sábado, 28 de julho de 2018

Copa do Mundo de Futibou de Butaum - Relatório Final - 28/07/2018

Há pouco mais de um ano, a FIFUBO fazia a transição da "Era Profissional" para a "Era Moderna", onde desistia de vez de investir em botões argolados e passava a fazer times de botões fechados. O futebol de botão (de mesa ou futibou de butaum) é um passatempo muito divertido, mas as pessoas que o fabricam, distribuem e promovem são muito difíceis de se lidar. Com isso, ficou muito difícil conseguir times argolados de qualidade e a um preço acessível. Por esse motivo, a opção por fazer botões somente com o www.jogodebotao.com, que é de altíssima qualidade, um preço justo, mas também não faz argolados. Tudo bem, qual a diferença de um time argolado para um fechado, além do furo no meio? Nenhuma! Então foi daí que o Imperatriz renovou seu time, contratando a seleção brasileira de 2002, que acabou sendo o embrião do Projeto Copa do Mundo e desembocou no torneio que teve sua primeira versão em 2018 e terá uma nova edição a cada ano (sendo chamada de Mundial de Futibou de Butaum nos anos que não tiver Copa e Copa do Mundo de Futibou de Butaum nos anos de Copa). Esta postagem é para apresentar os números, curiosidades e um relatório de cada equipe.

O torneio começou no dia 16/06/2018 e se encerrou em 22/07/2018. Com oito equipes divididas em dois grupos de quatro equipes e as duas melhores se classificando para as semifinais, a Copa do Mundo teve, no Grupo A, Holanda, Japão, Alemanha e França e no grupo B, Camarões, Brasil, Inglaterra e Argentina. Foram 16 jogos e 72 gols marcados, uma média de 4,5 gols por jogo. Nos 16 jogos, 9 jogos terminaram com um vencedor e 7 terminaram em empate. Só na primeira fase, com 12 jogos, foram apenas 5 com um vencedor e 7 em igualdade. Nas semifinais e decisões, onde o empate levaria diretamente para os pênaltis, não houve igualdade; o vencedor foi definido no tempo regulamentar. Os 72 gols foram divididos por 38 jogadores diferentes; nas 16 partidas, 12 jogadores diferentes foram eleitos como melhor em campo e, nas mesmas 16 partidas, somente 3 levaram cartão amarelo e nenhum foi expulso.

O ataque mais positivo foi o do Japão, com 19 gols marcados, uma média de quase 4 gols por jogo. Do outro lado, Holanda e Camarões tiveram o ataque menos efetivo da competição, com apenas 4 gols marcados. A defesa menos vazada foi a da Argentina, que foi vazada apenas 5 vezes. Do outro lado, a Alemanha conseguiu a proeza de ser a defesa menos vazada e, ainda assim, chegar em quarto lugar. Os alemães sofreram 16 gols.

ANÁLISE DAS EQUIPES

Holanda - Tida como grande favorita ao título, a equipe dos Países Baixos decepcionou. Cabeça de chave do Grupo A, a Holanda estreou empatando com a França (2x2), perdeu para a Alemanha (0x3) e empatou com o Japão (2x2), sendo eliminada em último lugar em seu grupo. Com 2 pontos conquistados, 4 gols marcados e 7 sofridos, aquele futebol envolvente, de tabelas rápidas e inversões jamais foi visto. Difícil dizer um destaque, pois todos os jogadores fracassaram. Mas Dennis Bergkamp foi eleito o melhor contra o Japão, mostrando que se tivesse nas outras rodadas a mesma raça que demonstrou naquela partida, talvez sua equipe tivesse ido mais longe na competição.

Japão - O grande campeão da Copa do Mundo de Futibou de Butaum foi a maior sensação da temporada. Em um grupo com Alemanha, França e Holanda, a única certeza era que os japoneses não avançariam à fase final. Mas uma vitória atrás da outra, com um futebol organizado, mostrou que os japoneses não estavam para brincadeiras. O início foi incrível, batendo a Alemanha (3x1), dominando completamente os rivais. Veio a segunda rodada e a goleada sobre a França (7x3) rendeu não só elogios do mundo do futibou de butaum, mas também a classificação à fase final, o que permitiu poupar jogadores na última rodada, quando empatou com a Holanda (2x2) e terminou em primeiro no grupo A. Nas semifinais, vitória convincente sobre a Inglaterra (3x0) mostrava que o Japão vinha forte para o título, que se confirmou com a emocionante vitória sobre o Brasil (4x2). O Projeto Supercampeões, que começou lá atrás, em sucessivas peneiras para escolher os melhores jogadores, ganhou um toque de futebol arte com Bebeto. As partidas amistosas, empatando e perdendo para as seleções, serviu como aprendizado para os japoneses. Sempre aplicados, colocaram as lições em prática, corrigiram erros e deram um show na Copa do Mundo. O destaque da equipe foi Kojiro Hyuga. Apesar de Jun Misugi ter sido eleito o MVP da competição, foram os gols de Hyuga que levaram o Japão ao título. Com 8 gols em 5 jogos, o camisa 9 japonês alcança seu intento de ser um artilheiro mundialmente reconhecido. Mas é injusto dizer que só ele se destacou. Hoje, o mundo conhece Wakabayashi, Tsubasa, Misugi e tantos outros.

Alemanha - De grão em grão, o futebol de resultados alemão deu as caras neste mundial. Após estrear com uma surpreendente derrota para o Japão (1x3), os alemães venceram a Holanda com autoridade (3x0) e souberam jogar com o regulamento debaixo do braço contra a França (3x3) para garantirem a segunda vaga no grupo A. Na fase final, o desinteresse imperou e a equipe não marcou um gol sequer, perdendo nas semifinais para o Brasil (0x4) e na disputa do terceiro lugar para a Inglaterra (0x3), acabando o torneio na quarta posição. A Alemanha tem uma geração talentosa, de jogadores versáteis, mas precisa se interessar mais pelas competições para ir longe. O destaque da equipe foi Thomas Muller, que se alternou entre o meio de campo e o ataque e marcou 3 gols na competição, liderando a equipe alemã.

França - Outra grande decepção. Com o título da Jarra Tropon e o vice campeonato na Copa Stanley Rous, os franceses entraram com favoritismo para o torneio também por conta do bom futebol apresentado. Coube a Thierry Henry colocar os franceses na história da FIFUBO mais uma vez, ao marcar o primeiro gol da Copa do Mundo. Mas, com o empate com a Holanda (2x2), a derrota pro Japão (3x7) e o empate com a Alemanha (3x3), a França terminou em terceiro no seu grupo e foi eliminada ainda na primeira fase. O futebol dos franceses encantou, mas as falhas defensivas foram cruciais para a equipe não avançar à próxima fase. O gol sofrido para a Alemanha no último lance do jogo, após Pires tentar sair driblando próximo à sua área, mostra como os franceses pareciam desligados do jogo nos momentos decisivos. O destaque da equipe foi Youri Djorkaeff, que saiu do banco para mostrar todo o seu talento e provar que merece ser titular nesta equipe.

Camarões - Última equipe a chegar para a Copa do Mundo, o time africano só teve uma partida amistosa antes de estrear no torneio e foi se conhecendo durante a competição. Talvez isso explique a sua eliminação em último lugar no grupo B, após terminar com apenas um ponto a fase de classificação. Na estreia, contou mais com a soberba argentina para conseguir o empate (2x2). Depois, duas derrotas por 1x4 para Inglaterra e Brasil selaram o destino dos camaroneses. A equipe é alegre e joga um futebol divertido, mas irresponsável. E isso custa pontos para a equipe avançar nas competições que disputa. O destaque da equipe Louis Mfede, o maestro do time. O camisa 10 tem uma categoria impressionante e um senso de organização ímpar. Precisa de jogadores de qualidade ao seu lado, para poder mostrar toda a força do futebol africano.

Brasil - Sob desconfiança, os brasileiros vieram para esta Copa do Mundo precisando mostrar que o talento de seus jogadores pode levá-los ao título mundial. Parece que quando a competição começou, os brasileiros entraram num modo Copa do Mundo e começaram a encantar com seus dribles, jogadas geniais e toda a magia do futebol brasileiro. Mas a defesa falhava e fazia questão de manter a sombra da desconfiança sobre a camisa amarela. A estreia produziu o melhor jogo do ano até aqui, no empate contra a Inglaterra (3x3), mas o que ficou foi a forma como a defesa se posicionou ao entregar o empate depois do Brasil abrir 3x0. Na segunda rodada, novo empate. Desta vez, a igualdade com a Argentina (2x2) trouxe um sabor de vitória, pois os brasileiros perdiam e conseguiram empatar no último instante. Na última rodada, uma vitória sobre Camarões (4x1) com toda a demonstração de força que os brasileiros sabem dar e a classificação em primeiro no grupo B. Nas semifinais, mais demonstração de força e a melhor atuação da equipe na vitória sobre a Alemanha (4x0), inflamando os torcedores para a grande final. Mas, na disputa do título, o Brasil foi envolvido pelo ótimo futebol japonês e a derrota por 2x4 trouxe mais um vice campeonato à equipe, que já havia perdido a final da Jarra Tropon. O Brasil precisa encontrar o equilíbrio defensivo e fazer funcionar alguns setores. Quando isso acontecer, os títulos virão. O destaque da equipe foi Rivaldo, com sua habilidade fora do comum. O camisa 10 organizou a equipe, incentivou os companheiros e terminou a competição como vice artilheiro e um dos melhores.

Inglaterra - Outra favoritíssima ao título, a equipe da Terra da Rainha terminou como uma semi-decepção. Para quem vê o copo meio vazio, decepção; para quem vê o copo meio cheio, a medalha de bronze foi um excelente prêmio de consolação. Os ingleses começaram a competição mostrando um poder de recuperação enorme ao empatarem com o Brasil (3x3) após estarem perdendo por 0x3. Na segunda rodada, bateram Camarões (4x1) mostrando toda a sua superioridade. Na última e decisiva rodada, o drama foi até o último minuto e o empate com a Argentina (1x1) levou a equipe às semifinais em segundo no grupo B. Mas, na fase decisiva, perderam para o Japão (0x3), mesmo equilibrando o jogo na maior parte do tempo. A força do futebol inglês apareceu na disputa do terceiro lugar, com vitória de 3x0 sobre a Alemanha. Com um esquema único, de formação em linhas, o time inglês deixa muitos espaços entre as linhas e é ali que o equilíbrio precisa ser encontrado. Quando os jogadores conseguem compactar as linhas, ninguém bate os ingleses. O destaque da equipe foi David Beckham. Atuando bem em quase todas as partidas, o camisa 7 apareceu bem para as tabelas tanto no meio de campo quanto no ataque e terminou a competição com 3 gols.

Argentina - Um início promissor, dois jogos de dominação, três decepções e uma eliminação precoce. Assim foi a caminhada argentina na Copa do Mundo. Com um time em ascensão e um Lionel Messi pronto para ser protagonista, os argentinos entregavam o ouro e empatavam. Jogaram 3 partidas, dominaram Camarões e Brasil, cederam o empate nesses jogos (ambos terminando em 2x2) e fizeram um jogo de muita emoção contra a Inglaterra, mas o empate (1x1) decretou a eliminação precoce em terceiro lugar no grupo B. Algumas peças da equipe sentiram o peso de jogar uma Copa do Mundo e simplesmente sumiram, casos de Conca, Scocco e Alario. O destaque da equipe foi Lionel Messi, que jogou praticamente sozinho, anotou dois gols e foi eleito um dos melhores da competição.

