domingo, 30 de novembro de 2014

Supercopa FIFUBO 2014 - Final - 30/11/2014

O tempo voltou a fechar. A ameaça constante de chuva, somada ao vento frio e forte, poderiam afastar o público do Itaquá Dome. Mas os 60 mil lugares foram ocupados igualmente pelos torcedores de Velez e Boca, que vieram acompanhar a grande final da Supercopa FIFUBO.

O Velez, campeão da Copa Olé, vinha empolgado após derrubar o River Plate na semifinal (5x3). O treinador, Tripa Seca, aplicou um nó tático no campeão do Clausura e tinha em mente uma nova ideia para aplicar um nó tático no campeão do Apertura e sair campeão da Supercopa.

O Velez foi a campo com 1. Sosa, 2. Peruzzi, 4. Sabia, 6. Sebá Dominguez, 3. Emiliano Papa; 5. Gago, 8. Claudio Hussain (c), 7. Romero, 11. Insua; 10. Dario Hussain, 9. Turco Assad. O treinador, Tripa Seca, auxiliado por Parraguez, levou para o banco 12. Lucas Pratto e 13. Cubero
O Boca, campeão do Torneio Apertura, vinha empolgado também por derrubar um gigante. A vitória sobre o Vasco mostrou que a torcida tem que ter paciência, pois vaiar desde o início só vai atrapalhar a concentração. A ideia é fazer o mesmo que contra o Vasco, minando as forças do adversário para procurar a vitória.

O Boca foi a campo com 1. Abbondanzieri, 4. Ibarra, 2. Escudero, 6. Schiavi, 3. Arruabarrena; 5. Serna (c), 8. Cagna, 11. Basualdo, 10. Riquelme; 19. Palacio, 9. Palermo. O treinador, Madeirite, auxiliado por Buchanan's Special Reserve 7, levou para o banco de reservas 7. Viatri, 12. Battaglia e 13. Guillermo Barros Schelloto.
VELEZ SARSFIELD 2x0 BOCA JUNIORS
O Velez à direita e o Boca à esquerda. A saída foi do Boca.
O jogo começou nervoso, com muita marcação e pouco espaço para jogar, típicos de uma final. Logo ficou clara a estratégia do Velez, de marcar forte e superpovoar o meio de campo, sem dar espaços para o Boca. Aos 3 minutos, Cagna tentou ir ao ataque e Romero lhe tomou a frente, roubando a bola. Cagna, então, fez falta no camisa 7. Romero cobrou para Claudio Hussain, que devolveu a Emiliano Papa atrás e saiu correndo pela esquerda. Papa avançou trazendo a bola para o meio e puxou a marcação. Com um toque, deu a Claudio Hussain livre na esquerda e o camisa 8 avançou, invadiu a área e chutou na saída de Abbondanzieri, fazendo Velez 1x0.

No intervalo, Tripa Seca tirou Romero e Dario Hussain para colocar Lucas Pratto e Cubero. Já Madeirite tirou Riquelme e Palácio e colocou Schelloto e Viatri.

A estratégia do Velez era clara. Não deixar o adversário jogar com uma marcação forte e tentar sair em contra ataques. O Boca se viu preso a essa armadilha e não conseguiu jogar.

Exemplo da marcação do Velez, em estilo Chapéu de Bruxa, impedindo o Boca de avançar.
O Boca se viu preso e o Velez tocou a bola para esperar o tempo passar. Aos 10 minutos, Cubero levou a bola para a lateral e os jogadores do Boca o cercaram para roubar a bola. Com um toque, Cubero tocou para Claudio Hussain, que entrou na área do Boca driblando, até ser derrubado por Abbondanzieri. Insua cobrou o pênalti no canto esquerdo, para onde o goleiro do Boca pulou, mas não chegou: Velez 2x0.

VELEZ SARSFIELD CAMPEÃO DA SUPERCOPA FIFUBO 2014

O título coroa o belíssimo trabalho feito por Tripa Seca para esta competição, pensando em estratégias jogo a jogo e conseguindo triunfar brilhantemente. O Velez ganha, com isso, a alcunha de Rei de Copas, que também pertence ao Racing, por encerrar o ano com o título das duas copas disputadas no ano (Olé e FIFUBO).

O capitão do Velez, Claudio Hussain, recebe o troféu das mãos do presidente da FIFUBO, Batistuta
Tripa Seca falou após o jogo: "Essa competição mostra uma nova tendência do futebol. Pensar jogo a jogo, estratégia personalizada. Estou muito orgulhoso de fazer parte dessa história. Disputar quatro competições, no ano de estreia, e ganhar dois títulos, é maravilhoso! Os jogadores estão de parabéns!"

Jogadores do Velez fazem a festa com as taças da Supercopa FIFUBO e da Copa Olé 2014
NOTAS RÁPIDAS

  • O ano de 2014 se encerra para a FIFUBO. No próximo final de semana, Independiente e Imperatriz decidirão o simbólico e estatístico título da Supercopa FIFUBO de 2012.
  • Federico Insua, do Velez, terminou como artilheiro da Supercopa FIFUBO, com 4 gols.
  • O jogo de hoje foi dedicado a Roberto Gomes Bolaños, que tantas alegrias deu a todos e nos fez rir quando não tínhamos motivos para tal. A FIFUBO agradece ao eterno Chaves, Chapolin, Chompiras e tantos outros por seu trabalho.

sábado, 29 de novembro de 2014

Supercopa FIFUBO - Semifinais - 29/11/2014

A frente fria começa a se afastar. Algumas nuvens ainda cobrem o Itaquá Dome e a temperatura está perfeita para o começo da Supercopa FIFUBO. O público compareceu em bom número ao estádio e foi brindado com duas partidas com muita emoção.

BOCA JUNIORS 4x3 VASCO DA GAMA

Campeão do Torneio Apertura, o Boca se credenciou em uma campanha onde ficou latente que sua torcida é a mais  impaciente de toda a FIFUBO. A torcida não apoiou o time e pressionou a diretoria a demitir o treinador, até o anúncio de que Madeirite iria comandar a equipe no segundo semestre ser feito com o campeonato ainda em andamento. Resultado: Paralelo levou o time à conquista do Apertura e Madeirite assumiu assim mesmo, demorando a dar uma cara à equipe e fazendo com que o Boca ficasse um bom tempo sem vencer. A campanha no Clausura foi pra lá de irregular e as duas derrotas no Superclássico foram a cereja do bolo para que a torcida voltasse a protestar. Mesmo assim, a diretoria garante Madeirite, pelo menos, até o final de 2015.

Campeão da Copa 3 Corações, o Vasco é um time temido. Até o ano passado, quando se formou a "argentinização" da Liga, a equipe dividia com o Imperatriz todos os títulos, conquistando um total de oito troféus até então. Mas a equipe só fez 2 jogos esse ano, justamente os dois da Copa 3 Corações em janeiro e, por isso, o ritmo de jogo poderia ser prejudicado.

Quando a bola rolou, ficou claro por quê o Vasco é tão temido. A equipe marcou em cima e saiu em contra ataques ordenados, com um toque de bola bonito e eficiente. Demorou apenas um minuto para encontrar as redes. Palácio foi ao ataque e adiantou demais a bola, sendo desarmado por Mauro Galvão. O capitão tocou para Bruno Lazaroni, que tocou a Petkovic mais à frente. O camisa 20 tabelou com Marcelinho, que lhe devolveu no meio da zaga, já dentro da área. Com um toque de extrema categoria, Petkovic mandou por cobertura na saída de Abbondanzieri e fez Vasco 1x0.

O gol assustou o Boca, pela rapidez com que o Vasco desarma a jogada do adversário e encontra as redes. Assim sendo, aos 2 minutos, o Boca errou novamente na saída. Cagna tentou driblar Leo Lima e perdeu a bola para o camisa 7, que passou a Marcelinho. Marcado por 3, o camisa 8 conseguiu um excelente passe para Petkovic, que pegou a defesa do Boca aberta. O camisa 20 invadiu a área e, desta vez, chutou rasteiro na saída de Abbondanzieri, fazendo Vasco 2x0.

O domínio do time carioca era impressionante, mas um erro pôs tudo a perder. Aos 4 minutos, em linda jogada coletiva, Donizete se atrapalhou na hora de concluir e fez falta tripla, sendo expulso. O esquema de Antonio Lopes foi desfeito e o Boca conseguiu se organizar. Adiantando a marcação, a equipe de La Boca conseguiu evitar a avalanche vascaína e começou a se soltar com seus laterais. Aos 9 minutos, o Boca descontou ao fazer uma blitz na área do Vasco, chutando inúmeras bolas para defesas de Carlos Germano e sucessivas cobranças de córner. Em uma delas, Basualdo cobrou e Ibarra cabeceou sem chances para o goleiro vascaíno, fazendo Boca 1x2.

No intervalo, Madeirite tirou Cagna e Palácio e colocou Battaglia e Guillermo Barros Schelloto. Já Antonio Lopes, percebendo que sua equipe perdia o meio de campo, reforçou a marcação. Tirou Tinho e Leo Lima e colocou Rogério Pinheiro e Beto.

As mudanças do Vasco não surtiram efeito e o Boca continuou melhor. Somado à isso, uma bela jogada ensaiada na saída de bola para o segundo tempo fez o jogo ficar empatado. Riquelme tocou para Basualdo e correu para a direita. Basualdo driblou para a esquerda e jogou a bola mais para a ponta, enquanto o Vasco esperava que ele fosse trazer para o meio. Arruabarrena surgiu como elemento surpresa, chutando de primeira e surpreendendo Carlos Germano, para fazer Boca 2x2 aos 13 segundos.

O Vasco não é um dos maiores vencedores da FIFUBO à toa. Mesmo na adversidade, a equipe consegue tirar um coelho da cartola. E foi assim aos 5 minutos, quando o Boca partia com tudo para o ataque. Rogério Pinheiro roubou a bola e tocou para Maricá, que jogou mais à frente para Petkovic. O sérvio viu Edmundo livre no meio e tocou e o camisa 10 ajeitou antes de chutar no ângulo de Abbondanzieri, fazendo Vasco 3x2.

O Boca não se acanhou e descontou na saída de bola. Riquelme fez o "toca y me voy" com Basualdo, recebeu na frente e chutou no ângulo de Carlos Germano, fazendo Boca 3x3, aos 6 minutos.

