sábado, 11 de abril de 2020

Copa Olé 2020 - Final - 11/04/2020

Sábado, dia 11 de abril de 2020. Um dia frio, de céu nublado e ameaça constante de chuva. Um Imperatriz Arena vazio. Véspera de Páscoa. Mas é dia de decisão. Hoje vamos conhecer o campeão da Copa Olé! Ao final do jogo, uma equipe terá motivos de sobra para gritar "aleluia!" neste dia tão especial. Quem levará o título?

River Plate e Independiente no campo do Imperatriz Arena. Em jogo, o título da Copa Olé.
O River Plate buscava sua segunda taça na competição. Campeão em 2017, o time de Nuñez chegou à decisão após superar o Estudiantes nas quartas de final por 4x1 e o Velez Sarsfield nas semifinais por 1x0.

O River foi a campo com 1. Carrizzo; 2. Pablo Ferrari, 3. Placente, 4. José Maria Paz, 6. Berizzo; 5. Almeyda (c), 19. Diego Armando Barrado, 11. Gallardo; 10. Ortega, 7. Trezeguet e 30. Buonanotte. O técnico Francescoli, auxiliado por Blue Steel, tinha no banco de reservas 8. Coudet, 9. Funes Mori e 23. Ponzio.

O Independiente busca o tricampeonato na competição. Campeão em 2012 e 2018, o time de Avellaneda chegou à final após superar o Huracán nas quartas de final por 2x1 e o Boca Juniors nas semifinais por 3x0.

O Independiente foi a campo com 1. Hilario Navarro; 2. Vella, 4. Matheu, 6. Tuzzio (c), 3. Mareque; 5. Montenegro, 8. Fredes, 7. Busse, 19. Gracián; 17. Facundo Parra, 11. Nestor Silvera. O técnico Bayer, auxiliado por Madrepérola B, tinha no banco 9. Gandin, 10. Mauro Burruchaga e 12. Acevedo.

O árbitro da partida foi Leonardo Gaciba, auxiliado por Carlos Eugênio Simon.

O ciclista Murilo Fischer dá o pontapé inicial da decisão.

RIVER PLATE 3x1 INDEPENDIENTE

A final da Copa Olé foi histórica. Lamentável a quarentena ter estragado e o público não ser permitido no estádio, pois seria uma festa completa. Mas, dentro de campo, as duas equipes entregaram uma verdadeira decisão. Um jogo técnico, de altíssimo nível, com lances emocionantes do início ao fim. Se uma equipe atacava com perigo por um lado, a outra respondia no lance seguinte. Um jogo digno da grandeza dos dois clubes.

O primeiro gol saiu logo com um minuto. O River deu a saída com Gallardo e Trezeguet tabelando, mas Montenegro se antecipou e ficou com a bola, sendo derrubado por Trezeguet. O camisa 5 cobrou a falta para Busse na meia esquerda e o camisa 7 lançou Silvera na ponta. O camisa 11 avançava pela intermediária do River quando Ferrari deu um carrinho e mandou a bola a lateral. O próprio Silvera cobrou para Busse, que devolveu ao camisa 11. No bico da área, Silvera fez que ia chutar forte, mas mandou um lindo chute colocado, que encobriu Carrizzo e fez Independiente 1x0.

Como dito anteriormente, se uma equipe fazia algo de um lado, a outra respondia no lance seguinte. Assim, o River empatou na saída de bola. Eram 2 minutos de jogo quando Gallardo fez o "toca y me voy" com Trezeguet e recebeu de volta na meia esquerda. O camisa 11 chamou o camisa 7 para tabelar com ele e lhe devolveu a bola na entrada da área. Trezeguet recebeu, driblou Matheu e fez um chute colocado incrível, que encobriu Navarro e deixou tudo igual: River 1x1.

A partida continuou emocionante. O Independiente tinha a defesa bem armada e saía com Gracián tocando para Parra e Silvera desperdiçarem. O River tinha o time mais aberto, mas tocava de pé em pé e buscava os atacantes para a conclusão. A decisão era sensacional.

Já nos acréscimos, o Independiente desperdiçou ótima chance, quando Parra tocou e Silvera chutou por cima do gol. Aquilo foi fatal, pois o River fez a sua jogada mais clássica. Carrizzo cobrou o tiro de meta para o meio do campo, encontrando Gallardo. O camisa 11 trouxe para o lado direito e abriu na ponta para Ortega. O camisa 10 trouxe para o meio e rolou para Trezeguet no comando de ataque. Da meia lua, o camisa 7 ajeitou e desferiu um potente chute, que entrou com violência no canto de Navarro: River 2x1.