CLASSIFICAÇÃO FINAL

1° Japão - 5 jogos, 4 vitórias, 1 empate, 0 derrota, 19 gols pró, 8 gols contra
2° Brasil - 5 jogos, 2 vitórias, 2 empates, 1 derrota, 15 gols pró, 10 gols contra
3° Inglaterra - 5 jogos, 2 vitórias, 2 empates, 1 derrota, 11 gols pró, 8 gols contra
4° Alemanha - 5 jogos, 1 vitória, 1 empate, 4 derrotas, 7 gols pró, 16 gols contra
5° Argentina - 3 jogos, 0 vitória, 3 empates, 0 derrota, 5 gols pró, 5 gols contra
6° França - 3 jogos, 0 vitória, 2 empates, 1 derrota, 8 gols pró, 12 gols contra
7° Holanda - 3 jogos, 0 vitória, 2 empates, 1 derrota, 4 gols pró, 7 gols contra
8° Camarões - 3 jogos, 0 vitória, 1 empate, 2 derrota, 4 gols pró, 10 gols contra

ARTILHARIA

1° Kojiro Hyuga (Japão) - 8 gols
2° Denilson (Brasil) e Rivaldo (Brasil) - 4 gols
4° Thomas Muller (Alemanha), Ronaldo (Brasil), Youri Djorkaeff (França), David Beckham (Inglaterra), Michael Owen (Inglaterra), Jun Misugi (Japão) e Oliver Tsubasa (Japão) - 3 gols
11° Angel Di Maria (Argentina), Lionel Messi (Argentina), Ronaldinho (Brasil), Louis Mfede (Camarões), Zinedine Zidane (França), Peter Crouch (Inglaterra), Takeshi Sawada (Japão) e Taro Misaki (Japão) - 2 gols
19° Miroslav Klose (Alemanha), Marco Reus (Alemanha), Mario Goetze (Alemanha), Toni Kroos (Alemanha), Ignácio Scocco (Argentina), Juninho (Brasil), Kleberson (Brasil), Émile Mbouh (Camarões), Roger Milla (Camarões), Stephane Guivarch (França), Thierry Henry (França), David Trezeguet (França), Patrick Kluivert (Holanda), Arthur Numan (Holanda), Giovanni Van Bronckhorst (Holanda), Boudewijn Zenden (Holanda), Jamie Carragher (Inglaterra), Joe Cole (Inglaterra), Frank Lampard (Inglaterra) e Ryo Ishizaki (Japão) - 1 gol

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A sensação de ter realizado um sonho foi incrível. Parecia impossível conseguir juntar todas as equipes e fazer uma Copa do Mundo, mas as peças se encaixaram e o torneio rolou com toda a magia que uma Copa do Mundo ainda traz para mim. Para a próxima, ao menos mais uma equipe deve chegar e o formato deve ser modificado. Mas o certo é que, em 2019, teremos a segunda edição deste torneio.

Outras coisas importantes aconteceram durante o evento. A recuperação do histórico da FIFUBO desde o início da Era Amadora até os dias de hoje mostraram que Zenden é o primeiro jogador de seleções a alcançar a marca de 100 gols. Nesse meio tempo, a FMN entrou na vida da FIFUBO e, com isso, convites para se federar e disputar competições surgiram. As partidas no Praia Clube continuarão, mas os torneios ainda não são a prioridade. A intenção é se divertir, não tornar obrigação e foi por isso que tomamos a decisão de cancelar o Clausura desse ano, para não ter aquela obrigatoriedade de jogar todo final de semana para cumprir o calendário. As competições oficiais darão uma pausa, dando lugar a partidas amistosas, peladas e pequenos torneios, além do trabalho com artes, que será o objeto das próximas postagens.

Este blog terá uma seção para mostra de artes que funcionará da seguinte forma: um tema é escolhido e, dele, surgirá uma postagem falando de uma (ou algumas) equipe(s), com um histórico e, ao final, a arte daquela equipe. Exemplificando: o tema é campeonato brasileiro. A postagem trará dois times, por exemplo, Flamengo e Vasco. O texto falará do Flamengo, como a equipe joga neste brasileiro, talvez a classificação até o momento da postagem e, no final, a arte daquele time do Flamengo, com o goleiro, 12 jogadores de linha (os 10 titulares, um reserva para a defesa e outro para o ataque) e o treinador do momento. O mesmo acontecerá, na mesma postagem, para falar do Vasco.

Algumas postagens serão bem interessantes, trazendo equipes raras, que não estamos acostumados a ver nem no futebol, nem no futibou de butaum. Como andei recebendo pedidos para fabricação de artes e tive alguns problemas com pessoas tentando ganhar dinheiro fazendo download das minhas artes sem autorização, serei obrigado a colocar marca d'água, mas a original (que não irá na postagem) será sem a mesma. E assim vamos, mantendo o blog em atividade e os botões jogando!

domingo, 22 de julho de 2018

Copa do Mundo de Futibou de Butaum 2018 - Final - 22/07/2018

Domingo, 22 de julho de 2018. Neste dia, a história foi feita na FIFUBO, com a decisão da sua primeira Copa do Mundo de Futibou de Butaum. O dia chuvoso e a temperatura amena não foram obstáculo. O público lotou o Itaquá Dome, para assistir à final, sabendo que a história seria feita.

O Brasil chega à decisão em alta. Após iniciar a Copa empatando com a Inglaterra (3x3), naquele considerado o melhor jogo do ano até aqui, o time voltou a empatar na segunda rodada, contra a Argentina (2x2). Na terceira e decisiva rodada, uma atuação convincente terminou com vitória (4x1) sobre Camarões e a classificação em primeiro no grupo B. Nas semifinais, na sua melhor apresentação, derrotou a Alemanha (4x0) e chega à final com moral para disputar o título.

A equipe vem com o entrosamento em dia, principalmente na parte da frente, onde Rivaldo domina o meio de campo e é candidato sério a craque do mundial. A defesa, no entanto, gera desconfiança. Pesa contra, também, o fato de essa equipe ser considerada fraca em finais. O Brasil fez a decisão do primeiro torneio de seleções da FIFUBO, a Jarra Tropon, mas perdeu para a França (4x5). Agora, querem um final diferente.

O Brasil foi a campo com 1. Carlos Germano; 2. Cafu (c), 3. Lucio, 5. Edmilson, 6. Roberto Carlos; 15. Kleberson, 19. Juninho, 10. Rivaldo; 7. Ronaldinho, 9. Ronaldo, 17. Denilson. O técnico Madeirite, auxiliado por Azulino, tinha no banco 4. Roque Junior e 11. Romário.

O Japão é a grande sensação do torneio. Em um grupo com Alemanha, França e Holanda, a única certeza era que os asiáticos não estariam na fase final. A vitória na estreia (3x1) sobre a Alemanha surpreendeu a todos, mas deixou uma sensação de que aquilo era apenas uma surpresa. Quando o Japão venceu a segunda (7x3) sobre a França e foi a única equipe a se classificar já na segunda rodada, o mundo via que aquilo era pra valer. Na terceira rodada, com time misto, um empate com a Holanda (2x2) selou a classificação com a primeira posição no grupo A e, mais importante, mostrou que a equipe tinha elenco forte para brigar pelo título. O problema era que nas semifinais, os nipônicos pegariam a temida Inglaterra. Que problema? 3x0 com autoridade e vaga na final.

Os samurais chegam à decisão maravilhados por terem ido tão longe, mas com os pés no chão para o voo final. Com um time perfeitamente equilibrado em todos os setores, o Japão quer mostrar que pode bater mais um gigante e trazer o troféu para casa. A inexperiência, no entanto, pode pesar contra.

O Japão foi a campo com 1. Wakabayashi (c); 2. Ishizaki, 3. Hiroshi, 4. Takasugi, 6. Soda; 5. Shingo Aoi, 8. Jun Misugi, 7. Sawada, 10. Tsubasa; 11. Misaki, 9. Hyuga. O técnico Bebeto, auxiliado por Fan Zhiyi, tinha no banco 12. Matsuyama e 13. Shun Nitta.
E, com esses ingredientes, estava pronta a final da primeira Copa do Mundo de Futibou de Butaum da história da FIFUBO! Vamos conferir quem ficou com a taça!

Jogadores e arbitragem, na execução dos hinos nacionais.
 BRASIL 2x4 JAPÃO

A final começou um pouco tensa. As duas equipes estavam temerosas em arriscar muito e se abrir para os contra ataques do rival. Um erro poderia custar caro e, por isso, os times demoraram a se soltar.

Quando as equipes se organizaram, a final começou para valer. Aos 3 minutos, Tsubasa recebeu no meio de campo e tentou ir ao ataque, mas foi desarmado por Rivaldo. O camisa 10 ficou com a bola e puxou o contra ataque, tocando a Ronaldo no centro. Marcado e de costas pro gol, o camisa 9 tocou atrás para Denilson, que saiu da ponta para o meio, se livrou da marcação de Hiroshi e chutou da entrada da área. No meio do caminho, a bola desviou em Shingo Aoi e matou Wakabayashi, que já tinha ido para o outro lado fazer a defesa: Brasil 1x0.

O gol acalmou os jogadores brasileiros e, ao contrário do que se esperava, não desestabilizou os japoneses. O Brasil percebeu que a maior ameaça era Hyuga e destacou pesada marcação para cima dele, com até 3 jogadores em cima do camisa 9. Esse foi o erro brasileiro...

Aos 6 minutos, Lucio afastou para lateral, que Misugi tocou a Soda. O camisa 6 olhou para Hyuga e viu o centroavante marcado. Misugi pedia freneticamente para que Soda lhe devolvesse a bola, o que foi feito. O camisa 8 japonês recebeu na ponta esquerda, avançou em diagonal e, do bico da área, chutou cruzado para vencer Carlos Germano e empatar a partida: 1x1.

O gol dava justiça ao placar e mostrava que o Japão não era só Hyuga. O Brasil tentou se reorganizar e buscar a vantagem no marcador novamente, mas os japoneses foram perfeitos na marcação. Ronaldo tentou passar a Rivaldo, que era marcado por Tsubasa. Em novo duelo dos camisas 10, foi a vez do japonês desarmar o brasileiro e procurar Misugi para puxar o contra ataque. O camisa 8 devolveu a Tsubasa e os dois partiram para o campo brasileiro, que apertou a marcação em cima dos dois. Enquanto Misugi corria do meio para a esquerda, Tsubasa passou para o lado direito, sem olhar. Quem chegou de surpresa foi Ishizaki, que repetiu a jogada de Pelé para Carlos Alberto Torres na Copa de 70 e, da entrada da área, chutou cruzado com força e fez Japão 2x1, aos 8 minutos.

