terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Conhecendo as seleções

Final de ano é sempre assim. O calendário oficial se encerra, as peladas de fim de ano vão rolando, mas o que conta para as estatísticas, agora, só no ano que vem. Ainda teremos uma partida amistosa nesta quarta-feira, o jogo entre Inglaterra e Argentina, mas de resto, o pessoal já está de férias.

Em 2018, o grande projeto da FIFUBO será a Copa do Mundo de Futibou de Butaum. Serão, a princípio, 6 seleções disputando o maior prêmio do futibou de butaum mundial. 5 das seleções já estão aqui, treinando, disputando partidas amistosas e torneios, a fim de terem o máximo de entrosamento e darem um grande espetáculo no meio do ano que vem. Então, vamos conhecer as equipes, seus esquemas, curiosidades e destaques!

ARGENTINA


Vindo da América do Sul, o selecionado platino quer mostrar ao mundo a força de seu futibou de butaum. Os times argentinos são os que disputam as ligas e principais torneios da FIFUBO e é com base na popularidade deles que a seleção local quer a força da torcida para triunfar. Porém, daqueles que disputam as competições de clubes, o único que atua na seleção é o goleiro do Boca Abbondanzieri. A data base da seleção argentina é o futebol praticado entre 2014 e a temporada atual

A equipe joga no esquema 4-4-2 losango, tendo como destaques o toque de bola curto e rápido, a velocidade de seus jogadores de frente e a pontaria de seus atacantes. Como pontos fracos, a média de altura dos jogadores pode prejudicar o jogo aéreo e o meio de campo, composto por 3 armadores canhotos, pode fazer com que a equipe jogue pendendo para o lado esquerdo.

Os jogadores da Argentina são os seguintes: 1. Abbondanzieri, 2. Gabriel Mercado, 3. Leonel Vangioni, 4. Martin Demichelis, 5. Matias Kranevitter, 6. Gabriel Milito, 7. Angel Di Maria, 8. Dario Conca, 9. Ignacio Scocco, 10. Lionel Messi, 11. Carlos Tevez, 13. Lucas Alario, 14. Javier Mascherano (c). O treinador é Argentino, auxiliado por Alvaro Recoba.

Antigo lateral esquerdo do Imperatriz, Argentino foi o sonho de consumo das equipes argentinas quando a Liga foi criada, mas o Imperatriz não o liberou de forma alguma. Quando a seleção foi montada, a carga voltou em cima de Argentino que, desta vez, pediu para ser liberado e ter a oportunidade de treinar o time nacional. Adepto de um jogo de velocidade, o treinador gosta de forçar as jogadas pelas pontas, lembrando o seu estilo de quando jogava.

DESTAQUE
 

Lionel Messi. Se a Argentina pretende triunfar, a bola deve passar pelos pés de seu camisa 10. Messi atua como enganche, armando o jogo e se aproximando dos atacantes. Jogador de técnica apurada, gosta de driblar em velocidade, invadir a área e chutar na saída do goleiro. Os argentinos esperam que ele mostre nas mesas a mesma classe dos campos.


BRASIL


Vindo da América do Sul, o time canarinho é considerado a essência do futebol arte. Presente no início da Era Profissional da FIFUBO com suas equipes, o Brasil hoje tem participação apenas com quatro equipes, nas Copas 3 Corações e Rio. Mesmo assim, o goleiro é do Vasco e os jogadores, do Imperatriz. A data base do Brasil é a seleção campeã mundial em 2002, com pequenas modificações.

A equipe joga no 4-3-3 com um volante. Tem como pontos fortes a constelação de craques, que fazem com que o time leve perigo em qualquer lugar em que esteja. Por ter somente um volante, a defesa é considerada o ponto fraco, por conta da vulnerabilidade.

Os jogadores do Brasil são os seguintes: 1. Carlos Germano, 2. Cafu (c), 3. Lucio, 4. Roque Junior, 5. Edmilson, 6. Roberto Carlos, 7. Ronaldinho, 9. Ronaldo, 10. Rivaldo, 11. Romário, 15. Kleberson, 17. Denilson, 19. Juninho. O treinador é Madeirite, auxiliado por Azulino.

Talvez a figura mais folclórica da FIFUBO, Madeirite tem um história que se confunde com a da própria Federação. Na Pré-história da FIFUBO, foi o treinador do time Botões Rogals. Quando veio a Era Amadora, Madeirite foi o treinador da equipe FIFA Stars, que derrotou o Imperatriz em uma final de Primeira Liga (o antigo torneio amador, disputado por 6 equipes, que foi o embrião das atuais ligas). Depois, foi presidente da FIFUBO no início da Era Profissional e, após largar o cargo, voltou para ser treinador do Viradouro. Com a reformulação da FIFUBO e o campeonato argentino, foi o primeiro treinador de um time fechado na Era Profissional (Racing), que trocou para treinar o Boca Juniors. Demitido neste ano, voltou à sua base no Botões Rogals (hoje, celeiro de treinadores e auxiliares) e foi o primeiro nome falado quando a seleção brasileira começou a se organizar. Trouxe do Botões Rogals Azulino, que foi seu centroavante na Pré-história da FIFUBO e, hoje, tem sua primeira oportunidade à beira do campo. De estilo disciplinador e muito observador, Madeirite tem a oportunidade de dirigir uma constelação e quer mostrar que, quanto mais velho, mais apurado fica.

DESTAQUE

Ronaldo. O Fenômeno já mostrou seu faro de artilheiro nas partidas que disputou tanto pelo Imperatriz quanto pela seleção. Jogador de pontaria certeira, ótimo posicionamento e habilidade fora do comum, é a esperança brasileira de marcar muitos gols e levar a seleção às conquistas que levantarão o torcedor.

FRANÇA


Vindos da Europa, os bleus têm a força e a tradição ao seu lado. Com o escudo da família real Bourbon-Valois a lhes proteger, os franceses querem mostrar que fazem parte da nobreza do futibou de butaum e já provaram suas habilidades na conquista da Jarra Tropon. A data base é a equipe campeã mundial em 1998, que traz aos torcedores a lembrança de sua maior conquista.

A equipe joga no 4-4-2 tradicional, com variação para o 4-4-2 losango no decorrer dos jogos. Tem como ponto forte o meio de campo de extrema habilidade, levando a bola para atacantes fortes e habilidosos, com pontaria certeira. O ponto fraco da equipe está no gol, onde o folclórico Barthez não passa confiança, por conta de sua baixa estatura.

Os jogadores da França são os seguintes: 2. Lilian Thuram, 3. Bixente Lizarazu, 4. Patrick Vieira, 5. Laurent Blanc, 6. Yuri Djorkaeff, 7. Didier Deschamps (c), 8. Marcel Desailly, 9. Stephane Guivarch, 10. Zinedine Zidane, 11. Robert Pires, 12. Thierry Henry, 13. David Trezeguet, 16. Fabien Barthez. O treinador é François Zidane, auxiliado por Paulo Miranda.

Antigo camisa 10 do FIFA Stars, François Zidane era um jogador de classe. Habilidoso na condução da bola e com boa chegada no ataque, o primo de Zinedine absorveu os conhecimentos de seu antigo treinador, Madeirite, e os aplica na seleção francesa junto com os talentos de sua época de jogador. Com isso, exige de seus jogadores a excelência no trato com a bola, com toques inteligentes e poucos chutões.

DESTAQUE

Zinedine Zidane. A classe do camisa 10 é o coração do time francês. Bom condutor de bola, com excelente visão de jogo, chutes tanto fortes quanto colocados, boa presença na área, cabeceador letal, bom cobrador de faltas e pênaltis, um líder nato. Essas são as qualidades de Zidane, que o fazem ser o principal nome da equipe francesa. Com dois gols contra o Brasil, liderou o time à conquista da Jarra Tropon e a esperança dos torcedores é que esta classe apareça também na Copa do Mundo.

INGLATERRA


Vindos da Europa, os súditos da Rainha estão aqui para mostrar que não só inventaram, como mandam no futibou mundial. A Premier League é um exemplo no mundo todo de uma liga bem organizada e rica, atraindo jogadores e torcedores de todos os cantos do planeta. A FIFUBO tem um sonho antigo de ter sua própria Premier League, só para mostrar como este campeonato é um exemplo para todos. E é com os frutos deste projeto sensacional que a Inglaterra chega. A data base do English Team é a seleção de 2006, a primeira desde que a Premier League virou o fenômeno global. Por este mesmo motivo, o escudo da Liga Inglesa está presente na sua seleção, para mostrar que aqueles jogadores são fenomenais.

A equipe joga no 4-4-2 em linha, a tradicional formação inglesa. Os defensores formam uma linha de 4; os meiocampistas, outra linha de 4; e os atacantes jogam em uma linha de 2. Assim, a equipe utiliza muito mais um jogo com lançamentos longos do que toques curtos e velocidade. Os pontos fortes deste time estão no jogo aéreo e na defesa forte. Os pontos fracos são justamente a ausência de velocidade e toques curtos, o que dificulta muito na hora de levar a equipe à frente e recompor. Outro ponto que pode ser considerado vulnerável é o fato do lateral esquerdo Wayne Bridge jogar na lateral direita, mas isso só poderá ser realmente questionado quando a bola rolar.

Os jogadores da Inglaterra são os seguintes: 1. Paul Robinson, 2. Wayne Bridge, 3. Ashley Cole, 4. Steven Gerrard, 5. Rio Ferdinand, 6. John Terry (c), 7. David Beckham, 8. Frank Lampard, 9. Wayne Rooney, 10. Michael Owen, 11. Joe Cole, 12. Jamie Carragher, 15. Peter Crouch. O treinador é David English, auxiliado por Marcelo Balboa.

Outro ex jogador do FIFA Stars, David English atuava pelo lado direito, sendo o responsável pelos lançamentos da equipe. É mais um ex comandado de Madeirite que pegou o estilo de seu antigo treinador e mesclou com sua habilidade para moldar a seleção de seu país. Adepto do estilo tradicional inglês, vai usar e abusar dos cruzamentos para a área e da formação em linha.

DESTAQUE

David Beckham. Se o intuito é jogar com lançamentos longos, é bom ter alguém com uma boa precisão. E ninguém no futebol mundial tem a pontaria mais precisa que o camisa 7 inglês. Atuando aberto na direita, Beckham faz passes com a frieza de um cirurgião, além de chutar muito bem de longe. Se houver uma falta, em qualquer lugar do campo, os ingleses já podem começar a se preparar para comemorar o gol.

JAPÃO


Vindos da Ásia, os samurais são os atletas mais jovens da FIFUBO. A escola japonesa de aprender com os melhores dá as caras aqui, mas eles querem derrotar os professores e mostrar que a lição foi bem absorvida. O Japão desenvolveu o chamado Projeto Supercampeões, que consiste em fazer inúmeras seletivas para conhecer os melhores, mais inteligentes e habilidosos jogadores e formar uma equipe de elite, visando colocar o país no mapa da elite do futebol. Por este mesmo motivo, a data base do Japão é o anime Supercampeões (Captain Tsubasa).

