segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Troféu do Presidente 2018 - Quartas de Final Jogos de volta - 22/10/2018

A segunda feira chegou com sol forte, mas temperatura ainda amena. O Imperatriz Arena se abriu novamente para o encerramento das quartas de final do Troféu do Presidente e um bom público compareceu. Vamos conhecer os semifinalistas!

BRASIL 2x2 HOLANDA

Após vencer no jogo de ida (1x0), o Brasil podia até empatar para avançar à fase seguinte. Mas o jogo pobre preocupava o treinador Dorival Junior. A equipe se trancou na defesa no segundo tempo, conseguiu garantir a vantagem, mas não convenceu. Já a Holanda precisa vencer por dois gols de vantagem para ir à próxima fase e aposta no bom futebol apresentado. Johan Cruyff pediu a seus jogadores que caprichassem na finalização desta vez.

Novamente, o Brasil teve muita dificuldade para se organizar. O campo também estava um pouco sujo, dificultando à bola rolar com tranquilidade. Mas o Brasil era desorganizado e não criava nada. A Holanda, por outro lado, tinha uma boa gama de jogadas, triangulando com seus três atacantes e levando perigo. Assim, aos 3 minutos, conseguiu marcar seu gol após Kluivert chutar e Carlos Germano espalmar para lateral. Heitinga cobrou para a ponta esquerda e correu para a área. Kluivert recebeu, girou para o pé direito e cruzou. O próprio Heitinga subiu mais que Lúcio e cabeceou sem chances para Carlos Germano, fazendo Holanda 1x0.

Neste momento, a vaga parecia se abrir para os holandeses. O Brasil não tinha forças para reagir e a Holanda, com boa marcação, roubava a bola e saía rápido no contra ataque. Mas o excesso de confiança dos europeus acabou se virando contra eles. Aos 7 minutos, Denilson tentou a jogada pela ponta esquerda e foi desarmado por Numan, que entrou com a bola na área e passou por trás de Van Der Sar para sair jogando. Ao tentar inverter o jogo para o outro lado, no entanto, o camisa 4 holandês acertou a bola nas costas de seu próprio goleiro e a bola entrou, em um dos gols contra mais bizarros da História da FIFUBO: Brasil 1x1.

No intervalo, Dorival Junior foi ousado e sacou os dois principais jogadores do time. Saíram Rivaldo e Ronaldo e entraram Roque Junior e Romário. Roque Junior formaria a zaga com Lúcio; Edmilson se adiantaria para jogar de volante com Kleberson; e Juninho se adiantaria para formar a dupla de armação com Ronaldinho, que continuaria variando entre a armação e a ponta direita. Já Johan Cruyff resolveu corrigir os problemas pontuais da equipe, sacando Numan e Seedorf e colocando Triton e Jordi Cruyff.

O Brasil melhorou no segundo tempo e passou a ter mais criatividade. Romário pedia a bola o tempo inteiro, Juninho armava e Denilson infernizava pela ponta esquerda. Mas a Holanda também jogava bem e criava boas jogadas pelos dois lados do campo. Kluivert era o alvo das bolas e andou obrigando Carlos Germano a fazer excelentes defesas.

Aos 5 minutos, Ronaldinho tocou a Juninho e o camisa 19, em condições de chute, tentou um drible para entrar na área. Stam o desarmou e tocou a Jordi Cruyff no meio. O camisa 14 deu um bom passe para Zenden no ataque e o camisa 10, parecendo voltar à velha forma, trouxe a bola para o lado esquerdo, driblando Edmilson e Lucio e chutando da entrada da área para vencer Carlos Germano: Holanda 2x1.

A vaga estava nas mãos dos europeus e parecia cada vez mais próxima, porque o Brasil não conseguia criar mais nada. Mas a defesa holandesa voltaria a falhar aos 8 minutos. Romário protegeu a bola na entrada da área e Stam, afoito, tentou chegar na bola de qualquer jeito, atropelando o camisa 11 brasileiro. Tal qual Messi no dia anterior, Ronaldinho percebeu que Van Der Sar sairia para cobrir a barreira e, assim, o camisa 7 brasileiro chutou rasteira no outro lado. Quando o goleiro holandês percebeu, a bola já estava no fundo do gol: Brasil 2x2.

O Brasil avançou às semifinais em um jogo muito bom, mas precisa melhorar muito para conseguir algo mais na competição. Aos holandeses, resta a lição de não cometerem tantos erros defensivos para triunfar.

FRANÇA 1x2 CAMARÕES

O pior dos jogos de ida prometia ser bem diferente na volta. A França ainda procura uma identidade sob o comando de Sam Allardyce, que pediu aos jogadores mais empenho para derrotarem seus adversários. Já Camarões, empolgado pela conquista de seu primeiro ponto na FIFUBO (1x1 na ida), queria mais. Zlatko Dalic pediu a seus jogadores que jogassem mais sério, pois poderiam ter vencido na ida se tivessem se aplicado. Quem vencesse, avançaria. Empate levaria para os pênaltis.

A França, realmente, teve uma atitude diferente neste jogo. Desde o início, Zidane e Djorkaeff ocuparam o campo de ataque e, dali, criaram as jogadas do time, acuando os africanos, que não conseguiam sair para o ataque. E a história do jogo poderia ser outra, quando aos 3 minutos, Zidane e Djorkaeff provocaram um carnaval no lado esquerdo do ataque, até o camisa 10 ser derrubado por Nkono na área. Aristeu Tavares marcou o primeiro pênalti da História do Imperatriz Arena. Zidane cobrou no ângulo de Nkono, mas acertou a trave e a bola saiu para lateral.

Após a penalidade desperdiçada, Zidane desanimou e a França parou de criar. Com dificuldades para fazer a transição, erravam sempre que chegavam à intermediária de ataque e foi neste momento que Camarões viu que poderia vencer. Com Pagal em tarde inspirada, o time africano tinha uma marcação mais apertada e conseguia sair em contra ataques velozes. Em um deles, aos 9 minutos, abriu o marcador. Tataw desarmou Henry na lateral direita e avançou com a bola pela ponta até o meio de campo, onde tocou a Mbouh. O camisa 8 foi ao campo de ataque e deu um excelente toque em profundidade para área. Barthez saiu do gol, mas Roger Milla foi mais rápido e, com um leve toque, tirou do goleiro e fez Camarões 1x0.

No intervalo, Sam Allardyce foi bem claro. Disse que não iria entregar o cargo mesmo que a equipe fosse eliminada em mais uma competição. Fez uma mudança muito ousada e colocou o time para jogar no 4-4-2 losango. Saíram Laurent Blanc e Thierry Henry e entraram Pires e Trezeguet. Deschamps seria deslocado para a quarta zaga e o losango do meio ficaria com Vieira de volante, Djorkaeff e Pires nos lados e Zidane centralizado mais à frente. Já Zlatko Dalic tirou Kunde e Roger Milla (que já tinha cartão amarelo) e colocou Ndip e Oman Biyik.

Se a mudança de Camarões era para evitar mais cartões, o tiro foi pela culatra. Oman Biyik recebeu seu cartão logo com um minuto de segundo tempo. Já a França cresceu com a mudança de Allardyce e passou a dominar o jogo. Lizarazu já tinha feito uma ótima jogada aos 2 minutos, quando acertou o travessão. Aos 4, fez a mesma jogada e foi mais feliz. Pires tocou para o camisa 3 na lateral esquerda e Lizarazu avançou pela ponta, dando um drible desmoralizante em Tataw antes de chutar cruzado da lateral da área e vencer Nkono, fazendo França 1x1.

O jogo ficou eletrizante. Se não tinha muita técnica, sobrava disposição. As duas equipes se fartaram de perder oportunidades. Enquanto Camarões atacava com Mfede distribuindo o jogo e Makanaky, Mbouh e Oman Biyik acertando a trave e obrigando Barthez a se virar, a França tinha um Zidane que recuperou a confiança e era auxiliado por Pires e Djorkaeff na artilharia contra Nkono. Mas o gol insistia em não sair. Até que o herói virou vilão...