Se o empate surpreendia, estar perdendo era pior. Os brasileiros se lançaram ao ataque e buscaram a igualdade. Nos acréscimos, Ronaldo chutou para Wakabayashi defender e, no rebote, chutou torto para fora. Na cobrança de tiro de meta, Wakabayashi tocou a Tsubasa no meio. O camisa 10 fez o "dois-um" com Misugi, recebeu de volta na meia esquerda e deu ótimo passe no meio da zaga para Hyuga. O camisa 9 recebeu acossado por Lucio, protegeu com o corpo e conseguiu desferir seu Tiger Shot para vencer Carlos Germano, fazendo Japão 3x1.

No intervalo, Bebeto percebeu o nervosismo de Takasugi e Taro Misaki e os tirou, colocando Matsuyama e Shun Nitta em seus lugares. Já Madeirite resolveu ousar. Tirou Cafu e Juninho e colocou Roque Junior e Romário em seus lugares. Lucio passaria a ser o capitão, Roque Junior faria a lateral direita bem defensiva (para ajudar na marcação a Hyuga), Ronaldinho seria recuado para volante e Romário entraria na ponta direita.

As mudanças melhoraram o jogo. O Brasil bombardeou o Japão durante os três primeiros minutos do segundo tempo, mas Wakabayashi defendia uma atrás da outra. Nos contra ataques, o Japão saía em velocidade e os brasileiros tinham que se virar lá atrás para impedir uma goleada.

O placar permaneceu inalterado até os 7 minutos, quando Rivaldo cobrou córner para a área. Ronaldo matou no peito e ia concluir, quando foi atropelado por Wakabayashi. Rivaldo cobrou o pênalti no ângulo esquerdo do goleiro japonês, que se esticou, mas não achou a bola: Brasil 2x3.

Com isso, tínhamos um jogo! O Brasil partiu para cima em busca do empate, enquanto o Japão tentava tocar a bola e fazer o relógio correr. Aos 9 minutos, Ishizaki se empolgou e foi ao ataque novamente, mas fez falta em Edmilson e até levou o cartão amarelo. O Brasil partiu no contra ataque, mas Roberto Carlos esticou demais para Ronaldo, que acabou derrubando Matsuyama, já no campo de defesa japonês. Ishizaki pediu calma aos jogadores e disse que cobraria a falta. Acabou dando um bico para o ataque, que virou um lançamento para Tsubasa. O camisa 10 recebeu na esquerda, partiu para cima da defesa brasileira, se livrou de Roque Junior e Lucio e, já dentro da área, acertou um chute seco no ângulo de Carlos Germano, para dar números finais ao confronto: Japão 4x2.

JAPÃO CAMPEÃO DA COPA DO MUNDO DE FUTIBOU DE BUTAUM 2018

Um conto de fadas, um sonho, a história sendo feita... é difícil descrever o que se passou no Itaquá Dome. No início da competição, ninguém diria que o Japão sequer se classificaria para a fase final, o que dirá levar o título. Mas o talento dos japoneses, a disciplina e a capacidade de aprender fizeram a diferença e a Ásia vê a primeira Copa do Mundo da FIFUBO ir para o continente.

O Brasil jogou bem e dificultou a vida dos campeões. Mas algumas peças sentiram o peso de jogar uma final e isso foi crucial para a derrota. O vice campeonato está de bom tamanho para o que o Brasil produziu na Copa do Mundo e um longo trabalho surge pela frente, para fazer a equipe voltar ao caminho das vitórias.

Destaque do jogo: Jun Misugi. Em um jogo nervoso como a final de uma Copa do Mundo, com os dois principais jogadores da equipe bem marcados, coube ao camisa 8 japonês encarnar o mestre Didi de 1958, colocando a bola debaixo do braço após sofrerem o primeiro gol e chamar seus companheiros para a virada. Misugi se multiplicou em campo, ajudando na defesa, armando o jogo e aparecendo na frente para concluir. Marcou o primeiro gol, participou do segundo e do terceiro, sendo fundamental para a impressionante conquista.

PREMIAÇÃO

MVP - Jun Misugi (Japão). Ao ser eleito o melhor em campo na final, o camisa 8 japonês se igualou a Messi, Rivaldo e Hyuga, com duas indicações como destaque do jogo na Copa. Pelas regras da FIFUBO, o jogador com mais indicações é o MVP. Se houver empate, o presidente da FIFUBO, seu vice, o diretor de seleções e o diretor técnico votam entre os empatados para escolher o MVP. Misugi recebeu três votos, contra um de Hyuga, e recebeu o merecido troféu.

O presidente do Imperatriz F.B., Brasil, entrega o troféu Lothaire Bluteau, de MVP da Copa do Mundo, ao atleta japonês Jun Misugi.
"É uma honra receber o troféu de MVP das mãos de um monstro sagrado do esporte, como é o Brasil. Trabalhamos duro para chegar até aqui e acho que seria injusto não dividir o prêmio com meus companheiros. Quando um ganha, todos ganhamos. E vai ser assim para sempre!" - Jun Misugi, após receber o troféu Lothaire Bluteau.

Artilheiro - Kojiro Hyuga (Japão). Após passar em branco na primeira rodada, o camisa 9 japonês anotou 4 vezes contra a França e entrou de vez para a história. Depois disso, foi decisivo outras vezes e, na final, não foi diferente. Terminou a Copa do Mundo com 8 gols em 4 jogos e mostrou ao mundo seu faro de artilheiro.
O lendário artilheiro do Dallas Stars, Mike Modano, entrega o troféu Mike Modano, de artilheiro da Copa do Mundo, ao centroavante japonês Kojiro Hyuga.

"Eu disse quando comecei que queria ser o maior artilheiro do mundo! A artilharia da Jarra Tropon foi apenas um cartão de visitas; eu queria mesmo era brilhar na Copa do Mundo e consegui! O mundo, hoje, sabe quem é Kojiro Hyuga, mas eu quero mais e mais!" - Kojiro Hyuga, após receber o troféu Mike Modano.

Medalha de bronze - Inglaterra. Com uma vitória e dois empates na fase de classificação, terminou em segundo lugar no grupo B e, após perder para o Japão nas semifinais, fez 3x0 na Alemanha para conquistar o terceiro lugar na Copa do Mundo.

Jogadores e comissão técnica da Inglaterra posam com a medalha de bronze.

"É lógico que fica um gosto amargo. Queríamos conquistar o título. Derrotados nas semifinais, não poderíamos escolher outro caminho que não ficar com a medalha de bronze. Estou orgulhoso de meus jogadores." - David English, treinador da Inglaterra, após receber a medalha de bronze.

Medalha de prata - Brasil. Os sulamericanos venceram uma partida e empataram duas na fase de grupos, ficando com a primeira posição no grupo B por terem mais gols marcados que a Inglaterra. Após despacharem a Alemanha nas semifinais, perderam o título para o Japão.

Jogadores e comissão técnica do Brasil posam com a medalha de bronze.
"Perder uma final é sempre complicado, mas nós fizemos um bom trabalho. Jogamos bem desde o início da competição e conseguimos alcançar a final. Acho que temos que exaltar o bom jogo do rival, antes de criticarmos o nosso jogo. O Brasil fica triste pela perda do título, mas feliz com a campanha." - Madeirite, treinador do Brasil, após receber a medalha de prata.

Campeão - Japão. Surpreendendo o mundo do futibou de butaum, os japoneses venceram duas partidas e empataram outra na fase de grupos, terminando em primeiro no grupo A. Nas semifinais, despacharam a Inglaterra e transformaram o sonho em realidade ao baterem o Brasil na final. Com o título, o Japão coroa de vez o projeto Supercampeões.

O presidente da  FIFUBO, Batistuta, entre o troféu de campeão do mundo ao capitão do Japão, Wakabayashi.
"Quando me apresentaram o projeto, logo vi que daria bons resultados. Uma geração ótima de jogadores talentosos, encontrados após inúmeras peneiras, jogos e torneios, formou esta equipe campeã. Com vontade de aprender, muita aplicação e humildade, foram tomando lições dos maiores craques do mundo e, hoje, chegam ao topo do esporte com essa conquista. Eles merecem!" - Bebeto, treinador do Japão, após receber a medalha de ouro pelo título da Copa do Mundo de Futibou de Butaum.
Jogadores e comissão técnica do Japão posam com a taça e as medalhas de ouro.
E assim se encerra a Copa do Mundo de Futibou de Butaum 2018, o ambicioso projeto da FIFUBO que pôde ser realizado em sua plenitude. Foram semanas de ótimos jogos e muita emoção. Os japoneses erguem o título e comemoram, mas  quem tem mesmo a celebrar foram os torcedores, que lotaram o Itaquá Dome em todos os jogos e ajudaram a abrilhantar ainda mais esse evento!

NOTAS RÁPIDAS

  • Durante a semana, será apresentado o relatório final da Copa do Mundo, com postagem própria e os números da competição.
  • A FIFUBO dará uma pausa de competições, já que não fará o Torneio Clausura esse ano. A Supercopa FIFUBO acontecerá no final do ano, com os campeões da Copa 3 Corações (Vasco), Copa Rio (Imperatriz) e Copa Olé (Independiente). Mas as seleções continuarão disputando jogos amistosos e competições, além de partidas na FMN. Mas o blog não ficará parado. Serão feitas postagens com notícias, competições que vierem a ser marcadas e artes para botões, uma novidade da FIFUBO para este segundo semestre!
  • Nem tudo foi ruim para o Brasil. Os dois artilheiros do jogo chegaram a milestones. Rivaldo e Denilson chegaram a 10 gols com a camisa da seleção.


Foto oficial dos campeões e troféus.
Os campeões mundiais dão a volta olímpica com o troféu.

sábado, 21 de julho de 2018

Copa do Mundo de Futibou de Butaum - Disputa do Terceiro Lugar - 21/07/2018

O sábado de inverno mais parece um de verão, com temperatura alta e muito sol. Mas o público não quer saber de estações do ano; querem é lotar o Itaquá Dome para verem a decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo de Futibou de Butaum. Após perderem nas semifinais, Alemanha e Inglaterra voltam a campo para verem quem fica com a medalha de bronze.

As equipes de Alemanha e Inglaterra e a dupla de arbitragem, na execução dos hinos nacionais.
A Alemanha estreou sendo surpreendida pelo Japão (1x3), mas se recuperou na segunda rodada e, com autoridade, derrotou a Holanda (3x0). No último jogo do grupo, a França tinha a classificação até o último lance da partida, quando Mario Goetze chutou cruzado para empatar em 3x3 e levar os alemães às semifinais como segundo do grupo. Nas semifinais, uma derrota para o Brasil (0x4) acabou com a ascensão alemã e o sonho de chegar ao título.

A Alemanha foi a campo com 1. Neuer; 6. Hummels, 2. Mertesacker, 5. Badstuber, 3. Lahm (c); 7. Schweinsteiger, 4. Reus, 8. Kroos, 13. Muller; 11. Klose, 10. Podolski. O técnico Lothar Matthaus, auxiliado por Parraguez, tinha no banco 9. Goetze e 14. Draxler.

A Inglaterra estreou com um empate heroico contra o Brasil (3x3), onde chegou a estar perdendo por 0x3 e conseguiu empate, naquele que é considerado o melhor jogo da FIFUBO no ano. Depois, venceu Camarões (4x1) e segurou o empate contra a Argentina (1x1). Nas semifinais, caiu diante do Japão (0x3) e vem com um sentimento amargo para a disputa do bronze, já que após conquistar a Copa Stanley Rous, chegou como a principal favorita ao título mundial.

