domingo, 22 de dezembro de 2013

Supercopa FIFUBO 2013

Neste domingo foi disputado o último jogo do ano na FIFUBO. E não valia pouca coisa, "apenas" a Supercopa FIFUBO, que é a Copa dos Campeões da nossa Federação. Como as atividades só começaram no segundo semestre, apenas os campeões da Copa Olé e do Torneio Clausura disputaram esta taça, em jogo único, com campo neutro. Se o empate persistisse ao final do tempo regulamentar, teríamos disputa de pênaltis.

RACING 3x3 RIVER PLATE

O Racing, campeão da Copa Olé, vinha a campo disposto a apagar os vexames da final do Torneio Início (quando foi goleado pelo rival Independiente) e do Clausura (quando nem se classificou para os playoffs), apostando tudo na conquista deste último troféu.

A equipe foi a campo com 1. Saja, 2. Diego Capria, 4. Gamboa, 6. Pocchetino, 3. Enrique; 5. Quiroz, 7. Pelletieri, 8. Martin Simeone, 10. Ruben Capria (c); 9. Acosta, 11. Latorre. O treinador Madeirite, auxiliado por Buchanan's Special Reserve 3, tinha no banco 12. Fariña e 13. Hauche.
O River Plate, campeão do Clausura, vinha embalado pela conquista e disposto a se consolidar como melhor equipe da FIFUBO no ano de 2013.
A equipe foi a campo com 1. Carrizzo, 2. Ferrari, 3. Placente, 4. Paz, 6. Berizzo; 5. Almeyda (c), 19. Barrado, 11. Gallardo; 10. Ortega, 7. Trezeguet, 30. Buonanotte. O treinador Francescoli, auxiliado por Blue Steel, tinha no banco 8. Coudet e 9. Funes Mori

É difícil precisar como a partida seria, pois logo aos 20 segundos, Buonanotte acertou Acosta, Quiroz e Ruben Capria, levando o cartão vermelho. Na cobrança de falta, Acosta tocou para Pelletieri, recebeu na frente e, da entrada da área, chutou forte e cruzado para fazer Racing 1x0, logo a um minuto de jogo. Foi o décimo gol de Acosta com a camisa do Racing.

O gol e a expulsão desestabilizaram o River, que levou um tempo a se reorganizar, mas isso foi um grande problema, pois aos 2 minutos, Barrado dividiu com o goleiro Saja e a bola sobrou para Quiroz reiniciar o ataque. Ele tocou para Diego Capria, que lançou para Acosta no ataque. O camisa 9, de costas para o gol, tocou atrás para Ruben Capria, que tabelou com Pelletieri e deu para Acosta na direita, dentro da área. Desta vez de frente, o camisa 9 chutou. A bola explodiu no travessão e no chão atrás de Carrizzo. O juiz, Wilson Neca, assinalou gol e uma grande confusão começou. Enquanto o time de Avellaneda comemorava o 2x0, os jogadores do River partiram para cima do árbitro e foi preciso a polícia intervir.

Malandro, o treinador do River, Francescoli, aproveitou a confusão para redistribuir o time em campo, exigindo uma presença maior dos laterais no lugar dos pontas, enquanto Ortega recuaria mais para ajudar Gallardo na armação, deixando Barrado e Almeyda na marcação, a fim de impedir os avanços de um endiabrado Acosta.

E foi assim que, aos 3 minutos, o River conseguiu reequilibrar o jogo. Com Berizzo, Trezeguet e Gallardo rondando a área do Racing, a bola acabou sobrando para Enrique cometer um erro infantil. Ele tentou inverter o jogo cruzando a bola pela entrada da área. A bola caiu nos pés de Berizzo na esquerda, que tocou para Gallardo e recebeu de volta, chutando de primeira e vencendo Saja: River 1x2.

O gol assustou o Racing, que passou a errar muito e ver o River lhe rondar a área. Com isso, o empate era questão de tempo e ele saiu aos 7 minutos, quando Gallardo tocou a Ferrari na direita, o lateral avançou pela ponta e tocou para Trezeguet na entrada da área. O camisa 7 driblou Quiroz com facilidade, entrou na área e chutou no canto direito de Saja, para fazer River 2x2.

No intervalo, Madeirite trocou Enrique e Latorre por Fariña e Hauche, além de conversar bastante sobre marcação e troca de passes. Já Francescoli tirou Barrado e Ortega para colocar Coudet e Funes Mori. A mudança fazia com que a equipe passasse a jogar com dois atacantes mais centralizados, além de redistribuir o time em campo para encolher os espaços.

O segundo tempo ficou chato, com o Racing marcando forte e o River sem saber como sair. A coisa ficou assim até os 7 minutos, quando um erro de Bordagaray na saída de bola, que caiu aos pés de Berizzo. O camisa 6 tocou para Coudet girar e bater forte, surpreendendo Saja e virando para o River: 3x2.

O desespero tomou conta do Racing, mas Ruben Capria e Acosta colocaram a bola no chão e resolveram jogar. Deu certo! Aos 9 minutos, Capria tocou para Acosta livre na direita. O camisa 9 avançou para o meio, chamando a marcação, e tocou para Capria na direita. O camisa 10 avançou e chutou de trivela. A curva fez a bola entrar no ângulo e empatar o jogo: Racing 3x3.
 
Assim, teríamos pênaltis, com o River levando vantagem por ter sido campeão do Clausura justamente na disputa de grandes penalidades. O Racing ainda não tinha disputado assim. Na primeira série, Almeyda perdeu para o River e Bordagaray perdeu para o Racing. Logo na segunda série, tanto Placente quanto Gamboa perderam suas cobranças. Depois disso, mais 6 cobranças alternadas foram feitas até Almeyda perder novamente. A defesa de Saja fechou o placar em 10x9.

RACING CAMPEÃO DA SUPERCOPA FIFUBO 2013

Jogadores do Racing fazendo a volta olímpica com os troféus da Supercopa FIFUBO e da Copa Olé.

A conquista do time do Racing apaga um pouco o fracasso no Clausura, além de consagrar Acosta (o melhor em campo) e Saja (que pegou duas penalidades), além de ser a primeira da equipe.

RESUMO DAS EQUIPES

  • Boca Juniors - A equipe de La Boca decepcionou só pelo fato de ter perdido o título do Clausura. Liderou parte do certame, nunca foi ameaçada e ainda terminou vice-campeã, com o artilheiro do campeonato (Palermo). Por vezes criticado, o time de Paralelo precisa de títulos em 2014 para acalmar sua torcida.
  • Estudiantes - Prejudicado pelo "Escândalo das bainhas" no primeiro turno, se recuperou no segundo e fez uma grande temporada. Mostrou que tem time para brigar por títulos no ano que vem.
  • Huracán - Grande surpresa da temporada, mesmo com o "Escândalo das bainhas" também lhe acertando. Liderou boa parte do campeonato, se classificou para os playoffs e, mesmo sendo goleado nos dois jogos semifinais, sai consagrado e fortalecido para a próxima temporada.
  • Independiente - O título do Torneio Início do Clausura foi o único conquistado pela equipe, que chegou a ser considerado favorito para o Clausura, com um futebol vistoso. Por pouco não se classifica à final, o que mostra que está fazendo um trabalho correto para levantar taças na próxima temporada.
  • Racing - Campeão da Copa Olé de forma surpreendente, entrou como grande favorito para o Torneio Clausura, apesar de ter perdido a final do Torneio Início para o grande rival de forma acachapante (0x3). No entanto, jamais apresentou um bom futebol na Liga e nunca entrou na zona de classificação. Com apenas 3 vitórias em 12 jogos, deixou na sua torcida um sentimento enorme de frustração, mas a vitória na Supercopa FIFUBO deixou o saldo positivo, com duas conquistas em três competições. É uma incógnita para o ano que vem, pois ninguém sabe se o time da Copa Olé ou o do Clausura vai atuar durante o ano.
  • River Plate - O grande campeão do Torneio Clausura colocou metas ambiciosas na Liga e cumpriu todas, se classificando em primeiro, ganhando os dois jogos da semifinal e erguendo a taça em cima do maior rival. O único ponto baixo da temporada foi a derrota para o Boca no primeiro turno do Clausura, quando tomou uma humilhante virada. Vem para 2014 como a equipe a ser batida.
  • San Lorenzo - Também prejudicado pelo "Escândalo das bainhas", entrou no Clausura como favorito e terminou na última posição. Com problemas físicos, técnicos e táticos, o treinador Nilson chegou a colocar o cargo à disposição, mas os jogadores se uniram em torno dele. Romagnoli foi o grande destaque e só não foi eleito o craque do campeonato por ter perdido na votação de desempate. É uma incógnita para o ano que vem, tudo dependerá do trabalho na pré-temporada.

domingo, 24 de novembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Final - 24/11/2013

Domingo de céu nublado e chuvoso, mas um domingo grandioso, por conta da grande final do Torneio Clausura 2013! E que forma seria melhor para encerra tão maravilhoso campeonato, do que com um Superclássico? O jogo fez jus ao nome, então vamos a ele!

RIVER PLATE 4x4 BOCA JUNIORS

A grande final colocava frente a frente duas equipes sensacionais, que fizeram um campeonato maravilhoso e chegavam à disputa do título com inteira justiça.
 
O River Plate se classificou em primeiro na temporada regular. Ao todo foram 14 jogos, em que venceu 10, empatou 2 e perdeu 2; marcou 50 gols e sofreu 27. A equipe vinha a campo com o time que Francescoli colocou no campeonato inteiro: 1. Carrizzo, 2. Ferrari, 3. Placente, 4. Paz e 6. Berizzo; 5. Almeyda (c), 19. Diego Armando Barrado e 11. Gallardo; 10. Ortega, 7. Trezeguet e 30. Buonanotte. Na reserva, 8. Coudet e 9.  Funes Mori. Francescoli pediu aos jogadores que fizessem marcação forte nos atacantes, sempre uma dupla formada por um volante e um lateral. Gallardo se encarregaria de marcar Riquelme.

O Boca Juniors se classificou em terceiro na temporada regular. Ao todo foram 14, com 8 vitórias e 6 derrotas, marcando 42 gols e sofrendo 33 gols. A equipe vinha a campo com 1. Abbondanzieri, 4. Ibarra, 2. Escudero, 6. Schiavi e 3. Arruabarrena; 5. Serna (c), 8. Cagna, 11. Basualdo e 10. Riquelme; 19. Palacio, 9. Palermo. O técnico Paralelo tinha, na reserva, 7. Viatri, 12. Battaglia e 13. Guillermo Barros Schelloto. Paralelo pediu aos volantes e laterais que se revezassem na marcação aos pontas, enquanto Serna se encarregaria de parar Trezeguet.
 
Itaquá Dome lotado, equipes prontas e a bola começando a rolar na grande decisão!
 

O que se pode dizer foi que o jogo começou e se manteve a mil por hora. Na saída de bola, Riquelme tocou para Basualdo, que fez o fake, e deixou Cagna avançar. O camisa 8 afastou a defesa e chutou da intermediária. A bola explodiu no travessão e sobrou limpa para Riquelme chutar e fazer o gol. A bola ainda tocou na trave antes de morrer nas redes aos 21 segundos: Boca 1x0.

