domingo, 31 de janeiro de 2016

Torneio Apertura 2016 - Primeira Rodada - 31/01/2016

Janeiro vai embora, o calor continua e o Torneio Apertura segue com seus grandes jogos. O domingo de sol trouxe um público modesto ao Itaquá Dome, mas os que vieram foram agraciados com as duas melhores partidas da rodada.

HURACÁN 3x2 SAN LORENZO

Duas equipes com propostas defensivas. O Huracán, fiel ao seu estilo de jogar em contra ataques, vinha empolgado pela boa pré-temporada e, principalmente, pela boa fase de Cigogna, autor de um hat trick na vitória de 3x0 sobre o Independiente no Torneio Início. O San Lorenzo vem envolto em problemas, pois Nilson não consegue fazer a equipe engrenar. A proposta de atuar no 4-5-1 retrancado não foi aplicada ainda. Nilson manteve a equipe no 4-4-2 losango e apostava no bom futebol de Romagnoli para vencer na estreia.

O San Lorenzo até começou com uma boa jogada armada por Romagnoli e Piatti, que terminou com um chute de Romagnoli no travessão e a bola saindo para lateral. Na reposição, o Huracán mostrou seu estilo de jogar em contra ataques. Danelón tocou a Villarruel, que procurou Cigogna e preparou a bola perfeita para o scopetazzo do mito. Cigogna chutou e o goleiro não alcançou: Huracán 1x0, logo a um minuto.

O San Lorenzo não se importou e partiu para cima, o que significa se abrir para os contra ataques. Após Alexis Ferrero desarmar Stracqualursi, aos 3, a bola sobrou para Barrientos, que tocou para Villarruel. O camisa 13 tocou a Masantonio e recebeu na frente, chutando da meia lua para fazer Huracán 2x0.

A essa altura, a lembrança do massacre do River sobre o Estudiantes (7x0) fazia a torcida do San Lorenzo temer um vexame e, com isso, a equipe parou de arriscar. A equipe de Almagro começou a dar a iniciativa para o Huracán e esperar os contra ataques e foi assim que conseguiu descontar. Aos 7 minutos, a  zaga afastou cruzamento na área e a bola sobrou para Reynoso. O camisa 5 tocou para Romagnoli, que mostrou toda a sua agilidade, ao dar um toque de primeira e colocar a bola em Stracqualursi dentro da área. O camisa 9 chutou de primeira e venceu Islas, fazendo San Lorenzo 1x2.

No intervalo, Sr Rabina tirou Danelón e Barrales para colocar Erramuspe e Milano, visando reforçar a marcação e sair em contra ataques. Já Nilson mudou completamente. Ao invés da retranca, a ousadia. Tirou Reynoso e Buffarini para colocar Erviti e Bordagaray, indo para um 4-3-3 suicida.

As táticas de Nilson mostraram-se acertadas. Não só o 4-3-3, que tinha o intuito de atrair a marcação, mas a chegada de Erviti como homem surpresa no ataque. O camisa 11 infernizou a defesa do Huracán e obrigou Islas a salvar o time várias vezes. Porém, aos 4 minutos, não teve jeito. Luciatti recebeu na esquerda, Stracqualursi recuou para atrair a marcação e Erviti se mandou pelo meio. O passe foi preciso e o camisa 11 invadiu a área, chutando na saída de Islas. A bola tocou no travessão e o rebote se ofereceu ao próprio Erviti, que empurrou para o gol vazio: San Lorenzo 2x2.

A partir daí, o jogo esquentou. As equipes reforçaram as marcações, mas sem descuidar de ataques bem orquestrados.  Quando o empate parecia consolidado, eis que o Huracán conseguiu encaixar um contra ataque. Cigogna voltou para ajudar a marcação e rebateu bola da área, que sobrou aos pés de Villarruel. O camisa 13 se lançou ao ataque pela direita, foi ao fundo e cruzou. Masantonio completou de pé direito aos 10 minutos e deu a vitória à sua equipe: Huracán 3x2.

Destaque do jogo: Lucas Villarruel. Erviti entrou e mudou a cara do jogo, infernizando a defesa e empatando a partida. Mas o San Lorenzo jogou como nunca e perdeu como sempre e, pelas regras  da FIFUBO, o destaque tem que vir do time vencedor. E este é Villarruel. O camisa 13 foi um gigante em campo, aparecendo como grande opção para armar jogadas de ataque. Deu o passe para os gols de Cigogna e Masantonio, fez o seu e ainda apareceu defensivamente ao anular Romagnoli.

RACING 1x3 VELEZ SARSFIELD

O jogo mais esperado da primeira rodada foi justamente o main event. As duas equipes foram, ao lado do River, os grandes destaques da pré-temporada e considerados favoritos ao título. O Racing  vem empolgado, apesar da eliminação nas semifinais do Torneio Início. Considerando esta partida como um jogo de seis pontos, o treinador Paralelo quer a equipe jogando com inteligência para começar bem o campeonato. Do lado do Velez, a empolgação é maior ainda com o título do Torneio Início. A meta é conquistar todos os campeonatos que aparecerem na frente e, diante disso, já começaram muito bem.

Se a torcida foi ao estádio esperando ver um espetáculo, saiu com a certeza que o ingresso foi bem comprado. Os dois times deram um show, tanto de organização defensiva quanto na construção de jogadas. Jogando igual, os dois se alternavam em belas oportunidades e esperavam um erro do adversário para marcar.

Foi assim que o Racing abriu o marcador aos 2 minutos. Gago tentou sair jogando e foi desarmado por Pelletieri, que viu o buraco deixado na entrada da área e tocou a Acosta. Tabelando com Latorre, o camisa  9 recebeu dentro da área e esperou Sosa cair antes de chutar e fazer Racing 1x0, mostrando toda a movimentação do time de Avellaneda.

Sem se importar com a desvantagem, o Velez se organizava e criava oportunidades, mas o Racing também se mantinha firme. Assim, neste incrível jogo de xadrez, o erro do adversário seria crucial para o gol sair. E foi assim que o Velez empatou, aos 5 minutos. Emiliano Papa estava ajudando a proteger a entrada da área pelo meio, quando percebeu que Pelletieri e Diego Capria se descuidaram da marcação na lateral. O camisa 3, então, se mandou por ali e foi avançando em velocidade, até ir à linha de fundo e cruzar. Turco Assad chegou cabeceando com perfeição e empatou a partida: Velez 1x1.

O jogo continuou de altíssimo nível, pois a equipe que atacava não podia se desmembrar muito na defesa, o que fazia com que as peças certas tivessem que ser minuciosamente escolhidas para a jogada se consolidar. E, tal qual um jogo de xadrez, um esperava o outro vacilar para se aproveitar e dar o bote fatal. Foi assim aos 9 minutos, quando Lucas Romero recuperou bola na defesa e tocou a Insua. O camisa 11 viu novamente o buraco deixado por Pelletieri e deu o passe preciso. Turco Assad recebeu no bico da área, driblou Gamboa, invadiu a área e chutou cruzado para vencer Saja e fazer Velez 2x1.