A Inglaterra foi a campo com 1. Robinson; 2. Bridge, 5. Ferdinand, 6. Terry (c), 3. Ashley Cole; 7. Beckham, 4. Gerrard, 8. Lampard, 11. Joe Cole; 10. Owen, 9. Rooney. O técnico David English, auxiliado por Marcelo Balboa, tinha no banco de reservas 12. Carragher e 15. Peter Crouch.

E assim, os dois rivais europeus foram a campo para decidirem o terceiro lugar, diante de um Itaquá Dome lotado. Vamos ver quem ficou com a medalha de bronze!

Jogadores no campo de jogo, a saída pertenceu à Inglaterra.

ALEMANHA 0x3 INGLATERRA

A disputa do terceiro lugar é, vulgarmente, conhecida como "final dos perdedores". O sentimento amargo de chegar às semifinais, ver o título de perto e, ao final, ter que se contentar em decidir a medalha de bronze longe dos holofotes da grande decisão. Fica difícil para os jogadores manter a empolgação e lutarem pela vitória. O que se viu no Itaquá Dome foram duas seleções desinteressadas, correndo pouco e errando muitos passes. A Alemanha não buscava o jogo. A Inglaterra, ao menos, tinha dois jogadores dispostos a um fim honroso no torneio. E foi isso que fez a diferença.

Aos 3 minutos, Muller esticou a bola na área para Podolski, mas Robinson saiu e afastou. Ferdinand pegou o rebote e tocou a Gerrard na cabeça de área. O camisa 4 levantou a cabeça e viu Rooney correndo pela ponta esquerda. Foi ali que Gerrard fez o lançamento magistral. Rooney avançou pela ponta, marcado por Schweinsteiger e, da linha de fundo, cortou para dentro, para trazer a bola para o pé direito. O cruzamento foi no segundo pau e encontrou Owen livre. O camisa 10 cabeceou para o chão, sem chances para Neuer, fazendo Inglaterra 1x0.

A desvantagem no placar não surtiu efeito na Alemanha, que continuava desinteressada do jogo. A Inglaterra também não tinha interesse e, como vencia, tratou de tocar a bola no campo de defesa para segurar o placar.

Aos 9 minutos, no entanto, Owen resolveu fazer alguma coisa. Vendo que Kroos se mandava para o campo de ataque, o camisa 10 inglês correu atrás, desarmando o camisa 8 adversário e ficando com a bola. Owen puxou o contra ataque, driblou Reus e tocou para Beckham, que partia da ponta direita para a meia esquerda. O camisa 7 recebeu, trouxe para o pé esquerdo e, da entrada da área, chutou colocado para vencer Neuer, fazendo Inglaterra 2x0.

No intervalo, Matthaus tirou Lahm e Kroos para colocar Draxler e Goetze. Enquanto Muller se tornava o capitão da equipe, o esquema passaria para o 3-4-3. Hummels se juntaria a Mertesacker e Badstuber na zaga; Draxler, Schweinsteiger, Reus e Muller formariam uma linha no meio de campo; Podolski e Goetze abririam nas pontas e Klose ficaria de centroavante. Já David English preferiu tirar os dois Waynes. Saíram Bridge e Rooney e entraram Carragher e Crouch. Carragher faria a lateral direita para impedir os avanços de Podolski.

A Alemanha voltou bem melhor no segundo tempo, ocupando mais o campo de jogo e conseguindo construir algumas coisas. Mas a defesa inglesa estava bem postada e, quando a bola passava, Robinson fazia ótimas defesas para segurar o placar. No contra ataque, Lampard e Gerrard armavam o jogo e Beckham encostava nos atacantes.

O placar só foi finalizado aos 7 minutos, quando Beckham cruzou para Crouch cabecear e Neuer fazer ótima defesa, mandando para lateral. O próprio Crouch cobrou para Owen, que invadiu a área e tocou na saída do goleiro, fazendo Inglaterra 3x0.

A Alemanha chegou à fase decisiva com a fama de estar crescendo, mas é fato que não produziu nada. Tomou 7 gols e não fez nenhum nos dois jogos, terminando com um quarto lugar que foi até demais para o pouco que a equipe fez. A Inglaterra termina com um sorriso amarelo, mas uma ótima e merecida vitória, que fez a medalha de bronze luzir forte.

Destaque do jogo: Michael Owen. Dois gols e o passe para o outro. Presença constante no campo de ataque como finalizador de jogadas, mas também na marcação e na armação pelo resto do campo. Owen fez uma ótima partida e mostrou que se tivesse entrado em forma antes, a Inglaterra teria ido muito mais longe.

NOTAS RÁPIDAS


  • A Copa do Mundo se encerra neste domingo, com a grande final entre Brasil e Japão.
  • A FIFUBO está participando da FMN, a Federação de Futebol de Mesa em Niterói. Na última terça-feira, os times do River e da França foram enviados para partidas no Praia Clube São Francisco. Cada uma saiu derrotada (o River por 1x2 e a França, 1x3), mas com ritmo as equipes vão começar a jogar melhor. A regra 12 toques mudou completamente desde a última vez que a FIFUBO enviou equipes para jogos externos e até a bola mudou. A adaptação vai ser difícil, mas é ótimo poder voltar a jogar contra outras pessoas. Essa parceria tem tudo para produzir ótimos frutos, inclusive com a aquisição de uma nova mesa, com as dimensões oficiais da regra 12 toques. A conferir.

domingo, 15 de julho de 2018

Copa do Mundo de Futibou de Butaum - Semifinais - 15/07/2018

Domingo de céu azul, temperatura agradável e Itaquá Dome lotado de torcedores, ávidos por conhecerem os finalistas da Copa do Mundo de Futibou de Butaum. Ao contrário das Ligas da FIFUBO, aqui não há vantagem para quem ficou em melhor situação na classificação, a não ser no mando de campo. Se não houver vencedor no tempo regulamentar, a passagem à final será decidida nos pênaltis! Mas não foi necessário. O público vibrou com os dois jogos e ganhou uma semana de especulações e mais especulações sobre quem levantará a taça no próximo domingo. Vamos conhecer os finalistas!

JAPÃO 3x0 INGLATERRA

Quem resolvesse apostar nesta partida até o início da Copa, diria que a Inglaterra era a favorita. Mas a Copa chegou e inverteu tudo. Primeiro colocado no grupo A, com uma campanha irretocável, o Japão é, hoje, o time a ser batido na Copa do Mundo. Bebeto promoveu a volta dos titulares (poupados contra a Holanda) e pediu a seus jogadores que continuassem a encarar os jogos com concentração e seriedade. A Inglaterra conseguiu uma classificação sofrida, com direito a bola na trave no último minuto, terminando em segundo no grupo B. David English acredita que sua equipe está em ascensão e é hora de dar a arrancada final rumo ao título. Peter Crouch seguia no time titular, deixando Rooney no banco.

Quem vê o placar acha que foi um passeio do Japão, mas se engana. Foi um jogo igual, com muitas chances de lado a lado, uma partida de altíssimo nível técnico. A diferença é que os japoneses aproveitaram as chances que tiveram, ao contrário dos ingleses. Wakabayashi se virou lá atrás para defender as bolas que vinham de todos os lados do campo, em tramas onde Lampard, Gerrard, Beckham, Joe Cole e Peter Crouch apareciam. O meio de campo e o ataque inglês funcionaram muito bem. Do outro lado, Paul Robinson tinha que operar verdadeiros milagres, pois Tsubasa atuou mais próximo de Misaki e Hyuga, promovendo triangulações e fazendo um verdadeiro bombardeio ao arco inglês.

Com tantas chances assim de lado a lado, o primeiro gol só saiu aos 9 minutos. Hyuga cobrou lateral no campo de ataque para Misaki, na ponta direita. O camisa 11 viu Tsubasa na meia lua e tocou a bola para ele. O camisa 10, de costas pro gol e vendo a marcação chegar, rolou para trás, onde Hyuga apareceu feito um raio e mandou seu famoso Tiger Shot para vencer Robinson e fazer Japão 1x0.

No intervalo, Bebeto reforçou a marcação e apostou nos contra ataques. Tirou Ishizaki e Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta. Já David English tirou Ferdinand e Owen para colocar Carragher e Rooney. Crouch passaria para o lado direito de ataque e entraria mais na área, enquanto Rooney atuaria fora da área, pelo lado esquerdo.

As mudanças melhoraram muito o time inglês, que amassou o Japão desde o início. A entrada de Carragher deu mais consistência à defesa e permitiu a Lampard e Beckham atuarem como verdadeiros atacantes. A dupla infernizou os japoneses, com trocas de passe que puxavam a marcação e deixavam a sobra para Crouch finalizar. Mas Wakabayashi defendia tudo que chegava ao seu gol. Ele fez três defesas quase impossíveis. Em duas cobranças de falta de Beckham, uma no bico direito e outra de frente pro gol na entrada da área, o goleiro japonês voou e tocou de ponta de dedos para escanteio. Em uma jogada de escanteio conhecida como "elevador de rugby", o goleiro se esticou todo para espalmar a cabeçada de Lampard. E também foi arrojado ao sair aos pés de Crouch, aos 7 minutos, para evitar mais um gol.

E foi nessa defesa que o jogo mudou. Após a dividida entre o goleiro japonês e o atacante inglês, Takasugi afastou da área para o meio de campo, onde Sawada pegou e abriu na esquerda para Soda. O camisa 6 avançou pelo buraco deixado por Beckham e deu belo passe em profundidade, no corredor, encontrando Hyuga dentro da área. O camisa 9 tinha Carragher na frente, mas chutou assim mesmo. A bola bateu no camisa 12 inglês e matou Robinson: Japão 2x0.

Nesse momento, com dois gols de desvantagem e três minutos para buscar a igualdade, a Inglaterra deixou a tática de lado e foi com tudo para o ataque. Mas o Japão, apesar de ter uma equipe jovem, parecia um time de veteranos, tamanha a calma e experiência com que se seguraram. E assim foi até os acréscimos, quando Hyuga fez o lance mais genial da partida. Beckham avançava pela direita quando o camisa 9 japonês apareceu por trás e lhe roubou a bola de forma limpa. O camisa 7 inglês tentou recuperá-la, mas tomou um drible desmoralizante de Hyuga, que passou a bola a Tsubasa no meio. O camisa  10 tocou a Sawada para gastar o tempo, mas Hyuga não queria saber disso e, correndo, pediu a bola. Sawada lhe passou no campo de ataque e Hyuga avançou até, da intermediária, soltar o Tiger Shot mais uma vez e fazer seu hat trick: Japão 3x0.

O Japão chega à final com inteira justiça. A equipe foi muito equilibrada novamente, teve calma diante de um adversário consagrado e precisão cirúrgica para matar o jogo. À Inglaterra resta lutar pela medalha de bronze, mas com a certeza de que fizeram um bom jogo. O time jogou uma de suas melhores partidas no torneio, mas saiu zerada graças às grandes defesas do goleiro adversário.