A tática de marcar logo no início assustou os jogadores do River, que erraram a saída e sofreram uma pressão. A bola foi na trave e Carrizzo salvou em duas oportunidades antes da equipe entrar no jogo. Quando o fez, no entanto, começou a jogar mais solta e fazer suas belas trocas de passe. Em uma delas, Ortega chutou e Abbondanzieri defendeu, mandando para lateral. Trezeguet cobrou para Ortega do bico da área chutar e vencer o goleiro xeneize, fazendo River 1x1 aos 4 minutos.
 
O jogo continuou eletrizante, com bolas na trave de ambos os lados e os goleiros, principalmente Abbondanzieri, fazendo defesas milagrosas. E foi assim que o primeiro tempo terminou, na igualdade. No intervalo, Francescoli pediu a Barrado que se soltasse mais e auxiliasse na armação, mas não fez mudanças no time. Já Paralelo sacou Ibarra e Palácio e pôs Battaglia e Schelloto.

Assim como foi o primeiro, o segundo tempo começou de forma maravilhosa. Logo a um minuto, Gallardo tocou para Buonanotte, que driblou Battaglia, mas o camisa 12 voltou à marcação. Buonanotte, então, deu a quebra de asa e tocou atrás para Gallardo, que chegou chutando de longe, com curva, para vencer Abbondanzieri, com pouco mais de um minuto: River 2x1.

O Boca não se acanhou e continuou buscando o ataque. Aos 3 minutos, Escudero pegou a bola de Buonanotte e inverteu o jogo para Palermo. O camisa 9, sumido na fase final, fez o dois-um com Arruabarrena, recebendo na frente e invadindo até a entrada da área, de onde chutou forte e venceu Carrizzo para fazer Boca 2x2.

O jogo continuou sensacional e, aos 5 minutos, o Boca voltou a ficar na frente. Basualdo deu passe para Palermo, que deu drible seco em Placente e chutou forte. Carrizzo voou, mas não alcançou e o Boca colocou a mão na taça: 3x2.

O River não se acanhou e continuou buscando o empate. Em lance lindo, Paz fez lançamento longo para Ortega, que invadiu a área em diagonal e chutou na saída de Abbondanzieri, deslocando-o e empatando aos 8 minutos: River 3x3.

A partir daí, as duas equipes começaram a ter cautela, pois um ataque mais exaltado que desse errado era um contra ataque que podia valer o campeonato. Mesmo assim, ainda havia emoção. Aos 9 minutos, Basualdo tentou passar por Berizzo, mas o lateral conseguiu o carrinho e a bola saiu. Basualdo tocou o lateral para Riquelme, que ajeitou de volta ao camisa 11. O chute de Basualdo foi perfeito e a bola saiu do alcance de Carrizzo, no que seria o gol do título: Boca 4x3.

Mas o River tinha Gallardo. Na saída de bola, já nos acréscimos, o camisa 11 tocou para Trezeguet e recebeu na frente. De longe, ele mandou novo chute com curva. Abbondanzieri voou, mas não achou, e a bola foi parar no fundo das redes: River 4x4.

Como o empate persistiu ao tempo final, o jogo foi para os pênaltis. Na primeira série de cobranças, Palermo e Ferrari acertaram. Na segunda série, Trezeguet acertou, mas o penal de Basualdo acabou nas mãos de Carrizzo. Na terceira série, Almeyda converteu, mas a cobrança de Schiavi terminou nas mãos de Carrizzo. Na quarta série, Schelloto converteu sua cobrança e se Gallardo fizesse a dele, acabava ali. A cobrança de Gallardo foi no canto direito, Abbondanzieri se esticou todo, mas a bola morreu no fundo das redes, finalizando River 4x2 Boca.

RIVER CAMPEÃO DO TORNEIO CLAUSURA 2013

 A final consagra o grande time do River Plate como o campeão do Torneio Clausura 2013. A campanha foi a seguinte:
 
2x0 e 4x4 San Lorenzo
4x1 e 2x2 Independiente
3x4, 3x2 e 4x4 Boca Juniors
5x1 e 5x1 Estudiantes
4x2, 6x1, 4x2 e 4x2 Huracán
 
Jogadores do River, recebendo a taça de campeão
 
 
Destaque do jogo: Martin Palermo. O centroavante foi a grande figura. Presença constante e perigosa no ataque, marcou dois gols e infernizou a defesa  adversária.

PREMIAÇÃO

Campeão - River Plate (Troféu de Campeão e R$ 1 milhão)
Vice-campeão - Boca Juniors (R$ 500 mil)
3° Lugar - Independiente
4° Lugar - Huracán
5° Lugar - Estudiantes
6° Lugar - Racing
7° Lugar - San Lorenzo

Artilheiro do campeonato: Martin Palermo (Boca Juniors) - 14 gols (Troféu Van Basten e R$ 25 mil)

Martin Palermo, recebendo o Troféu Van Basten de artilheiro da competição, das mãos do próprio Van Basten


MVP do campeonato: Diego Armando Barrado (River Plate) (Troféu Brasil e R$ 25 mil)

Diego Armando Barrado, recebendo o Troféu Brasil por ser o MVP do campeonato, das mãos do próprio Brasil


Ataque mais positivo do campeonato: River Plate - 54 gols (R$ 200 mil)
Defesa menos vazada do campeonato: River Plate - 31 gols sofridos (R$ 200 mil)
Primeiro colocado ao fim da temporada regular: River Plate - 26 pontos (R$ 50 mil)

NOTAS RÁPIDAS

  • A premiação de MVP colocou, com 4 indicações cada, Barrado, Gallardo e Romagnoli. Como o destaque da final foi Palermo, houve uma votação com os treinadores dos sete times, mas o presidente, o vice e o diretor de comunicações da FIFUBO. Na primeira votação, houve empate entre Barrado e Romagnoli. No segundo turno, Barrado foi eleito o MVP.
  • O milestone da rodada foi para Palermo e Gallardo. O centroavante do Boca Juniors, com os gols que fez na final, chegou a 40 na carreira. Já o meia do River, com o primeiro gol marcado na final, chegou aos 30.
  • Em dezembro, o campeão do Torneio Clausura, River Plate, e o campeão da Copa Olé, Racing, decidirão a Supercopa FIFUBO.
Jogadores do River, dando a volta olímpica. Gallardo e Ortega erguem o treinador Francescoli

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Semifinais, jogos de volta - 20/11/2013

Quarta-feira, feriado de céu azul, calor forte, o dia ideal para a prática do futebol de butaum. E foi neste cenário fantástico que foram realizados os jogos de volta das semifinais do Torneio Clausura 2013, com dois jogos de muita emoção. Vamos a eles!

INDEPENDIENTE 3x5 BOCA JUNIORS

Com a vantagem por ter melhor campanha na fase de classificação, além da vitória por 2x1 no jogo de ida, o Independiente tinha a vantagem de perder por até um gol de diferença para chegar à final. Para isso, Bayer mandou seus jogadores fazerem exatamente o que o Boca fizesse. Se eles jogassem, o Independiente teria que jogar; se eles não jogassem, o Independiente não jogaria. Já do lado do Boca, a necessidade de vencer por pelo menos dois gols de diferença provocava mudanças na forma de jogar. Paralelo ensaiou exaustivamente durante a semana jogadas em que os laterais avançavam pelas pontas e os volantes faziam as coberturas; os volantes avançavam na armação, os laterais ficavam para cobrir. Além disso, um pedido especial de Paralelo a Riquelme de que o camisa 10 tivesse uma tarde de gala era o combustível para o Boca tentar avançar à final.
 
E foi com apenas 1 minuto que o Boca já deu mostras de que avançaria. Palermo cobrou lateral para Ibarra, que deu mais atrás a Riquelme no meio. O camisa 10 recuperou a passada, conduziu e tocou para Palácio na direita, que invadiu a área e chutou cruzado para vencer Navarro e fazer Boca 1x0.
 
Seguindo à risca as instruções de seu treinador, o Independiente fez exatamente o mesmo que o Boca. Na saída de bola, aos 2 minutos, Gracián tocou para Busse, recebeu de volta na intermediária e acertou um chute no ângulo de Abbondanzieri para fazer Independiente 1x1.

A partir daí, foi um jogo muito igual. Marcação forte do Independiente e movimentação do Boca, na tentativa de chegar à meta adversária. Apenas uma falha da zaga podia ocasionar mudança no placar e foi isso que aconteceu. Montenegro fez um falta totalmente desnecessária em Palácio na entrada da área. Riquelme cobrou com perfeição, por cima da barreira, e fez Boca 2x1.
 
O Boca apertou a marcação na saída e impediu o Independiente de empatar, o que pressionou os jogadores do time de Avellaneda. Matheu tentou recuar, errou o passe e acabou jogando para lateral. Arruabarrena cobrou rápido para Palermo, que deu mais atrás a Cagna. O camisa 8 chutou com força, rasteiro, e fez Boca 3x1, aos 7 minutos.

O gol desestabilizou de vez o Independiente, que via a classificação e a vantagem escorrendo por entre os dedos. Busse tentou passar para Parra, mas errou bisonhamente e acabou fazendo falta em Serna. O capitão do Boca cobrou rápido para Basualdo, que avançou sem ser incomodado por Montenegro e chutou da entrada da área para vencer Navarro e fazer Boca 4x1 nos acréscimos.

No intervalo, Bayer tentava desesperadamente recolocar sua equipe nos trilhos. Tirou Montenegro e Parra e colocou Acevedo e Gandin. Já Paralelo, contente com a resposta de sua equipe, não fez mudanças. Pediu para os jogadores continuarem marcando forte.

A tática suicida de Bayer começou a funcionar logo no início, quando Mareque e Silvera apertaram na marcação, obrigando Cagna a fazer falta. Silvera cobrou rápido para Fredes, que avançou e chutou da intermediária, rasteiro, para fazer Independiente 2x4, aos 30 segundos.

O gol reacendeu a chama do time de Avellaneda, que passou a atacar mais em busca do gol que valeria a classificação. Silvera acertou a trave três vezes antes da equipe encontrar as redes aos 6 minutos. Vella avançou pela ponta e deu lindo passe em profundidade para Gandin, que deu belo drible em Serna, ajeitou o corpo e chutou a famosa "bola fubá" para vencer Abbondanzieri e fazer Independiente 3x4.

Com a derrota por um gol, a classificação mudou de mãos, agora o Independiente ia à final e passou a tocar a bola para o tempo passar. Já o Boca, vendo novamente a classificação lhe escapar, começou a buscar o ataque desesperadamente. E este jogo sensacional foi premiado com mais um toque de emoção no último minuto, quando Ibarra tocou para Riquelme, que viu Palácio se desmarcar na direita. Mas Riquelme perdeu um pouco o controle da bola e viu Gracián se aproximar para cortar o passe. Ao invés de passar, o camisa 10 driblou Gracián e, de muito longe, mandou um chute que foi no ângulo de Navarro: Boca 5x3.