No intervalo, Paralelo se mostrava descontente com os erros e mudou o lado direito. Saiu Diego Capria e entrou Fariña, para fazer a lateral e também ajudar no meio, visando impedir a liberdade a um inspirado Turco Assad. Tripa Seca também mudou o lado direito, tirando Gino Peruzzi e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto. No caso do Velez, a insatisfação era maior, pois enquanto Peruzzi não marcava bem na defesa, Hussain errava no ataque.

O jogo continuou de altíssimo nível, bom as equipes atacando com precisão e mandando bolas e mais bolas na trave. As jogadas de habilidade se multiplicaram, mas o placar permanecia inalterado. Ao menos até os 6 minutos, quando um novo erro de marcação e uma nova jogada de contra ataque deram números finais ao confronto. O apagado Martin Simeone resolveu se arriscar no ataque e foi desarmado por Gago, que tocou a Lucas Romero. Vendo o lado direito desimpedido, o camisa 7 inverteu o jogo magistralmente para seu xará, Pratto, que dominou a bola já deixando-a correr para dentro da área, só para soltar a bomba indefensável a Saja e fazer Velez 3x1.

O Velez ainda teve outra chance aos 9, quando Lucas Romero saiu driblando os adversários e foi derrubado por Saja. Gago cobrou o penal no canto esquerdo, mas Saja defendeu, como quem diz que uma goleada seria injusta para a igualdade que as equipes apresentaram em campo, no melhor jogo do campeonato.

Destaque do jogo: Turco Assad. Numa partida com 25 destaques, o artilheiro da partida fez a diferença. Seus dois gols foram a exata distância para que o rival não saísse com o empate.

CLASSIFICAÇÃO

  1. River Plate - 3 pontos, 7 gols pró
  2. Independiente - 3 pontos, 4 gols pró
  3. Velez Sarsfield - 3 pontos, 3 gols pró, 1 gol contra
  4. Huracán - 3 pontos, 3 gols pró, 2 gols contra
  5. San Lorenzo - 0 ponto, 2 gols pró
  6. Racing - 0 ponto, 1 gol pró, 3 gols contra
  7. Boca Juniors - 0 ponto, 1 gol pró, 4 gols contra
  8. Estudiantes - 0 ponto, 0 gol pró


ARTILHARIA

  1. Marcelo Gallardo (River Plate) e Turco Assad (Velez Sarsfield) - 2 gols

sábado, 30 de janeiro de 2016

Torneio Apertura 2016 - Primeira Rodada - 30/01/2016

Enfim o grande dia! O Torneio Apertura começa, num sábado de sol forte e casa cheia, para dois grandes jogos. Vamos a eles!

BOCA JUNIORS 1x4 INDEPENDIENTE

Duas equipes em pré-crise. O Boca tem que mostrar à sua impaciente torcida que pode ser grande. Madeirite mantém a equipe com Schelloto no ataque, no lugar de Palacio, mas a desconfiança é grande após a derrota no Torneio Início para o River (0x3). Já o Independiente, também vindo de acachapante derrota de 0x3 no Torneio Início, para o Huracán, a palavra de ordem é superação. Bayer quer fazer uma espécie de X na armação, com os volantes participando e o armador atuando como um terceiro atacante, uma espécie de ponta de lança.

O jogo começou muito bem, com as equipes ocupando o campo e tentando se organizar. Do ponto de vista defensivo, ambos eram perfeitos, com marcação forte e forçando o adversário a errar. Do ponto de vista ofensivo, a falta de ritmo de jogo, a bola e o campo em estado ruim prejudicavam, mas o Independiente criava  boas jogadas, mostrando ensaio em algumas delas. Logo no início do jogo, Silvera recebeu e chutou. A bola bateu no travessão, por trás da linha e saiu, mas o juiz Wilson Neca não viu e mandou o jogo seguir.

Por estar se soltando mais, o Independiente chegava mais próximo ao gol. Porém, somente aos 8 minutos conseguiu abrir o marcador. Silvera voltou ao meio de campo para buscar o jogo e viu Vella se deslocando livre pela direita. A inversão de jogo foi perfeita e o camisa 2 recebeu sem marcação, invadiu a área e chutou na saída de Abbondanzieri, para fazer o primeiro gol do campeonato: Independiente 1x0.

O melhor volume de jogo e a apatia do rival faziam do Independiente o grande favorito a ganhar. Para o Boca chegar, só com falhas do adversário. E aconteceu já nos acréscimos. Hilário Navarro foi fazer graça na hora de bater o tiro de meta e acertou Montenegro. A bola sobrou nos pés de Schelloto, que só teve que empurrar para o gol aberto: Boca 1x1.

No intervalo, Madeirite trocou Serna por Battaglia (Palermo passou a ser o capitão) e manteve Riquelme na armação. Já Bayer tirou Busse (em má forma física) e colocou Acevedo.

As táticas de Bayer deram certo e o Independiente dominou o segundo tempo por completo. Aos 3 minutos, Tuzzio roubou bola de Schelloto e tocou a Mareque. Silvera voltou no meio para receber, driblou Cagna e viu Facundo Parra entrando livre pela direita. Novamente, a inversão foi perfeita e o camisa 17 recebeu sem marcação, entrando na área e fazendo Independiente 2x1.

O gol mostrou que o time de Avellaneda era superior. A marcação era eficiente e os contra ataques se  mostraram uma ótima alternativa. Aos 7 minutos, Gracián recebeu de Mattheu e tocou a Acevedo. O camisa 12 driblou Escudero, entrou na área e chutou sem chances para Abbondanzieri, fazendo Independiente 3x1.

Com a vitória garantida, os jogadores ficaram mais tranquilos e passaram a jogar soltos. E a vitória se transformou em goleada aos 9 minutos. Mattheu recuperou bola que ia para Palermo e tocou a Tuzzio, que deu na esquerda a Acevedo. O camisa 12 tocou a Silvera, que deu lindo drible de corpo em Battaglia e chutou de trivela, no ângulo oposto de Abbondanzieri, fazendo o gol mais bonito da partida: Independiente 4x1.

Destaque do jogo: Nestor Silvera. Se Bayer dizia que para o Independiente voltar a ganhar, Silvera precisava ser protagonista, acertou em cheio. O camisa 11 não foi só o homem gol, mas também o principal articulador de jogadas. Os passes nos dois primeiros gols foram dignos de um maestro e o gol que selou a vitória foi digno de um artista da bola.

