda é se os times que jogam a seguir são os últimos do campeonato. Por esse motivo, a partida a seguir foi com o estádio praticamente deserto. O Independiente não apresentou um bom jogo até agora e vem de três derrotas, mas quer manter a esperança na classificação após ver o terceiro, o quarto e o quinto colocados perderem na rodada. Já o San Lorenzo tem chances remotíssimas de classificação. Precisa vencer todos os jogos, fazer muitos gols e torcer por uma combinação de resultados quase impossível. Os jogadores não admitem que já jogaram a toalha, mas ainda têm o objetivo de ajudar Romagnoli a chegar aos 100 gols e querem ir o mais longe possível na tabela. No primeiro turno, San Lorenzo 1x2 Independiente.

O time de Avellaneda fez uma boa jogada no estilo 'toca y me voy' na saída de bola, mas a bola foi adiantada demais e Gracián não conseguiu concluir com perigo, já que Migliore saiu e abafou. A bola sobrou para Reynoso, que abriu na direita para Johnathan Ferrari. O camisa 2 ficou numa tabela inútil com Raul Estevez na lateral direita, até que Romagnoli pediu no meio e recebeu o passe. O camisa 10 avançou pelo meio, driblou Montenegro e deu um chute colocado de extrema categoria para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x0, aos 40 segundos. Faltam 7 gols pro centésimo de Romagnoli.

A partir daí, o que se viu foi um show de horrores. Contente com a vitória, o San Lorenzo parou de jogar e deu todas as condições pro Independiente virar. Mas o time de Avellaneda não fazia nada e irritava seus torcedores, principalmente Gracián, que assistia o jogo com uma cara de sono incrível.

Aos 9 minutos, Facundo Parra deu um lindo chapéu em Romagnoli e tocou a Gracián na esquerda, mas o camisa 19 apenas ficou observando, esperando a Terra girar para que a bola caísse em seus pés. Johnathan Ferrari correu e pegou a bola, tocando a Romagnoli. O camisa 10 abriu na direita para Raul 'Pipa' Estevez, que avançou em velocidade, da ponta para o meio, passou por dois marcadores e, da entrada da área, chutou com muita força para fazer San Lorenzo 2x0.

No intervalo, Bayer tirou Gracián e Silvera, que foram vaiados pelos poucos torcedores que ainda ficaram no estádio, colocando Acevedo e Gandin em seus lugares. Acevedo ficaria como primeiro volante e Montenegro atuaria mais à frente, responsável pela armação. Já Nilson, contente com a ótima vantagem, desfez o 4-3-3 e armou o 4-4-2 losango. Tirou Erviti e Stracqualursi e colocou Buffarini e Bordagaray em seus lugares.

O Independiente voltou mais organizado, mas era muito difícil tirar a bola do campo de defesa, já que o meio de campo era composto por 4 volantes. O gramado também não ajudou e a bola ficou presa em diversas ocasiões.

Em uma delas, aos 5 minutos, a sorte sorriu para o Independiente. Acevedo tentou tocar a Busse na esquerda, mas a bola prendeu no gramado, então o camisa 12 correu atrás e passou no meio para Montenegro. O camisa 5 tentou abrir na esquerda, para passar a Gandin, mas a bola insistia em não correr. Como estava próximo à entrada da área, Montenegro resolveu chutar. A bola estava junto de seu pé, então a única saída foi meter um bico digno de futsal. Migliore não acreditou que fosse um lance de perigo e foi com displicência para o lance. A bola veio forte e rasteira e passou por baixo do goleiro adversário, num frango incrível que colocaria fogo no jogo: Independiente 1x2.

A partir daí, o San Lorenzo se fechou todo no campo de defesa e o Independiente se lançou para buscar o empate. Mas a barreira do time de Almagro era muito forte e parecia intransponível. Para sorte do Independiente, quando o San Lorenzo recuperava a bola, isolava para o campo oposto, sem se preocupar em buscar o contra ataque. Assim, o time de Avellaneda reiniciava o ataque.

Aos 10 minutos, a pressão deu resultado. Acevedo recuperou uma bola isolada para o alto, trouxe para o chão e tocou a Tuzzio no meio. O camisa 6 abriu na direita para Montenegro, que mesmo marcado, conseguiu levantar a cabeça e ver Facundo Parra dentro da área, marcado por quatro jogadores. O passe foi de uma precisão cirúrgica robótica e o camisa 17 recebeu de cara pro goleiro, chutando de primeira e empatando o jogo: Independiente 2x2.

O empate já era um prêmio incrível para a entrega dos jogadores do Independiente, mas o melhor ainda estava por vir. Romagnoli tentou fazer o 'toca y me voy' na saída de bola, mas quando Piatti lhe passou a bola, Montenegro se atirou e conseguiu tirar no carrinho. A bola ficou com o camisa 5, que se levantou rápido e lançou a Fredes. O camisa 8 avançou em velocidade e resolveu arriscar da intermediária, uns 3 metros à frente da grande área. O chute foi forte e colocado, Migliore se esticou, mas a bola foi pro fundo das redes, no último lance do jogo: Independiente 3x2.

Destaque do jogo: Daniel Montenegro. Em um jogo muito pobre tecnicamente, a raça do camisa 5 foi contagiante. Como primeiro volante, não pôde fazer muita coisa para evitar a derrota parcial de sua equipe. Adiantado a armador no segundo tempo, mostrou toda a sua classe ao participar dos 3 gols da sua equipe. Marcou o primeiro, ao criticar a bola presa no gramado; deu o passe para o segundo, em uma linda assistência; recuperou a bola e deu o passe para o terceiro, para finalizar uma virada espetacular de uma equipe que perdia por 2x0 e virou para 3x2. Depois, em entrevista à Rádio Olé, fez um desabafo aos torcedores que criticam a equipe.

CLASSIFICAÇÃO

1° Estudiantes – 28 pontos
2° River Plate – 26 pontos
3° Velez Sarsfield – 18 pontos
4° Boca Juniors – 16 pontos
5° Huracán – 13 pontos
6° Racing – 12 pontos, 24 gols pró
7° Independiente – 12 pontos, 19 gols pró
8° San Lorenzo – 4 pontos

ARTILHARIA

1° David Trezeguet (River Plate) – 16 gols
2° Enzo Perez (Estudiantes) e Daniel Cigogna (Huracán) – 11 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors) – 10 gols

NOTAS RÁPIDAS


  • Com os resultados da rodada, o River Plate se junta ao Estudiantes como equipe já classificada às semifinais já que, com 9 pontos em disputa, o Huracán (quinto colocado) não pode mais alcançá-los.
  • Por outro lado, também com 3 rodadas ainda por jogar, o San Lorenzo é o primeiro time eliminado do campeonato. A equipe só pode chegar a 13 pontos, bem distante dos 16 que o Boca (quarto colocado) possui no momento.
  • Mas os resultados da rodada não encerram as classificações antecipadas por aqui. Ao perder para o Huracán (2x4), o Velez estacionou nos 18 pontos e, agora, só pode chegar a 27. Com isso, o Estudiantes garante, com seus 28 pontos, que terminará a temporada regular em primeiro ou segundo lugar e, por isso, garante matemática e antecipadamente a vantagem de jogar por dois resultados iguais em saldo nas semifinais. O River precisa de mais um ponto para também garantir tal vantagem.
  • Por outro lado, do terceiro ao sétimo lugar a competição pega fogo. Todas as equipes vão se estapear pelos pontos em disputa para conseguirem as duas vagas que restam, sendo que Racing e Independiente estão em situação dramática, podendo dar adeus ao campeonato já na próxima rodada. O Independiente enfrente o Boca e o Racing pega o Huracán, ambos duelos de 6 pontos.
  • A próxima rodada promete não só por estes dois duelos, mas também pelo choque de líderes entre River e Estudiantes, onde o vencedor praticamente se garante na ponta até o final da temporada regular. Quem tem a melhor situação é o Velez, que está em terceiro e pode ficar muito próximo da vaga se derrotar o já eliminado (e desanimado) San Lorenzo. O fim de semana promete!

sábado, 28 de outubro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Décima Primeira Rodada - 28/10/2017

Um temporal caiu durante a madrugada, com ventos fortes e muita destruição. O dia raiou, a chuva se foi e um calor intenso apareceu. O público não quis saber disso e lotou o Itaquá Dome para a abertura da décima primeira rodada do Clausura, porque o cinto está apertando. Os jogadores fizeram a sua parte e deram espetáculo. Vamos ver como foi.

HURACÁN 4x2 VELEZ SARSFIELD

Precisando vencer para não ver a eliminação chegando, o Huracán quer aproveitar o embalo da vitória na rodada anterior (4x1 San Lorenzo) e encostar no grupo de cima. Além de vencer de goleada, o time foi premiado com o Troféu 100%, porque todos os seus jogadores (incluindo o goleiro) já marcaram em jogos oficiais. Já o Velez quer voltar a vencer após o vexame na rodada passada (1x4 Estudiantes) e se garantir de vez nas semifinais. No primeiro turno, Velez 1x4 Huracán.

O Velez começou o jogo em cima, marcando bem e puxando contra ataques em velocidade. O gol era questão de tempo. E assim foi, aos 4 minutos, quando Insua cobrou lateral para Romero e o camisa 7 tocou a Dario Hussain na meia direita. O camisa 10 avançou pelo meio e abriu na esquerda para Turco Assad. O camisa 9 recebeu a bola, entrou na área e chutou na saída de Islas, para fazer Velez 1x0.

O Huracán não tinha organização para sair jogando, embora marcasse bem. Já o Velez, bem postado em campo, começava a sentir confiança demais e, com isso, veio a soberba. Na única vez em que conseguiu se organizar, o Huracán encontrou o empate. Danelon repôs o lateral no ponto futuro para Centurión, que recebeu de costas para o gol e rolou atrás. Ruben Masantonio chegou e chutou de pé esquerdo, acertando o canto de Sosa e fazendo Huracán 1x1, aos 9 minutos.