A equipe joga no 4-4-2 losango, mas na prática quem arma o jogo é o volante Misugi. O armador da equipe é praticamente um terceiro atacante, que atua mais recuado que os dois atacantes e promove triangulações com eles. Os pontos fortes dos japoneses são muitos. A geração é a melhor já produzida e isso faz com que o time tenha bons jogadores em todas as posição, mas principalmente no ataque. Kojiro Hyuga é um centroavante que tem o objetivo de ser o maior artilheiro do mundo e, a julgar pelos gols marcados na Jarra Tropon, está caminhando a passos largos para alcançar seu intento. Ele é bem assessorado e isso faz com que o Japão esteja sempre presente no campo de ataque. A defesa é composta por dois jogadores de mais de um metro e noventa e, por isso, não facilita as coisas no jogo aéreo. Os pontos fracos, por outro lado, começam na própria defesa. Justamente por serem altos, são vulneráveis contra equipes que jogam em velocidade. A inexperiência também pesa e muitos dos jogadores, por vezes, ficam intimidados na presença de craques que são considerados ídolos por eles.

Os jogadores do Japão são os seguintes: 1. Benji Wakabayashi (c), 2. Ryo Ishizaki, 3. Jito Hiroshi, 4. Shingo Takasugi, 5. Shingo Aoi, 6. Makoto Soda, 7. Takeshi Sawada, 8. Jun Misugi, 9. Kojiro Hyuga, 10. Oliver Tsubasa, 11. Taro Misaki, 12. Hikaru Matsuyama, 13. Shun Nitta. O treinador é Bebeto, auxiliado por Fan Zhiyi.

Atacante na Era Amadora da FIFUBO, Bebeto jogou pela equipe conhecida como Juniores, composta por jovens jogadores. Ele foi contratado para ser o atacante, capitão e líder daquela equipe, para passar sua experiência aos novatos. Por ser uma equipe jovem, os Juniores jamais triunfaram na FIFUBO, mas Bebeto marcava muitos gols e, quase sempre, terminava o campeonato como artilheiro. Já na Era Profissional, virou treinador do Americano, onde teve muitos problemas com as diversas patotas da equipe de Campos. A pressão foi grande e ele acabou pedindo demissão. Quando o Projeto Supercampeões aportou em Niterói, o coordenador Fan Zhiyi disse que precisava de um ex craque brasileiro para ensinar aos seus jogadores a verdadeira essência do futebol e o nome de Bebeto surgiu. Seu perfil, adepto de um futebol ofensivo e de prática de fundamentos, se encaixava perfeitamente no que os japoneses procuravam e ele foi chamado para dar aos Supercampeões o tempero necessário para brilhar no futibou de butaum. Fan Zhiyi, além de coordenador, virou auxiliar, pois ele também quer aprender estes conceitos e aplicá-lo no Projeto Supercampeões B, da Coreia do Sul, que pode pintar na FIFUBO dentro de 2 anos. O estilo disciplinador de Bebeto já pôde ser notado na apresentação, quando ele chamou os três principais jogadores da equipe (Wakabayashi, Tsubasa e Hyuga) e distribuiu as funções. Para não haver briga entre os dois artilheiros, ficou decidido que o capitão será o goleiro. As cobranças de faltas e pênaltis serão alternadas entre o camisa 9 e o camisa 10.

DESTAQUE

Oliver Tsubasa. De todas as seletivas feitas no Japão, chamou a atenção a habilidade fora do comum de Tsubasa. Jogador de técnica refinada, habilidade, bons passes, chutes fortes e bem colocados, Tsubasa também é muito estudioso e absorve rapidamente aquilo que lhe é ensinado. Por este motivo, o Projeto Supercampeões era conhecido, informalmente, como Projeto Captain Tsubasa. A faixa foi deixada para Wakabayashi, mas Tsubasa continua sendo um líder dentro e fora de campo, buscando sempre incentivar o time e os jogadores quando eles falham. Esperam-se grandes coisas deste jogador.

RESUMO

E assim estão apresentadas 5 das 6 seleções. A sexta seleção, muito provavelmente, será a Holanda. O goleiro e a comissão técnica já estão prontos, além de 4 dos 12 jogadores de linha. Os outros 8 virão até o meio do ano, quando será disputada a Copa do Mundo. Até lá, as seleções prontas vão se aprumando e disputando quantas partidas puderem. O sorteio da Copa do Mundo de Futibou de Butaum deve ser feito ao final do Torneio Apertura 2018. A princípio, serão 6 seleções, mas este número ainda pode aumentar.

E assim, a última postagem de 2017 é publicada. A FIFUBO passou por importantes mudanças neste ano, mas estas serão explicitadas no início de 2018, na postagem de cobertura do Bootecon. O que importa é que as mudanças foram positivas e reacenderam a paixão por este esporte/passatempo, perdida nos últimos 2 anos. Além dos jogos, os 3 amigos que sempre leem estas postagens foram cruciais para que os campeonatos continuassem rolando. Então, de coração, gostaria de agradecer a todos por acompanharem as aventuras desta Federação, que já tentou ter muitas pessoas jogando e, diante da recusa de todas, entrou num "bloco do eu sozinho" e continuou, sempre andando em frente e crescendo cada vez mais. Muito obrigado, um feliz 2018 e que, no ano que entra, tenhamos mais e mais jogos! Pois a FIFUBO é isso, de Butaum para Butaum!

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Jarra Tropon 2017 - Terceira Rodada - 21/12/2017

Um dia de descanso e, enfim, chegamos ao jogo derradeiro da Jarra Tropon 2017! A primeira seleção campeã da História da FIFUBO será coroado! O público aproveitou que o sol deu uma trégua e lotou o Itaquá Dome para ver o grande desfile de craques, defendendo a honra de seus países!

Relembrando as regras do torneio, as três seleções jogam entre si. Ao final das três rodadas, quem tiver mais pontos é o campeão. Se houver empate em pontos, quem marcar mais gols fica com o título e, persistindo o empate, quem tiver sofrido menos gols leva a taça. Se ainda assim o empate persistir, o título é dividido. Como tanto a França quanto o Brasil derrotaram o Japão por 3x2, surgiu uma situação curiosa, pois as duas equipes entram em campo com uma mão na taça. O empate fará os dois levarem o título; a vitória fará com que o perdedor deixe de ser o campeão.

A França, mandante do jogo, quer a vitória para mostrar que a goleada sofrida para os rivais em amistoso (0x4) se deu por conta da falta de entrosamento e que, daquele dia em diante, muito treino foi feito para os jogadores conhecerem seus lugares em campo. Para esta partida, François Zidane sacou Trezeguet do time e colocou Guivarch. Deschamps foi mantido, mas o meio de campo mudou para um losango, visando transformar o camisa 7 e Pires em dois volantes mais adiantados, marcando os pontas rivais. Fora isso, muitas jogadas foram ensaiadas no dia de folga.

O Brasil quer mostrar que a goleada não foi sorte. Madeirite manteve o time no 4-3-3 e teve uma conversa especial com Ronaldinho, que não esteve bem contra o Japão. O camisa 7 parece não estar muito à vontade na função de armador pelo meio, parecendo preferir jogar pelas pontas, mas o treinador brasileiro crê que ele tem muito a dar atuando na armação. Com as duas equipes prontas, vamos ver quem ficou com a taça!

FRANÇA 5x4 BRASIL

O jogo seguiu o padrão dos dois anteriores desta Jarra Tropon. O nível foi altíssimo, tivemos 9 gols e muita emoção nas arquibancadas. A França mostrou que treinou sério durante o dia de folga e abriu o marcador com apenas 20 segundos. Zidane fez o 'toca y me voy' com Deschamps, mas recebeu a bola afastado da área, na medida certa para chutar colocado. O camisa 10 francês olhou a posição de Carlos Germano, calculou a distância e chutou perfeito, no ângulo do goleiro brasileiro, para fazer França 1x0 no primeiro chute do jogo.

O gol relâmpago surpreendeu os brasileiros, que tiveram que repensar a partida toda com esta desvantagem. Os franceses apostavam em uma defesa forte e conseguiam afastar o time adversário de sua área. Aos 2 minutos, Lúcio recuperou uma bola isolada na defesa e tocou a Kleberson, que procurou Rivaldo no meio. O camisa 10 tabelou com Denilson, mas os dois não conseguiam chegar na área francesa. Denilson, então, pediu a bola, tabelou com Ronaldo, recebeu de volta, driblou Guivarch e, de muito longe, arriscou um chute forte. A bola fez uma curva incrível e foi no ângulo de Barthez, empatando em um golaço: Brasil 1x1.

Mas a França tinha um repertório incrível de jogadas na saída de bola. Aos 3 minutos, Zidane fez novo 'toca y me voy' com Deschamps, mas desta vez recebeu mais aberto na ponta esquerda. O camisa 10 avançou e, quando Lucio chegou para desarmá-lo, cortou para dentro, trazendo para o pé direito e chutando colocado para acertar o outro ângulo de Carlos Germano, fazendo França 2x1.

O Brasil procurou organizar-se em campo e se lançar em busca do empate, mas a marcação francesa era espetacular. Enquanto Vieira marcava Ronaldo, Pires anulava Romário e Deschamps, Denilson. Com isso, os brasileiros tinham dificuldades para sair tocando e Zidane ainda pegava Rivaldo individualmente. Como Ronaldinho não se achava em campo, Kleberson teve que sair lá de trás para armar o jogo e, aos 6 minutos, veio com a bola dominada, tocando a Roberto Carlos na esquerda. Ao invés de devolver para o camisa 15, Roberto Carlos preferiu tentar um lançamento de efeito para Denilson na ponta. Mas o passe saiu errado e Deschamps dominou com tranquilidade. Sem oposição, o camisa 7 levantou a cabeça e viu os dois atacantes franceses livres. O lançamento foi espetacular e Henry recebeu sozinho, no buraco deixado por Kleberson. O camisa 12 tocou a Guivarch na direita e Carlos Germano saiu para bloquear o chute do camisa 9. Mas Guivarch devolveu para Henry, que recebeu e só teve que empurrar para o gol vazio, fazendo França 3x1.

Com Zidane marcando 2 vezes, Roberto Carlos falhando e a França fazendo 3, os brasileiros começaram a lembrar daquele mesmo time em 98. O temor de nova derrota chegou forte, só que um atleta cortado daquela Copa estava em campo desta vez. Vendo o time apático, Romário saiu da ponta direita, abriu os braços e berrou, pedindo a bola. Os jogadores brasileiros acordaram e viram que ainda podiam sair dali com o título. Aos 9 minutos, Romário pressionou a saída de bola e obrigou Lizarazu a isolar a bola, que foi parar na área brasileira com Lúcio. O camisa 3 tocou a Cafu na direita, que procurou Rivaldo no meio. Romário voltou a pedir a bola e o camisa 10 lhe passou. Romário avançou pela direita e, quando a marcação de Lizarazu e Blanc chegou, recuou para Ronaldo, que vinha de trás. De fora da área, o camisa 9 acertou um lindo chute e venceu Barthez, fazendo Brasil 2x3.

No intervalo, François Zidane tirou Pires e Guivarch e colocou Djorkaeff e Trezeguet. Manteria o 4-4-2 em losango. Já Madeirite sacou os dois jogadores que estavam mal, Roberto Carlos e Ronaldinho, colocando Roque Junior e Juninho em seus lugares. Roque Junior iria para a lateral esquerda, mas Madeirite mudou de ideia e o colocou na zaga, para Edmilson jogar mais adiantado e ajudar Kleberson.