ESTUDIANTES 0x7 RIVER PLATE

Outra equipe querendo recuperar o bom futebol, o Estudiantes não trouxe boa impressão no Torneio Início, ao ser eliminado pelo Racing (1x2). Mas a paz selada, o triunvirato formado e a escalação do goleiro Andujar liberada eram os trunfos da equipe, que sabia ser muito difícil derrotar o rival. O River, embora não tenha vencido o Torneio Início, vinha empolgado por não ter perdido no certame (foi derrotado no número de escanteios) e pela invencibilidade de 9 jogos (a última derrota foi para o Velez, na Supercopa FIFUBO de 2014!) e por não ter perdido sua essência de jogo.

Bom, se o Estudiantes sabia que seria difícil derrotar o rival, isso se provou logo com um minuto de jogo. Após um bom início, com triangulações pela direita com Angeleri, Enzo Perez e Gastón Fernandez, o Estudiantes se abriu para o contra ataque e, na primeira oportunidade, Barrado lançou pela esquerda para Berizzo. O chute do camisa 6 não foi bom, mas a bola passou no meio das pernas de Desábato e Andujar só percebeu quando ela estava no fundo das redes: River 1x0.

O Estudiantes não se organizou para empatar a partida e pagou caro. Aos 3 minutos, após Placente recuperar e tocar para Ferrari na direita, o estilo que consolidou o River como o "Barcelona do Futibou de Butaum" apareceu. Ferrari tocou a Trezeguet, que fez o dois-um com Ortega, recebeu na frente e, da entrada da área, chutou sem a menor chance para Andujar, fazendo River 2x0.

O Estudiantes se desesperou de vez, perdendo por 2x0 com apenas 3 minutos e nada mais acertou na partida. O River aproveitou para dominar e mostrar uma faceta defensiva  que espantou a crítica e os torcedores. Quando não podia alcançar a bola, o jogador voltava para o campo de defesa e compunha uma linha intransponível. Foi assim com Buonanotte, que voltou para recompor a defesa e recuperou a bola, tocando a Barrado. O camisa 19 foi tocando com Gallardo até a entrada da área, onde deu um chute com extrema precisão e fez River 3x0, aos 5 minutos.

Se o show já estava bom, melhorou ainda mais aos 8. Numa jogada só com toques de primeira, Berizzo recuou a Paz, que devolveu a Berizzo. O camisa 6 tocou a Barrado, que deu a Buonanotte. Buonanotte deu a Gallardo no meio e recebeu de volta no bico da área, chutando cruzado e fazendo, em 8 toques, o gol mais bonito do campeonato: River 4x0.

No intervalo, Cristaldo foi ousado e tirou os dois principais líderes do time. Verón e Gastón Fernandez saíram e entraram Mathias Sanches e Hernán Rodrigo Lopez. A ordem era não tomar mais gols. Já Francescoli, feliz com a goleada, tirou dois dos destaques, para dar chance aos reservas. Saíram Barrado e Trezeguet e entraram Coudet e Funes Mori.

O River diminuiu o ritmo no segundo tempo, mas percebeu que o adversário não atacaria, então resolveu arriscar uma ou outra jogada pelo campo todo. E foi assim que chegou ao quinto gol aos 3 minutos. Placente recuperou e tocou a Ferrari, que deu a Gallardo no meio. O camisa 11 tabelou com Buonanotte e recebeu de volta na meia lua, de onde deu ótimo chute colocado e fez River 5x0.

O Estudiantes errou a saída e o River recomeçou sua jogada com muita calma. O time de La Plata não dava três toques seguidos na bola. Aos 5 minutos, Paz roubou de Lopez e tocou a Berizzo, que deu a Buonanotte na ponta. O camisa 30 avançou e cruzou para trás, de onde Gallardo chegou chutando de primeira e fazendo River 6x0.

Quando já estava de  bom tamanho, o River ainda encontrou mais um gol. Aos 9 minutos, Almeyda  tocou a Funes Mori no meio e o camisa 9 começou a driblar. Passou por Leandro Benítez, Mathias Sanchez, Rodrigo Braña e Leandro Desábato, até entrar na área e ser derrubado por Andujar quando tentava entrar com bola e tudo. Pênalti que Ferrari cobrou no canto esquerdo, deslocando o goleiro: River 7x0.

Destaque do jogo: Marcelo Gallardo. O destaque, na verdade, foi o conjunto do River. Mas só um pode levar a honraria e este foi o camisa 11, com dois gols e a artilharia provisória do certame.

NOTAS RÁPIDAS

  • Após o jogo, houve a primeira sessão do TJB, onde o árbitro Wilson Neca foi julgado e condenado a um jogo de suspensão, por não ter validado o gol de Silvera contra o Boca, no primeiro tempo da partida.
  • Três jogadores atingiram milestones na rodada. Berizzo fez o primeiro gol do River e o décimo dele com a camisa milionária. No mesmo jogo, Barrado marcou e chegou a 20 com a camisa do River. Já o gol único do Boca contra o Independiente foi o de número 30 de Schelloto com a famosa camisa xeneize.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Torneio Início Apertura 2016 - 24/01/2016

O domingo chegou e, com ele, as semifinais e a grande final do Torneio Início do Apertura 2016. O tempo bom fez o público comparecer em bom número ao Itaquá Dome e os atletas responderam à altura, com ótimos jogos.

VELEZ SARSFIELD 1x1 HURACÁN

Empolgados pela vitória sobre o San Lorenzo (3x1) e firmes  no propósito de conquistar o título do Torneio Início, os jogadores do Velez queriam partir para cima e eliminar logo o adversário. Mesmo assim, Tripa Seca trocou os dois artilheiros do jogo anterior (Romero e Turco Assad) por Cubero e Lucas Pratto, para colocá-los em forma para o Torneio Apertura. Do outro lado, apesar do desinteresse inicial, a vitória sobre o Independiente (3x0) fez os jogadores do Huracán acreditarem na possibilidade de título. Mesmo assim, Sr Rabina também trocou peças. Saíram Villarruel e Milano e entraram Erramuspe e Barrales.

O Huracán  mostrou bem o seu estilo de contra ataques e abriu o marcador logo com um minuto. O Velez foi obrigado a se desfazer da bola e Minici pegou, tocando a Masantonio no meio. O camisa 10 tocou na esquerda para Centurión, que avançou e chutou cruzado, sem chances para Sosa, fazendo Huracán 1x0.

O Velez tentou impor seu estilo de toque de bola, mas a marcação do Huracán era implacável e, volta e meia, o Velez tinha que se desfazer da bola. Sem poder contar com os armadores e atacantes, coube ao Velez atacar com os laterais. Após Emiliano Papa desarmar Masantonio na esquerda, ele devolveu a Sebá Dominguez, que tocou para a frente. Gino Peruzzi dominou, tabelou com Claudio Hussain, e chutou da entrada da área. Islas tocou na bola, que bateu no travessão, quicou depois da linha e saiu. Os jogadores do Huracán bem que tentaram pressionar o juiz, José Roberto Wright, mas o árbitro validou o gol, aos 8 minutos.

Por ter tido dois escanteios contra um do Huracán, o Velez avançou à final com o empate.