O Velez ainda era melhor, mas o descontrole da equipe quando toma um gol desmonta qualquer jogo bonito que esteja sendo praticado. Na saída de bola, Insua e Claudio Hussain se perderam em passes sem nexo e a bola acabou sobrando para Centurión. O camisa 8 roubou de Hussain e avançou pela meia esquerda, chutando da entrada da área e vencendo Sosa, para fazer Huracán 2x1, já nos acréscimos.

No intervalo, Sr Rabina tirou Danelon e Milano para colocar Erramuspe e Barrales, tencionando passar Cigogna para o lado direito e dar-lhe mais liberdade. Já Tripa Seca berrava com seus jogadores, por conta do lance que custou a derrota parcial. Sua irritação era tal que ele resolveu punir os responsáveis e modificou o esquema com isso. Saíram Claudio Hussain e Insua e entraram Cubero e Lucas Pratto, com Gago passando a ser o capitão. O Velez iria jogar num 4-3-3 com 3 volantes no meio.

O grande problema da ousadia de Tripa Seca foi depositar suas esperanças nos pés daquele que, talvez, é o jogador mais desinteressado de todo o elenco. Lucas Pratto fez um 'toca y me voy' na saída de bola e, lento, demorou a girar. Com isso, Minici recuperou a bola e tocou a Masantonio. O camisa 10 deu um leve toque de primeira e encontrou Centurión. O camisa 8 avançou pela esquerda, driblou Gino Peruzzi e chutou cruzado, no ângulo de Sosa, para fazer Huracán 3x1 aos 30 segundos.

Nesse momento, a torcida do Velez passou a protestar contra a atuação de sua equipe. Já o time em campo se desmontou de vez e viu o Huracán dominar o jogo. De pé em pé, aos 5 minutos, a bola saiu do campo de defesa com Walter Ferrero, Barrientos, Centurión, Ruben Masantonio, Villarruel e chegou a Cigogna na direita. O camisa 9 avançou, adiantou a bola para mandar o scopetazzo e surpreendeu Sosa com um chute colocado, no canto direito, para fazer Huracán 4x1.

Neste momento, 90% da torcida do Velez deixou o estádio. Os poucos que ficaram aproveitaram para vaiar os jogadores, principalmente Lucas Pratto. Aos 8 minutos, no entanto, o Velez conseguiu encaixar uma única jogada decente no segundo tempo inteiro. Gago desarmou Barrales e tocou a Emiliano Papa, que tocou mais à frente para Romero. O camisa 7 esticou para Turco Assad, que foi ao fundo e cruzou. Lucas Pratto dominou dentro da área, foi vaiado e chutou no canto direito de Islas, que ainda viu a bola tocar na trave antes de entrar: Velez 2x4.

Destaque do jogo: Centurión. O camisa 8 reviveu seus melhores dias com uma atuação de gala. Na intermediária defensiva, desarmava o adversário e se lançava ao ataque, tabelando com Masantonio e se apresentando para a conclusão. Deu o passe para o primeiro gol, participou da jogada do último e deixou sua marca duas vezes, anotando pela primeira vez no campeonato.

ESTUDIANTES 4x3 RACING

O conto de fadas parece não ter fim. Líder do campeonato, o Estudiantes venceu na última rodada (4x1 Velez) e se classificou às semifinais com cinco rodadas de antecedência. Goleou seus 5 últimos jogos e a última vez que não fez mais de dois gols foi justamente contra o Racing no primeiro turno. Já a equipe de Avellaneda tem um misto de preocupação e alívio. Se, por um lado, a derrota do Velez sinaliza que o terceiro e o quarto lugares estão em disputa, a ascensão do Huracán preocupa. Uma vitória é essencial para o time continuar na briga pelas semifinais. No primeiro turno, Racing 1x2 Estudiantes.

O Racing começou o jogo a mil por hora, querendo mostrar que tem condições de derrotar o líder do campeonato. Precisou de apenas 15 segundos para fazer uma linda jogada ensaiada e encontrar as redes. Ruben Capria fez um 'toca y me voy' bem vigoroso e trombou com Federico Fernandez. Enquanto todo mundo prestava atenção ao camisa 10, Martin Simeone driblou Verón para o outro lado, ajeitou o corpo e acertou um chute cheio de efeito no ângulo de Andujar, para fazer Racing 1x0.

A equipe de Avellaneda continuou jogando bem. Marcando em cima, eles forçavam o Estudiantes a se desfazer da bola e saíam em velocidade no contra ataque. Mas o time de La Plata não lidera o campeonato à toa e, aos poucos, foi buscando alternativas para reequilibrar o jogo. Com isso, a partida ganhou em emoção.

Aos 5 minutos, Pocchetino foi ao ataque cobrar um lateral, mas a bola foi curta e Acosta acabou fazendo falta em Desábato. O camisa 3 esticou rápido no buraco deixado pelo zagueiro adversário e quem recebeu ali foi Boselli. O camisa 9 avançou em velocidade e, da entrada da área, chutou cruzado e rasteiro para vencer Saja e fazer Estudiantes 1x1.

Se não se pode culpar a estratégia do Racing no gol de empate, muito menos se pode culpá-los pela virada do adversário. O Estudiantes é uma equipe que sabe fazer o feitiço virar contra o feiticeiro. Usando a tática do adversário, o contra golpe surpreende a todos. Na saída de bola, o Racing encaixou uma figura 8, com Martin Simeone rolando para Enrique. Desábato percebeu e se antecipou, tirando a bola dos dois e mandando a Verón. O camisa 11 esticou rápido na direita, onde Enzo Perez recebeu sem a marcação de Enrique. O camisa 7 avançou com a bola, foi até a entrada da área e chutou forte para vencer Saja e fazer Estudiantes 2x1.

No intervalo, Cristaldo mudou o lado direito, visando melhorar a marcação. Tirou Angeleri e Gastón Fernandez, colocando Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez em seus lugares. Já Paralelo tirou Diego Capria e Latorre para colocar Fariña e Hauche.

O jogo continuou em altíssimo nível, com as duas equipes desperdiçando oportunidades. O Racing jogou com inteligência e também usou a estratégia do adversário para encaixar um contra golpe. Mas quem chegou às redes foi, novamente, o Estudiantes. Aos 3 minutos, Ruben Capria saiu do campo de defesa e viu Hauche livre. Mas, na hora do passe, Rodrigo Braña se antecipou e roubou a bola, tocando a Verón no meio. O camisa 11 abriu a Leandro Benítez na esquerda e o camisa 8 inverteu para Enzo Perez, que recebeu nas costas da zaga, invadiu a área e chutou na saída de Saja, fazendo Estudiantes 3x1.

O empate parecia distante, mas o Racing não desistiu. Aos 5 minutos, foi a vez de Quiroz se antecipar a uma jogada e tirar a bola de Boselli, tocando a Ruben Capria. O camisa 10 passou a Martin Simeone, que fez uma tabela com Hauche, recebendo na meia esquerda. O camisa 8 deu um drible em Braña para trazer a bola para o pé direito e acertou um chute espetacular, em curva, no ângulo de Andujar: Racing 2x3.

O jogo ganhou emoção e os torcedores ficaram em dúvida, pois as duas equipes davam a impressão de que poderiam chegar às redes. Para a sorte da província de La Plata, foi o Estudiantes quem conseguiu chegar lá. Aos 8 minutos, Andujar cobrou tiro de meta para Enzo Perez, que abriu na esquerda para Leandro Benítez. O camisa 8 deixou a bola correr um pouco para ganhar ângulo e deu um lindo passe nas costas da zaga para Mauro Boselli. O camisa 9 ajeitou o corpo e chutou de primeira, de pé direito, para concluir a tradicional jogada de sua equipe: Estudiantes 4x2.

O Racing ainda correu atrás e conseguiu encostar aos 10 minutos. Quiroz desarmou Verón e tocou a Enrique, que lateralizou a Hauche. O camisa 13 percebeu Ruben Capria se deslocando da ponta para o meio e lhe passou a bola. O camisa 10 recebeu nas costas de Braña, ajeitou a bola na meia lua e acertou o ângulo de Andujar, para fazer Racing 3x4.

O jogo ganhou uma emoção tal que foi até o último lance. Ruben Capria recebeu uma bola de frente e chutou de trivela. Andujar se esticou todo, não alcançou, mas viu a bola tocar na trave. Um final perfeito para um jogo perfeito.

Destaque do jogo: Enzo Perez. Novamente, o camisa 7 se destacou. Na armação, criou as principais jogadas de sua equipe. Se apresentou no ataque e marcou duas vezes. E, na defesa, foi visto marcando individualmente Ruben Capria, anulando a principal jogada do adversário.

NOTA RÁPIDA

  • O milestone da rodada vai para Enzo Perez. Ao anotar duas vezes contra o Racing, ele chegou a 30 gols com a camisa do Estudiantes.


NOTA DE ESCLARECIMENTO

Na última rodada, a empolgação tomou conta da FIFUBO. Com o Projeto Copa do Mundo, as seleções começaram a chegar. A chegada de França e Japão, somada ao time do Brasil, já permitia sonhar com a competição e com outros torneios internacionais também. Na última postagem, foi inclusive anunciado o primeiro jogo de seleções da história da FIFUBO. A partida amistosa entre Brasil e França estava marcada para a quarta-feira e os botões começaram a ser preparados para estarem voando na partida.