A partir daí, as duas equipes passaram a arriscar menos, pois um erro poderia ser fatal. Mas o Vasco tinha um jogador que atuou muito bem no primeiro tempo e errou tudo no segundo e seu nome é Bruno Lazaroni. O camisa 12 resolveu se arriscar no ataque e armar jogadas. Em apenas um lance, conseguiu irritar Edmundo, ao enfeitar e errar o passe 3 vezes seguidas. Na última delas, Serna roubou e tocou a Arruabarrena na esquerda. O lateral viu Palermo livre e lançou. O camisa 9 recebeu, invadiu a área e soltou a bomba na saída de Carlos Germano, para fazer Boca 4x3 aos 9 minutos.

Destaque do jogo: Martin Arruabarrena. O lateral esquerdo foi uma grata surpresa no nó tático aplicado por Madeirite. Apareceu no ataque armando jogadas e ainda fez um gol em linda jogada ensaiada.

RIVER PLATE 3x5 VELEZ SARSFIELD

Campeão invicto do Torneio Clausura, jogando futebol do mais alto quilate, o River é o grande nome dessa Supercopa. Invicto a 17 jogos, o time de Francescoli mostra como um verdadeiro campeão deve jogar. Intensidade, marcação forte e bom toque de bola são as marcas deste time.

Campeão da Copa Olé, o Velez vive uma temporada de decepções e surpresas. Último colocado no Torneio Apertura, o time demitiu Valdir Espinoza, contratando Tripa Seca para o seu lugar e, logo de cara, conquistou a Copa Olé, entrando como favorito para uma das 4 vagas no Clausura. Após um bom início, a equipe começou a cair no campeonato, mas se manteve no G4 até ser eliminado na última bola da temporada regular. Mesmo assim, o saldo é positivo e a esperança de um nó tático que derrube o invicto existia.

E o nó tático também existiu. O Velez deu a saída de bola e Insua tentou driblar Barrado, que deu um carrinho e mandou a bola para lateral. Na cobrança, o Velez fez a jogada conhecida como "lateral de rúgbi". Dario Hussain cobrou, Insua chamou a marcação e a bola foi para Lucas Romero mais atrás. O camisa 7 chutou de primeira e venceu Carrizzo para fazer Velez 1x0 logo aos 30 segundos.

O River não se incomodou com o gol, pois a partida estava só começando e havia muito tempo para a virada. Mas o nó tático não se resumiu a um lateral de rúgbi. A grande chave de mestre foi Lucas Romero, que foi o responsável pela marcação da última bola do River. E assim foi aos 4 minutos, quando o River cobrou o tiro de meta em sua jogada característica. Carrizzo deu a Gallardo no meio, que procurou Ortega na direita. O camisa 10 trouxe para o meio e passou a Trezeguet, mas Romero se antecipou e interceptou a bola, tocando a Insua no meio. O camisa 11 tocou mais à frente para Turco Assad, que pegou a defesa do River desprevenida e chutou cruzado na saída de Carrizzo, fazendo Velez 2x0.

1x0 não era preocupante, mas 2 já era demais. O River começou a apressar jogadas, para tentar descontar, mas o Velez era muito intenso, com marcação forte. Romero estava sempre no lugar certo para interceptar e a equipe saía jogando com toques curtos e rápidos. E foi assim que chegou ao terceiro gol, quando Romero desarmou Gallardo e tocou a Dario Hussain. O camisa 10 tabelou com Turco Assad, que tocou a Insua no meio. O camisa 11 chegou de surpresa e deslocou Carrizzo para fazer Velez 3x0 aos 7 minutos.

A essa altura do jogo, tudo o que o River queria era que o primeiro tempo acabasse, para Francescoli arrumar a casa. Mas o Velez continuou em cima, para matar o jogo logo e, no último minuto do primeiro tempo, transformou o drama milionário em goleada. Dario Hussain cobrou escanteio curto para Turco Assad e recebeu de volta já dentro da área, sem ângulo. Ele tentou driblar Carrizzo e foi derrubado. Insua cobrou o pênalti no canto esquerdo, Carrizzo foi para o direito e o Velez foi para o intervalo com 4x0.

No intervalo, Tripa Seca resolveu dar ritmo aos reservas. Tirou Peruzzi e Dario Hussain e colocou Cubero e Lucas Pratto. Já Francescoli teve que mudar a forma de jogar. Tirou Barrado e Gallardo e colocou Coudet e Funes Mori. Com isso, Ortega passaria a armar e Funes Mori iria para a ponta direita, se aproximando mais de Trezeguet. Além disso, a ordem era botar o pé na forma, uma vez que o River mandou 3 bolas na trave do Velez, que poderiam equilibrar melhor o jogo.

O River continuou errando muito. Afobado, sempre passava errado e tinha que correr atrás do Velez que, mesmo cansado, continuava jogando melhor. Assim foi aos 2 minutos, quando Coudet errou um passe e Berizzo teve que fazer falta em Lucas Pratto na ponta direita. Insua cobrou com curva. Carrizzo foi para um lado e, quando percebeu que a bola mudou de direção, não teve como voltar: Velez 5x0.

A partir daí, a torcida do River começou a deixar o estádio e a do Velez gritava "olé". O River passou a jogar de qualquer jeito e foi aí que encontrou as redes. Aos 5 minutos, Paz saiu do campo de defesa e foi avançando. Tocou a Ortega, que se atrapalhou e perdeu a bola. O próprio Paz recuperou, avançou pela ponta direita e chutou cruzado para vencer Sosa, fazendo River 1x5.

Aos 9 minutos, em nova jogada "bumba meu boi", o River voltou a marcar. Trezeguet foi desarmado por Gago, que foi desarmado por Coudet. O camisa 8 viu Funes Mori entrando na área e tocou por cima. O camisa 9 dominou com categoria e chutou na saída de Sosa, fazendo River 2x5.

Nos acréscimos, o Velez errou a saída de bola. Almeyda tocou a Buonanotte, que girou bonito em cima de Lucas Pratto e chutou de muito longe. A bola entrou no ângulo de Sosa e o River descontava para 3x5. Mesmo assim, a invencibilidade de 17 jogos caía por terra.

Destaque do jogo: Federico Insua. Com uma menção honrosíssima para Romero, pela sua função tática importantíssima, o hat trick do camisa 11 levou o Velez à inédita final da Supercopa FIFUBO.

NOTAS RÁPIDAS

  • Após os jogos, por sorteio ficou decidido que o jogo final será Velez x Boca, mas o campo é neutro. No intervalo, as equipes trocarão de lado.
  • O Velez luta pelo título inédito. Já o Boca luta por sua segunda conquista de Copa Olé, sendo a primeira em campo. A conquista de 2011 foi outorgada outro dia, quando se notou que só teve um campeonato naquele ano, vencido pelo Boca.
  • Os jogadores do Vasco reclamaram muito da ausência de jogos no ano. Contando com a semifinal da Copa Olé, a equipe jogou apenas 3 vezes em 2014 e o ritmo diminuiu bastante. Com isso, juntou-se a Imperatriz, Bangu e CROL para assinar uma petição, pedindo que as quatro equipes sejam incluídas na Copa Olé a partir de 2015. O resultado de tal deliberação será apresentado no Bootecon 2015, que ocorrerá em janeiro.
  • Três jogadores atingiram milestone na rodada. O gol que levou o seu time à final foi o de número 70 de Palermo com a camisa do Boca. Já Turco Assad chegou a 10 com a camisa do Velez, enquanto Insua ultrapassou os 20 gols com a mesma camisa, no hat trick anotado contra o River.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

All Star Game do Torneio Clausura 2014

Jogo no meio da semana, à tarde, com uma chuva caindo e prometendo ganhar força... o público não compareceu em bom número ao Itaquá Dome para prestigiar a apoteose do Torneio Clausura 2014, com o campeão do torneio (River Plate) e a seleção do campeonato, com reservas nos lugares dos jogadores do River eleitos.

RIVER PLATE 4x0 SELEÇÃO DO CLAUSURA

Campeão invicto, com 15 jogos, 13 vitórias e apenas 2 empates. Melhor ataque, melhor defesa, show de bola em quase todos os jogos, incluindo a final. O River estava nas nuvens para este confronto.

Os campeões do Torneio Clausura, posando com a taça antes da partida. A equipe do River foi a campo com 1. Carrizzo; 2. Ferrari, 3. Placente, 4. Paz, 6. Berizzo; 5. Almeyda (c), 19. Diego Armando Barrado, 11. Gallardo; 10. Ortega, 7. Trezeguet e 30. Buonanotte. O treinador Francescoli, auxiliado por Blue Steel, levou para o banco 8. Coudet (defesa) e 9. Funes Mori (ataque).
 A seleção do campeonato foi escolhida com base no número de indicações como melhor em campo dos jogadores, preservando as posições em um 4-4-2 losango, ou seja, um goleiro, 2 laterais (um direito e um esquerdo), 2 zagueiros (independente de lado), 1 volante de contenção, 2 volantes de movimentação, 1 armador e 2 atacantes (independente de lado ou posição). O treinador é o diretor técnico da FIFUBO, Sr. Alemanha. Caso houvesse empate entre jogadores da mesma posição em indicações para melhor do jogo, caberia ao Sr. Alemanha definir quem dentre eles é o eleito para a seleção do campeonato. Exemplo: para goleiro, 4 jogadores foram eleitos melhores em campo uma vez (Navarro, Islas, Carrizzo e Saja). Coube ao Sr. Alemanha escolher Saja como o melhor goleiro do campeonato.

A Seleção do Clausura 2014 formou com 1. Saja, 2. Angeleri (substituindo Pablo Ferrari), 6. Tuzzio, 4. Federico Fernandez, 3. Emiliano Papa (substituindo Berizzo); 5. Serna, 8. Claudio Hussain, 8. Martin Simeone, 10. Ruben Capria; 9. Daniel Cigogna (substituindo Trezeguet), 9. Palermo (c). O treinador, Sr Alemanha, não levou reservas, uma vez que o regulamento da FIFUBO diz que somente uma equipe pode ser formada. Palermo foi o capitão por ter sido o MVP do campeonato.
Tal qual no Apertura, o All Star Game foi um jogo desinteressante. O time das estrelas não se esforçou e o clima de pelada prevaleceu. Mas o River não ganhou o Clausura invicto à toa. É um time intenso do início ao fim e tinha como principal objetivo manter-se em forma para a Supercopa FIFUBO (que acontecerá neste final de semana).

Logo aos 3 minutos, Trezeguet fez um carnaval na defesa adversária, invadiu a área e perdeu o ângulo. Saja não quis saber e voou em cima do francês, derrubando-o. Pênalti que Ferrari cobrou no ângulo direito de Saja, que se esticou mas não alcançou: River 1x0.