Destaque do jogo: Gino Peruzzi. Em um jogo onde os jogadores de ataque do Velez foram anulados por uma marcação eficiente, coube ao lateral direito assumir o protagonismo. Ele se mandou ao ataque, organizou jogadas, se apresentou e fez o gol que levou seu time à final.

RACING 0x1 RIVER PLATE

O Racing impôs metas no torneio. Primeiro, avançar à final para poder  colocar todos os atletas em campo. Depois, derrubar o gigante River Plate, seu algoz na final do Torneio Clausura 2014. Por fim, conquistar o título do Torneio Início. Paralelo tirou Pelletieri e Latorre para colocar Fariña e Hauche. Já o River não se importa com Torneio Início. Sua meta é sempre se classificar às semifinais, para poder colocar todos os atletas em campo. E isso veio de forma maravilhosa, com vitória de 3x0 sobre o Boca. Barrado e Trezeguet saíram, para as entradas de Coudet e Funes Mori.

O jogo foi sensacional, uma típica partida entre dois gigantes. Marcação eficiente, bom toque de bola e lindas tramas de ataque permearam a partida, com grandes defesas e bolas na trave em ambos os lados. O gol da vitória veio aos cinco minutos, em linda jogada coletiva. Gallardo pegou na meia esquerda e perdeu o ângulo. Vendo que não tinha a quem passar, ele reiniciou a jogada atrás para Berizzo. O camisa 6 passou a Coudet no meio, que inverteu para Ortega  na direita. O camisa 10 recebeu, se livrou da marcação de Pocchetino e, do bico da área, mandou belo chute cruzado para vencer Saja e fazer River 1x0.

Destaque do jogo: Ariel Ortega. Novamente, o camisa 10 foi a grande figura da equipe. Com uma jogada de gênio, deu a vitória à equipe. Fora isso, sempre se apresentou para concluir as jogadas de ataque de sua equipe.

VELEZ SARSFIELD 3x3 RIVER PLATE

E chegou o momento da grande final! O Velez tem dois objetivos neste torneio e pode realizá-los com um único jogo: ser campeão e mostrar que é superior ao River Plate. Turco Assad e Romero voltavam, nos lugares de Lucas Pratto e Cubero. Já o River comemorava a passagem à final apenas para dar o último apronto na equipe titular. Trezeguet e Barrado voltavam, nos lugares de Funes Mori e Coudet.

A bola rolou e as duas equipes começaram a mostrar suas habilidades. Ambos marcavam forte e puxavam contra ataques em velocidade. Quando Gallardo disputou com Juan Sabia na área do Velez e fez falta, era apenas uma falta normal no campo de defesa. Mas Romero começou a correr pela direita e Sabia fez o lançamento magistral. Romero recebeu, invadiu a área e tocou na saída de Carrizzo, fazendo Velez 1x0 logo a um minuto.

O River não parecia se importar com o resultado adverso e tentava encaixar suas jogadas. Mas Ortega não estava inspirado e a marcação do Velez era implacável. Assim, não demorou para o Velez encaixar novo contra ataque e chegar às redes. Aos 3 minutos, Insua recebeu na direita, passou a Dario Hussain e o camisa 10 inverteu para a esquerda. Turco Assad recebeu livre, invadiu a área e chutou antes de Carrizzo tentar sair do gol: Velez 2x0.

Com o resultado ampliado, o Velez se segurou e tentou conseguir alguns escanteios, já sabendo que o River podia empatar num piscar de olhos. Com dois escanteios seguidos, o Velez se protegeu bem. E eles tinham razão quanto a esta estratégia. O River descontou aos 7 minutos, quando Ortega enfim conseguiu tabelar com Trezeguet. O cruzamento foi para o segundo pau e Barrado entrou para completar, livre de marcação: River 1x2.

O River se empolgou com o gol e apertou a marcação, forçando o erro do Velez. A bola foi recuperada por Barrado, que tocou a Berizzo na esquerda. O camisa 6 tocou a Buonanotte, que viu a marcação do Velez se deslocando para fechar seu lado. O camisa 30 inverteu magistralmente o jogo e encontrou Ortega livre. O camisa 10 trouxe para o meio e tocou a Gallardo, que chutou sem chances para Sosa, fazendo River 2x2 aos 8 minutos, em linda jogada coletiva.

O empate ainda dava o título ao Velez, mas as coisas melhoraram ainda mais na saída de bola, em outra jogada coletiva  maravilhosa. Insua deu a saída a Claudio Hussain, que driblou Gallardo e viu Almeyda chegar para bloqueá-lo. Com um passe para trás, Hussain deu a Romero, que viu Insua se desmarcando pela esquerda. O passe foi preciso e o camisa 11 ainda ajeitou antes de chutar com precisão, fazendo Velez 3x2, aos 9 minutos.

O River ainda empatou na saída de bola, quando Gallardo tocou a Trezeguet, que fez a figura oito e devolveu a Gallardo na direita. O camisa 11 chutou sem chances para Sosa, mas era o último lance do jogo.

VELEZ SARSFIELD CAMPEÃO DO TORNEIO INÍCIO APERTURA 2016

O empate coroou a bela estratégia do Velez, que foi campeão vencendo apenas um jogo (3x1 San Lorenzo), mas empatou os outros dois (1x1 Huracán e 3x3 River) por ter jogado com o regulamento dos escanteios debaixo do braço. Ao evitar o bicampeonato do River (que havia vencido o Torneio Início do Apertura em 2015), a equipe ainda conquistou seu primeiro título deste gênero e mostrou que é forte candidato ao título do Torneio Apertura.

Destaque do jogo: Lucas Romero. Novamente, o camisa 7 foi grande peça na equipe. Marcando com firmeza, anulou o grande destaque do River (Ortega), abriu o marcador e ainda participou dos outros gols da equipe, mostrando que é grande candidato a craque do campeonato.

NOTAS RÁPIDAS

  • A artilharia do Torneio Início foi de Cigogna (Huracán), Ortega (River) e Romero (Velez), todos com 3 gols.
  • Após o campeonato, houve a reunião da presidência da Federação com os membros do TJB e da arbitragem e ficou decidido que não há mais a primeira advertência a treinador por invasão de campo. Eles se submeterão às mesmas regras disciplinares dos jogadores, levando o cartão amarelo na primeira advertência e o vermelho na segunda. Antes, havia uma primeira advertência antes dos cartões.
  • Também houve uma reunião da presidência da Federação com o diretor técnico da mesma, Sr Alemanha, onde foi elaborado um relatório sobre o goleiro reserva do Estudiantes, Agustin Silva, que tem altura e comprimento um pouco maiores que os demais goleiros, impedindo-o de atuar no Torneio Início. O relatório não apontou ganho real, pois a diferença dele para os demais goleiros não é tão relevante assim. Neste caso, o goleiro está liberado para atuar no Torneio Apertura, mas com a ressalva de que o Estudiantes tem que revezar os goleiros, para demonstrar que não quer apenas um goleiro maior, mas sim uma opção a mais.
  • O Torneio Apertura se inicia no próximo final de semana, com Boca Juniors x Independiente e Estudiantes x River.
O vice presidente da FIFUBO, Ruben Paz, parabeniza os jogadores do Velez Sarsfield pelo título do Torneio Início. Os jogadores do River Plate aplaudem o time campeão.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Torneio Início Apertura 2016 e Copa 3 Corações 2016 - 23/01/2016

O sol voltou a brilhar em Niterói depois de muito tempo e trouxe também todo o brilho da temporada 2016 da FIFUBO! A torcida lotou o Itaquá Dome para ver duas competições. As quartas de final do Torneio Início do Apertura e a Copa 3 Corações. A copa não seria disputada, por conta de um problema no sistema das equipes não argentinas, mas uma solução foi apresentada e o torneio foi disputado. Antes, vamos ver como foi o Torneio Início!

