sábado, 7 de março de 2015

Torneio Apertura 2015 - Terceira Rodada - 07/03/2015

Mais um mutirão foi feito para recolocar a tabela do Apertura dentro das datas previstas. A terceira rodada do Apertura foi toda realizada neste sábado. O público compareceu em bom número ao Itaquá Dome e foi brindado com a rodada das goleadas dos visitantes. Ainda teve o Superclássico para abrir os trabalhos! O tempo estava fechado, uma ameaça constante de chuva, que só foi cair nos dois jogos finais. Vamos conferir mais esse mutirão!

BOCA JUNIORS 1x4 RIVER PLATE

Nada melhor que abrir uma rodada do que um Superclássico, o primeiro de 2015! O Boca, vindo de empate com o Racing (2x2) tinha como missão apertar a marcação para evitar o toque de bola do rival, forçando-lhes a primeira derrota no ano e terminando um jejum incômodo: desde 27/07/2013, o Boca não derrota o maior rival. Já o River queria a terceira vitória em três jogos para se isolar de vez na liderança. Vindos de vitória sobre o San Lorenzo (6x2), os jogadores estavam empolgados e a torcida os empurraria para a frente de vez.

O início do jogo deu a impressão que a streak cairia. O Boca marcava em cima e roubava a bola, saindo rápido em contra ataques. Mas as conclusões, a maioria de Riquelme, paravam em defesas de Carrizzo. Aos 3 minutos, não teve jeito. Após Riquelme chutar e Carrizzo espalmar maravilhosamente a córner, Palacio cobrou no segundo pau. Desta vez, Riquelme cabeceou cruzado, sem chances para Carrizzo e fez Boca 1x0.

Esperava-se que o Boca partiria para cima para acabar com o jejum de 7 jogos sem vencer um Superclássico. Mas a equipe recuou e se limitou a marcar em seu campo. O River não fazia boa partida e errava tudo o que tentava. O toque de bola não funcionava e, por isso, o ataque não recebia em condições. Então a solução teria que vir da defesa. Após Buonanotte ir ao fundo e cruzar, a zaga afastou. Ferrari pegou o rebote e chutou com força. A bola ganhou altura e morreu no fundo das redes de Abbondanzieri aos 7 minutos: River 1x1.

A improvável virada do River veio aos 9 minutos, na única vez que a equipe conseguiu impor seu ritmo. Após Almeyda interceptar passe que ia para Palermo, o toque acabou encontrando Barrado. O camisa 19 tocou a Berizzo, que tocou no meio para Gallardo. O camisa 11 abriu na ponta para Ortega, que avançou pela direita e chutou cruzado, vencendo Abbondanzieri e fazendo River 2x1.

No intervalo, Madeirite tirou Cagna e Palacio para colocar Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. Também ficou um bom tempo conversando com seus 5 homens de frente. Já Francescoli tirou Gallardo e Trezeguet, disparados os piores em campo, para colocar Coudet e Funes Mori. Com 3 volantes em campo, a intenção era reforçar a marcação. Coudet jogaria um pouco mais adiantado, para tentar armar o jogo, mas não tanto quanto Gallardo jogava.

O River voltou um pouco melhor, mas ainda muito aquém de seu potencial. A sorte deles é que o Boca não jogava nada desde que marcou seu gol. Dando espaços, a equipe xeneize viu o River ganhar terreno e chegar ao terceiro gol aos 5 minutos. Coudet abriu na ponta para Berizzo, que tabelou com Buonanotte. O camisa 30 recebeu a última bola já invadindo a área e chutando cruzado. Abbondanzieri se esticou, mas não alcançou: River 3x1.

O time de Nuñez passou a tocar a bola e esperar o fim do jogo. E foi tocando que chegou ao quarto gol, aos 9 minutos. Almeyda, Barrado, Coudet, Berizzo, Buonanotte, Ortega. Todos eles trocaram passes, até que o camisa 10 tocou na direita para Funes Mori. O camisa 9 invadiu a área e chutou rasteiro, sem chances para Abbondanzieri: River 4x1.