O time das estrelas não despertou para a partida e continuou errando. No clima de pelada que se instaurou, a seleção do campeonato não guardava posição, abusava dos passes errados e abria espaços para contra ataques. Foi assim que, aos 6 minutos, Placente roubou bola de Martin Simeone e lançou Ferrari na direita. Com um toque de primeira, o camisa 2 deu no meio para Trezeguet, que invadiu a área sem ser incomodado e chutou de cobertura na saída de Saja: River 2x0.

O time de Nuñez estava monumental e manteve-se em cima. Aos 9 minutos, Papa cobrou lateral para Federico Fernandez no campo de defesa e o zagueiro cochilou. Gallardo se antecipou, roubou-lhe a bola e tocou a Trezeguet dentro da área. O camisa 7 chutou no ângulo direito de Saja, que nem se mexeu: River 3x0.

No intervalo, Francescoli resolveu fazer experiências. Tirou Almeyda e Trezeguet (que saiu aplaudido de pé) e colocou Coudet e Funes Mori. Ferrari passou a ser o capitão. Por não ter reservas, a seleção do campeonato não fez mudanças.

O jogo caiu um pouco de ritmo, mas o River continuou comandando. Chegou à goleada aos 5 minutos, quando Placente roubou bola de Ruben Capria e tocou para Ferrari na direita. O camisa 2 fez um lançamento magistral para Barrado na entrada da área. Com um drible de corpo, o camisa 19 se livrou de Serna e Tuzzio e chutou de pé esquerdo, sem chances para Saja: River 4x0.

Destaque do jogo: David Trezeguet. O camisa 7 jogou como se disputasse uma final de campeonato. Sofreu o penal do primeiro gol, marcou os dois seguintes e saiu no intervalo ovacionado.

NOTAS RÁPIDAS

  • As negociações para a aquisição do nono time argentino continuam. Até o meio de dezembro, tudo estará resolvido.
  • A Supercopa FIFUBO terá suas semifinais neste sábado e a final no domingo. O sorteio dos duelos será mais pro final da semana.

domingo, 23 de novembro de 2014

Torneio Clausura 2014 - Final - 23/11/2014

O domingo foi chuvoso, mas o público não quis ficar longe do Itaquá Dome, onde seria disputada a grande final do Torneio Clausura 2014. O campeonato, que começou em 19 de julho, encontrou seu ponto final aqui, com os dois primeiros colocados se enfrentando em jogo único, onde o vencedor ficaria com a taça. Em caso de empate, o campeão seria escolhido nos pênaltis. As duas equipes haviam se enfrentado duas vezes na temporada regular, com vitórias do River por 5x3 e 4x2.

Ao terminar a temporada em primeiro lugar, invicto, o River vinha como grande favorito. A equipe de Nuñez assumiu a liderança na quarta rodada e não largou mais, se classificando com algumas rodadas de antecedência. Terminou a fase de classificação em primeiro, com 38 pontos (12 vitórias e 2 empates), 53 gols marcados e 27 gols sofridos, tendo o melhor ataque e a melhor defesa da competição. Nas semifinais, atropelou o Independiente, vencendo os dois jogos (4x1 e 4x2), chegando à final com incríveis 14 vitórias e 2 empates em 16 jogos. De quebra, ainda tinha o vice-artilheiro da competição (Trezeguet, com 16 gols). Depois de jogar muito mal o Apertura, Francescoli mudou a equipe física, tática, técnica e mentalmente. Arrumou a casa e conseguiu uma incrível campanha até a final.
  
Jogadores do River formados antes da partida com 1. Carrizzo; 2. Ferrari, 3. Placente, 4. Paz, 6. Berizzo; 5. Almeyda (c), 19. Barrado, 11. Gallardo; 10. Ortega, 7. Trezeguet e 30. Buonanotte. O treinador é Francescoli e seu auxiliar é Blue Steel. No banco de reservas, 8. Coudet e 9. Funes Mori.
Ao terminar em segundo lugar na competição, com 28 pontos (8 vitórias, 4 empates e 2 derrotas), 45 gols marcados e 35 sofridos, o Racing vinha em posição inferior ao rival. Para piorar, Fariña havia sido expulso no jogo contra o Boca e cumpria suspensão aqui, deixando a equipe com apenas um atleta no banco. Nas semifinais, após massacrar o Boca no jogo de ida (5x0), administrou e perdeu no jogo de volta (2x3). Como trunfos, além do artilheiro do campeonato (Ruben Capria, com 20 gols), a equipe de Avellaneda vinha credenciada por ter vencido os dois Torneios Inícios do ano, sendo que o do Clausura foi com vitória sobre o River na final (2x0). O treinador Paralelo, que assumiu a equipe após o Apertura, mudou a cara da equipe e fez o Racing jogar como grande uma liga, campeonato que a equipe jamais havia conseguido sequer entrar no G4. Credenciado pelo título do Apertura, Paralelo ainda mostrou a seus jogadores que eles são capazes de jogar na adversidade, após vencerem a Copa Olé 2013 (com vitória de 5x0 sobre o Independiente na final), a Supercopa FIFUBO 2013 (com vitória nos pênaltis após empate em 4x4 com o River) e os Torneios Inícios do Apertura e do Clausura em 2014.

O Racing, formado antes da partida. A equipe veio a campo com 1. Saja; 2. Diego Capria, 4. Gamboa, 6. Pocchetino, 3. Enrique; 5. Quiroz, 7. Pelletieri, 8. Martin Simeone, 10. Ruben Capria (c); 9. Acosta, 11. Latorre. O treinador é Paralelo, auxiliado por Buchanan's Special Reserve 3, tendo apenas 13. Hauche no banco.

RIVER PLATE 5x2 RACING

Jogadores em campo, antes da bola rolar. A saída pertenceu ao Racing.

A bola rolou e o famoso nervosismo de se jogar uma final logo foi visto. As equipes arriscavam pouco, marcavam muito e tentavam encontrar espaços no campo. Nisso, a variação tática do River foi mais eficiente. Com os atacantes marcados, coube aos laterais Ferrari e Berizzo aparecerem na frente para tentar as jogadas. Outro nó tático bem aplicado por Francescoli foi Gallardo marcando Ruben Capria e Buonanotte marcando Acosta, anulando assim as jogadas do Racing. Coube a Barrado atuar na armação e o River começou a se soltar assim.

O Racing tinha muitas dificuldades, pois sempre que um jogador pegava a bola e levantava a cabeça, já tinha um do River em cima para roubar-lhe a bola e foi assim que surgiu o primeiro gol, aos 3 minutos. Pelletieri cobrou lateral para Ruben Capria próximo ao bico esquerdo da área do River. Quando o camisa 10 virou de costas para devolver a Pelletieri, Paz já havia se colocado entre eles e ficou com a bola, tocando a Almeyda para reiniciar o ataque. O camisa 5 tocou a Barrado, que buscou Ortega no campo de ataque. Pegando a defesa do Racing de calças curtas, o camisa 10 avançou, invadiu a área e tocou na saída de Saja, fazendo River 1x0.

O gol não mudou muito o panorama. O Racing tentou sair para empatar e ficou preso à forte e eficiente marcação do River. Aos 6 minutos, Ruben Capria recebeu uma bola esticada dentro da área, mas quando levantou a cabeça, Carrizzo já estava em cima. O goleiro conseguiu afastar para o meio, onde Almeyda abriu na direita para Ferrari. O camisa 2 lançou a Barrado na entrada da área, que viu Saja adiantado e mandou por cobertura: River 2x0.

O gol desesperou o Racing, que errou na saída de bola. Martin Simeone tentou fazer fila, mas Ferrari lhe roubou a bola e foi empurrado. O próprio Ferrari cobrou no meio para Barrado, que abriu a Ortega na direita. O camisa 10 tocou no meio para Trezeguet, que avançou em velocidade, driblou Quiroz e chutou na saída de Saja, fazendo River 3x0, aos 8 minutos.

A essa altura, o Racing estava perplexo e é assim que o River gosta de jogar. Aos 9, a equipe de Avellaneda errou a saída de bola novamente. Martin Simeone adiantou demais e Placente lhe roubou a bola, tocando a Almeyda. O camisa 5 tocou para Ferrari na direita e o camisa 2 procurou Barrado no meio. Com bom passe para a direita, Barrado tocou a Ortega, que deu lindo drible em Pocchetino e chutou cruzado, vencendo Saja e fazendo River 4x0.

No intervalo, com uma das mãos e metade dos dedos da outra na taça, Francescoli resolveu segurar o resultado. Tirou Gallardo e Buonanotte e colocou Coudet e Funes Mori. A intenção era redobrar a marcação em Ruben Capria e tocar a bola para o tempo passar. Perplexo e abatido, Paralelo tentou reorganizar o time. Tirou Acosta e colocou Hauche, mas o sentimento era de que 10 minutos era muito pouco tempo para marcar 4 gols contra o único invicto do campeonato.

O River diminuiu o ritmo e passou a tocar a bola e o Racing se aproveitou para ganhar terreno. Mas a marcação apertada lhes mostrava que não seria fácil encontrar o caminho das redes. Teria que ser um esforço coletivo para tal intento e isso ocorreu aos 3 minutos, quando Saja cobrou tiro de meta para Ruben Capria no meio. O camisa 10 recuou a Martin Simeone e correu para a direita. Hauche recebeu o lançamento de Simeone e deixou atrás para Ruben Capria. O camisa 10 chutou de pé esquerdo, a bola pegou uma curva e enganou Carrizzo: Racing 1x4.

A equipe de Avellaneda tentou se empolgar, mas o River apertou e mostrou que não ia deixar que isso acontecesse. E ainda forçava o erro do Racing, como o de Martin Simeone, que se afobou para tentar pegar a bola e fez falta dupla na entrada da própria área. Simeone recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso na sequência. Se pudesse piorar, piorava. Mas podia piorar! Almeyda cobrou falta no lado oposto ao da barreira e, quando Saja percebeu, o capitão do River já comemorava: River 5x1, aos 6 minutos.

A empolgação do River deu lugar a gritos de "olé" e "é campeão" e os jogadores se empolgaram com isso. Ortega tentou fazer um lançamento de efeito aos 8 minutos, pegou mal e a bola foi para trás, encontrando Hauche livre. O camisa 13 recebeu na entrada da área e chutou na saída de Carrizzo, fazendo Racing 2x5, mas era tarde.

RIVER PLATE CAMPEÃO DO TORNEIO CLAUSURA 2014

A goleada imposta ao oponente na final deu ao River o bicampeonato do Torneio Clausura (2013/14), desta vez de forma invicta, vindo a coroar o belo campeonato praticado pela equipe de Francescoli.