RACING 2x1 ESTUDIANTES

Relembrando, o Torneio Início é um campeonato de apresentação e últimos retoques nas equipes para a liga a ser disputada. É disputado em partidas eliminatórias, de tempo único de 10 minutos. Se houver empate em gols, vence quem tiver mais escanteios e, persistindo o empate, temos disputa de pênaltis.

O Racing veio para dar os últimos aprontos para sua equipe. Paralelo tem boas expectativas para sua equipe, que foi vice campeã no Clausura 2014, derrubando a máxima de que não ia bem em ligas. Já o Estudiantes aproveitou o tempo ocioso para acabar com as panelas. Verón e Gastón Fernandez sentaram e resolveram suas diferenças e, junto com Federico Fernandez, concordaram em fazer um triunvirato visando comandar a equipe e se ajudar dentro e fora de campo. A ideia é voltar ao belo Apertura de 2014, quando ficaram em segundo lugar na classificação geral e em terceiro na final e ficou estabelecido que o primeiro título de 2016 seria o Torneio Início.

Quando a bola rolou, as duas equipes demonstraram falta de ritmo. Mas o Racing foi, aos poucos, tomando conta das ações. O Estudiantes demorava a se encontrar e sofreu com algumas jogadas de perigo dos adversários. Até que, aos 2 minutos, o Estudiantes encaixou um contra ataque. Federico Fernandez rebateu, Marco Rojo tocou a Leandro Benítez e o camisa 8 tocou em profundidade para Boselli. O camisa 9 invadiu a área e chutou sem chances para Saja, fazendo Estudiantes 1x0 no primeiro ataque de sua equipe.

O Racing não se intimidou e foi, aos poucos, se organizando em busca do empate. E ele veio aos 5 minutos. Ruben Capria tocou para Martin Simeone, que perdeu o ângulo para o chute. Inteligente, o camisa 8 resolveu invadir a área e deixar ser tocado pelo goleiro. Andujar percebeu tarde demais a estratégia do adversário e o derrubou. Pênalti que Ruben Capria cobrou no canto esquerdo de Andujar, que nem se mexeu: Racing 1x1.

O jogo estava difícil e se encaminhava para os pênaltis (ninguém tinha escanteios). Até que Verón tentou uma jogada individual na intermediária e derrubou Diego Capria. O camisa 2 cobrou a fala rápido para o ataque e Acosta recebeu dentro da área, chutando de primeira e vencendo Andujar: Racing 2x1 aos 9 minutos.

Destaque do jogo: Martin Simeone. O camisa 8 foi a principal peça, tanto de defesa, quanto de ataque. Ajudou a organizar o time e ainda sofreu o pênalti que resultou no primeiro gol de sua equipe.

INDEPENDIENTE 0x3 HURACÁN

A equipe de Avellaneda tenta se livrar da pecha de vice eterno. Depois de perder o Torneio Apertura 2014 (depois de liderar a competição inteira) e a Copa Olé no mesmo ano, o time disputou um torneio de fim de ano em 2015 e também perdeu na final para o CROL. Bayer queria que sua equipe jogasse compacta, marcando junto e tocando rápido a bola e o Torneio Início era obrigação para começar bem a temporada. Já o Huracán não mudava seu estilo. Marcação forte e bola pro Cigogna no contra ataque são as armas de Sr Rabina.

A bola rolou e a impressão que deu foi que o Independiente nem queria entrar em campo. Errando muito, a equipe não passava do meio de campo e ainda via o Huracán tomar terreno. E foi assim que, com 4 minutos, o time de Buenos Aires abriu o marcador. Cigogna cobrou escanteio para Ruben Masantonio dentro da área. O camisa 10 recebeu já vendo Navarro sair destrambelhado e, com um leve toque, a bola foi para um lado e o goleiro derrubou Masantonio. Pênalti que Cigogna cobrou no canto esquerdo de Navarro, que foi para o direito: Huracán 1x0.

A falta de organização do Independiente foi vista na saída de bola. Busse errou tempo de bola e fez falta tripla, sendo expulso de campo. Com um a menos, ficou difícil e o Huracán tocou magistralmente a bola, até ela ser invertida para Minici, que deu passe em profundidade para Cigogna. O mito entrou na área e chutou forte, na saída de Navarro, para fazer Huracán 2x0, aos 6 minutos.

O Independiente não acertou mais nada e o Huracán tocou a bola, sorrindo para o relógio e o placar. E foi tocando que chegaram ao terceiro gol. De pé em pé, a bola passou por Danelón, Villarruel, Masantonio, Milano e chegou aos pés de Cigogna, dentro da área. Desesperado, Navarro saiu e atropelou o mito. Cigogna cobrou o pênalti no canto esquerdo de novo, desta vez pelo alto, enquanto Navarro foi de novo pro lado direito: Huracán 3x0 aos 9 minutos.

Destaque do jogo: Daniel Cigogna. O mito começou o ano brilhando. Com um hat trick, mostrou que a torcida do Huracán pode esperar muitos gols em 2016.

SAN LORENZO 1x3 VELEZ SARSFIELD

Com nova tática super defensiva, podendo começar o jogo no 4-5-1 em algumas oportunidades, o San Lorenzo inicia o novo ano assumindo sua pequenez, mas querendo mudar o quadro de sempre ficar em último nos campeonatos. Já o Velez quer mostrar que é uma potência na FIFUBO e, depois de ganhar a Copa Olé e a Supercopa FIFUBO em 2014, quer mais títulos para roubar do River o posto de equipe número 1 da Federação. A ordem do Velez é jogar para ganhar o Torneio Início.

E o que se viu em campo foi um passeio. Se o Velez quer mostrar que veio para dominar, a impressão passada neste jogo foi exatamente esta. Dominando desde o início, a equipe tocava de pé em pé e foi assim que Insua tocou a Romero, que  descobriu Turco Assad na esquerda. O camisa 9 trouxe para o pé direito e chutou cruzado, sem chances para Migliore, fazendo Velez 1x0 logo a um minuto.

