Torneio Clausura 2014 - Décima Segunda Rodada - 28/10/2014

A terça-feira teve um dia muito bonito, de sol, algumas nuvens e temperatura agradável, condições ideais para uma boa partida de futebol. E o público compareceu em bom número ao Itaquá Dome, para assistir a duas partidas espetaculares. Vamos a elas!

INDEPENDIENTE 7x4 SAN LORENZO

Em ascensão no campeonato, a equipe de Avellaneda buscava a vitória sobre um rival já desclassificado. O Independiente está numa boa carreira, marcando 4 gols em cada um dos três últimos jogos. Do outro lado, o San Lorenzo só tem as experiências para o ano que vem como motivação, uma vez que cumpre tabela. Nilson surpreendeu e sacou 3 jogadores (Johnathan Ferrari, Raul 'Pipa' Estevez e Romagnoli), colocando os reservas Tellechea, Bordagaray e Erviti em campo, com Piatti sendo o capitão da equipe. No primeiro turno, San Lorenzo 2x4 Independiente.

A bola rolou e os reservas logo mostraram serviço. Reynoso foi com vontade e estourou a bola em cima de Busse. Luciatti cobrou o lateral para Piatti, que avançou em velocidade, driblou Montenegro e chutou forte da entrada da área para vencer Hilário Navarro logo aos 25 segundos: San Lorenzo 1x0.

O gol assustou o Independiente, que esperava um jogo tranquilo. A equipe demorou a se encontrar em campo e não conseguia chegar próximo à área do adversário. A solução seria tentar de longe e foi isso que fez aos 2 minutos. Tuzzio recuperou bola na defesa e tocou a Silvera. O camisa 11 tabelou com Busse e percebeu que tinha muita gente na frente de Migliore, impedindo-lhe a visão do lance. Silvera, então, chutou de longe e o goleiro só percebeu tarde demais, quando a bola já estava no fundo do gol: Independiente 1x1.

O San Lorenzo não se acanhou e virou o jogo já na saída de bola, aos 3 minutos. Erviti tocou a Piatti, que se livrou de Gracián e Montenegro e chutou forte da intermediária para vencer Navarro novamente e fazer San Lorenzo 2x1.

O Independiente se enfureceu e partiu para cima. Bem organizado, o time tocava a bola e chegava com perigo, acertando a trave várias vezes. O ditado que diz que "quem não faz, leva" se fez presente e, após um lindo chute de Gracián acertar a trave, aos 7 minutos, Tulla aliviou e a bola sobrou para Bordagaray. O camisa 13 percebeu Buffarini se movendo para dentro da área e tocou entre os zagueiros. O camisa 8 recebeu, viu que havia uma brecha entre Navarro e a trave e chutou rasteiro ali, fazendo San Lorenzo 3x1.

A partir daí, o jogo ficou frenético. Na saída de bola, aos 8 minutos, Gracián tocou para Fredes, que ganhou no corpo de Piatti e viu o goleiro fechando o ângulo. Com um chute de curva impressionante, o camisa 8 conseguiu fazer a bola ultrapassar a marcação de Migliore e descontou: Independiente 2x3.

O San Lorenzo não se acanhou e ampliou também na saída de bola. Aos 9 minutos, Erviti tocou para Piatti que, novamente, driblou Gracián e chutou antes da marcação de Montenegro. A bola ganhou velocidade e venceu Navarro, fazendo San Lorenzo 4x2.

Aos 10, o Independiente ainda encontrou forças para empatar. Gracián tocou para Fredes e recebeu de volta na esquerda. Vendo Migliore adiantado, o camisa 19 chutou por cobertura. A bola tocou no travessão e nas costas do goleiro, antes de entrar e fazer Independiente 3x4.

No intervalo, Bayer sacou Montenegro (que deixava espaços) e Parra (nulo) para colocar Acevedo e Gandin. Já Nilson tirou Stracqualursi e Erviti para colocar Bordagaray e Romagnoli.

O Independiente mudou também a atitude e passou a apertar mais a marcação. Na saída de bola, Romagnoli perdeu a bola para Acevedo e o camisa 12 tocou a Busse. O camisa 7 tocou a Silvera, que inverteu em belo lançamento, pegando Fredes livre. O camisa 8 invadiu a área e tocou na saída de Migliore para fazer o seu segundo gol no jogo aos 40 segundos: Independiente 4x4.

O gol empolgou a equipe, que passou a pressionar mais. O San Lorenzo se viu amarrado em uma bela marcação e não conseguiu mais criar jogadas de ataque. Aos 3 minutos, Vella recuperou bola e tocou a Gracián no meio. O camisa 19 avançou e tocou na direita para Fredes, que ajeitou e chutou no ângulo oposto de Migliore para fazer seu hat trick: Independiente 5x4.

O segundo tempo impressionante do Independiente desanimou de vez o San Lorenzo, que não conseguia articular jogadas. Cansado, Piatti não pôde ajudar Romagnoli, que era marcado ferozmente por Acevedo. Com isso, Fredes e Busse se lançaram ao ataque e tabelaram, como foi aos 6 minutos, quando o último toque de Busse foi para Fredes já dentro da área completar para o gol e fazer Independiente 6x4.

O San Lorenzo ainda tentou se lançar ao ataque e se abriu de vez aos contra ataques. Após desarmar Romagnoli mais uma vez, Acevedo tocou a Busse na esquerda e o camisa 7 fez lindo passe para Silvera. O camisa 11 inverteu para Gracián já dentro da área e o camisa 19 chutou para Migliore espalmar. A bola sobrou nos pés de Silvera, que empurrou para o gol vazio e deu números finais ao confronto: Independiente 7x4.

Destaque do jogo: Hernán Fredes. O hat trick de Piatti no primeiro tempo foi uma coisa impressionante. Mas sensacional foram os 4 gols do camisa 8, que liderou sua equipe a uma vitória em um jogo de 11 gols.

VELEZ SARSFIELD 2x4 RIVER PLATE

Precisando ganhar para não sair do G4, o Velez tinha pela frente o único invicto do campeonato. Mas tinha com que se empolgar. A forma como um já eliminado San Lorenzo fez 4 gols para cima do Independiente e o fato do time de Avellaneda pegar o mesmo River na rodada seguinte eram o combustível que o Velez precisava para voltar a vencer após dois empates (3x3 com o San Lorenzo e 4x4 com o Estudiantes). Do outro lado, os titulares voltavam e o River tinha como intuito manter a invencibilidade, pois seus próximos jogos seriam bem difíceis (Independiente e Boca Juniors), pois a classificação e a liderança final já estão garantidos. No primeiro turno, River 3x1 Velez.

Quando a bola rolou, não se viu tantos gols como no jogo anterior. Mas as jogadas eram de pura classe, um jogo muito técnico de ambos os lados. Melhor para o Velez, que saiu na frente aos 3 minutos em linda jogada coletiva. Sosa cobrou tiro de meta para Insua no meio. O camisa 11 tocou mais atrás para Claudio Hussain, que buscou Peruzzi na direita. O lateral deu a Gago no meio e o camisa 5 procurou Romero na esquerda. O camisa 7 devolveu a Insua no meio e o camisa 11 tocou a Dario Hussain mais à frente, recebendo na entrada da área, já pelo lado direito. Sem poder trazer para o pé esquerdo, Insua teve que chutar de direita e conseguiu um efeito incrível, que enganou Carrizzo, fazendo a bola entrar no ângulo: Velez 1x0.

O River não se intimidou com a desvantagem no placar e continuou fazendo seu jogo. Após recuperar bola, Carrizzo reiniciou com Berizzo na esquerda. O camisa 6 deu mais à frente para Buonanotte, que procurou Trezeguet e o encontrou marcado. O centroavante francês gesticulou para o camisa 30 avançar sozinho e foi isso que ele fez, chutando da entrada da área e vencendo Sosa para fazer River 1x1.