O exemplo de Romário contagiou os jogadores brasileiros. A seleção empatou o jogo logo a um minuto, após Lizarazu e Blanc errarem uma saída de jogo. Romário recuperou a bola e tocou a Rivaldo que, mesmo diante de uma parede formada por 5 franceses, conseguiu dar um passe espetacular para Ronaldo, que saiu do meio para a ponta direita, recebeu livre e tocou na saída de Barthez, fazendo Brasil 3x3.

O empate voltava a colocar a mão brasileira na taça, mas a França jogava a sua melhor partida desde que estreou na FIFUBO. Aos 6 minutos, a mais bela jogada da partida foi tramada. Vieira desarmou Ronaldo e tocou a Lizarazu na esquerda. O camisa 3 tocou a Blanc, que recuou para Barthez. O goleiro jogou para Thuram no meio e o camisa 2 deu um excelente passe para Djorkaeff na direita. Girando em cima de Roque Junior, o camisa 6 conseguiu entrar na área pela ponta, viu Carlos Germano sair e deu um lindo toque de chapa, deslocando o goleiro e fazendo França 4x3.

O Brasil tentou desesperadamente o empate e se abriu para os contra ataques. Zidane, Henry e Djorkaeff acertaram a trave de Carlos Germano. Aí, Romário voltou a chamar a responsabilidade para si. O camisa 11 saiu da ponta direita e voltou ao meio para buscar o jogo, chamando tabelas e indo para o ataque buscar a conclusão. Aos 9 minutos, após uma bola mal esticada de Juninho, o camisa 11 continuou correndo e se jogou na frente de Blanc, que tentou isolar, mas acabou atingindo o próprio Romário. Juninho recuperou a bola, tocou melhor desta vez, Romário veio pelo meio e, quando Blanc chegou, passou na direita para Rivaldo. O camisa 10 ajeitou para o pé esquerdo e deu aquele chute com a sua assinatura, perfeito e no ângulo de Barthez, fazendo Brasil 4x4 e deixando o jogo eletrizante.

Naquele momento, a Jarra Tropon seria dividida entre Brasil e França, mas ainda faltava uma jogada no repertório ensaiado pelos europeus. Na saída de bola, já nos acréscimos, Zidane tocou a Deschamps e correu para a esquerda. O camisa 7, no entanto, trouxe a bola para o lado direito e jogou no espaço vazio. Thuram apareceu como elemento surpresa, recebeu, invadiu a área e chutou forte na saída de Carlos Germano, para dar números finais à partida: França 5x4.

FRANÇA CAMPEÃ DA JARRA TROPON 2017

O primeiro título dado pela FIFUBO a uma seleção surpreende os analistas. O Brasil era considerado favorito pelo maior entrosamento e pelas atuações recentes. O Japão tinha a preferência de alguns, por ser o mandante do torneio e ser cercado de expectativas no Projeto Supercampeões. Ninguém dava o favoritismo à França, ainda mais após a goleada sofrida para o Brasil em amistoso uma semana antes. Mas os bleus usaram aquela derrota como aprendizado, trabalharam forte, corrigiram posicionamento e ensaiaram jogadas. Tirando o primeiro gol japonês no torneio, os franceses jamais estiveram em desvantagem (viraram para 2x1 e, depois, finalizaram em 3x2). Contra o Brasil, não foi diferente. Estiveram sempre à frente do marcador. Finalizam o campeonato como campeões, deixando os brasileiros como vice campeões. Os japoneses, apesar do terceiro lugar com duas derrotas, tiveram seu lugar de honra na premiação, com o artilheiro da Jarra Tropon, Kojiro Hyuga, que anotou 3 gols.

O vice presidente da FIFUBO, Ruben Paz, parabeniza o jogador japonês, Kojiro Hyuga, pela artilharia da Jarra Tropon
"Eu ficaria mais feliz se minha seleção tivesse vencido, mas é lógico que estou orgulhoso de ser artilheiro e logo na minha primeira competição. Atuei contra grandes nomes, como Ronaldo e Zidane, e consegui me destacar. Isso só prova que meu objetivo está bem encaminhado: ser o maior artilheiro do futibou de butaum do mundo!" - Kojiro Hyuga, após ser homenageado.
A França mostrou que pode ser protagonista nos jogos entre seleções. Pode variar do 4-4-2 com dois volantes para o 4-4-2 losango sem mudar jogadores. Deschamps mostrou que é um jogador espetacular tanto em sua função na marcação, quanto armando o jogo. Foi decisivo contra o Japão ao anotar o gol da vitória e, contra o Brasil, participou da jogada de 4 gols, com passes precisos e um senso de liderança ímpar. Zidane foi novamente decisivo contra o Brasil, marcando dois gols, armando o jogo e ajudando a anular a armação de Rivaldo. Outra peça fundamental nesta equipe foi Thuram. O lateral direito apoiou muito bem e também armou o jogo, aparecendo na frente para fazer o gol do título.

O Brasil tem uma gama espetacular de jogadores, mas seu treinador precisa ficar atento às mudanças do jogo. Foi surpreendido pelo Japão quando este passou a jogar no 4-3-3 e pela França quando esta adiantou a marcação e anulou os pontas. Isso deve ser previsto e a seleção deve ser capaz de mudar o esquema durante o jogo. Enquanto jogadores como Cafu e Ronaldinho estiveram muito abaixo do que pode produzir, outros estiveram muito bem. Kleberson e Lucio mostraram segurança, Rivaldo esteve em uma forma sensacional, Ronaldo mostrou seu instinto matador, Denilson mostrou que pode ser protagonista e Romário chamou para si a responsabilidade. Com mais atenção, esta seleção pode dominar o futibou de butaum por muito tempo.

O Japão, apesar da derrota, mostrou que pode jogar de igual para igual com todos. Os jovens jogadores deram conta do recado, jamais se entregaram e mostraram organização. Além de Kojiro Hyuga, que encanta os torcedores e a mídia especializada com excelentes atuações, Oliver Tsubasa finalmente resolveu jogar e assumir o protagonismo que se espera. Além deles, Ishizaki, Hiroshi e Aoi se destacaram, mostrando que a defesa japonesa é sólida. Falta, agora, os jogadores de ataque resolverem jogar. Quando isso acontecer, esta seleção vai longe.

O presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta, entrega a Jarra Tropon ao capitão francês, Didier Deschamps
"É uma sensação maravilhosa! Primeira competição e nós já somos os campeões! Espero que esta Jarra Tropon seja o primeiro de muitos troféus na galeria francesa! Estamos aqui para escrever nosso nome na História e esta é apenas a primeira letra!" - Didier Deschamps, empolgado pela conquista da Jarra Tropon.
Os jogadores e a comissão técnica da França posam com o troféu da Jarra Tropon, ainda no gramado do Itaquá Dome
"Fomos muito criticados após a derrota para o Brasil, mas eu tinha certeza de que este grupo iria longe. Falei para eles que eles tinham que mostrar no campo que a goleada se deu por causa do desentrosamento. Nova derrota nos daria para sempre o carimbo de fregueses do Brasil. Os jogadores trabalharam duro e merecem esta conquista. Allez les Bleus!" - François Zidane, técnico francês, após a conquista da Jarra Tropon.
E assim termina o primeiro torneio entre seleções da História da FIFUBO. Mas o futibou de butaum em 2017 ainda não acabou! Neste sábado, o amistoso de aposentadoria do Dallas Stars (contra a Seleção da FIFUBO) será disputado e, após o natal, o amistoso de estreia de duas novas seleções também ocorrerá. É possível, ainda, vermos mais um torneio entre seleções, provavelmente nos dois ou três últimos dias do ano. Mas, até lá, os franceses comemoram a conquista de seu primeiro troféu. Parabéns, França, campeã da Jarra Tropon 2017!

O capitão, Didier Deschamps, leva a Jarra Tropon e puxa a fila da volta olímpica, com os jogadores e a comissão técnica o seguindo.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Jarra Tropon 2017 - Segunda Rodada - 19/12/2017

Por ter perdido o primeiro jogo (2x3 França), o Japão teve que voltar a campo para enfrentar o Brasil, em seu último jogo na Jarra Tropon. Os samurais precisam da vitória, de preferência marcando muitos gols, para torcer para o Brasil derrotar os franceses amanhã, com os dois marcando menos gols que os asiáticos. Bebeto teve longa conversa com o goleiro Wakabayashi, sobre posicionamento e falhas, mantendo a equipe que foi derrotada pela França na rodada anterior.

O Brasil, estreando na competição, tinha uma novidade. Romário iria de titular pela primeira vez, com Ronaldinho armando o jogo e Juninho indo para o banco. Os brasileiros, mais experientes que os japoneses, querem manter a boa carreira após derrotarem a França em amistoso (4x0). Com estes ingredientes, o Itaquá Dome ficou cheio e os torcedores foram brindados com mais um espetáculo de primeira grandeza.

JAPÃO 2x3 BRASIL

O jogo era bem interessante, porque seria o primeiro duelo entre os dois camisas 9 que estão sacudindo o futibou de butaum mundial. Kojiro Hyuga, o artilheiro japonês, ia ficar frente a frente com Ronaldo, o Fenômeno, pela primeira vez. Os fãs estavam ansiosos por este duelo.

Mais ansiosos estavam os jogadores japoneses. Jovens e inexperientes, viam do outro lado a referência no futebol mundial. Os samurais ficaram nervosos e demoraram a se acalmar. Com dois minutos de jogo, Taro Misaki foi acionado na direita e avançou, mas viu Roberto Carlos à sua frente. O lateral brasileiro o desarmou com facilidade, driblou-o para avançar e tocou a Denilson na frente. O camisa 17 recebeu, marcado por Jun Misugi e, ao seu estilo, deu um corte para a esquerda e chutou da entrada da área quase no ângulo de Wakabayashi, que nada pôde fazer: Brasil 1x0.

Abrir o marcador contra uma seleção inexperiente com apenas dois minutos de jogo é sinônimo de goleada. O Japão acusou o golpe de tal forma, que só conseguiu chutar a gol pela primeira vez aos 5 minutos. Hyuga arrumou um espaço e, mesmo sem ângulo, arriscou. A bola raspou a trave esquerda de Carlos Germano e saiu. Não era o momento do camisa 9, mas é nessas horas que o craque tem que aparecer. Oliver Tsubasa, criticado por ter jogado mal contra a França, chamou a responsabilidade para si. Vendo Hyuga bem marcado, o camisa 10 foi ao ataque, buscou tabelas e se apresentou para a conclusão.

Aos 8 minutos, Shingo Aoi afastou bola lançada para Ronaldo e Ishizaki pegou, avançando pela direita. Ele passou a bola para Misugi, mas Tsubasa gritou para que ele apoiasse o ataque. Então, Misugi devolveu ao camisa 2, que se lançou em velocidade. Quando Roberto Carlos saiu da lateral para marcá-lo, Ishizaki tocou a Tsubasa, que girou bonito em cima de Edmilson e, dentro da área, soltou o seu famoso chute chamado Sky Wing Shoot. A bola fez uma curva ascendente e venceu Carlos Germano: Japão 1x1.