Destaque do jogo: Juan Pablo Carrizzo. O time marcou 4 gols, mas não jogou para isso. A vitória nesse Superclássico só foi possível graças às defesas milagrosas de seu camisa 1, muitas delas no primeiro tempo, quando o Boca ameaçou e poderia ter goleado.

VELEZ SARSFIELD 1x4 RACING

Vindo de uma impressionante vitória sobre o Independiente (3x0), o time do Velez vinha empolgado para encerrar seu tour por Avellaneda mais próximo da liderança. Turco Assad voltava ao time. Também empolgado pelas boas atuações, mas vindo de empate com o Boca (2x2), seu único ponto no campeonato até aqui, o Racing precisava começar a vencer para se firmar no grupo de cima.

Desde o início, o Racing se impôs. Marcando forte e tocando com maestria, o time de Avellaneda saía organizado e atacava com firmeza. O primeiro gol veio aos 2 minutos, após Ruben Capria receber de Martin Simeone, tirar dois marcadores e passar no meio da zaga para Acosta. O camisa 9 invadiu a área e deslocou Sosa para fazer Racing 1x0.

O gol empolgou a equipe de Avellaneda, que tomou conta do jogo de vez. Aos 5 minutos, Acosta recuperou bola perdida e viu Ruben Capria se movendo no meio da zaga. Retribuindo o belo passe 3 minutos antes, o camisa 9 tocou para o 10, que trouxe para o pé esquerdo e chutou em curva, fazendo Racing 2x0.

Ainda dava tempo para mais um e ele veio nos acréscimos, em boa jogada de contra ataque. Após Pocchetino desarmar Dario Hussain e tocar para Enrique, o camisa 3 avançou em velocidade, fez o um-dois com Martin Simeone, recebeu na frente e chutou da entrada da área para fazer Racing 3x0.

No intervalo, Tripa Seca tirou Romero e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto. Já Paralelo tirou Pelletieri e Latorre para colocar Fariña e Hauche.

O panorama não mudou. O Velez errava e irritava a torcida; o Racing dominava e encantava o público presente ao Itaquá Dome. O quarto gol veio aos 3 minutos, em cobrança de córner de Acosta para Hauche. O camisa 13 percebeu Ruben Capria entrando na área e deu um leve toque para seu camisa 10, que chutou de primeira e venceu Sosa, fazendo Racing 4x0.

O Velez descontou nos acréscimos. Insua lançou Peruzzi na direita e o camisa 2 cruzou na medida para Lucas Pratto cabecear sem chances para Saja, fazendo Velez 1x4, mas era tarde.

Destaque do jogo: Ruben Capria. Com dois gols e passe para outro, o camisa 10 foi o grande nome do jogo, além de ditar o ritmo da partida comandando as ações do meio de campo para a frente.

ESTUDIANTES 1x5 INDEPENDIENTE

Empolgados pela goleada sobre o Huracán (7x3), os jogadores do Estudiantes queriam mais, mirando o andar de cima da competição. Do lado do Independiente, o último lugar, com duas derrotas em dois jogos, era motivo de preocupação. Se esperava uma campanha parecida com a do Clausura após o início ruim, principalmente após a derrota para o Velez (0x3).

O jogo foi o pior da rodada, com muitos erros de passe, muito por conta da chuva que começou a cair no Itaquá Dome com mais intensidade. O chamado "passe para a zona morta" (quando se passa atrás do jogador ou para cima do adversário) era constantemente visto e as torcidas se impacientaram. Mesmo assim, o Independiente chegou quando quis mostrar um pingo de organização, principalmente com Busse. Aos 4 minutos, o camisa 7 passou para Gracián, que se atrapalhou. Busse correu e recuperou a bola, dando um passe em profundidade para Facundo Parra, que invadiu a área pela direita e encobriu Andujar quando este saiu: Independiente 1x0.