Acontece que, na terça-feira, um último apronto na França e no Japão acenderam uma luz vermelha. Desta vez, além do polimento, os jogadores passariam por uns testes de chute a gol. Quando os jogadores franceses começaram a chutar, a bola só ia rasteira. Alguns testes foram realizados e chegou-se à constatação de que o fabricante tinha feito os botões em bainha 20, ao invés de 25. O ângulo de inclinação da bainha é crucial para que o botão possa levantar a bola que joga. A bainha 20 é para dadinho, enquanto a 25 é para bola redonda (usada nos jogos da FIFUBO). Completando, a bainha 18 é usada para jogar com pastilha (obrigado, Yago Picoli!).

Em contato com o fabricante, ficou confirmado que os botões foram todos feitos em bainha 20 e, portanto, é necessário fabricar novamente e colocar na bainha certa. O problema é que a fábrica está em recesso e só volta às atividades no dia 07/15. Por esse motivo, Brasil x França não foi realizado e está adiado até que os botões corretos cheguem à FIFUBO.

É frustrante passar por uma situação, ainda mais que não é a primeira vez (vale lembrar que San Lorenzo, Estudiantes e Huracán também vieram com a bainha errada e precisaram ser trocados). Os botões foram prometidos para antes do dia 12/10 e só chegaram em 19/10. Agora, só no meio do próximo mês estarão liberados. Para quem pratica e gosta de futebol de botão, é muito difícil encontrar lugares e pessoas para jogar. Os poucos que jogam são fechados em seus grupos, sendo muito raro aceitarem gente de fora.

Comprar material, então, é muito complicado. Há fabricantes que se acham estrelas e não respondem aos pedidos de orçamento. O comprador tem que, praticamente, implorar de joelhos que o fabricante o atenda e faça o time do jeito desejado. Há casos em que é necessário mandar mais de 20 emails para o fabricante te retornar e, quando o faz, é para informar que não vai atender o seu pedido.

Por este motivo mesmo é que o site jogodebotao.com.br se destaca. Os botões são de qualidade, o preço é muito abaixo dos praticados no mercado e o atendimento é semi-personalizado (porque você ainda tem dificuldades em ter uma resposta). Mas até os melhores erram - e feio! Quando comecei a montar a nova liga, comecei a comprar botões argolados naquele site e me apaixonei pela qualidade altíssima, são os melhores que já comprei. A ideia era a liga ter 8 equipes, mas quando fui comprar a quarta equipe (o Racing), fui informado de que eles não fariam mais equipes argoladas, só fechadas. Foi uma decepção muito grande, porque até agora o campeonato tem 3 equipes argoladas e 5 fechadas. Agora, com mais essa decepção, fica a revolta e a certeza de que o futebol de botão jamais terá o destaque que os praticantes esperam, pois quem pode levar isso adiante prefere cruzar os braços e esperar tudo acontecer por providência divina.

Desculpem o desabafo. A FIFUBO fará seu primeiro jogo de seleções ainda esse ano e, provavelmente, mais uma seleção chegará para se juntar às 3 já existentes.  E, enquanto isso, o Clausura segue rumo à sua reta final!

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Décima Rodada - 23/10/2017

Conforme dito no sábado, não houve jogos no domingo. Por este motivo, a segunda-feira foi a data do encerramento da décima rodada do Clausura 2017. Além do dia, outro motivo serviu para afastar os torcedores do Itaquá Dome. A forte chuva que caiu durante o dia inteiro fez com que muito pouca gente fosse ao estádio. Uma pena, perderam a verdadeira chuva: de gols!

VELEZ SARSFIELD 1x4 ESTUDIANTES

Em ascensão no campeonato, a classificação às semifinais parece já certa para o Velez, por isso a equipe quer mais. Querem derrotar o Estudiantes para encostar de vez no grupo de cima e conseguir uma das duas primeiras vagas à próxima fase, garantindo a vantagem de jogar por dois resultados iguais. Já o Estudiantes quer a vitória para voltar à liderança, já que o River venceu no sábado. Além disso, querem manter o forte ritmo e provarem a todos que podem brigar pelo título e, de quebra, se vingarem da única equipe que os derrotou neste campeonato. No primeiro turno, Estudiantes 2x3 Velez.

A bola rolou e o Velez logo mostrou por que está em fase ascendente no campeonato. Com apenas 40 segundos de jogo, Insua fez um 'toca y me voy' e disputou com Rodrigo Braña, mas o camisa 5 deu um carrinho e mandou a córner. Romero cobrou na cabeça de Insua, que deu um leve toque para deslocar Andujar e fazer Velez 1x0.

O gol assustou, mas o Estudiantes está em uma fase absurda e, por esse motivo, dominou o jogo nos cinco minutos seguintes. Rondou a área do Velez e concluiu algumas vezes, marcando forte para impedir o time de Buenos Aires de puxar contra ataques. Aos 5 minutos, a pressão deu resultado e, após Rodrigo Braña interceptar bola de Romero para Turco Assad, Leandro Benítez recebeu na esquerda, trouxe para o meio e inverteu para Gastón Fernandez, justamente no buraco deixado pelo camisa 7 adversário. Sebá Dominguez correu para interceptar o passe, mas a bola parou numa poça d'água, na medida para Gastón Fernandez chutar sem chances para Sosa e empatar o jogo: Estudiantes 1x1.

A partir daí, só deu o time de La Plata. O Velez até tentou e conseguiu construir uma ou outra jogada, mas o Estudiantes dominou o jogo. A virada veio aos 8 minutos, após Insua fazer boa jogada e chutar para defesa de Andujar. A bola sobrou para Desábato, que inverteu na esquerda para Federico Fernandez. O camisa 4 lateralizou a Marco Rojo, que tocou mais à frente para Leandro Benítez. O camisa 8 correu no contra ataque driblando poças e levando a bola até a área do Velez, onde desferiu um chute incrível e acertou o ângulo de Sosa, fazendo Estudiantes 2x1.

No intervalo, Tripa Seca sacou Gino Peruzzi e Turco Assad para colocar Cubero e Lucas Pratto, tencionando melhorar a marcação do lado direito e ter alguém mais incisivo no ataque. Já Cristaldo tirou Angeleri e Mauro Boselli, os únicos que não atuavam bem na equipe, para colocar Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez.

As mudanças melhoraram ainda mais o Estudiantes, que não deixou o Velez jogar de jeito nenhum. Rodrigo Braña adiantou um pouco a marcação e impediu Insua de circular livremente pelo campo, cortando a comunicação com os dois atacantes e obrigando o Velez a jogar no chutão. Com calma, a equipe de La Plata recuperava a bola e ia de pé em pé até a área adversária.

Aos 3 minutos, Hernan Rodrigo Lopez chutou rasteira e Sosa espalmou a córner. Marco Rojo cobrou, Gastón Fernandez colocou a bola no chão e invadiu a área, sendo derrubado pelo goleiro. Verón cobrou o pênalti rasteiro no canto esquerdo e Sosa foi para o lado direito: Estudiantes 3x1.

O placar mostrava a superioridade do time de La Plata, que passou a tocar a bola e deixar o jogo passar. O Velez, perdido, tentava de todas as formas ir ao ataque e diminuir o marcador, mas suas poucas tentativas esbarravam na atuação monstruosa de Andujar, uma verdadeira parede à frente do gol do Estudiantes.

Assim, aos 9 minutos, o time de La Plata foi tocando a bola de pé em pé, após Rodrigo Braña interceptar novamente um passe para o campo de ataque. Verón recebeu e tocou a Marco Rojo na esquerda, que procurou Hernan Rodrigo Lopez mais à frente. O camisa 13 recuou a Leandro Benítez, que lançou para o lado direito, na direção de Gastón Fernandez. O camisa 10 correu para a área, puxando a marcação, e quem recebeu foi Enzo Perez, que matou a bola, ajeitou e chutou com extrema categoria, dando números finais ao confronto: Estudiantes 4x1.

Destaque do jogo: Leandro Benítez. O camisa 8 voltou a reviver a sua melhor forma desde 2014. Se movimentou o campo todo, apareceu no ataque, armou e concluiu. Marcou o primeiro gol e fez lançamentos magistrais no segundo e no quarto gols, em uma tarde de gala.

SAN LORENZO 1x4 HURACÁN

Se uma rodada numa segunda-feira chuvosa já seria o suficiente para afastar o público, o duelo entre os dois últimos colocados fechando a rodada seria uma senhora cereja neste bolo. Mas o San Lorenzo ainda levou torcedores ao estádio, por conta do empate na rodada anterior (3x3 contra o River, após estar perdendo por 1x3). Nilson sacou Reynoso e Tellechea do time e colocou Buffarini e Piatti, pois o adversário joga retrancado, esperando ser atacado. Já o Huracán não tem o que comemorar. Sua última vitória foi há 6 rodadas atrás e, pior, a equipe vem de uma derrota humilhante (1x5 Estudiantes). No primeiro turno, Huracán 2x4 San Lorenzo.

Bastou a bola rolar para os ausentes se arrependerem de não terem ido ver o Huracán jogar. Bastaram 30 segundos para o show começar. Ruben Masantonio e Centurión fizeram a jogada conhecida como 'figura 8' e o camisa 8 abriu na esquerda para Walter Ferrero, que correu muito para chegar na bola. O camisa 4 ainda deu um drible desmoralizante em Johnathan Ferrari antes de chutar cruzado da entrada da área e fazer Huracán 1x0.

O gol relâmpago desmontou por completo a tática do San Lorenzo, que precisou rever seus conceitos, já que o Huracán tinha o placar à sua feição para impor a tática de contra ataques. Aos 3 minutos, Centurión e Villarruel encurralaram Stracqualursi, que perdeu a bola para Barrientos. O camisa 5 abriu na esquerda para Minici, que tocou a Ruben Masantonio. O camisa 10 avançou rápido no contra ataque e tocou no meio para Cigogna. O mito recebeu de frente pro gol, com a bola adiantada na medida certa para soltar o scopetazzo e acertar o ângulo de Migliore: Huracán 2x0.