A partir daí, o jogo ganhou emoção. Cada uma a seu estilo, as duas equipes faziam jogadas e os lances de perigo eram muitos, levantando o público. Não foram poucas as bolas na trave e defesas difíceis em ambos os lados. Aos 9 minutos, em jogada clássica, o River conseguiu ir para o intervalo em vantagem. Carrizzo cobrou tiro de meta no meio para Gallardo, que abriu na direita a Ortega. O camisa 10 tocou no meio para Trezeguet, que adiantou demais e Sosa saiu, abafando a jogada. A bola voltou a Gallardo no meio, que abriu a Buonanotte na esquerda. O camisa 30 avançou e viu Sosa saindo para abafar novamente. Mas, inteligentemente, Buonanotte deu um toquinho para o lado e foi derrubado pelo goleiro. Pênalti que Ferrari cobrou no canto esquerdo, à meia altura. Sosa foi na bola, mas não a alcançou: River 2x1.

No intervalo, Tripa Seca tirou Sebá Dominguez e Turco Assad para colocar Cubero e Lucas Pratto. Já Francescoli resolveu fazer experiências, tirando Barrado e Gallardo para colocar Coudet e Funes Mori. O camisa 9 iria para a ponta direita e Ortega passaria a armar o jogo.

A tática de Francescoli deu resultado e Ortega caiu como uma luva na armação. O River voltou melhor e o Velez demorou a entrar no jogo. Aos 2 minutos, Carrizzo cobrou tiro de meta para Ortega no meio e o camisa 10 abriu a Buonanotte na esquerda. O camisa 30 tocou para Trezeguet no meio e o camisa 7 driblou Gago para entrar na área e fuzilar na saída de Sosa, marcando na mais característica jogada do River: 3x1.

Aos 5 minutos, o Velez perdeu bola na esquerda, onde Berizzo recebeu e tocou para Ortega reiniciar a clássica jogada. Surpreendendo a marcação. O camisa 10 tocou no meio, onde Trezeguet avançou em velocidade, passando fácil por Gago e chutando da entrada da área para fazer seu segundo gol no jogo: River 4x1.

Foi só aí que o Velez resolveu entrar no jogo e tocar a bola com a categoria do primeiro tempo. E foi assim que descontou aos 7 minutos. Dario Hussain fez linda jogada pela direita e tocou para Insua dentro da área. O camisa 11 tentou driblar Carrizzo e foi derrubado. Pênalti que Lucas Pratto cobrou no canto direito. Carrizzo até foi na bola, mas esta entrou tocando a parede da rede: Velez 2x4.

Destaque do jogo: Diego Buonanotte. Trezeguet fez dois gols, mas foi o camisa 30 quem se destacou. Marcou o primeiro gol, sofreu o pênalti que resultou no segundo, deu o passe para o terceiro. E ainda foi uma ameaça constante pelo lado esquerdo, infernizando a defesa do Velez.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 34 pontos

2° Racing - 22 pontos

3° Boca Juniors - 18 pontos

4° Independiente - 16 pontos, 39 gols pró

5° Velez Sarsfield - 16 pontos, 36 gols pró

6° Huracán - 15 pontos

7° Estudiantes - 8 pontos

8° San Lorenzo - 4 pontos

ARTILHARIA

1° Ruben Capria (Racing) - 15 gols

2° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 14 gols

3° David Trezeguet (River Plate) - 13 gols

NOTAS RÁPIDAS

• O milestone da rodada vai para Ignácio Piatti. O hat trick marcado contra o Independiente fez o volante chegar a 10 gols com a camisa do San Lorenzo.

Torneio Clausura 2014 - Décima Segunda Rodada - 27/10/2014

Com um sábado agitado e eleições no domingo, a décima segunda rodada do Clausura só se iniciou na tarde desta segunda-feira. O público, que compareceu em bom número ao Itaquá Dome, encontrou um dia bonito e com temperatura moderada. Vamos aos jogos!

ESTUDIANTES 2x3 HURACÁN

Vindo de um empate heroico com o Velez (4x4), o Estudiantes continua sua crise. Após comemorar o último gol apontando para Verón (que não respondeu à provocação), Gastón Fernandez pôs mais lenha na fogueira para o restante do campeonato. O problema é que a equipe de La Plata joga sua sorte justamente contra o Huracán, que vem de três derrotas (0x4 River, 1x4 Independiente e 1x2 Boca) e precisa vencer para não se afastar do G4. No primeiro turno, Huracán 2x2 Estudiantes.

Pois bastou a bola rolar para o Huracán tomar a dianteira. Com apenas um minuto, Minici cobrou lateral para Ruben Masantonio. Disputando no corpo, o camisa 10 ganhou de Rodrigo Braña (que ficou pedindo falta no lance) e chutou cruzado, acertando o ângulo de Andujar e fazendo Huracán 1x0.

O Huracán continuou dominando, mas não concluía a gol. E ainda cometeu um erro grosseiro para permitir o empate do Estudiantes. Aos 6 minutos, Islas foi chutar uma bola recuada e não viu que Gastón Fernandez estava dentro da área. Ao invés de acertar a bola, o camisa 1 acabou chutando o 10 adversário e o juiz marcou pênalti. Verón cobrou no canto direito e Islas foi no canto esquerdo. Na comemoração, Verón apontou para Gastón, devolvendo a provocação do jogo anterior: Estudiantes 1x1.

O Huracán não aproveitou o péssimo clima do Estudiantes e ainda errou na saída de bola, aos 7 minutos. Ruben Masantonio tentou driblar pelo lado esquerdo e saiu com bola e tudo. Marco Rojo cobrou o lateral para Rodrigo Braña, que inverteu em belo lançamento para Enzo Perez. Livre, o camisa 7 invadiu a área do Huracán e chutou na saída de Islas, fazendo Estudiantes 2x1.

No intervalo, Cristaldo tirou Angeleri e Mauro Boselli, colocando Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Já Sr Rabina tirou Centurión e Barrales.

O Huracán voltou melhor pro segundo tempo, mas as bolas que iam para Cigogna terminavam em chutes para fora. Já o Estudiantes tentava puxar contra ataques, mas sem sucesso. Isso foi até os 5 minutos, quando Cigogna se atrapalhou ao tentar levar a bola para a frente. Percebendo que não conseguiria ajeitar para chutar, o mito viu Minici entrando livre na área e rolou para ele. O camisa 6 chegou batendo de primeira e venceu Andujar, fazendo Huracán 2x2.

Quando se pensava que o jogo ia acabar em empate, eis que o mito resolveu aparecer. Aos 9 minutos, Gastón Fernandez fez falta em Barrales de muito longe. Cigogna ajeitou e chutou forte para vencer a distância para o gol. Chegando lá, a bola começou a perder força e caiu dentro do gol de Andujar: Huracán 3x2.

Destaque do jogo: Daniel Cigogna. O mito não fez uma boa partida, mas foi o grande destaque ao dar a assistência para o gol de empate e virar o jogo em ótima cobrança de falta.

BOCA JUNIORS 2x4 RACING

Vindo de duas vitórias (5x1 Estudiantes e 2x1 Huracán), o Boca vinha em ascendência para pular para o segundo lugar. Já o Racing, vindo de dois jogos sem vitória (2x4 River e 4x4 Independiente), a pressão era para voltar a vencer e evitar tomar 4 gols de um time argolado novamente. Para piorar, os jogadores de frente tinham que jogar muito bem, pois seu reserva Hauche estava suspenso por expulsão no Clássico de Avellaneda e só voltará a jogar no campeonato se o time for às semifinais. O jogo colocava frente a frente os ex treinadores de ambos os clubes, Madeirite e Paralelo. No primeiro turno, Racing 2x2 Boca.

A estratégia do Boca foi bem delimitada e a equipe fez o gol mais rápido do campeonato. Riquelme tocou a saída de bola para Cagna, que driblou Martin Simeone e chutou de muito longe. Saja não acreditou que a bola fosse na direção do gol e fez golpe de vista, falhando aos 13 segundos: Boca 1x0.

A partir daí, a equipe de Buenos Aires marcou em cima do meio de campo, impedindo o Racing de passar para o seu campo e ainda puxando contra ataques rápidos. Foi assim que ampliou aos 3 minutos, quando o Racing rifou e a bola saiu para lateral. Arruabarrena cobrou para Serna no meio, que deu na direita a Cagna. O camisa 8 deu lindo passe em profundidade e encontrou Riquelme. O camisa 10 se livrou de Quiroz, invadiu a área e chutou no ângulo de Saja que, desta vez, nada pôde fazer: Boca 2x0.