CLASSIFICAÇÃO FINAL

Campeão - River Plate - 16 jogos, 14 vitórias, 2 empates, 0 derrota, 66 gols marcados, 32 gols sofridos
Vice-campeão - Racing - 9 vitórias, 4 empates, 4 derrotas, 54 gols marcados, 43 gols sofridos
3° Lugar - Boca Juniors - 7 vitórias, 3 empates, 6 derrotas, 42 gols marcados, 38 gols sofridos
4° Lugar - Independiente - 5 vitórias, 5 empates, 6 derrotas, 50 gols marcados, 51 gols sofridos
5° Lugar - Velez Sarsfield - 5 vitórias, 4 empates, 5 derrotas, 46 gols marcados, 41 gols sofridos
6° Lugar - Huracán - 4 vitórias, 3 empates, 7 derrotas, 27 gols marcados, 39 gols sofridos
7° Lugar - Estudiantes - 2 vitórias, 2 empates, 10 derrotas, 30 gols marcados, 46 gols sofridos
8° Lugar - San Lorenzo - 2 vitórias, 1 empate, 11 derrotas, 27 gols marcados, 52 gols sofridos

ARTILHARIA

1° Ruben Capria (Racing) - 21 gols
2° David Trezeguet (River Plate) - 17 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors) e Leandro Gracián (Independiente) - 15 gols
5° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 14 gols
6° Nestor Silvera (Independiente) e Martin Simeone (Racing) - 12 gols
8° Juan Roman Riquelme (Boca Juniors), Daniel Cigogna (Huracán) e Dario Hussain (Velez) - 10 gols
11° Funes Mori (River Plate) e Federico Insua (Velez) - 9 gols
13° Facundo Parra (Independiente), Pablo Ferrari (River Plate), Claudio Hussain (Velez) e Lucas Pratto (Velez) - 8 gols
18° Juan Sebastian Verón (Estudiantes), Hernan Fredes (Independiente), Ariel Ortega (River Plate) e Marcelo Gallardo (River Plate) - 7 gols
21° Diego Latorre (Racing) e Diego Buonanotte (River Plate) - 6 gols
23° Enzo Perez (Estudiantes), Gastón Fernandez (Estudiantes) e Acosta (Racing) - 5 gols
26° José Basualdo (Boca Juniors), Leandro Benítez (Estudiantes), Centurión (Huracán) e Fernando Gago (Velez) - 4 gols
30° Martin Arruabarrena (Boca Juniors), Mauro Boselli (Estudiantes), Mauro Milano (Huracán), Nicolás Minici (Huracán), Walter Busse (Independiente), Diego Capria (Racing), Diego Armando Barrado (River Plate), Eduardo Coudet (River Plate), Matias Almeyda (River Plate), Denis Stracqualursi (San Lorenzo), Ignácio Piatti (San Lorenzo), Emiliano Papa (Velez) e Turco Assad (Velez) - 3 gols
43° Lucas Viatri (Boca Juniors), Rodrigo Palacio (Boca Juniors), Leandro Desábato (Estudiantes), Lucas Villarruel (Huracán), Ruben Masantonio (Huracán), Dario Gandin (Independiente), Walter Acevedo (Independiente), Enrique (Racing), Hauche (Racing), Fariña (Racing), Eduardo Berizzo (River Plate), Luciatti (San Lorenzo) e Bordagaray (San Lorenzo) - 2 gols
56° Diego Cagna (Boca Juniors), Escudero (Boca Juniors), Guillermo Barros Schelloto (Boca Juniors), Ibarra (Boca Juniors), Serna (Boca Juniors), Abbondanzieri (Boca Juniors), Hernán Rodrigo Lopez (Estudiantes), Angeleri (Estudiantes), Mathias Sanchez (Estudiantes), Danelón (Huracán), Barrales (Huracán), Erramuspe (Huracán), Luciano Vella (Independiente), Pelletieri (Racing), Buffarini (San Lorenzo), Raul 'Pipa' Estevez (San Lorenzo), Juan Sabia (Velez) e Lucas Romero (Velez) - 1 gols
76° Schiavi (Boca Juniors), Battaglia (Boca Juniors), Federico Fernandez (Estudiantes), Andujar (Estudiantes), Marco Rojo (Estudiantes), Rodrigo Braña (Estudiantes), Alexis Ferrero (Huracán), Islas (Huracán), Barrientos (Huracán), Walter Ferrero (Huracán), Matheu (Independiente), Montenegro (Independiente), Tuzzio (Independiente), Navarro (Independiente), Mareque (Independiente), Quiroz (Racing), Gamboa (Racing), Pocchetino (Racing), Saja (Racing), Placente (River Plate), Paz (River Plate), Carrizzo (River Plate), Ameli (San Lorenzo), Tula (San Lorenzo), Tellechea (San Lorenzo), Erviti (San Lorenzo), Jonathan Ferrari (San Lorenzo), Migliore (San Lorenzo), Reynoso (San Lorenzo), Cubero (Velez), Peruzzi (Velez), Domingues (Velez), Sosa (Velez).

NOTAS RÁPIDAS

  • Com o título, o River Plate é o último time a garantir vaga na Supercopa FIFUBO, que acontecerá no próximo fim de semana. A equipe de Nuñez se junta a Vasco (campeão da Copa 3 Corações), Boca Juniors (campeão do Apertura) e Velez Sarsfield (campeão da Copa Olé). Um sorteio durante a semana definirá os confrontos nas semifinais.
  • No meio da semana ocorrerá o All Star Game do Torneio Clausura 2014. O River Plate enfrentará a seleção do campeonato, com reservas no lugar dos indicados do River Plate. Ao contrário do Apertura, a seleção do campeonato não terá reservas, apenas os 11 titulares.
  • Uma nova equipe se juntará à FIFUBO e jogará os campeonatos em 2015. Em breve, mais informações.
  • O milestone da rodada vai para David Trezeguet. Além de sair com o título do Clausura, o francês chegou a 50 gols com a camisa do River, ao marcar na final.
PREMIAÇÃO DO CAMPEONATO

Troféu Van Basten - Ruben Capria (Racing) leva o troféu de artilheiro, ao marcar 21 gols no campeonato.
Ruben Capria recebe de Mike Modano, maior artilheiro em atividade na FIFUBO (99 gols), o troféu Van Basten de artilheiro do campeonato, sendo seguido por David Trezeguet (River), Martin Palermo (Boca) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo). Gracián não pôde comparecer ao evento.
Troféu Brasil - Martin Palermo (Boca Juniors) foi eleito o MVP do campeonato, indicado como melhor em campo em 6 ocasiões.

Martin Palermo recebe do capitão do Imperatriz, Etcheverry, o troféu Brasil, de melhor jogador do campeonato.

Campeão - O River Plate se sagrou campeão do Torneio Clausura 2014, de forma invicta.

Mathias Almeyda, capitão do River Plate, recebe o troféu de campeão do Torneio Clausura 2014 das mãos de Batistuta (presidente da FIFUBO) e Ruben Paz (vice presidente da FIFUBO).
O River Plate também levou a premiação por ter o ataque mais positivo, a defesa menos vazada e por terminar em primeiro a temporada regular

Jogadores e comissão técnica do River Plate com o troféu do Torneio Clausura 2014
Vice-campeão - O Racing não levou troféu, mas seus jogadores recebem a medalha de prata pelo segundo lugar no campeonato.

Jogadores e comissão técnica do Racing, vice-campeão do Torneio Clausura 2014
E assim se encerra o Torneio Clausura 2014. A FIFUBO agradece a todos que leram as histórias neste blog e parabeniza o River Plate pelo bicampeonato do certame!

Jogadores do River Plate dão a volta olímpica após a conquista do Torneio Clausura 2014.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Torneio Clausura 2014 - Jogos de volta das semifinais - 17/11/2014

O sol forte que iluminou a segunda-feira trouxe também os jogos de volta das semifinais do Clausura 2014. O público compareceu em bom número, mesmo com os finalistas praticamente definidos.

RIVER PLATE 4x2 INDEPENDIENTE

Podendo perder por até 3 gols de diferença, coisa que jamais aconteceu neste campeonato (perder, principalmente!), o River já tinha os dois pés na final, restando apenas terminar de pisar com um dos calcanhares para ficar inteiro lá. Francescoli levou a campo os titulares, mas adiantou que iria colocar os reservas no segundo tempo, a fim de evitar lesões, suspensões e para dar ritmo. Do outro lado, o desânimo por, mais uma vez, morrer na praia. O Independiente lutou para estar nas semifinais e, logo de cara, tomou uma goleada que praticamente lhe tirou da final. Tirar a invencibilidade do River era a única coisa que lhes restava e Bayer também confirmou titulares, garantindo os reservas no intervalo. Nos três jogos neste Clausura, o River venceu por 5x3 e 4x1 e empatou em 4x4.

O jogo foi arrastado, bem ao nível de pelada. As duas equipes não tinham muito interesse em se esforçar e uma sucessão de erros de passe foi vista. Ao menos o Independiente abriu o marcador aos 4 minutos, quando Mareque avançou pela esquerda e lateralizou para Gracián. Com um corte, o camisa 19 se livrou de Ferrari e trouxe a bola para o pé direito, antes de chutar cruzado e fazer Independiente 1x0.

O jogo continuou amarrado, sem as duas equipes criarem. Mas, aos 6 minutos, Fredes derrubou Gallardo próximo à entrada da área. O próprio Gallardo cobrou com categoria e empatou para o River: 1x1.

O Independiente errou a saída e o River recuperou a bola. Gracián fez falta em Gallardo, que cobrou rápido para Ferrari na direita. O camisa 2 avançou e tocou em profundidade para Trezeguet, que tocou na saída de Navarro e fez River 2x1.

No intervalo, Francescoli tirou Barrado e Ortega e colocou Coudet e Funes Mori. Bayer, por sua vez, tirou Montenegro e Parra e colocou Acevedo e Gandin.

O River voltou melhor e logo tomou as rédeas da partida. Logo aos 3 minutos, Trezeguet puxou um contra ataque com extrema habilidade e driblou Navarro com facilidade. Ao goleiro só restou atropelar o camisa 7. Ferrari cobrou o pênalti no ângulo e Navarro não alcançou: River 3x1.

A partir daí, o Independiente desanimou e ficou esperando o jogo acabar. O River diminuiu o ritmo e tocou a bola, sob gritos de olé. Aos 6 minutos, após linda troca de passes, Buonanotte deixou Berizzo livre dentro da área e o camisa 6 não perdoou: River 4x1.

Os gritos de olé continuaram e o único que ainda tentou alguma coisa foi Silvera. Nos acréscimos, ele correu na roda de bobo, recuperou a bola, avançou e chutou de longe. Carrizzo fez golpe de vista e falhou: Independiente 2x4.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Mesmo sem jogar bem, deixou sua marca e ainda sofreu um penal, que ajudou o time a ir à final e manter a invencibilidade.