O gol mostrou que as críticas eram exageradas. Tsubasa cresceu e passou a se movimentar pelo campo todo, buscando tabelas e incentivando seus companheiros. Mas a inexperiência ainda fala alto para os nipônicos. Já nos acréscimos, Tsubasa pegou a bola no meio e abriu na esquerda para Sawada, para que o camisa 7 acionasse Hyuga na esquerda. Talvez por ainda sentir a falha que originou o gol que deu a vitória aos franceses, Sawada estava discreto no jogo e, indeciso, demorou a girar para buscar Hyuga. Kleberson percebeu, saiu da marcação ao camisa 9 e roubou a bola de Sawada, tocando a Ronaldinho no meio. O camisa 7 brasileiro abriu na esquerda para Rivaldo, que pôde avançar sem ser incomodado e, da entrada da área, deu um chute colocado com a sua marca, vencendo Wakabayashi e fazendo Brasil 2x1.

No intervalo, Bebeto sabia que só teria alguma chance de título se virasse o jogo. Resolveu, então, arriscar tudo. Tirou Soda e Sawada e colocou Matsuyama e Shun Nitta. Iria para um 4-3-3 que era quase um 4-4-2. Ishizaki e  Matsuyama recuariam para ajudar os zagueiros, Misugi jogaria como volante ao lado de Shingo Aoi, Misaki e Nitta iriam jogar em velocidade pelas pontas, Hyuga seria o centroavante e Tsubasa viria de trás. Já Madeirite mudou apenas as peças que não funcionavam. Tirou Edmilson (que teve problemas com Tsubasa e Misaki) e Ronaldinho (discreto) e colocou Roque Jr e Juninho.

O fato é que a ousada mudança de Bebeto pegou Madeirite de surpresa e o treinador da seleção brasileira só percebeu isso quando a bola rolou. O Japão tinha, agora, 4 homens na frente e o Brasil tinha só um volante para segurar tudo lá atrás. Mas esse único volante foi um gigante. Com apenas um minuto, Nitta e Hyuga tabelaram bem e o camisa 9 recebeu de frente pro gol. Kleberson se atirou com tudo na bola e conseguiu bloquear o chute, que foi por cima do gol com Carlos Germano já batido.

Aos gritos, Madeirite pedia a Cafu e Roberto Carlos para ficarem lá atrás e marcarem os pontas, mas Tsubasa ainda corria livre e chutava, para Carlos Germano fazer um milagre atrás do outro. Juninho, que deveria armar o jogo, foi recuado para volante justamente para impedir que o camisa 10 japonês tivesse liberdade.

Mas a velha máxima do "quem não faz, leva" tinha que dar as caras no Itaquá Dome. O Brasil se defendeu como pôde até os 10 minutos, quando Misugi tentou lançar para Nitta na ponta esquerda. Lucio se antecipou e interceptou o passe, tocando a Kleberson. O camisa 15 avançou com a bola dominada e, da intermediária, resolveu jogar para a área. Wakabayashi saiu para cortar o lance, mas Romário estava no meio do caminho e foi atropelado pelo goleiro. O camisa 11 virou-se para Rivaldo e pediu para bater o pênalti. Rivaldo, relutante, deixou e Romário chutou no canto esquerdo de Wakabayashi, que foi para o outro lado: Brasil 3x1.

O resultado era injusto para a partida maravilhosa que o Japão fez. O time asiático não merecia perder desse jeito e, assim, se lançou ao ataque para tentar um gol de honra. Kleberson acabou derrubando Misugi na intermediária. O camisa 8 se preparava para rolar para Tsubasa quando Hyuga percebeu que o árbitro Pedro Carlos Bregalda se preparava para encerrar o jogo. Hyuga, então, pediu para bater direto. A falta era de longe, mas a barreira brasileira foi armada assim mesmo. O camisa 9 japonês mandou o seu famoso Tiger Shoot (aquele que fura as ondas) e acertou um míssil no ângulo direito de Carlos Germano. O gol não valeu o empate, mas ao menos foi uma despedida honrosa: Japão 2x3.

Os japoneses se despedem da Jarra Tropon em terceiro e último lugar, sem marcar ponto algum, mas com o sentimento de que podem jogar de igual para igual com as outras seleções. Wakabayashi foi bem no jogo, assim como Hiroshi e Ishizaki deram segurança à defesa. Tsubasa foi o líder que se espera, chamando a responsabilidade e marcando um dos gols. O outro foi de Hyuga, que foi bem marcado, mas conseguiu sair de campo com um gol anotado. Mas o grande nome da seleção asiática foi Shingo Aoi. Discreto, o camisa 5 anulou Ronaldo, impedindo o camisa 9 de respirar ao dominar uma bola.

Do lado brasileiro, Carlos Germano fez defesas espetaculares, Lucio foi um gigante na zaga, Rivaldo se destacou e afastou as críticas, atuando na intermediária de ataque e deixando a sua marca. Romário, afastado da área, não produziu muito, mas foi lá pra dentro ao ver Ronaldo bem marcado e sofreu o penal que ele próprio converteu. Se Ronaldo não esteve bem, anulado por Aoi, Denilson apareceu muito bem, atuando como um verdadeiro ponta esquerda e infernizando a defesa japonesa. Mas o grande nome do Brasil foi mesmo Kleberson. O camisa 15 marcou Hyuga em cima e impediu que o camisa 9 concluísse a gol, se atirando na bola como dava.

E assim, só resta um jogo nesta Jarra Tropon, com uma situação muito curiosa. Empatados em pontos, gols pró e gols contra, França e Brasil estão com uma mão na taça, cada. Se a partida entre eles terminar empatada, os dois dividirão o título. O título só fica com um deles se derrotar o outro. Então, o jogo desta quarta-feira não vai ser para ver quem fica com o título, mas sim quem impede o outro de ser campeão.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Jarra Tropon 2017 - Primeira Rodada - 18/12/2017

O primeiro torneio entre seleções na História da FIFUBO tem seu pontapé inicial nesta segunda-feira. O forte calor não impediu os torcedores de comparecerem em bom número ao Itaquá Dome, afinal, é a primeira vez em que seleções disputam um campeonato. Antes de irmos para o jogo, um pouco de história sobre a Jarra Tropon e o regulamento do torneio:

Nos anos 80, a edição 919 da Revista Placar fez uma matéria sobre a sala de troféus do Flamengo. Com o título "Flamengo - Muita raça, muita taça", a revista descrevia sobre algumas das glórias do time carioca e, logo abaixo do título, trazia a foto de quatro troféus: o mundial de clubes de 1981, a Libertadores do mesmo ano, o troféu Ramon de Carranza e a Jarra Tropon. Sem ler a matéria, o leitor pensa que este último é um troféu internacional conquistado pelo futebol e comigo não foi diferente. Durante anos (sem internet) quis saber mais sobre este campeonato. Foi só muito tempo depois, lendo a matéria, que descobri a origem do troféu. A Jarra Tropon foi a primeira conquista do clube, em 1896, mas não no futebol. A vitória veio no remo! Mas a magia estava lançada e não tinha como voltar atrás. Sempre, em minhas brincadeiras, havia um torneio internacional nos moldes do Tereza Herrera, Ramon de Carranza e afins, chamado Jarra Tropon, disputado no Japão.

Agora, com a FIFUBO se lançando para as competições entre seleções, a Jarra Tropon entra para o calendário, na condição de "torneio extraoficiais". Segundo a Regra 13 do Regulamento Geral de Competições da FIFUBO, um torneio extraoficial é aquele disputado entre seleções, que não faz parte do calendário oficial (deve ser disputado fora do dia normal de jogo), sem formato pré-definido pela FIFUBO (o formato é definido pelos participantes), mas seguindo as regras da Federação (sorteio de árbitros, substituições, suspensão, etc) e contando as estatísticas de gols e conquistas.

A Jarra Tropon de 2017 é um triangular de seleções. Todos jogam contra todos e aquele que conseguir mais pontos é o campeão. Se houver empate em pontos, vence quem fizer mais gols. Persistindo o empate, vence quem sofrer menos gols. Se ainda assim o empate persistir, o título é dividido. Por ser o mandante do torneio, o Japão joga os dois jogos como mandante e um sorteio define quem será o mandante no outro jogo. Pela tabela, Japão e França fazem o primeiro jogo, França e Brasil fazem o segundo e Japão e Brasil fazem o terceiro. Mas se a França derrotar o Japão, a equipe asiática enfrentará o Brasil no dia seguinte, para não haver o risco da França ser campeã na segunda rodada e o último jogo ser apenas para cumprir tabela. História e regulamento apresentados, vamos ao jogo desta segunda!

JAPÃO 2x3 FRANÇA

Empolgados pela vitória no seu amistoso de estreia (3x2 CROL), os samurais vêm a campo dispostos a uma boa estreia. Mais empolgados ainda ficaram após a França perder seu amistoso de estreia (0x4 Brasil), o que mostra que eles não são assim tão superiores. Mas os jovens jogadores japoneses estavam nervosos, pelo primeiro teste de verdade que teriam pela frente. Já os bleus têm um misto de preocupação e tranquilidade. Apesar de saberem que o primeiro teste foi difícil e o desentrosamento falou mais alto, a goleada sofrida para o Brasil foi demais. Para esta partida, François Zidane manteve o esquema com dois volantes. Vieira marcaria Hyuga individualmente, enquanto Misaki seria acompanhado por Deschamps. A surpresa no esquema era Zidane, recuado para marcar Tsubasa, enquanto Pires seria o responsável pela armação.

O jogo foi muito bom, desde o início. As duas seleções mostraram um alto nível, trocaram passes, mas pecavam na finalização. Zidane surpreendeu a todos, deixando Pires na marcação e se adiantando para armar o jogo e até finalizar. O camisa 10 francês chegou a acertar o travessão de Wakabayashi em uma cobrança de falta. O Japão avançava em velocidade, mas Vieira realmente impedia a bola de chegar a Hyuga e, com Tsubasa mal, o time nipônico teve dificuldades na conclusão.

Foi só aos 6 minutos, quando a França dominava o jogo, que o placar foi inaugurado. Após a zaga japonesa afastar, Lizarazu pegou a bola e avançou, mas adiantou demais e Shingo Aoi estourou em cima do camisa 3. A bola subiu e foi parar no campo francês. Hyuga foi mais rápido que Vieira e conseguiu dominá-la, driblando o camisa 4 para dentro e chutando da entrada da área, sem chances para Barthez, fazendo Japão 1x0.

O gol mudou o panorama do jogo. Os japoneses começaram a dominar e deixaram os franceses perdidos com o bom toque de bola. E foi aí que a França conseguiu o empate. Já nos acréscimos, Tsubasa rolou para Hyuga, que foi desarmado por Desailly. O camisa 8 tocou a Vieira, que tocou a Pires no meio. O camisa 11 avançou sem marcação, de frente pro gol e, da entrada da área, viu Wakabayashi fechando o lado direito. De chapa, Pires chutou no outro lado e deslocou o goleiro adversário para fazer França 1x1.

No último lance do primeiro tempo, Pires abriu na direita para Zidane e o camisa 10 concluiu com um chute forte. Mas Wakabayashi se esticou todo e fez uma defesa espetacular. Neste momento, Tsubasa parou, atônito, e pensou: "... Benji Wakabayashi...". O ótimo primeiro tempo se encerrava em 1x1.