O gol mudou a classificação de mãos novamente e foi a vez do Independiente partir desesperadamente para o ataque. No último lance do jogo, Vella chutou, Abbondanzieri deu rebote e o próprio Vella chutou novamente. Mas a bola subiu e o Boca comemorou a classificação à final.

Destaque do jogo: Juan Roman Riquelme. O treinador pediu e Riquelme teve uma atuação de gala. Dois gols, assistências e presença constante no ataque para levar o Boca à final do campeonato.

RIVER PLATE 4x2 HURACÁN

Em situação muito mais cômoda, o River podia perder por até dois gols de diferença, graças ao 4x2 aplicado no jogo de ida. Para melhorar, ainda havia vencido os três duelos contra o adversário, duas vezes por 4x2 e uma por 6x1. Para ir à final, Francescoli pedia calma e atenção aos seus jogadores, para que não houvesse com o River o que aconteceu com o Independiente, que foi para o intervalo perdendo de 4x1. Do lado do Huracán, conformismo pela situação, mas com um sentimento de que a luta não havia acabado. Sr Rabina transmitiu a seus jogadores a tática do "passou do meio de campo, chuta!", na tentativa de chutar bastante e tentar os gols que lhes levariam à final.

Mas o jogo foi todo do River. Logo aos 2 minutos, Berizzo avançou e chutou, para Islas fazer uma linda defesa e colocar a corner. O próprio Berizzo cobrou na cabeça de Trezeguet, que testou com força para vencer Islas: River 1x0.

Precisando fazer 4 gols, o Huracán se perdeu e ainda viu o River marcar forte. Com belas jogadas, o time de Nuñez tocava bastante para o tempo passar e ainda concluía a gol para mostrar por que tinha terminado em primeiro na fase de classificação. Nos acréscimos do primeiro tempo, Gallardo deu lindo passe e colocou Almeyda dentro da área. O capitão tentou driblar Islas, mas foi derrubado. Pênalti que Ferrari cobrou com perfeição, à despeito de Islas ter acertado o canto, para fazer River 2x0.

No intervalo, já sabendo que só um milagre lhe tiraria a vaga, Francescoli tirou Barrado e Trezeguet e pôs Coudet e Funes Mori, já visando dar ritmo a todos os jogadores para a final. Do lado do Huracán, uma última e desesperada cartada de Sr Rabina tirou Barrientos e Centurión e colocou Erramuspe e Barrales. Assim, o Huracán partia para um inédito 4-3-3, com dois volantes de movimentação.

A tática deu resultado e o Huracán começou a ganhar terreno. Talvez o desinteresse e o forte calor também tenham contribuído para o River se poupar para a final. Com isso, aos 3 minutos, o Huracán conseguiu diminuir, quando Almeyda desarmou Cigogna e escorregou na sequência. A bola sobrou para Barrales, que chutou mal de primeira e deslocou Carrizzo, fazendo Huracán 1x2.

O jogo continuou morno, com o River esperando o tempo passar e o Huracán tentando se despedir de forma honrosa. Assim, o empate surgiu aos 6 minutos, após um lance polêmico. Em falta na entrada da área, Gallardo cobrou e a bola tocou no travessão, mas houve dúvidas se bateu dentro do gol ou não. O árbitro Chico Lírio mandou o jogo seguir e a bola saiu para lateral. Minici cobrou rápido para Milano, que chutou de primeira da intermediária e acertou o ângulo de Carrizzo, fazendo Huracán 2x2.

O gol empolgou o Huracán para buscar a vitória, mas logo depois o River mostrou quem manda no Itaquá Dome. Aos 7 minutos, em nova falta de Erramuspe em Ortega na entrada da área, Gallardo cobrou com perfeição e, desta vez, a bola foi no fundo das redes: River 3x2.

Aos 9, com o Huracán já batido, o River transformou o jogo em goleada. Barrales fez falta em Almeyda, que cobrou para Ferrari na direita. O lateral avançou até a linha de fundo e cruzou na medida para Funes Mori completar para o gol vazio: River Plate 4x2.

Destaque do jogo: Pablo Ferrari. O lateral direito foi o grande nome do jogo ao marcar um gol de pênalti, ajudar na defesa e ser presença constante no ataque, inclusive com assistência. Atuou não só pela lateral, mas pelo meio também.

ARTILHARIA

1° Martin Palermo (Boca Juniors) - 12 gols
2° Daniel Cigogna (Huracán), Leandro Gracián (Independiente), Nestor Silvera (Independiente), Marcelo Gallardo (River Plate), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 11 gols
3° David Trezeguet (River Plate) - 10 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Com os resultados desta quarta, ficou conhecida a grande final do Torneio Clausura, que será o Superclássico River Plate x Boca Juniors.
  • O jogo, único, será no final da semana, no sábado ou no domingo. Quem vencer é o grande campeão, se houver empate, a partida será decidida nos pênaltis.
  • Por ter melhor campanha na primeira fase, o River Plate terá como única vantagem o mando de campo, o que representa 60% da carga total de ingressos (os outros 40% serão do Boca Juniors).
  • Ao final do jogo, além do campeão, serão premiados o artilheiro do campeonato e o melhor jogador. O melhor jogador do campeonato será aquele que mais vezes tiver sido eleito o melhor em campo.
  • Assim, três jogadores estão empatados, com 4 indicações. Dois deles atuarão na final. Caso um deles seja eleito o melhor em campo, também levará o prêmio de MVP do campeonato.
  • Se o empate persistir, será feita uma eleição com os treinadores dos 7 times, mais o presidente e o vice da FIFUBO, além do representante do Grupo Olé.

domingo, 17 de novembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Semifinais, jogos de ida - 17/11/2013

A semana foi conturbada, não deu para jogar no meio da semana. Com isso, as semifinais só se iniciaram neste domingo chuvoso. O funil está apertando...

HURACÁN 2x4 RIVER PLATE

Com campanha surpreendente, o Huracán havia se classificado em quarto lugar e ficado muito acima das expectativas, mas queria mais. Para segurar o River Plate, Sr Rabina armou uma retranca forte, apostando na classificação somente no segundo jogo. Já o River Plate, dono de melhor campanha, queria matar o jogo logo, mesmo atuando como visitante. Francescoli colocou uma equipe bem ofensiva e apostou no entrosamento para sair vitorioso. Na temporada regular, os dois jogos terminaram com vitória do River (4x2 e 6x1).

Foi, praticamente, um ataque contra defesa. O River empurrou o Huracán para o seu campo desde o início e precisou de apenas 55 segundos para inaugurar o marcador, quando Gallardo e Ortega tabelaram na direita e Ortega devolveu a Gallardo mais no meio. O camisa 11 chutou de curva e venceu a marcação de Islas para fazer River 1x0.

O Huracán não se abateu e manteve o combinado, marcando forte. O azar deles foi que o River também não se acomodou e manteve o combinado, atacando com fúria e tocando a bola com categoria. Aos 5 minutos, o segundo gol foi encaminhado, quando Carrizzo cobrou tiro de meta. Barrado tocou de cabeça para Berizzo, que procurou Buonanotte mais na esquerda. O camisa 30 devolveu a Berizzo, que devolveu a Buonanotte mais no meio. O camisa 30, então, deu passe na esquerda, pegando a zaga desprevenida. Trezeguet invadiu a área e tocou na saída do goleiro, em bela jogada trançada pelo River: 2x0.

A partir daí, o Huracán viu que qualquer esperança que pudessem ter estava se desmaterializando, então mudaram o ritmo e passaram a atacar. O River foi pego de surpresa e passou a errar os passes. Nos acréscimos do primeiro tempo, um erro de passe recolocou o Huracán no jogo, quando Barrientos recuperou e tocou para Milano na direita. O camisa 7 invadiu a área pela ponta e chutou cruzado para vencer Carrizzo e fazer Huracán 1x2.

No intervalo, somente o Huracán mexeu. Sr Rabina tirou Milano e colocou Erramuspe, assumindo de vez um 4-5-1 que tinha 4 volantes.
 
A mudança do Huracán mudou o jogo também, pois o River passou a enfrentar forte marcação que o afastava do campo de ataque. Com isso, o Huracán atacava com violência, obrigando Carrizzo a se desdobrar com belas defesas. Aos 4 minutos, no entanto, após mandar uma para corner o goleiro nada pôde fazer. Centurión cobrou o escanteio na cabeça de Cigogna e o mito não desperdiçou: Huracán 2x2.

Com o empate, o Huracán se encheu de brios e partiu para o ataque, acuando o River. Carrizzo salvou a equipe de Nuñez várias vezes e o castigo de "quem não faz, leva" aconteceu. Aos 8 minutos, nova bela jogada de ataque iniciada na direita entre Ferrari, Paz e Almeyda chegou ao meio com Barrado, passando à esquerda com Gallardo e Berizzo e encontrando Trezeguet na área. O camisa 7 só teve que tirar Islas da jogada e o River chegava aos 3x2.

O gol desanimou o Huracán, mas ainda não era o fim do mundo. Só que o relaxamento foi só do lado do Huracán. Barrado foi ao ataque, tabelou com Buonanotte e, da intermediária, chutou com extrema categoria para vencer Islas e dar números finais ao confronto: River 4x2.
 
Agora, para se classificar à final, o Huracán precisa vencer por, no mínimo, 3 gols de diferença. Se perder por diferença de até dois gols, o River vai à final.

Destaque do jogo: Juan Pablo Carrizzo. Se o River conseguiu mais uma goleada ante o surpreendente rival, 90% do mérito está nas mãos de seu goleiro, que foi uma parede e salvou a equipe em diversos momentos.

BOCA JUNIORS 1x2 INDEPENDIENTE

"Agora não tem mais margem para erro!". Com essas palavras, Paralelo tentou chamar a atenção de seus atletas, após a classificação em terceiro lugar. O Boca Juniors alternou partidas brilhantes com partidas de baixíssimo nível técnico, mesmo tendo o artilheiro da competição. O recado foi dado e o puxão de orelhas foi principalmente para Riquelme, a quem Paralelo queria se multiplicando em campo. Já do lado do Independiente, o esquema eficiente e a solidariedade de seus jogadores eram as armas para fazer valer a vantagem obtida pela classificação em segundo lugar. Na temporada regular, os dois jogos entre as equipes terminaram com vitória do Independiente (3x2 e 2x1).

E o que se viu em campo foi um jogo de marcação fortíssima e pouquíssimas chances de gol. Só para se ter uma ideia, o primeiro chute saiu somente aos 2 minutos de jogo e, mesmo assim, foi de longe. A marcação de ambas as equipes não permitia que os ataques se aproximassem da área.
 
Com isso, o jogo foi ficando zoneado e os defensores tinham que aparecer no ataque para ajudar a desafogar. Foi assim que o Boca inaugurou o marcador aos 9 minutos, quando o lateral direito Ibarra saiu da ponta pelo meio e deu passe nas costas da zaga para Arruabarrena. O lateral esquerdo invadiu a área, driblou Navarro e mandou para o gol vazio: Boca 1x0.

No intervalo, Paralelo tirou Palácio e colocou Guillermo Barros Schelloto. Já Bayer tirou Facundo Parra e Fredes e colocou Gandin e Acevedo.