RACING 2x3 BOCA JUNIORS

Se o River já tinha os dois pés na final, o Racing tinha os pés e o corpo inteiro. A vaga estava tão garantida, que Paralelo poupou Quiroz e Acosta, colocando Fariña e Hauche em seus lugares. Precisando vencer por 6 gols de diferença, o Boca também já tinha jogado a toalha. Madeirite sacou Cagna, Riquelme e Palácio, colocando Battaglia, Schelloto e Viatri. Nos 3 jogos neste Clausura, o Racing venceu por 4x2 e 5x0 e empatou em 2x2.

Se o jogo anterior foi arrastado, esse aqui foi mais ainda. Muitos erros de passe e desinteresse total. Mas até a displicência cobra o seu preço. Logo com um minuto, Saja tocou na bola fora da área, levando o cartão vermelho. No sorteio, Fariña foi o escolhido para sair em seu lugar, ficando de fora da final.

O Boca não aproveitou muito a vantagem, continuando a errar passes. Mesmo assim, o espaço deixado por Fariña era grandioso e foi assim que a equipe de Buenos Aires abriu o marcador. Aos 4 minutos, Palermo trocou de lugar com Arruabarrena e recebeu a bola no campo de defesa, tocando em profundidade para o camisa 3. Arruabarrena avançou e, da entrada da área, soltou a bomba para vencer Saja e fazer Boca 1x0.

O Racing acordou com o gol e logo chegou ao empate. Aos 6 minutos, os irmãos Capria fizeram uma linda tabela e foram até a entrada da área. Diego tocou para Ruben, que chutou rasteiro e sem chances para Abbondanzieri: Racing 1x1.

O jogo continuou amarrado, mas as jogadas de perigo foram mais numerosas. Aos 9 minutos, Arruabarrena foi ao fundo e cruzou. Palermo dominou com muita categoria, girou e chutou com perfeição, fazendo Boca 2x1.

Nos acréscimos, um erro de Serna levou o Boca para o intervalo com o empate. Ele foi dividir com Ruben Capria e não calculou bem, saindo da jogada e deixando o camisa 10 livre. Capria viu  Abbondanzieri adiantado e mandou por cobertura, com extrema categoria: Racing 2x2.

No intervalo, Paralelo recompôs a zaga. Trocou Latorre e Hauche por Acosta e Quiroz. Já Madeirite tirou Serna e Schelloto, colocando Cagna e Riquelme. Palermo passou a ser o capitão.

O Racing até voltou melhor, mas não conseguiu transformar a superioridade em gol. Melhor para o Boca que, aos 7 minutos, partiu para a vitória em boa jogada de Riquelme. Com um passe cheio de efeito, o camisa 10 tocou para Viatri, que se aproveitou da indecisão de Saja e tocou por cima, fazendo Boca 3x2.

Destaque do jogo: Martin Palermo. Em jogo desinteressante, a entrega do camisa 9 foi fundamental. Fez um gol, deu o passe para outro, armou e concluiu e ainda foi escolhido capitão do time quando Serna saiu, por sua liderança.

ARTILHARIA

1° Ruben Capria (Racing) - 20 gols
2° David Trezeguet (River Plate) - 16 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors) e Leandro Gracián (Independiente) - 15 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Com os resultados de hoje, River Plate e Racing decidirão o Torneio Clausura 2014 no próximo fim de semana, em jogo único. Por ter melhor campanha, o River será o mandante na decisão, mas esta será sua única vantagem. Em caso de empate, o campeão será conhecido nos pênaltis.
  • O MVP do campeonato será aquele que mais vezes tiver sido eleito o melhor em campo durante o campeonato e será premiado ao final do jogo decisivo. Até aqui, Martin Palermo é o favorito, por ter sido o melhor em campo em 6 ocasiões, mas David Trezeguet foi o destaque em 5 jogos e, se for o melhor da final, empatará com o artilheiro do Boca. Se isso acontecer, os treinadores das oito equipes, mais o presidente e o vice da FIFUBO (Batistuta e Ruben Paz) e o diretor do Grupo Olé (Jorge Mario Trasmonte) decidirão em votação secreta quem, dentre os dois, receberá o prêmio.
  • A FIFUBO corrigiu sua tabela de campeões dos Torneios Apertura e Clausura, Copas Olé e 3 Corações e Supercopa FIFUBO e descobriu que não houve campeão da Supercopa nos anos de 2010, 2011 e 2012 mesmo tendo havido ao menos uma competição finalizada naqueles anos.
  • Assim sendo, o Imperatriz (campeão dos Torneios Apertura e Clausura em 2010) e o Boca Juniors (campeão da Copa Olé em 2011) foram declarados campeões da Supercopa nos respectivos anos.
  • Já em 2012, o Imperatriz levou a Copa 3 Corações e o Independiente levou a Copa Olé, mas não houve jogo decisivo pela Supercopa. Assim sendo, ao término da Supercopa deste ano, as duas equipes se enfrentarão para definir o campeão daquela competição em 2012, sem levantar troféu, apenas colocando o nome na história.
  • Dois jogadores atingiram milestone na rodada. A cobrança perfeita de pênalti deu a Ferrari seu 20° gol com a camisa do River. Já o gol que finalizou a participação de sua equipe no Clausura 2014 foi o de número 50 de Silvera com a camisa do Independiente.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Torneio Clausura 2014 - Jogos de ida das semifinais - 14/11/2014

Como será feriado no sábado, os jogos de ida das semifinais do Clausura foram antecipados para esta sexta-feira. O público compareceu em bom número ao Itaquá Dome mesmo com a chuva fina que insistia em cair e os jogadores retribuíram com dois bons jogos.

INDEPENDIENTE 1x4 RIVER PLATE

Depois da arrancada espetacular que o tirou das últimas posições na virada do turno até o gol no último lance do returno que o levou às semifinais, o Independiente vinha embalado. Para dar mais ritmo, a equipe de Avellaneda foi uma das duas únicas a conseguir arrancar um empate com o rival. O único problema é que Acevedo havia sido expulso contra o Velez e cumpria suspensão automática aqui. Do outro lado, ordem é manter os pés no chão e continuar jogando como o fez durante o campeonato. O exemplo é do próprio Independiente, que fez campanha espetacular no Apertura e perdeu justamente na final. Na temporada regular, o River venceu por 5x3 e empatou em 4x4.

O River não se classificou com antecedência como líder, invicto, melhor ataque e melhor defesa à toa. A equipe é intensa o tempo todo, não dá tempo nem do adversário respirar. E foi assim que deram a saída de bola e partiram para sufocar o Independiente. Quando Busse conseguiu aliviar para lateral, o River mostrou todo o seu entrosamento em uma jogada ensaiada chamada "Lateral de rúgbi". Trezeguet foi para a cobrança e dois jogadores partiram em linha. Barrado correu para próximo da bola e chamou toda a marcação, enquanto Gallardo corria paralelo, só que mais longe. A bola foi para o camisa 11, que recebeu livre e chutou de primeira. Quando Navarro percebeu, a bola já passava a linha do gol, aos 30 segundos: River 1x0.

A equipe de Nuñez continuou em cima, sem deixar o Independiente chegar até o meio de campo. O River chutava, a zaga ou o goleiro rebatia e a bola saía para lateral, para o River chutar de novo. O Independiente conseguiu segurar essa pressão e sair aos poucos, mas quando se aproximava da área, a marcação forte do adversário os impedia de concluir. Aos 9 minutos, Trezeguet avançou pela ponta direita e cruzou para a área. Almeyda entrou como elemento surpresa e cabeceou sem chances para Navarro, fazendo River 2x0.

No intervalo, Bayer tentava juntar os cacos. Tirou Facundo Parra e colocou Gandin para tentar alguma coisa no segundo tempo. Já Francescoli tirou Buonanotte, que decepcionou, e colocou Funes Mori.

O River diminuiu o ritmo no ataque, mas continuou com marcação forte. Tocava a bola como que contente com o resultado. Assim, na única jogada que criou o jogo todo, aos 3 minutos, o Independiente encontrou o gol. Após falta no meio de campo, Fredes cobrou rápido para Gracián, que chutou de primeira e pegou Carrizzo de surpresa: Independiente 1x2.

Quem achava que a equipe de Avellaneda ia se empolgar e partir pra cima de vez, se enganou. O River continuou com uma marcação muito forte, onde se sobressaiu o zagueiro Paz, sempre pronto para desarmar o adversário. Aos 5 minutos, Placente interceptou passe que iria para Silvera e tocou para Paz. O camisa 4 lateralizou a Berizzo, que deu lindo passe em profundidade para Funes Mori. O camisa 9 avançou sem ser incomodado e, da entrada da área, chutou sem chances para Navarro e fez River 3x1.

A partir daí, o Independiente jogou a toalha e o River passou a tocar a bola com calma, esperando o tempo passar. Ainda assim, encontrou mais um gol nos acréscimos, quando Funes Mori viu que Ferrari pedia na área e fez um "Cruzamento Fagner", em que consiste fazer um cruzamento forte demais para surpreender o goleiro. Quando Hilário Navarro percebeu que o camisa 9 cruzaria para Ferrari, saiu para cortar, mas Funes Mori cruzou com demasiada força e a bola acabou encobrindo o goleiro e entrando no gol alheio: River 4x1.

Destaque do jogo: Funes Mori. O camisa 9 substituiu Buonanotte, que vem sendo o destaque do River no campeonato, e fez dois gols para mostrar que também tem valor para jogar neste time.

BOCA JUNIORS 0x5 RACING

Novamente, as duas equipes enfrentavam seus ex treinadores. Do lado do Boca, apesar da classificação antecipada e sem sustos, as críticas ao trabalho de Madeirite são grandes. Uma equipe inconstante, de altos e baixos, ninguém sabe ao certo se fará um grande jogo ou se a apatia dominará. Do lado do Racing, os jogadores e torcedores festejam o trabalho de Paralelo, que foi o primeiro a classificá-los para uma semifinal de Liga, com antecedência, jogando um futebol refinado e contando com o artilheiro do campeonato. O retorno de Hauche ao banco, após cumprir suspensão de 3 jogos, era um atrativo a mais para a equipe de Avellaneda. Na temporada regular, após empate em 2x2 no primeiro turno, o Racing levou a melhor no segundo, por 4x2.

O jogo começou meio truncado, com muitos erros de passe. Mas o Racing foi se acertando aos poucos e botando a bola no chão, enquanto o Boca continuava lento e desorganizado. Com isso, aos 4 minutos, a equipe de Avellaneda começou o seu massacre. Após boa jogada de Acosta, Schiavi aliviou para lateral. Diego Capria cobrou para seu irmão Ruben na intermediária, pela direita. O camisa 10 trouxe para o pé esquerdo e chutou de bico, sem chances para Abbondanzieri, fazendo Racing 1x0.