No intervalo, Bebeto resolveu sacar Soda (que levava um baile pelo seu lado) e Taro Misaki (que não esteve bem), colocando Matsuyama e Shun Nitta. Com isso, ficava com dois laterais mais defensivos e liberava os volantes Sawada e Misugi para ajudarem na armação. Já François Zidane não quis desfazer o meio com dois volantes e, sem opção, sacou o autor do gol. Além de Pires, Trezeguet foi sacado, para as entradas de  Djorkaeff e Guivarch. O jogo começava a ser ganho ali...

O segundo tempo manteve o altíssimo padrão do primeiro. Com apenas um minuto, Tsubasa foi derrubado por Blanc na entrada da área e cobrou a falta por cima do gol de Barthez. A França também melhorou bastante com a entrada de Guivarch, tendo um atacante mais incisivo na área, permitindo que Henry ajudasse na armação.

A virada veio aos 4 minutos. Misugi cobrou escanteio e Barthez saiu do gol, repondo para Vieira, que procurou Zidane no meio. O camisa 10 tabelou com Thuram, recebeu de volta na intermediária de ataque e deu um passe sensacional, no meio da defesa, encontrando Guivarch livre. O camisa 9 invadiu a área e acertou o ângulo de Wakabayashi, que nada pôde fazer no lance: França 2x1.

Com o placar adverso, os japoneses ficaram nervosos, fruto da inexperiência internacional. Mas é nessas horas que os craques aparecem. Aos 8 minutos, Vieira se lançou ao ataque e tocou a Djorkaeff na esquerda. Tsubasa se esticou e conseguiu roubar a bola do camisa 6, tocando a Sawada na esquerda. Como Vieira tinha se lançado ao ataque, a marcação a Hyuga se afrouxou. A bola estava com Sawada, conhecido parceiro do camisa 9 na Escola Meiwa, que logo procurou o Tigre para o passe. A bola chegou a Hyuga com liberdade e o camisa 9 invadiu a área, dando um chute de extrema destreza, para vencer Barthez novamente. O camisa 16 se lamentava enquanto Hyuga colocava a mão esquerda nas costas e levantava o braço direito pela segunda vez no jogo: Japão 2x2.

O empate parecia ser o resultado mais justo, mas os dois times queriam a vitória. Nos acréscimos, Tsubasa roubou de Zidane e tocou a Sawada na esquerda. O camisa 7 partiu pela ponta e tabelou com Hyuga. Mas, ao levar a bola à frente e ver o camisa 9 atrás, Sawada hesitou, pensando se Hyuga iria passar por trás ou se iria para o lado esquerdo. Esta fração de segundo foi o suficiente para Desailly roubar-lhe a bola e tocar a Vieira, que deixou a Deschamps mais à frente. O capitão francês avançou pelo meio, tabelou com Zidane e recebeu de volta na meia lua, para chutar alto e sem chances para Wakabayashi, dando números finais ao confronto: França 3x2.

Do lado japonês, duas coisas ficaram latentes: a primeira é a inexperiência internacional, que prejudica muito a seleção. Jogadores como Tsubasa e Wakabayashi, que seriam referência aos demais, parecem sofrer do nervosismo de estreante. A segunda é o nascimento de um fenômeno. Contra o CROL, Hyuga já havia feito dois gols. Agora, contra a França, o camisa 9 voltou a marcar duas vezes e, curiosamente, nas duas oportunidades que teve. Kojiro Hyuga parece ser aquele tipo de jogador que nasceu para jogar futebol, cujo talento está no sangue. Se tiver meia oportunidade, irá colocar a bola na rede. É um jogador a ser observado.

Do lado francês, ficou claro que a goleada sofrida para o Brasil foi fruto da falta de ritmo. Contra os japoneses, os jogadores europeus mostraram entrosamento maior. Eles pareciam saber melhor o lugar a ocupar em campo. Trezeguet esteve mal novamente, mas Guivarch entrou muito bem e pode ser titular contra o Brasil. O esquema com dois volantes também funcionou e pode ser uma constante daqui em diante. Zidane e Thuram foram os melhores em campo.

Assim, o terceiro jogo será disputado antes do segundo. Provavelmente nesta terça, Japão e Brasil se enfrentam. Na quarta (provavelmente), França e Brasil decidirão quem fica com a Jarra Tropon 2017!

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Brasil x França - Primeiro Amistoso entre Seleções - 15/12/2017

Em outra postagem, foi dito que a tarde de sexta-feira é, ao lado das noites de quarta, o momento ideal para aquela pelada. Aquele jogo descontraído, sem os rigores do calendário oficial, onde se deixa os problemas do lado de fora do campo e se concentra na bola rolando dentro dele. Com o futibou de butaum não é diferente e, cada vez mais, a tarde de sexta é utilizada pela FIFUBO para jogos descontraídos, mas cheios de emoção.

O dia 15 de dezembro de 2017 é uma data histórica. Nesta sexta-feira, de temperatura alta e céu limpo, o Itaquá Dome foi o palco da realização do primeiro amistoso entre seleções na História da FIFUBO. O público lotou o estádio para ver esta partida, cercada de expectativas, que inaugura uma nova Era no nosso futibou de butaum. Brasil e França foram a campo para marcar esta data para sempre.

O Brasil foi a campo com a seguinte escalação: 1. Carlos Germano; 2. Cafu (c), 3. Lúcio, 5. Edmilson, 6. Roberto Carlos; 15. Kleberson, 19. Juninho Paulista, 10. Rivaldo; 7. Ronaldinho Gaúcho, 9. Ronaldo, 17. Denilson. O treinador, Madeirite, auxiliado por Azulino, tinha ainda no banco de reservas 4. Roque Junior e 11. Romário.

A França foi a campo com 16. Barthez; 2. Thuram, 8. Desailly, 5. Blanc, 3. Lizarazu; 4. Vieira, 7. Deschamps (c), 10. Zidane, 11. Pires; 13. Trezeguet e 12. Henry. O treinador, François Zidane, auxiliado por Paulo Miranda, tinha ainda no banco 6. Djorkaeff e 9. Guivarch.

O Brasil, à esquerda da foto, tinha a saída de bola contra a França, à direita
BRASIL 4x0 FRANÇA

Assim que foi dada a saída, ficou latente a falta de entrosamento das duas equipes. Os passes errados aconteciam bastante e os jogadores demoravam a encontrar seu espaço em campo. O Brasil foi mais rápido a encontrar-se, já que seus jogadores também atuam no Imperatriz e já estiveram em campo em outros amistosos. A França, por outro lado, entrava em campo pela primeira vez e, por isso, demorou mais ainda para se encontrar.

Melhor para o Brasil, que inaugurou o marcador aos 4 minutos. Após cobrança de córner de Denilson, houve a reedição da clássica trombada da final da Copa de 98, entre Barthez e Ronaldo, na área. O juiz José Roberto Wright marcou pênalti. Rivaldo cobrou no ângulo direito do goleiro francês, que se esticou mas não evitou o primeiro gol da História em um confronto de seleções: Brasil 1x0.

Depois deste gol, o jogo melhorou consideravelmente. As duas equipes começaram a acertar os passes, criar boas tabelas e desperdiçar oportunidades. Rivaldo e Ronaldo chutaram por cima suas chances e Pires, do outro lado, mandou um chute forte que raspou o travessão de Carlos Germano.

Mas o Brasil tinha mais entrosamento e, aos 8 minutos, ampliou. Carlos Germano cobrou tiro de meta na direção de Juninho, que deu um leve toque na direita para Ronaldinho Gaúcho. Jogando quase como um meia pela direita, o camisa 7 avançou e deu um lindo passe para Ronaldo no meio. Bem posicionado, o Fenômeno recebeu de frente pro gol e, com um belo chute no canto esquerdo, venceu Barthez e fez Brasil 2x0.

No intervalo, Madeirite colocou Roque Junior e Romário nos lugares de Cafu e Juninho, promovendo uma gigantesca mudança tática. Kleberson foi para a lateral direita, Roque Junior para a zaga, Edmilson para a cabeça de área, Ronaldinho para a armação e Romário para a ponta direita. Lúcio passou a ser o capitão. François Zidane também fez mudanças e alterou a tática da equipe. Saíram Deschamps e Trezeguet e entraram Djorkaeff e Guivarch. A França mudaria do 4-4-2 tradicional para o 4-4-2 losango e Blanc seria o novo capitão.

A entrada de Romário fez o torcedor brasileiro ter a certeza de que grandes coisas vêm por aí. Bastou um minuto de jogo para que ele e Ronaldo começassem a trocar passes e infernizar a defesa francesa. A seleção europeia, por sua vez, tentava se acostumar ao novo esquema tático e, novamente, demorou a se encontrar.

Aos 5 minutos, Pires fez boa jogada com Henry e chutou para ótima defesa de Carlos Germano. No rebote, Guivarch não conseguiu dominar e a bola saiu em lateral. Kleberson repôs para Romário, que devolveu ao camisa 15. Kleberson avançou e chutou, mas Lizarazu desviou a córner. O próprio Kleberson cobrou o escanteio para a área, de onde Ronaldo cabeceou alto e sem chances para Barthez, para fazer Brasil 3x0.

A França ainda tentou uma pressão nos dois minutos seguintes, mas Carlos Germano salvou o Brasil com boas defesas e, aos 7 minutos, espalmou para a frente um chute de Guivarch. Edmilson bateu para a direita para Kleberson, que deu um passe no meio para Ronaldo. O camisa 9 abriu na direita para Ronaldinho, que avançou em velocidade, driblou Blanc, invadiu a área e chutou cruzado, deslocando Barthez e dando números finais ao confronto: Brasil 4x0.

O placar dilatado pode parecer exagerado, mas o Brasil mostrou um grande futebol. Carlos Germano esteve muito bem, fazendo defesas importantes. A defesa mostrou segurança, principalmente com Edmilson. No meio, Rivaldo demorou a se encontrar, mas quando o fez, mostrou categoria. Juninho jogou muito bem, assim como Ronaldinho, dois jogadores com muita qualidade para armar o jogo. Denilson ficou apagado no segundo tempo, mas jogou bem no primeiro, mostrando habilidade. Romário entrou bem e só começou o jogo no banco porque chegou depois dos outros, o que prejudicaria o entrosamento. Mas o grande nome da partida foi Ronaldo. O camisa 9 esteve uma forma impressionante, fazendo dois gols e participando dos outros dois.

A França mostra que carece de entrosamento, mas não dá para criticar a forma da equipe, que se virou como pôde em seu primeiro jogo e contra um adversário tão forte. O destaque foi Pires, que se movimentou no campo de ataque, buscou tabelas e concluiu bem. Henry participou bem do jogo, assim como Zidane. A defesa se mostrou vulnerável, mas talvez alguns jogos para ganhar ritmo e o torcedor francês terá a oportunidade de ver muitas coisas boas.