Aos 9 minutos, Makanaky rolou a Oman Biyik, mas a bola foi longa demais. Lizarazu correu para cortar, mas o camisa 7 camaronês usou sua velocidade e chegou primeiro. O lateral francês acabou acertando o adversário na meia lua. Mfede cobrou a falta com perfeição, por cima da barreira, e venceu Barthez, fazendo Camarões 2x1.

Em um jogo tenso, com cartões amarelos sendo distribuídos e os dois treinadores advertidos por saírem da zona técnica, Camarões vence sua primeira partida na FIFUBO e consegue uma inédita classificação às semifinais. À França, resta mais uma eliminação traumática, se somando à Copa do Mundo e à Copa do Rei e deixando nuvens pesadíssimas em cima do time.

NOTAS RÁPIDAS
  • No próximo final de semana, teremos compromissos e eleições. Por isso, não teremos jogos. As semifinais devem ser disputadas só no outro final de semana.
  • O sorteio decidiu que Brasil x Inglaterra e Camarões x Japão serão os duelos semifinais. A volta será Inglaterra x Brasil e Japão x Camarões no dia seguinte ao jogo de ida.

domingo, 21 de outubro de 2018

Troféu do Presidente 2018 - Quartas de Final Jogos de volta - 21/10/2018

O domingo começou um pouco nublado e logo as nuvens se mandaram, dando lugar a um dia de céu azul e temperatura muito agradável, um dia perfeito para lotar o Imperatriz Arena e assistir aos dois primeiros duelos de volta das quartas de final do Troféu do Presidente. Vamos conhecer os dois primeiros semifinalistas!

ALEMANHA 2x2 INGLATERRA

Derrotados no jogo de ida (2x3), os alemães precisavam vencer por dois gols de diferença para avançar. Vitória por um gol levava o jogo para os pênaltis. O treinador Lothar Matthaus dizia que sua equipe poderia muito bem alcançar o resultado, já que tinha endurecido o jogo anterior. O técnico não iria fazer marcação especial sobre Peter Crouch, alegando possuir zagueiros altos para impedir a aproximação do perigoso adversário. Já os ingleses poderiam até empatar para avançar, mas não queriam ficar se segurando lá atrás. Alex Ferguson manteve a equipe que venceu o jogo de ida e apostava na surpresa ao adversário, com um futebol ofensivo.

Tal qual no jogo de ida, as duas equipes fizeram uma boa partida. Desde o início, os dois partiram para cima e alternaram bons momentos no ataque. Com 3 minutos de jogo, Miroslav Klose cobrou escanteio para a área e Thomas Muller apareceu cabeceando com força para vencer Paul Robinson: Alemanha 1x0.

A Inglaterra viu sua vantagem ser pulverizada logo no início do jogo, mas não quis saber de recuar. Os alemães apertaram a marcação e afastaram Peter Crouch da área. Mas o craque inglês não é do tipo que aceita ser marcado com facilidade. O camisa 15 começou a se movimentar e quando David Beckham se preparou para cobrar um lateral no meio de campo e viu que Owen e Lampard não se mexiam, Crouch saiu da área e se apresentou para receber a bola. O camisa 7 inglês tocou para seu centroavante, que girou com a bola, avançou até a intermediária sem ser incomodado, viu o posicionamento de Neuer e acertou um chute em arco, com a parte de fora do pé. A bola subiu, encobriu o goleiro e foi morrer no fundo do gol alemão: Inglaterra 1x1, aos 7 minutos.

No intervalo, Lothar Matthaus resolveu levar o time à frente. Tirou Reus e Podolski e colocou Draxler e Mario Goetze. Alex Ferguson tirou Rio Ferdinand e Michael Owen (novamente nulo) e colocou Carragher e Wayne Rooney.

Com a entrada do camisa 9 pelo lado esquerdo do ataque, Crouch passou a jogar do lado direito. Com isso, a Inglaterra ganhou o meio de campo e passou a se movimentar bem melhor no campo de ataque. Com apenas um minuto, Lampard desarmou Muller e tocou a Crouch no campo de ataque. O camisa 15 atraiu a marcação e, com um toque por entre os zagueiros, encontrou Beckham livre. O camisa 7 invadiu a área pela diagonal e chutou cruzado para vencer Neuer e fazer Inglaterra 2x1.

Neste momento, os ingleses eram muito melhores em campo. A equipe fazia triangulações pela direita, com Gerrard, Beckham e Crouch, e pela esquerda, com Lampard, Joe Cole e Rooney. Neuer era obrigado a operar verdadeiros milagres para evitar algo muito pior. Os alemães não conseguiram jogar no segundo tempo com as mudanças de Alex Ferguson.

Mas, aos 8 minutos, o jogo ganhou muita emoção. Após um cruzamento na área alemã não encontrar ninguém, Lahm pegou a bola na esquerda e puxou o contra ataque. Ele passou mais na intermediária defensiva para Kroos, que fez um lançamento magistral para o campo de ataque, encontrando Klose na meia lua. De costas pro gol, o camisa 11 abriu na direita para Hummels e correu para a área. O camisa 6 cruzou na medida e Klose cabeceou sem chances para Robinson, finalizando uma jogada coletiva muito bonita: Alemanha 2x2.

A Alemanha passou os dois minutos seguintes recorrendo a lançamentos longos, mas a defesa inglesa estava muito bem postada. Com Wayne Bridge e Ashley Cole voltando para ajudar na marcação, a Inglaterra segurou o empate e saiu com a vaga.

JAPÃO 2x2 ARGENTINA

Após vencer o jogo de ida (2x0), o Japão podia até perder por um gol de diferença, que avançaria. Sr Mikami manteve o mesmo time, apostando no entrosamento. Já a Argentina precisava devolver o placar para levar para os pênaltis ou uma vitória a partir de três gols de diferença para avançar. Carlos Bianchi barrou Alario e colocou Tevez, apostando em ataques de velocidade e também na velocidade para recompor.

A ideia inicial de Bianchi foi muito boa. A Argentina pressionou desde o início, ocupando o campo de ataque. Enquanto Conca e Di Maria se ocupavam da armação, Messi se movia pelo campo de ataque e, com uma dupla de frente leve, conseguia boas tabelas com Scocco e Tevez. O camisa 11, recebendo sua chance no time titular, perdeu duas ótimas oportunidades no início do jogo.

O primeiro gol veio aos 6 minutos, quando Conca abriu a Tevez na direita, o camisa 11 trouxe para o meio e inverteu para o lado esquerdo, encontrando Messi. Com um drible desmoralizante, o camisa 10 tirou Hiroshi da jogada, invadiu a área e tocou na saída de Wakabayashi, fazendo Argentina 1x0.

Os sulamericanos eram melhores e não deixavam os asiáticos jogarem. Aos 9 minutos, Scocco recebeu de Di Maria no comando de ataque e avançou em direção à área, sendo derrubado por Shingo Aoi na meia lua. Messi ajeitou e, na hora da cobrança, percebeu que Wakabayashi sairia para trás da barreira, esperando uma batida por cima da mesma. Então, o camisa 10 cobrou por baixo, no lado onde Wakabayashi estava anteriormente. Quando o goleiro japonês percebeu, a bola já ultrapassava a linha fatal e a Argentina comemorava o 2x0.

No intervalo, Carlos Bianchi resolveu partir para cima em busca da classificação direta. Tirou Mercado e Di Maria e colocou Kranevitter e Alario. Assim, iria para um 3-4-3, com Demichelis, Gabriel Milito e Vangioni fazendo a defesa; Mascherano e Kranevitter de volantes; Messi e Conca armando; Tevez e Scocco nas pontas e Alario no ataque. Sr Mikami tratou de levantar a moral dos japoneses, após ver a sua vantagem ser pulverizada. Tirou Sawada e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta, reforçando a marcação no meio para liberar Jun Misugi de vez para o ataque.