O gol não acordou o Boca, mas empolgou os jogadores do Racing, que partiram para cima de vez. Aos 7 minutos, uma linda jogada começou na esquerda com Enrique tocando para Ruben Capria, que inverteu na direita para Gamboa, que tocou a Pelletieri. O camisa 7 abriu para Acosta na direita e o camisa 9 avançou. Já dentro da área, Acosta chutou em arco e a bola foi ganhando efeito até entrar fora do alcance de Abbondanzieri, que se esticou todo: Racing 2x0.

Como o Boca continuava jogando mal e irritando sua torcida, ainda havia tempo para mais um. Já nos acréscimos, Diego Capria arrancou pela direita e adiantou muito a bola. Basualdo inflou o peito para dar um bico para longe e escorregou na hora H, furando incrivelmente. Assim, Diego Capria ficou cara a cara com Abbondanzieri e só teve o trabalho de empurrar por baixo, vencendo o goleiro e fazendo Racing 3x0.

No intervalo, Madeirite tirou Palácio e Basualdo para colocar Guillermo Barros Schelloto e Battaglia. Já Paralelo, vendo que o jogo estava decidido, resolveu dar ritmo aos seus reservas, colocando Fariña e Hauche nos lugares de Pelletieri e Latorre.

O Racing não deu tempo do Boca mostrar algum serviço, marcando logo aos 12 segundos. Ruben Capria saiu o jogo com Martin Simeone, que driblou Riquelme, trouxe para o pé direito e mandou uma bomba de longe, sem chances para Abbondanzieri: Racing 4x0.

O Boca entregou os pontos de vez, se esquecendo que o saldo faz diferença. O Racing, por sua vez, parecia muito contente com a goleada e tocava a bola, sob gritos de olé. Foi aos 6 minutos que deu números finais à partida, em nova jogada de pé em pé, que passou por Martin Simeone a Acosta, que tocou para Enrique. O camisa 3 dominou e bateu rasteiro com o lado interno do pé para vencer Abbondanzieri: Racing 5x0.

Destaque do jogo: Acosta. O camisa 9 fez um gol, deu assistências e correu o campo todo, saindo consagrado como o melhor da partida.

ARTILHARIA

1° Ruben Capria (Racing) - 18 gols
2° David Trezeguet (River Plate) - 15 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors), Leandro Gracián (Independiente), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 14 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Com os resultados de hoje, a final ficou praticamente decidida. O Independiente tem que vencer o River por 4 gols de diferença; já o Boca tem que conseguir uma diferença de 6 gols para o Racing. Caso este milagre não ocorra, River e Racing decidirão o Torneio Clausura 2014.
  • O milestone da rodada vai para Funes Mori. Aos sair do banco e marcar o terceiro gol do River, ele chegou a 30 com a camisa 9 do time millonario.

domingo, 9 de novembro de 2014

Torneio Clausura 2014 - Décima Quarta Rodada - 09/11/2014

O domingo foi de tempo fechado, mas com temperatura ainda elevada. Nada disso impediu o público de comparecer em bom número ao Itaquá Dome, para assistir a dois jogos bem mais interessantes que os do dia anterior:

BOCA JUNIORS 2x4 RIVER PLATE

O Superclássico não tinha aplicação prática para a tabela do campeonato, mas só ser o Superclássico já lhe garante a promessa de espetáculo. Do lado do Boca, além de uma derrota aqui e uma vitória do Velez lhe colocar em quarto lugar, ser o único a derrotar o maior rival poderia desestabilizar o River e empolgar o Boca de vez para a arrancada final. Do lado do River, as únicas empolgações eram terminar invictos e desestabilizar os rivais para as semifinais. No primeiro turno, River 3x2 Boca.

As equipes demoraram a se adaptar à nova bola, mas não erraram tanto quanto os times dos jogos de sábado. O River percebeu mais cedo e tocou a bola curto. Jogando assim, só demorou 2 minutos para encontrar o gol. Buonanotte saiu da ponta para o meio, tabelou com Ortega e, com um passe de gênio, tirou toda a zaga da jogada e tocou a Trezeguet. Livre na área, o camisa 7 chutou. A bola tocou no travessão, tocou no chão e o River comemorava 1x0. Os jogadores do Boca partiram para cima do árbitro, mas este validou corretamente o gol e ainda advertiu o treinador Madeirite pela invasão.

O Boca se enervou e demorou muito a voltar para o jogo. Quando o fez, o River já tinha ampliado. Aos 5 minutos, após Palacio esticar bola e dividir com Carrizzo, Gallardo pegou e puxou o contra ataque, tabelando com Trezeguet. O último passe foi muito esticado e Abbondanzieri saiu para dividir. Mas Trezeguet percebeu e, ao invés de chutar prensado, devolveu atrás a Gallardo. O camisa 11 pegou de frente, com o gol aberto, e só teve o trabalho de empurrar e comemorar: River 2x0.

No intervalo, Madeirite tentou acalmar seus jogadores. Tirou Palacio e Cagna, que erravam tudo, colocando Battaglia e Guillermo Barros Schelloto em seus lugares. Já Francescoli, feliz com o resultado e a boa apresentação, tirou Ferrari e Buonanotte para colocar Coudet e Funes Mori. Não que seus atletas estivessem mal, mas para dar ritmo aos reservas.

O River continuou dominando, jogando fácil. Já o Boca, continuou errando muito, querendo fugir às suas características. Melhor para o rival de Nuñez, que não fugiu às suas e continuou tocando a bola do meio para a ponta e da ponta para o meio. Assim, aos 2 minutos, Schelloto tentou driblar Almeyda e perdeu a bola. O camisa 5 tocou a Gallardo no meio e o camisa 11 abriu a Ortega na ponta. O camisa 10 avançou e tocou a Trezeguet no meio, já dentro da área, e o francês não perdoou, com belo chute no canto de Abbondanzieri: River 3x0.

O River se empolgou de vez e partiu para massacrar o maior rival. Aos 5 minutos, em novo erro do Boca, Placente recuperou e tocou a Paz na linha de zaga. O camisa 4 abriu na esquerda para Berizzo, que fez lindo lançamento para Funes Mori. O camisa 9 recebeu livre na entrada da área, invadiu e mandou por cobertura, fazendo River 4x0.

A partir daí, a equipe de Nuñez passou a tocar a bola para segurar o resultado, aos gritos de "olé" de sua torcida. A torcida do Boca começou a deixar o estádio e não viu quando Basualdo descontou na saída de bola. Riquelme tocou a ele, que driblou Gallardo e Almeyda antes de chutar em curva aos 6 minutos: Boca 1x4.

O Boca ainda faria mais um, aos 8 minutos, quando Riquelme abriu na direita para Schelloto e o camisa 13 inverteu para Palermo. O camisa 9 chutou no ângulo de Carrizzo e fez Boca 2x4. Mas, no Superclássico, o River mostrou o futebol superior aos demais e saiu com merecida goleada.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Ao marcar dois gols e dar o passe para mais um, o camisa 7 coroou sua tarde de gala e saiu de campo como o melhor.

VELEZ SARSFIELD 3x4 INDEPENDIENTE

O único jogo que valia alguma coisa nesta última rodada era justamente o que encerrava a temporada regular. O Velez precisava de uma vitória ou empate para se classificar às semifinais, podendo inclusive ficar em terceiro. Já para o Independiente, só a vitória interessava. No primeiro turno, Independiente 3x3 Velez.

O Independiente mostrou que queria a classificação e partiu para cima desde o início. Antes dos dois minutos, já tinha obrigado o goleiro a fazer duas lindas defesas, uma delas em cobrança de falta de Gracián que Sosa voou para mandar a córner. Na cobrança, Gracián mandou para a área e Tuzzio subiria livre para cabecear, mas Sosa tentou impedi-lo e acabou derrubando-o. Pênalti que Silvera cobrou no canto direito. Sosa foi no canto esquerdo e o Independiente fazia 1x0 aos 2 minutos.

A equipe de Avellaneda continuou em cima e acertou a trave de Sosa algumas vezes. Seguindo a lógica do "quem não faz, leva", o Velez começou a se soltar e empatou aos 5 minutos. Após Papa chutar e Navarro defender para lateral, Claudio Hussain repôs para seu irmão Dario na entrada da área. O camisa 10 chutou no ângulo de Navarro e deixou tudo igual: Velez 1x1.

O Independiente fez o segundo logo na saída de bola. Gracián tocou a Fredes e os dois se atrapalharam na tabela. Busse gritou para tocarem atrás e chutou de primeira ao receber. Conseguiu acertar um chute Adhemar, a bola subiu e desceu dentro do gol: Independiente 2x1 aos 6 minutos.

No intervalo, Tripa Seca tirou Romero e Turco Assad, colocando Cubero e Lucas Pratto. Já Bayer trocou Montenegro e Facundo Parra por Acevedo e Gandin.

O Independiente continuou mandando no jogo e ampliou aos 3 minutos. Fredes recebeu de Busse em jogada de contra ataque e, da entrada da área, mandou uma bola no ângulo de Sosa, colocando o Independiente cada vez mais nas semifinais: 3x1.

Mas a equipe se deu por satisfeita e parou de jogar. O Velez foi, aos poucos, se soltando e se organizando para buscar o empate. O Independiente passou a irritar sua torcida, pois não saía jogando, mas sim mandando a bola a lateral. Assim, aos 7 minutos, após Tuzzio mandar para lateral, Emiliano Papa cobrou para Insua. O camisa 11 se livrou de Acevedo e chutou em curva para vencer Navarro e fazer Velez 2x3.

O Independiente se desesperou e errou a saída. O Velez armou o ataque rápido e Insua rolou para Lucas Pratto dentro da área. O camisa 12 tentou driblar Navarro e foi derrubado. Pênalti que o próprio Lucas Pratto cobrou no canto esquerdo do goleiro, que tentou ir na bola mas não a encontrou: Velez 3x3.

O empate classificava o Velez e o Independiente partiu desesperadamente para o ataque, sob críticas de sua torcida. Mas, neste jogo eletrizante, a classificação teria que ser decidida na última bola, já nos acréscimos. Sebá Dominguez fez falta em Gandin na lateral da área. Gracián cobrou encobrindo o goleiro e a bola entrou no ângulo oposto: Independiente 4x3.