O jogo continuou ruim, com erros de ambos os lados, mas com o Estudiantes se lançando ao ataque para buscar o empate. Mesmo assim, os erros de passe da equipe de La Plata tornava suas tentativas inócuas, apenas servindo para abrir o campo de defesa para os contra ataques do Independiente. Foi assim que, aos 7 minutos, Tuzzio aliviou bola para esquerda e encontrou Mareque e Busse, que foram tabelando até a área do Estudiantes. Coube a Busse receber em condições e chutar cruzado para vencer Andujar e fazer Independiente 2x0.

O jogo ruim de ambos os lados contrastava com o 2x0 no placar, mas ainda tinha mais. Nos acréscimos, Facundo Parra recebeu de Vella e fez linda jogada individual, driblando vários marcadores até ser derrubado pelo goleiro. Pênalti, que Silvera cobrou no canto esquerdo, com Andujar indo para o direito. A bola ainda tocou na trave antes de entrar: Independiente 3x0.

No intervalo, Cristaldo tirou Angeleri e Hernan Rodrigo Lopez para colocar Mathias Sanchez e Boselli. Já Bayer não estava feliz, mesmo com o 3x0. Ele tirou Fredes (em má forma física) e Gracián (o pior da equipe) para colocar Acevedo e Gandin. Enquanto colocava um atacante para jogar na armação, mais adiantado, colocava um volante mais marcador, para segurar o adversário.

As mudanças surtiram efeito e o Independiente voltou melhor, dominando o jogo. Tudo bem que marcar um gol aos 27 segundos ajuda muito. Gandin fez o "toca y me voy" com Busse, recebeu mais à frente, na lateral da área e chutou cruzado, com curva, fazendo o gol mais bonito do jogo: Independiente 4x0.

As coisas estavam ótimas para o Independiente, que tocou a bola bem e desperdiçou chances. Mas, aos 5 minutos, não havia como perder. Em linda jogada coletiva, Gandin tocou a Busse, que tirou o goleiro e tocou a Parra. Com o gol aberto, o camisa 17 só teve que empurrar e sair para comemorar: Independiente 5x0.

Totalmente entregue, o Estudiantes fez seu gol de honra aos 8 minutos. Leandro Benítez fez boa jogada e foi derrubado por Tuzzio. Pênalti que Verón cobrou no canto direito, com Navarro indo para o lado esquerdo: Estudiantes 1x5.

Destaque do jogo: Walter Busse. Tudo bem que Parra fez dois gols, mas o Independiente jamais teria vencido sem a organização de seu camisa 7, que colocou a bola no chão e acalmou seus jogadores, organizando o time. Deu assistências e ainda fez o seu em linda tabela com Mareque.

HURACÁN 1x4 SAN LORENZO

Os dois times que fechavam a rodada eram aqueles que haviam sido goleados na rodada anterior. O Huracán, vindo de uma derrota para o Estudiantes (3x7), queria voltar aos trilhos da vitória. Já o San Lorenzo, vindo de derrota para o River (2x6), queria mostrar que perder pro River é normal, mas que sua equipe está pronta para alçar voos mais altos no campeonato.

A chuva que caía com força no jogo anterior virou temporal aqui e o público, que já estava escasso, deixou de vez o Itaquá Dome. Quem começou melhor foi o San Lorenzo. Com uma marcação impecável, a equipe não deu espaços para o Huracán e ainda saía organizado para o ataque, com toques curtos. O Huracán insistia em lançamentos e correria, que não dava certo no campo encharcado.

Não foi surpresa que o San Lorenzo abriu o marcador logo aos 2 minutos. Após falta na direita, Raul 'Pipa' Estevez inverteu o jogo e encontrou Luciatti. Chamando a marcação, o camisa 6 deu um pequeno toque para o meio, por onde Romagnoli entrou. Ele trouxe para o pé esquerdo e chutou em curva, vencendo Islas para bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x0.