Apesar de uma ideia interessante de Bianchi, foi a mudança de Mikami quem mudou o jogo. Os japoneses ganharam o meio de campo e passaram a ter mais movimentação no campo de ataque, tendo mais oportunidades de gol. Aos 4 minutos, saiu o gol que devolvia a vantagem aos asiáticos. Tsubasa pegou a bola no meio e lançou para a ponta direita, encontrando Shun Nitta. O camisa 13 procurava Hyuga na área, mas o centroavante era marcado por 2 oponentes. A solução, então, foi Nitta cortar para o meio. Jun Misugi percebeu a jogada e correu para a meia lua, recebendo do camisa 13. Misugi pegou a bola com 3 argentinos à sua frente, mas a genialidade que o levou a ser eleito o melhor da Copa do Mundo falou mais alto. Com um tapa rápido, o camisa 8 mandou uma bola rasteira no canto esquerdo de Abbondanzieri e fez Japão 1x2.

Os argentinos precisavam de um gol para levar a partida aos pênaltis e os japoneses, vendo os adversários se lançando ao ataque, se posicionaram e esperaram o melhor momento para sair no contra ataque. A entrada de Matsuyama melhorou a marcação no meio e permitiu aos japoneses evitar as conclusões argentinas. Aos 8 minutos, o golpe de misericórdia foi dado, quando uma linda jogada coletiva, de toques de primeira, desmontou a defesa rival. Tsubasa tocou a Nitta no meio e o camisa 13 abriu a Misugi na direita. O camisa 8 buscou Hyuga no lado esquerdo da área e o camisa 9 voltou a bola para o lado direito, encontrando Ishizaki. O camisa 2 só teve que empurrar para o gol, pois os argentinos todos já haviam caído, correndo de um lado para o outro: Japão 2x2.

A Argentina desanimou de vez e não conseguiu mais se organizar para conseguir dois gols em dois minutos. O Japão tocou a bola e esperou o juiz Leonardo Gaciba apitar o final do jogo e a classificação nipônica às semifinais.

sábado, 20 de outubro de 2018

Troféu do Presidente 2018 - Quartas de Final Jogos de Ida - 20/10/2018

O sábado afastou as nuvens e trouxe um lindo dia de céu azul, com temperatura amena. O Imperatriz Arena recebeu um grande público para seu primeiro torneio. As cartas estavam na mesa para as partidas de ida das quartas de final do Troféu do Presidente 2018! O último torneio de seleções foi a Copa do Rei. Se a monarquia tem o seu campeonato, a república também tem direito e o Troféu do Presidente é a competição. Tal qual a Copa do Rei, é um torneio no modelo Copa, eliminatório. Mas, ao contrário daquela, o Troféu do Presidente é disputado em partidas de ida e volta, com vantagem apenas no saldo (não existe gol qualificado). Os duelos foram sorteados e, como comemoração por ser o primeiro torneio do Imperatriz Arena, a rodada inicial teve as quatro partidas disputadas no mesmo dia. Além disso, é a primeira competição com os novos árbitros da FIFUBO. Vamos aos jogos!

INGLATERRA 3x2 ALEMANHA

O primeiro jogo já trazia um tira-teima de uma rivalidade cada vez maior na FIFUBO. Na Copa do Mundo, a Inglaterra venceu por 3x0 e ficou com a medalha de bronze; na Copa do Rei, a Alemanha venceu por 3x1 e avançou à final. Para este jogo, Alex Ferguson mantinha Peter Crouch entre os titulares, com a ordem de ficar encravado dentro da área. Já Lothar Matthaus pedia a seus atletas cuidado na parte disciplinar, uma vez que o sentimento é que a Copa do Rei só foi perdida na final porque a equipe tinha muitos jogadores suspensos e teve que mudar o esquema no jogo decisivo.

Jogar num campo com dimensões muito maiores e com a regra completa demanda tempo para adaptações. Os ingleses e alemães perceberam isso e demoraram a entrar no ritmo do jogo. Os ingleses conseguiram mais rapidamente e, logo, começaram a ditar o ritmo do jogo, pressionando muito e acuando o time alemão. Mas foi só aos 6 minutos que abriram o marcador. Beckham cobrou escanteio para a área e o gigante Peter Crouch subiu mais que a zaga para desviar, longe do alcance de Neuer, fazendo Inglaterra 1x0.

A Alemanha tinha a desvantagem no placar e, por isso, foi obrigada a se lançar ao ataque. Desorganizada, a equipe não conseguia criar. Mas a arbitragem deu uma mãozinha. Aos 8 minutos, Terry disputou com Thomas Muller próximo á entrada da área e o juiz Daniel Pomeroy marcou falta do defensor inglês. Schweinsteiger cobrou com perfeição, por cima da barreira, e venceu Robinson, fazendo Alemanha 1x1.

No intervalo, Alex Ferguson tirou Bridge e Owen para colocar Carragher e Rooney. Matthaus tirou Toni Kroos e Podolski para colocar Draxler e Mario Goetze.

A Alemanha cresceu ligeiramente na partida e os ingleses continuaram dominando. Mas os ingleses sempre cometem uma falha, que permite ao adversário tomar vantagem. Aos 3 minutos, a Alemanha criou sua melhor jogada na partida, quando Mertesacker desarmou Rooney e tocou a Thomas Muller no meio. O camisa 13 abriu na esquerda para Marco Reus, que tabelou com Mario Goetze e avançou até a entrada da área para chutar. O tiro de Reus saiu fraco e cruzado, mas Paul Robinson escolheu o lado errado, tentou voltar rápido e acabou engolindo um frango: Alemanha 2x1.

O placar não fazia justiça ao melhor futebol inglês e os alemães sabiam disso, por isso trataram de se trancar na defesa e tentar os contra ataques. Mas a Inglaterra tinha Peter Crouch em campo e isso significa muita coisa. Aos 6 minutos, Robinson cobrou tiro de meta para Gerrard no meio. O camisa 4 avançou com a bola dominada, tabelou com Beckham, recebeu de volta na intermediária alemã e fez um lindo toque em profundidade para Peter Crouch. O camisa 15 invadiu a área e chutou na saída de Neuer, fazendo Inglaterra 2x2.

A Inglaterra cresceu na partida e voltou a dominar as ações. Os alemães ficaram acuados e apenas torciam pelo final do jogo. Mas o que deviam torcer mesmo era para Crouch não estar no jogo. Aos 8 minutos, Gerrard desarmou Thomas Muller e tocou a Lampard no meio de campo. O camisa 8 passou pelo centro para Peter Crouch e o camisa 15 avançou no contra ataque, driblando dois adversários e chutando da entrada da área para fazer seu hat trick e vencer Neuer: Inglaterra 3x2.

ARGENTINA 0x2 JAPÃO

Os dois últimos campeões se enfrentaram na partida seguinte. Campeã da Copa do Rei, a Argentina vem de um período ruim, onde atuou em partidas na FMN e não conseguiu vencer. Mesmo assim, Carlos Bianchi mantém o time que vinha atuando nos últimos jogos. Campeão da Copa do Mundo, o Japão passou por reformulação no Projeto Supercampeões e ainda não engrenou sob o comando do Senhor Mikami. Mas o treinador japonês mantém a filosofia e crê que a equipe vai engrenar em breve.

O primeiro tempo teve a tradicional dificuldade das duas equipes em se adaptar ao campo maior, a dimensionar o 4-4-2 losango que ambos usam e a forma de criar jogadas. Mesmo assim, tivemos momentos de emoção, com uma bola na trave japonesa após chute de Scocco e uma ótima defesa de Abbondanzieri em chute de Hyuga. Mas o primeiro tempo terminou mesmo em 0x0.

No intervalo, Bianchi tirou Di Maria e Alario, apagados, para colocar Kranevitter e Tevez. Melhoraria a marcação e liberaria Messi de vez. Já Tetsuo Mikami tirou Ishizaki e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta, mudando o lado direito e apostando na velocidade de seu atacante.

O treinador japonês foi mais feliz em suas mudanças e viu seu time crescer. Jun Misugi dominava o meio de campo, distribuindo o jogo e criando jogadas para seus atacantes. Na defesa, nada chegava à área, pois Shingo Aoi estava sempre bem posicionado para desarmar os adversários. Só faltava o gol...

