domingo, 8 de março de 2020

Liga FIFUBO 2020 - Sexta Rodada - 08/03/2020

Domingo, 8 de março de 2020, Dia Internacional da Mulher. A FIFUBO celebra a parabeniza este ser maravilhoso, que encanta e domina o mundo. As mulheres, que sempre lotaram o Imperatriz Arena e prestigiaram as competições do futibou de butaum e do ciclismo (e foram alvo de uma arte aqui do blog, que você confere clicando aqui), aproveitaram o lindo domingo de sol e céu azul para virem mais uma vez. Os atletas também queriam homenagear as donas do mundo e entregaram dois espetáculos de primeira grandeza.
Antes do começo dos jogos, o ciclista Romain Bardet foi ao centro do gramado, para dar o pontapé inicial da rodada. Tal honraria lhe foi concedida após seu triunfo na Milan Sanremo 2020.

O ciclista Romain Bardet exibe o troféu conquistado ao vencer a Milan Sanremo 2020 e dá o pontapé inicial da rodada.

BRASIL 3x2 HOLANDA

Preocupado com a campanha aquém de suas possibilidades, o selecionado brasileiro vem a campo para uma partida difícil. Para a partida de hoje, Dorival Junior deu uma chance a Ronaldinho Gaúcho, levando-o ao time titular no lugar de Alex. Já a Holanda também tem sua preocupação. A equipe começou mal a competição, perdendo seus dois primeiros jogos, mas já tem outros dois de invencibilidade. Mesmo empatando na última rodada (0x0 Japão), a exibição holandesa foi boa e empolgou seus torcedores para tirarem este incômodo adversário que é o Brasil, que os derrotou no Mundial 2019 (1x3) e na decisão do Torneio Início (0x2).

Foi um jogo espetacular. As duas equipes jogavam com inteligência, de pé em pé, criando jogadas impressionantes. O Brasil atacava com Rivaldo e Denilson de um lado e Ronaldinho e Ronaldo do outro, desperdiçando boas oportunidades, enquanto a Holanda fazia o jogo fluir de Zenden para as pontas, procurando sempre o centroavante no meio da defesa.

O primeiro gol do jogo veio aos 3 minutos, após Carlos Germano cobrar tiro de meta para a meia esquerda. Rivaldo recebeu, avançou até o campo de ataque e passou a Denilson, nas costas de Seedorf. O camisa 17 correu com a bola até a proximidade da grande área e desferiu um chute cruzado incrível, vencendo Van Der Sar e fazendo Brasil 1x0.

No intervalo, Dorival Junior fez uma aposta ousada. Tirou Zé Roberto e Ronaldo para colocar Roque Junior e Alex. Roque Junior iria para a defesa, Edmilson e Kleberson ficariam como volantes mais recuados, Alex faria a armação com Ronaldinho e Rivaldo jogaria de centroavante. Johan Cruyff tirou Heitinga (que levava um baile de Denilson) e Seedorf (que não armava e deixava espaços atrás) para colocar Triton e Jordi Cruyff. O meio de campo ficaria meio torto, com três canhotos, mas esperava ganhar em qualidade.

As mudanças mudaram o jogo consideravelmente. A Holanda empatou logo na saída de bola, quando Zenden fez o "toca y me voy" com Jordi Cruyff. A qualidade do passe do filho de Johan Cruyff é impressionante. A bola que ele tocou a Zenden na meia direita foi tão perfeita, que o camisa 10 dominou já trazendo para o pé esquerdo. Da intermediária, acertou um chute rasteiro e cruzado que lembrou muito o de Rivaldo contra a mesma Holanda em 1998. Quando mais Carlos Germano se esticava, mais a bola ia e mais o gol parecia se alargar. Eram 30 segundos de jogo quando o belo chute de Zenden encontrou o fundo das redes de Carlos Germano e a Holanda empatava em 1x1.