No intervalo, Madeirite errou ao tirar Ibarra e colocar Battaglia. Acertou, no entanto, ao tirar Palacio e colocar Guillermo Barros Schelloto. Já Paralelo sacou Pelletieri e pôs o único jogador que tinha no banco, Fariña. Além disso, fez uma jogada para a saída de bola, visando descontar logo de cara.

A estratégia de Paralelo foi genial. Ruben Capria e Martin Simeone deram a saída de bola e foram tabelando até o bico da área, onde Simeone chutou e Abbondanzieri voou para espalmar. A bola sobrou aos pés de Ruben Capria, que empurrou para o gol vazio e descontou aos 50 segundos: Racing 1x2.

A tática deu certo e o Racing passou a dominar o jogo. Aos 2 minutos, novamente Martin Simeone e Ruben Capria foram tabelando. O camisa 8 chutou, a bola tocou no travessão e Schiavi cabeceou para mandá-la a lateral. Martin Simeone cobrou na entrada da área e Ruben Capria pegou de frente, chutando rasteiro e deslocando Abbondanzieri: Racing 2x2.

O Racing se empolgou de vez e partiu para virar o jogo. O Boca não se encontrou e facilitou as coisas para a equipe de Avellaneda. Aos 6 minutos, Latorre sofreu falta de Schelloto e tocou para Ruben Capria. O camisa 10 recebeu, levantou a cabeça e viu Martin Simeone entrando livre pelo bico esquerdo da área. O passe foi preciso e o camisa 8 chutou de primeira, encobrindo Abbondanzieri e virando de forma espetacular: Racing 3x2.

O Boca continuou sem jogar e o Racing resolveu assegurar a vitória. Aos 8 minutos, Martin Simeone fez linda jogada, mas Basualdo deu um carrinho e mandou a bola a lateral. Diego Capria cobrou para Simeone, que levantou a cabeça, viu Abbondanzieri adiantado e chutou de cobertura, fazendo Racing 4x2.

Destaque do jogo: Martin Simeone. Com Ruben Capria, ajudou a equipe a fazer um segundo tempo dos sonhos. Deu o passe para os dois gols do camisa 10 e fez os outros dois, saindo nos braços da torcida.

NOTAS RÁPIDAS

• A décima segunda rodada deve se encerrar nesta terça, com Independiente x San Lorenzo e Velez x River. Se não for na terça, será na quarta.
• A derrota para o Huracán significou fim de linha para o Estudiantes. Com 8 pontos e apenas 6 em disputa, a equipe de La Plata não pode mais alcançar o quarto colocado, hoje o Velez, com 16 pontos.
• Ao reclamar da penalidade marcada em cima de Gastón Fernandez, o camisa 10 do Huracán Ruben Masantonio recebeu o terceiro cartão amarelo e não enfrenta o Velez na próxima rodada.
• O milestone da rodada vai para Ruben Masantonio. Além do cartão amarelo, o meia marcou e chegou a 10 com a camisa do Huracán.
• A rodada de hoje e amanhã tem a presença dos campeões da Real Liga de Handebol, os atletas da Beija Flor, que assistiram às partidas da cabine da Rádio Olé, como comentaristas convidados. No encerramento da rodada, também estarão lá. A FIFUBO parabeniza os campeões da Real Liga de Handebol!

No alto, os campeões da Real Liga de Handebol, os atletas da Beija Flor. No meio, os vice campeões, os atletas da Mangueira. Abaixo, os medalhistas de bronze, atletas da Mocidade.

Torneio Clausura 2014 - Décima Primeira Rodada - 22/10/2014

Não foi na terça, mas sim nesta quarta que a décima primeira rodada do Clausura enfim se encerrou. O tempo fechado, com vento gelado e ameaça constante de chuva afastou o público do Itaquá Dome. Os poucos que se arriscaram viram duas partidas onde sobrou emoção.

HURACÁN 1x2 BOCA JUNIORS

O Huracán começa a se distanciar da zona de classificação, após ser goleado por River (0x4) e Independiente (1x4) nas rodadas anteriores e pegava o terceiro time argolado na sequência. Para não ser goleado novamente, Sr Rabina treinou forte a defesa, deixando somente Cigogna livre no ataque. Do outro lado, a euforia pela goleada sobre o Estudiantes (5x1) deixava o Boca como franco favorito. Madeirite orientou seus volantes a se revezarem na marcação a Cigogna, liberando Riquelme para atuar como quisesse pelo meio e na frente. No primeiro turno, Boca 2x2 Huracán.

Após o Huracán começar chutando duas vezes sem perigo ao gol do Boca, Abbondanzieri cobrou tiro de meta para Riquelme no meio. A marcação do Huracán era falha naquele setor e o camisa 10 teve tempo de dominar a bola, conduzi-la mais à frente, levantar a cabeça e fazer lindo passe em profundidade para Palacio. O camisa 19 invadiu a área e chutou alto na saída de Islas, fazendo seu primeiro gol no campeonato logo a um minuto: Boca 1x0.

O Huracán não se apequenou e partiu pra cima, mas o Boca não fez por menos. Com boa marcação e contra ataques muito bem armados, os dois times se fartaram de perder gols e o placar não se alterou ao fim do primeiro tempo.

No intervalo, Sr Rabina trocou Milano e Centurión por Barrales e Erramuspe. Já Madeirite não quis fazer mudanças, feliz com a boa forma da equipe.

O jogo recomeçou e o Boca marcou logo a um minuto. Após o Huracán tentar uma jogada de ataque na saída de bola, Serna desarmou Villarruel com extrema maestria, controlando a bola no ar e dando a Riquelme mais à frente. O próprio Serna recebeu, avançou e chutou. Islas espalmou e a bola sobrou pro próprio Serna que, vendo Islas crescendo à sua frente, deu um toque pro lado e foi derrubado. Pênalti que Palermo cobrou no ângulo esquerdo, com Islas indo para o lado direito: Boca 2x0.

A partir daí, o Boca dominou a partida, pois o Huracán desanimou. Demorou à equipe do Globo voltar a criar jogadas e, quando o fez, encontrou o seu gol. Aos 6 minutos, Barrientos desarmou Palermo e tocou na direita para Danelón. O camisa 2 fez um lançamento para o lado esquerdo e encontrou Minici, que já chegou batendo forte e cruzado para enfim vencer Abbondanzieri e fazer Huracán 1x2.

Destaque do jogo: Maurício Serna. Palacio foi muito bem, se movimentando por todo o ataque e Abbondanzieri foi uma muralha no gol do Boca. Mas o grande nome foi o capitão da camisa 5, que marcou Cigogna implacavelmente, ajudou na saída de bola e participou da jogada do gol de pênalti, saindo de campo ovacionado pela torcida.

ESTUDIANTES 4x4 VELEZ SARSFIELD

Vindo de três derrotas (2x3 River, 1x4 Independiente e 1x5 Boca) e com uma crise que parece longe de se resolver, o Estudiantes não podia perder, para não dizer adeus precocemente à competição. Já o Velez queria aproveitar a derrota do Huracán para se afastar de vez desta equipe e do Independiente, talvez até assumindo a terceira posição. No primeiro turno, Velez 2x2 Estudiantes.

O Velez deu a saída de bola, com Insua tocando a Romero e este abrindo para Turco Assad na ponta esquerda. Com um toque preciso, Gastón Fernandez desarmou o camisa 9 e driblou Romero e Gago na sequência, chutando da entrada da área com curva e fazendo um golaço aos 37 segundos: Estudiantes 1x0.

O gol surpreendeu a todos, mas o Velez foi, aos poucos, se acertando na partida. O empate veio aos 3 minutos, após bom passe de Insua para Dario Hussain. O camisa 10 invadiu a área pela direita e chutou cruzado e rasteiro para fazer Velez 1x1.

O Velez cresceu e buscou a virada. Aos 7 minutos, em jogada de contra ataque, Papa tocou para Turco Assad na esquerda e o camisa 9 viu Dario Hussain livre na direita. O passe foi preciso e pegou o camisa 10 sem marcação nenhuma para chutar no canto esquerdo de Andujar, que fez golpe de vista e falhou: Velez 2x1.