E ele veio aos 3 minutos, em linda jogada coletiva que começou lá atrás, com Hiroshi afastando a bola da área. Misugi pegou no meio de campo e tocou a Nitta na ponta direita. Misugi correu para receber de volta e foi isso que Nitta fez. O camisa 8 foi ao fundo e cruzou para o segundo pau, onde Kojiro Hyuga cabeceou livre de marcação e fez Japão 1x0.

Só com a desvantagem no placar que Messi resolveu se mexer. O camisa 10 argentino passou a se movimentar mais e buscar o jogo, mas encontrou em Shingo Aoi uma barreira intransponível. O camisa 5 japonês sobrava em campo e ainda reiniciava as jogadas. O Japão se segurou e, aos 8 minutos, conseguiu o segundo gol. Matsuyama afastou da área e a bola sobrou para Tsubasa, que lançou Nitta na ponta. Em velocidade, o camisa 13 avançou e chamou a marcação. Quando se viu cercado, rolou a bola para o meio, por entre a defesa, encontrando Jun Misugi livre. O camisa 8 invadiu a área e deu um toque na saida de Abbondanzieri para fazer Japão 2x0.

HOLANDA 0x1 BRASIL

O terceiro jogo era o duelo das duas equipes que jogam no 4-3-3. A Holanda vinha empolgada, já que conseguiu bons resultados na FMN. Com um campo maior, a tendência é aparecer o futebol de seus jogadores, principalmente os de ataque. O Brasil, por outro lado, tem problemas. Dorival Junior já tinha preparado a equipe no 4-4-2, mas não sabia se poderia mantê-lo no campo maior, ou se iria para o 4-3-3.

Enquanto o Brasil tentava definir o esquema, a Holanda tomou a iniciativa das jogadas. Mas sempre pecava no último passe. O Brasil também tinha dificuldades e só conseguia sair quando Denilson arrancava pela ponta esquerda. O jogo ficou feio, com poucas chances de emoção.

Aos 7 minutos, no entanto, a genialidade dos craques brasileiros apareceu. Lucio afastou um cruzamento e Kleberson tocou a Rivaldo na meia esquerda. Com um lançamento genial, o camisa 10 encontrou Ronaldinho livre na ponta direita. Também de forma genial, o camisa 11 acertou um chute em arco do bico da área e acertou o ângulo oposto de Van Der Sar, fazendo Brasil 1x0.

No intervalo, Cruyff resolveu partir pra cima. Tirou Heitinga e Davids e colocou Triton e Jordi Cruyff. Aumentando o poder de marcação, ficava com 3 meias no meio de campo para distribuir o jogo. Já Dorival Junior resolveu trocar as peças que não funcionavam. Tirou Roberto Carlos e Ronaldo e colocou Roque Junior e Romário. O Brasil jogaria com 3 zagueiros, Kleberson na lateral esquerda e somente um volante.

O Brasil jamais se adequou ao novo esquema e não conseguia encaixar um contra ataque sequer. A Holanda pressionou de todas as formas e desperdiçou ótimas chances com Zenden, Kluivert e Bergkamp. Carlos Germano segurou as pontas e o Brasil saiu com uma vitória sofrida.

CAMARÕES 1x1 FRANÇA

O último duelo do dia seria entre as duas equipes que falam francês. Único time a não ter experiência anterior em um campo deste tamanho, Camarões também é a equipe que nunca pontuou. Zlatko Dalic barrou Oman Biyik e colocou Roger Milla em seu lugar, apostando que, com 5 no meio, poderia evitar a aproximação do adversário e, assim, sairia melhor para os contra ataques. A França de Sam Allardyce é uma decepção só. Cheia de fama, sempre comete uma falha e não consegue bons resultados por puro capricho. O treinador pede a seus atletas atenção desde o início, mas a desatenção de Marcel Desailly, que não entrou em campo junto com o time, mostrava que a tarefa era difícil...

Pode-se dizer tranquilamente que foi o pior jogo da rodada. Em má forma física e técnica, os dois times erravam muito e irritavam os torcedores. Mas os franceses estavam em uma situação um pouco mais confortável, porque abriram o marcador logo com um minuto. Massing e Tataw se arriscaram no campo de ataque e perderam a bola. Lizarazu tocou a Henry, que foi tabelando com Deschamps, se aproveitando da inexistência de marcação do lado direito camaronês. O último passe de Deschamps deixou Henry livre dentro da área e, com um toque de categoria, o camisa 12 tirou Nkono da jogada e fez França 1x0.

Os franceses caíram na velha soberba e sempre preferiam um toque de classe a uma finalização. Isso foi irritando os torcedores e acabou sendo um castigo para a equipe. Nos acréscimos, Djorkaeff cobrou corner para a área e Henry, ao invés de cabecear para o gol, preferiu matar no peito e fazer uma jogada mais bonita. O toque a mais permitiu a Nkono sair do gol e ficar com a bola, tocando a Mfede no meio de campo. Único toque de qualidade em um time tão ruim, o camisa 10 camaronês avançou com a bola dominada e fez um lançamento primoroso para o lado direito. Tataw foi ao fundo e cruzou para o primeiro pau, onde Roger Milla cabeceou fraco e cruzado. Barthez foi com a mão mole e acabou engolindo um frango parecido com o que Pumpido engoliu para o mesmo time na Copa de 90: Camarões 1x1.

No intervalo, Dalic passou para o 4-4-2, tirando Massing e Makanaky para colocar Ndip e Oman Biyik. Já Sam Allardyce, além do famoso mau humor, promoveu mudanças ao tirar Guivarch e Zidane e colocar Pires e Trezeguet.

A França dominou o segundo tempo, rondou a área camaronesa, obrigou Nkono a fazer defesas difíceis e acertou a trave duas vezes. Camarões teve o contra ataque e não aproveitou. Assim, o único empate da rodada foi sacramentado.

NOTAS RÁPIDAS

  • O computador deve voltar só na próxima semana. Então, as estatísticas individuais ficarão suspensas até o retorno do aparelho.
  • Os jogos de volta devem ser disputados em dois dias. Assim, Alemanha x Inglaterra e Japão x Argentina são as partidas deste domingo. Durante a semana, Brasil x Holanda e França x Camarões serão disputados.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Arte e Botões - Rockgol - 19/10/2018

Antecipando a arte dessa semana, porque no sábado e domingo a FIFUBO terá mais um torneio de seleções e o computador só deve voltar na semana que vem. Então, vamos a uma arte muito especial: vamos falar de Rockgol!

O Rockgol foi um torneio criado pela MTV brasileira nos anos 90. De início, uma grande galhofa, com as equipes formadas por bandas do rock nacional, um festival de caneladas. Aos poucos, foi caindo no gosto do público, que via nascer personagens folclóricos e até bons jogadores. A dupla de narração, Paulo Bonfá e Marco Bianchi, dava um sabor extra às transmissões, inventando apelidos que persistem até hoje, criando mitos (Clééééééééééston!), fazendo estatísticas esdrúxulas e outras coisas mais. E assim, o Rockgol se tornou uma lenda da TV brasileira até a MTV começar a se autoboicotar, seja transmitindo o programa depois de meia noite, seja deixando de passar o torneio ao vivo para transmiti-lo em VT 6 meses depois.

Mas a ideia e as boas lembranças permaneceram. Eu sempre quis colocar alguns dos astros daquele torneio em algum time meu. Agora, faço em arte para, quem sabe, algum dia produzir os botões. Como eram muitos nomes, escolhi os melhores e montei uma equipe com 11 mais a dupla de narradores como técnicos. E já que a fantasia rola solta, resolvi montar também um time da MTV americana, com os maiores nomes da História do rock mundial. Os goleiros estão em formato de botão também, pois não foi possível achar imagens que pemitissem criá-los no formato retangular. Então, vamos ver como seria este duelo épico:

A MTV Brasil começa com aquele que, talvez, seja o maior mito já criado pelo Rockgol. O goleiro Cleston surgiu fazendo defesas incríveis e, para muitos, poderia se encaixar em qualquer equipe profissional de futebol. Seu nome, na verdade, é Cleyston, DJ da banda Detonautas, mas os gritos de Bonfá e Bianchi (Clééééééééééston!), repetidos à exaustão, mudaram o nome do nosso paredão.