O jogo continuou de marcação forte e pouquíssimas chances. Somente aos 5 minutos o Independiente conseguiu a igualdade, quando Gracián avançou pela intermediária e tocou para Gandin na direita. O camisa 9 chutou de muito longe e acertou o ângulo de Abbondanzieri: Independiente 1x1.

E assim a igualdade permaneceu. A dificuldade em criar jogadas foi cansando os jogadores, que passaram a errar muitos passes e isso perdurou até os 9 minutos, quando Schelloto invadiu a área e Navarro foi no abafa para afastar. A bola subiu para a direita, Vella deu um toque de cabeça e a bola sobrou livre para Tuzzio, que chutou de primeira da intermediária para surpreender Abbondanzieri e dar números finais ao confronto: Independiente 2x1.

Schelloto ainda teve a chance de empatar nos acréscimos, mas a bola foi no travessão. Agora, o Boca precisa vencer por dois gols de diferença para ir à final. Mesmo não atuando bem e tendo seus principais jogadores em péssima tarde, o Independiente conseguiu uma importante vantagem, podendo se classificar para a final até com derrota por um gol de diferença.

Destaque do jogo: Eduardo Tuzzio. Num jogo de forte marcação, o zagueiro e capitão do Independiente foi o grande nome. Com marcação eficiente e sempre bem posicionado, Tuzzio ainda foi ao ataque para dar a vitória à sua equipe.

ARTILHARIA

1° Martin Palermo (Boca Juniors) - 12 gols
2° Daniel Cigogna (Huracán), Nestor Silvera (Independiente), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 11 gols
3° Leandro Gracián (Independiente) e Marcelo Gallardo (River Plate) - 10 gols

domingo, 10 de novembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Décima Quarta Rodada - 10/11/2013

Domingo de sol forte e céu limpo, perfeito para a prática do futebol de butaum, perfeito para o encerramento da temporada regular do Torneio Clausura 2013, com um jogão que fez jus à alta qualidade do campeonato.

ESTUDIANTES 3x3 INDEPENDIENTE

O Estudiantes, dono de bela campanha no segundo turno e já com o quinto lugar garantido, não tinha muito a aspirar neste jogo. Seu treinador, Cristaldo, chegara a cogitar colocar os reservas em campo, mas a promessa de um bom encerramento de campeonato para dar moral para o Apertura 2014 o fez botar os titulares em campo e os reservas no segundo tempo. Já o Independiente precisava de um empate marcando, no mínimo, 2 gols para se garantir como segundo colocado e ter vantagem nas semifinais. Além disso, Nestor Silvera está na briga pela artilharia, o que levou Bayer a colocar o time que jogou o campeonato inteiro no campo. No primeiro turno, Independiente 5x4 Estudiantes.

Pode-se dizer que foi um jogão pela alta qualidade das jogadas, bons arremates e bolas na trave. O primeiro gol saiu aos 5 minutos e foi uma pintura, que vale ser narrada em sua totalidade. Hilário Navarro cobrou tiro de meta para Busse, que tocou de cabeça para Montenegro.  O camisa 5 tocou na esquerda para Mareque, que avançou e procurou Nestor Silvera. O camisa 11 devolveu para Mareque, que tocou para Gracián. Mesmo marcado, o camisa 19 conseguiu inverter o jogo e encontrar Facundo Parra dentro da área. O camisa 17 chutou de primeira e a bola ainda tocou no travessão antes de ir parar no fundo das redes: Independiente 1x0.

Se tocava bem no ataque, o Independiente vacilava algumas vezes na defesa. Foi assim que cedeu o empate aos 8 minutos, quando Navarro quis repor para Vella na direita, mas acabou jogando para lateral. Marco Rojo tocou para Mauro Boselli na intermediária. O camisa 9 devolveu ao lateral esquerdo, que devolveu novamente a Boselli. O centroavante invadiu a área e chutou forte, de bico, para fazer seu primeiro gol com a camisa do Estudiantes: 1x1.

As duas equipes continuaram jogando bem, para cima, trocando passes, até que o Independiente conseguiu o segundo gol antes do intervalo. Nos acréscimos, Gracián deu novo passe para Parra na área. O camisa 17 dividiu com o goleiro e a bola sobrou nos pés de Gracián, que só teve o trabalho de empurrar para o gol vazio: Independiente 2x1.

No intervalo, os treinadores cumpriram suas promessas. Cristaldo sacou Rodrigo Braña e Gastón Fernandez e pôs Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Com isso, dava moral a Boselli pelo gol marcado. Já Bayer não teve a mesma ideia e sacou Facundo Parra e Vella para colocar Gandin e Acevedo. Silvera se mantinha em campo, para buscar a artilharia, mesmo com a boa partida de Parra. Já Acevedo entrava para atuar na lateral direita.

As mudanças não diminuíram o alto nível do jogo, as duas equipes se mantiveram num ritmo frenético. Infelizmente para o Independiente, as falhas da defesa custaram caro. Em uma delas Acevedo tentou passe para Silvera e errou. Mathias Sanchez interceptou e tocou para Enzo Perez, recebendo de volta na ponta direita, indo à linha de fundo e cruzando para a área, onde Leandro Benítez esperava sozinho para cabecear para o fundo do gol, em linda jogada coletiva aos 4 minutos: 2x2.

O Independiente não se acanhou e conseguiu ficar na frente novamente aos 6, em mais uma bela jogada coletiva. Silvera chamou Mareque na esquerda e o lateral mandou no meio para Montenegro. O camisa 5 jogou na direita para Busse, que avançou em diagonal e chutou cruzado, acertando o ângulo de Andujar: Independiente 3x2.

Quando parecia que o Independiente sairia vitorioso, eis que nova falha da defesa decretou o empate. Aos 8 minutos, Leandro Benítez driblou Tuzzio e invadiu a área, sendo derrubado por Navarro. Verón cobrou o pênalti no canto direito, enquanto o goleiro foi para o esquerdo e a bola morreu no fundo das redes: Estudiantes 3x3.

Silvera ainda teve a chance da vitória nos acréscimos, mas o chute explodiu no travessão, em jogo de altíssimo nível que mereceu os aplausos dos torcedores que compareceram em ótimo número ao Itaquá Dome.

Destaque do jogo: Leandro Benítez. Talvez tenha sido o jogo mais difícil para escolher o destaque, tamanho o nível da apresentação. Mas Benítez fez um gol e sofreu o penal que decretou o placar fina e saiu com a honraria final.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 26 pontos, 12 jogos, 8 vitórias, 2 empates, 2 derrotas, 42 gols pró, 23 gols contra
2° Independiente - 21 pontos, 12 jogos, 6 vitórias, 3 empates, 3 derrotas, 38 gols pró, 33 gols contra
3° Boca Juniors - 21 pontos, 12 jogos, 7 vitórias, 0 empate, 5 derrotas, 36 gols pró, 29 gols contra
4° Huracán - 18 pontos, 12 jogos, 6 vitórias, 0 empate, 6 derrotas, 25 gols pró, 38 gols contra
5° Estudiantes - 14 pontos, 12 jogos, 4 vitórias, 2 empates, 6 derrotas, 32 gols pró, 38 gols contra
6° Racing - 11 pontos, 12 jogos, 3 vitórias, 2 empates, 7 derrotas, 28 gols pró, 34 gols contra
7° San Lorenzo - 10 pontos, 12 jogos, 3 vitórias, 1 empate, 8 derrotas, 26 gols pró, 32 gols contra

ARTILHARIA

1° Martin Palermo (Boca Juniors) - 12 gols
2° Nestor Silvera (Independiente) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 11 gols
3° Daniel Cigogna (Huracán) e Leandro Gracián (Independiente) - 10 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • A temporada regular se encerra e, com isso, sobram 4 equipes na disputa: River Plate, Independiente, Boca Juniors e Huracán.
  • As semifinais começarão, muito provavelmente, nesta quinta, com Huracán x River Plate e Boca Juniors x Independiente.
  • Os jogos de volta ocorrerão no fim de semana, com Independiente x Boca Juniors e River Plate x Huracán.
  • River Plate e Independiente jogam por resultados iguais, o que significa jogar por dois empates ou vitória e derrota por mesma diferença de gols, o que significa que gol como visitante não é critério de desempate.
  • O Independiente leva a vantagem mesmo empatando em pontos com o Boca, pois o segundo critério de desempate é gols pró e a equipe de Avellaneda levou vantagem (38 x 36).
  • Em 42 jogos, 227 gols foram marcados, o que deu à temporada regular uma média de 5.4 gols por jogo.
  • Os cartões amarelos não são zerados para as semifinais, o que significa que os jogadores Daniel Cigogna e Ruben Masantonio (Huracán) e Leandro Gracián (Independiente) podem ser suspensos se levarem o terceiro amarelo. Mas não há cumulação para campeonato seguinte.

sábado, 9 de novembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Décima Quarta Rodada - 09/11/2013

Tarde de sábado, sol forte, céu limpo e uma chuva de gols na última rodada do Clausura 2013. Os dois jogos levantaram a média e definiram as semifinais. Vamos a eles!

HURACÁN 1x6 RIVER PLATE

O Huracán, contente com a classificação às semifinais, tinha uma remota chance de terminar inclusive em segundo. Mas sabendo da força de seu adversário, o técnico Sr Rabina apenas quis preparar a equipe para as semifinais. Mesmo mantendo o time que atuou o campeonato inteiro, ele já garantia que faria as mudanças no intervalo para dar ritmo a seus jogadores. Já do lado do River, a derrota ante o Racing no meio da semana (1x3) pesou na caminhada rumo à classificação em primeiro lugar. Francescoli mantinha o time e garantia que faria substituições para todos poderem ter ritmo nas semifinais, mas queria a vitória a todo custo. No primeiro turno, River Plate 4x2 Huracán.

O Huracán começou bem o jogo, avançando e concluindo com rapidez. Aos 2 minutos, Cigogna se desmarcou, recebeu de Minici e avançou pela esquerda, mandando o famoso "escopetazzo" e abrindo o marcador para o Huracán: 1x0.

O River não se acanhou, muito pelo contrário, o gol serviu para fazê-los entrar no jogo. Aos 5 minutos, Gallardo deu belo passe para Trezeguet, que invadiu a área. Islas foi ao seu encontro e afastou a bola, que caiu aos pés de Gallardo. O camisa 11 só teve o trabalho de empurrar para o gol vazio e fazer River 1x1.

Aos 6 minutos, em erro de saída de bola, o River virou. Masantonio tocou para Villarruel e o camisa 13 tentou devolver. Almeyda recuperou e tocou para Barrado, que avançou pela esquerda e, da entrada da área, mandou belo chute de canhota para fazer River 2x1.

Aos 8, em novo erro do Huracán, o River encontrou o terceiro gol em situação idêntica. Masantonio tentou passar por Placente, mas perdeu a bola. Placente tocou para Almeyda, que lateralizou a Berizzo. O camisa 6 tocou para Diego Armando Barrado no meio e o camisa 19 avançou pela esquerda. Da entrada da área, mandou outro chute forte, desta vez de direita, para fazer River 3x1.