Quando se esperava que o Velez fosse para o intervalo com a vantagem, uma lambança de Sosa fez o jogo empatar novamente. Aos 10 minutos, o goleiro cobrou tiro de meta nos pés de Boselli, que nem se desequilibrou e chutou para o gol vazio: Estudiantes 2x2.

No intervalo, Cristaldo tirou Rodrigo Braña e colocou Mathias Sanchez. Já Tripa Seca sacou Romero e Turco Assad, colocando Lucas Pratto e Cubero.

O jogo continuou eletrizante, com jogadas de lado a lado. Aos 3 minutos, Gastón Fernandez inverteu posições com Desábato, voltando à defesa para cobrar um impedimento, lançando para o camisa 3 na direita. Desábato puxou contra ataque sem ser incomodado, invadiu a área e trouxe a bola para o pé esquerdo antes de encobrir Sosa e fazer Estudiantes 3x2.

O Velez partiu pra cima e fez uma blitz aos 6 minutos, depois de levar uma bola na trave. Claudio Hussain concluiu, Andujar tocou e a bola tocou no travessão, sobrando para Emiliano Papa, que dividiu com Federico Fernandez e a bola saiu a córner. Papa cobrou e Insua cabeceou sem chances para Andujar, fazendo Velez 3x3.

O jogo continuou bom e as duas equipes partiram para cima. Aos 8 minutos, Verón fez falta em Juan Sabia, que cobrou rápido para Claudio Hussain. O camisa 8 tabelou com Insua e tocou a seu irmão, Dario, recebendo na frente e chutando da entrada da área para vencer Andujar novamente e fazer Velez 4x3.

Quando se esperava mais uma vitória do Velez, principalmente após Verón chutar para boa defesa de Sosa com os pés, eis que o Estudiantes ainda encontrou forças para empatar. Nos acréscimos, Gastón Fernandez conseguiu recuperar bola que ia para Emiliano Papa e ainda se livrou de dois marcadores antes de chutar cruzado e vencer Sosa novamente. Na comemoração, o camisa 10 apontou para Verón, que não respondeu: Estudiantes 4x4.

Destaque do jogo: Gastón Fernandez. Após fazer dois gols em que mostrou habilidade para desarmar, driblar e concluir, além de dar o passe a outro gol e ser presença constante na defesa e no ataque, o camisa 10 do Estudiantes venceu mais um round contra Verón, saindo como o melhor em campo e mantendo sua equipe viva no campeonato.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 31 pontos

2° Racing - 19 pontos

3° Boca Juniors - 18 pontos

4° Velez Sarsfield - 16 pontos

5° Independiente - 13 pontos

6° Huracán - 12 pontos

7° Estudiantes - 8 pontos

8° San Lorenzo - 4 pontos

ARTILHARIA

1° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 14 gols

2° Ruben Capria (Racing) - 13 gols

3° Martin Palermo (Boca Juniors) e David Trezeguet (River Plate) - 11 gols

Torneio Clausura 2014 - Décima Primeira Rodada - 20/10/2014

Após um hiato de duas semanas, a segunda-feira veio nublada e abafada e o público pôde comparecer ao Itaquá Dome para ver o retorno do Torneio Clausura 2014. Os dois jogos foram bons e fizeram a torcida ver que valeu a pena comparecer ao estádio.

SAN LORENZO 2x5 RIVER PLATE

A equipe de Almagro não tinha alternativa. Se não vencesse, estaria eliminada precocemente do campeonato, mas tinha com o que se empolgar, uma vez que a partida anterior (3x3 com o Velez) empolgou os jogadores. O problema é que do outro lado estava o líder invicto, classificado às semifinais com cinco rodadas de antecedência. Francescoli se deu ao luxo de tirar Barrado e Trezeguet, para dar oportunidade a Coudet e Funes Mori. No primeiro turno, River Plate 4x1 San Lorenzo.

O jogo demorou a engrenar. O San Lorenzo até corria, mas não criava, enquanto o River parecia estar treinando, sem a menor empolgação. Assim sendo, somente através de pixotadas poderíamos ver gols. Aos 6 minutos, Placente tentou sair jogando, se atrapalhou e foi desarmado por Piatti. O camisa 12 ficou com a bola e passou a Stracqualursi na entrada da área. O camisa 9 girou e soltou uma bomba, para vencer Carrizzo e fazer San Lorenzo 1x0.

O gol não acordou o River, que demorou a entrar no jogo, Sua jogada tradicional foi feita somente uma vez no primeiro tempo e parou na trave, após conclusão de Funes Mori. Quando parecia que o San Lorenzo iria para o intervalo com a vantagem, Romagnoli fez falta em Gallardo. O camisa 11 cobrou, Migliore fez linda defesa, mas a bola sobrou de volta aos pés de Gallardo, que empurrou para o gol vazio aos 10 minutos: River 1x1.

No intervalo, Nilson sacou os dois laterais. Saíram Johnathan Ferrari e Luciatti, para as entradas de Tellechea e Erviti, visando levar o San Lorenzo mais à frente. Já Francescoli tirou Placente (pela falha no gol) e Buonanotte (nulo em campo) para colocar Barrado e Trezeguet. Com isso, Barrado iria jogar na zaga e Trezeguet seria o centroavante, com Funes Mori fazendo a ponta esquerda.

O River melhorou com as mudanças e passou a dominar as ações, não demorando a encontrar a virada. Aos 3 minutos, Berizzo ficou com bola que o San Lorenzo descartou, levantou a cabeça, se ajeitou e fez um lançamento cirúrgico para Ortega, do outro lado do campo. O camisa 10 já recebeu dentro da área e tocou na saída de Migliore, fazendo River 2x1.

O River passou a tocar a bola e se poupar e o San Lorenzo foi ganhando terreno com isso. Aos 6 minutos, Migliore cobrou tiro de meta para Romagnoli no meio. O camisa 10 driblou Gallardo, tabelou com Stracqualursi e se aproveitou do fato do camisa 9 tapar a visão de Carrizzo para mandar no ângulo. Quando o goleiro viu, a bola já tinha entrado e Romagnoli batia no peito, apontava ao chão e fazia a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x2.

A alegria durou pouco. Na saída de bola, aos 7, o River fez uma linda jogada, conhecida como figura 8. Gallardo tocou e correu por trás de Trezeguet. O camisa 7 tocou pro lado e correu por trás de Berizzo, que devolveu ao centroavante. A zaga do San Lorenzo ficou perdida com aquela movimentação e, quando percebeu, Trezeguet já estava livre da meia lua para chutar sem chances para Migliore e fazer River 3x2.

A partir daí, o San Lorenzo se lançou desesperadamente ao ataque e se abriu para os contra ataques. Aos 9 minutos, Barrado recuperou bola que ia para Romagnoli e tocou no meio para Coudet. O camisa 8 avançou livre e percebeu que Migliore esperava a bola alta. O chute, então, veio rasteiro e deixou o goleiro sem reação: River 4x2.

O San Lorenzo se lançou de vez para tentar um último ataque, mas o cruzamento parou nas mãos de Carrizzo, que saiu rápido para Berizzo.  O camisa 6 puxou o contra ataque e tocou na ponta esquerda para Coudet. O camisa 8 trouxe para o pé direito e cruzou para trás, de onde Trezeguet veio livre e cabeceou sem chances para Migliore, dando números finais ao confronto: River 5x2.

Destaque do jogo: Eduardo Berizzo. Tudo bem que Trezeguet saiu do banco para marcar dois gols, mas isso não seria possível sem a ótima partida feita pelo lateral esquerdo. Berizzo se destacou ao acertar o posicionamento da defesa e sair para o ataque, armando jogadas em uma partida onde o meio de campo não esteve bem. De quebra, participou de gols de sua equipe, sendo que o lançamento para o de Ortega foi o lance mais bonito do jogo.

RACING 4x4 INDEPENDIENTE

O Clássico de Avellaneda fechava o dia com muita empolgação. O Racing, segundo colocado, vinha de derrota (2x4 River Plate), mas era justificável perder pro líder do campeonato. A empolgação era para derrotar o rival e empurrá-lo mais pra baixo, no mesmo momento em que se consolidava como vice líder do campeonato e ficava mais próximo da classificação. O Independiente, por sua vez, vem fazendo ótima campanha de recuperação e quer se aproximar da zona de classificação, vindo de duas vitórias por 4x1 (contra Estudiantes e Huracán). No primeiro turno, Independiente 4x4 Racing.