A defesa começa com o Tiozão do Churrasco na lateral direita. Originalmente Eliaquim Guilherme (!), baterista da banda Catedral, recebeu o famoso apelido por conta de sua cara de tiozão, reforçada pelo cabelo inteiramente branco. Um defensor de primeira e bom na saída de bola. A dupla de zaga é formada por Jesus e Jesus Jr porque, apesar de não serem bons de bola, quando o ataque pressiona, eles são a salvação, capazes de verdadeiros milagres. Jesus é o apelido de Luis Mariutti, baixista do Angra e do Shaman; Jesus Jr é, na verdade, o irmão de Luis. Hugo Mariutti era guitarrista nas mesmas bandas. Os dois eram alvo de comentários infames como "Jesus está pregado em campo" e "querem crucificar Jesus pela derrota". A defesa se completa com Japinha na lateral esquerda. O bateirista do CPM22, de nome Ricardo di Roberto, era um jogador veloz e habilidoso, bom para jogar pelos lados do campo.

O meio de campo começa com Canibal, vocalista do Devotos do Ódio. Jogador raçudo, bom marcador e também habilidoso, é um excelente volante, bom para desarmar o adversário e levar o time à frente. Ao seu lado, a "volância" é completa por Juninho Bill, que ficou famoso no Trem da Alegria e, depois, virou produtor musical. Há quem diga que também se aventurou profissionalmente no mundo da bola, o que pode explicar seu jeito de jogador profissional. Com boa marcação, vigor invejável e boa condução de bola, leva a camisa 8 de nosso time. A armação tem em Samuel Rosa seu camisa 7. Integrante da primeira dinastia do Rockgol, o vocalista do Skank era bom de bola. Sabia armar uma equipe e chegar ao ataque para concluir. Ao seu lado, completando o meio e ostentando com justiça a camisa 10, está Supla. Divide com Cleston as discussões sobre quem seria o maior jogador da História do torneio. Juninho Papito é um meia canhoto muito habilidoso. Sabe conduzir a bola, sabe organizar um time, tem bom passe, excelente conclusão, cobra faltas e pênaltis... um jogador completo. Não esconde de ninguém que viu as video aulas do Pelé e aprendeu os fundamentos do futebol com o Rei. Se aventurou no Santos e, quando foi aos Estados Unidos, ganhou dinheiro dando aulas de futebol e jogando em ligas amadoras.

A dupla de ataque começa Igor Cavalera, com a camisa 11. O bateirista do Sepultura surpreendeu muita gente quando entrou em campo a primeira vez. Com sua cara (e fama) de mal, esperava-se alguém chutando canelas e furando a bola para não deixar ninguém brincar. Quando a bola chegou aos seus pés, se provou um habilidoso atacante, no melhor estilo Kleber Gladiador (mas sem as expulsões). Seu companheiro de ataque e homem-gol da equipe brasileira é Toni Garrido. O vocalista do Cidade Negra se provou um centroavante espetacular, com boa presença na área e um faro de gol incrível.

Como não poderiam ficar de fora, Paulo Bonfá e Marco Bianchi se fazem presentes nesta arte. O narrador é o treinador da equipe, enquanto o comentarista fica com a preparação física, aplicando suas técnicas de calistenia, ao som de "dancing in the swimming pool".



A MTV USA tem um time que, se não é bom com a bola nos pés, é lendário no mundo da música. Começamos com Alice Cooper no gol. O tresloucado cantor assusta qualquer um que chega na sua área.

A defesa é toda montada pela "cozinha" do Guns N Roses, apostando no entrosamento dos músicos. O lateral direito é Izzy Stradlin, segundo guitarrista da banda. Acostumado a ficar em segundo plano e segurar as pontas, vai ter que segurar a ponta direita aqui. A dupla de zaga é formada pelos dois bateristas clássicos do Guns. Steven Adler e Matt Sorum formam a bateria antiaérea do time estrangeiro. Completando o setor, o tecladista Dizzy Reed é o lateral esquerdo. Ele sempre segurou as pontas para os "solos" de Axl Rose ao piano e, agora, segurará a ponta esquerda para que o vocalista possa brilhar novamente.

O meio de campo começa com Steven Tyler, do Aerosmith. Ele é meio "crazy", mas vocês verão como é "amazing" na proteção à zaga. Ao seu lado, o baixista do Guns Duff Mckagan. Um homem talentoso, que sabe organizar as coisas. Na armação, o Guns volta a atacar (já deu para perceber que a base do time é desta banda). Começamos com o lendário guitarrista do Guns, Slash. Tal qual nos palcos, se esconde atrás de sua cabeleira e ninguém sabe para onde está olhando ou no que está pensando e é neste momento que ele tira uma mágica de sua famosa cartola. A camisa 10 não podia ser de outro que não Axl Rose. Com seu jeitão bandido, mas um talento enorme, é a estrela da equipe.

O ataque começa com Jon Bon Jovi com a camisa 9. Sempre tentam usar seu jeitinho de galã para diminuí-lo. Mas, tal qual na discografia, ele possui um enorme repertório de jogadas e os elogios que recebe até hoje são mais do que justos. Ao seu lado, o ex Nirvana e atual Foo Fighter Dave Grohl. Tem um jeito meio louco, mas é capaz de andar milhas e milhas, aprender a voar e, por que não, fazer gols.

Como as lendas da música mundial são muitas, aqui teremos um trio no banco de reservas. O treinador é o eterno Kurt Cobain, do Nirvana. Mas ele não costuma aparecer muito nos treinos hoje em dia, então a MTV americana chamou para ficar como "co-treinador" o lendário Eric Clapton. A forma como lida com a guitarra em muito se assemelha a um treinador mexendo as peças em sua prancheta, criando a estratégia perfeita para a vitória. E, já que estamos falando em guitarra, o auxiliar dessa turma é ninguém mais ninguém menos do que Carlos Santana. O mexicano vem trazer um pouco do tempero latino a esta equipe e consegue entrosar a sua guitarra com a de Clapton muito bem, produzindo o tom perfeito para a equipe jogar por música.

É lógico que outras lendas ficaram de fora, mas a ideia era fazer dois times para um "jogo contra", ou um clássico anual. Peço perdão aos fãs de outros músicos que não se viram representados aqui. Quem sabe, no futuro, as lendas excluídas não formam uma nova banda, digo, time, para desafiar os que aqui estão?

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Imperatriz Arena - 15/10/2018

Comecei a jogar futebol de botão em 1990. Já contei esta história aqui, mas vale recordar alguns pequenos trechos. Meu irmão tinha uma mesa Estrelão guardada num armário e eu resolvi pegá-la para brincar de futebol com os Comandos em Ação. Minha avó viu e resolveu me presentear com um time de botão, um Vasco do modelo panelinha. Durante 12 anos, as partidas eram disputadas naquele Estrelão, mas nem sempre meu irmão permitia. Mesa de jantar, chão do quarto e até a calçada de casa já viraram campo de jogo para os meus botões.

Em 2002, já com botões maiores e regras mais bem definidas, meu irmão e eu juntamos dinheiro e compramos o Itaquá Dome. O estádio, com capacidade para 80 mil torcedores, era o suficiente para nossas partidas. Mas, no final daquele ano, o campeonato do BNDES me fez mudar o tipo de jogo. Saíram os botões resinados e entraram os argolados, com a regra paulista 12 toques. Naquele momento, o Itaquá Dome era pequeno para o tipo de botão que eu utilizava, tanto que tive que fazer algumas adaptações na regra. Ao invés de 12 toques, 8. Ao invés de 4 dedos de distância de um botão para o outro, 3. Mesmo assim, o Itaquá Dome foi a casa da FIFUBO por 16 anos. Seu gramado já estava todo esburacado e, em alguns pontos, a linha do campo já não existia. Mas lá estava o Itaquá Dome, sediando a primeira Copa do Mundo de Futibou de Butaum da História da FIFUBO. O sonho de ter uma mesa oficial, que permitisse a utilização plena da regra oficial e a possibilidade de jogar em um campo com as dimensões perfeitas para o tipo de botão, sempre existiu. Também pesava o sonho da casa própria, já que o Itaquá Dome era "guarda compartilhada" entre o meu time (Imperatriz F.B.) e o do meu irmão (Achrilix). E este sonho parecia nunca se concretizar...