Ainda tinha tempo para mais. Aos 7 minutos, Sr Rabina acertou o posicionamento da equipe no grito e os jogadores fecharam de vez o campo de defesa. Migliore cobrou tiro de meta, Cigogna se esticou e conseguiu desviar a bola, que caiu aos pés de Milano. O camisa 7 avançou e devolveu para o mito no meio dos dois volantes, que estavam muito adiantados. Novamente, Cigogna recebeu com a bola adiantada na medida certa e, novamente, o scopetazzo venceu Migliore: Huracán 3x0.

No intervalo, Nilson rasgou todas as notas que fez para o jogo. Tirou Buffarini e Piatti e colocou Reynoso e Tellechea. A opção por dois volantes mais adiantados lhes custou caro, com Cigogna marcando duas vezes nas costas destes jogadores. Já Sr Rabina apenas tirou Barrientos para colocar Erramuspe.

O Huracán diminuiu um pouco o ritmo, enquanto a chuva aumentava. O San Lorenzo, sem forças, tentava algo diferente. Mas somente Romagnoli tentava criar no time, o resto aceitava passivamente a derrota. E foi justamente o camisa 10 (em contagem regressiva para o centésimo gol) quem conseguiu diminuir o marcador. Aos 2 minutos, ele chutou para defesa de Islas e a bola foi a córner. Luciatti cobrou na lateral da área para Romagnoli, que ajeitou para o pé direito e chutou cruzado, desta vez sem chances para Islas. Mesmo com o placar adverso, Romagnoli bateu no peito, apontou ao chão e fez a taunt da Paloma, pois agora só faltam 8 gols para o centésimo: San Lorenzo 1x3.

Mas o dia era do Huracán. A equipe de Buenos Aires continuou dominando o jogo e apertou a marcação, chegando à goleada aos 6 minutos. Em falta na intermediária, Cigogna chutou e Migliore espalmou. No rebote, enquanto Cigogna saía da esquerda e se posicionava no meio, Ruben Masantonio colocava a bola no chão, levantava a cabeça e fazia o passe. Pela terceira vez no jogo, Cigogna recebeu de frente, com a bola adiantada na medida certa. E, pela terceira vez no jogo, soltou um scopetazzo no ângulo de Migliore, dando números finais ao confronto: Huracán 4x1.

Destaque do jogo: Daniel Cigogna. O mito voltou a brilhar no campeonato. Bem posicionado, recebeu bolas em condição e pôde fazer a sua função de marcar os gols. Fez um hat trick e viu seu time voltar a vencer.

CLASSIFICAÇÃO

1° Estudiantes - 25 pontos
2° River Plate - 23 pontos
3° Velez Sarsfield - 18 pontos
4° Boca Juniors - 16 pontos
5° Racing - 12 pontos
6° Huracán - 10 pontos
7° Independiente - 9 pontos
8° San Lorenzo - 4 pontos

ARTILHARIA

1° David Trezeguet (River Plate) - 15 gols
2° Daniel Cigogna (Huracán) - 10 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors), Enzo Perez (Estudiantes) e Juan Sebastian Verón (Estudiantes) - 9 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Com a vitória sobre o Velez, o Estudiantes é o primeiro time classificado às semifinais, já que está com 25 ponto e, como só há 12 pontos em disputa e o Racing (primeiro fora da zona de classificação) só pode chegar a 24. A excelente campanha do Estudiantes é uma dessas histórias que encantam no futibou de butaum. Sétimo colocado no Apertura, acostumado às últimas colocações, com um futebol pobre, é o líder do Clausura e o primeiro a se classificar à fase seguinte, com quatro rodadas de antecedência. O River pode se classificar na próxima rodada e, do outro lado, o San Lorenzo (último colocado) necessita de uma combinação quase impossível de pontos para não ser eliminado. Garantido mesmo, só o Estudiantes.
  • A segunda-feira também foi de comemoração para o Huracán. Além de golear seu adversário com hat trick de Cigogna, o time comemora o gol de Walter Ferrero, o primeiro com a camisa do clube. Com isso, o Huracán conquista o troféu 100% de gols, dado à equipe em que todos os jogadores (incluindo o goleiro) marcaram ao menos uma vez em jogos oficiais. É a terceira equipe a conseguir isso, já que Boca Juniors e Racing também conquistaram tal honraria.
  • Nesta semana ainda teremos uma partida pra lá de especial, mas o Clausura só voltará à disputa no próximo final de semana. Muito provavelmente, a rodada se encerrará na segunda-feira da próxima semana.

sábado, 21 de outubro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Décima Rodada - 21/10/2017

O sábado nublado baixou um pouco a temperatura, trazendo a condição perfeita para o público lotar o Itaquá Dome e assistir a dois jogos emocionantes. Vamos a eles!

RIVER PLATE 4x3 INDEPENDIENTE

O empate na última rodada (3x3 San Lorenzo) pegou muito mal para os jogadores do River. Além de empatarem com o último colocado depois de estarem vencendo por 3x1, viram o Estudiantes se isolar na liderança. Francescoli pediu aos jogadores que tivessem atenção, para evitar que tal coisa se repetisse. Já o Independiente vive um inferno astral. Não venceu ainda no segundo turno e vê cada vez mais longe a zona de classificação. Para piorar, a derrota no Clássico de Avellaneda (0x2 Racing) mostrou um time desinteressado em sair da situação em que se encontra. No primeiro turno, Independiente 2x3 River Plate.

O jogo começou com alguns erros de passe de lá e cá, mas o River foi se arrumando aos poucos, fechando os espaços do Independiente e tentando impor seu jogo. O Independiente tentava ir ao ataque na base da raça e rondou a área do River algumas vezes, mas sem perigo.

Em uma delas, aos 4 minutos, Silvera correu do meio para a direita, recebeu e chutou fraco e sem ângulo. Carrizzo tirou com o pé direito e a bola foi parar na ponta direita para Ortega. O camisa 10 avançou com a bola, driblou Busse com facilidade e rolou no meio para Trezeguet. Marcado por Montenegro, o camisa 7 chutou no canto esquerdo de Navarro e saiu para a comemoração: River 1x0.

O gol serviu para mostrar que a qualidade do River se imporia perante a desorganização do Independiente. O time de Avellaneda se desmontou por completo e aceitou passivamente a marcação do adversário. Assim, aos 6 minutos, Ortega cobrou lateral para Gallardo na meia esquerda e o camisa 11 inverteu pro lado direito em um lançamento magistral. Trezeguet recebeu na entrada da área, invadiu e chutou alto, sem chances para Navarro, fazendo River 2x0.

Daí se percebia a superioridade do River, a goleada era questão de tempo. Mas, tal qual contra o San Lorenzo, os jogadores se acomodaram e deixaram o adversário tomar o campo. Com isso, aos 10 minutos, Gracián passou a Silvera na esquerda, o camisa 11 invadiu a área e chutou no travessão. No rebote, Montenegro passou no meio da zaga e encontrou Facundo Parra livre. O camisa 17 só teve que empurrar para o gol e puxar seus companheiros de volta para o meio de campo: Independiente 1x2.

O River tentou estourar a bola na saída, para o primeiro tempo se encerrar, mas Navarro abafou bem e a bola sobrou para Fredes. O camisa 8 recuou a Montenegro, que passou a Tuzzio na esquerda. O camisa 6 encontrou Mareque na lateral e o camisa 3 deu lindo passe para Busse. O camisa 7 avançou pela meia esquerda sem marcação e, da entrada da área, chutou forte e sem chances para Carrizzo: Independiente 2x2, no último lance do primeiro tempo.

No intervalo, Francescoli tentava juntar os cacos. Tirou Barrado e Buonanotte e colocou Coudet e Funes Mori. Já Bayer mostrava a seus atletas que podiam virar o jogo, bastava acreditarem. Sacou Fredes e colocou Acevedo, visando melhorar a marcação e livrar Busse de vez para ajudar no ataque.

O Independiente voltou melhor e adiantou a marcação. Com isso, Trezeguet teve dificuldades para receber a bola e o time de Avellaneda começou a rondar a área do rival. A pressão deu resultado e, aos 5 minutos, Vella recebeu uma bola roubada por Mattheu e lançou para o lado esquerdo, encontrando Acevedo. O camisa 12 avançou com a bola dominada até o bico da área, onde chutou cruzado e saiu para a comemoração: Independiente 3x2, em uma virada incrível.

A virada pegou pesado nos jogadores do River. Nervosos, erravam muitos passes. Mas o Independiente pecou na soberba e isso custou caro. Aos 8 minutos, Navarro recolheu a bola com muita calma e tocou a Mareque na esquerda. O camisa 3 foi muito displicente no passe a Silvera, que foi mais displicente para dominar a bola, que saiu a lateral. Ferrari repôs rápido a Almeyda, que passou nas costas do lateral adversário. Ortega recebeu no corredor, invadiu a área em diagonal e chutou cruzado, para empatar o jogo: River 3x3.

O gol deu ao time de Buenos Aires uma nova esperança de vencer. O time de Avellaneda, por outro lado, tentou se reorganizar. Com isso, o jogo ganhou em emoção, num toma lá dá cá frenético. O Independiente perdeu uma ótima oportunidade após cruzamento de Vella e cabeçada de Silvera na trave. No rebote, Coudet tocou a Gallardo no meio e o camisa 11 abriu na direita para Ortega. Com extrema habilidade, o camisa 10 trouxe para o meio e rolou perfeita para Trezeguet, que ajeitou a bola e, da meia lua, chutou sem chances para Navarro, fazendo River 4x3, aos 10 minutos.