O jogo começou ruim, com as duas equipes errando por nervosismo. Quando, aos poucos, foram se acertando, o Independiente começou a dominar mais as ações e empurrar o adversário para dentro de sua área. Mesmo assim, pecava nas finalizações. Com tantas coisas loucas acontecendo, o gol teria que ser maluco também. Aos 6 minutos, Saja cobrou tiro de meta para Ruben Capria, que perdeu a bola para Gracián. O camisa 19 avançou e percebeu que tinha muita gente à frente do goleiro, lhe obstruindo a visão.  Então, chutou forte e rasteiro e Saja só percebeu quando a torcida do Independiente explodia, comemorando o primeiro gol da partida: Independiente 1x0.

O Independiente continuou dominando, mas ainda pecava no último passe ou na finalização e foi assim que o Racing conseguiu igualar a partida. Após Silvera passar, Facundo Parra tentou driblar Pocchetino e perdeu a bola. O camisa 6 tocou para Enrique, que tabelou com Latorre, ficou com a bola e deu ótimo passe em profundidade para Martin Simeone. O camisa 8 recebeu próximo à entrada da área e chutou de primeira na saída de Navarro, empatando o clássico: Racing 1x1.

O Independiente continuou melhor e empurrou o Racing de volta pro seu campo, mas se abriu pros contra ataques e foi assim que o Racing virou. Aos 10 minutos, Enrique recuperou bola aliviada da área de seu time e tocou a Quiroz no meio. O camisa 5 inverteu rápido e Martin Simeone recebeu sozinho no meio de campo, avançando até a entrada da área e chutando forte e rasteiro na saída de Navarro, fazendo Racing 2x1.

No intervalo, Paralelo sacou Diego Capria e Latorre, colocando Fariña e Hauche. Já Bayer tirou Fredes e Gracián, colocando Acevedo e Gandin.

O Racing ampliou logo de início. Martin Simeone recebeu de Ruben Capria e chutou para linda defesa de Navarro. Capria cobrou o córner e Martin Simeone apareceu para cabecear e vencer o goleiro adversário, comemorando seu hat trick: Racing 3x1.

A partir daí, o Independiente desanimou e a torcida do Racing começou a gritar olé, convidando seus jogadores a tocarem a bola. Só que eles fizeram isso no campo de defesa, de forma displicente. Aos 3 minutos, em troca de passes errada, a bola sobrou para Gandin no bico da área e o camisa 9 chutou de primeira, pegando Saja desprevenido e fazendo Independiente 2x3.

O Racing continuou tocando a bola e o Independiente apertou a marcação até recuperar. Aos 5 minutos, em novo erro, Enrique tocou e Facundo Parra recuperou, tocando a Busse. O camisa 7 descobriu Acevedo entrando livre pelo meio e tocou. O camisa 12 recebeu já chutando e surpreendeu Saja, para fazer Independiente 3x3.

A torcida do Racing passou a vaiar seus jogadores e isso só os deixou mais nervosos. Hauche tentou chutar uma bola e acabou atingindo cinco adversários, sendo expulso de campo e deixando o time mais nervoso ainda. Aos 8 minutos, Saja recebeu uma bola e indicou que passaria na esquerda, mas Enrique estava um pouco mais pro meio. Quando o goleiro percebeu, o passe já tinha sido feito e Facundo Parra estava no local certo para devolver para o gol vazio: Independiente 4x3.

Só que o clássico foi um jogo muito louco. O Independiente jogou melhor, perdia o jogo, viu o adversário ser desdenhoso, empatou a partida, viu o adversário ter um jogador expulso e conseguiu voltar a liderar o marcador. Mas ainda tinha uma última pixotada a fazer aos 10 minutos, quando Gandin derrubou Ruben Capria na intermediária. O camisa 10 cobrou a falta com perfeição e Hilário Navarro nada pôde fazer a não ser buscar a bola no fundo do gol: Racing 4x4.

Destaque do jogo: Martin Simeone. Sua equipe não jogou bem, foi dominada, teve um jogador expulso e quase perde o jogo. Mas o hat trick marcado pelo camisa 8 foi peça fundamental para o brilho da partida e o suado empate conquistado.

NOTAS RÁPIDAS

• A rodada se encerra nesta terça-feira, com Huracán x Boca Juniors e Estudiantes x Velez. Como o próximo domingo é de segundo turno de eleições, provavelmente teremos jogos durante a semana. A rodada pode se iniciar na sexta e se encerrar no sábado, se iniciar no sábado e se encerrar na segunda, ou se iniciar na segunda e se encerrar na sexta.
• A incrível falta quíntupla feita por Hauche lhe rendeu uma suspensão por 3 partidas. O camisa 13 só volta a jogar pelo Racing caso sua equipe se classifique para a fase final.
• A derrota para o River selou o destino do San Lorenzo. Com 4 rodadas de antecedência, a equipe de Almagro não pode mais alcançar os 15 pontos do Velez (o atual quarto colocado) e, por isso, é a primeira equipe eliminada do certame, passando agora a cumprir tabela, somente.
• Por outro lado, a goleada garantiu ao River, com 4 rodadas de antecedência, a liderança do campeonato. A equipe não pode mais ser alcançada e, com isso, garante vantagem de jogar por dois resultados iguais nas semifinais e, caso avance à final, será o mandante da partida, luxos dados àquele que termina a temporada regular em primeiro.
• Dois jogadores alcançaram milestones na rodada. A bola no ângulo para empatar o jogo com o River fez com que Romagnoli batesse ao peito, apontasse ao chão e fizesse a taunt da Paloma para comemorar o seu 60° gol com a camisa do San Lorenzo. Já a falta cobrada com perfeição para dar números finais ao Clássico de Avellaneda foi o gol de número 30 de Ruben Capria com a camisa do Racing.

Torneio Clausura 2014 - Décima Rodada - 10/06/2014

O domingo foi de eleições, então a décima rodada do Clausura só pôde ser cumprida na tarde desta segunda-feira. O sol apareceu, mas a temperatura permaneceu baixa graças ao vendaval que varreu o Itaquá Dome. Mesmo assim, o público compareceu em bom número e foi brindado com dois grandes jogos. Vamos a eles!

RIVER PLATE 4x2 RACING

O choque de líderes vinha cercado de expectativas. Do lado do River, Francescoli pedia a seus volantes que não saíssem para o jogo, pois o adversário costumava atacar pelo meio. Do lado do Racing, Paralelo disse durante a semana que sua equipe iria vencer, pois já sabia como anular o time adversário, com uma marcação individual: Ruben Capria pegaria Gallardo, Quiroz pegaria Trezeguet e os laterais pegariam os pontas. Os volantes ficariam no meio do caminho, para impedir os passes das pontas para o meio. No primeiro turno, Racing 3x5 River.

E foi um dos melhores jogos do campeonato, digno do embate entre os dois primeiros colocados. Logo que a bola rolou, já se percebia organização tática e bom toque de bola de lado a lado. O Racing atacou primeiro e teve duas boas chances, que foram desperdiçadas. Aos 2 minutos, foi a vez do River atacar. Em triangulação pela esquerda envolvendo Paz, Berizzo e Barrado, o camisa 19 avançou e trouxe para o pé direito. O chute foi perfeito e Saja nada pôde fazer: River 1x0.

O Racing não se acanhou e continuou jogando bem, em busca do empate. O River não fez por menos e continuou em cima. Aos 8 minutos, fez sua clássica jogada. Gallardo recebeu tiro de meta e tocou na ponta para Ortega. O camisa 10 deu a Trezeguet no meio e o camisa 7 chutou de primeira. Caprichosamente, a bola tocou no travessão e saiu. O Racing contra atacou e a bola saiu para córner. Ruben Capria cobrou e Latorre cabeceou sem chances para Carrizzo: Racing 1x1.

No intervalo, Francescoli tirou Buonanotte e colocou Funes Mori. Paralelo mudou o lado direito, sacando Pelletieri e Acosta e colocando Fariña e Hauche.