O San Lorenzo errou a saída e o Velez se aproveitou. Gago pegou, passou a Insua no meio e o camisa 11 tocou para Romero na esquerda. Sem ser incomodado, o camisa 7 foi avançando até invadir a área e chutar na saída de Migliore, fazendo Velez 2x0 aos 2 minutos.

Quando já se esperava uma goleada, Gino Peruzzi tentou dar uma mão. Fazendo uma falta desnecessária em Raul 'Pipa' Estevez na direita, o camisa 2 deu a Romagnoli a oportunidade de recolocar o San Lorenzo no jogo. O camisa 10 cobrou a falta no ângulo oposto de Sosa, bateu no peito, apontou o chão e fez a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x2 aos 5 minutos.

Mas o Velez queria mostrar poder e foi isso que fez. Na saída de bola, aos 6, deu números finais ao confronto em linda tabela de Insua e Romero. O camisa 7 chutou da esquerda e venceu Migliore, fazendo Velez 3x1.

Destaque do jogo: Lucas Romero. O camisa 7 foi um gigante em campo. Deu assistência,  marcou, atacou e fez dois gols, levando o Velez às semifinais.

RIVER PLATE 3x0 BOCA JUNIORS

Que maneira melhor de se encerrar o primeiro dia de competições do que com um Superclássico? Do lado milionário, a ideia era preparar a equipe e mostrar que seu estilo de jogo, que lhe rendeu o apelido de "Barcelona do Futibou de Butaum", não foi perdido. Os 8 jogos sem perder para o rival também contribuíam para a empolgação de torcedores e jogadores. Do lado do Boca, além de preparar a equipe para o Apertura, derrotar o rival era a melhor das táticas. Acabar  com o incômodo jejum mostraria aos torcedores xeneizes que o Boca vinha para disputar títulos.

Pois bem, foi só a bola rolar para percebermos que o River continua gigante. Tocando a bola e impedindo o adversário de chegar perto, o time milionário ia criando oportunidades, uma atrás da outra, até encontrar o caminho do gol. Não demorou muito, apenas 2 minutos, para o primeiro gol sair. Barrado pegou a bola na defesa, tabelou com Gallardo e recebeu na frente. Tabelou com Trezeguet e recebeu na frente de novo. Barrado invadiu a área pela ponta e chutou cruzado, sem chances para Abbondanzieri, fazendo River 1x0.

O gol fez o Boca acordar, mas do outro lado tinha o River. A cada toque xeneize na bola, havia um jogador milionário para roubar a bola e partir em contra ataque. E foi assim, ao roubar uma bola, que o River chegou ao segundo gol. Aos 4 minutos, Trezeguet cobrou escanteio para a pequena área e Ortega subiu sozinho, para cabecear e vencer Abbondanzieri, fazendo River 2x0.

Com a vantagem grande tão cedo, o River passou a tocar a bola, enquanto a torcida gritava olé. O Boca, perdido não conseguia engrenar uma jogada sequer e isso levava a torcida  do River à loucura. Isso foi bem exemplificado aos 7 minutos, quando Palermo tentou driblar Ferrari e foi espetacularmente desarmado. O camisa 2 lançou Gallardo na direita e o camisa 11 deu um passe magistral, de primeira, para Ortega invadir a área e chutar na saída de Abbondanzieri, fazendo River 3x0.

Destaque do jogo: Ariel Ortega. O camisa 10 se movimentou o campo inteiro, infernizou a defesa e fez dois gols.

Passamos direto à Copa 3 Corações, o torneio que abre o calendário da FIFUBO. Composto por Dallas Stars, Imperatriz e Vasco, é um torneio triangular em turno único, onde o campeão é aquele que fizer mais pontos ou, em caso de empate, quem fizer mais gols. Se duas equipes empatassem em tudo, teríamos um jogo extra. Se as três equipes empatassem, um triangular de pênaltis definiria o campeão.

Por ser o campeão de 2015, o Imperatriz estrearia contra o terceiro colocado, o Vasco. O perdedor enfrentaria o Dallas Stars, que enfrentaria o vencedor para finalizar o campeonato. Se Imperatriz e Vasco empatassem, quem enfrentaria o Dallas seria o Vasco. Vamos aos jogos!

IMPERATRIZ 4x0 VASCO

A equipe verde e branca de Niterói vinha com tudo para conquistar o bicampeonato. Dircys quer o título para classificar o Imperatriz direto para a Supercopa FIFUBO, ou conquistá-la, caso não tenhamos outros campeões no ano. Já o Vasco não tinha a menor empolgação em jogar o certame. Antônio Lopes disse antes do jogo que os reservas iam entrar em campo contra o Dallas, independente do resultado deste jogo aqui.

Desta forma, não havia muita dificuldade em imaginar quem ganharia a partida. O Imperatriz dominou desde o início e conseguiu o primeiro gol logo aos 2  minutos, quando Rodrigo Pimpão fez ótima jogada pela direita e cruzou na cabeça de Elton, que mandou sem chances para Carlos Germano: Imperatriz 1x0.

O Vasco continuava errando e abrindo espaços e foi assim que o Imperatriz chegou ao segundo gol, aos 4 minutos. Mauro Galvão se mandou ao ataque e errou um passe, mandando para lateral. Etcheverry cobrou para Zenden, que recebeu de costas e devolveu ao camisa 7. Etcheverry chutou de pé esquerdo, com efeito, e venceu Carlos Germano, fazendo Imperatriz 2x0.

No intervalo, Dircys  tirou os dois melhores jogadores, tamanha a confiança no time. Saíram Elton e Pimpão e entraram Vander Carioca e Benjamin. Já Antonio Lopes sacou Mauro Galvão e Marcelinho, para colocar Rogério Pinheiro e Allan Delon.

Se a ideia do treinador vascaíno era colocar um zagueiro que não deixasse buraco pela esquerda, errou feio. Rogério Pinheiro continuou deixando os buracos que Mauro Galvão deixou anteriormente e o Imperatriz deitou e rolou por ali. Aos 4 minutos, Benjamin tocou a Vander Carioca exatamente pelo lado esquerdo da área vascaína. Tinho correu para cobrir Rogério Pinheiro e Vander devolveu na meia lua, onde Etcheverry recebeu livre e chutou de primeira, para fazer Imperatriz 3x0.

Se apiedando de seu outrora gigante rival, o Imperatriz passou a tocar a bola e deixar o tempo passar. Mesmo assim, o Vasco nada fez. E foi tocando que, aos 9 minutos, o Imperatriz fechou a conta. Etcheverry tocou a Zenden, que devolveu a Triton, que tocou a Vander Carioca. O camisa 34 descobriu Benjamin livre na direita, onde Rogério Pinheiro faltou novamente. O camisa 12 recebeu livre e chutou na saída de Carlos Germano, fazendo Imperatriz 4x0.