NOTAS RÁPIDAS

  • Se esta sexta foi histórica pelo primeiro jogo de seleções, a próxima semana promete mais emoção, com o primeiro torneio entre seleções da História da FIFUBO. A tão sonhada Jarra Tropon será disputada em um triangular. Japão e França fazem o primeiro jogo e o perdedor enfrenta o Brasil na segunda rodada. Na terceira, o Brasil enfrenta o vencedor do primeiro jogo e quem tiver mais pontos será o campeão. Em caso de empate em pontos, gols pró e gols contra, o título será dividido.
  • Este torneio faz parte da categoria de "campeonatos semi-oficiais" da FIFUBO, torneios que não fazem parte do calendário oficial, mas que contam para fins estatísticos. Não possui formato fixo, podendo variar a cada edição e ser realizado quantas vezes os organizadores quiserem.
  • A sexta-feira não foi emocionante só dentro de campo. Fora dele, a confirmação da chegada de mais duas seleções deixa o sonho da Copa do Mundo muito próximo. Após o natal, uma postagem especial apresentará as 5 seleções que fazem parte da FIFUBO.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Torneio Clausura 2017 - Balanço Final

Em 29/07/2017, foi iniciado o Torneio Clausura, a liga do segundo semestre do ano. De lá para cá, foram quase 5 meses até o dia 08/12/2017, onde o All Star Game encerrou a competição mais acirrada dos últimos anos. O campeonato foi tão disputado que, à exceção do Estudiantes e do River numa ponta e do San Lorenzo na outra, todos os outros times disputaram vagas nos playoffs até a última rodada. E todas as equipes tiveram representantes no All Star Game, o que mostrou o equilíbrio na escolha dos melhores de cada partida.

Somados temporada regular, playoffs e All Star Game, foram 62 jogos, com 306 gols marcados, uma média de 4,9 gols por jogo. Já protegido pelo Ato Normativo 4, que diz que se uma Liga não puder ser completada por problemas de calendários, serão realizados os jogos necessários para encerrar o primeiro turno e a Liga avançará para os playoffs (se o primeiro turno já tiver sido encerrado, será encerrada a rodada já iniciada e, aí, os playoffs serão disputados), não foi necessário cumprir este Ato, pois o calendário foi cumprido perfeitamente e o campeonato pôde se encerrar sem problemas. Abaixo, um resumo de cada equipe:

EQUIPES

Boca Juniors - O vexame no Torneio Apertura (foi a primeira equipe argolada a não se classificar para um playoff desde que o campeonato passou a ser disputado por times argolados e fechados) trouxe um pacto. Os jogadores e a comissão técnica do Boca prometeram esforços redobrados para a equipe voltar aos seus dias de glória. O vice campeonato na Copa Olé trouxe um misto de alegria e tristeza, pois se mostrou que a equipe voltava a disputar títulos, perder para o maior rival deixava aquela nuvem negra sobre La Boca. Mudanças táticas e a confiança no trabalho do treinador Sr Rússia levaram os torcedores ao Itaquá Dome na primeira rodada, para verem o Boca arrasar. Mas a posse de bola não se traduziu em vitória e a derrota para o Huracán (2x3) dava a sensação de que nada mudou. Sr Rússia se encheu de coragem e barrou Riquelme, que era o craque do time, mas não se esforçava. Com Schelloto na armação, o Boca começou a jogar bem e engrenou 3 vitórias, incluindo o Superclássico do primeiro turno, onde encerrou um jejum de muitos anos sem derrotar o rival (4x2 no River). Ali, na quarta rodada do campeonato, o Boca chegou a liderar o Clausura e deu a impressão de que brigaria sempre na parte de cima da tabela. Com altos e baixos na tabela, o time foi descendo na tabela até sair da zona de classificação. Desde a segunda rodada do returno onde derrotou o Racing (2x1), o Boca empatou apenas uma partida e perdeu as outras três, conseguindo novo vexame e se tornou a primeira equipe argolada a encerrar um ano inteiro sem ir para os playoffs das Ligas. Com 5 vitórias, 2 empates e 7 derrotas, o Boca fez 17 pontos, terminando na vexatória sexta posição no campeonato. O time marcou 34 gols e sofreu 37, tendo em Martin Palermo seu destaque. O camisa 9 marcou 13 gols, chegou a 97 na carreira e ficou em terceiro lugar na tabela de artilheiros. A campanha do Boca foi a seguinte:

2x3 e 4x4 Huracán
3x2 e 2x4 Velez
4x1 e 2x1 Racing
4x2 e 2x3 River
0x1 e 1x3 Independiente
4x3 e 2x2 San Lorenzo
2x4 e 2x4 Estudiantes

Estudiantes de La Plata - Após terminar o Apertura na penúltima posição, o time veio com uma meta muito modesta. O sonho era vencer duas partidas e terminar o campeonato na sexta posição. Mas as vitórias foram surgindo, surgindo, surgindo e o time ficou sempre na parte de cima da tabela. Os gols também apareceram em profusão, foram 51 anotados na temporada regular (contra 25 do Apertura), o melhor ataque da competição. A defesa, outrora uma peneira (sofreu 42 no Apertura), foi a melhor do Clausura, com apenas 29 gols sofridos. O voo do Estudiantes neste Clausura foi tão alto que a equipe terminou a temporada regular em primeiro lugar, despachou o Independiente nas semifinais e só caiu na final contra o River, cujo revés foi considerado pelos analistas fruto da inexperiência em jogos decisivos. Mesmo assim, o Estudiantes termina o Clausura como vice campeão, sua melhor colocação em qualquer campeonato já disputado na FIFUBO, mas como o grande vencedor deste Torneio. As vitórias eram quase sempre por goleada. Mas o que causou esta reviravolta fantástica? Uma combinação de fatores, começando pela melhora física dos jogadores. O plano de recondicionamento foi cumprido à perfeição. A mudança tática da equipe também é latente. Antes, o Estudiantes entrava em campo para embolar o meio de campo e não deixar o adversário jogar. Agora, cada jogador tem a sua função em campo e a cumpre muito bem. Os atacantes atuam abertos pelas pontas, ora interagindo com os laterais, ora abrindo espaço e tabelando com os armadores. Assim, o Estudiantes abre um leque gigantesco de opções e confunde a marcação adversária. A equipe venceu 10 jogos, empatando 2 e perdendo 2, fazendo 32 pontos e se classificando com 4 rodadas de antecedência. O destaque da equipe foi Enzo Perez. Apesar de Verón ter sido o artilheiro da equipe no campeonato (13 gols, terminando em terceiro na lista), foi no camisa 7 que o Estudiantes encontrou as melhores saídas de jogo. Enzo Perez foi o segundo melhor jogador do campeonato. O time foi tão superior aos demais que teve 6 jogadores na Seleção do Clausura (Andujar, Federico Fernandez, Rodrigo Braña, Enzo Perez, Leandro Benítez e Verón). A campanha espetacular foi a seguinte:

4x1 e 5x2 San Lorenzo
2x0 e 5x1 Huracán
2x3 e 4x1 Velez
2x1 e 4x3 Racing
4x4, 3x5 e 1x5 River
6x2, 2x2, 5x3 e 2x3 Independiente
4x2 e 4x2 Boca

Huracán - De volta a seu lugar na parte intermediária da tabela, o Huracán oscilou muito. Os problemas internos da equipe fizeram com que os jogadores não tocassem a bola uns para os outros. Outrora considerado o ponto forte da equipe, o setor defensivo falhou bastante e isso deixou a equipe sempre distante da zona de classificação. O único a jogar intensamente o campeonato foi Ruben Masantonio que, sozinho, não pôde fazer muito. No primeiro turno, a equipe venceu 2 jogos e perdeu 4. No segundo, já com os problemas internos resolvidos, o time engrenou 3 vitórias seguidas e passou a buscar a classificação. Na última rodada, abriu 2x0 no Independiente, mas sofreu a virada no segundo tempo e ficou fora das semifinais, terminando o campeonato na sétima posição, com 16 pontos (5 vitórias, 1 empate e 8 derrotas). O ataque marcou 34 gols, mas a defesa sofreu 40. O destaque da equipe não poderia ser outro que não o mito Daniel Cigogna. Com 12 gols e 3 indicações como melhor em campo, ele acabou indo como suplente para a Seleção do Clausura, mas acabou jogando de titular porque o atacante titular era Trezeguet, que jogou o All Star Game pelo River. A campanha foi a seguinte:

3x2 e 4x4 Boca
0x2 e 1x5 Estudiantes
2x4 e 4x1 San Lorenzo
4x1 e 4x2 Velez
1x3 e 3x2 Racing
3x6 e 2x3 River
1x2 e 2x3 Independiente

Independiente - A eterna tradição de prometer uma campanha incrível, coroada com o título, e cumprir um campeonato de altos e baixos. Mais uma vez, o Independiente conseguiu uma classificação aos playoffs sem brilho, sendo eliminado nas semifinais. A equipe perdeu seus 3 primeiros jogos e só foi vencer na quarta rodada. Dali, se estabilizou e fez uma campanha com 6 vitórias, 1 empate e 7 derrotas, marcando míseros 27 gols (o pior ataque da competição) e sofrendo 32. A classificação, suada, só foi possível porque os outros times também não arrancavam. Na última rodada, o Independiente precisava vencer o Huracán e torcer por outros resultados. Foi para o intervalo perdendo por 2x0, mas virou incrivelmente para 3x2 e ficou com o quarto lugar. O treinador Bayer percebeu que a equipe não tinha ligação entre a defesa e o ataque. Avisado de que o esperado reforço para a armação não viria, apostou em Gracián e se decepcionou. Com coragem, barrou o camisa 19 e investiu em um meio campo de forte marcação, com 4 volantes para segurar as investidas do adversário e jogando a bola para os atacantes se virarem na frente. A virada épica sobre o Huracán na última rodada deu aos torcedores a impressão de que uma arrancada para o título era possível. A derrota no primeiro jogo das semifinais deu uma freada neste sonho, mas a equipe não se entregou e derrotou o Estudiantes no jogo de volta. Pena que o número de gols não foi suficiente para levá-los à final. O Independiente termina o campeonato em quarto lugar e com a sensação de que se mostrar seriedade desde o início pode, enfim, disputar o título. O destaque da equipe foi Nestor Silvera. Com 15 gols, ele foi o vice artilheiro do campeonato e abriu contagem regressiva para o centésimo gol (chegou a 90). Com 4 indicações como melhor em campo, foi o terceiro melhor jogador do campeonato e foi convocado para a Seleção do Clausura. A campanha do Independiente foi a seguinte:

1x2 e 1x3 Velez
2x3 e 0x2 Racing
2x3 e 3x4 River
2x1 e 3x2 San Lorenzo
1x0 e 3x1 Boca
2x6, 2x2, 3x5 e 3x2 Estudiantes
2x1 e 3x2 Huracán

Racing Club de Avellaneda - Sensação do Apertura, onde terminou como vice campeão, o Racing foi decepcionante neste Clausura. Em nenhum momento se viu aquele futebol brilhante e envolvente que fez os torcedores do clube acreditarem no título. Parece que os jogadores deram tudo no primeiro semestre e cansaram no segundo, tamanha a apatia que se abateu no time. O único consolo da equipe foi ter vencido o Clássico de Avellaneda nos dois turnos. De resto, uma campanha pobre, com 6 vitórias e 8 derrotas, marcando 31 gols e sofrendo igual número de tentos. Os 18 pontos os deixaram na quinta posição, um mísero ponto atrás do Independiente, que ficou com a última vaga nas semifinais. A queda de rendimento da equipe foi latente. O craque Ruben Capria teve brilharecos. Acosta, Martin Simeone, Enrique e Latorre jamais mostraram em campo a fama que lhes precede. Assim, o Racing ficou sempre fora da zona de classificação e protagoniza uma das maiores decepções do ano. Só para se ter ideia do quão pobre foi o futebol apresentado pelo time, o destaque da equipe foi Ruben Capria, que anotou somente 9 gols, o décimo segundo artilheiro do campeonato. Mesmo assim, o Racing conseguiu emplacar o lateral esquerdo Enrique na Seleção do Clausura. A campanha foi a seguinte:

1x3 e 2x3 River
3x2 e 2x0 Independiente
1x4 e 1x2 Boca
3x1 e 2x3 Huracán
2x3 e 3x0 Velez
5x3 e 2x1 San Lorenzo

River Plate - O grande campeão do Clausura fez História. Ao derrotar o Estudiantes na final, o River se tornou a primeira equipe da FIFUBO a conquistar a Tríplice Coroa, desde que este título foi criado. Alguns dias depois, o River vencia também a Supercopa FIFUBO e encerrava o ano de 2017 no que foi chamada de Temporada Perfeita. O time de Nuñez ganhou, simplesmente, todos os campeonatos disputados pelos times argentinos (Torneios Início do Apertura e do Clausura, Torneios Apertura e Clausura, Copa Olé e Supercopa FIFUBO). Nem a primeira derrota no campeonato (2x4 Boca) já na quarta rodada foi o suficiente para trazer alguma crise para a equipe millonaria. O River só terminou em segundo na classificação geral porque fez dois gols a menos que o Estudiantes (49x51), já que fez o mesmo número de pontos do adversário (32), com as mesmas 10 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. Nas semifinais, venceu o Velez duas vezes e, na final, aplicou uma humilhante goleada no Estudiantes para acabar com qualquer sonho e fechar o campeonato com mais um troféu. Ou troféus! O River ganhou não só o Clausura, mas teve o artilheiro e o melhor jogador do campeonato. David Trezeguet foi este destaque, anotando incríveis 28 gols (Silvera, o segundo artilheiro, fez 15) e sendo eleito o melhor jogador da partida em 6 ocasiões. Foi o primeiro jogador de um time argentino a chegar aos 100 gols na FIFUBO (o terceiro na História), mas não parou por aí. Terminou o ano com incríveis 117 gols anotados em sua carreira. Ao contrário do Apertura, o River também teve Pablo Ferrari e José Maria Paz na Seleção do Clausura, o que mostra que nem só dos gols do artilheiro francês vive o super campeão. A campanha espetacular foi a seguinte:

3x1 e 3x2 Racing
4x0 e 3x3 San Lorenzo
3x2 e 4x3 Independiente
3x2 e 2x4 Boca
4x4, 5x3 e 5x1 Estudiantes
6x3 e 3x2 Huracán
5x2, 1x2, 2x1 e 3x0 Velez

San Lorenzo de Almagro - O abençoado time papal foi abandonado. Sempre acostumado a ter o Estudiantes como companhia na parte de baixo da tabela, viu o time de La Plata partir em voo solo e ficou sozinho na última posição desde o início. Ainda sem encontrar a formação ideal, o time de Almagro fixou o 4-3-3, mas jamais teve o entrosamento para tal e, com isso, encerrou o campeonato na última posição, com modestos 8 pontos (2 vitórias, 2 empates, 10 derrotas, 29 gols pró e 47 gols contra), sendo eliminado com três rodadas de antecedência. Curiosamente, foi a partir da eliminação que começou a jogar bem, conseguindo a virada do campeonato sobre o Velez e empatando com o Boca. Como sempre, o destaque da equipe foi Leandro Romagnoli. O camisa 10 marcou 13 gols (terminando em terceiro na artilharia) e foi eleito em 3 ocasiões o melhor em campo, se tornando o armador da Seleção do Clausura. De quebra, chegou a 98 gols e está muito próximo de bater no peito, apontar ao chão e fazer a taunt da Paloma pela centésima vez. A campanha do San Lorenzo foi a seguinte:

1x4 e 2x5 Estudiantes
0x4 e 3x3 River
4x2 e 1x4 Huracán
1x2 e 2x3 Independiente
2x4 e 4x3 Velez
3x4 e 2x2 Boca
3x5 e 1x2 Racing

Velez Sarsfield - De todas as equipes que sempre prometem brigar pelo título, a maior queda foi a do Velez. O time fez uma campanha regular no primeiro turno e se fixou na terceira posição. Mas engrenou quatro derrotas no segundo turno e viu o sonho do título começar a ruir. Menos mal que o equilíbrio no campeonato não o tirou jamais da terceira posição, mas as derrotas constantes davam nos nervos do torcedor. Os problemas no vestiário começaram com Lucas Pratto e logo se estenderam para os demais jogadores. Ninguém colaborava, todo mundo passeava em campo e o time perdia. O caldo entornou de vez na quinta rodada do returno, quando o Velez fez 3x0 no primeiro tempo contra o já eliminado San Lorenzo e permitiu a virada para 4x3. Ainda no campo de jogo, o técnico Tripa Seca pediu demissão. Os jogadores e a diretoria fizeram um pacto e o convenceram a adiar a demissão, pelo menos até o time ser eliminado do campeonato. Classificado em terceiro (21 pontos, 7 vitórias, 7 derrotas, 32 gols marcados e 38 gols sofridos), o Velez caiu nas semifinais com duas derrotas para o River (a quem tinham derrotado na última rodada da temporada regular) e viram seu treinador dizer adeus com duas Copas Olé e duas Supercopas FIFUBO no currículo. Um fim melancólico a um casamento que prometia muitas conquistas. Apesar de Turco Assad ter sido convocado para a Seleção do Clausura (em substituição a David Trezeguet), o destaque da equipe no campeonato foi Dario Hussain. Mesmo com a equipe em crise, o camisa 10 chamou a responsabilidade para si e marcou gols, fazendo 10 no campeonato. A campanha do Velez, terceiro colocado, foi a seguinte:

2x1 e 3x1 Independiente
2x3 e 4x2 Boca
3x2 e 1x4 Estudiantes
1x4 e 2x4 Huracán
4x2 e 3x4 San Lorenzo
3x2 e 0x3 Racing
2x5, 2x1, 1x2 e 0x3 River

CLASSIFICAÇÃO FINAL

1° River Plate
2° Estudiantes de La Plata
3° Velez Sarsfield
4° Independiente
5° Racing Club Avellaneda
6° Boca Juniors
7° Huracán
8° San Lorenzo

ARTILHARIA

1° David Trezeguet (River Plate) - 28 gols
2° Nestor Silvera (Independiente) - 15 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors), Juan Sebastian Verón (Estudiantes) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 13 gols
4° Enzo Perez (Estudiantes) e Daniel Cigogna (Huracán) - 12 gols
5° Gastón Fernandez (Estudiantes), Mauro Boselli (Estudiantes), Pablo Ferrari (River Plate) e Dario Hussain (Velez Sarsfield) - 10 gols
6° Ruben Capria (Racing) - 9 gols
7° Facundo Parra (Independiente), Diego Buonanotte (River Plate) e Turco Assad (Velez Sarsfield) - 8 gols
8° Ruben Masantonio (Huracán), Acosta (Racing) e Federico Insua (Velez Sarsfield) - 7 gols
8° Juan Roman Riquelme (Boca Juniors) e Leandro Benítez (Estudiantes) - 6 gols
9° Diego Latorre (Racing), Martin Simeone (Racing) e Erviti (San Lorenzo) - 5 gols
10° Guillermo Barros Schelloto (Boca Juniors), Hernan Rodrigo Lopez (Estudiantes), Centurión (Huracán), Ariel Ortega (River Plate) e Denis Stracqualursi (San Lorenzo) - 4 gols
11° Diego Cagna (Boca Juniors), Rodrigo Palacio (Boca Juniors), Mauro Milano (Huracán), Daniel Montenegro (Independiente), Marcelo Gallardo (River Plate), Fabian Bordagaray (San Lorenzo), Claudio Hussain (Velez Sarsfield), Lucas Pratto (Velez Sarsfield) - 3 gols
12° Hugo Ibarra (Boca Juniors), José Horácio Basualdo (Boca Juniors), Marcos Angeleri (Estudiantes), Nicolas Minici (Huracán), Walter Ferrero (Huracán), Leandro Gracián (Independiente), Walter Busse (Independiente), Enrique (Racing), Funes Mori (River Plate), Ignacio Piatti (San Lorenzo) e Raul Estevez (San Lorenzo) - 2 gols
13° Damian Escudero (Boca Juniors), Marco Rojo (Estudiantes), Alexis Ferrero (Huracán), Lucas Villarruel (Huracán), Hernan Fredes (Independiente), Lucas Mareque (Independiente), Walter Acevedo (Independiente), Diego Capria (Racing), Gabriel Hauche (Racing), Luis Carlos Fariña (Racing), Eduardo Berizzo (River Plate), Eduardo Coudet (River Plate), Mathias Almeyda (River Plate), Fabian Cubero (Velez Sarsfield) - 1 gol

NOTAS RÁPIDAS

  • 45 jogadores não marcaram gol neste Torneio Clausura
  • Encerrada a competição e o calendário oficial com a Supercopa FIFUBO, a Federação entra em recesso oficial, mas os jogos não param!
  • Amistosos ainda serão realizados até o final do ano, com destaque para o primeiro jogo de seleções da História da FIFUBO, que será disputado ainda durante esta semana ou no próximo domingo. Brasil e França mostrarão o novo rumo que a FIFUBO está tomando. Destaque, também, para o amistoso entre o Dallas Stars e a Seleção da FIFUBO, a aposentadoria do primeiro time argolado da FIFUBO. Ainda teremos mais duas seleções estreando neste ano, com partidas a serem definidas.
  • Teremos, também, a primeira competição de seleções da História da FIFUBO. A Jarra Tropon será um triangular entre Brasil, França e Japão, onde a equipe com mais pontos será declarada a campeã. Se houver empates em pontos, gols pró e gols contra, o título será dividido.
  • Nos bastidores, a FIFUBO pega fogo! A dança das cadeiras no comando técnico atingiu duas equipes.
  • A diretoria do Velez confirmou a demissão de Tripa Seca e aproveitou para demitir, também, seu auxiliar técnico, Parraguez. O novo treinador da equipe é Pearl Jam, que será auxiliado por Ledbetter. Os dois formarão uma dupla nos moldes da junta técnica utilizada pelo Bangu, mas com Pearl Jam confirmado como treinador.
  • Mas Tripa Seca não ficou nem um minuto desempregado. O Boca Juniors, decepcionado com o pior ano de sua história na FIFUBO, demitiu o treinador Sr Rússia. Para o seu lugar, Tripa Seca foi contratado e espera levar para o time de La Boca a mesma filosofia que o levou a ganhar copas pelo Velez. Mas o Boca manteve o auxiliar Buchanan's Special Reserve 7 e, com isso, Parraguez está agora à procura de um novo cargo.
  • A FIFUBO volta oficialmente em 2018. Em janeiro, o Bootecon abrirá o calendário oficial, com os debates, apresentações e relatórios para o ano que se iniciará. Na sequência, a Copa 3 Corações levará a bola ao campo pela primeira vez e, a partir daí, teremos muito futibou de butaum o ano inteiro.
  • O blog continuará, pelo menos com a cobertura do amistoso Brasil x França, da Jarra Tropon e do amistoso de despedida do Dallas Stars. Postagens especiais também serão feitas para apresentar as novas equipes da FIFUBO.

domingo, 10 de dezembro de 2017

Supercopa FIFUBO 2017 - 10/12/2017

O céu abriu neste lindo domingo para brindar o último grande torneio do ano, a Supercopa FIFUBO, que reúne todos os campeões de 2017 para ver quem tem a supremacia. São 5 campeonatos no ano (Copa 3 Corações, Torneio Apertura, Copa Rio, Copa Olé e Torneio Clausura), sendo que os vencedores da Copa 3 Corações e da Copa Rio se enfrentam em quartas de final. O vencedor avança às semifinais e os dois melhores times disputam a final, tudo em eliminatórias. Como o River venceu o Apertura, a Copa Olé e o Clausura, se classificou direto à final e seria campeão até empatando o jogo decisivo. Coube, então, aos vencedores da Copa 3 Corações e da Copa Rio duelarem pela outra vaga na final. Vamos ver como foram os jogos!