Mas Dorival Junior também foi muito feliz em suas mudanças e o Brasil empatou logo na saída. Com Edmilson como primeiro volante, Kleberson pôde participar mais da armação e, com um minuto de jogo, Rivaldo fez com ele o "toca y me voy". Quando o camisa 15 devolveu para Rivaldo na esquerda, o camisa 10 tentou avançar até a entrada da área, mas Triton entrou de carrinho e lhe desarmou. Por jogar mais adiantado no segundo tempo, Kleberson estava próximo para pegar o rebote. O camisa 15 ajeitou para o pé direito e, da intermediária (seu local favorito para chutar), acertou um chute incrível que aliou força e jeito, para acertar o ângulo de Van Der Sar e fazer Brasil 2x1.

O jogo ficou emocionante. Rivaldo não funcionou como centroavante, porque atuava muito recuado. Só que, centralizado, fazia uma boa trinca na armação, com Ronaldinho na direita e Alex na esquerda. Os três trançavam bolas e chegavam de trás para concluir, enquanto Denilson infernizava com os dribles pela esquerda. Com a entrada de Jordi Cruyff, Zenden tinha com quem dialogar na armação e podia criar tabelas pelas pontas, onde Bergkamp e Overmars atuavam bem e serviam a Kluivert no centro.

O empate veio aos 6 minutos, na clássica jogada do River Plate. Van Der Sar cobrou o tiro de meta para Zenden, no meio do campo. O camisa 10 trouxe a bola para a direita e lançou Bergkamp na ponta. O camisa 7 recebeu a bola, trouxe para o meio e tocou a Kluivert no comando de ataque. O camisa 9 recebeu de frente para Edmilson, deu um corte para a direita e acertou um incrível chute em arco, que surpreendeu Carlos Germano e fez Holanda 2x2.

A partir daí, o jogo ganhou em emoção. O Brasil atacava e a bola passava a milímetros do gol; a Holanda respondia e Carlos Germano operava um milagre; o Brasil voltava a atacar e a trave salvava Van Der Sar; a Holanda respondia e o atacante chegava centésimos de segundo atrasado para a conclusão.

O jogo se aproximava do fim quando Rivaldo obrigou Van Der Sar a fazer duas ótimas defesas. Eram 9 minutos de jogo quando o camisa 10 cobrou o escanteio para o segundo pau. Alex subiu mais que a defesa e desferiu uma cabeçada indefensável, dando números finais a um ótimo confronto: Brasil 3x2.

Destaque do jogo: Kleberson. No primeiro tempo, atuou como primeiro volante e teve dificuldades com o ataque holandês. No segundo, como segundo volante, atuou mais próximo dos armadores e cresceu na partida. A qualidade no passe foi essencial para o Brasil ir à frente e sua proximidade com os homens de frente lhe permitiu estar no lugar certo para pegar o rebote e colocar sua seleção na frente novamente.

COREIA DO SUL 4x2 CAMARÕES

Após perderem a invencibilidade na FIFUBO na última rodada (1x2 Alemanha), os sul coreanos ficaram um pouco deprimidos, mas a palestra do treinador Kozo Kira foi o suficiente para eles perceberem que aquela era uma lição que deveriam aprender, se quisessem voltar ao caminho das vitórias. Já Camarões mostra a cada dia que passa que deixou de ser um saco de pancadas. Com vitórias sobre França (2x0) e Argentina (2x1) e um empate com o Brasil (2x2) na última rodada, os africanos são temidos hoje na Liga e querem assim se manter.

Quem vê o placar acha que a Coreia do Sul goleou com facilidade, mas se engana completamente. Pode-se dizer com tranquilidade que foi o melhor jogo da rodada, talvez até da Liga. As duas equipes fizeram uma partida incrível, de pura emoção para os torcedores presentes. A Coreia do Sul propunha o jogo e chegava com qualidade, enquanto Camarões esperava a oportunidade para sair em velocidade e envolver os adversários com toques rápidos. Mas, no início, os camaroneses não acertavam a marcação no meio de campo e era por ali que os asiáticos criavam.