Destaque do jogo: Marco Etcheverry. O capitão do Imperatriz dominou as ações. Armou as principais jogadas em ainda fez 2 gols.

VASCO 0x3 DALLAS STARS

Mantendo a programação, Antonio Lopes mudou a equipe quase que inteira. Só Mauro Galvão se manteve em campo. Já o Dallas, sem perspectiva nenhuma, queria apenas jogar e deixar o tempo passar.

O jogo foi bem desinteressante, com erros de passe de lado a lado. Só que o Vasco era um marasmo gigantesco, nunca antes visto e, aos poucos, o Dallas foi se soltando e dominando as ações. Foi assim que conseguiu chegar ao gol aos 5 minutos. Jason Arnott fez boa jogada pela direita e tocou para o meio. Mike Modano recebeu na entrada da área, girou e bateu forte, sem defesa para Marcio: Dallas 1x0.

O gol fez o Dallas se trancar na defesa e passar a bola, para garantir a vitória. Mas o Vasco não atacava e o Dallas começou a se lançar ao ataque novamente. Nos acréscimos, Pierre Turgeon veio pelo meio e tocou em profundidade para Mike Modano dentro da área. O camisa 9 recebeu livre e chutou na saída de Márcio, fazendo Dallas 2x0.

No intervalo, Antonio Lopes não quis mudar. Só queria que o pesadelo acabasse. Já Ken Hitchkok sacou Jere Lehtinen e Jason Arnott para colocar Zayas Loyola e Armstrong.

O Vasco continuou sem jogar e o Dallas tocava a bola esperando o fim do jogo. Somente aos 8 minutos, quando Armstrong fez linda jogada pela direita e invadiu a área, saiu o gol. Márcio tentou abafar e Armstrong rolou para o meio, onde Mike Modano completou para o gol vazio e fez Dallas 3x0.

Destaque do jogo: Mike Modano. O camisa 9 fez um hat trick e deu ao seu time esperanças de ganhar o campeonato.

DALLAS STARS 3x3 IMPERATRIZ

Então chegamos à derradeira rodada! O Dallas precisava vencer, porque tinha um gol a menos que o rival. Já o Imperatriz, precisando apenas do empate, levou vários reservas a campo. Saíram Triton, Stam, Ramon, Cristóvão, Etcheverry, Pimpão, Elton e Denílson e entraram Anderson Lima, Consuelo, Numan, Rodrigo Souto, Paulo Isidoro, Benjamin, Vander Carioca e Dinei.

Os reservas mantiveram o alto nível dos titulares e o Imperatriz dominou o jogo desde o início. O primeiro gol saiu logo aos 26 segundos, quando Rodrigo Souto roubou bola de Bill Guerin e tocou a Paulo Isidoro. O camisa 8 avançou e descobriu Vander Carioca correndo para dentro da área. O passe foi preciso e o camisa 34 dominou antes de chutar forte e vencer Marty Turco: Imperatriz 1x0.

Dominando o jogo, o time de Niterói partiu para dentro e não demorou a encontrar o segundo gol. Aos 2 minutos, em linda  jogada pela direita, Anderson Lima passou a Dinei, que entrou na área e deu leve toque para encobrir Turco e fazer Imperatriz 2x0.

O jogo era todo do time brasileiro, que encontrou o terceiro gol aos 4 minutos, em nova linda jogada. Benjamin tocou a Zenden no meio e o camisa 10, como verdadeiro maestro, deu passe preciso para Vander Carioca na esquerda. O camisa 34 recebeu, trouxe para o pé direito e fuzilou sem chances para Turco, fazendo Imperatriz 3x0.

Esse começo arrasador mostrava que a taça estava nas mãos do Imperatriz e que viria com uma impiedosa goleada. Mas a irresponsabilidade de Dinei pôs tudo a perder. Aos 7 minutos, ele fez falta tripla em lance desnecessário e foi expulso, deixando a equipe em desvantagem. Derian Hatcher cobrou a falta para Pierre Turgeon, que entregou a Bill Guerin na esquerda. O camisa 12 foi ao fundo e cruzou para Mike Modano, que cabeceou sem chances para Charlie Brown e fez Dallas 1x3.

O Imperatriz ainda tinha boa gordura a queimar, mas foi o Dallas quem começou a ganhar terreno. Nos acréscimos, Jason Arnott fez boa jogada pela direita e cruzou. Bill Guerin pegou do outro lado e passou no meio, onde Mike Modano girou bonito e chutou sem chances para Charlie Brown, fazendo Dallas 2x3.

No intervalo, Ken Hitchkok sacou Mike Keane e Jason Arnott, colocando Zayas Loyola e Armstrong, para partir  e virar o jogo. Já Dircys trocou Rodrigo Souto e Paulo Isidoro por Cristóvão e Etcheverry, visando ganhar experiência para fechar o meio. Com isso, Leão devolveu a Etcheverry a braçadeira de capitão.

O Dallas continuou pressionando e fez de Charlie Brown o grande nome do segundo tempo, com ótimas defesas. O Imperatriz saía em poucos contra ataques, principalmente com Zenden. O jogo ganhou ares dramáticos quando Derian Hatcher recebeu de Marty Turco e tocou a Pierre Turgeon. Tabelando com Brendan Morrow, o camisa 77 foi se desvencilhando da marcação e levando a bola ao ataque, onde passou a Bill Guerin. O camisa 12 também fez a sua parte se desmarcando e atraindo o resto da marcação, para passar a Mile Modano. O camisa  9 recebeu, trouxe para o pé esquerdo e chutou com efeito, vencendo Charlie Brown e fazendo Dallas 3x3 aos 9 minutos.

Ali, o jogo ficaria dramático, mas a experiência de Zenden em tocar a bola fez o tempo passar e o jogo terminou assim.

IMPERATRIZ CAMPEÃO DA COPA 3 CORAÇÕES 2016

O jogo, dramático, mostrou que a equipe verde e branca de Niterói é a mais capacitada para  levar o troféu. Sangue frio, habilidade e boa tática fizeram do Imperatriz o bicampeão (também havia levado em 2015), conquistando sua quarta Copa 3 Corações e deixando o Vasco para trás. De quebra, classificou a equipe para a Supercopa FIFUBO, em dezembro.

Destaque do jogo: Mike Modano. Com novo hat trick, o camisa 9 mostrou por que é o maior artilheiro em atividade na FIFUBO, sendo o único a superar a marca dos 100 gols até aqui.