O jogo continuou maravilhoso, bem estudado e com muita marcação. Daí se viu a genialidade de Francescoli. O treinador mandou seus laterais avançarem como elemento surpresa e descobriu a chave para a vitória. Aos 4 minutos, Berizzo desarmou Hauche e viu Ferrari se deslocando para o meio. O lançamento foi perfeito e o camisa 2 recebeu na meia lua, para mandar belo chute à meia altura e vencer Saja: River 2x1.

O Racing partiu para buscar o empate e o River teve o contra ataque ao seu dispor. Aos 7 minutos, o lance mais polêmico do jogo. Após desarmar Ruben Capria, Almeyda tocou para Ortega na direita. O camisa 10 deu mais à frente para Trezeguet e o centroavante francês passou para Ferrari, já dentro da área. O camisa 2 deu um lindo toque de cobertura e a bola bateu na parede da rede antes de sair. Os jogadores do Racing cercaram o árbitro, exigindo que ele marcasse bola na trave, mas o gol foi validado: River 3x1.

O jogo e o cronômetro ficaram parados um bom tempo, até a situação ficar mais tranquila. Isso foi ruim para o Racing, que se desconcentrou e errou a saída de bola. Almeyda tocou a Ferrari na direita e o lateral artilheiro tocou para Ortega. O camisa 10 tabelou com Trezeguet, trouxe para o meio e chutou de trivela, com a bola entrando no ângulo de Saja e fazendo River 4x1 aos 8 minutos.

O Racing ainda descontou na saída de bola, aos 9. Ruben Capria tabelou com Martin Simeone, recebeu na frente, trouxe para o pé esquerdo e chutou em curva, fazendo um golaço, mas era tarde: Racing 2x4.

Destaque do jogo: Pablo Ferrari. Diante de um jogo bem apertado, o lateral mostrou sua genialidade. Foi à frente fazer 2 gols e mostrou que seu time tem alternativas para quando o ataque estiver marcado.

VELEZ SARSFIELD 3x3 SAN LORENZO

A derrota do Racing no jogo anterior, a derrota do Huracán, a ascensão do Independiente e a vitória do Boca eram o combustível para o Velez vencer e assumir a terceira colocação. Para isso, nada melhor que enfrentar o último colocado que, se perdesse, estaria eliminado do campeonato. Do outro lado, o sentimento era de última chance. Nilson disse a seus jogadores para jogar como se aquela fosse a última partida da vida deles. No primeiro turno, San Lorenzo 2x5 Velez.

Realmente, os jogadores do San Lorenzo seguiram à risca o pedido de seu treinador. A bola rolou e os jogadores começaram a correr como loucos. Romagnoli tocou a Piatti e correu para receber o lançamento já na área. Sosa saiu aos seus pés e mandou a bola para lateral. Romagnoli se deslocou novamente e Raul 'Pipa' Estevez cobrou para ele. Sosa, novamente, foi correndo para cima do camisa 10 e acabou derrubando-o. Pênalti que o próprio Romagnoli cobrou no ângulo esquerdo de Sosa, que até foi, mas não achou a bola. Enquanto isso, o camisa 10 batia no peito, apontava ao chão e fazia a taunt da Paloma: San Lorenzo 1x0.

O Velez não teve nem tempo de se arrumar. Com uma defesa adiantada, marcando pressão e saindo em velocidade, o San Lorenzo logo roubava a bola e criava uma nova situação. Mas o segundo gol só veio aos 8 minutos, quando Turco Assad perdeu a bola para Reynoso próximo à área do San Lorenzo. O camisa 5 tocou para Piatti no meio, que inverteu na esquerda para Luciatti. O camisa 6 tocou mais à frente para Romagnoli e o camisa 10 trouxe para o pé direito antes de chutar cruzado e vencer Sosa, batendo no peito, apontando ao chão e fazendo a taunt da Paloma: San Lorenzo 2x0.

No intervalo, enquanto gesticulava freneticamente para tentar acertar sua equipe, Tripa Seca tirou Insua e Turco Assad, colocando Cubero e Lucas Pratto. Gago passaria a atuar na armação e Cubero iria para seu lugar na cabeça de área. Já Nilson trocou o lado direito, tirando Johnathan Ferrari e Raul 'Pipa' Estevez para colocar Tellechea e Bordagaray.

O jogo recomeçou e os erros do San Lorenzo logo surgiram. Com apenas 15 segundos de jogos, Gago tocou para Romero, que chutou de bico, de muito longe. Migliore tentou encaixar e morreu abraçado com a bola no fundo do gol, em um frangaço: Velez 1x2.

O gol assustou o San Lorenzo, que passou a errar tudo, como na saída de bola aos 3 minutos. Ameli recebeu de Tulla, adiantou a bola e tentou chutá-la, mas acabou derrubando Dario Hussain no bico da área. Gago cobrou a falta com perfeição, por cima da barreira e fez Velez 2x2.

Mas quem tem Romagnoli não precisa se preocupar. É só jogar no pé dele! E foi assim aos 4 minutos, na saída de bola. Romagnoli tocou para Piatti, recebeu na frente, girou sobre a bola e mandou belo chute de efeito para vencer Sosa, bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma, enquanto comemorava seu hat trick: San Lorenzo 3x2.

O Velez partiu para empatar o jogo e o San Lorenzo apertou a marcação. Somente aos 8 minutos a equipe conseguiu o empate. Cubero conseguiu passe no meio da zaga para Claudio Hussain. O camisa 8 percebeu a marcação apertando e tocou na direita para o irmão, Dario. O camisa 10 recebeu, ajeitou e chutou sem chances para Migliore, dando números finais ao confronto: Velez 3x3. No último minuto, Gago ainda acertou uma cobrança de falta no travessão...

Destaque do jogo: Leandro Romagnoli. O camisa 10 só não fez chover no Itaquá Dome. Correu o tempo inteiro, armou, desarmou, participou, passou, fez um hat trick e homenageou sua amada com uma atuação de gala.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 28 pontos

2° Racing - 18 pontos

3° Boca Juniors - 15 pontos, 30 gols marcados, 20 gols sofridos

4° Velez Sarsfield - 15 pontos, 30 gols marcados, 27 gols sofridos

5° Independiente - 12 pontos, 28 gols marcados

6° Huracán - 12 pontos, 20 gols marcados

7° Estudiantes - 7 pontos

8° San Lorenzo - 4 pontos

ARTILHARIA

1° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 13 gols

2° Ruben Capria (Racing) - 12 gols

3° Martin Palermo (Boca Juniors) - 10 gols

NOTAS RÁPIDAS

• Com a vitória sobre o Racing, o River Plate se tornou o primeiro time classificado às semifinais, com quatro rodadas de antecedência. Se igualar o resultado do Racing na próxima rodada, garante também o primeiro lugar antecipadamente.
• Em sessão no TJB após a rodada, o árbitro Wilson Neca foi suspenso por dois sorteios, por irregularidades na súmula.
• A próxima rodada se inicia no próximo sábado, com San Lorenzo x River Plate e o Clássico de Avellaneda, Racing x Independiente. Se não vencer o River, o San Lorenzo será a primeira equipe eliminada do campeonato, com antecedência de três rodadas. O encerramento da rodada, no entanto, deve ocorrer somente na segunda-feira seguinte.

Torneio Clausura 2014 - Décima Rodada - 04/10/2014

Após uma noite de muita chuva, o sol apareceu e ajudou a secar o encharcado gramado do Itaquá Dome. O público compareceu em bom público para assistir a abertura da décima rodada do Clausura 2014 e foi brindado com duas goleadas. Vamos aos jogos!

BOCA JUNIORS 5x1 ESTUDIANTES

Com ambas as equipes vindas de derrotas, uma vitória aqui significaria redenção. Para o Boca, a derrota para o Velez no meio da semana (2x3) lhe tirou do terceiro lugar no campeonato. A aposta era na crise vivida pelo Estudiantes, que vinha de goleada sofrida para o Independiente (1x4) e não tinha Mathias Sanchez, expulso no jogo anterior. No primeiro turno, Estudiantes 4x7 Boca.