O primeiro gol veio em uma falha. Nkono já tinha errado uma saída e Lee Young-Un foi bloqueado na hora do chute fatal. O goleiro camaronês pegou de novo e abriu para Makanaki na esquerda. Mas Pagal estava na meia lua e achava que era para ele o passe, tentando dominar a bola e não conseguindo. A bola caiu aos pés de Joo Sung, de frente pro gol. O camisa 9 acertou um chute incrível, no estilo de Hyuga, e apresentou ao mundo o South Tiger Shot: Coreia do Sul 1x0, aos 3 minutos.

Camarões não se acanhou com a desvantagem. O treinador conseguiu, na base dos berros, arrumar a marcação no meio e deixou pouco espaço para os sul coreanos continuarem a sua festa. A arrumação do meio também permitiu a equipe sair de forma mais organizada para o ataque e eles passaram a atacar com os meias abertos (Mbouh e Makanaki) rolando para Oman Biyik, que deixava a bola correr para se livrar da marcação de Sano e chutava com perigo.

Aos 8 minutos, veio o empate desta forma. Nkono repôs a bola para a meia direita, encontrando Mbouh. O camisa 8 tabelou com Mfede para chegar até a intermediária de ataque e, dali, rolou para Oman Biyik no meio. O camisa 7 deixou a bola correr para o lado esquerdo, se livrando de Sano mais uma vez e chutando da entrada da área, de pé esquerdo. Desta vez, a bola foi no cantinho e Wakashimazu não encontrou: Camarões 1x1.

Na saída de bola, Jayeon fez o "toca y me voy" com Kazuo Tachibana e recebeu na ponta esquerda, mas uma bola muito esticada. O camisa 10, então, se livrou de Tataw, entrou na área correndo pela linha de fundo e viu Nkono sair. Jayeon rolou no meio para Kazuo Tachibana e Massing surgiu, afastando a bola. Mas, na ânsia de fechar o ângulo, Nkono acabou dando uma rasteira em Jayeon e o juiz Nestor Pitana marcou pênalti. Jayeon cobrou no ângulo direito de Nkono, que foi para o outro lado: Coreia do Sul 2x1, aos 10 minutos.

O primeiro tempo se encerrava e a Coreia do Sul já contabilizava a vitória, mas Camarões ainda tinham a saída de bola. Nos acréscimos, Mfede fez o "toca y me voy" com Pagal e recebeu de volta na meia direita. Trazendo a bola para o pé esquerdo, o camisa 10 conseguiu avançar até a entrada da área e, com um lindo chute cruzado, acertou o ângulo de Wakashimazu, para fazer Camarões 2x2.

No intervalo, Kozo Kira tirou Sano e Lee Young-Un para colocar Kishida e Taki. Zlatko Dalic tirou Pagal e Oman Biyik (que jogava bem, mas cansou) para colocar Ndip e Roger Milla.

O segundo tempo foi de mais emoção ainda. As duas equipes atacavam com inteligência, cada uma mantendo o seu estilo, desperdiçando ótimas oportunidades de lado a lado. Parecia um jogo de xadrez e, quem fizesse o movimento certo, levaria a vitória.

E foram os asiáticos quem fizeram tal jogada. Aos 8 minutos, Mfede abriu para Mbouh na direita e o camisa 8 rolou para Roger Milla, que já havia feito essa jogada e levado perigo. Kishida já tinha ficado na marcação, mas Kazuo Tachibana apareceu de surpresa e conseguiu interceptar o passe. Abrindo na esquerda, Kazuo tocou a seu irmão Masao Tachibana na meia e o camisa 7 se mandou para o contra ataque. Com um belo passe, encontrou Taki próximo à entrada da área. O camisa 13 avançou, driblou Massing para entrar na área e chutou forte na saída de Nkono, fazendo Coreia do Sul 3x2.

Com apenas dois minutos para jogar, Camarões tratou de ir para o ataque, deixando os contra ataques para uma Coreia do Sul muito organizada. O jogo ficou mais eletrizante do que estava até então. Já corriam os acréscimos quando Nakanishi afastou uma bola da área e Jayeon acionou Kazuo Tachibana na meia direita. No meio de campo, o camisa 8 foi derrubado por Makanaki e cobrou a falta rápido, com um lançamento para o lado esquerdo do ataque. Quem recebeu foi Urabe, que colocou a bola no chão e soltou um foguete de pé esquerdo, vencendo Nkono e dando números finais a um excelente confronto: Coreia do Sul 4x2.