NOTAS RÁPIDAS

  • O Torneio Início terá suas semifinais e a final disputadas neste domingo. Se tudo der certo, o carnaval marcará a abertura do Torneio Apertura.
  • Após a falta de interesse de Vasco e Dallas Stars, a FIFUBO já admite rever a Copa 3 Corações para 2017. Se o desinteresse continuar, não teremos esta competição daqui em diante.
  • Dois jogadores alcançaram milestones na rodada. Ruben Capria chegou a 40 com a camisa do Racing, enquanto Turco Assad chegou a 10 com a camisa do Velez.
O capitão Etcheverry levanta a Copa 3 Corações e puxa a volta olímpica  com os jogadores do Imperatriz. O treinador, Dircys, é carregado por Leão e Zenden.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Bootecon 2016

O Imperatriz Arena foi palco de mais uma edição do Bootecon, o fórum de futebol de botão da FIFUBO que abre o ano da federação. Com delegações de todas as equipes da FIFUBO, mais botões aposentados, representantes da federação, membros do quadro de arbitragem e da imprensa, além de convidados, o fórum foi o maior já feito até aqui. Vamos ver alguns dos pontos debatidos.

ABERTURA DO EVENTO
O presidente da FIFUBO, Batistuta, e o vice, Ruben Paz, abrindo o evento.

A abertura, como de praxe, foi do presidente da FIFUBO, Batistuta. Dando boas vindas aos presentes, o presidente declarou aberto o ano de 2016 da federação. Ruben Paz leu o resumo das atividades da FIFUBO em 2015 e apresentou o calendário, já com a disputa da Copa 3 Corações para o próximo final de semana. Também foi apresentada uma proposta de  calendário enxuto, com a polêmica realização dos Torneios Apertura e Clausura em apenas um turno, a fim de viabilizá-los, bem como a garantia de esforços para a realização da Copa Olé e da Supercopa FIFUBO.

HOMENAGEADOS DE 2016
Batistuta convidou os representantes do Achrilix, Kaiser e Homem do Lateral, para serem homenageados pelos presentes.

Em 2016, a FIFUBO homenageia o Achrilix, time fundador da FIFUBO, mas que não atua mais. A equipe foi representada por dois jogadores que marcaram época: Kaiser é um dos primeiros botões da FIFUBO, tendo ingressado na federação em 1990. Já o Homem do Lateral apareceu na primeira mudança da federação, quando botões maiores passaram a ser aceitos e as primeiras regras foram unificadas.

RELATÓRIO TÉCNICO
O diretor técnico da FIFUBO, Sr Alemanha, lê o relatório técnico da FIFUBO durante o ano de 2015 e apresenta tendências para 2016

Por ser um fórum de futebol de botão, a parte técnica é muito debatida. Este foi o motivo da FIFUBO ter escolhido um diretor técnico, que observa as tendências técnicas, táticas e físicas no ano que passou e sugere temas para melhorar estes aspectos  no ano que entra. Depois, as sugestões são debatidas em mesa própria.

RELATÓRIO DISCIPLINAR
O diretor do TJB, Alfredo Sampaio, e o diretor de arbitragem, José Roberto Wright, apresentam seus relatórios

Nesta parte, o diretor do TJB, Alfredo Sampaio, apresenta  os aspectos disciplinares extracampo, que pautaram os julgamentos do Tribunal em 2015, bem como as tendências para 2016. O mesmo é feito pelo diretor de arbitragem, José Roberto Wright, que aponta as mesmas coisas, só que do lado de dentro do campo. Eles ainda explicam o posicionamento tanto do Tribunal quanto dos árbitros e os critérios adotados.

O PAPEL DA IMPRENSA
O diretor de comunicação da FIFUBO, Jorge Mario Trasmonte, apresenta seu relatório

A imprensa também tem papel de destaque, levando a cobertura dos jogos e o dia a dia das equipes e atletas a seus torcedores. As limitações e liberdades dos profissionais que fazem esta cobertura foram apresentadas pelo diretor de comunicação da FIFUBO e presidente do Grupo Olé, Jorge Mario Trasmonte, que também leu o relatório final das atividades de imprensa em 2015.

NOVIDADE DO ANO
O diretor de futebol de chapas, Zé Ruela, e o jogador primordial de futebol de chapas, Jaroslav Jagr, apresentam a modalidade.

A FIFUBO busca sempre se atualizar com as diferentes modalidades de futebol de mesa praticadas no mundo, bem como trazê-las para o seu meio. Se no futebol de botão, as regras relacionadas a bola redonda, dadinho e disco já são praticadas, bem como o Subbuteo também tem seus representantes na FIFUBO, o futebol de chapas será incluído em 2016.

O futebol de chapas é uma modalidade criada na Espanha, que utiliza tampinhas metálicas de garrafas no lugar dos jogadores de linha, bem como tampinhas de garrafa pet no lugar dos goleiros. O interesse da FIFUBO na modalidade surgiu quando foi realizado um torneio aberto de futebol de mesa em Rosário, Argentina, onde o futebol de chapas teve competição, junto do Subbuteo e do futebol de botão 12 toques.

A partir daí, com a ajuda do argentino Norberto Oscar Martinez Igarzabal, criador da Asociación de Futbol de Mesa de San Justo, na Argentina, começou-se um entendimento da modalidade, bem como o envio da regra espanhola e de algumas dicas de como jogar. A FIFUBO ainda não possui jogadores suficientes para uma partida, mas já está se preparando para receber novas tampinhas e formar sua primeira partida. A intenção da Federação é criar o futebol society de chapas, com 5 jogadores na linha e um no gol, usando a regra espanhola na íntegra ou uma adaptação, dependendo de como forem transcorrendo as partidas.

MESAS DE DEBATES
As mesas formadas para os diferentes debates do Bootecon


Da esquerda para a direita, de baixo para cima, foram formadas as seguintes mesas:

  • A tradicional mesa dos irmãos Buchanan's, onde estes importantes personagens da história da FIFUBO se encontram para compartilhar histórias de suas trajetórias;
  • A mesa disciplinar, onde os membros da arbitragem e do TJB se reúnem para debater os aspectos  disciplinares de dentro e fora do campo;
  • A mesa do futebol de chapas, onde o diretor de futebol de chapas da FIFUBO, Zé Ruela, se reuniu com o diretor técnico da federação, Sr Alemanha, para  traçar  estratégias e regras para a realização das partidas desta modalidade. A mesa contou ainda com a presença de alguns jogadores e do jogador primordial, Jaroslav Jagr;
  • A mesa da imprensa, onde os profissionais debateram o papel da imprensa na cobertura do esporte, bem como partilharam histórias;
  • A mesa dos treinadores, onde os treinadores e auxiliares dos 13 times da FIFUBO (River Plate, Boca Juniors, Independiente, Racing, Estudiantes, Velez Sarsfield, San Lorenzo, Huracán, Imperatriz, Vasco, Bangu, CROL e Dallas Stars)  debateram os aspectos técnicos, físicos e táticos de suas  equipes, metodologia de trabalho, calendário  e vários  outros aspectos do futebol de botão. Destaque para a proposta apresentada de realizar as Ligas do ano com apenas um turno, a fim de viabilizá-las.
  • A mesa de honra da FIFUBO, onde o presidente e o vice da federação receberam os convidados e também os dirigentes do Imperatriz, clube fundador da FIFUBO.