No intervalo, Gallardo tirou Barrado e Buonanotte para colocar Ponzio e Funes Mori. Bayer foi para o tudo ou nada, sacando Busse e Parra para colocar Mauro Burruchaga e Gandin.

Burruchaga incendiou o jogo novamente. O camisa 10 entrou para jogar como segundo volante, mas saindo mais para auxiliar Gracián na armação e foi exatamente isso que fez. Com boas tabelas, principalmente com Silvera, Burruchaga chegou várias vezes ao ataque, acertou a trave uma vez e obrigou Carrizzo a fazer defesas difíceis em outras ocasiões. Silvera também fez o goleiro adversário trabalhar duro, assim como Gandin, infernizando com suas arrancadas pela ponta direita.

O River também melhorou com as mudanças. Ponzio entrou, novamente, em uma excelente situação. Com um poder de marcação maior, o camisa 23 ajudava a fechar a entrada da área e permitia Berizzo a sair pela lateral esquerda, criando boas situações para Trezeguet e Funes Mori concluírem.

O gol do título veio aos 7 minutos e da maneira tradicional do River. Após Gracián chutar para fora, Carrizzo cobrou o tiro de meta para Gallardo no meio de campo. O camisa 11 trouxe para a direita e abriu para Ortega na ponta. O camisa 10 trouxe para o meio e rolou para Trezeguet na meia lua. O camisa 7 driblou Montenegro, trazendo a bola para o pé esquerdo, e chutou com força no ângulo de Navarro, para coroar sua grande final com um hat trick: River 3x1.

RIVER PLATE CAMPEÃO DA COPA OLÉ 2020

A partida épica teria que coroar um - e somente um - campeão. E este foi o River. A equipe de Nuñez jogou com autoridade ante um adversário difícil, soube botar a bola no chão ao iniciar o jogo perdendo e, voltando ao estilo que o consagrou como o "Barcelona do Futibou de Butaum", tocou de pé em pé até encontrar os gols que lhe garantiu a segunda Copa Olé de sua História.

Criticado por não ter feito um gol sequer, Trezeguet mostrou por que é o maior artilheiro da História da FIFUBO, agora com 136 gols. Fez logo três na final e só não saiu nos braços da torcida porque não havia torcida no estádio.

"Nós somos uma equipe. Quando um não está bem, o outro cobre. É assim que funciona. De pé em pé, vamos tocando a bola e nos ajudando. Se não tinha feito nenhum gol até agora, outros jogadores marcaram e nos levaram à final. E aí foi a minha vez. Este hat trick vai para os meus companheiros, que me ajudaram nas horas mais difíceis e, agora, podem comemorar comigo mais uma conquista." - David Trezeguet, em entrevista após o jogo.

O Independiente foi gigante. Com uma campanha incrível na Copa Olé, os jogadores resgataram a aplicação tática que lhes fez famosos na FIFUBO e, por muito pouco, não os levou ao título. Apesar da diferença de dois gols no placar, o time de Avellaneda jogou de igual para igual com o River e poderia também ter saído com o título. Os gols de Silvera foram fundamentais, mas infelizmente, a taça não veio. É a terceira final seguida de Copa Olé que o Independiente joga e a segunda derrota consecutiva.

Jogadores e comissão técnica do Independiente, após receberem a medalha de prata.

Os gols de Silvera, aliás, foram de suma importância para a campanha da equipe. Ele marcou contra Boca Juniors e River Plate e encerrou a competição como artilheiro, com 4 gols.

"Fico feliz pelos gols que marquei e por ser premiado artilheiro da competição. Mas trocaria tudo isso pelo título. Quando eu visto esta camisa, é para dar o meu melhor para o time, não para obter recordes pessoais." - Nestor Silvera, compartilhando sua tristeza pela perda do título.

O diretor técnico da FIFUBO, Sr Alemanha, parabeniza o artilheiro da Copa Olé, Nestor Silvera, pelos 4 gols na competição.

Por outro lado, o River é só alegria. Ao derrotar Estudiantes, Velez Sarsfield e Independiente, a equipe de Nuñez volta a conquistar o título da Copa Olé após 3 anos, chega ao seu décimo segundo título na FIFUBO, diminui a diferença pro Vasco (que tem 14) e, de quebra, conquista a vaga da Copa Olé na decisão da Supercopa FIFUBO, no final do ano, contra o Imperatriz.

"Nós sabíamos que iriamos enfrentar uma grande equipe, que vinha jogando um futebol eficiente e havia derrotado o Boca com autoridade. Mas nós somos o River Plate! Quem veste essa camisa, está acostumado a grandes desafios e sabe que tem que suar sangue para trazer a vitória. A grandeza do clube fala por si. Soubemos jogar com essa magia que vem junto com a camisa e derrotamos um grande adversário. E agora é só comemorar!" - Enzo Francescoli, treinador do River, após o apito final.

O presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta, entrega o troféu da Copa Olé 2020 ao capitão do River, Mathias Almeyda.

E com isso encerramos a Copa Olé. O campeão foi coroado, as duas copas de clubes foram realizadas e, agora, os campeões se preparam para a disputa da Supercopa FIFUBO no final do ano. Com isso, as seleções voltam ao protagonismo, com a disputa do Mundial de Futibou de Butaum, que começará no final de semana que vem.

Jogadores e comissão técnica do River Plate posam com o troféu da Copa Olé 2020.

LMC - Campeonato Panamericano

O Campeonato Panamericano de 2020 foi disputado na Colômbia, já que o campeão de 2019 foi Fernando Gaviria. 6 ciclistas brigaram pelo título em um circuito longo, com duas subidas de 6%, sendo uma logo no início do percurso e a outra, na metade. A prova deste ano foi desenhada para uma chegada em sprint e a disputa ocorreu em meio a um dia frio, com ameaça constante de chuva e ventos fortes em alguns trechos. Com tão poucos ciclistas e uma prova longa, fica difícil formar um pelotão. É mais comum ver os ciclistas partindo solo, cada um usando as suas táticas e imprimindo seu ritmo. O grupo da frente era formado por Francisco Chamorro, Murilo Fischer e Rafael Andriato. Lance Armstrong vinha um pouco atrás, mas não muito longe, junto com Fernando Gaviria. Luciano Pagliarini, parecendo ter problemas físicos, estava muito distante dos demais, mostrando que faria só figuração na corrida.

Na chegada da segunda montanha, Fernando Gaviria sofreu uma queda, levantou e voltou à prova, mas sentia muitas dores e fez somente o necessário para não abandonar. Foi alcançado por Luciano Pagliarini, não teve forças para disputar com ele e chegou em sexto e último lugar, frustrando completamente os torcedores locais. Após a última montanha, os ciclistas começaram a diminuir o ritmo, se poupando para o sprint final. Foi nessa hora que a estratégia de Murilo Fischer mostrou-se eficaz. Ao invés de se poupar, o brasileiro da Française De Jeux aumentou o ritmo, atacou e ninguém foi capaz de incomodá-lo. Murilo Fischer, que havia acabado de conquistar o título de montanha no Giro D’Italia, mostrou estar em excelente forma e conquistou o Campeonato Panamericano com sobras, sua terceira vitória em 2020, o quarto título na LMC e a incrível marca de 21 pódios na carreira.

Com a vitória de Fischer selada, a disputa pelas medalhas de prata e bronze esquentou. Rafael Andriato e Francisco Chamorro são sprinters e tudo indicava que a briga seria entre eles. Mas ninguém contou com a aceleração espetacular de Lance Armstrong. Os três ciclistas disputaram ombro a ombro os dois lugares restantes no pódio e Chamorro acabou tocado, indo ao chão. Rafael Andriato (Imperatriz) fez valer suas características e bateu Lance Armstrong na disputa pelo segundo lugar, formando a dobradinha brasileira no pódio. Ao americano da USPS, restou a terceira posição.

O TCB foi acionado e entendeu que, apesar de ser uma disputa por posições em sprint, Andriato e Armstrong teriam alguma culpa no acidente de Chamorro. Mas a punição foi de pontos de esforço. Como o Panamericano é uma prova única, não há como eles cumprirem a pena, então as posições foram mantidas. Chamorro reclamou, mas acabou ficando com a quarta posição.

Em 2019, o pódio foi formado por Fernando Gaviria, Francisco Chamorro e Luciano Pagliarini. Com o pódio de 2020 formado por Murilo Fischer, Rafael Andriato e Lance Armstrong, o Panamericano teve uma renovação de 100% e, agora, todos os ciclistas que o disputam já conseguiram uma medalha. Com a dobradinha brasileira no pódio, o Campeonato Panamericano de 2021 será no Brasil.

Os ciclistas, agora, se preparam para a prova mais difícil da LMC. A Copa do Mundo será disputada no meio da semana que vem e promete fortes emoções.


O pódio do Campeonato Panamericano de Ciclismo. No alto, o brasileiro Murilo Fischer (Française De Jeux), com o troféu de campeão. Um pouco abaixo, o brasileiro Rafael Andriato (Imperatriz), com a medalha de prata. Mais abaixo, o norte americano Lance Armstrong (USPS), com a medalha de bronze.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!