Eis que chega o dia 01 de outubro de 2018, uma data histórica para a FIFUBO. Naquele dia, eu estava no Tijuca Tênis Clube, para finalizar a compra da minha mesa oficial. Naquele dia, chegava a Niterói o Imperatriz Arena, um moderno estádio de futibou de butaum, com capacidade para 150 mil torcedores, amplo estacionamento, vestiários de última geração, sala de imprensa, aquecimento subterrâneo, banco de reservas ampliado e uma série de melhorias em relação ao Itaquá Dome. E, finalmente, o Imperatriz tem sua casa própria!

O Itaquá Dome não foi esquecido. A FIFUBO marcou uma despedida oficial, que foi realizada no dia 08/10/2018. De um lado, um combinado com os 13 times e, do outro, um combinado com as 8 seleções. Cada time enviou um atleta, enquanto algumas seleções enviaram mais de um, para formarem dois times com 11 jogadores e 2 reservas.

O combinado dos times veio a campo com 1. Daniel Islas (Huracán); 2. Gino Peruzzi (Velez Sarsfield), 6. Tuzzio (Independiente), 4. Mauro Galvão (Vasco - C), 6. Marquinho (CROL); 8. Martin Simeone (Racing), 11. Verón (Estudiantes), 13. Schelloto (Boca Juniors), 10. Zenden (Imperatriz); 9. Claudio Adão (Bangu) e 9. Mike Modano (Dallas Stars). O técnico era Dircys, lendário treinador do Imperatriz, que foi auxiliado por Madeirite, outra lenda, com passagens por FIFA Stars, Viradouro, Racing, Boca Juniors e seleção brasileira, além de presidente da FIFUBO por um período entre 2002 e 2006. No banco de reservas, 10. Romagnoli (San Lorenzo) e 7. Trezeguet (River Plate)

O combinado das seleções foi a campo com 1. Van Der Sar (Holanda); 2. Thuram (França), 6. Kunde (Camarões), 6. John Terry (Inglaterra), 3. Lahm (Alemanha); 6. Davids (Holanda), 7. Beckham (Inglaterra), 10. Zidane (França - C), 10. Messi; 9. Ronaldo (Brasil) e 9. Hyuga (Japão). O treinador, Alex Ferguson (Inglaterra), era auxiliado por Alfio Basile (Argentina). Eles tinham no banco 14. Mascherano (Argentina) e 10. Rivaldo (Brasil)

A partida foi bem desigual. Com mais ritmo de jogo, o combinado das seleções dominou o jogo desde o início e aproveitou o entrosamento dos jogadores para fazer incríveis jogadas coletivas, dando um verdadeiro espetáculo. Com apenas 1 minuto de jogo, uma figura oito montada por Messi. Hyuga e Zidane terminou com um chute cruzado do meia francês para fazer 1x0.

Aos 3 minutos, foi a vez de Beckham lançar a Messi no comando de ataque. O camisa 10 argentino fez o trabalho de pivô, tabelou com Hyuga e, da entrada da área, fez 2x0. Aos 7 minutos, Messi retribuiu a gentileza ao rolar para Hyuga, que saiu da ponta para o meio e chutou no ângulo do goleiro adversário, fazendo 3x0 para o combinado de seleções.

Se resta algum consolo para o combinado dos times foi a honra de ter feito o último gol oficial do Itaquá Dome. Aos 8 minutos do segundo tempo, Romagnoli tocou para Mike Modano na esquerda e o lendário centroavante do Dallas Stars não perdoou. Um final justo para a partida, pois o camisa 9 do Dallas foi o primeiro jogador da FIFUBO a alcançar a marca dos 100 gols.

Jogadores confraternizam no centro do gramado ao final do jogo.
O placar final foi Combinado dos Times 1x3 Combinado das Seleções. Mas o resultado é o que menos importa. Um campo que viu inúmeros jogos inesquecíveis, conquistas memoráveis e cinco jogadores chegarem aos 100 gols (Modano, Zenden, Trezeguet, Palermo e Romagnoli) teve uma tarde inesquecível para encerrar uma história tão bela.

IMPERATRIZ ARENA

O dia 15/10/2018 foi outro destes dias históricos que a FIFUBO vive em outubro deste ano. Foi na tarde desta segunda a inauguração oficial do Imperatriz Arena. O tempo chuvoso não impediu os torcedores de aproveitarem o feriado e lotarem os 150 mil lugares do estádio, para assistirem à partida inaugural.
Vista aérea do estádio

O campo de jogo.

Vista de trás de um gol.

Membros da diretoria do Imperatriz e da FIFUBO, nos camarotes do estádio.

Membros do Imperatriz, na tribuna de honra do estádio.

Desde o início do sonho, ficou decidido que a partida inaugural seria entre os dois clássicos times da FIFUBO, os maiores ganhadores da História da Federação. O dono da casa, Imperatriz (com 14 títulos) e o Vasco (com 13 títulos).

Os 4 membros da presidência do Imperatriz dão o pontapé inicial: Brasil (presidente), Bolinha de Ouro (vice presidente), Quiñonez (diretor conselheiro) e São Paulo (diretor conselheiro)
O Imperatriz teve dificuldades para tirar seus jogadores da aposentadoria e dar um mínimo de condições para eles não fazerem feio no campo de jogo.
O Imperatriz foi a campo com 1. Charlie Brown; 14. Anderson Lima; 2. Leão, 3. Stam, 4. Numan; 6. Cristóvão, 7. Etcheverry (c), 10. Zenden; 18. Dinei, 9. Vander Carioca e 11. Denilson. O técnico Dircys, auxiliado por Buchanans, tendo Frômio como preparador físico e MST como médico, tinha ainda no banco 5. Consuelo, 8. Paulo Isidoro, 12. Benjamin e 19. Rodrigo Souto.
O Vasco aguarda a verba para modificar a sua equipe. Mas, até lá, os jogadores continuam atuando, mais aposentados do que em atividade, mas ainda assim, prontos para jogar.

O Vasco foi a campo com 1. Carlos Germano; 2. Maricá, 3. Tinho, 4. Mauro Galvão (c), 6. Gilberto; 12. Bruno Lazaroni, 7. Leo Lima, 8. Marcelinho, 20. Petkovic; 10. Edmundo, 13. Donizete. O técnico Antonio Lopes, auxiliado por William, Pedro Carlos Bregalda e os irmãos Buchanans Deluxe 8 e 14, tinha no banco 22. Marcio, 18. Thiago Maciel, 5. Nasa, 14. Rogério Pinheiro, 33. Ramon, 19. Beto, 11. Siston, 28. Allan Delon, 15. Dominguez, 17. Alex Alves e 9. Marques.
A arbitragem ficou a cargo de Carlos Eugênio Simon, auxiliado por Nestor Pitana.
E assim, tudo estava pronto para a grande festa de inauguração do Imperatriz Arena. Os jogadores no gramado, a bola no centro do campo e a torcida fazendo o maior barulho, esperançosa de um grande espetáculo!
A saída pertencia ao Imperatriz.

IMPERATRIZ 4x3 VASCO

Apesar de ser a primeira partida e uma adaptação ainda se fazer necessária, foi um jogo de muita emoção e com muitos gols. O primeiro gol precisou de apenas um minuto para sair. O Vasco se lançou ao ataque, com Edmundo tocando a Petkovic, mas Etcheverry apareceu e roubou a bola, tocando para Zenden na meia esquerda. O camisa 10 carregou a bola para o campo de ataque e deu ótimo passe em profundidade para Vander Carioca. O centroavante invadiu a área e chutou rasteiro, no canto esquerdo de Carlos Germano, para fazer o primeiro e histórico gol do Imperatriz Arena: Imperatriz 1x0.