Este gol desestruturou de vez o Huracán, que não acertava mais nada. Aos 9, em jogada maravilhosa de contra ataque, o River transformou o jogo em goleada. Masantonio fez falta em Placente e o camisa 3 tocou rápido para Gallardo. Gallardo, por sua vez, deu a Barrado, que tocou para Berizzo na esquerda. O camisa 6 descobriu Buonanotte, que avançou pela esquerda e, da entrada da área, chutou cruzado para vencer Daniel Islas: River 4x1.

No intervalo, Sr Rabina sacou Barrientos (que falhou na cobertura dos dois gols de Barrado) e Milano (peça nula) para pôr Erramuspe e Barrales. Já Francescoli lançou Coudet e Funes Mori nos lugares de Almeyda e Trezeguet (Ferrari passou a ser o capitão) visando dar polivalência aos jogadores que entravam.

E o jogo continuou perfeito para o River, que tocou a bola e esperou o tempo passar. Mesmo assim ainda teve tempo de encontrar as redes. Aos 5 minutos, em bela jogada de ataque, Gallardo tabelou com Funes Mori. O camisa 9, ao invés de chutar, jogou mais atrás, de onde Ortega veio com um chute violento que estufou as redes de Islas: River 5x1.

Aos 8, o golpe de misericórdia. Em belíssima trama que começou com Placente na defesa, passou por Coudet, Barrado, Gallardo, chegou à esquerda com Buonanotte e teve uma linda inversão do camisa 30 encontrando Ferrari livre na direita, o camisa 2 deu um chute fulminante, sem defesa para Islas: River 6x1.

Destaque do jogo: Diego Armando Barrado. Novamente o volante da camisa 19 foi o grande nome do jogo. Dois gols, jogadas sensacionais, armação de jogadas... no segundo tempo, com a entrada de Coudet, passou a jogar mais recuado e, mesmo assim, se destacou. Além de continuar aparecendo na armação, foi um gigante na defesa.

RACING 1x5 SAN LORENZO

O time do Racing, empolgado pela vitória sobre o líder River Plate, queria encerrar o Clausura com uma vitória e o quinto lugar, além de preparar o time para a Supercopa FIFUBO. Madeirite mantinha a equipe que havia derrotado o líder no meio da semana. Já no San Lorenzo que, mesmo vencendo não sairia do último lugar, Nilson seguia fazendo experiências. Além de manter Bordagaray e Piatti nos lugares de Raul Estevez e Erviti, o treinador barrou Johnathan Ferrari e colocou Tellechea. A ideia aqui era já começar a ver alternativas para o Apertura 2014. No primeiro turno, San Lorenzo 2x1 Racing.

E o jogo foi uma pelada impressionante, com as duas equipes apenas cumprindo tabela. O Racing não repetia a boa atuação do último jogo. Acosta e Martin Simeone voltaram a sumir e desta vez até Ruben Capria havia desaparecido em campo. Já do lado do San Lorenzo, mesmo em clima de pelada o time se arrumou, principalmente com as subidas de Romagnoli.

Aos 6 minutos, o camisa 10 chutou e Saja mandou a corner. O próprio Romagnoli cobrou na cabeça de Bordagaray, que testou para o fundo das redes, fazendo San Lorenzo 1x0.

O gol chocou o Racing, mas não foi capaz de fazê-los reagir e, nos acréscimos, ainda viu o San Lorenzo encontrar as redes novamente. Em falta de Pelletieri em Amelli (o camisa 7 recebeu cartão amarelo por isso), Amelli cobrou para Reynoso, que deu para Luciatti. O lateral esquerdo avançou pelo meio e, da intermediária, chutou no ângulo de Saja para fazer um golaço: San Lorenzo 2x0.

No intervalo, Madeirite sacou Pelletieri e Acosta e colocou Fariña e Hauche. Já Nilson trocou Tellechea e Buffarini por Johnathan Ferrari e Erviti. Mas a grande mudança do intervalo foi do Racing, uma mudança tática. Madeirite pediu aos atacantes que ficassem na marcação e invertessem com os defensores, que iriam ao ataque.

E foi por causa dessa mudança que a equipe de Avellaneda fez uma blitz nos dois primeiros minutos, até encontrar o gol com Quiroz. O camisa 5 pegou rebote de um chute de Diego Capria para mandar para o gol vazio e fazer seu primeiro gol com a camisa do Racing.

Mas o ímpeto do Racing foi freado no minuto seguinte, quando Romagnoli tocou para Erviti e viu a redenção do camisa 11, que avançou e chutou forte, rasteiro, para vencer Saja: San Lorenzo 3x1.

O gol acabou com o Racing, que resolveu deixar o tempo passar e tentar a sorte em dezembro. Mas o azar deles estava ali no campo ainda. O San Lorenzo continuou em cima e conseguiu transformar em goleada aos 7 minutos, quando Stracqualursi cobrou corner na cabeça de Bordagaray. Revendo o filme do primeiro gol, Saja se desesperou e se atirou em cima do camisa 13, cometendo pênalti. A cobrança foi de Romagnoli, que jogou no ângulo esquerdo, enquanto Saja pulava para o canto direito. Batida no peito, aponta para o chão e Romagnoli faz a taunt da Paloma: San Lorenzo 4x1.

Nos acréscimos, o golpe de misericórdia em chutão de Reynoso. Stracqualursi invadiu e chutou prensado contra Saja. A bola sobrou para Luciatti empurrar para o gol vazio: San Lorenzo 5x1.

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. Em tarde de gala, o camisa 10 comandou a sua equipe na despedida do time de Almagro no campeonato. Avançou, pediu a bola, deu passes, chutou, levou perigo e ainda marcou em cobrança de pênalti. Só não fez chover.

NOTAS RÁPIDAS

  • Com a vitória do River Plate, as semifinais ficaram definidas, restando apenas o resultado de Estudiantes x Independiente neste domingo para saber se a equipe de Avellaneda ficará em segundo ou terceiro.
  • Mas já é sabido que River e Huracán farão a primeira semifinal, com vantagem para o River, e Boca e Independiente farão a segunda semifinal, com vantagem ainda a ser decidida.
  • A vitória sobre o Huracán também deu ao River a certeza de jogar com mando de campo caso passe à final.
  • O milestone da rodada vai para Daniel Cigogna. O gol marcado no início do jogo contra o River foi o décimo do mito com a camisa do Huracán.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Décima Terceira Rodada - 05/11/2013

O tempo virou nesta terça-feira, com uma frente fria chegando. Chuva fina, muito vento e temperatura em queda poderiam atrapalhar uma partida de futebol. Mas equipes argentinas estão acostumadas a este "clima de montanha", então a décima terceira rodada do Clausura foi encerrada com um jogão de bola. Vamos a ele!

RIVER PLATE 1x3 RACING

Precisando de apenas um ponto em dois jogos para garantir a liderança ao final da temporada regular (e todas as vantagens nos playoffs), o River foi para este jogo bem despreocupado. Com os retornos de Gallardo e Almeyda, Francescoli tinha equipe completa e ainda garantia que iria colocar todos os jogadores em ação no jogo de hoje, para já prepará-los para os playoffs. Já o Racing, fazendo temporada decepcionante, vinha despreocupado. O único intuito da equipe de Avellaneda era preparar os jogadores para a Supercopa FIFUBO (que o Racing tem vaga garantida, por ter vencido a Copa Olé). Madeirite também adiantou que usaria todos os seus atletas, para dar ritmo. No primeiro turno, Racing 2x3 River Plate.

Pode-se dizer, com inteira justiça, que foi o melhor jogo das últimas rodadas. Duas equipes partindo para cima, jogando com agressividade e criando jogadas sensacionais. Criticados, Acosta e Martin Simeone pareciam disputar a partida de suas vidas e, ao lado de Ruben Capria e Enrique, criavam jogadas perigosas de ataque, enquanto Quiroz, Pocchetino e Gamboa davam proteção à zaga. Do outro lado, Gallardo armava com precisão, Ortega e Buonanotte tinham o auxílio de Ferrari e Berizzo nas jogadas pelas pontas e Trezeguet finalizava com perigo. Foi um festival de bolas na trave e defesas excelentes dos goleiros.

Aos 4 minutos, o River inaugurou o marcador, quando uma jogada de pura inteligência encontrou as redes. Gallardo avançou pela direita e percebeu que Ortega atrapalhava propositalmente a visão do goleiro. Saja abriu o canto e achou que Gallardo fosse chutar lá, mas o camisa 11 chutou onde o goleiro estava anteriormente. Quando Saja percebeu, já era tarde: River 1x0.

No intervalo, os treinadores mantiveram suas promessas. Francescoli sacou Barrado e Trezeguet e pôs Coudet e Funes Mori. Madeirite tirou Diego Capria e Latorre e pôs Fariña e Hauche.

O jogo continuou de altíssimo nível, mas os quatro minutos finais foram eletrizantes. Aos 6 minutos, Enrique tocou para Martin Simeone, que tocou para Hauche. O camisa 13 perdeu a passada e recuou para Martin Simeone, que avançou pela esquerda e, da intermediária, chutou forte para, finalmente, vencer Carrizzo: Racing 1x1.

Aos 8 minutos, Coudet errou passe para Buonanotte e a bola saiu para lateral. Fariña tocou para Ruben Capria, que tabelou com Pelletieri, recebeu na frente e, de trivela, mandou um chute em curva para tirar do alcance de Carrizzo: Racing 2x1.

Aos 9, num erro de saída de bola de Coudet, Martin Simeone tocou para Ruben Capria, que fez passe em profundidade para Pelletieri. O camisa 7 invadiu a área e tocou na saída de Carrizzo para dar números finais ao confronto: Racing 3x1.

Destaque do jogo: Ruben Capria. Até os 8 minutos do segundo tempo, Carrizzo levava o prêmio, pois o River não perdia até então graças às defesas sensacionais do goleiro. Martin Simeone e Acosta foram grandes nomes, participando ativamente o jogo inteiro. Mas Ruben Capria se superou. Tendo com quem dialogar, o camisa 10 esteve no campo inteiro, armou jogadas, marcou um gol e ainda deu uma assistência para garantir a terceira vitória de sua equipe em 12 jogos.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 23 pontos
2° Boca Juniors - 21 pontos
3° Independiente - 20 pontos
4° Huracán - 18 pontos
5° Estudiantes - 13 pontos
6° Racing - 11 pontos
7° San Lorenzo - 7 pontos

ARTILHARIA

1° Martin Palermo (Boca Juniors) - 12 gols
2° Nestor Silvera (Independiente) - 11 gols
3° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 10 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • A última rodada da temporada regular se inicia neste final de semana. Se tudo der certo, os dois primeiros jogos serão no sábado e o último no domingo. Se não, dois jogos no domingo e o último jogo durante a semana.
  • Caso a temporada regular se encerre neste final de semana, o primeiro jogo das semifinais ocorrerá no meio da semana.
  • Após o encerramento da temporada regular, será publicada a tabela completa de classificação. Tabela completa de artilheiros, prêmios e resumo das equipes, só no final do campeonato.

domingo, 3 de novembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Décima Terceira Rodada - 03/11/2013

Domingo de céu limpo, sol forte e muito calor. Dia ideal para jogar futebol de botão. Como houve rodada no sábado, com as duas equipes que atuaram naquele dia atuando aqui também, a décima terceira rodada do Clausura só ocorreu à tarde, quando o calor já era menor. Vamos aos jogos!