Destaque do jogo: Leandro Gracián. Em uma partida onde ninguém se destacou de fato, resta àquele que classificou sua equipe na última bola tal honraria. Gracián era o mais criticado pela torcida, mas sua cobrança de falta magistral levou o Independiente às semifinais.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 38 pontos, 12 vitórias, 2 empates, 0 derrota, 53 gols pró, 27 gols contra
2° Racing - 28 pontos, 8 vitórias, 4 empates, 2 derrotas, 45 gols pró, 35 gols contra
3° Boca Juniors - 21 pontos, 6 vitórias, 3 empates, 5 derrotas, 39 gols pró, 31 gols contra
4° Independiente - 20 pontos, 5 vitórias, 5 empates, 4 derrotas, 47 gols pró, 43 gols contra
5° Velez Sarsfield - 19 pontos, 5 vitórias, 4 empates, 5 derrotas, 46 gols pró, 41 gols contra
6° Huracán - 15 pontos, 4 vitórias, 3 empates, 7 derrotas, 27 gols pró, 39 gols contra
7° Estudiantes - 8 pontos, 2 vitórias, 2 empates, 10 derrotas, 30 gols pró, 46 gols contra
8° San Lorenzo - 7 pontos, 2 vitórias, 1 empate, 11 derrotas, 27 gols pró, 52 gols contra

ARTILHARIA

1° Ruben Capria (Racing) - 17 gols
2° David Trezeguet (River Plate) - 15 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 14 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • As semifinais começam nesta sexta, com Independiente x River e Boca x Racing. No domingo, os jogos de volta com o mando invertido e, no outro fim de semana, a grande final do Torneio Clausura 2014!
  • Por terem melhor campanha na primeira fase, River e Racing jogam por resultados iguais, sem vantagem de gol marcado fora de casa. Ou seja, se um dos dois vencer por 2x1 e perder por 1x0, por exemplo, irá à final.
  • O River terminou em primeiro na temporada regular e, por isso, é o vencedor do Troféu Guterres, que receberá antes do jogo contra o Independiente pelas semifinais.
  • O River também teve o melhor ataque da temporada (53 gols), a melhor defesa (27 gols sofridos), foi a equipe que mais venceu (12 vitórias) e a única equipe a terminar invicta.
  • A equipe que menos venceu foi o San Lorenzo (2 vitórias), além de ser a que menos empatou (1 vez) e a que mais perdeu (11 vezes), dividindo o pior ataque com o Huracán (cada um marcou 27 gols), mas sendo a defesa mais vazada (52 gols sofridos).
  • O milestone da rodada vai para Lucas Pratto. Sua equipe não chegou às semifinais, mas o gol de pênalti foi o seu décimo com a camisa do Velez.
  • Em agitada sessão no TJB, os auditores puniram o árbitro Juan Carlos Loustau por um sorteio, por conta da confusão ao validar o primeiro gol do River no Superclássico. Não pela validação do gol, que é um ato soberano, mas por conta da confusão que causou e que desequilibrou os jogadores do Boca.
  • Também puniram o árbitro Pedro Carlos Bregalda por um sorteio, por irregularidades na súmula do jogo entre Velez e Independiente.
  • O Independiente atuou como mandante, ao invés de visitante e, por isso, foi multado pelo TJB em 9.330 reais.

sábado, 8 de novembro de 2014

Torneio Clausura 2014 - Décima Quarta Rodada - 08/11/2014

O sábado chegou com um forte calor e tempo parcialmente encoberto. Com campanha de vacinação e Enem no mesmo dia em que quatro equipes cumpriam tabela, o Itaquá Dome não recebeu bom público, mas os jogadores também não se esforçaram para fazer um bom espetáculo.

HURACÁN 1x2 RACING

Já desclassificado e com o sexto lugar garantido na tabela, o Huracán nada tinha a almejar neste jogo. Ruben Masantonio retornava de suspensão, mas Milano (expulso contra o Velez) desfalcava a equipe e, em seu lugar, Barrales atuaria. Do outro lado, já classificado e com o segundo lugar garantido na tabela, o Racing também não tinha nada a almejar, apenas preparar a equipe para as semifinais. Ainda sem Hauche (que cumpria o último dos três jogos de suspensão), a equipe de Avellaneda vinha tranquila para cumprir tabela, sem esforços. No primeiro turno, Racing 3x1 Huracán.

E o jogo foi sem esforços mesmo! Com muitos erros de passe, ficava difícil ver jogadas sendo tramadas. Menos mal que algumas bolas foram chutadas em direção à trave. Mesmo assim, o Racing ainda conseguiu encontrar um gol aos 4 minutos, quando Quiroz abriu a Diego Capria na direita e o camisa 2 tocou a Pelletieri no meio. O camisa 7 tocou mais à frente para Ruben Capria, que avançou até a entrada da área e chutou em curva, vencendo Islas e fazendo Racing 1x0.

O gol não empolgou nenhuma das equipes, que continuaram errando muito e foi graças a um erro desses que o Huracán empatou já nos acréscimos. Acosta ficou prendendo a bola, fazendo firula e, quando quis passar para Ruben Capria, o passe saiu errado, aos pés de Barrientos. O camisa 5 tocou a Minici na esquerda e o lateral se aproveitou do fato de Saja ter a visão bloqueada por vários atletas. O chute foi rasteiro e cruzado e o goleiro só percebeu quando a torcida do Huracán comemorava: 1x1.

No intervalo, Sr Rabina tirou Centurión e colocou Erramuspe, seu único reserva disponível. Já Paralelo sacou Enrique (nulo em campo) e colocou Fariña.

O jogo continuou horroroso e só um lance merece registro, aos 9 minutos. Barrientos se atrapalhou com a bola na hora de reiniciar o ataque e fez falta em Acosta. Ruben Capria cobrou por cima da barreira, no ângulo de Islas e deu a vitória à sua equipe: Racing 2x1.

Destaque do jogo: Ruben Capria. Em um jogo tão ruim tecnicamente, os dois gols do artilheiro do campeonato lhe dão o prêmio de melhor em campo.

ESTUDIANTES 3x4 SAN LORENZO

Se o jogo anterior, com o segundo colocado em campo, já tinha sido de um nível técnico sofrível, o que esperar do jogo entre os dois últimos colocados? Do lado do Estudiantes, uma reunião na sexta à noite parece ter selado a paz entre Verón, Gastón Fernandez e Cristaldo. O treinador mandou a campo o time titular, mas adiantou que faria mudanças, para todos terem chance. Foi a mesma ideia de Nilson ao mandar o San Lorenzo a campo. Último colocado, com apenas uma vitória e um futebol sofrível, o time de Almagro vinha sem expectativa nenhuma para o jogo. Bordagaray vinha a campo no lugar de Raul 'Pipa' Estevez, barrado. No primeiro turno, San Lorenzo 0x3 Estudiantes.

Mas o San Lorenzo jogou como nunca e se enganou quem achava que o jogo seria horrível. Logo a um minuto, após Enzo Perez carimbar o travessão de Migliore, a bola saiu para lateral. Romagnoli cobrou a Luciatti, que puxou contra ataque sem ser incomodado, invadiu a área e soltou uma bomba na saída de Andujar, fazendo San Lorenzo 1x0.

O gol assustou o Estudiantes e o San Lorenzo passou a dominar. O segundo gol veio aos 4 minutos, em nova e boa jogada de contra ataque. Ameli desarmou Verón e tocou a Tulla, que deu mais à frente para Reynoso. O camisa 5 tocou a Piatti, que abriu na esquerda para Luciatti. O camisa 6 tocou para Bordagaray, que tocou de primeira e surpreendeu Andujar: San Lorenzo 2x0.

O Estudiantes ficou completamente perdido ante ao lindo toque de bola do San Lorenzo, mas a equipe de Almagro não é a última colocada no campeonato por jogar bem, mas sim por fazer besteiras em profusão. Em uma delas, aos 7 minutos, Reynoso foi proteger a bola, que era inteiramente de seu time, e acabou derrubando Leandro Benítez. Falta que Verón cobrou por cima da barreira, no ângulo oposto ao do goleiro, fazendo Estudiantes 1x2. A contar neste lance, Verón correu para abraçar Gastón Fernandez, sendo repetido por todo o time e apontando à torcida que a reunião deu resultado.

Mas o San Lorenzo não queria saber de gestos bonitos, mas sim de vencer. A equipe ainda encontrou as redes aos 9 minutos, quando Reynoso desarmou Boselli e tocou a Piatti, que deu a Romagnoli mais à frente. O camisa 10 tocou para Reynoso, que apareceu como elemento surpresa e chutou de longe, acertando o ângulo de Andujar, se redimindo da besteira anterior e fazendo seu primeiro gol com a camisa do San Lorenzo: San Lorenzo 3x1.

No intervalo, nova mostra de que a reunião deu resultado. Cristaldo tirou Gastón Fernandez e Verón, que saíram aplaudindo a torcida. Nos seus lugares, entraram Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Federico Fernandez passou a ser o capitão do time. No San Lorenzo, Nilson mudou os volantes, saindo Buffarini e Piatti e entrando Tellechea e Erviti.

Bastaram 16 segundos para o "novo Verón" dar suas credenciais. Mathias Sanchez deu a saída de bola para Leandro Benítez, fazendo o "toca y me voy" para receber na frente e chutar cruzado na saída de Migliore: Estudiantes 2x3.

A equipe de La Plata voltou melhor do intervalo, pois continuou dominando o jogo e buscando o empate. E ele veio aos 3 minutos. Enzo Perez tocou para Angeleri, que inverteu o jogo magistralmente para  Leandro Benítez. O camisa 8 recebeu, ajeitou para o pé esquerdo e chutou em curva, acertando o ângulo de Migliore e fazendo Estudiantes 3x3.

A equipe de Almagro se perdeu completamente e a de La Plata dominou o jogo. Mas sempre errava no último passe e, nisso, o San Lorenzo foi se segurando. Isso foi até os 8 minutos, quando a bola saiu a córner e Romagnoli cobrou na cabeça de Bordagaray, que mandou sem chances para Andujar e fez San Lorenzo 4x3.

Destaque do jogo: Fabian Bordagaray. O camisa 13 recebeu uma chance como titular e não decepcionou seu treinador. Fez dois gols e saiu de campo consagrado.

NOTAS RÁPIDAS

  • A rodada se encerra neste domingo, com Boca x River e Velez x Independiente. As semifinais começarão, provavelmente, na sexta-feira e se encerrarão no domingo. A final é no final de semana seguinte.
  • O baixo nível das duas partidas pode ser explicado, em parte, à estreia das novas bolas Migué. Mais leves que a Spongos (a então bola oficial), estão sendo testadas desde já, levando um tempo para os jogadores se adaptarem.
  • Villarruel e Johnathan Ferrari receberam o terceiro cartão amarelo e cumpririam suspensão. Mas suas equipes foram eliminadas do campeonato e os cartões não são levados para a próxima competição.

domingo, 2 de novembro de 2014

Torneio Clausura 2014 - Décima Terceira Rodada - 02/11/2014

Dia de finados, o sol ficou meio escondido entre nuvens, mas seu calor continua sendo sentido. Isso fez o público sair de casa e ir ao Itaquá Dome, para assistir a dois grandes jogos. Vamos a eles!