Destaque do jogo: Jayeon. No duelo espetacular entre os Tigres Asiáticos e os Leões Indomáveis, a genialidade do craque que usa elementos da natureza em suas jogadas fez a diferença. Jayeon começou o jogo um pouco apagado e cresceu quando a marcação camaronesa apertou. Do meio de campo, desarmava Mfede e Mbouh e saía driblando os adversários. Com passes incríveis de curva, encontrava os atacantes sempre em ótimas condições para chutar. Fez um gol de pênalti, em uma jogada incrível que ele mesmo fez e resultou na penalidade. Mais uma partida incrível deste camisa 10.

CLASSIFICAÇÃO

1º Inglaterra - 10 pontos, 12 gols pró;
2º Coreia do Sul - 10 pontos, 11 gols pró;
3º Brasil - 9 pontos, 8 gols pró;
4º França - 9 pontos, 7 gols pró;
5º Alemanha - 9 pontos, 6 gols pró;
6º Camarões - 7 pontos, 9 gols pró;
7º Japão - 7 pontos, 6 gols pró;
8º Holanda - 4 pontos;
9º Argentina - 1 ponto.

ARTILHARIA

1º Peter Crouch (Inglaterra) - 5 gols;
2º Jayeon (Coreia do Sul) e Zinedine Zidane (França) - 4 gols;
4º Denilson (Brasil), Louis Mfede (Camarões), Joo Sung (Coreia do Sul), Oliver Tsubasa (Japão) e David Beckham (Inglaterra) - 3 gols.

NOTAS RÁPIDAS

  • A sétima rodada se desenrolará no próximo final de semana.
  • Com um terço do campeonato corrido, já dá para ver que a disputa é intensa. A cada rodada, uma nova dupla lidera a competição e aqueles que lideravam antes têm uma boa queda na tabela. A diferença da líder (Inglaterra) para o sétimo (Japão) é de 3 pontos, mostrando o que uma derrota pode fazer na próxima rodada.
MILAN SANREMO

Neste sábado, a LMC apresentou a "Clássica dos Sprinters", a Milan Sanremo 2020, uma de suas provas mais desgastantes. Com apenas um trecho de montanha, do meio para o final e com 7% de inclinação, a Milan Sanremo é perfeita para a chegada em sprint. Talvez pela dureza da prova, talvez pelo ótimo ritmo imposto pelos ciclistas, o pelotão andou sempre junto; eram raras as fugas e elas eram logo neutralizadas. Somente no final quatro ciclistas conseguiram se destacar do pelotão, indicando que a vitória ficaria com um deles.

Quem levou a melhor foi Romain Bardet. O francês bateu Danilo Di Luca no sprint final e venceu sua quarta corrida no ano, o primeiro título dele na Milan Sanremo e o primeiro em 2020. Bardet conquistou seu quarto título na LMC, sendo um de montanha (Algarve 2019) e os outros em clássicas (Campeonato Europeu e Troféu Brasil de 2019 e Milan Sanremo 2020), o que já o leva a ser chamado de "Rei das Clássicas" da LMC. Segundo na corrida, Danilo Di Luca foi muito celebrado pelos torcedores, que vibram com a festa italiana do ciclismo. O belga Philippe Gilbert completou o pódio, na terceira posição.

Os ciclistas, agora, se preparam para mais uma prova dificílima. A Paris Roubaix deve ser disputada na próxima segunda-feira, com seus trechos em paralelo e chegada em estádio.

O pódio da Milan Sanremo 2020. No topo, o francês Romain Bardet (AG2R), com o troféu de campeão. Abaixo, o italiano Danilo Di Luca (Liquigás), segundo colocado. Mais abaixo, o belga Philippe Gilbert (Lotto Belisol), terceiro colocado.

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