Enquanto o lado verde e branco das arquibancadas vibrava, os vascaínos tentavam se reorganizar. Aos 3 minutos, Leo Lima foi ao ataque e pediu a bola. Petkovic fez o passe em profundidade, mas Charlie Brown saiu do gol e ficou com a bola, abrindo na esquerda para Numan. O lateral holandês tocou a Etcheverry no meio e o camisa 7 boliviano avançou com a bola dominada, sem ser incomodado. Da entrada da área, Etcheverry viu que Carlos Germano se posicionava para defender o lado esquerdo e, por isso, chutou no outro lado e pegou o goleiro no contrapé, fazendo Imperatriz 2x0.

O Vasco buscava o ataque e deixava o seu campo exposto para o Imperatriz contra atacar. Mas a defesa vascaína é boa e estava atenta, impedindo que os adversários ampliassem o marcador. Aos 6 minutos, Etcheverry puxou novo contra ataque, mas Mauro Galvão o desarmou com maestria, tocando a Marcelinho no meio. O camisa 8 avançou com a bola dominada, esperou a chegada da marcação e inverteu para o lado esquerdo, encontrando Leo Lima livre. O camisa 7 trouxe a bola para o pé direito e, do bico da grande área, chutou cruzado para vencer Charlie Brown e fazer Vasco 1x2.

O Imperatriz nem se espantou com o gol e ampliou logo na saída de bola. Aos 7 minutos, Vander Carioca deu a saída para Etcheverry, que inverteu na esquerda para Zenden. O camisa 10 deu novo ótimo passe para Vander Carioca dentro da área, e o camisa 9 chutou por cobertura na saída de Carlos Germano para fazer Imperatriz 3x1.

O resultado já era incrível para um time composto, em sua maioria, por jogadores aposentados. Mas ainda cabia mais. Aos 9 minutos, Charlie Brown saiu do gol novamente e cortou a bola, mandando a Cristóvão na cabeça de área. O camisa 6 inverteu para Anderson Lima na direita, que tocou mais à frente para Dinei. O camisa 18 foi tabelando com Etcheverry, até que o camisa 7 percebeu que os dois estavam se embolando. Etcheverry, então, deu um toquinho à frente e acertou um chute seco, cruzado, que entrou no ângulo oposto de Carlos Germano: Imperatriz 4x1.

No intervalo, Dircys tirou Anderson Lima, Cristóvão, Etcheverry e Denilson, os quatro mais cansados, para colocar Consuelo, Rodrigo Souto, Paulo Isidoro e Benjamin. Leão passaria a ser o capitão.

Antonio Lopes mudou o time inteiro. Saíram Carlos Germano, Maricá, Tinho, Mauro Galvão, Gilberto, Bruno Lazaroni, Leo Lima, Marcelinho, Petkovic, Edmundo e Donizete. Entraram Marcio, Thiago Maciel, Nasa, Rogério Pinheiro, Ramon, Beto, Siston, Allan Delon, Dominguez, Alex Alves e Marques. O capitão seria Rogério Pinheiro.

Com 4x1 no placar e já cansados, os jogadores do Imperatriz botaram o pé no freio e jogaram num ritmo mais cadenciado. Zenden apareceu mais no campo de ataque e desperdiçou duas boas oportunidades. Os reservas do Vasco aproveitaram a mudança no ritmo do Imperatriz e resolveram jogar.

Aos 5 minutos, Stam tocou a Consuelo na esquerda e o lateral venezuelano cochilou. Alex Alves roubou-lhe a bola e tocou a Nasa na ponta. O camisa 5 foi ao fundo e cruzou para a área, onde encontrou Marques livre para testar e fazer Vasco 2x4.

O Vasco não tinha muitas esperanças de empatar, mas ainda rondava a área do Imperatriz, em busca de mais um gol. E ele veio aos 8 minutos. Thiago Maciel repôs lateral para Alex Alves ao lado da grande área. O camisa 17 driblou dois marcadores e acertou um lindo chute cruzado para fazer Vasco 3x4. Mas era tarde.

Em um jogo de tanta emoção, o placar nem importa tanto. Dois times clássicos, sete gols e muita emoção para inaugurar a casa da FIFUBO. O Imperatriz Arena está oficialmente inaugurado e pronto para receber mais jogos e competições. No próximo final de semana, as seleções vão a campo para o Troféu do Presidente!

sábado, 13 de outubro de 2018

Arte e Botões - Inglaterra 2006 - 13/10/2018

A FIFUBO está preparando um grande jogo, mas o calendário está adiando, dia após dia, a partida surpresa. Talvez neste domingo, talvez durante a próxima semana. Enquanto o jogo não vem, vamos mostrar mais uma arte. Desta vez, vamos falar da Inglaterra de 2006!

Quem lê este blog frequentemente sabe da minha admiração pela English Premier League. O campeonato inglês tem um toque de tradição, misturado a uma organização impecável e bons jogadores, resultando num campeonato sensacional de se ver. Até a metade da primeira década do novo milênio, o campeonato virou a liga número 1 do mundo e fez seus times entrarem de vez no mapa do futebol. Naquela época, ainda não havia a invasão estrangeira que vemos hoje e isso permitiu aos ingleses montarem uma geração fantástica, uma das melhores de sua História. Infelizmente, sempre tem um fator (normalmente extracampo) que impede os ingleses de levarem um troféu e com esta geração não foi diferente. A contratação de um treinador estrangeiro (Sven Goran Ericksson) e suas escolhas pra lá de equivocadas acabaram com a grande chance inglesa de levar a Copa do Mundo. Com a dupla de ataque, formada por Owen e Rooney, lesionada, o sueco surpreendeu o mundo ao convocar Theo Walcott, que jamais tinha jogado sequer uma partida de primeira ou segunda divisão, deixando atletas como o artilheiro Defoe de fora do torneio.

Para mim, o fracasso daquele time foi uma decepção. Mas a ideia de que eles podiam formar vários timaços permaneceu e, quando resolvi mergulhar de cabeça no Projeto Copa do Mundo, a Inglaterra era obrigatória. E foi daí que surgiu o time, com o qual ganhei meu primeiro jogo na FMN, uma incrível goleada de 6x2 contra a seleção brasileira do Elias, com direito a hat trick de Owen. Mas as regras da FIFUBO, que só permitem dois reservas por equipe, tornou-se uma dor de cabeça para que eu montasse o English Team. Como deixar Lennon de fora? Mas como ele ia jogar, se o titular é David Beckham? Com dor no coração, escolhi os 12 jogadores de linha. Mas, como as dores não paravam, resolvi aproveitar a mesma arte e fazer uma segunda seleção. Vou apresentar as duas e falar um pouquinho delas.

A Inglaterra que eu fiz e jogo é a equipe titular da Copa de 2006, com uma única mudança na lateral direita. Na equipe original, o veterano Gary Neville era o titular da camisa 2. Mas eu achava um crime a Inglaterra ter dois laterais esquerdos tão bons e só poder usar um. Apesar de gostar muito de Wayne Bridge, ele não pode barrar Ashley Cole de maneira alguma, pois o camisa 3 é um dos melhores da posição que eu já vi jogar. A solução foi colocar Bridge na lateral direita e fazer uma coisa ímpar no futebol: colocar um canhoto para jogar pelo lado direito. O pior é que Bridge vem dando conta do recado, cortando para dentro para bater de esquerda e, com isso, é um dos destaques da equipe.

Com eles, a linha de defesa é formada por Rio Ferdinand e o capitão, John Terry. Jamie Carragher foi o escolhido para a reserva, por sua versatilidade. Zagueiro de origem, pode jogar nas laterais também, mas quando entra para jogar pela lateral, faz a direita, pois a esquerda tem duas opções.

O meio, também em linha, conta com David Beckham aberto pela direita, fazendo lançamentos e aparecendo bem para a conclusão. No extremo esquerdo, Joe Cole joga em velocidade e é o jogador que mais se aproxima do ataque. Pelo centro, enquanto Gerrard fica mais preso à defesa, Lampard é quem arma o jogo e, desta forma, é um dos maiores destaques desta equipe.