A equipe de Almagro continuou em cima e o segundo gol não tardou a chegar. Aos 5 minutos, Piatti tabelou com Romagnoli e deu um passe no meio da zaga para Raul 'Pipa' Estevez. O camisa 7 invadiu a área e chutou cruzado para vencer Islas e fazer San Lorenzo 2x0.

Se o resultado já era dos sonhos, um terceiro gol seria a glória. E ele veio aos 8 minutos, após uma linda jogada tática do San Lorenzo. Percebendo Cigogna isolado no ataque, Romagnoli voltou para formar uma linha com Buffarini e Piatti no meio, atraindo a atenção da marcação. Migliore percebeu a genialidade do camisa 10 e lançou rápido para o campo de ataque. Stracqualursi recebeu, girou, trouxe para o pé direito e chutou forte, sem chances para Islas: San Lorenzo 3x0.

O Huracán ainda descontou no último lance do primeiro tempo. Milano fez boa jogada, invadiu a área e foi derrubado por Migliore. Cigogna cobrou o penal com força no canto direito, mas Migliore não alcançou: Huracán 1x3.

No intervalo, Sr Rabina tirou Centurión e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Já Nilson resolveu mudar as laterais, tirando Johnathan Ferrari e Luciatti, para colocar Tellechea e Erviti. Só fez a mudança por conta do estado do campo, que poderia provocar lesões.

O San Lorenzo diminuiu um pouco o ritmo, mas continuou dominando por completo o adversário. Fez mais um gol aos 5 minutos, com Reynoso, em linda jogada. O camisa 5 saiu da defesa tabelando primeiro com Romagnoli, depois com Piatti. Ao receber na esquerda, Reynoso trouxe para o pé direito e chutou cruzado, acertando o ângulo oposto de Islas e fazendo San Lorenzo 4x1.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. Além de abrir o marcador e participar de todas as jogadas de ataque de sua equipe, mostrou todo o seu senso tático ao voltar para marcar e formar uma linha com Buffarini e Piatti, que impedia os toques para Cigogna.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 9 pontos
2° San Lorenzo - 6 pontos
3° Racing - 4 pontos, 10 gols pró
4° Boca Juniors - 4 pontos, 8 gols pró
5° Estudiantes - 3 pontos, 9 gols pró
6° Independiente - 3 pontos, 8 gols pró
7° Huracán - 3 pontos, 7 gols pró
8° Velez Sarsfield - 3 pontos, 5 gols pró

ARTILHARIA

1° Juan Sebastian Verón (Estudiantes) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 5 gols
2° Ruben Capria (Racing) - 4 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O mutirão se encerra nessa semana. No domingo, dois jogos começam a quarta rodada e, na terça, mais dois jogos para encerrar. No próximo final de semana, o campeonato volta ao ritmo normal.
  • Dois jogadores atingiram milestones. A derrota num Superclássico é dolorosa, mas o gol marcado por Riquelme foi o de número 50 dele com a camisa 10 do Boca. Já Verón também não teve motivos para comemorar com a derrota de seu time. Mas a cobrança perfeita de pênalti lhe rendeu o gol de número 30 com a camisa do Estudiantes.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Torneio Apertura 2015 - Segunda Rodada - 03/04/2015

O campeonato está atrasadíssimo, são 3 rodadas de defasagem. Passou-se quase um mês entre a primeira rodada e o restante do certame. Então, um mutirão foi feito e a segunda rodada inteira foi disputada nesta quarta-feira, para tentar diminuir o atraso. Vamos aos 4 jogos!

HURACÁN 3x7 ESTUDIANTES

Vindos de vitória (3x1 no Velez), os jogadores do Huracán tinham a empolgação para seguir adiante no campeonato. A ordem é mandar a bola para Cigogna, enquanto o time se segura na marcação. Do outro lado, a crise continua. A derrota para o San Lorenzo (1x3) expôs o que o time tem de pior, que nada mudou. Boselli era barrado. Em seu lugar, Hernan Rodrigo Lopez ia a campo.