Destaque do jogo: Kojiro Hyuga. Até o lance genial do terceiro gol, o prêmio de melhor em campo ia para Wakabayashi e suas defesas salvadoras. Mas não dá para desprezar um camisa 9 que anota um hat trick na semifinal de Copa do Mundo e despacha a atual campeã da Copa Stanley Rous, uma das favoritas ao título mundial. Hyuga se multiplicou em campo, ajudando no desarme, armando o jogo e concluindo. No primeiro tempo, suas tabelas com Tsubasa e Misaki levaram o adversário à loucura e seus três gols, o Japão à final.

BRASIL 4x0 ALEMANHA

O Brasil chegou às semifinais como primeiro de seu grupo, mas um alerta amarelo piscando quase em tons de vermelho. A equipe venceu Camarões (4x1) em placar elástico, mas jogando muito mal e teve problemas nos empates com a Inglaterra (3x3, quando permitiu a igualdade depois de abrir 3x0) e Argentina (2x2, dominada pelo adversário). Ronaldinho foi mantido na ponta direita e o treinador Madeirite pediu atenção total, pois o adversário já aprontou contra outras favoritas. A Alemanha conseguiu a vaga em segundo no seu grupo, com um estilo de ir "esquentando" durante os jogos. O time é dominado, o adversário aperta, mas a Alemanha vai fazendo o seu jogo com calma, envolvendo o oponente até derrubá-lo. Foi assim contra a França, quando os franceses dominaram o jogo e já comemoravam a classificação até perderem a última bola do jogo e os alemães empatarem, conquistando a vaga.

Mas nada disso aconteceu aqui. Os alertas de Madeirite surtiram efeito e o Brasil dominou do início ao fim. O gol relâmpago ajudou. Na saída de bola, Rivaldo fez o "toca y me voy" com Ronaldo e recebeu de volta já dentro da área. Neuer saiu do gol, mas o camisa 10 brasileiro deu um leve toque por cima e saiu para comemorar: Brasil 1x0, com apenas 17 segundos de jogo.

Depois do gol, o Brasil teve um pequeno período idêntico ao jogo contra Camarões. Marcou cedo e se trancou na defesa, embolando o jogo e não produzindo nada. Do lado de fora, Madeirite berrava com seus jogadores e orientava o posicionamento e, assim, a equipe conseguiu se reorganizar e buscar a classificação.

Aos 3 minutos, Ronaldinho desarmou Podolski na ponta direita e tocou a Cafu. O camisa 2 viu uma barreira alemã à sua frente e, assim, preferiu retornar a Rivaldo no meio de campo. O camisa 10 recebeu, levantou a cabeça e viu Ronaldo saindo da ponta para o meio. O passe foi preciso e Ronaldo avançou com a bola dominada e Schweinsteiger a lhe marcar. Com uma quebra de asa, o camisa 9 brasileiro se livrou do marcador e trouxe a bola pro pé direito, na entrada da área e de frente pro gol. Ali, foi só dar o tapa no canto esquerdo de Neuer e celebrar mais um gol: Brasil 2x0.

A Alemanha não conseguia jogar, apesar de ter os jogadores em ótima forma. Kroos, Muller, Klose e Podolski se movimentavam e tentavam as tabelas, mas Cafu, Lúcio, Edmilson, Kleberson e Juninho estavam perfeitos na marcação, impedindo os avanços do adversário. Lá na frente, Rivaldo se movimentava pelo campo de ataque distribuindo o jogo e os atacantes se fartavam de perder oportunidades.

Aos 9 minutos, nada pôde ser feito. Carlos Germano cobrou tiro de meta para Juninho na intermediária e o camisa 19 tocou a Rivaldo no meio. O camisa 10 abriu para Ronaldinho na direita, o camisa 7 trouxe para o meio e rolou a Ronaldo na entrada da área, na jogada que ficou eternizada com o River Plate. O camisa 9 deu um drible de corpo desmoralizante, deixando Schweinsteiger no chão, e deu um chute de trivela perfeito. A bola bateu no travessão e morreu mansa no gol de Neuer: Brasil 3x0.

No intervalo, Madeirite previu os movimentos do oponente e mudou o lado esquerdo. Saíram Roberto Carlos e Denilson e entraram Roque Junior e Romário. Enquanto o camisa 4 ajudaria a reforçar a marcação, o camisa 11 jogaria na posição que mais gosta, pronto para ajudar nos contra ataques. Já Lothar Matthaus resolveu apostar no 3-4-3 que fez sucesso contra a França, mas pecou nas mudanças. Saíram Schweinsteiger e Reus e entraram Draxler e Goetze. Os comentaristas criticaram a mudança, pois Reus seria muito importante no esquema e o escolhido para sair com Schweinsteiger deveria ser Lahm, mas Matthaus apostou no camisa 3 no meio, aberto pela esquerda. Hummels, Mertesacker e Badstuber formariam uma trinca de zagueiros; Draxler e Lahm ficariam no meio, abertos nas laterais; Kroos e Muller fariam o meio de campo pelo centro; Podolski e Goetze abririam nas pontas no ataque e Klose ficaria como centroavante.

A mudança foi interessante, pois os alemães ocuparam melhor o campo de jogo e tiveram mais a bola. Mas o Brasil estava impecável e conseguiu rechaçar todas as tentativas alemãs de chegar perto da área. Os brasileiros cansaram e passaram a tocar a bola, mas ainda tiveram as melhores chances do jogo. Já nos acréscimos, Ronaldo recebeu na lateral esquerda da área, foi levando a bola para a linha de fundo e deu um passe para trás. Roque Junior apareceu de surpresa e iria entrar na área, mas Klose o derrubou. A falta, a um passo da risca da grande área, era perfeita para Ronaldinho. O camisa 7 cobrou com perfeição, por cima da barreira, e colocou o Brasil na final: 4x0.

A excelente exibição leva o Brasil à decisão com inteira justiça. A equipe foi perfeita, tanto do ponto de vista físico, como do tático e do técnico. Dominou do início ao fim. A Alemanha, por sua vez, não conseguiu encaixar seu jogo diante do poderio adversário. Terá uma semana de trabalho para tentar juntar os cacos e se preparar para disputar a medalha de bronze.

Destaque do jogo: Ronaldo. Quando joga no comando de ataque e recebe a bola, é decisivo. Ronaldo não fez isso contra Camarões e, por isso, teve dificuldades. Aqui, foi desde o início para o campo de ataque e conseguiu, assim, marcar duas vezes. Ainda deu o passe para Rivaldo fazer o primeiro gol e iniciou a jogada que resultaria no gol de Ronaldinho.

NOTAS RÁPIDAS

  • A decisão do terceiro lugar, entre Alemanha e Inglaterra, será no sábado. A final, entre Brasil e Japão, será no domingo. A ordem das equipes foi decidida por sorteio, mas o mando será dividido em ambos os jogos, com troca de lado no intervalo.
  • Dois jogadores atingiram milestones na rodada, chegando a 10 gols com a camisa de suas seleções. São eles Ronaldo e Hyuga, que farão um incrível duelo de camisas 9 na grande final.

sábado, 14 de julho de 2018

Copa do Mundo de Futibou de Butaum - Grupo B - Terceira Rodada - 14/07/2018

A ideia era finalizar a fase de grupos durante a semana, fazer as semifinais na sexta, a disputa do terceiro lugar no sábado e a final no domingo, finalizando o torneio junto com a Copa do Mundo de Futebol. Mas sabe como são os calendários no futibou de butaum... enfim, o sábado chegou com um dia de céu azul mas muito frio. O público nem quis saber e lotou o Itaquá Dome para conhecer os semifinalistas da Copa do Mundo de Futibou de Butaum.

A situação no grupo B era a seguinte: Camarões e Brasil se enfrentavam no primeiro jogo, enquanto Inglaterra e Argentina faziam a segunda partida. Todos tinham chances de classificação. Para se classificar, Camarões precisava vencer e torcer para a Argentina não vencer a Inglaterra. Se o Brasil vencesse, se classificava, mas o empate também o levaria às semifinais desde que a Inglaterra derrotasse a Argentina ou os argentinos empatassem marcando menos gols que os brasileiros. A Inglaterra se classificaria com vitória ou empate. A Argentina teria que vencer os ingleses ou, em caso de empate entre Camarões e Brasil, poderia empatar. Com o grupo tão embolado assim, vamos ver quem avança no torneio!

CAMARÕES 1x4 BRASIL

Inexperientes e desentrosados, os africanos não podiam pensar em outro resultado que não a vitória. Desta vez, Arenoso resolveu dar chance a Roger Milla desde o início, colocando-o no lugar de Oman Biyik, mas o esquema continuava no 4-5-1, visando barrar o poderio ofensivo do rival. Os sulamericanos podiam até empatar para avançar e tinham todo o favoritismo ao seu lado. Por isso, Madeirite resolveu dar chance aos reservas. Roque Junior e Ronaldinho iriam para o jogo, enquanto Romário e Edmilson ficariam no banco.

O jogo começou muito bem. Mfede deu a saída para Roger Milla, que avançou em velocidade pela direita. Roque Junior apareceu bem na marcação e desarmou o camaronês, tocando a Kleberson na entrada da área. O camisa 15 tocou a Rivaldo no meio e o camisa 10 tabelou com Juninho, recebendo de volta no campo de ataque. Próximo à entrada da área, Rivaldo viu o posicionamento do goleiro e mandou um lindo chute, sem chances para Nkono, abrindo o marcador com apenas 40 segundos: Brasil 1x0.

Com esse início arrasador, se esperava um massacre dos brasileiros ou uma reação dos camaroneses, mas não foi nada disso que aconteceu. O jogo ficou muito ruim, com erros de passe de lado a lado e os dois times marcando dentro de seus próprios campos, deixando a torcida impaciente.

Somente aos 9 minutos aconteceu algo para levantar o torcedor. Carlos Germano cobrou tiro de meta para Rivaldo no meio e o camisa 10 abriu na esquerda para Denilson. O meio de campo camaronês, recuado e marcando forte, dificultava o prosseguimento da jogada, mas Denilson é mestre em abrir defesas com seus dribles. Com um toque, o camisa 17 se livrou de Mbouh Mbouh e, com outro, saiu da marcação de Kana Biyik, rolando a Ronaldo dentro da área. De frente pro gol, o camisa 9 brasileiro só precisou escolher o canto e sair para o abraço, completando bela jogada coletiva: Brasil 2x0.

No intervalo, Arenoso resolveu mudar o esquema e tentar levar a sua equipe a uma virada quase impossível. Tirou Massing e Pagal, colocando Ndip e Oman Biyik em seus lugares, passando a jogar no 4-4-2. Já Madeirite resolveu reforçar a defesa e tentar os contra ataques. Tirou Juninho e Ronaldinho e colocou Edmilson e Romário.

O panorama não mudou no segundo tempo e o jogo continuou muito ruim. As equipes erravam tudo e não conseguiam dar sequência às jogadas. O primeiro chute a gol só saiu aos 3 minutos e, mesmo assim, completamente torto.

Quando as boas jogadas não saem, o drama aparece e, neste jogo, foi o zagueiro Lucio quem tentou complicar as coisas. Aos 5 minutos, ele fez uma falta totalmente desnecessária em cima de Oman Biyik, na entrada da área. Mfede cobrou com perfeição, por cima da barreira, e descontou para Camarões: 1x2.