O ataque tem três jogadores disputando posição. Michael Owen é o artilheiro da equipe e, por isso, é titular absoluto. A outra posição tem uma disputa entre Wayne Rooney e Peter Crouch. O gigante da camisa 15 leva vantagem, pois Rooney tem um estilo semelhante ao de Owen, de velocidade, enquanto Crouch é mais centroavante, fazendo a parede, cadenciando o jogo e concluindo de dentro da área.


A seleção B também joga no 4-4-2 em linha e, já que no time A temos dois laterais esquerdos jogando, aqui há dois laterais direitos. A defesa tem Micah Richards, Danny Mills, Ledley King e Lescott. Richards e Mills jogam na lateral direita, então qualquer um pode ser deslocado para a esquerda. Não são jogadores de velocidade e apoio; são mais defensivos. King é outro que pode jogar na lateral, mas é preferível deixá-lo na zaga, com Lescott (absoluto no lado esquerdo), pela altura de ambos. O reserva, Anton Ferdinand, é como seu irmão do time A, Rio. Zagueiro central puro. Quando ele entra, outro jogador tem que ser deslocado para a lateral.

O setor de meio de campo começa com Aaron Lennon aberto na direita. Jogador de incrível habilidade, o camisa 7 joga com velocidade, abrindo a defesa adversária e cavando muitas faltas. Do outro lado, Shawn Wright-Phillips tem a mesma característica, embora não tão habilidoso quanto seu colega do outro extremo. O centro deste meio de campo é composto por James Milner e Joey Barton, dois mestres na armação de jogada e organização da equipe. Barton faz mais o estilo de Gerrard, atuando mais recuado, enquanto Milner copia o estilo de Lampard, de atuar mais próximo do campo de ataque. A única diferença da equipe A para a B aqui é o lado direito. Enquanto Beckham é um jogador mais de passe, Lennon é condutor de bola.

O ataque é idêntico ao do time A. Defoe é o jogador baixinho, habilidoso, veloz e com um faro de gol incrível, como Owen; enquanto Andy Carroll faz o estilo Crouch: jogador alto, lento, mas que protege bem a bola, faz o pivô e conclui muito bem de dentro da área. A reserva é que é diferente. Alan Smith é um craque completo. Pode jogar tanto no meio de campo, pelos extremos ou pelo centro, recuado ou mais avançado na armação; quanto no ataque, pelas pontas ou pelo meio, como centroavante.

Aí estão 24 jogadores daquela extraordinária geração. Ainda deixei muitos de fora, como os irmãos Neville, Jermaine Jenas, Kieron Dyer, Stewart Downing, Theo Walcott e tantos outros, mas acho que estes 24 mostram bem a fartura de craques que os ingleses produziram. É só escolher e montar seu próprio time.

domingo, 7 de outubro de 2018

Arte e Botões - Liga Futsal - 07/10/2018

Domingo, 07/10/2018, um dia especial para todos nós, brasileiros. Nos encaminhamos às urnas para eleger nossos representantes pelos próximos 4 anos e, ao voltar, temos uma arte prontinha para curtir.

A minha ideia inicial era fazer uma arte política. Eu iria pegar os candidatos à presidência da república, fazer uma arte com o número de cada um nas urnas; no lugar do fornecedor de material esportivo, iria colocar o símbolo de seu partido; e colocar o escudo do time que cada um torce. A ideia era deixar a arte para quem quiser jogar com os políticos, colocá-los como dirigentes em seus times, ou fazer peças para um jogo de tabuleiros, tipo damas. Mas, hoje, é perigoso falar de política. Os ânimos estão exaltados, qualquer fagulha vira um incêndio e isso porque dizem que somos uma democracia! Então, a arte política foi deixada de lado e, para não passar a data em branco, vamos fazer algo genuinamente nacional e que tanto orgulho nos traz: o futsal!

Ali no final dos anos 90, o futsal sofreu muitas transformações. A FIFA pegou o futebol de salão e o transformou no futsal, mudando algumas coisas na regra, tornando o jogo mais dinâmico e atraente e, com isso, conseguiu dar uma popularidade enorme ao jogo. Até a metade da primeira década do novo século, o Brasil dominou por completo o esporte, com uma legião de craques incríveis, que encantavam o mundo. A criação da Liga Futsal fez com que o esporte ganhasse muitos fãs, que lotavam ginásios para assistir aos craques e suas equipes. Algumas eram tradicionais do futebol (Vasco, Inter, Flamengo, São Paulo, Atlético-MG, Corinthians, só para citar alguns), enquanto outras eram exclusivas do futsal (Ulbra, Carlos Barbosa, Jaraguá...), que entraram para o nosso vocabulário futebolístico.

Mas o brasileiro é desorganizado, não sabe fazer algo lucrar e virar um fenômeno e essa desorganização acaba custando caro. Para citar um exemplo, o timaço do Inter ganhou um campeonato e, no ano seguinte, quem ganhou foi a Ulbra. No ano seguinte, o time do Inter-Ulbra vencia. Em 3 anos, 3 camisa diferentes, mas o mesmo elenco. O Inter resolvia não investir mais no futsal, depois a Ulbra teve dificuldades e se fundiu com o Inter... Isso só servia para confundir o torcedor. Os espanhóis, encantados com esta variação do futsal, injetaram dinheiro e criaram uma liga atraente, levando a maioria dos craques brasileiros. Outros se espalharam pelo mundo (França, República Tcheca, Portugal, Itália, Japão...) e pouquíssimos ficaram por aqui. Isso derrubou a fantástica geração brasileira e deu aos espanhóis o protagonismo que era nosso.

Tenho uma teoria de que o futebol ainda vai acabar seguindo o handebol, o hóquei e o vôlei, que eram esportes de campo (disputados com 11 jogadores) e migraram para versões mais compactas, de quadra, que acabaram extinguindo a versão original. Acho que o futebol de campo ainda tem muita força e fãs, mas se você reparar que uma equipe de futsal gasta menos (são 5 titulares, contra 11 do futebol), ocupa um espaço menor e seus ginásios podem muito bem suportar um dia inteiro de jogos (no futebol, o gramado precisa de uma semana de recuperação), acho que algum dia os gastos do futebol vão ser tão exorbitantes, que o futsal ocupará o espaço. Alguns países, como o Japão, mergulharam nessa febre ao descobrirem como utilizar o topo de prédios, transformando-os em quadras e alugando.

Fico muito triste ao ver que a nossa Liga Futsal não desperta mais o interesse que já teve entre os torcedores. Na minha cabeça, se bem gerida, a nossa LNF poderia ser a NBA do futsal e, por incompetência dos gestores, não é. Sempre tive vontade de ter algo desses craques, mas nunca soube como aproveitar. Agora, tive essa ideia com os botões.

São 27 jogadores de linha do período citado acima (final dos anos 90 e metade da primeira década de 2000), que podem ser sorteados e divididos em vários times, para você formar sua própria Liga Futsal, ou juntá-los em dois times (com reservas) de futebol de botão. Muitos têm números repetidos, justamente para colocá-los em diferentes times de futsal e formar a Liga. E, como a ideia é fazer da LNF a NBA do futsal, também temos dois craques internacionais: o português Ricardinho (o melhor jogador do mundo) e o iraniano Hossein Tayebi (um dos melhores da atualidade), pois a melhor Liga do mundo desperta a atenção dos grandes craques internacionais, certo? Não coloquei goleiros para poder aproveitar ao máximo a folha com jogadores de linha. Afinal, se é futsal, joga-se com um gol menor. Aí, podemos fazer goleiros de caixinha de fósforo e decorá-los com os escudos dos principais times.

A prioridade era escolher imagens dos jogadores com camisas de clubes. Mas a maioria saiu com a camisa da seleção. A arte é padrão, todos da mesma cor e com o mesmo símbolo da LNF, justamente para podermos sortear e trocar livremente os jogadores entre os times. Então, é só escolher a bolinha pesada, colocar na mesa de futsal e se divertir!