domingo, 26 de abril de 2020

Mundial de Futibou de Butaum 2020 - Segunda Rodada do Grupo C e Terceira Rodada do Grupo A - 26/04/2020

Essa semana foi meio prejudicada, com um dia só para seguir com o Mundial de Futibou de Butaum 2020. A quarentena foi mantida, o Imperatriz Arena manteve as portas fechadas para o público, mas os dois jogos deste lindo domingo de sol foram emocionantes. De quebra, temos o primeiro classificado para as semifinais!

Antes dos jogos, o ciclista Chris Froome foi ao centro do gramado, para dar o pontapé inicial da rodada.

O ciclista Chris Froome exibe o troféu conquistado no Tour da Califórnia e dá o pontapé inicial da rodada.

CAMARÕES 2x3 HOLANDA

Estreando no Mundial, os Leões Indomáveis querem repetir a boa campanha na Liga, onde ocupam a quinta posição e vêm conseguindo bons resultados. Já a Holanda precisa se recuperar da derrota na estreia (2x3 Coreia do Sul) e vencer marcando, no mínimo, dois gols. Assim, poderia ter alguma chance de ficar com uma das vagas nas semifinais como líder do grupo ou melhor segunda colocada.

Foi um jogo bem interessante. Sabendo que nem tudo está perdido, os holandeses buscaram a vitória desde o início. Zenden era bem assessorado por Seedorf, que fez sua melhor partida com a camisa laranja até hoje. O problema estava na frente, pois a bola até chegava a Kluivert, mas o camisa 9 se atrapalhava na hora da conclusão. Bem ao seu estilo, Camarões segurava na defesa e saía em contra ataques perigosos. E foi assim que conseguiu inaugurar o marcador.

Aos 3 minutos, Zenden abriu na ponta para Overmars, que trouxe para dentro e rolou para Kluivert. O camisa 9 se atrapalhou no domínio e foi desarmado por Kana Biyik, que passou a Mbouh na meia direita. O camisa 8 tocou a Oman Biyik no campo de ataque e o camisa 7 recuou, trazendo a marcação consigo. Com um bom passe para o lado direito, encontrou Mfede livre. O camisa 10 recebeu na entrada da área, trouxe para o pé esquerdo e acertou um lindo chute em arco para encobrir Van Der Sar e fazer Camarões 1x0.

A Holanda buscou o empate com todas as suas forças e promoveu um massacre ao gol camaronês. Após bom chute de Zenden, aos 6 minutos, Nkono espalmou para lateral, na esquerda. Kluivert tocou a Zenden dentro da área. Marcado, de costas pro gol, o camisa 10 nem tentou o giro, preferindo devolver para Kluivert. Do bico da área, o camisa 9 trouxe para o pé direito e acertou um chute incrível, no ângulo de Nkono, para fazer Holanda 1x1.

O jogo ficou emocionante. A Holanda saía com cinco jogadores para o ataque e Camarões tinha o contra ataque à disposição. Mas o gol não vinha. Do lado europeu, a bola nos pés de Kluivert sempre acabava perdida, enquanto do lado africano, Mfede parecia em má forma física, incapaz de levar o seu time à frente.

No último lance do primeiro tempo, Seedorf tentou um passe para Kluivert que, novamente, não conseguiu dominar. Kunde ficou com a bola e saiu jogando, mas Bergkamp percebeu que o camisa 6 buscaria o passe para Makanaki e se antecipou, ficando com a bola. Com um passe de gênio, encontrou Overmars no buraco deixado por Kunde na zaga. O camisa 11 recebeu dentro da área, esperou Nkono sair e tocou por baixo, para fazer Holanda 2x1.

No intervalo, Zlatko Dalic trocou Oman Biyik e Makanaki por Roger Milla e Ndip. O meio de campo ficaria mais defensivo, mas a velocidade de Milla compensaria. Já Johan Cruyff reforçou a defesa, tirando Van Bronckhorst e colocando Triton. Também não quis saber de dar salvo conduto por gol marcado. Assim, Kluivert saiu e entrou Jordi Cruyff. Zenden iria jogar como falso 9, enquanto Cruyff e Seedorf faria uma dupla de armação em linha.

O jogo melhorou consideravelmente. Camarões tinha um Roger Milla se movimentando por todo o campo de ataque e levando os defensores holandeses à loucura. Jordi Cruyff entrou bem e se entendeu com Seedorf, enquanto Zenden formava quase que um ataque em linha com Bergkamp e Overmars. Assim, o jogo ficou aberto.