O Independiente ainda tentou na saída, com boa trama entre Gracián e Busse. O camisa 7 chutou no travessão, a bola quicou na linha e Carrizzo tirou, mas o juiz garantiu que a bola não entrou. Os jogadores do Independiente cercaram o árbitro, que teve que sair escoltado pelos policiais.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Após chegar ao centésimo gol na carreira, o camisa 7 não quer parar. Com um hat trick, chegou aos 103 e deu a seu time mais uma vitória na temporada.

RACING 1x2 BOCA JUNIORS

Em ascensão, o time de Avellaneda quer entrar na zona de classificação. A vitória no Clássico de Avellaneda (2x0 Independiente) empolgou os jogadores a buscar mais um triunfo. Já o Boca é outro que vive um inferno astral. Após um bom início de campeonato, onde chegou a liderar, começou a perder oportunidades e cair na tabela. Já são 3 jogos sem vitória e o quarto lugar está a perigo, em mais uma partida de 6 pontos.

Quando a bola rolou, logo se viu a diferença entre os dois times. O Racing, organizado, saía tocando a bola e chegando com perigo, acertando a trave por 2 vezes no primeiro tempo. O Boca, desorganizado, errava passes em profusão e não conseguia chegar ao ataque. Curiosamente, na primeira vez que o fez, saiu o gol. Pena que pro outro lado...

Aos 4 minutos, o Boca finalmente encaixou uma jogada. Arruabarrena tocou a Basualdo, que avançou pela meia esquerda e tocou a Palermo. O camisa 9 dominou a bola e chutou no travessão, com Pocchetino afastando a bola. Pelletieri tocou a Ruben Capria, que avançou pelo meio e passou na direita, no buraco deixado por Basualdo, encontrando Acosta. O camisa 9 dominou com muita categoria, invadiu a área e, com mais categoria ainda, chutou na saída de Abbondanzieri e fez Racing 1x0.

No intervalo, Paralelo tirou Martin Simeone e Latorre para colocar Fariña e Hauche. Ainda alertou aos seus jogadores para matarem o jogo, pois o resultado podia virar em um piscar de olhos. Sr Rússia tirou Basualdo e Schelloto e colocou Battaglia e Palacio, pedindo aos seus jogadores que ocupassem os lugares pré determinados em campo, a fim de organizar melhor a saída de bola.

O Racing continuou jogando muito bem, de forma ordenada, mas não conseguia fazer o segundo gol. Acertou a trave algumas vezes, com Acosta e Ruben Capria, e viu o Boca crescer no jogo, mas a marcação era boa.

Aos 5 minutos, Palermo foi cercado por 4 jogadores do Racing na entrada da área. Com isso, Riquelme pegou no meio de campo e abriu na direita, para Ibarra. O camisa 4 avançou pela ponta e, da entrada da área, chutou cruzado. O lindo chute surpreendeu Saja e a partida se encontrou empatada: Boca 1x1.

Enquanto Paralelo se desesperava, o Boca estava mais que feliz com o empate. Na saída, Ruben Capria foi derrubado a um passo da área. A cobrança de falta foi perfeita, mas Abbondanzieri voou para defender. As defesas do goleiro empolgaram o resto do time, que passou a se empenhar na virada.

Aos 8 minutos, Abbondanzieri afastou um cruzamento da área e Serna despachou para Riquelme. O camisa 10 tocou na direita para Palacio e o camisa 19 foi ao fundo para cruzar. Palermo chegou cabeceando forte e acertou o canto de Saja, fazendo Boca 2x1.

O Racing achava o resultado uma injustiça e fez de tudo para conseguir o empate. No último lance, Ruben Capria chutou de dentro da área e Abbondanzieri defendeu novamente. Não era dia do Racing...

Destaque do jogo: Pato Abbondanzieri. Se o Boca jogou mal e venceu, pode-se creditar a maior parte nas defesas de seu goleiro, que parou o bom ataque do Racing com verdadeiros milagres.

NOTAS RÁPIDAS

  • A rodada não se encerrará neste domingo. Velez x Estudiantes e San Lorenzo x Huracán serão disputados durante a semana, provavelmente na segunda-feira.
  • A grande notícia que a FIFUBO vem segurando nas últimas semanas é um passo gigantesco para a Federação. Com a chegada de mais duas equipes, a FIFUBO avança agora nas competições de seleções. O Imperatriz utiliza jogadores que representam a seleção brasileira e, agora, se juntam ao Brasil as seleções da França e do Japão. Com isso, a FIFUBO chega à metade do seu ousado projeto para o ano que vem: a Copa do Mundo!
  • Também durante a semana (provavelmente na quarta-feira), será disputado o primeiro jogo entre seleções na história da FIFUBO. Brasil e França terão a honra de entrar para a história. Uma postagem especial será feita, para apresentar os três times e os que porventura aparecerem.

domingo, 15 de outubro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Nona Rodada - 15/10/2017

O domingo chegou com chuva e temperatura amena, afugentando o público do Itaquá Dome. Mesmo assim, houve quem comparecesse ao estádio para ver o encerramento da nona rodada do Clausura 2017. Melhor para eles, que presenciaram um momento histórico. Que momento foi este? Leia, para saber!

INDEPENDIENTE 0x2 RACING
Pela oitava vez no ano, o Clássico de Avellaneda daria as caras no Itaquá Dome. Vindo de derrota (1x3 Velez), o Independiente quer vencer para tentar se aproximar da zona de classificação. O treinador Bayer disse aos jogadores para pensarem jogo a jogo e darem tudo para vencer o clássico. O Racing venceu este jogo em cinco das sete partidas no ano e quer mais uma vitória para encostar de vez no Boca Juniors, seu próximo adversário. Além disso, quer se recuperar da derrota na rodada anterior (2x3 River). No primeiro turno, Racing 3x2 Independiente.

Foi um bom jogo, com as duas equipes se lançando ao ataque, porém de forma desorganizada. Ambas pecavam na hora da conclusão. A equipe que se acalmasse e colocasse a bola no chão, teria a vantagem. E foi assim, aos 9 minutos, que Saja cobrou tiro de meta para Ruben Capria, que recuou a Martin Simeone. O camisa 8 assumiu a função de armador e avançou pelo meio de campo, descobrindo Latorre entrando na área. O passe foi preciso, o camisa 11 recebeu no pé direito e chutou colocado, sem chances para Navarro, fazendo Racing 1x0.

No intervalo, Bayer sacou Busse e colocou Acevedo, visando interromper o carnaval protagonizado por Ruben Capria e Acosta naquele lado do campo. Já Paralelo sacou Diego Capria e colocou Fariña, visando maior presença pelo lado direito.

O jogo continuou bom, mas as finalizações continuavam ruins. O Racing chegava com seu trio de frente, trocando passes e levando perigo. O Independiente partia de forma mais desordenada. Apesar de Gracián estar muito bem, Silvera destoava e adiantava demais a bola sempre que recebia. Com isso, o time vermelho de Avellaneda partiu com seus volantes e zagueiros ao ataque, em busca do empate.

O Racing se segurou até que conseguiu encaixar um contra ataque aos 7 minutos. Quiroz se adiantou em um passe para Facundo Parra e o camisa 17 foi pego em impedimento. Ruben Capria cobrou para o próprio Quiroz, que passou a Pocchetino. Com um bom lançamento, o camisa 6 encontrou Enrique passando em velocidade para o contra ataque. O camisa 3 recebeu e avançou sem oposição, chutando da entrada da área e fazendo Racing 2x0 para finalizar o jogo.

Destaque do jogo: Enrique. Em um jogo bem movimentado, com Ruben Capria e Acosta fazendo boas tramas no ataque, quem se destacou foi o lateral esquerdo Enrique, que atuou muito bem no desarme, ajudou na armação e ainda se lançou para o contra ataque para fazer o gol que deu números finais à partida.

RIVER PLATE 3x3 SAN LORENZO

Ninguém em sã consciência apostava em um resultado que não fosse vitória do River. Líder do campeonato, vencedor de todos os campeonatos disputados no ano, vindo de vitória (3x2 Racing) e com Trezeguet em ascensão. Do outro lado, um time em último lugar no campeonato, vindo de uma derrota vergonhosa (2x5 Estudiantes) e com cinco derrotas na sequência. Nilson resolveu trocar Buffarini e Piatti por Reynoso e Tellechea, a fim de marcar forte. No primeiro turno, San Lorenzo 0x4 River.

Mas o jogo trouxe um feito histórico, emoção até o último lance e levou os torcedores ao delírio. Desorganizado, o River não conseguiu chutar antes dos 4 minutos de jogo. Os jogadores pareciam confiantes numa vitória que viria a qualquer momento e, por isso, não se esforçavam muito. O San Lorenzo percebeu e viu que poderia vencer se ousasse um pouco.

Assim, aos 6 minutos, Ortega errou um passe e Romagnoli pegou a bola perdida, ligando rapidamente para Erviti na esquerda. O camisa 11 avançou pela ponta sem ser incomodado e, da entrada da área, chutou no canto de Carrizzo, para fazer San Lorenzo 1x0.

A vantagem para a equipe de Almagro mostrou que o River estava jogando com soberba e que poderia vencer quando quisesse. Logo na saída de bola, Gallardo tocou a Trezeguet, que driblou Romagnoli e Reynoso e chutou para boa defesa de Migliore. Aos 8 minutos, Ortega cobrou lateral para Trezeguet dentro da área. Migliore saiu e derrubou o camisa 7. Ferrari cobrou o pênalti no canto  direito do goleiro, que se esticou mas não achou: River 1x1.

A soberba voltou e quase custou caro ao time de Nuñez. Aos 10 minutos, Romagnoli viu Carrizzo adiantado e chutou por cobertura. O goleiro se esticou e tocou de ponta de dedos, mandando a escanteio. Romagnoli cobrou e Placente rebateu para fora da área, onde Ferrari pegou o rebote e tocou a Barrado. O camisa 19 foi tabelando com Trezeguet até deixar o camisa 7 dentro da área, de frente pro goleiro. Dali, Trezeguet escolheu o canto e deslocou Migliore: River 2x1.