Quando a bola rolou, a equipe de La Plata partiu pra cima, mas se abriu para contra ataques. Assim, após uma boa jogada que Abbondanzieri tirou com o pé, a bola sobrou para Ibarra na direita, que passou a Palácio. O camisa 19 inverteu o jogo para Basualdo, que deu um corte seco em cima de Rodrigo Braña e chutou com extrema categoria, sem chances para Andujar, fazendo Boca 1x0 aos 40 segundos.

O Boca passou a dominar o jogo e seus jogadores passaram a enfeitar jogadas, irritando Palermo, que queria matar logo a partida. Em uma delas, aos 3 minutos, Arruabarrena enfeitou na hora de passar a Riquelme e atrasou o ataque, mas o camisa 10 devolveu a ele, que enfeitou de novo na hora de passar para Palermo e perdeu a bola para Angeleri. Enquanto Palermo berrava com o lateral esquerdo, Angeleri passava no meio para Rodrigo Braña, que lançava a Boselli na esquerda. O camisa 9 só ajeitou a bola e Leandro Benítez bateu de primeira, vencendo Abbondanzieri e empatando o jogo: Estudiantes 1x1.

Palermo continuou berrando e exigindo que seus companheiros jogassem sério. Foi assim que recebeu de Riquelme em velocidade, aos 6 minutos, mas Leandro Desábato deu o carrinho e tirou para lateral. Arruabarrena cobrou rápido e Palermo recebeu livre dentro da área, mandando a bomba e vencendo Andujar: Boca 2x1.

A equipe de La Boca voltou a dominar a partida e o Estudiantes desanimou de vez. Aos 10 minutos, em linda jogada de contra ataque, Ibarra tocou para Basualdo, que invadiu a área em velocidade e foi derrubado por Andujar. Pênalti que Palermo cobrou no ângulo. Andujar voou, mas não alcançou e o Boca abria 3x1 ao fim do primeiro tempo.

No intervalo, Madeirite tirou Arruabarrena e Riquelme e colocou Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. Como só podia fazer uma mudança, Cristaldo tirou Gastón Fernandez (que atrasava as jogadas de ataque) e colocou Hernán Rodrigo Lopez.

As mudanças desmontaram o Estudiantes de vez e a impressão que ficou foi que a equipe não voltou a campo para o segundo tempo. O Boca dominou, mas não fez muito esforço para ampliar. Mesmo assim, conseguiu aos 8 minutos, quando puxou um contra ataque com Serna tocando para Cagna. Com um toque de categoria, o camisa 8 tirou a defesa da jogada e descobriu Escudero entrando livre. O camisa 2 chutou de primeira na saída de Andujar e fez Boca 4x1.

Ainda tinha tempo para mais uma pixotada de Andujar. Basualdo puxou contra ataque e viu que ia perder o ângulo. Então, adiantou a bola e esperou o contato com o goleiro. Palermo cobrou o penal da mesma forma que o anterior. Andujar também foi na bola, como no penal anterior e, assim como o anterior, não alcançou, aos 10 minutos: Boca 5x1.

Destaque do jogo: Martin Palermo. Ao gritar com seus jogadores para jogarem sério, conseguiu trazer a equipe de volta para o chão e arrancar para a vitória. Seu hat trick também foi crucial para isso. Marcou o segundo gol, fez mais dois de pênalti e foi a principal figura da partida.

INDEPENDIENTE 4x1 HURACÁN

O último jogo do dia colocava duas equipes em situações antagônicas. Após jogar pessimamente mal até aqui, o Independiente havia goleado no seu jogo anterior (4x1 no Estudiantes) e vinha empolgado para engatar a segunda vitória seguida no campeonato e mirar o grupo de cima. Do outro lado, o Huracán vinha jogando bem, mas a derrota na rodada anterior (0x4 River) fez o time sair do G4 e, com isso, a vitória era crucial para não deixar o Independiente encostar e voltar à zona de classificação. No primeiro turno, Huracán 4x2 Independiente.

Pois bastou a bola rolar para se ver que o velho Independiente estava de volta. Em linda jogada coletiva, que passou por Gracián, Fredes, Montenegro e Vella, o último passe encontrou Facundo Parra livre na direita. O camisa 17 se livrou de Barrientos com extrema facilidade e chutou forte para vencer Islas e fazer Independiente 1x0 com apenas 40 segundos de jogo.

O Huracán se assustou com o gol inicial, mas tentou partir pra cima. Só que a marcação do Independiente foi perfeita e a equipe de Avellaneda não foi ameaçada. Aos 2 minutos, Gracián cobrou falta na trave. Aos 3, após Gracián concluir ótima jogada e Islas mandar a córner, Facundo Parra cobrou com perfeição e Busse meteu a cabeça na bola para fazer Independiente 2x0.

O jogo era todo do Independiente. A equipe do Huracán não conseguia jogar. Mas Mareque errou em um lance e fez falta próxima à área. Cigogna mandou o scopetazzo e venceu Navarro, fazendo Huracán 1x2 aos 5 minutos. Os jogadores do Independiente reclamaram que Cigogna tirou a bola do lugar e, com isso, a bola ficou fora da barreira armada por Navarro, mas o árbitro Dula Rápio validou o gol.

Como as reclamações eram inúteis, o Independiente tinha que voltar a ter a vantagem na bola. E assim foi, aos 8 minutos. Montenegro desarmou Cigogna com extrema categoria e passou para Gracián. O camisa 19 avançou sem ser incomodado e, com lindo toque de cobertura, venceu Islas para fazer Independiente 3x1.

No intervalo, Bayer tirou Fredes e colocou Acevedo. Já Sr Rabina sacou Villarruel e Milano e colocou Erramuspe e Barrales.

O jogo ficou feio. O Independiente apertou a marcação para segurar o resultado e o Huracán não conseguiu se organizar e encostar no placar. Assim, somente aos 9 vimos mais um gol. Mareque cobrou lateral para Busse, que tocou a Silvera dentro da área. O camisa 11 girou em cima de Alexis Ferrero e chutou forte, sem chances para Islas, fazendo Independiente 4x1.

Destaque do jogo: Facundo Parra. Marcado por dois jogadores praticamente o jogo inteiro, o camisa 17 mostrou por que o Huracán tinha tanta preocupação. Fez o primeiro gol, deu o passe para o segundo, se apresentou incansavelmente para concluir as jogadas de ataque e ainda procurou Silvera, para que o camisa 11 também marcasse o seu.

NOTAS RÁPIDAS

• A rodada deve se encerrar neste domingo. Se não for possível, por causa das eleições, a rodada se encerra na segunda-feira.
• O milestone da rodada vai para Facundo Parra. O gol que abriu o caminho para a vitória sobre o Huracán foi o seu vigésimo com a camisa do Independiente.

Torneio Clausura 2014 - Nona Rodada - 01/10/2014

Outubro chega e, nesta quarta-feira de céu parcialmente encoberto e tempo abafado, o público foi ao Itaquá Dome em bom número, saudar a chegada do novo mês e o encerramento da segunda rodada do returno do Clausura. Os atletas não fizeram por menos e brindaram seus torcedores com dois bons jogos. Vamos a eles!

ESTUDIANTES 1x4 INDEPENDIENTE

O sexto contra o sétimo colocados, tentando se aproximar do grupo de cima. Do lado do Estudiantes, o clima ruim entre Verón, Cristaldo e Gastón Fernandez ainda não foi digerido e este é o empecilho para a equipe se concentrar em ir a campo para vencer. Para piorar, a equipe vem de derrota para o River (2x3), onde as diferenças entre as lideranças do elenco ficaram latentes. Do outro lado, Bayer quer que seus jogadores entendam que é a oportunidade perfeita para decolar. Contra um adversário direto, que está em crise, o Independiente só tinha que ir para cima e esquecer a derrota para o Boca na rodada anterior (1x3). No primeiro turno, Independiente 2x4 Estudiantes.

Quando a bola rolou, o que se viu foi um jogo muito intenso. As duas equipes partiram para cima e tiveram várias chances, mas a pontaria estava descalibrada. Isso foi até os 6 minutos, quando Nestor Silvera foi lançado, invadiu a área e chutou. Andujar defendeu e a bola sobrou limpa para Silvera empurrar para o gol vazio. Andujar foi pra cima dele e o chute de Silvera saiu torto, mas o árbitro marcou pênalti. Silvera cobrou no canto esquerdo e Andujar foi para o outro lado: Independiente 1x0.