A chuva de gols começou com apenas 17 segundos. O Huracán errou a saída de bola e o Estudiantes puxou contra ataque. Verón desarmou Villarruel e tocou rápido a Leandro Benítez, que invadiu pela esquerda e chutou na saída de Islas, fazendo Estudiantes 1x0.

O Huracán não se acanhou e empatou na saída de bola. Dessa vez, Villarruel não foi desarmado ao receber a bola de Masantonio, devolvendo ao camisa 10 na esquerda. Masantonio avançou e deu um lindo toque no ângulo de Andujar, para fazer Huracán 1x1 a um minuto.

O jogo melhorou e as equipes começaram a desperdiçar oportunidades, abrindo mais espaços no campo. Aos 3 minutos, o Estudiantes voltou a ficar na frente após lançamento de Marco Rojo para Leandro Benítez na entrada da área. Islas saiu para bloquear o camisa 8, mas Benítez foi mais esperto, percebendo a aproximação do guarda metas e tocando na direita para Federico Fernandez. O camisa 4 recebeu e tocou para o gol vazio, fazendo Estudiantes 2x1.

O único problema no time de La Plata era Angeleri, que jogava muito mal. O camisa 2 errou uma saída de bola e fez falta em Minici. O camisa 6 tocou a Centurión, que tocou para Cigogna no meio da zaga. Marcado por 5, o mito conseguiu arrancar, deixá-los para trás e soltar o scopetazzo e fazer Huracán 2x2 aos 5 minutos.

O Estudiantes voltou a ficar na frente na saída de bola. Verón fez o toca y me voy com Leandro Benítez, recebeu na frente, driblou Islas e tocou para o gol vazio, fazendo Estudiantes 3x2 aos 6 minutos.

Apesar das tentativas dos jogadores do Estudiantes de fazê-lo se sentir melhor, lhe passando a bola, Angeleri continuava muito mal e errava tudo. Aos 9 minutos, após receber de Andujar na direita, errou o passe para Enzo Perez e viu Cigogna tocar para Centurión na direita. O camisa 8 invadiu a área pela ponta e chutou cruzado. Andujar deu rebote para o meio da área e Ruben Masantonio empurrou para o gol vazio: Huracán 3x3.

Sorte de Angeleri que o Estudiantes estava iluminado. Na saída de bola, Verón tocou a Leandro Benítez, que driblou dois marcadores e chutou de longe, acertando o ângulo e fazendo Estudiantes 4x3, aos 10 minutos.

No intervalo, Sr Rabina tirou Minici e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Já Cristaldo sacou Angeleri e pôs Mathias Sanchez.

O Estudiantes voltou para o jogo, o Huracán não. Na saída de bola, Verón fez o toca y me voy novamente com Leandro Benítez, recebendo na frente e girando magistralmente em cima de Islas. Enquanto o goleiro caía sentado no chão, Verón empurrava para o gol vazio e fazia Estudiantes 5x3 aos 18 segundos.

A equipe de La Plata melhorou consideravelmente com a vantagem de dois gols e dominou as ações. Marcando em cima e saindo em bons contra ataques, o Estudiantes não era sombra da equipe em crise que perdeu pro San Lorenzo. O sexto gol veio aos 5 minutos, quando Gastón Fernandez fez linda jogada pela direita e foi derrubado por Erramuspe. Verón cobrou a falta com perfeição, por cima da barreira e comemorou seu hat trick: Estudiantes 6x3.

Depois deste gol, a equipe de La Plata passou a tocar a bola, vendo que o adversário estava batido. Mesmo assim, nos acréscimos, ainda encontrou o último gol. Após roubar e tocar a bola na zaga, Federico Fernandez deu um lançamento para a frente e encontrou Leandro Benítez livre. O camisa 8 foi até o bico da área e chutou na saída de Islas, também marcando seu hat trick: Estudiantes 7x3.