Nesse momento, o Brasil passou a calcular muito bem o que faria, pois um erro poderia lhes custar caro. Camarões passou a frequentar o campo de ataque com jogadas de velocidade, mas a falta de entrosamento era um preço alto a se pagar. Cada lance era um pequeno drama e é nesses momentos que a experiência e a genialidade precisam fazer a diferença. Aos 8 minutos, Roque Junior afastou bola da área e Roberto Carlos pegou o rebote no meio de campo. O camisa 6 avançou com a bola dominada e deu um ótimo passe no corredor, encontrando Denilson. O camisa 17 deu mais um drible espetacular, desta vez em Ndip, para entrar na área e chutar cruzado, sem chances para Nkono, fazendo Brasil 3x1.

Camarões foi para o tudo ou nada, pois precisava de 3 gols para avançar às semifinais, mas errou a saída. Edmilson roubou a bola de Oman Biyik e tocou a Kleberson, que avançou para o campo de ataque. Da intermediária, o camisa 15 resolveu arriscar um chute, que saiu fraco, rasteiro e cruzado. Nkono resolveu fazer golpe de vista e acabou falhando feio: Brasil 4x1.

Camarões está eliminado da Copa. O atraso na chegada foi crucial para uma equipe que tem um esquema de jogo interessante, velocidade e bom toque de bola, mas não teve tempo para se entrosar. O Brasil, por sua vez, consegue a vaga sem brilho. Apesar da goleada, a equipe não jogou bem. Precisa melhorar muito se quiser continuar sonhando com o título.

Destaque do jogo: Rivaldo. Em um jogo tão ruim, o camisa 10 foi um toque de talento. Ficou a partida inteira no campo de ataque, buscando tabelas e organizando o jogo. Fez o primeiro gol e participou da jogada do segundo, sendo crucial para a classificação brasileira.

INGLATERRA 1x1 ARGENTINA

Com a vitória do Brasil, a Inglaterra ainda se classificaria com vitória ou empate. David English atendeu aos apelos dos torcedores e lançou Peter Crouch no lugar de Wayne Rooney. Já a Argentina só podia pensar em vitória. Qualquer outro resultado eliminaria os sulamericanos e, por isso, Argentino mandou a campo a equipe que vinha atuando.

A Argentina começou o jogo em cima, pressionando os adversários e fazendo com que a defesa inglesa tivesse muito trabalho para impedir os ataques argentinos. Mas os europeus mostraram muita organização e entrega e, assim, não só conseguiu repelir as tentativas do rival, como abriram o marcador.

Aos 3 minutos, Scocco partiu com a bola dominada pela esquerda, mas Beckham apareceu e conseguiu desarmá-lo de forma espetacular, tocando a Gerrard na cabeça da área inglesa. O camisa 4 levantou a cabeça e fez um lançamento magistral. De meia lua a meia lua, a bola viajou e encontrou Michael Owen livre, no buraco deixado por Gabriel Milito na zaga. O camisa 10 invadiu a área e chutou na saída de Abbondanzieri, fazendo Inglaterra 1x0.

A partir deste momento, a Inglaterra passou a dominar o jogo, ocupando muito o campo de ataque e desperdiçando várias oportunidades. A Argentina, aos poucos, foi se recuperando e reequilibrando as forças do jogo, também criando suas oportunidades. Mas o empate veio apenas aos 9 minutos, quando Abbondanzieri cobrou tiro de meta para Messi no meio de campo e o camisa 10 tabelou com Di Maria, recebendo de volta no campo de ataque. A marcação veio para cima de Messi que, com o canto do olho, percebeu Scocco livre na esquerda. O passe foi preciso e o camisa 9 invadiu a área após driblar Ferdinand, chutando na saída de Robinson e empatando o jogo: Argentina 1x1.

No intervalo, David English tirou Bridge e Crouch para colocar Carragher e Rooney. Argentino também mexeu, tirando Conca e Alario, para colocar Kranevitter e Tevez em seus lugares.

O jogo ficou eletrizante, um dos melhores do torneio. As duas equipes se fartaram de perder oportunidades. Enquanto Owen obrigava Abbondanzieri a fazer ótima defesa, Robinson fazia milagre em finalização de Scocco. Joe Cole concluía para fora uma ótima jogada coletiva aqui e Di Maria desperdiçava uma chance lá.

As duas chances mais claras de gol ocorreram em cobranças de falta na entrada da área. David Beckham mandou uma no travessão, aos 5 minutos, que saiu pela linha de lado. No último minuto de jogo, Messi cobrou uma falta com violência que explodiu no travessão, quicou próximo à linha e a defesa aliviou. Assim, apesar do jogo espetacular, o placar não se alterou.

A Inglaterra avança em segundo lugar no grupo, com o mesmo número de pontos que o Brasil, mas com menos gols marcados (8x9). A Argentina sai com um gosto muito amargo, pois jogou muito bem as três partidas (dominando as duas primeiras), mas sem conseguir sair do empate nas três ocasiões.

Destaque do jogo: David Beckham. Com tantos jogadores se destacando, fica difícil escolher o melhor, mas o camisa 7 inglês conseguiu ficar um nível acima dos demais. Foi bem na defesa, ajudando a afastar o ataque argentino; armou bem o jogo tanto pela direita, quanto pelo meio, quanto na esquerda; e concluiu muito bem. Se multiplicou em campo e ajudou seus companheiros a avançarem à semifinal.

CLASSIFICAÇÃO

Grupo A
1° Japão - 7 pontos
2° Alemanha - 4 pontos
3° França - 2 pontos, 8 gols pró
4° Holanda - 2 pontos, 4 gols pró

Grupo B
1° Brasil - 5 pontos, 9 gols pró
2° Inglaterra - 5 pontos, 8 gols pró
3° Argentina - 3 pontos
4° Camarões - 1 ponto

ARTILHARIA

1° Kojiro Hyuga (Japão) - 4 gols
2° Thomas Muller (Alemanha), Denilson (Brasil), Djorkaeff (França) - 3 gols
3° Di Maria (Argentina), Messi (Argentina), Rivaldo (Brasil), Mfede (Camarões), Zinedine Zidane (França), David Beckham (Inglaterra), Peter Crouch (Inglaterra), Jun Misugi (Japão), Sawada (Japão), Taro Misaki (Japão), Oliver Tsubasa (Japão) - 2 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Com os resultados, a classificação e o sorteio, ficou decidido que as semifinais serão, nesta ordem, Japão x Inglaterra e Brasil x Alemanha, provavelmente neste domingo. Se tudo der certo, a disputa do terceiro lugar será no próximo sábado e a final, no domingo.
  • Os registros antigos foram recuperados e os gols, atualizados. Assim, mais jogadores conseguiram atingir marcas históricas ou ficar perto delas. Mike Modano se aposentou com 105 gols; Zenden tem 112 gols, tanto por Imperatriz quanto pela seleção holandesa e, assim, se torna o primeiro jogador de seleção a passar dos 100 gols; Edmundo está muito próximo da marca centenária, com 91 gols anotados pelo Vasco.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Copa do Mundo de Futibou de Butaum - Grupo A - Terceira Rodada - 09/07/2018

Na impossibilidade de se fazer jogos no final de semana, a segunda-feira é a opção para a terceira e última rodada do Grupo A da Copa do Mundo de Futibou de Butaum. O tempo, parcialmente nublado, fez com que a temperatura ficasse agradável. Assim, o Itaquá Dome recebeu um bom público, que foi brindado com dois grandes jogos.

A situação no grupo era a seguinte: o Japão já estava classificado e precisava apenas de um empate para garantir a primeira posição. A Alemanha, com 3 pontos, se classificaria com vitória sobre a França ou um empate, desde que os holandeses não vencessem os japoneses. A França precisava vencer os alemães e torcer para os holandeses não vencerem os japoneses ou, caso este resultado ocorresse, que o número de gols pró francês (5) continuasse maior que o dos holandeses (2). Assim, a Holanda precisava vencer os japoneses marcando, no mínimo, 3 gols e torcendo para França e Alemanha empatarem, ou fazer um mínimo de 4 gols e torcer por vitória francesa. Vamos ver o que aconteceu ao final dessa matemática toda!

HOLANDA 2x2 JAPÃO

Muito abaixo que se esperava na Copa, a Holanda jogava a sua vida no último jogo. Precisando vencer e marcar muitos gols, Johan Cruyff não fez mudanças na equipe. Mantinha o time que jogou os dois primeiros jogos e buscava o milagre. Já o Japão, a única equipe já classificada, aproveitava para descansar os titulares e dar ritmo aos reservas. Bebeto deu descanso a Shingo Aoi e Taro Misaki, colocando Matsuyama para jogar de volante pela primeira vez e lançando Shun Nitta na ponta direita.

O jogo começou meio morno. Os japoneses estavam se poupando visivelmente, enquanto os holandeses não agrediam os adversários. Assim, ficou um jogo de intermediária a intermediária até os 3 minutos, quando o time asiático resolveu tomar a iniciativa. E foi nesse momento que Matsuyama interceptou passe de Zenden para Kluivert e tocou a Ishizaki na direita. O camisa 2 procurou Nitta mais à frente e o camisa 13, com um belo passe no meio dos marcadores, achou Jun Misugi. O camisa 8 driblou Van Bronckhorst e Davids e, da entrada da área, chutou cruzado e venceu Van Der Sar, fazendo Japão 1x0.

A missão quase impossível da Holanda ficava ainda pior. A equipe ainda precisava fazer um mínimo de 3 gols, mas atrás do marcador e sem criação, ficava muito difícil. Nesse momento, Zenden e Bergkamp resolveram começar a se mexer e buscar tabelas. O time europeu cresceu e passou a rondar a área do adversário. Aos 6 minutos, Seedorf bateu escanteio no primeiro pau e Numan subiu para desviar de Wakabayashi, dando um pouco de esperança ao seu país: Holanda 1x1.

No intervalo, Johan Cruyff fez uma mexida arriscada. Tirou Heitinga (que era superado por Misugi e Nitta o tempo todo) e Kluivert (nulo) para colocar Triton e Jordi Cruyff. Enquanto Seedorf e Cruyff se encarregavam da marcação, Zenden jogaria de centroavante. Já Bebeto resolveu poupar as estrelas e fazer mais experiências. Tirou Hyuga e Tsubasa e colocou Shingo Aoi e Taro Misaki. Aoi passaria a primeiro volante, Matsuyama ficaria de segundo volante e Misugi iria para a armação. Na frente, Misaki e Nitta fariam uma dupla de velocidade pelas pontas.

As mexidas não mudaram muito o panorama. A Holanda era burocrática, tocando a bola no meio de campo, enquanto o Japão marcava bem, principalmente com Matsuyama e Aoi, mas não partia nos contra ataques. Novamente, foi Bergkamp quem resolveu sair da ponta direita e armar o jogo e, só aí, os holandeses cresceram no jogo.

Aos 5 minutos, o camisa 7 saiu da ponta e buscou o jogo no meio, recebendo de Davids. Com um lançamento magistral, Bergkamp encontrou Zenden na ponta esquerda. O camisa 10 invadiu a área e acertou ótimo chute, vencendo Wakabayashi e fazendo Holanda 2x1. Faltava apenas um gol para a vaga.