RACING 3x2 ESTUDIANTES

Depois de se classificar sem entrar em campo, os jogadores do Racing ficaram muito mais tranquilos. Jogavam para cumprir tabela, mas de olho na vitória que lhes garantiria o segundo lugar ao final da temporada regular. Do outro lado, o clima de fim de festa que terminou mais cedo devido a uma briga era o que ditava o ritmo. Os jogadores do Estudiantes já pensam nas férias, onde acertarão as contas para voltar a brilhar. No primeiro turno, Estudiantes 0x4 Racing.

O clima de pelada tomou conta do jogo desde o início. Os jogadores não guardavam posição e tentavam jogadas de efeito. O único que quis jogar sério criou a jogada do primeiro gol logo a um minuto. Ruben Capria recebeu no meio de três jogadores e, de canto de olho, descobriu Latorre correndo livre pela esquerda. O passe foi preciso e o camisa 11 invadiu a área antes de tocar na saída de Andujar, fazendo Racing 1x0.

Se esperava uma goleada da equipe de Avellaneda, mas o clima de pelada continuou e, com isso, ninguém é de ninguém. O Estudiantes se aproveitou disso e foi se soltando. Aos 4 minutos, Marco Rojo cobrou lateral para Leandro Benítez, que tocou mais à frente para Boselli. O camisa 9 avançou até o bico esquerdo da área, de onde acertou belo e raro chute cruzado para vencer Saja e fazer Estudiantes 1x1.

No intervalo, Paralelo tirou Diego Capria e colocou Fariña, seu único reserva disponível (Hauche cumpria o segundo de três jogos de suspensão), mas armou uma jogada para o início do segundo tempo. Já Cristaldo tirou Gastón Fernandez e Desábato para colocar Hernan Rodrigo Lopez e Mathias Sanchez.

A jogada do início do segundo tempo era uma figura oito. Ruben Capria tocou para Martin Simeone e correu para um lado. O camisa 8 tocou para Fariña e correu para outro. O camisa 12, que havia acabado de entrar, pegou de primeira e acertou o ângulo de Andujar em seu primeiro toque na bola, aos 30 segundos: Racing 2x1.

O Estudiantes não se abateu com o gol e com o clima de pelada ainda reinante e continuou se arriscando. Sem Gastón em campo, Verón resolveu participar muito mais, talvez para mostrar que o camisa 10 não é necessário ali. E foi assim que a equipe de La Plata empatou aos 3 minutos.  Leandro Benítez tocou a Enzo Perez, que descobriu Verón na direita. O camisa 11 ganhou no pé de ferro contra Enrique, ficou com a bola e chutou rasteiro, cruzado, para vencer Saja: Estudiantes 2x2.

O Racing não queria empatar, mesmo já classificado, e partiu pra cima. Aos 8 minutos, em boa jogada pelo lado esquerdo que começou com Pocchetino e passou por Enrique, Latorre recebeu, trouxe para o pé direito na entrada da área e chutou cruzado para dar a vitória à sua equipe: Racing 3x2.

Destaque do jogo: Diego Latorre. O jogo não teve muita tática, o clima de pelada reinou. Mas o camisa 11 do Racing procurou o ataque o tempo todo e foi premiado com 2 gols, que deram ao seu time o triunfo.

HURACÁN 2x7 VELEZ SARSFIELD

O jogo de fundo colocava o Huracán em situação complicadíssima. Precisando vencer ou empatar para ainda ter chances remotas, a equipe não tinha Ruben Masantonio, suspenso por três cartões amarelos. Para não fugir à característica defensiva da equipe, Sr Rabina optou por colocar Erramuspe e fazer um meio de campo com 4 volantes encaixotando a entrada da área. Do outro lado, a vitória era obrigação, uma vez que se o Independiente não perdeu para o River, ao menos não ganhou. Era a oportunidade para recuperar a quarta posição. No primeiro turno, Velez 2x3 Huracán.

Quando a bola rolou, o Velez mostrou bem sua estratégia. Marcando pressão e correndo atrás da bola, a equipe forçava o erro do Huracán e saía rápido no contra ataque. Foi assim que chegou ao primeiro gol logo a um minuto. Sebá Dominguez roubou a bola de Milano e tocou a Gago, que abriu na ponta para Peruzzi. O camisa 2 tocou mais à frente para Claudio Hussain. O camisa 8 avançou até a intermediária e se aproveitou do posicionamento de Insua, que atrapalhava a visão de Islas. Hussain, então, tocou por cobertura e fez Velez 1x0.

Se esperava que a equipe dominasse o jogo completamente, ainda mais depois da expulsão de Milano aos 2 minutos. Mas uma sucessão de erros fez o jogo ficar dramático. Aos 3 minutos, Gago resolveu pegar a bola, mas trombou com Sosa. Os dois caíram e a bola sobrou para Erramuspe tocar para o gol vazio: Huracán 1x1.

A partir daí, não só Gago, mas Turco Assad também era vaiado, tamanha a quantidade de erros que cometia. Curiosamente, foram os dois vaiados que recolocaram o Velez na frente. Aos 8 minutos, Gago roubou bola de Erramuspe e inverteu para Insua. O camisa 11 tocou na direita para Dario Hussain, que foi ao fundo e cruzou para Turco Assad testar para dentro do gol e mandar a torcida calar a boca: Velez 2x1.

O Huracán empatou na saída de bola, em linda tabela aos 9 minutos. Centurión e Villarruel foram tabelando sem serem incomodados, até que Centurión recebeu livre dentro da área, driblou Sosa e empurrou para o gol vazio: Huracán 2x2.

No intervalo, Sr Rabina preferiu não mudar. Como só tinha Barrales  no banco, não iria tirar Cigogna. A ordem era se trancar na defesa e deixar o mito livre para fazer as jogadas na frente. Já Tripa Seca tirou os vaiados Gago e Turco Assad e colocou Cubero e Lucas Pratto, além de criar jogadas para aproveitar que a equipe tinha um homem a mais.

A tática de Tripa Seca deu certo e o Velez conseguiu o terceiro gol logo a um minuto. Cubero estourou com Erramuspe e ganhou a bola. Sebá Dominguez saiu da zaga para cobrir o volante e tocou a Insua. O camisa 11 tabelou com Claudio Hussain, até que o camisa 8 recebeu sozinho dentro da área para chutar na saída de Islas e fazer seu segundo gol no jogo: Velez 3x2.

O Huracán ainda tentou se reerguer, mas caiu na armadilha do Velez. Lucas Pratto não procurava jogo, mais preocupado em marcar Cigogna e, com isso, o Huracán não teve mais opções de ataque. Para piorar, o Velez jogava do outro lado, onde havia um buraco. Foi ali que Gino Peruzzi começou jogada, tabelando com Claudio Hussain até o camisa 8 descobrir o irmão Dario livre no bico da área. O camisa 10 ajeitou para o pé direito e chutou com efeito, sem chances para Islas, fazendo Velez 4x2 aos 4 minutos.

Na saída de bola, aos 5, a jogada polêmica da partida. Villarruel tentou sair jogando e foi desarmado por Romero, que tocou rápido a Peruzzi na direita. O camisa 2 procurou Claudio Hussain novamente e o camisa 8 tocou a Dario, que bateu cruzado. A bola tocou no alto da rede e saiu, mas o juiz validou o gol. Os jogadores do Huracán partiram para cima dele, alegando bola na trave, mas o placar já estava consolidado: Velez 5x2.

Com um jogador a menos, sem o armador, perdendo de 5x2 e irritado com o juiz, o time do Huracán nada mais tinha a fazer. Apenas olhou o baile do Velez, que encontrou o sexto gol aos 8 minutos, quando Gino Peruzzi foi ao fundo e cruzou para Juan Sabia testar e fazer seu primeiro gol com a camisa do Velez: 6x2.

Quando se achava que não podia piorar, nova bola isolada pelo Huracán encontrou Sabia. O camisa 4 tocou a Gino Peruzzi na direita, que tocou a Claudio Hussain mais à frente. Com um passe preciso, o camisa 8 encontrou Dario livre dentro da área e o camisa 10 só teve o trabalho de tocar na saída de Islas, para fazer Velez 7x2 aos 10.

Destaque do jogo: Dario Hussain. O lado direito do Velez foi perfeito, com os dois gols e participação de Claudio Hussain em outros, os cruzamentos de Peruzzi e as subidas de Sabia ao ataque. Mas o hat trick de Dario Hussain foi o grande destaque.

CLASSIFICAÇÃO

1° River Plate - 35 pontos
2° Racing - 25 pontos
3° Boca Juniors - 21 pontos
4° Velez Sarsfield - 19 pontos
5° Independiente - 17 pontos
6° Huracán - 15 pontos
7° Estudiantes - 8 pontos
8° San Lorenzo - 4 pontos

ARTILHARIA

1° Ruben Capria (Racing) - 15 gols
2° Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 14 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors) e David Trezeguet (River Plate) - 13 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • A vitória sobre o Estudiantes deu ao Racing a classificação definitiva em segundo lugar, uma vez que o Boca só pode chegar a 24 pontos. Assim sendo, o time de Avellaneda joga por dois resultados com o mesmo saldo nas semifinais e terá o mando de campo na final, caso o River não se classifique.
  • Por outro lado, a derrota do Huracán garantiu também o Boca Juniors. A equipe chega aos 21 pontos e não pode mais ser alcançada pelo quinto colocado, hoje o Independiente.
  • A derrota também consolidou a sorte do Huracán no campeonato. A equipe do Globo não pode mais alcançar o quarto colocado, hoje o Velez, por ter uma diferença de quatro pontos.
  • Assim sendo, Velez e Independiente disputam a última vaga  nas semifinais. Curiosamente, as duas equipes fecham a última rodada, bastando ao Velez empatar para conseguir a vaga.
  • O milestone da rodada vai para Dario Hussain. O primeiro gol marcado contra o Huracán foi o décimo dele com a camisa 10 do Velez.
  • Em reunião no TJB após a rodada, os auditores resolveram suspender novamente o árbitro Wilson Neca por dois sorteios. Pesaram contra o árbitro (processado pelo Huracán por ter validado um gol supostamente irregular) a reincidência e algumas irregularidades na súmula.