VASCO 3x1 BANGU

Campeão da Copa 3 Corações, o Vasco passou por um intenso programa de recondicionamento físico para entrar em condições perfeitas nesta competição. O técnico Antonio Lopes não gostou da demora de Carlos Germano em se reapresentar (estava com a seleção brasileira) e o barrou neste jogo semifinal. Márcio ganharia a vaga no gol, enquanto a dupla de armadores seria Allan Delon e Dominguez. Já o Bangu, campeão da Copa Rio, quer continuar sonhando alto. Outrora saco de pancadas, o time de Moça Bonita vem a campo olhando de igual para igual com o adversário, já que o seu primeiro título na FIFUBO o credencia a atuar entre os melhores.

O programa vascaíno foi perfeito e seus jogadores entraram em campo voando. Bem fisicamente, pecavam nos passes, mostrando que o longo período de inatividade prejudicou bastante a preparação para a Supercopa. Já o Bangu fugiu á sua característica de passes curtos e apostou em bolas esticadas, mas seus jogadores não tinham a velocidade necessária para alcançá-la.

O Vasco joga em contra ataques e, estando bem fisicamente, a combinação fica perfeita. Logo a um minuto, Marinho tentou entrar na área e foi desarmado por Mauro Galvão, que jogou na direita para Maricá. O lateral tocou para Edmundo, que saiu da ponta para o meio e tocou a Dominguez, recebendo de volta na entrada da área. O camisa 10 invadiu a área e chutou alto. A bola ainda tocou no travessão e morreu no fundo das redes: Vasco 1x0.

O gol fazia jus ao melhor futebol apresentado pelo Vasco. Bem organizado, o time se encontrava nos inúmeros passes e ganhava terreno. O Bangu, perdido, só observava. Aos 6 minutos, Márcio cobrou tiro de meta para Dominguez, que recuou a Gilberto. O camisa 6 saiu da ponta para o meio e resolveu atuar na armação. Melhor para sua equipe, pois o passe que deu foi de uma precisão cirúrgica e quem recebeu, na ponta esquerda foi Donizete. O camisa 13 fez a jogada à sua característica. Avançou em velocidade, cortou para dentro e chutou forte, no ângulo de Ricardo Cruz, para fazer Vasco 2x0.

Só com essa desvantagem o Bangu resolveu jogar ao seu estilo e foi assim que encontrou o caminho das redes. Já nos acréscimos, uma sucessão de passes curtos entre Marinho, Mendonça e Zanata foi fazendo o time de Moça Bonita avançar. O último passe, de Zanata para Marinho, encontrou o camisa 7 dentro da área e ele chutou na saída de Márcio para descontar: Bangu 1x2.

No intervalo, Antônio Lopes tirou Tinho e Léo Lima para colocar Rogério Pinheiro e Beto. Já Buchanan's Deluxe 8 tirou Macula e Arturzinho para colocar Messias e André Biquinho.

As mudanças não surtiram efeito e o Bangu continuou desorganizado. O Vasco tocou a bola e estava à espera de uma falha do adversário para matar o jogo. Ela veio aos 7 minutos, quando Claudio Adão não conseguiu pegar o passe de Marinho e Beto interceptou, tocando a Allan Delon. O camisa 28 tocou a Dominguez, que tocou a Edmundo. O camisa 10 tocou a Gilberto e recebeu de volta. Com esse zigue-zague mandando a bola de um flanco a outro, o Vasco foi desmontando a defesa do Bangu. Edmundo recebeu trazendo a bola pro meio e, da entrada da área, chutou rasteiro no canto direito de Ricardo Cruz que, enganado, foi para o outro lado: Vasco 3x1.

RIVER PLATE 1x1 VASCO

Campeão dos Torneios Apertura e Clausura e da Copa Olé, o River não só garantiu a vaga direta na final, como também a vantagem de jogar pelo empate. O cansaço dos jogadores após uma temporada exaustiva é latente, mas Francescoli pediu que eles se esforçassem só mais neste jogo, para encerrarem a temporada perfeita com mais um troféu e partirem, enfim, para merecidas férias. O River foi a campo com 1. Carrizzo; 2. Ferrari, 3. Placente, 4. Paz, 6. Berizzo; 5. Almeyda (c), 19. Diego Armando Barrado, 11. Gallardo; 10. Ortega, 7. Trezeguet e 30. Buonanotte. O treinador Francescoli, auxiliado por Blue Steel, ainda tinha no banco 8. Coudet e 9. Funes Mori

O Vasco, vencedor da Copa 3 Corações, só ganharia o título se derrotasse os rivais. Cansados após jogarem contra o Bangu, tinham modificações no time. 3 dos quatro jogadores do meio de campo foram trocados e o goleiro também. A escalação foi a seguinte: 1. Carlos Germano; 2. Maricá, 3. Tinho, 4. Mauro Galvão (c), 6. Gilberto; 5. Nasa, 7. Léo Lima, 8. Marcelinho, 20. Petkovic; 10. Edmundo, 13. Donizete. O técnico Antonio Lopes, auxiliado por William, tinha no banco 22. Marcio, 18. Thiago Maciel, 14. Rogério Pinheiro, 11. Siston, 12. Bruno Lazaroni, 19. Beto, 28. Allan Delon, 15. Dominguez, 9. Marques e 17. Alex Alves.

Quando a bola rolou, não parecia que o Vasco tinha jogado anteriormente. Descansados, os jogadores corriam muito e, graças a um espetacular nó tático aplicado por Antonio Lopes, não deixaram o River jogar. O Vasco marcava bem no meio de campo e se revezava na marcação a Trezeguet, com Nasa marcando individualmente e, volta e meia, alguém aparecendo na cobertura. Sem se descuidar do ataque, o time saía em velocidade e buscava Edmundo. Com isso, a equipe do Rio de Janeiro mandou 3 bolas na trave no primeiro tempo. O River, após o susto inicial de se ver sem opções, começou a mudar os jogadores de posição para conseguir trocar passes e, assim, conseguiu também mandar 3 bolas na trave.

O único gol do primeiro tempo saiu já nos acréscimos e naquela já tradicional jogada. Donizete partiu para o ataque, mas Ferrari o desarmou, tocando para Ortega na direita. O camisa 10 rolou a Trezeguet no meio e, mesmo marcado por Nasa, o camisa 7 ainda conseguiu encontrar um espaço para chutar forte e vencer Carlos Germano: River 1x0.

No intervalo, Francescoli resolveu apostar na tática que deu certo contra o Estudiantes. Tirou Gallardo e Buonanotte e colocou Coudet e Funes Mori, passando a jogar com 3 volantes e marcando as pontas. Já Antonio Lopes resolveu tirar Maricá e Donizete e colocar Thiago Maciel e Alex Alves.

O segundo tempo continuou de altíssimo nível, com ambas as equipes jogando com qualidade e mandando bolas na trave. O Vasco partia com tudo para o empate e o River se segurava, saindo em contra ataques onde Funes Mori concluía com perigo.

O jogo foi assim até os 8 minutos, quando Marcelinho abriu na esquerda para Alex Alves. O camisa 17 procurou Edmundo, mas o camisa 10 estava marcado. Então, com um toque de gênio, Alex Alves rolou atrás para Nasa entrar como elemento surpresa. Carrizzo saiu desesperado do gol e atingiu o camisa 5. Edmundo chamou a responsabilidade para si e bateu o pênalti no ângulo direito de Carrizzo, que se esticou todo e não alcançou a bola: Vasco 1x1.

Os dois minutos finais foram eletrizantes. Um gol do Vasco faria a taça mudar de mãos. Mas o River conseguiu se segurar e, com Funes Mori segurando a bola na linha de fundo nos segundos finais, a taça ficou assegurada.

RIVER PLATE CAMPEÃO DA SUPERCOPA FIFUBO 2017

A temporada perfeita do River lhe deu as garantias necessárias para poder empatar o jogo decisivo e, diante de um adversário que endureceu a partida, soube se segurar e levar para casa mais um troféu.

O Vasco, vice campeão, sai de cabeça erguida pela ótima campanha, dando a impressão de que se o River não tivesse vantagem, a taça poderia estar em outras mãos agora. Destaque para Edmundo, que marcou 3 gols e se sagrou artilheiro da competição.

O artilheiro da Supercopa FIFUBO, Edmundo, é parabenizado pelo diretor técnico da Federação, Sr Alemanha
"Após a derrota na Copa Rio, deram o Vasco como morto. Nós continuamos trabalhando duro para esta Supercopa. Até em renovação de elenco falaram. Nós caímos de cabeça em pé, invictos e jogando para cima" - Edmundo, após receber o prêmio de artilheiro do campeonato. 

Jogadores e comissão técnica do Vasco, após receberem a medalha de prata
"É um grupo muito bom, que tantas alegrias deu ao torcedor do Vasco em 16 anos. Provamos hoje que podemos jogar de igual para igual com qualquer um" - Antonio Lopes, treinador do Vasco, após receber a medalha de prata.
O presidente da FIFUBO, Batistuta, entrega a Supercopa FIFUBO para o capitão do River, Mathias Almeyda
"Eu não tenho palavras para descrever essa temporada perfeita. Fomos campeões de tudo! Agora, é comemorar e voltar ao trabalho em 2018" - Almeyda, capitão do River, após receber a taça.
Jogadores e comissão técnica do River posam com a Supercopa FIFUBO
"É lógico que estou contente! Esta é a primeira vez que o River conquista a Supercopa FIFUBO! Trabalhamos duro esse tempo todo para colher os frutos deste trabalho. Com jogadores tão bons e uma comissão tão competente, o resultado não podia ser outro" - Francescoli, treinador do River, após a temporada perfeita de sua equipe.
NOTAS RÁPIDAS
  •  Com o encerramento da Supercopa FIFUBO, o calendário oficial da FIFUBO está completo. Mas isso não quer dizer que não teremos mais futibou de butaum esse ano!
  • Durante a próxima semana, Brasil e França vão a campo para o primeiro jogo entre seleções da História da FIFUBO. E, no próximo domingo, teremos um triangular que será o primeiro torneio de seleções.
  • Além disso, um amistoso entre o Dallas Stars e a seleção da FIFUBO será disputado, como um tributo à aposentadoria da primeira equipe argolada que nos representou.
  • Mas as boas notícias não param por aí. Já está confirmada a chegada de uma nova seleção e outra está sendo negociada.