Mas os japoneses mostraram-se frios e experientes. Tocaram a bola com calma, envolveram os holandeses, marcaram bem quando não tinham a bola e souberam fazer o relógio andar. Os holandeses se desesperaram e tentaram o terceiro gol a todo custo, deixando espaços para contra ataques perigosos.

Assim, aos 8 minutos, Bergkamp encontrou Overmars na ponta direita. Mas quando o camisa 11 tentou girar, Takasugi apareceu e lhe roubou a bola, tocando a Shingo Aoi na cabeça de área. O camisa 5 procurou Matsuyama mais à frente e o camisa 12 tocou a Jun Misugi. O camisa 8 japonês avançou pelo meio e viu o enorme buraco deixado do lado esquerdo do ataque, passando a bola ali para Taro Misaki. Mal no jogo, o camisa 11 não conseguiu dar sequência ao lance, sendo desarmado por Stam, que partiu para o contra ataque. Mas Matsuyama entrou de carrinho, recuperou a bola e, ainda caído, passou de novo a Misaki, que invadiu a área e chutou cruzado, para dar números finais ao jogo: Japão 2x2.

Com este resultado, a Holanda está eliminada da Copa do Mundo, pagando caro por não ter conseguido encaixar aquele jogo de toques rápidos e envolventes do período pré-Copa. O Japão, por outro lado, surpreendeu o mundo ao se classificar em primeiro no grupo, poupando jogadores e encontrando boas alternativas em seu elenco.

Destaque do jogo: Dennis Bergkamp. Em meio ao naufrágio holandês, o camisa 7 se destacou. Ao perceber que a equipe não tinha armação, Bergkamp saiu da ponta direita e buscou o jogo, distribuindo passes, lançamentos e dando assistência para o primeiro gol. Infelizmente, sai do torneio sem ter marcado um jogo sequer.

ALEMANHA 3x3 FRANÇA

Com a Holanda fora do páreo, a Alemanha se classificaria com vitória ou empate. O técnico Lothar Matthaus sabe que não se pode facilitar num jogo tão perigoso e, assim, manda a campo a equipe que vem atuando. Já a França não tem outra alternativa a não ser vencer. O técnico François Zidane atendeu aos apelos dos torcedores e barrou Pires, colocando Djorkaeff em seu lugar para tentar a classificação.

Se o jogo anterior foi morno, este aqui foi de arrepiar. A começar pelo primeiro gol logo aos 20 segundos. A Alemanha fez uma jogada de saída de bola inédita na FIFUBO e, portanto, ainda sem nome. Thomas Muller e Tony Kroos deram a saída fazendo uma trançada por entre os jogadores franceses, sempre passando atrás do marcador para passar a bola ao companheiro. Por fim, Muller rolou a Kroos nas costas de Vieira e o camisa 8, da meia lua, desferiu ótimo chute para vencer Barthez, fazendo Alemanha 1x0.

O gol logo cedo dava aos alemães muita tranquilidade e obrigava os franceses a reagirem. Quem pensa que a Alemanha se aliviou e a França se desesperou, está enganado. A partir dali a França dominou o jogo e passou a rondar a área da Alemanha com muito perigo, obrigando Neuer a fazer grandes defesas. Mas, aos 3 minutos, ele não pôde fazer nada, quando Desailly reiniciou o ataque, tocando a Vieira na cabeça de área. O camisa 4 procurou Lizarazu na esquerda e o camisa 3 tocou rápido a Djorkaeff. O camisa 6 avançou com a bola dominada, driblou Schweinsteiger, depois Mertesacker, invadiu a área pela esquerda, trouxe para o pé direito e chutou cruzado, fazendo um lindo gol para sua equipe: França 1x1.

Os europeus cresceram no jogo e partiram com tudo para buscar a virada. A Alemanha se defendeu como pôde, mas a pressão era enorme. Aos 9 minutos, Neuer fez a defesa para o lado esquerdo da área e Badstuber resolveu sair jogando com um passe para o outro lado, procurando Schweinsteiger. Mas o passe foi muito mal feito e quem recebeu foi Djorkaeff. O camisa 6 disputou e venceu no pé de ferro contra Schweinsteiger, invadiu a área e chutou na saída de Neuer, fazendo França 2x1.

O resultado era tudo o que os franceses queriam, mas as falhas defensivas são o grande calcanhar de Aquiles do time e elas apareceriam nesse jogo. Nos acréscimos, a Alemanha deu a saída com um 'toca y me voy' entre Thomas Muller e Toni Kroos. O camisa 13 recebeu próximo à entrada da área e arriscou um chute, que saiu fraco. Barthez foi com mão mole e engoliu um frango incrível: Alemanha 2x2.

No intervalo, Lothar Matthaus não perdoou Badstuber e o tirou, junto com Podolski, colocando Draxler e Mario Goetze em seus lugares. Hummels iria para a zaga, enquanto Draxler faria a lateral direita e ajudaria na armação. François Zidane também mexeu, tirando Thuram e Guivarch para colocar Pires e Trezeguet em seus lugares. Deschamps faria a lateral direita, também ajudando a fechar o meio, enquanto Pires e Djorkaeff armariam o jogo pelos lados, passando do 4-4-2 tradicional para um 4-4-2 losango.

As mudanças na França dificultaram o jogo da equipe. Djorkaeff jogou o primeiro tempo no campo de ataque e, agora, tinha que voltar para ajudar na marcação. A Alemanha, atrás do empate, tinha mais volume no meio de campo e começava a rondar o ataque perigosamente.

Mas Djorkaeff estava inspirado, fosse no campo de ataque ou no de defesa. Aos 4 minutos, ele correu na marcação para desarmar Mario Goetze e, na sequência, tocou a Zidane. O camisa 10, do meio de campo, inverteu o jogo para a esquerda e encontrou Trezeguet livre. O camisa 13 driblou Mertesacker, invadiu a área e chutou cruzado, sem chances para Neuer: França 3x2.

Os franceses voltavam a ficar com a vaga, mas como dito anteriormente, as falhas defensivas sempre prejudicam a equipe. Tudo ia bem até os acréscimos, com a França tocando a bola e a torcida fazendo a festa, até que Pires recebeu próximo à entrada de sua área e tentou driblar Klose. O camisa 11 alemão desarmou o camisa 11 francês, foi ao fundo e cruzou rasteiro para trás. A bola passou por toda a área até encontrar Mario Goetze, que deu um chute forte e cruzado, pegando Barthez no contrapé e empatando o jogo no último minuto: Alemanha 3x3.

O oportunismo alemão era celebrado. A equipe voltou a mostrar força diante das adversidades e comemorou uma classificação no último lance de um jogo de altíssimo nível. Já a França, melhor em todo o jogo, pagou caro pelas falhas defensivas. Os franceses foram melhores contra Holanda e Alemanha e sofreram o empate em equívocos de seus próprios jogadores, mostrando que um pouco de  equilíbrio mental poderia ter classificado a equipe às semifinais.

Destaque do jogo: Youri Djorkaeff. Os franceses o queriam no lugar de Pires, François Zidane resolveu atender aos pedidos e não se arrependeu. O camisa 6 foi o melhor da partida, atuando em todo o campo de jogo. No primeiro tempo, armando ao lado de Zidane, ocupou o campo de ataque o tempo inteiro, distribuindo passes, fazendo tabelas e anotando dois gols. No segundo tempo, recuado para a volância, ajudou na marcação e ainda apareceu na armação de jogadas. O terceiro gol saiu de um passe seu. Menção honrosa ao excelente jogo de Lizarazu, mas Djorkaeff por pouco não fez chover.

NOTAS RÁPIDAS


  • Com os resultados de hoje, Japão (1°) e Alemanha (2°) se classificam às semifinais da Copa do Mundo de Futibou de Butaum. Em terceiro e quarto no grupo, respectivamente, França e Holanda foram eliminadas e, agora, resta ver a classificação do grupo B para ver se aquelas duas seleções terminarão em quinto, sexto, sétimo ou oitavo.
  • A decisão do grupo B ocorre nesta terça ou na quarta-feira. Depois de conhecidos os semifinalistas, sorteio definirá a ordem dos jogos semifinais.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Copa do Mundo de Futibou de Butaum - Grupo B - Segunda Rodada - 29/06/2018

Segunda-feira, jogo do Brasil na Copa do Mundo de Futebol, meio que um dia de folga e um tempo bom, com poucas nuvens e temperatura agradável. Ingredientes perfeitos para os torcedores lotarem o Itaquá Dome em busca de diversão, com a segunda rodada do grupo B da Copa do Mundo de Futibou de Butaum. Ao contrário do grupo A, nenhuma equipe poderia se classificar ou ser eliminada antecipadamente, mas os resultados seriam como gasolina para a última rodada. Vamos aos jogos!

CAMARÕES 1x4 INGLATERRA

A estreia oficial direto na Copa do Mundo, com um empate contra a Argentina (2x2) já seria considerado um bom resultado para Camarões. No entanto, o resultado não foi considerado apenas "bom", mas sim ótimo, porque os camaroneses estavam perdendo por 0x2 e chegaram à igualdade na base da raça. Aqui, outro difícil adversário e a ordem de manter o futebol alegre, mas com responsabilidade. A Inglaterra também pode comemorar o empate na primeira rodada (3x3 Brasil), pois estava perdendo por 0x3 e foi buscar a igualdade. Mas a falta de atenção em um jogo equilibrado quase lhes custa caro e, por isso, devem manter a concentração desde o início do jogo, ainda mais contra uma equipe que joga de maneira descontraída, mas com tabelas rápidas.

Quem vê o placar do jogo acha que foi um festival de gols do início ao fim, mas se engana. O primeiro tempo foi de uma ruindade ímpar, o pior jogo da Copa até aqui. As duas equipes erravam passes em profusão e não conseguiam chegar ao ataque. A Inglaterra chegou duas vezes, ambas com Owen, em chutes fracos que Nkono defendeu. Camarões chegou uma única vez, mas Oman Biyik chutou fraco e torto. Assim, o primeiro tempo terminou num 0x0 horroroso.

No intervalo, Arenoso tirou Tataw e Oman Biyik, para colocar Ndip e Roger Milla. O lateral nem estava mal, mas Owen criou as duas jogadas nas costas dele. Já Oman Biyik simplesmente não parece ser o artilheiro que Camarões espera. David English também mudou, tirando Gerrard e Rooney, para colocar Carragher e Crouch, promovendo grande mudança tática. Gerrard errava tudo e precisava da ajuda de Lampard na marcação, enquanto Rooney não fazia absolutamente nada. Carragher iria para a lateral direita, Bridge iria para o meio de campo, marcando e liberando Lampard para atuar mais à frente.

Com essas mudanças, o jogo também mudou e os gols começaram a aparecer. Camarões perdeu ótima oportunidade logo com um minuto, quando Roger Milla fez ótima tabela com Mfede, mas foi desarmado por Terry na hora da conclusão, fazendo falta no zagueiro e recebendo o primeiro cartão amarelo da Copa do Mundo.