INDEPENDIENTE 2x1 BOCA JUNIORS

O Independiente vinha com a obrigação de ganhar. Quarto colocado na competição, se for assim para os playoffs não conseguirá vantagem alguma. Bayer traçou para a equipe uma meta de cinco vitórias (as duas restantes pela temporada regular, as semifinais e a final) e, para isso, não poupou ninguém. Já o Boca, que jogava a última partida da temporada regular (folga na última rodada) tinha a vitória como meta, para ultrapassar o River e tentar se classificar em primeiro. Para isso, Paralelo cancelou as mudanças que faria (Acevedo no lugar de Serna, Viatri no lugar de Palermo, Palácio de volta ao ataque e Schelloto no meio, no lugar de Riquelme) e manteve a equipe que derrotou o San Lorenzo no sábado. Schelloto atuaria no ataque, para poder segurar Silvera, artilheiro do certame ao lado de Palermo. No primeiro turno, Boca Juniors 2x3 Independiente

O jogo foi sensacional no primeiro tempo, com inúmeras bolas na trave e defesas difíceis dos goleiros, mas não saiu do 0x0. No intervalo, Bayer tirou Fredes e Parra e pôs Acevedo e Gandin. Já Paralelo sacou Cagna e Riquelme (novamente nulo em campo) e colocou Battaglia e Palácio. Com isso, Schelloto iria para a armação.

E foi assim que o jogo ganhou cores. Logo aos 2 minutos, em boa jogada de contra ataque pela direita, Schelloto chutou e Hilário Navarro espalmou a corner. Na cobrança, Schelloto mandou na cabeça de Palermo, que cabeceou forte e finalmente venceu Navarro para fazer Boca 1x0.

O Independiente não se acanhou e continuou tentando o empate, mas foi graças a uma falha da defesa que conseguiu chegar lá, aos 5 minutos. Serna fez falta infantil em Silvera, próximo à entrada da área. Gracián cobrou com perfeição, no canto de Abbondanzieri. Quando o goleiro percebeu, já era tarde para pular: Independiente 1x1.

Aos 6 minutos, em nova falha, o Independiente chegou à virada. O Boca errou a saída e Gracián tocou rápido para Busse. O camisa 7 avançou e chutou prensado com Serna. Abbondanzieri preferiu fazer golpe de vista e a bola entrou mansa em seu gol, dando números finais ao confronto: Independiente 2x1.

Destaque do jogo: Hilário Navarro. Se o Independiente ganhou, pode creditar na conta do goleiro. Com grandes defesas, algumas de ponta de dedo, Navarro saiu consagrado como o melhor em campo.

SAN LORENZO 1x3 ESTUDIANTES

Se o primeiro jogo valia para a ordem dos classificados, o jogo de fundo não valia muita coisa, pois ambas as equipes já estavam classificadas. Mas com disputa pela artilharia, pois Romagnoli e Benítez estão marcando em muitos jogos. Nilson manteve Piatti no lugar de Erviti, mas lançou nova mudança neste jogo, sacando Raul 'Pipa' Estevez e colocando Bordagaray em campo, jogando assim com dois centroavantes. Já Cristaldo mantinha a equipe, pois dizia que tinha uma moral para manter em alta. No primeiro turno, Estudiantes 4x2 San Lorenzo.

O jogo foi uma pelada horrível, uma coisa de dar dó. Ninguém guardava posição ou estava preocupado em tabelar. Romagnoli atuou como volante, por opção própria, o que matou as opções de ataque do San Lorenzo. Isso foi até os 5 minutos, quando Marco Rojo lançou Verón na área e o camisa 11 foi derrubado por Migliore. Pênalti que o próprio Verón cobrou no alto, tirando do alcance de Migliore: Estudiantes 1x0.

O San Lorenzo empatou na saída de bola, aos 6. Romagnoli tocou para Buffarini, recebeu de volta e, da intermediária, chutou forte para vencer Andujar, bater no peito, apontar para o chão e fazer a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x1.

No intervalo, Nilson tirou os laterais Jonathan Ferrari e Brian Lucatti e pôs Tellechea e Erviti. Já Cristaldo tirou Angeleri e Boselli e colocou Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez.

A mudança que surtiu efeito foi a de Cristaldo, pois logo aos 2 minutos, Enzo Perez avançou pela esquerda e inverteu para a direita, onde Mathias Sanchez pegou de primeira, cruzado, e venceu Migliore para fazer seu primeiro gol com a camisa do Estudiantes: 2x1.

A partir daí, o que se viu foi o San Lorenzo sem organização e o Estudiantes com organização, ambos esperando o tempo passar. E o tempo foi passando até os acréscimos, quando o criticado Gastón Fernandez recebeu bola vadia, avançou pelo meio e chutou. A bola desviou em Amelli e matou Migliore: Estudiantes 3x1.

Destaque do jogo: Federico Fernandez. O zagueiro da camisa 4 foi um gigante em campo. Marcou firme, desarmou e ainda se arriscou no ataque, participando da jogada do segundo gol da equipe.

NOTAS RÁPIDAS:

  • Em sessão no TJB, foram julgados o árbitro Dula Rápio e o auxiliar, Promotor, por não comparecerem ao gramado antes dos atletas no jogo San Lorenzo 1x3 Estudiantes. Por unanimidade, os auditores decidiram condenar os dois a um jogo de suspensão. Assim, tanto Dula Rápio quanto o Promotor só podem participar do sorteio no último jogo da temporada regular.
  • A Federação decidiu o calendário para o restante da temporada. A décima terceira rodada se encerra no meio da semana (terça, 05/11), a décima quarta rodada se inicia no final de semana (provavelmente domingo, 10/11) e se encerra no meio da semana (terça, 12/11), as semifinais ocorrerão no final de semana (provavelmente domingo, 17/11) e  no meio da semana (terça, 19/11) e a finalíssima é no sábado (23/11) ou domingo (24/11). Se isso vai ocorrer ou não, é complicado saber.
  • Assim, dezembro fica com apenas uma data oficial, para a disputa da Supercopa FIFUBO. Além disso, ocorrerá o Bootecon, o fórum de futebol de botão da FIFUBO, com debates sobre os mais variados temas.

sábado, 2 de novembro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Décima Segunda Rodada - 02/11/2013

Sábado de sol e muito vento. E foi neste feriado de finados que houve o encerramento da décima segunda rodada do Clausura 2013, em jogo que devia ter sido disputado durante a semana. Vamos a ele!

BOCA JUNIORS 3x2 SAN LORENZO

Já classificado, o Boca tinha a obrigação de ganhar por dois motivos: para devolver a confiança à torcida, após derrota no Superclássico com dois jogadores a mais, e para seguir na tentativa de terminar o campeonato em primeiro. Mesmo assim, a classificação antecipada deu a Paralelo o poder de fazer experiências no time e, finalmente, ceder aos apelos da torcida e crítica e tirar Palácio para pôr Guillermo Barros Schelloto. Já Nilson não tinha muita ambição a não ser preparar o time para o ano que vem e fazer suas próprias experiências. Para isso, sacou Erviti e colocou Piatti. No primeiro turno, San Lorenzo 3x4 Boca Juniors.

E foi esta mudança que deu resultado logo aos 39 segundos. O Boca saiu mal, quando Cagna tentou driblar Romagnoli. O camisa 10 do San Lorenzo o desarmou e avançou, chutando bonito no travessão. No rebote, Piatti viu o gol aberto (Abbondanzieri tinha pulado no chute de Romagnoli) e completou de chapa para fazer seu primeiro gol com a camisa do San Lorenzo: 1x0.

O Boca não se acanhou e partiu para cima, mesmo com o clima de pelada que reinava no campo de jogo. A equipe xeneize mandou várias bolas na trave de Migliore até conseguir vazá-lo nos acréscimos. Ibarra cobrou lateral para Cagna, que descobriu Schelloto no bico da área. O camisa 13 deu um lindo drible em Ameli e chutou cruzado, para vencer Migliore e fazer Boca 1x1.

No intervalo, Paralelo trocou Serna e Palermo por Battaglia e Viatri, com Schiavi passando a ser o capitão. Já Nilson trocou Raul Estevez e Ameli por Bordagaray e Tellechea.

As mudanças no intervalo foram benéficas para o Boca, que continuou dominando, se aproveitando da péssima partida de Romagnoli. Aos 4 minutos, Schelloto recebeu de Basualdo dentro da área, virou de costas para o gol e ajeitou para Viatri. O camisa 7 veio correndo e chutou no ângulo de Migliore, para fazer Boca 2x1.

O gol desestruturou completamente o San Lorenzo e deu ao Boca tranquilidade para tocar a bola. Romagnoli era facilmente anulado por Escudero; o camisa 2 era aplaudido pela torcida a cada desarme. E foi num desses desarmes que o Boca encontrou seu terceiro gol, aos 6 minutos. Escudero tomou de Romagnoli e  chutou a bola nas canelas do camisa 10. A bola saiu para lateral e Escudero cobrou para Cagna no meio de campo. O camisa 8 avançou livre, sem marcação nenhuma, até chutar cruzado e forte. Migliore não alcançou e o Boca chegou a 3x1.

A partir daí, o Boca passou a tocas a bola e esperar o jogo passar. Nos acréscimos, Escudero tentou tocar para Schelloto, mas o passe caiu nos pés de Romagnoli. O camisa 10 ajeitou e chutou forte, sem chances para Abbondanzieri. Romagnoli bateu no peito, apontou para o chão e fez a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x3.

Apesar disso, o San Lorenzo não conseguiu empatar. Quando Romagnoli arriscou de longe e isolou, o juiz José Roberto Wright encerrou a partida.

Destaque do jogo: Guillermo Barros Schelloto. A torcida pedia o camisa 13 no lugar de Palácio, mas Paralelo preferia mantê-lo como opção para o segundo tempo, no ataque ou na armação. Desta vez, ao dar oportunidade a ele, não se arrependeu. Com um gol e uma assistência, além de  armar jogadas e mandar alguns chutes na trave, Schelloto foi o grande nome da partida.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 23 pontos
2° Boca Juniors - 21 pontos
3° Huracán - 18 pontos
4° Independiente - 17 pontos
5° Estudiantes - 10 pontos
6° Racing - 8 pontos
7° San Lorenzo - 7 pontos

ARTILHARIA

1° Martin Palermo (Boca Juniors) e Nestor Silvera (Independiente) - 11 gols
2° Daniel Cigogna (Huracán) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 9 gols
3° Leandro Benítez (Estudiantes) e Leandro Gracián (Independiente) - 8 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Neste domingo, será aberta a décima terceira rodada, com os jogos Independiente x Boca Juniors e San Lorenzo x Estudiantes. O ideal é que uma equipe não jogue em dois dias seguidos, mas diante da dificuldade de se fazer partidas durante a semana, Boca e San Lorenzo terão que voltar a campo em tão pouco tempo.
  • Em partida amistosa disputada após Boca x San Lorenzo, Velez Sarsfield e Americano de Campos empataram em 2x2. Os gols do Velez foram de Romero e Claudio Hussain, enquanto Pelica e Ronaldo marcaram para o Americano. A partida foi encerrada aos 5 minutos do segundo tempo, por conta dos fortes ventos.

domingo, 27 de outubro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Décima Segunda Rodada - 27/10/2013

Domingo de tempo estranho. Ora fazia sol forte, ora ficava nublado, às vezes uma chuva fraca caía. Mas nada impediu os torcedores de irem ao Itaquá Dome para assistirem à abertura da décima segunda rodada do Clausura 2013, pois os dois jogos do dia poderiam embolar o campeonato, classificar mais um time, dois ou todos os quatro para as semifinais. Vamos aos jogos!