No intervalo, Nilson tirou Johnathan Ferrari e Stracqualursi para colocar Buffarini (que iria para a lateral) e Bordagaray, visando aumentar a presença no campo de ataque. Já Francescoli tirou Barrado e Buonanotte, colocando Coudet e Funes Mori em seus lugares, além de cobrar mais empenho de seus jogadores.

A bronca deu resultado e o River voltou mais ligado, ocupando o campo de ataque. O San Lorenzo recuou ante o bombardeio e o River acertou a trave por 3 vezes. O terceiro e histórico gol veio aos 4 minutos. Carrizzo cobrou tiro de meta e a bola ficou presa em um buraco no campo. Paz pegou-a e tocou a Ortega, que recuou para Almeyda, recebeu de volta e deu um passe perfeito para Trezeguet, na meia lua. Essa variação da jogada clássica do time não mudou o destino. O camisa 7 recebeu de frente, chutou colocado e venceu Migliore, fazendo River 3x1. O gol foi histórico porque foi o centésimo de Trezeguet com a camisa do River.

A equipe não teve muito tempo para comemorar, pois o San Lorenzo aproveitou-se do clima de festa e foi para cima, empurrando o River para o campo de defesa. O time de Almagro roubava a bola ainda na intermediária e partia para o contra ataque e foi assim que, aos 7 minutos, conseguiu descontar. Buffarini roubou de Funes Mori e tocou a Romagnoli. O camisa 10 tocou na frente para Bordagaray, que fez o pivô e deixou atrás para Erviti. O camisa 11 chutou colocado e venceu Carrizzo, fazendo San Lorenzo 2x3.

A equipe de Nuñez passou a tocar a bola para segurar o resultado e conseguiu se segurar até os acréscimos, quando Ferrari errou um passe e agarrou Erviti na intermediária. A falta era de longe, mas Romagnoli ajeitou para chutar. A bola foi forte, passou pela barreira e entrou no canto esquerdo de Carrizzo, enquanto Romagnoli corria para a torcida batendo no peito, apontando ao chão e fazendo a taunt da Paloma: San Lorenzo 3x3.

O River ainda errou a saída de bola e Tellechea arriscou de longe. Carrizzo se esticou e fez a defesa, garantindo o empate.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Novamente, o camisa 7 se consagrou. No início do jogo, voltou para ajudar na armação e, empurrado por Ortega, foi para o ataque. Sofreu o pênalti no primeiro gol e marcou os outros dois, atingindo a histórica marca de 100 gols com a camisa do River.

CLASSIFICAÇÃO

1° Estudiantes - 22 pontos
2° River Plate - 20 pontos
3° Velez Sarsfield - 18 pontos
4° Boca Juniors - 13 pontos
5° Racing - 12 pontos
6° Independiente - 9 pontos
7° Huracán - 7 pontos
8° San Lorenzo - 4 pontos

ARTILHARIA

1° David Trezeguet (River Plate) - 12 gols
2° Martin Palermo (Boca Juniors), Enzo Perez (Estudiantes), Juan Sebastian Verón (Estudiantes) e Nestor Silvera (Independiente) - 8 gols
3° Daniel Cigogna (Huracán), Diego Buonanotte (River Plate), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) e Dario Hussain (Velez Sarsfield) - 7 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Dois jogadores atingiram milestone na rodada. Ao descontar contra o River, Erviti chegou a 10 gols com a camisa do San Lorenzo. Já a conclusão da linda jogada de Ortega fez Trezeguet chegar a incríveis 100 gols com a camisa do River.
  • Trezeguet entra para um grupo seleto da FIFUBO. Desde que os registros de gols começaram, apenas Van Basten (na Era Amadora) e Mike Modano (já na Era Moderna) haviam chegado a 100 gols. Os registros precisam ser recuperados para saber se Zenden também já atingiu a marca.
  • Mas Trezeguet fez história desde a reestruturação da FIFUBO. Palermo e Romagnoli também estão na contagem regressiva, mas a temporada espetacular do camisa 7 do River fez com que ele atingisse primeiro esta marca e, por este motivo, será homenageado em solenidade na Federação.

sábado, 14 de outubro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Nona Rodada - 14/10/2017

Após uma semana sem jogos, o feriado prolongado chegou e trouxe a nona rodada do Clausura. A primavera com cara de verão trouxe um dia quente, sem nuvens, um clima agradável para lotar as arquibancadas do Itaquá Dome.

ESTUDIANTES 5x1 HURACÁN

Precisando pontuar para dormir na liderança, a pergunta da imprensa é uma só: até quando vai durar a boa fase do Estudiantes? No que depender do treinador Cristaldo, vai continuar para sempre. Para quem tinha a ambição de tentar uma sexta colocação, agora já se fala em título. A goleada na rodada anterior (5x2 San Lorenzo) mostra que o time vem vencendo e convencendo e é isso que eles querem manter. Já o Huracán vive seus altos e baixos costumeiros. O time conseguiu um empate heroico na última rodada (4x4 Boca), mas isso não foi suficiente para tirá-los da penúltima posição, cada vez mais longe da zona de classificação. Ao menos, serviu para mostrar que se a equipe se esforçar, pode vencer. No primeiro turno, Huracán 0x2 Estudiantes.

Mas bastou a bola rolar para a pergunta inicial não encontrar resposta. O Estudiantes continuou jogando muito bem e só precisou de 50 segundos para abrir o marcador. Após erro na saída de bola, Alexis Ferrero pegou a sobra e tentou fazer um lançamento para Cigogna na esquerda. Mas errou o passe, a bola tocou nas costas de Barrientos e sobrou para Angeleri livre na entrada da área. O camisa 2 estava ali para a jogada ensaiada do Estudiantes, que deu errado, e ficou surpreso com o presente inesperado. Matou a bola, trouxe para dentro da área e chutou com categoria, na saída de Islas, fazendo Estudiantes 1x0.

O erro no gol mostrou o nível baixo de organização do Huracán. Novamente, a equipe se limitou a ficar no campo de defesa. Quando Masantonio pegava a bola, não tinha a quem passar, era cercado e acabava perdendo. O Estudiantes, por sua vez, era muito bem organizado. Quando um jogador pegava a bola, sabia exatamente onde o outro estaria para receber o passe.

E foi assim que a equipe ampliou, aos 4 minutos. Após Masantonio isolar a bola para o campo do Estudiantes, Desábato pegou a sobra e tocou a Rodrigo Braña. O camisa 5 abriu na direita para Angeleri, que tocou a Verón no meio. O camisa 11 abriu a Gastón Fernandez na direita, que tocou a Enzo Perez no meio, já na meia lua. Esse zigue-zague do Estudiantes deixou os jogadores do Huracán tontos e quando Perez pegou a bola, de frente pro gol, só tinha Islas à frente. O chute foi rasteiro no canto direito e o goleiro nada pôde fazer: Estudiantes 2x0.

Perdido, o Huracán continuava se desfazendo da bola e o Estudiantes reiniciava o ataque com organização. Assim, aos 7 minutos, Walter Ferrero mandou a bola pro outro lado do campo e Federico Fernandez pegou, tocando a Marco Rojo. O camisa 6 tocou no meio para Leandro Benítez, que abriu na esquerda para Boselli. Trazendo da ponta para o meio, o camisa 9 tocou a Verón, que abriu na direita para Enzo Perez. O camisa 7 recebeu marcado por Minici e Walter Ferrero, mas passou pelo meio da marcação com dois lindos toques, invadindo a área e chutando na saída de Islas: Estudiantes 3x0.

Contente com o resultado, Cristaldo resolveu fazer experiências. Sacou Boselli e Rodrigo Braña para colocar Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Já Sr Rabina tirou Minici e Cigogna para colocar Erramuspe e Barrales.

O jogo reiniciou e nada mudou. O Estudiantes continuou jogando bem e botando o perdido Huracán na roda. Aos 2 minutos, Angeleri avançou pela direita e tocou a Verón no meio. O camisa 11 abriu novamente na direita, desta vez para Gastón Fernandez. O camisa 10 avançou, adiantou demais a bola e se aproveitou da indecisão de Walter Ferrero para chutar forte e cruzado. Islas nem foi na bola: Estudiantes 4x0.

E assim chegamos a um ponto final no jogo, pois se com 0x0 o Huracán não tinha forças, sendo goleado era pior ainda. Mesmo assim, encontraram um gol de honra aos 7 minutos, em jogada de contra ataque. Barrientos roubou bola de Gastón Fernandez e tocou a Erramuspe na esquerda. O camisa 12 procurou Ruben Masantonio, que ligou rápido a Centurión na esquerda. O camisa 8 tabelou com Barrales, recebeu de volta na entrada da área e chutou forte, sem chances para Andujar, fazendo Huracán 1x4.

Daí em diante, o Estudiantes tocou a bola pro tempo passar. Mas ainda conseguiu encontrar mais um gol nos acréscimos. Tocando de pé em pé, a bola passou por Mathias Sanchez, Enzo Perez, Verón, Leandro Benítez e Marco Rojo, até chegar a Hernan Rodrigo Lopez no bico direito da grande área. O camisa 13 avançou, driblou Alexis Ferrero e chutou forte, sem chances para Islas, para fazer Estudiantes 5x1.

Destaque do jogo: Enzo Perez. Com 2 gols e presença constante do meio para a frente, o camisa 7 conseguiu se consagrar novamente e levar sua equipe a uma goleada que os faz dormir na liderança do campeonato.