Destaque do jogo: Leandro Benítez. Verón também fez um hat trick, mas o camisa 8 foi magistral, participando de 6 dos 7 gols e fazendo o futebol de seu capitão aparecer.

INDEPENDIENTE 0x3 VELEZ SARSFIELD

Vindo de derrota para o Boca (3x5), o Independiente tinha motivos para não estar empolgado com a partida. Mas a forma como perdeu, jogando para cima e se igualando ao adversário, mostrava que o time de Avellaneda tinha motivos para sonhar com voos altos neste torneio. Do outro lado, a empolgação não era a mesma. Além da derrota na primeira rodada (1x3 Huracán), o Velez também não tinha Turco Assad, expulso contra o Huracán e cumprindo suspensão. Em seu lugar, jogaria Lucas Pratto.

O placar não faz jus ao jogo. O Independiente mostrou desde o início a sua superioridade e o Velez jogava por uma bola. A equipe de Avellaneda acertou nada mais, nada menos, que oito bolas na trave do Velez o jogo inteiro. A equipe de Buenos Aires foi à frente 3 vezes e marcou nas três.

O primeiro gol surgiu aos 4 minutos, em boa jogada de contra ataque. Papa ganhou de Mattheu no pé de ferro e tocou para Romero, que mandou dentro da área para Insua. O camisa 11 recebeu, trouxe para o pé esquerdo e chutou cruzado para vencer Navarro e fazer Velez 1x0.

O segundo gol veio ainda no primeiro tempo, aos 10 minutos. Dario Hussain recebeu de seu irmão Claudio dentro da área, tentou driblar Navarro e foi derrubado pelo goleiro. Pênalti que Gago cobrou no canto esquerdo de Navarro, que foi para o direito: Velez 2x0.

No intervalo, um desesperado Bayer tentava pôr ordem na casa. Tirou Fredes e Parra para colocar Acevedo e Gandin. Com apenas um reserva, Tripa Seca tirou Peruzzi e colocou Cubero.

O Independiente continuou sua rotina de mandar bolas na trave e o Velez, feliz com o resultado, se trancou atrás à espera do apito final. Com o Independiente batido, nos acréscimos, Sebá Dominguez isolou uma bola e Insua recebeu, fazendo boa jogada pela esquerda até Montenegro mandar para lateral. Insua cobrou para Lucas Pratto já dentro da área e o camisa 12 só teve o trabalho de tirar de Navarro e dar números finais ao confronto: Velez 3x0.

Destaque do jogo: Federico Insua. Em jogo onde sua equipe atuava retrancada, em busca de contra ataques, a cadência de seu jogo era o que eles precisavam para pôr o plano em prática. Ainda fez um gol e deu o passe para o último, de Lucas Pratto.

RACING 2x2 BOCA JUNIORS

O Racing tinha o mesmo sentimento do Independiente. Vindo de derrota na estreia (4x5 pro River), a equipe comemorava o futebol de igual para igual com seu rival e tinha boas esperanças no campeonato. A ordem no jogo era esperar o Boca e sair em contra ataques velozes e fatais. Já o Boca é pura alegria. Vindo de vitória sobre o Independiente (5x3), o time de La Boca tem a empolgação necessária para lutar pelo bicampeonato.

A estratégia do Racing ficou latente desde o início. Marcando em cima para roubar a bola, toques curtos e rápidos e chutes de qualquer lugar. Foi assim que eles pressionaram o oponente e desperdiçaram algumas chances no início, até os 3 minutos, quando Palacio e Riquelme se atrapalharam e Enrique lhes roubou a bola, tocando rápido a Martin Simeone. O camisa 8 deu lindo passe em profundidade para Latorre, que invadiu a área e deu um leve toque na saída de Abbondanzieri, fazendo Racing 1x0.