RACING 2x0 HURACÁN

O Racing, já desclassificado, era uma incógnita. Ninguém sabia ao certo o que a equipe de Avellaneda poderia aprontar no jogo, já que podia muito bem entrar sem pressão e fazer um bom jogo, ou entrar sem nenhuma responsabilidade e deixar o jogo rolar. A única certeza é que Madeirite iria fazer todas as substituições a que teria direito, para dar chances a todos os jogadores. Já o Huracán precisava empatar ou vencer para garantir a vaga nas semifinais com antecipação. Vindo de uma virada épica contra o Estudiantes (6x5) e com Cigogna voltando a marcar, a equipe de Buenos Aires tinha uma empolgação extra para o jogo. No primeiro turno, Huracán 2x5 Racing.

O Racing marcou logo aos 20 segundos. Na saída de bola, Ruben Capria esticou para Pelletieri. Walter Ferreiro correu para interceptar, pisou na bola e caiu. A bola sobrou limpa para Pelletieri, do bico da área, chutar forte e cruzado para vencer Islas e fazer Racing 1x0.

O gol desestruturou o Huracán e empolgou o Racing, que foi para cima com belos toques e boas jogadas. Aos 2 minutos, Ruben Capria recebeu e se preparou para invadir a área. No desespero de bloquear o lance, Daniel Islas empurrou Pelletieri e o juiz Dula Rápio marcou pênalti. Ruben Capria cobrou no canto direito, mas Islas voou e conseguiu fazer a defesa. Era o que o Huracán precisava para entrar no jogo. Porém, uma marcação forte do Racing impedia os avanços do time de Buenos Aires e o primeiro tempo terminou mesmo 1x0 para o time de Avellaneda.

No intervalo, Madeirite cumpriu o prometido. Tirou Diego Capria e Diego Latorre (duas figuras nulas) e colocou Fariña e Hauche. Já Sr Rabina trocou Villarruel e Mauro Milano por Erramuspe e Diego Barrales.

O jogo continuou da mesma forma. O Huracán, desinteressado, não conseguia furar a bela marcação do Racing, que buscava tocar a bola na espera de um contra ataque mortal. E este só veio aos 6 minutos, em jogada magistral da equipe de Avellaneda. Pocchetino recuperou bola na defesa e tocou para Martin Simeone, que conseguiu um domínio difícil e tabelou com o camisa 6. Com um lançamento magistral, ele conseguiu inverter o jogo e encontrar Acosta livre na direita. O camisa 9 só ajeitou e chutou forte, na saída de Islas, para dar números finais ao confronto: Racing 2x0.

Destaque do jogo: Martin Simeone. O camisa 8 jogou sua melhor partida até aqui. Marcando com aplicação e desafogando a equipe na saída de bola, foi o gigante que se esperou o campeonato inteiro. O lançamento para o segundo gol foi de uma maestria ímpar.

ESTUDIANTES 1x5 RIVER PLATE

Para o jogo de fundo, o Huracán jogou a batata quente nas mãos do Estudiantes, pois um empate tirava a equipe de La Plata do campeonato. O Estudiantes, empolgado pelas boas partidas (mesmo com derrota em algumas), jogava nesta partida a sua sorte no campeonato. Cristaldo resistia à pressão da torcida, que pedia Hernan Rodrigo Lopez no lugar de Boselli, que não fez um gol no campeonato. Mas o artilheiro uruguaio permanecia no banco. Já o River, único classificado e empolgado com a vitória no Superclássico (3x2), tinha problemas para a partida de hoje. Com Gallardo e Almeyda suspensos no lugar de Carrizzo, era óbvio que Coudet e Funes Mori entrariam, pois eram os únicos reservas da equipe. O problema era a alteração tática. Ortega passava a atuar na armação e Funes Mori (centroavante de origem) jogava na ponta direita. Com Coudet, Barrado atuaria mais recuado. Ferrari era o capitão da equipe, na ausência de Almeyda. No primeiro turno, River Plate 5x1 Estudiantes.

Em nenhum momento do jogo, o Estudiantes tomou a dianteira. Tocando a bola com inteligência (para não cansar os jogadores) e marcando forte, o River deixava para a equipe de La Plata a missão de abrir buracos para tentar armar jogadas de ataque. Assim, a equipe de Nuñez tinha os contra ataques à sua disposição e foi assim que conseguiram o primeiro gol logo aos dois minutos. Paz recuperou bola na área e saiu pela esquerda com Berizzo. O camisa 6 tocou no corredor para Buonanotte, que avançou pela esquerda e chutou forte, da entrada da área. A bola ainda tocou no travessão antes de quicar para dentro: River 1x0.

O Estudiantes tinha dificuldades e contava com Veron para armar a equipe, pois Leandro Benítez era figura nula em campo. Mesmo assim, aos 5 minutos, eles conseguiram o empate, em jogada parecida com a do gol do River. Federico Fernandez recuperou bola na área e saiu pela esquerda com Marco Rojo. O camisa 6 tocou no corredor para Enzo Perez, que avançou e chutou da intermediária. Carrizzo espalmou com dificuldades para o meio da área e a bola, pererecando, sobrou para Veron. O capitão do time mergulhou de peixinho e tocou de cabeça para o fundo das redes. Os jogadores do River reclamaram impedimento, mas José Maria Paz dava condições a Veron: 1x1.

No minuto seguinte o River conseguiu voltar a ficar na frente. Diego Armando Barrado saiu com a bola dominada da sua intermediária, tabelou primeiro com Berizzo, depois com Trezeguet, e da entrada da área chutou com força para vencer Andujar, aos 6 minutos: River 2x1.

No intervalo, somente o Estudiantes fez alterações (o River não tinha reservas à disposição). Cristaldo trocou Leandro Benítez e Mauro Boselli por Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Com isso, Veron passava a ter liberdade total na armação. Cristaldo sabia que o campeonato seria jogado em apenas 10 minutos...

Mas a mudança não surtiu efeito. O River continuou dominando. Marcando forte e saindo em contra ataques, encontrou o terceiro gol logo a um minuto, quando Ferrari recuperou bola esticada na direita, tocou para Coudet e o camisa 8 descobriu Trezeguet livre no meio. O camisa 7 francês ganhou no pé de ferro contra Mathias Sanchez e, com chute forte, venceu Andujar, fazendo River 3x1.

Este gol derrubou a equipe de La Plata de vez, pois dava a impressão de que nada que fizessem seria bom o suficiente para derrubar o gigante River Plate. E, realmente, nada poderia derrubar a forte marcação e o contra ataque mortal, como ficou provado aos 4 minutos. Angeleri, assustado com a presença de Buonanotte em seu encalço, jogou a bola para lateral na intermediária. Berizzo tocou, Buonanotte deixou para Ortega e o camisa 10 chutou cruzado para vencer Andujar, fazendo River 4x1.

Este gol, além de sepultar qualquer chance de classificação do Estudiantes, ainda trouxe de volta o fantasma da goleada sofrida no primeiro turno. Piedoso quanto a isso, o time do River passou a tocar a bola com muita lentidão, para fazer o jogo passar e o Estudiantes não sofrer mais. Mas Angeleri estava assustado e, vendo Trezeguet em seu encalço, jogou a bola para fora novamente, desta vez a corner, aos 6 minutos. Berizzo tocou para Trezeguet curtinho e o camisa 7, vendo o goleiro adiantado, chutou por cobertura, fazendo um golaço sem ângulo, praticamente um gol olímpico: River 5x1.

Destaque do jogo: Diego Armando Barrado. Apesar dos dois gols de centroavante marcados por Trezeguet, o destaque do jogo foi o volante Barrado. Peça fundamental na marcação forte e principal armador da equipe, o camisa 19 foi o responsável por dar velocidade aos contra ataques da equipe. E ainda marcou um belo gol.

NOTAS RÁPIDAS

  • Com a vitória do River em cima do Estudiantes, a equipe de La Plata não pode mais se classificar para as semifinais, pois só pode chegar aos 16 pontos, enquanto o Independiente (o quarto colocado) já tem 17 pontos.
  • Com isso, River, Boca, Huracán e Independiente garantem vaga nas semifinais, restando agora decidirem a posição de cada um na tabela final.
  • O milestone da rodada vai para David Trezeguet. Com o primeiro gol marcado contra o Estudiantes, o atacante francês chega a 10 na carreira.
  • A péssima campanha do Racing no campeonato tem um dado curioso. Suas duas únicas vitórias no certame foram em cima do Huracán, terceiro colocado e já classificado para as semifinais.
  • A rodada se encerra no meio da semana, com Boca Juniors x San Lorenzo e um amistoso do Velez, com adversário ainda a ser definido, como jogo bônus.

sábado, 19 de outubro de 2013

Torneio Clausura 2013 - Décima Primeira Rodada - 19/10/2013

Sábado de céu azul e temperatura em elevação, o dia ideal para um Superclássico! Ideal também para o fechamento da décima primeira rodada do campeonato, com dois jogos dos mais emocionantes do ano. Vamos a eles!

RIVER PLATE 3x2 BOCA JUNIORS

O Superclássico vem capturando a atenção das torcidas a semana inteira. O River, desta vez em baixa após dois empates e a perda da liderança, vinha com equipe completa após Berizzo cumprir suspensão contra o Independiente, no lugar de Carrizzo (que não pode ser expulso por ser goleiro). O Boca, com a confiança em alta após recuperar a liderança em grande estilo, também tinha equipe completa. Em entrevista durante a semana, Abbondanzieri dizia que nem a baixa produtividade de alguns jogadores (principalmente Riquelme) era capaz de atrapalhar a empolgação da equipe, pois ele sabia que o camisa 10 e os outros cresceriam neste clássico. No primeiro turno, Boca Juniors 4x3 River Plate.

E foi um jogão de bola! As duas equipes tocando com classe, utilizando todo o tempo para tramar jogadas, com boa participação de todos os atletas e um bom revezamento na liderança da partida. O primeiro gol, no entanto, só saiu aos 5 minutos, quando Basualdo avançou pela esquerda e deu belo passe em profundidade para Palermo dentro da área. O camisa 9 chutou, Carrizzo defendeu e, no rebote, o próprio Palermo empurrou para o gol vazio, incendiando o Itaquá Dome: Boca 1x0.