O atacante inglês agiu completamente diferente. Aos 2 minutos, Terry tocou a Bridge, que buscou Lampard mais à frente. O camisa 8 fez ótimo passe nas costas da zaga e Crouch, dentro da área, só teve que chutar no canto de Nkono e sair para comemorar: Inglaterra 1x0.

Camarões buscou sair pro jogo e igualar o marcador. Com isso, as tabelas em velocidade apareceram. Aos 4 minutos, Pagal interceptou passe de Beckham para Owen e tocou a Makanaky. O camisa 20 puxou o contra ataque em velocidade e passou a Roger Milla no meio. O camisa 9 abriu na direita para Mfede, que deu um corte para dentro, trazendo a bola pro pé esquerdo e chutando cruzado, sem chances para Robinson: Camarões 1x1.

O jogo ganhou em emoção. A Inglaterra tomava a iniciativa e Camarões levava perigo nos contra ataques, num toma lá dá cá frenético, mas o placar não parecia querer se alterar. Isso foi até os 7 minutos, quando um corte providencial de Ashley Cole impediu o avanço de Mbouh Mbouh e propiciou aos ingleses a melhor jogada da partida. O camisa 3 tocou a Bridge na meia lua defensiva e o camisa 2 procurou Joe Cole mais à frente. Marcado, o camisa 11 devolveu a Bridge, que fez um lançamento magistral para Peter Crouch, na meia lua de ataque. O camisa 15, de costas pro gol e marcado por dois zagueiros camaroneses, resolveu abrir na direita e encontrou David Beckham livre. O camisa 7 recebeu no bico da área, sem marcação, e acertou um lindo chute, cheio de efeito, que fez uma curva para entrar no ângulo oposto de Nkono: Inglaterra 2x1.

A partir daí, se abriu a porteira. Camarões tentou a saída na base do drible. Mfede tocava a Roger Milla, que partia em velocidade, driblando os marcadores e chutando da entrada da área. Aos 8 minutos, o chute saiu forte, mas no meio do gol e Robinson defendeu. Ferdinand rebateu para a entrada da área, onde Bridge tocou rápido para Lampard, mais à frente. O camisa 8 viu Crouch partindo pela esquerda e lhe passou a bola. O camisa 15 pegou a defesa camaronesa aberta e, da entrada da área, mandou ótimo chute de pé esquerdo para vencer Nkono e fazer Inglaterra 3x1.

Os camaroneses entraram em desespero com a desvantagem de dois gols e apenas 2 minutos pela frente para tentarem a igualdade. Na saída de bola, Mfede rolou para Roger Milla que, novamente, partiu em velocidade e driblando. Mas John Terry já estava escolado e, com um desarme impecável, tirou a bola do atacante adversário, deixando para Ashley Cole na esquerda. O camisa 3 procurou Bridge no meio, que tocou a Lampard mais à frente. O camisa 8 resolveu gastar o tempo e foi tabelando com Crouch. Quando recebeu o último passe do camisa 15, Lampard já estava na entrada da área, pelo lado esquerdo e marcado por Kana Biyik. O camisa 8 inglês resolveu partir para cima, deu um corte para dentro e, de pé direito, chutou em arco para dar números finais ao confronto: Inglaterra 4x1.

A goleada dá a falsa impressão que os ingleses dominaram o jogo, mas a verdade é que jogaram mal novamente, crescendo somente no segundo tempo. Camarões ainda padece de ritmo de jogo e a inexperiência pesou caro contra uma seleção implacável.

Destaque do jogo: Peter Crouch. A torcida sempre quer ver o centroavante gigante no time titular, mas é difícil tirar Rooney ou Owen. Depois do jogo de hoje, David English terá que dar um jeito nisso. A Inglaterra jogava mal até o camisa 15 entrar em campo. Ele precisou de pouco tempo para marcar e o fez duas vezes, dando o passe para os outros dois gols, que deixaram sua equipe muito próxima das semifinais.

BRASIL 2x2 ARGENTINA

O jogo que encerrou a segunda rodada era nada mais, nada menos, que o Superclássico das Américas. Brasil e Argentina, os dois grandes rivais se enfrentando em igualdade. Ambos tiveram um período muito ruim, chegando a serem considerados os dois piores times no pré-Copa. Ambos recomeçaram o trabalho do zero e evoluíram dali. Ambos estrearam com empates amargos, depois de abrirem uma boa vantagem. O Brasil, depois de fazer 3x0 na Inglaterra, permitiu o empate, enquanto a Argentina abriu 2x0 contra Camarões e deixou o adversário igualar. Prenúncio de um jogão.

E foi mesmo, uma partida daquelas de tirar o fôlego, bem ao estilo de Brasil e Argentina. Os argentinos começaram melhor o jogo, com Messi ocupando o campo de ataque e buscando tabelas, acuando o time brasileiro. Rivaldo jogava recuado, tentando ajudar na marcação ao time rival, mas deixando o Brasil sem saída de bola, o que obrigava Denilson a voltar para buscar o jogo. Aos 3 minutos, um lance polêmico. Messi triangulou com Mercado e Di Maria e chutou da entrada da área. A bola desviou em Edmilson e Carlos Germano se esticou todo para dar um tapa na bola. Os argentinos alegam que o goleiro brasileiro tirou de dentro do gol, mas o árbitro Pedro Carlos Bregalda mandou o jogo seguir.

O Brasil tinha um Romário muito abaixo do nível que se espera, mas um Denilson muito inspirado. Aos 7 minutos, Romário foi repor o lateral no campo de ataque, podendo tocar a Ronaldo na área ou Denilson fora dela. Não escolheu nem uma nem outra, tocando mais atrás ainda, onde Mercado já se preparava para o contra ataque. Denilson percebeu o equívoco do camisa 11 brasileiro e se antecipou, ficando com a bola e girando em direção à área. Mercado tentou desarmá-lo, mas o camisa 17 tem no drible sua arma mais letal. Com uma finta, Denilson se livrou do marcador argentino, invadiu a área pela esquerda e chutou cruzado para vencer Abbondanzieri: Brasil 1x0.

No intervalo, Madeirite tirou Kleberson e Romário para colocar Roque Junior e Ronaldinho. Edmilson passaria à cabeça de área e Roque Junior faria a dupla de zaga com Lúcio, enquanto Ronaldinho entraria na ponta direita, mas com a missão de trazer a bola pro meio e ajudar Rivaldo na armação. Argentino, por sua vez, tirou os apagados Conca e Alario para colocar Kranevitter e Tevez.

As mudanças melhoraram a Argentina, que passou a ter mais peças no campo de ataque, forçando o time brasileiro ao erro. Eram apenas dois minutos de jogo quando Di Maria arrancou pela esquerda e Cafu o derrubou na entrada da área, em uma falta desnecessária, pois Lúcio vinha na cobertura. Messi cobrou a falta com maestria ímpar, por cima da barreira, vencendo Carlos Germano e empatando o jogo: Argentina 1x1.

O crescimento da Argentina era nítido e o erro abalou Cafu. O Brasil deu a saída de bola, aos 3 minutos e ainda tentava se organizar quando a bola chegou ao seu camisa 2. Cafu tentou sair driblando e foi desarmado por Di Maria próximo à entrada da área brasileira. O camisa 7 pegou a defesa desarrumada e, da meia lua, chutou com força e venceu Carlos Germano, fazendo Argentina 2x1.

A partir daí, o Brasil passou a buscar o empate no desespero, enquanto os argentinos tinham o contra ataque à sua disposição. A entrada de Kranevitter foi essencial para isso, pois o camisa 5 estava bem posicionado em campo para impedir o último passe brasileiro e reiniciava as jogadas com categoria. Mas o Brasil foi se arrumando aos poucos e Rivaldo começou a jogar melhor. Primeiro, anulava Messi, o responsável pelas jogadas de ataque do rival. Depois, com a bola dominada, abria o jogo nas pontas e dava a Denilson e Ronaldinho, que procuravam Ronaldo no comando de ataque. Dessa forma, o jogo ficou bom e os dois goleiros tiveram que trabalhar muito para evitarem outros gols.

O jogo se encaminhava para o final quando Rivaldo acionou Denilson na esquerda. O camisa 17 partiu com a bola dominada e se embolou com Mascherano próximo à entrada da área argentina. O árbitro marcou falta, para desespero dos argentinos, que alegam não ter havido a infração. O temor da Argentina era justificável, pois uma falta na entrada da área, no último minuto de partida, contra o Brasil, era suicídio. Roberto Carlos, Rivaldo, Denilson, Juninho e Ronaldinho se apresentaram para cobrar. Pelo local e características, Ronaldinho foi para a bola e, tal qual Messi no início do segundo tempo, cobrou de forma magistral. A bola passou por cima da barreira e morreu no fundo das redes, mesmo com Abbondanzieri se atirando desesperadamente: Brasil 2x2.

Em um jogo onde a Argentina foi melhor, os brasileiros devem agradecer aos céus pelo empate. Dominados na maior parte do jogo, ainda tiveram a ajuda da arbitragem para não saírem derrotados. Já os argentinos lamentam o segundo 2x2 depois de jogarem melhor.

Destaque do jogo: Lionel Messi. Novamente, o camisa 10 argentino se destacou. Com movimentação constante no campo de ataque, buscou tabelas, finalizou e levou perigo constante ao arco brasileiro. Marcou seu gol com uma cobrança de falta magistral.

CLASSIFICAÇÃO

Grupo A
1° Japão - 6 pontos
2° Alemanha - 3 pontos
3° França - 1 ponto, 5 gols pró
4° Holanda - 1 ponto, 3 gols pró

Grupo B
1° Inglaterra - 4 pontos
2° Brasil - 2 pontos, 5 gols pró
3° Argentina - 2 pontos, 4 gols pró
4° Camarões - 1 ponto

ARTILHARIA

1° Kojiro Hyuga (Japão) - 4 gols
2° Thomas Muller (Alemanha), Angel Di Maria (Argentina), Lionel Messi (Argentina), Denilson (Brasil), Zinedine Zidane (França), David Beckham (Inglaterra), Peter Crouch (Inglaterra), Sawada (Japão), Oliver Tsubasa (Japão) - 2 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • A terceira e decisiva rodada deve acontecer entre domingo e terça-feira. No grupo A, o Japão já está classificado. Alemanha, França e Holanda ainda têm chances. No grupo B, todas as equipes têm chances de avançar. Vai ser uma rodada eletrizante!
  • No último domingo (01/07), a FMN (Futebol de Mesa Niterói) promoveu uma clínica de futebol de mesa no shopping Itaipu Multicenter, na Região Oceânica de Niterói. Ação pioneira na região, levou mesas à praça de alimentação do local e convidou as pessoas a tentarem umas palhetadas. Não havia outra opção de jogo além de dadinho, mas foi feito um convite para iniciarmos a divisão da regra paulista 12 toques e, assim, é possível que equipes da FIFUBO passem a jogar na FMN. Os jogos acontecem no Praia Clube São Francisco, nas terças e quartas-feiras, de 19 às 22h. Uma ótima iniciativa, que leva todo o nosso apoio.

Crianças e adultos jogando futebol de botão na praça de alimentação do Itaipu Multicenter. Parabéns a quem teve a ideia. Que seja a primeira de muitas!