BOCA JUNIORS 2x4 VELEZ SARSFIELD

Sempre decepcionando e sempre prometendo que a partida seguinte será diferente, o Boca vai avançando no campeonato. Desta vez, enfrenta um adversário direto na classificação (o Boca está em quarto e o Velez, em terceiro) e, por isso, a ordem é encarar como uma partida de 6 pontos para avançar na tabela. O problema é enfrentar a desconfiança da torcida, que não aguenta mais as promessas não cumpridas. Já o Velez, com a mesma consciência de que é uma partida de 6 pontos, quer a vitória para se distanciar do rival e acompanhar de perto os líderes, na esperança de um tropeço. Vindos de uma boa vitória sobre o Independiente (3x1), querem repetir a boa fase e arrancar de vez para a classificação. No primeiro turno, Velez 2x3 Boca.

O Boca deu a maior das esperanças logo na saída de bola. Bastaram 22 segundos para Riquelme e Cagna fazerem uma versão diferente do 'toca y me voy', com a bola indo para a ponta. Riquelme ganhou ângulo, recebeu já no pé direito e acertou um lindo chute no ângulo oposto de Sosa, fazendo Boca 1x0.

Mas foi só isso. Riquelme jogou sozinho. Com vontade de mostrar serviço, o camisa 10 se movimentava pelo meio de campo e dava um toque de classe para levar o Boca à frente. Mas seus companheiros não se mexiam e, por isso, não haviam jogadas de perigo. O Velez não era diferente. Insua finalmente deu o ar de sua graça, movimentando-se em pêndulo pelo campo de ataque, mas sem ter a quem passar.

O empate do Velez veio em uma falha do Boca (novidade!). Aos 7 minutos, Riquelme acionou Arruabarrena na esquerda, o camisa 3 foi ao fundo e cruzou para Palermo na área. Disperso, o camisa 9 não conseguiu o domínio e foi desarmado por Gago, que puxou o contra ataque nas costas do lateral. Romero recebeu na direita e Riquelme fez a falta ao tentar roubar a bola. Insua cobrou no lado oposto da barreira e surpreendeu Abbondanzieri, fazendo Velez 1x1.

No intervalo, Sr Rússia sacou Schelloto e Palermo, que saíram debaixo de vaias, para as entradas de Palacio e Viatri. Palacio iria jogar na ponta esquerda, invertendo a ordem do ataque do Boca. Já Tripa Seca tirou Gino Peruzzi e Turco Assad para colocar Cubero e Lucas Pratto.

Não foi só a mudança de jogadores, o treinador do Velez mudou a forma de jogar e, com isso, o time ganhou volume de jogo. Bem distribuído em campo, o time conseguia ocupar o meio de campo e sair jogando com qualidade. Foi assim que conseguiu a virada aos 2 minutos. Riquelme lançou Palacio na esquerda, mas Juan Sabia chegou antes e roubou a bola, tocando a Gago. O camisa 5 tocou a Insua, que foi correndo pelo meio. Quando a marcação chegou, um leve toque do camisa 11 deixou Claudio Hussain livre para invadir a área e chutar forte, sem chances para Abbondanzieri, fazendo Velez 2x1.

O Boca bem que tentou sair pro jogo, mas não haviam opções de ataque. Riquelme continuava jogando sozinho. Os jogadores do Velez perceberam e acabaram cercando-o. Os outros jogadores do Boca saíram de suas posições para tentarem ajudar e foi aí a ruína de sua equipe.

Aos 5 minutos, Serna abandonou seu posto de primeiro volante e se lançou na armação, tocando a Basualdo. O camisa 11 foi displicente para a bola e acabou perdendo para Sebá Dominguez, que acionou Emiliano Papa na esquerda. O camisa 3 avançou, foi ao fundo e cruzou para trás, exatamente onde Serna deveria estar marcando. Como o camisa 5 não estava, Lucas Pratto recebeu livre e chutou forte. A bola tocou no travessão, bateu nas costas de Abbondanzieri e entrou: Velez 3x1.

Neste momento, a torcida do Boca já vaiava seus jogadores, que tentavam no desespero ir ao ataque. O Velez botou a bola no chão e controlou o jogo, se aproveitando do nervosismo do adversário. Assim, com o contra ataque à disposição, o Velez matou o jogo aos 8 minutos. Riquelme fez boa jogada pelo meio e tocou a Viatri, que procurou Palacio na esquerda. Claudio Hussain interceptou o passe e tocou atrás para Sebá Dominguez, que abriu na esquerda para Papa. O camisa 3 avançou, tocando no corredor para Lucas Pratto. O camisa 12 chamou a marcação e deu um toque atrás para Insua, que recebeu na entrada da área e chutou com muita categoria, na saída de Abbondanzieri, para fazer Velez 4x1.

Com a goleada consolidada, a torcida do Boca começou a deixar o estádio e nem viu sua equipe descontar no último lance do jogo. Em boa jogada coletiva, Serna tocou a Arruabarrena, que procurou Riquelme no meio. O camisa 10 chamou a marcação e, com um toque de gênio, abriu na esquerda para Palacio. O camisa 19 recebeu nas costas da defesa, invadiu a área e chutou forte, sem chances para Sosa, fazendo Boca 2x4. Mas era tarde...

Destaque do jogo: Federico Insua. Finalmente apareceu o futebol do camisa 11! Fez a famosa movimentação em pêndulo pelo campo de ataque, buscando opções de passe. Se no primeiro tempo não houve para quem passar, ele resolveu em uma cobrança de falta magistral. No segundo tempo, já com opções, liderou a equipe e ainda conseguiu marcar outro gol, saindo consagrado de campo.

NOTAS RÁPIDAS

  • O milestone da rodada vai para Lucas Pratto. Ao marcar seu primeiro gol no campeonato, ele atingiu 20 com a camisa do Velez.
  • A FIFUBO tem um grande anúncio ainda para este mês. A intenção era dar tal anúncio nesta rodada, mas alguns problemas burocráticos surgiram e, com isso, a notícia foi adiada, mas ainda acontecerá. Provavelmente na décima rodada já teremos alguma movimentação.

domingo, 1 de outubro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Oitava Rodada - 01/10/2017

Outubro chegou, a chuva se foi e um lindo domingo se desenhou para o encerramento da oitava rodada do Clausura, a primeira do returno. O público lotou o Itaquá Dome e, tal qual na primeira rodada do turno, foi brindado com dois jogos emocionantes. Vamos a eles!

HURACÁN 4x4 BOCA JUNIORS

Ao terminar o primeiro turno na penúltima colocação, o Huracán viu a necessidade de começar a pontuar no segundo turno, tal qual fez no Apertura (onde engrenou sequência de vitórias). Para isso, basta encaixar o contra ataque, já que quando a bola chega aos pés de Cigogna, o time consegue encontrar o caminho das redes. Já o Boca vem com sua eterna pressão. Ao prometer uma nova atitude no Clausura, a equipe terminou o primeiro turno em terceiro, mas com uma campanha muito irregular. Derrotas para o próprio Huracán e para o Independiente mostraram esta irregularidade e, agora, a ordem é esquecer isso e dominar desde o início, para pegar os times que estão acima na tabela. Barrado durante boa parte do primeiro turno, Riquelme voltava à equipe. Schelloto se manteve na equipe, agora jogando no ataque. No primeiro turno, Boca 2x3 Huracán.

Riquelme mostrou que a temporada no banco lhe fez bem e abriu o marcador com apenas 30 segundos. Na saída de bola, fez o 'toca y me voy' com Basualdo, recebeu na frente, deu um giro curto e viu Islas tentando fechar o ângulo oposto. Assim, com um toque de efeito, Riquelme chutou entre o goleiro e a trave e fez Boca 1x0.

O Huracán se assustou com o gol, mas contou com os erros do Boca (presentes em todos os jogos) para chegar à igualdade aos 2 minutos. Riquelme puxou contra ataque e tocou a Schelloto, que adiantou demais a bola e perdeu para Walter Ferrero, que estourou a bola no camisa 13 e ganhou um lateral, já no campo de defesa do Boca. Danelón repôs para Ruben Masantonio, que trouxe para o pé direito e chutou forte e cruzado, sem chances para Abbondanzieri: Huracán 1x1.

Riquelme estava bem no jogo e não se acanhou com o erro de seu time no empate. Aos 5 minutos, Milano puxou contra ataque, mas esticou demais e Abbondanzieri saiu do gol, ficando com a bola. O camisa 1 repôs rápido para Basualdo, que tocou a Riquelme no meio. O camisa 10 avançou e, com um passe magistral, encontrou Palermo já dentro da área. O camisa 9 recebeu, viu Islas sair e, com muita calma, tocou na saída do goleiro, colocando o Boca na frente: 2x1.

Não importa o quanto jogue bem, sempre terá alguém no Boca para estragar tudo. E isso apareceu novamente nos acréscimos. Ibarra quis sair jogando, se atrapalhou e perdeu a bola para Minici, que tocou a Ruben Masantonio no meio. O camisa 10 abriu na esquerda para Cigogna e o mito fez uma inversão magistral para Milano na direita. O camisa 7 recebeu no bico da área e chutou forte, sem chances para Abbondanzieri, fazendo Huracán 2x2.

No intervalo, Sr Rabina tirou Centurión e colocou Erramuspe. Se o camisa 8 não ajudava na armação, que ao menos entrasse alguém com maior poder de marcação. Já Sr Rússia, muito irritado, tirou Serna e Ibarra, colocando Battaglia e Viatri, promovendo uma enorme mudança tática. Basualdo iria para a lateral, Viatri formaria dupla de ataque com Palermo (que também seria o capitão), Battaglia entraria como primeiro volante, Schelloto seria o segundo volante.