O gol mostrou que o dia não era do Boca. A equipe errava tudo e irritava seus torcedores. Se esperava uma goleada do Racing, tamanha a organização do time de Avellaneda. Mas a finalização era seu pecado. O ditado de "quem não faz, leva" se fez presente e a injustiça se instalou aos 7 minutos. Na única jogada que acertou no primeiro tempo, Cagna roubou a bola de Acosta e tocou a Riquelme, que abriu a Arruabarrena na esquerda. Com um passe no corredor, o camisa 3 encontrou Palermo, que trouxe a bola para o meio e soltou a bomba da entrada da área, vencendo Saja e fazendo Boca 1x1.

A injustiça não estaria completa se o Racing não errasse a saída de bola e uma sucessão de erros virasse acerto nos pés de dois craques. Aos 8 minutos, Basualdo recuperou a bola e tentou tocar a Riquelme, mas tocou errado e a bola sobrou para Cagna, que tentou tocar de novo a Basualdo e errou, acertando para Palermo. Com a categoria que Deus lhe presenteou, o camisa 9 colocou a bola no chão, tabelou com Riquelme, recebeu na frente e acertou lindo chute, vencendo Saja e fazendo Boca 2x1.

No intervalo, Paralelo tentava juntar os cacos e reempolgar a equipe. Tirou Quiroz e Acosta e colocou Fariña e Hauche, mandando o time para a frente. Já Madeirite não estava feliz com o que via, apesar da vitória parcial. Tirou Palacio e Basualdo e colocou Guillermo Barros Schelloto e Battaglia.

O jogo melhorou até os 5 minutos, depois caiu o nível. Menos mal para o Racing que o empate veio aos 3, quando Hauche errou e perdeu uma bola para Battaglia, mas Pelletieri recuperou e tocou na ponta para Diego Capria. O camisa 2 avançou e chutou por cobertura, vencendo Abbondanzieri e fazendo Racing 2x2.

A emoção voltou no último minuto, quando Latorre fez linda jogada, invadiu a área e foi derrubado por Abbondanzieri. Ruben Capria cobrou no canto esquerdo, mas Abbondanzieri voou e fez a defesa, garantindo o empate e saindo nos braços da torcida.

Destaque do jogo: Martin Palermo. Abbondanzieri merece uma menção honrosa pelo pênalti defendido no último lance do jogo. Mas Palermo foi o único que botou a bola no chão e acalmou sua equipe, marcando os dois gols do time e garantindo mesmo o empate.

SAN LORENZO 2x6 RIVER PLATE

Empolgados pela vitória sobre o Estudiantes (3x1), os jogadores do San Lorenzo querem mostrar que seu bom futebol finalmente desabrochou. O problema é que, do outro lado, está o campeão do Torneio Início, que também vem de vitória (5x4 no Racing) e também quer vencer para se isolar na liderança.

A diferença técnica entre as duas equipes ficou latente desde o início. O River dominou as ações, com seu toque de bola que lhe rendeu a alcunha de "Barcelona do Futibou de Butaum" e chegou à vitória com extrema tranquilidade, sem jamais ser importunado. O primeiro gol surgiu logo a um minuto, quando Gallardo tentou tocar a Ortega na direita e a zaga afastou. Almeyda pegou o rebote e tocou na esquerda para Buonanotte, que girou com extrema categoria e inverteu o jogo em lindo lançamento para Ortega, que recebeu livre e chutou de cobertura, fazendo River 1x0.

O River queria mais e logo roubou a bola, rearrumando-se e partindo para o ataque. Aos 3 minutos, Barrado tocou na esquerda para Buonanotte, que driblou dois marcadores antes de passar no meio da zaga para Trezeguet. Em seu terreno, acossado por zagueiros, o camisa 7 dominou e tocou por cima, vencendo Migliore e fazendo River 2x0.

O terceiro não demoraria a vir e acabou acontecendo aos 6 minutos. Em jogada de contra ataque, Gallardo tocou a Buonanotte, que tocou a Trezeguet. Marcado, o camisa 7 devolveu a Buonanotte, que viu Migliore adiantado e deu um toque de extrema categoria, encobrindo o goleiro e fazendo River 3x0.