O gol empolgou de vez o Independiente, que passou a dominar as ações. Mas o Estudiantes ainda foi para cima e, com isso, se abriu para os contra ataques. Aos 8 minutos, Verón chutou e Navarro defendeu, com Tuzzio aliviou para a esquerda, onde Mareque recebeu e tocou a Silvera. O camisa 11 fez o dois-um com Busse e recebeu mais à frente, invadindo a área e chutando por cima de Andujar, para acertar o ângulo e fazer Independiente 2x0.

No intervalo, Cristaldo tirou Angeleri e Boselli, colocando Mathias Sanchez e Hernán Rodrigo Lopez. Já Bayer tirou Montenegro e colocou Acevedo.

Nem bem a bola rolou e Vella já fez uma pixotada, errando um passe no campo de defesa. Hernán Rodrigo Lopez pegou e tocou para Enzo Perez, que recebeu de frente para o gol e mandou fora do alcance de Navarro, fazendo Estudiantes 1x2 com apenas 34 segundos.

O gol poderia desestabilizar o Independiente, mas isso não ocorreu. A equipe de Avellaneda continuou dominando e chegou ao terceiro gol aos 2 minutos, em linda jogada. Vella se recuperou a pixotada e roubou a bola de Lopez com elegância, tocando a Fredes no meio. O camisa 8 deu belo passe em profundidade para Silvera, que tocou para Gracián na esquerda. Trazendo a bola para o pé direito, o camisa 19 tirou Desábato da jogada e chutou no ângulo de Andujar, fazendo Independiente 3x1.

Aos 6 e 7 minutos, dois lances resolveram a partida. Mathias Sanchez tentou alcançar a bola e fez falta tripla, sendo merecidamente expulso. Na cobrança de falta, na jogada mais bonita do jogo, o Independiente chegou à goleada. Acevedo cobrou a falta para Mareque na esquerda, que procurou Busse no meio. O camisa 7 tocou mais à frente para Gracián, que deu a Silvera na esquerda. O camisa 11 devolveu a Gracián no meio, que abriu a Parra na direita. O camisa 17 recebeu já dentro da área e chutou cruzado, sem chances para Andujar. Numa ótima jogada em zigue-zague, o Independiente fez 4x1.

Destaque do jogo: Nestor Silvera. Ele prometeu quebrar seu recorde de gols neste Clausura, mas está fazendo um campeonato modestíssimo. Hoje, no entanto, voltou a ser o Silvera artilheiro do Apertura. Se movimentou o jogo inteiro, fez dois gols, participou dos outros e foi a principal figura da partida.

BOCA JUNIORS 2x3 VELEZ SARSFIELD

O último jogo da rodada era um duelo interessantíssimo. Em terceiro, o Boca precisava da vitória para se aproximar dos dois primeiros, além de manter a boa carreira após a vitória sobre o Independiente (3x1) na rodada anterior. Em quinto e sem vencer há 5 jogos, o Velez queria a vitória para voltar à zona de classificação, além de se recuperar da derrota na rodada anterior (4x5 para o Racing). Quem vencesse aqui estaria em situação bem tranquila, pois além de derrotar um adversário direto, os outros times próximos haviam perdido (o Huracán perdeu pro River e o Estudiantes caiu ante o Independiente). No primeiro turno, Velez 3x1 Boca.

Quando a bola rolou, o Velez partiu para cima, mas se desorganizou taticamente e foi assim que o Boca inaugurou o marcador. Gago se mandou para o ataque e deixou um buraco no meio de campo. Em cobrança de escanteio, Abbondanzieri saiu e ficou com a bola, tocando na meia lua para Serna. Vendo o buraco que Gago havia deixado, o camisa 5 do Boca tocou longa bola e encontrou Riquelme. O camisa 10 foi avançando sem ser incomodado e, da entrada da área, chutou. Sosa nada pôde fazer e o Boca abriu 1x0 logo a um minuto.

Quando se esperava que o Boca dominaria a partida, o Velez se equilibrou e conseguiu o empate, em boa jogada de contra ataque. Sebá Dominguez rebateu bola da área e Emiliano Papa tocou no corredor para Turco Assad. O camisa 9 invadiu e, do bico da área, chutou para Abbondanzieri espalmar. A bola sobrou para Escudero, que se atrapalhou e a bola saiu de seu domínio, caindo aos pés de Assad. Desta vez, o camisa 9 chutou de primeira e Abbondanzieri não chegou: Velez 1x1, aos 4 minutos.

O Boca continuou melhor, se aproveitando da desorganização do Velez, principalmente porque Gago não segurava posição. E foi assim, na desorganização, que o Velez virou o jogo aos 8 minutos. Insua voltou para fazer a posição de primeiro volante e conseguiu interceptar passe que era para Palermo, tocando na direita para Juan Sábia. O camisa 4 deu um bico para afastar a bola da área e encontrou Gago livre no campo de ataque. O camisa 5 recebeu, trouxe para o pé esquerdo e chutou cruzado. Abbondanzieri não encontrou e o Velez fez 2x1.

A partir daí, o domínio passou a ser do Velez. Isto, neste jogo maluco, significa perigo e o Velez sentiu na própria pele. Já nos acréscimos, após desperdiçarem duas chances claras, a bola sobrou para Gago, que tocou a Dario Hussain na entrada da área. O camisa 10 recebeu livre e adiantou para chutar, mas Abbondanzieri saiu rápido e deu um carrinho forte. A bola cruzou o campo todo e entrou mansa no gol de Sosa, que só viu quando ela já ultrapassava a linha fatal: Boca 2x2.

No intervalo, Madeirite sacou Escudero e Palacio para colocar Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. Já Tripa Seca tirou Gago (que não queria jogar em sua posição de origem e deixou inúmeros buracos) e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto, além de acertar o posicionamento defensivo.

Veio o segundo tempo e os jogadores do Velez seguiram à risca as ordens de Tripa Seca. Marcando forte no seu campo, os jogadores impediam o Boca de criar jogadas. O time xeneize também apertou a marcação e o jogo ficou complicado, sem chances claras de gol. Isso foi até os 7 minutos, quando o Velez conseguiu sair pela esquerda. Cubero aliviou bola da área e Insua recebeu, tocando a Turco Assad. O camisa 9 tocou mais à frente para Lucas Pratto, que deu um leve toque na bola para tirar os zagueiros da jogada. Emiliano Papa veio na corrida, recebeu a bola e, da entrada da área, mandou belo chute e venceu Abbondanzieri para dar números finais ao confronto: Velez 3x2.

Destaque do jogo: Emiliano Papa. O lateral se desdobrou. Marcou bem e foi ótima opção de ataque pela esquerda, ajudando a equipe a sair para o jogo. Marcou o gol que interrompeu uma sequência de cinco jogos sem vitória e recolocou seu time no G4.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 25 pontos

2° Racing - 18 pontos

3° Velez Sarsfield - 14 pontos

4° Boca Juniors - 12 pontos, 25 gols pró

5° Huracán - 12 pontos, 19 gols pró

6° Independiente - 9 pontos

7° Estudiantes - 7 pontos

8° San Lorenzo - 3 pontos

ARTILHARIA

1° Ruben Capria (Racing) - 11 gols

2° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 10 gols

3° Juan Roman Riquelme (Boca Juniors) e David Trezeguet (River Plate) - 9 gols

NOTAS RÁPIDAS

• O milestone da rodada vai para Leandro Gracián. O gol que fez contra o Estudiantes foi o de número 40 dele com a camisa 19 do Independiente.
• Após marcar seu primeiro gol com a camisa do Boca, o goleiro Abbondanzieri fez a equipe xeneize ser a primeira no atual campeonato a ter todos os jogadores de seu elenco com, ao menos, um gol.
• Em sessão no TJB após a rodada, os auditores absolveram o árbitro José Roberto Wright e o auxiliar Promotor Corregedor da reclamação impetrada pelo Estudiantes, de que no quarto gol do Independiente a bola não teria entrado. Assim, mais uma vez, os auditores mantiveram a determinação dada no Bootecon deste ano, de que as decisões dos árbitros não podem ser reformadas.