Aos 3 minutos, Zenden tentou uma jogada de ataque e foi desarmado por Pagal, que tocou a Roger Milla no meio de campo. O camisa 9 voltou para buscar o jogo e atraiu a marcação, abrindo um buraco no meio da defesa holandesa. Com um passe, encontrou Ebwelle como elemento surpresa. O lateral camaronês gosta de fazer isso de vez em quando, saindo do lado esquerdo e aparecendo pelo meio. Ao receber a bola nessas condições, partiu em velocidade no meio dos marcadores e, da meia lua, chutou rasteiro e no canto de Van Der Sar, para fazer Camarões 2x2.

O resultado eliminava os holandeses e isso deixava os jogadores nervosos em campo. Foi quando, lá de fora, o treinador pediu para o craque do time assumir o protagonismo. Aos 8 minutos, Seedorf tocou a Bergkamp, que tocou a Zenden, que tocou a Overmars e, assim, eles ficaram dando toques infrutíferos na intermediária. Johan Cruyff gritava para Zenden usar a genialidade que o levou a ser chamado de o melhor jogador de futibou de butaum do mundo. O camisa 10 deu um giro e se desmarcou, aparecendo próximo à meia lua e pedindo a bola. Overmars lhe passou e Zenden, ao dominar, viu Massing de frente para ele. Até então, o camisa 4 vinha se saindo brilhante no duelo contra o 10 adversário, mas desta vez quem se deu bem foi Zenden. Com um lindo drible, deixou Massing no chão e, pouco antes da meia lua, acertou um chute incrível. Nkono se esticou todo, mas não encontrou a bola: Holanda 3x2.

Destaque do jogo: Dennis Bergkamp. O camisa 7 mostrou toda a sua habilidade no jogo de hoje. Com a Holanda ameaçada de uma eliminação precoce, Bergkamp se desmarcou, pediu a bola, driblou, passou, levou o time à frente e participou de dois dos três gols da equipe. Um gigante.

JAPÃO 0x1 ALEMANHA

Campeão em 2018 e vice em 2019, o Japão perdeu feio na primeira rodada (0x3 França). Para evitar uma eliminação precoce, tem que vencer e fazer, no mínimo, 4 gols. Assim, o técnico Sr. Mikami pediu aos jogadores que tentem jogar de forma organizada até os cinco minutos e, se não conseguirem a vantagem necessária, que comecem a chutar de qualquer forma para o gol adversário. A Alemanha venceu na estreia (2x0 França) e só precisa de um empate para avançar. O técnico Lothar Matthaus alerta para o poderoso ataque rival.

Foi um jogo ruim de dar dó. Os japoneses parecem não terem vindo para a disputa deste Mundial. Lentos, preguiçosos e desatentos, erravam tudo o que tentavam. A Alemanha também não se esforçou, pois sabia que o adversário não traria perigo.

As coisas pioraram para os japoneses quando, aos 3 minutos, Jun Misugi fazia uma falta quadrupla e era expulso de campo. Mesmo que o Japão avançasse, Misugi (MVP em 2018) estaria fora do Mundial, pois seria suspenso por dois jogos. Como ninguém fez nada na primeira etapa, o placar não saiu do zero.

No intervalo, Sr. Mikami tirou Soda e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta. O sacrificado seria o lateral esquerdo. O Japão voltaria a ter um meio de campo em losango e ficaria com três zagueiros. Lothar Matthaus tirou Marco Reus e Lukas Podolski para colocar Draxler e Mario Goetze. O treinador alertou aos seus jogadores de que uma vitória japonesa marcando até 3 gols classificaria a França, então era bom a Alemanha matar o jogo logo.

E assim foi feito. A Alemanha voltou mais atenta e organizada. Draxler entrou na meia direita e Toni Kroos foi recuado um pouco e passou a jogar do lado esquerdo. A equipe ganhou o meio de campo e, com Goetze inspirado na frente, passou a ter gente para movimentar as jogadas.

O gol da vitória veio aos 2 minutos, após uma cobrança de tiro de meta de Neuer encontrar Draxler na meia direita. O camisa 14 avançou até o campo de ataque e tocou para Klose na entrada da área. Com um drible, o camisa 11 se livrou de Takasugi, invadiu a área e acertou um lindo chute colocado, tirando a bola de Wakabayashi e fazendo Alemanha 1x0.

Finalistas dos dois Mundiais anteriores, com o MVP e o artilheiro nas duas edições, o Japão é eliminado na primeira fase, sem marcar um gol sequer.

Destaque do jogo: Miroslav Klose. O camisa 11 se movimentou muito bem no primeiro tempo e desperdiçou algumas chances. Com a maior movimentação alemã na segunda etapa, teve mais oportunidades e, logo no início, fez o gol que deu à sua equipe a vitória.