Mas o time do Boca continuou falhando muito. A enorme mudança fez o time demorar a pegar o entrosamento e, com isso, o Huracán se aproveitou. Aos 3 minutos, Palermo tentou inverter para Viatri e tocou forte demais. Minici recuperou e tocou a Erramuspe, que tocou a Masantonio no meio. O camisa 10 abriu na direita para Villarruel, que tabelou com Milano e recebeu de volta no bico da área. Invadindo a zona de gol, o camisa 13 tocou por baixo, na saída de Abbondanzieri e fez Huracán 3x2.

Perdendo pela primeira vez no jogo, o Boca teve que se abrir e buscar a igualdade, deixando o jogo perfeito para os contra ataques do Huracán. Assim, aos 6 minutos, Walter Ferrero afastou da área e Barrientos passou a Masantonio no meio. O camisa 10 abriu na direita para Danelon, que avançou pela ponta. Com um passe em profundidade, encontrou Milano e o camisa 7 deu a quebra de asa, trazendo para o meio e chutando sem chances para Abbondanzieri, fazendo Huracán 4x2.

Nesse momento, a torcida do Boca começou a vaiar seus jogadores e o treinador Sr Rússia se desesperou. Gesticulando muito, o comandante via sua equipe novamente jogar bem e perder para um rival que não está na zona de classificação.

Mas o Boca tinha Riquelme. O camisa 10 voltou ao time para ser o articulador de jogadas e seria em seus pés que viveria a esperança do time de não perder. Aos 8 minutos, Escudero roubou de Cigogna e tocou a Battaglia, que tocou rápido no meio para Riquelme. O camisa 10 colocou a bola no chão e avançou pelo meio. Palermo correu da ponta para o meio, puxando a marcação. Com isso, Riquelme tocou na esquerda, onde Schelloto entrou livre, invadiu a área e chutou alto na saída de Islas, fazendo Boca 3x4.

O gol deu novo ânimo à equipe, mas sempre tem alguém disposto a botar por terra todo o trabalho. Desta vez foi Abbondanzieri, que não fez a cobertura na saída de bola e viu Masantonio invadir a área e chutar. Mas o goleiro se recuperou e fez linda defesa, enquanto ouvia toda sorte de xingamentos vindos de seu treinador atrás do gol. O jogo ganhou emoção e era impossível dizer se o Boca ia empatar ou o Huracán ampliar.

Já nos acréscimos, Masantonio abriu na direita para Milano. O camisa 7 dominou com Schelloto marcando a ponta e, por isso, resolveu vir para o meio e tocar a Cigogna. Mas Battaglia se posicionou bem e interceptou o passe, tocando a Riquelme no meio. O camisa 10 puxou o contra ataque pelo meio e, mesmo marcado por Masantonio, conseguiu ótimo passe para Palermo na esquerda. Marcado por três, o camisa 9 recebeu e avançou em velocidade, chutando da entrada da área para vencer Islas e dar números finais a um emocionante jogo: Boca 4x4.

Destaque do jogo: Juan Roman Riquelme. Barrado no primeiro turno, o camisa 10 recebeu nova chance no início do segundo turno e não decepcionou. Precisou de apenas 30 segundos para fazer seu gol e participou dos outros 3. Sempre que a bola caía em seus pés, o time se ajeitava e conseguia criar. Uma tarde de gala.

SAN LORENZO 2x5 ESTUDIANTES

Último colocado no primeiro turno, o San Lorenzo resolveu apostar em uma tática suicida. Romagnoli retornava de suspensão e o escolhido para sair foi Reynoso. Com isso, a dupla de volantes seria Buffarini e Piatti, muito mais ofensivos que o camisa 5. A mudança, além de mostrar que a melhor defesa é o ataque, tinha um sentido: o adversário ataca pelas pontas e os dois volantes escolhidos são conhecidos por jogarem mais abertos. Já o Estudiantes vive um sonho. Vice líder do campeonato empatado com o líder, o time de La Plata mudou suas metas e, agora, quer garantir vaga nas semifinais o quanto antes.

Se Riquelme voltou ao Boca em grande estilo, Romagnoli não poderia deixar por menos. Logo na saída de bola, o camisa 10 fez o 'toca y me voy' com Buffarini e fez um salseiro na área do Estudiantes. Com Desábato e Braña cercando e com medo de roubar a bola, foi Andujar quem se atirou para tentar afastar, mas acabou atingindo o adversário e o juiz Chico Lírio marcou pênalti. O próprio Romagnoli cobrou no ângulo de Andujar, que se esticou mas só pôde ver o camisa 10 bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x0, logo a um minuto.

O Estudiantes se assustou com o gol relâmpago e tentou se reorganizar, mas Romagnoli estava enlouquecido em campo. Ocupando o campo de ataque, o camisa 10 levava o San Lorenzo a rondar a área do adversário e fez Andujar aparecer com ótimas defesas. O problema é que o time de Almagro jogava muito aberto, se expondo aos contra ataques. Assim, aos 4 minutos, Rodrigo Braña interceptou passe de Piatti para Stracqualursi e tocou a Angeleri na direita. O camisa 2 tocou a Enzo Perez no meio e o camisa 7 fez ótimo passe em profundidade para Gastón Fernandez. Sem a marcação de Piatti, o camisa 10 avançou, invadiu a área e chutou na saída de Migliore, fazendo Estudiantes 1x1.

O gol acalmou o time de La Plata para buscar a virada, mas o San Lorenzo ainda estava jogando muito bem. Assim, foi o time de Almagro quem voltou a ficar na frente, aos 6 minutos. Buffarini tocou a Raul 'Pipa' Estevez e o camisa 7 procurou Stracqualursi no meio. Atraindo a marcação, o camisa 9 deu um leve toque para a esquerda, onde encontrou Romagnoli livre. O camisa 10 driblou Desábato, driblou Andujar e empurrou para o gol vazio, batendo no peito, apontando ao chão e fazendo a taunt da Paloma novamente: San Lorenzo 2x1.

O ótimo jogo apresentado pelo time de Almagro assustou o Estudiantes, que voltou a se desorganizar. Mas o próprio ímpeto do San Lorenzo foi a sua ruína. Aos 8 minutos, o time se lançou ao ataque e se abriu para o contra ataque novamente. Stracqualursi adiantou demais a bola e Verón roubou, tocando a Rodrigo Braña. O camisa 5 tocou a Enzo Perez, que tabelou com Gastón Fernandez, recebendo de volta na meia lua e chutando colocado, para fazer Estudiantes 2x2.

O jogo era excelente e qualquer equipe poderia ir para o intervalo com a vantagem. A sorte acabou sorrindo para o Estudiantes, que encontrou seu gol no último lance do primeiro tempo. Johnathan Ferrari tentou lançar para Romagnoli, mas Braña pulou e cabeceou para longe. Enzo Perez pegou a bola e lançou na esquerda para Leandro Benítez. O camisa 8 recebeu nas costas da zaga, contornou a marcação de Tulla e chutou do bico da área, acertando o ângulo de Migliore e fazendo Estudiantes 3x2.

No intervalo, Nilson sacou Johnathan Ferrari e Erviti, colocando Tellechea e Bordagaray em seus lugares. Já Cristaldo tirou Desábato e Boselli para colocar Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez.

O San Lorenzo cansou, mas ainda assim conseguiu chegar algumas vezes, obrigando Andujar a fazer algumas boas defesas. Em uma forma física excepcional, os jogadores do Estudiantes continuaram com o bom ritmo do primeiro tempo e, assim, conseguiram construir a goleada.

Aos 4 minutos, Mathias Sanchez desarmou Stracqualursi e tabelou no campo de defesa com Rodrigo Braña. O camisa 5 tocou a Enzo Perez no meio de campo e o camisa 7 fez um lançamento magistral para Leandro Benítez na esquerda. O camisa 8 matou no peito, trouxe pro chão, driblou Tellechea, invadiu a área e chutou na saída de Migliore, fazendo Estudiantes 4x2.

Com a vitória assegurada, os jogadores do Estudiantes colocaram a bola no chão e tocaram, à espera do fim do jogo. Mas o San Lorenzo, mesmo sem forças, ainda tentava ir ao ataque. O problema era que não tinham mais forças mesmo e isso prejudicou o passe da equipe. Aos 9 minutos, Tulla recebeu na defesa e tentou inverter para Romagnoli na esquerda. O passe saiu completamente torto e Enzo Perez recuperou a bola, avançando pelo campo aberto até a entrada da área, de onde chutou rasteiro e deu números finais ao confronto: Estudiantes 5x2.

Destaque do jogo: Leandro Benítez. Criticado por não ajudar a equipe nesta volta por cima, o camisa 8 resolveu jogar. Marcou dois gols, armou o jogo, se movimentou o tempo todo no campo de ataque e ajudou a equipe a se manter nos primeiros lugares.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 19 pontos, 30 gols pró
2° Estudiantes - 19 pontos, 29 gols pró
3° Velez Sarsfield - 15 pontos
4° Boca Juniors - 13 pontos
5° Racing - 9 pontos, 18 gols pró
6° Independiente - 9 pontos, 13 gols pró
7° Huracán - 7 pontos
8° San Lorenzo - 3 pontos

ARTILHARIA

1° David Trezeguet (River Plate) - 10 gols
2° Martin Palermo (Boca Juniors), Juan Sebastian Verón (Estudiantes) e Nestor Silvera (Independiente) - 8 gols
3° Daniel Cigogna (Huracán), Diego Buonanotte (River Plate) e Dario Hussain (Velez Sarsfield) - 7 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Na próxima semana, não teremos rodada. Se tudo conspirar a favor, pode ser que tenhamos jogos no domingo, mas é muito difícil. O Clausura deve retornar em duas semanas.
  • Quem alcança milestone na rodada é Leandro Romagnoli. Ao marcar duas vezes contra o Estudiantes, o camisa 10 do San Lorenzo bate no peito, aponta ao chão e faz a taunt da Paloma por 90 vezes e, tal qual Trezeguet e Palermo, entra na reta final para chegar ao centésimo.