O River não se intimidou e continuou buscando o empate, tramando boas jogadas e sendo premiado aos 9 minutos, quando Placente saiu da defesa em velocidade e deu bom passe no meio da zaga para Gallardo, que se aproveitava do buraco deixado pelo volante Serna. Gallardo avançou até a entrada da área e chutou rasteiro, sem chances para Abbondanzieri para empatar: River 1x1.

No intervalo, Francescoli fez apenas uma mudança, ao tirar Buonanotte e colocar Funes Mori. Já Paralelo tirou Serna (imperdoável pelo buraco deixado no gol de empate) e Palacio (novamente apagado) e pôs Battaglia e Viatri em seus lugares. Palermo passou a ser o capitão do Boca e a postura dos dois treinadores, de tirar atacante de movimentação para pôr centroavante, indicava um jogo mais ofensivo no segundo tempo.

Mas uma coisa que aconteceu com 42 segundos mudou a história do Superclássico. Carrizzo tocou na bola fora da área e foi expulso. Gallardo foi o sorteado para sair em seu lugar e, com isso, Francescoli foi obrigado a mudar toda a logística da equipe. Ortega deixou a ponta direita e passou a armar o jogo, Funes Mori deixou a ponta esquerda e passou a dividir o centro de ataque com Trezeguet, sendo que o francês foi para a esquerda e o argentino atuou na direita.

Essa mudança demorou a surtir efeito para o River e o Boca se aproveitou disso para pressionar, criando as melhores situações, em uma verdadeira blitz. De tanto tentarem, conseguiram a virada aos 2 minutos, quando Arruabarrena cobrou lateral para Basualdo, que invadiu a área e foi derrubado por Carrizzo. Pênalti que Palermo cobrou deslocando Carrizzo e acabando de vez com a má fama em cobranças penais: Boca 2x1.

Com um a menos e em desvantagem no placar, o River tinha que se expor e tentar o empate. E ele veio aos 4 minutos, quando Cagna fez falta em Barrado no meio de campo. José Maria Paz cobrou rápido para Trezeguet, que inverteu para a direita e fim de encontrar Funes Mori. O camisa 9 invadiu a área e se aproveitou de falha de Abbondanzieri, que abriu o corredor para ele chutar. A bola entrou mansa e o River empatou: 2x2.

O River cresceu com o gol e passou a acreditar na vitória, mas seu goleiro fez nova lambança aos 7 minutos. Carrizzo, novamente, tocou na bola fora da área e foi expulso pela segunda vez no jogo. Sorteado em seu lugar, Almeyda saiu (Ferrari passou a ser o capitão) e o River ficou completamente perdido, pois nessa brincadeira perdeu dois dos três meio campistas que tinha no jogo.  Francescoli não mudou, apenas plantou Barrado e liberou Ortega de vez. O River passou a marcar pressão, para afastar o Boca da área e segurar o empate.

Mas se os deuses do futebol jogaram para o Boca no primeiro turno, desta vez jogaram a favor do River. Aos 9 minutos, Schiavi fez falta em Funes Mori no bico da área. Sem os dois cobradores oficiais, demorou-se a definir quem cobraria a falta, até que Ortega se apresentou, ajeitou e chutou por cima da barreira, no ângulo de Abbondanzieri: River Plate 3x2.

Destaque do jogo: Martin Palermo. Independente da derrota, o centroavante foi a grande figura do clássico. Dois gols, movimentação intensa e uma ameaça constante ao gol do River. Pena que estava do lado derrotado...

HURACAN 6x5 ESTUDIANTES

A situação do jogo era a seguinte: vitória ou empate do Huracán eliminava o San Lorenzo, mas mantinha uma chance mínima do Estudiantes. Vitória do Estudiantes embolava a disputa por completo, pois diminuiria a distância para o quarto colocado (o próprio Huracán) para apenas 2 pontos, com 9 ainda em disputa.

O Huracán, além disso, tinha um desfalque seriíssimo. Barrientos não atuaria, expulso no lugar de Daniel Islas no último jogo. Em seu lugar entrava Erramuspe. Já o Estudiantes, vindo de duas vitórias no returno, tinha a empolgação pela arrancada e o time completo. Cristaldo pediu aos dois atacantes, Gastón Fernandez e Mauro Boselli, que se movimentassem pelo ataque todo, para confundir Erramuspe.

E o jogo foi todo do Estudiantes, que avançou feito rolo compressor, com boa participação de Verón, Benítez e Perez na articulação de jogadas. Logo a um minuto, Verón deu belo passe para Leandro Benítez, que avançou pela esquerda e chutou cruzado, no ângulo de Islas, para fazer Estudiantes 1x0.

O gol foi ótimo para o Estudiantes mostrar sua recuperação no segundo turno e o segundo não demorou a sair, em nova trama do trio de armadores. Verón tocou para Benítez na esquerda, que chamou toda a marcação e inverteu na direita para Enzo Perez. O camisa 7 recebeu na diagonal e chutou cruzado para vencer Islas e fazer Estudiantes 2x0 aos 3 minutos.

Aos 4, no erro de saída do Huracán, o Estudiantes partiu em velocidade com Verón tocando para Benítez na esquerda. O camisa 8 avançou e chutou. Islas deu rebote e a bola sobrou nos pés de Verón, que empurrou para o gol vazio: Estudiantes 3x0.

Com este resultado em tão pouco tempo, a goleada já estava desenhada. Embora Cigogna se movimentasse, o Huracán não tinha como fazê-lo chegar à área para concluir e isso prejudicava o andamento da equipe de Buenos Aires. Só um momento espírita poderia fazer o jogo mudar. E ele aconteceu aos 7 minutos. Verón arrancou pelo meio e chutou forte, rasteiro. Islas defendeu com o pé esquerdo e a bola foi indo, indo, indo sem oposição, até entrar mansamente no gol de Andujar. Foi o segundo gol de Daniel Islas com a camisa do Huracán.

Para o Estudiantes e seu bom jogo, não foi mais que um gol de honra, tanto que a equipe continuou jogando seu belo futebol, mas os deuses do futebol não estavam muito contentes com a estada em La Plata e resolveram mudar de lado. Aos 9 minutos, Cigogna voltou ao meio de campo para buscar jogo e tabelou com Centurión e Minici. Vendo que não poderia avançar muito, o mito recebeu passe de Minici à sua feição e mandou um escopetazo de longe, acertando o ângulo de Andujar: Huracán 2x3.

No intervalo, ambos mudaram suas peças nulas de ataque. Sr Rabina tirou Milano e pôs Barrales; Cristaldo tirou Boselli (que ainda não marcou com a camisa do Estudiantes) e pôs Hernan Rodrigo Lopez.

Não foram as mudanças que deram uma virada no jogo, mas o que os treinadores falaram. Com uma nova postura, o Huracán anulou o Estudiantes e virou de forma espetacular. Logo aos 13 segundos, na saída de bola, Ruben Masantonio tocou para Centurión, que avançou pela direita. Com a bola caindo mais do lado direito, só restava ao camisa 8 o chute de trivela e Andujar se preparou para isso. Mas Centurión virou o corpo e chutou de chapa, deslocando Andujar e vendo a bola tocar na trave antes de entrar: Huracán 3x3.

O gol desconcertou totalmente o Estudiantes e o Huracán partiu para cima em busca da vitória. Aos 2 minutos, em linda jogada que começou com tiro de meta de Islas para Erramuspe, passe no meio para Ruben Masantonio, que passou no meio de dois jogadores no meio de campo e deu linda bola para Cigogna nas costas da zaga, o camisa 9 invadiu a área e tirou do alcance de Andujar para virar o jogo para o Huracán: 4x3.

A partir daí, um show da equipe de Buenos Aires. Aos 3 minutos, em erro de saída do Estudiantes, foi a vez de Minici receber de Walter Ferreiro à sua feição: de longe pela esquerda. O chute saiu forte e cruzado e venceu Andujar, com Minici comemorando o quinto gol de sua equipe: Huracán 5x3.

Entregue, o Estudiantes errava bolas fáceis e via o seu lindo toque de bola dos primeiros 5 minutos de jogo passar para o lado do Huracán. Aos 5, em nova jogada maravilhosa de Walter Ferreiro para Minici na esquerda; de Minici para Centurión no meio; de Centurión para Barrales na entrada da área; de Barrales para Masantonio e de Masantonio de volta para Barrales, só restava ao camisa 11 o chute sem goleiro para fazer Huracán 6x3.

Parecia um castigo muito grande para o belo futebol do Estudiantes no segundo turno, então as coisas teriam que ficar mais equilibradas, para não ficar tão feio. Aos 7 minutos, Leandro Benítez recebeu de Hernan Rodrigo Lopez pela esquerda, avançou em velocidade e chutou cruzado para fazer Estudiantes 4x6.

Aos 9 minutos, em jogada idêntica, quem tocou foi Benítez e quem avançou foi Hernan Rodrigo Lopez, para chutar cruzado e vencer Islas: Estudiantes 5x6.

A partir daí, o time de La Plata cresceu e a equipe de Buenos Aires se desesperou, mas foi no momento em que brilhou a estrela de Daniel Islas, com duas defesas de ponta de dedo para garantir a vitória nos acréscimos.

Destaque do jogo: Daniel Cigogna. Se o jogo terminasse aos 5 minutos do primeiro tempo, o prêmio iria para Verón. Poderia também ser dado a Islas, autor de milagres em campo e de um gol de goleiro. Mas o mito merece o prêmio pelos dois golaços que fez e pela movimentação constante, o que resultou na inflamação de sua equipe em busca de uma virada.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 20 pontos
2° Boca Juniors - 18 pontos, 32 gols pró
3° Huracán - 18 pontos, 24 gols pró
4° Independiente - 17 pontos
5° Estudiantes - 10 pontos
6° San Lorenzo - 9 pontos
7° Racing - 5 pontos

ARTILHARIA

1° Martin Palermo (Boca Juniors) e Nestor Silvera (Independiente) - 11 gols
2° Daniel Cigogna (Huracán) - 9 gols
3° Leandro Benítez (Estudiantes), Leandro Gracián (Independiente) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 8 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • A vitória no Superclássico deu ao River Plate a classificação antecipada para as semifinais. A equipe de Nuñez chegou aos 20 pontos e o Estudiantes, o primeiro fora da lista de classificação, só pode chegar a 19.
  • Por outro lado, a vitória do Huracán eliminou o San Lorenzo. A equipe de Almagro, agora, só pode chegar a 16 pontos e o Independiente (o primeiro na lista de classificação) já tem 17.
  • O Estudiantes tem jogo crucial contra o River Plate no próximo fim de semana, pois sua situação é complicadíssima. A equipe de La Plata só pode chegar a 19 pontos. Nos dois jogos que lhes restam, Boca e Huracán não podem fazer mais que um ponto e o Independiente (que folga na rodada) não pode fazer mais que dois. Mesmo assim, uma derrota ou empate do Estudiantes põe um ponto final na sua arrancada rumo à classificação.