O San Lorenzo descontou no final do primeiro tempo, aos 9 minutos. Romagnoli tocou a Piatti na frente e o camisa 12, de costas para o gol, devolveu ao camisa 10. Romagnoli ajeitou, calculou a distância e chutou com categoria, acertando o ângulo de Carrizzo, batendo no peito, apontando ao chão e fazendo a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x3.

No intervalo, Nilson tirou Buffarini e Raul 'Pipa' Estevez, para colocar Erviti e Bordagaray. Com isso, Piatti passaria a jogar na direita e Erviti entraria na esquerda. Já Francescoli resolveu dar ritmo aos reservas, pois terá o Superclássico na próxima rodada. Tirou Ferrari e Trezeguet, colocando Coudet e Funes Mori.

Se o primeiro tempo teve 3x1 no placar, o segundo também. Logo na saída de bola, uma linda jogada ensaiada terminou em gol. Gallardo tocou a Barrado, que devolveu a Berizzo, que procurou Buonanotte na esquerda. O camisa 30, inspiradíssimo, viu Gallardo livre na direita e fez um lançamento com precisão cirúrgica. Migliore estava fora do gol e, quando viu Gallardo receber uma bola perfeita, tentou voltar, mas o camisa 11 já tinha tocado para o gol vazio e fazia River 4x1  logo a um minuto.

O River continuou tocando bem a bola e fazendo lindas jogadas. Em uma delas, aos 4 minutos, o gol surgiu novamente. Ortega tocou a Coudet, que deu mais atrás a Placente, que tocou a Almeyda, que tocou a Barrado, que procurou Berizzo na esquerda, que tocou a Buonanotte. Aqui, a jogada parou e virou mais um lançamento preciso. Buonanotte encontrou Gallardo entrando livre pelo meio. O camisa 11 recebeu, driblou Migliore e empurrou para o gol vazio, fazendo River 5x1.

O San Lorenzo descontou aos 7 minutos, quando Reynoso saiu driblando pelo meio e deu um passe na esquerda para Romagnoli. O camisa 10 recebeu, trouxe para o pé direito e chutou com categoria, batendo no peito, apontando ao chão e fazendo a taunt da Paloma novamente: San Lorenzo 2x5.

Mas o dia era do River. Após Buonanotte fazer linda jogada e a zaga afastar para lateral, aos 9 minutos, Coudet cobrou para Ortega, que cruzou na área. Gallardo apareceu e cabeceou sem chances para Migliore, fazendo seu hat trick: River 6x2.

Destaque do jogo: Marcelo Gallardo. Buonanotte foi o dono do jogo. Fez 1 gol e deu passe para outros 4, além de iniciar a jogada do último. Seus lançamentos nos fizeram pensar que era uma mistura de Beckham com Juninho Pernambucano e Gerson em campo. Mas o hat trick de Gallardo não pode passar em branco. Dono do segundo tempo, o camisa 11 marcou 3 vezes, além de ser presença constante nas jogadas de ataque de seu time.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 6 pontos
2° Boca Juniors - 4 pontos
3° Estudiantes - 3 pontos, 8 gols pró
4° Huracán - 3 pontos, 6 gols pró
5° San Lorenzo - 3 pontos, 5 gols pró
6° Velez Sarsfield - 3 pontos, 4 gols pró
7° Racing - 1 ponto
8° Independiente - 0 ponto

ARTILHARIA

1° Juan Sebastian Verón (Estudiantes) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 4 gols
2° Martin Palermo (Boca Juniors), Leandro Benítez (Estudiantes), Ruben Masantonio (Huracán), David Trezeguet (River Plate) e Marcelo Gallardo (River Plate) - 3 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • O mutirão seguirá na próxima semana, pois parece que o final de semana ficará complicado para jogos. Assim sendo, ao invés de dois jogos por dia, serão três até o final de semana da semana que vem, para tentar equalizar tudo.