NOTAS RÁPIDAS

  • Com os resultados deste domingo, a Alemanha é a primeira equipe classificada para as semifinais.
  • Por outro lado, o Japão se junta à Inglaterra, como equipes já desclassificadas do Mundial.
  • O resto é uma incógnita total. No grupo B, Argentina e Brasil decidirão quem é o vencedor do grupo, enquanto no C, está tudo embolado. Além de ver quem serão os classificados diretamente, é preciso ver o melhor segundo colocado e, aí, a disputa está mais embolada ainda.
  • Os dois jogos decisivos serão disputados no próximo sábado. No domingo, as semifinais.
  • O milestone da rodada vai para Louis Mfede. Ao inaugurar o placar do domingo, ele chegou a 10 gols com a camisa de Camarões.

LMC - TOUR DA CALIFÓRNIA

Neste sábado (25/04), se encerrou o Tour da Califórnia, uma competição emocionante, com seis vencedores diferentes nas seis etapas e emoção até o final. A edição de 2020 também teve muitos abandonos, fruto dos ventos fortes que atingiram algumas etapas e de várias quedas, envolvendo muitos ciclistas. Dos 32 que largaram na primeira etapa, 6 abandonaram a prova (sendo 2 na última etapa) e somente 26 cruzaram a linha de chegada final. 12 ciclistas chegaram ao final com chances de título.

A sexta e última etapa foi decepcionante. Os ciclistas não se esforçaram, não tentaram a fuga e nem se organizaram em pelotão, parecendo mais um passeio ciclístico do que uma corrida. Sempre próximos e em ritmo diminuto, jogaram para o final da prova para ver o que aconteceria.

Quem começou a se destacar na parte final foi Fabio Aru. O italiano da Liquigás aumentou o ritmo, ninguém o acompanhou e ele venceu com relativa folga. Completando a dobradinha italiana e da Liquigás, Danilo Di Luca chegou na segunda posição e comemorou muito, achando que tinha conquistado o título. A disputa de verdade se deu na terceira posição e, ali, Oscar Freire fez valer o seu talento no sprint. O espanhol da Rabobank conseguiu bater os rivais e ficou com a última vaga no pódio.

A alegria de Di Luca, no entanto, acabou se transformando em tristeza. Com um último esforço, o inglês Chris Froome (Sky) conseguiu chegar em sexto e, com aquele solitário ponto conquistado no apagar das luzes, conquistou o título do Tour da Califórnia 2020. Foi o primeiro título geral de Froome, que havia vencido o prêmio de montanha no Tour de France 2019. Ele e Vincenzo Nibali lideravam a competição empatados e quem chegasse na frente seria o campeão. Mas Nibali sofreu uma queda no meio da prova e, com muitas dores, foi incapaz de brigar pelo título, cruzando a linha de chegada na décima segunda posição e ficando com o vice campeonato. Danilo Di Luca ficou com o terceiro lugar no pódio final.

O pódio da sexta e última etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o italiano Fabio Aru (Liquigás). Um pouco abaixo, o também italiano Danilo Di Luca (Liquigás), segundo colocado. Mais abaixo, o espanhol Oscar Freire (Rabobank), terceiro colocado.

O prêmio de montanha ficou com Murilo Fischer, com uma mistura de sentimentos. À alegria de, pela terceira vez nas quatro últimas provas subir ao pódio (campeão panamericano e campeão de montanha no Giro D’Italia e no Tour da Califórnia), se sobrepõe a decepção de ser o primeiro campeão de montanha da LMC a não cruzar a linha de chegada na última etapa. Por lesão, o brasileiro da Française De Jeux abandonou na quinta etapa. Pelo Regulamento Geral de Competições da LMC, o ciclista que vencer o prêmio de montanha não precisa completar a competição para ser declarado campeão, o que não é o caso do campeão geral.

O brasileiro Murilo Fischer (Française De Jeux), campeão de montanha do Tour da Califórnia 2020.

Os norte americanos ficaram extremamente decepcionados com a apresentação de Lance Armstrong. O único ciclista local havia sido o campeão em 2019, levando os torcedores ao delírio, mas nesta competição não teve uma apresentação que indicasse que disputaria o título, jamais chegou ao pódio e saiu com apenas um ponto, conquistado em uma meta volante.

A liderança do ranking continua com Marcel Kittel. Os ciclistas partem para a França, onde vão disputar o Criterium du Dauphiné, uma prova preparatória para o Tour de France.

O pódio final do Tour da Califórnia 2020. No alto, com o troféu de campeão, o inglês Chris Froome (Sky). Um pouco abaixo, o italiano Vincenzo Nibali (Astana), vice campeão. Mais abaixo, completando a dobradinha italiana, Danilo Di Luca (Liquigás), terceiro colocado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!