segunda-feira, 16 de março de 2020

Liga FIFUBO 2020 - Sétima Rodada - 16/03/2020

Por motivos de Coronga Vírus, a FIFUBO adiou a sétima rodada de sua Liga, que seria disputada no final de semana que passou. Assim, os jogos só começaram nesta segunda-feira, mas o público não pôde comparecer ao Imperatriz Arena. A ordem era manter o estádio fechado, a fim de evitar a propagação do vírus. Uma pena, pois os dois jogos foram bem interessantes...

O ciclista Fernando Gaviria exibe o troféu conquistado na Paris Roubaix e dá o pontapé inicial da rodada.

CAMARÕES 1x1 ALEMANHA

Os camaroneses vêm de derrota (2x4 Coreia do Sul), mas empolgados pelas boas atuações. O técnico Zlatko Dalic pediu a seus jogadores que façam toques curtos e inteligentes. Se não puderem avançar, que reiniciem o jogo ou isolem a bola, recompondo o setor defensivo na sequência. Tal cautela se justifica, já que do outro lado está a Alemanha. A equipe bávara folgou na última rodada e vem descansada para este jogo sabendo ser favorita à vitória. O técnico Lothar Matthaus pede pés no chão e atenção às jogadas de contra ataque do adversário. Para esta partida, a novidade é a marcação ao único atacante camaronês. Oman Biyik seria marcado pelo goleiro Manuel Neuer, deixando a cargo dos laterais e volantes a marcação aos jogadores que vêm de trás.

O jogo foi bom, apesar dos jogadores aparentarem sentir o calor que fez durante toda a partida. Camarões sabia sair jogando de pé em pé e Oman Biyik tinha liberdade, tanto que o treinador alemão pediu a Schweinsteiger jogar mais recuado e ajudar na marcação ao adversário. A Alemanha saía bem e desperdiçava chances, principalmente com Klose.

O primeiro gol saiu justamente no maior temor de Matthaus. Eram 6 minutos de jogo quando Mbouh e Mfede tabelaram pela meia direita e o camisa 8 enfiou uma bola no meio da defesa para Oman Biyik entrar livre na área. Neuer saiu do gol e não teve outra alternativa a não ser derrubar o camisa 7 na entrada da área. Mfede cobrou a falta com perfeição, por cima da barreira, fazendo Camarões 1x0.

As coisas pioraram na saída de bola. A Alemanha tentou fazer um "toca y me voy", a defesa camaronesa agiu bem e Thomas Muller fez uma falta tripla, sendo expulso pelo juiz Chris Kavanagh.

No intervalo, Zlatko Dalic tirou Pagal e Oman Biyik (que não tinha mais pernas) e colocou Ndip e Roger Milla. Lothar Matthaus teve que mudar todo o esquema, tirando Lahm e Kroos para colocar Draxler e Mario Goetze. A Alemanha jogaria com três zagueiros (Mertesacker, Hummels e Badstuber), 5 no meio (Schweinsteiger, Reus, Draxler, Podolski e Goetze) e só Klose no ataque. Schweinsteiger seria o novo capitão.

As mudanças surtiram efeito, a Alemanha foi muito mais equilibrada e passou a ter maior volume de jogo. A entrada de Draxler centralizado deu qualidade ao passe, de onde saíam jogadas para Podolski e Goetze nas pontas. Centralizado, Klose recebeu mais bolas em condições. Camarões tinha o placar a seu favor e o contra ataque. Além disso, com um a mais, aproveitava-se do desespero alemão e saía em velocidade, se fartando de desperdiçar oportunidades. Como quem não faz, leva...

Aos 6 minutos, uma esticada de Makanaky para Roger Milla foi interceptada por Badstuber. O camisa 5 afastou da área e encontrou Schweinsteiger para reiniciar o jogo. O camisa 7 tocou a Mario Goetze na direita, que tocou a Draxler no meio. O camisa 14 tocou a Klose no comando de ataque, enquanto Mario Goetze saía da uma ponta, passava para o meio e ia para a outra ponta receber. Klose lhe passou a bola na meia esquerda, próximo à entrada da área. Goetze aproveitou que tinha muita gente na frente de Nkono e mandou um chute rasteiro. Quando o goleiro percebeu, já era tarde: Alemanha 1x1.

Destaque do jogo: Louis Mfede. O camisa 10 fez uma partida fantástica. De seus pés, saíam as principais jogadas de Camarões, de um lado a outro. Pelo meio, também fez boas jogadas. Cobrou com perfeição a falta que resultou no gol de sua equipe e, por muito pouco, não fez igual no final do jogo. A sua última cobrança de falta explodiu no travessão.

HOLANDA 2x3 COREIA DO SUL

A Holanda vem para este jogo com uma derrota nas costas (2x3 Brasil) e uma sina de jogar bem e não conseguir o resultado positivo. A Coreia do Sul vem querendo a liderança, após a boa vitória sobre Camarões (4x2). Prenúncio de um grande jogo.

E foi mesmo. A Holanda jogava bem, com Zenden atuando no campo de ataque e distribuindo o jogo pelas pontas, de onde as jogadas convergiam para Kluivert no meio. A Coreia do Sul se defendia bem, principalmente com seus laterais marcando os pontas adversários, saindo logo em ataques velozes e de pé em pé.

O primeiro gol do jogo veio aos 3 minutos, após um lançamento errado de Seedorf para Zenden ser interceptado por Okawa. O camisa 2 passou a Kazuo Tachibana na meia direita e o camisa 8 tabelou com Jayeon no meio de campo, para chegar ao campo de ataque. Com um passe para o meio, encontrou Joo Sung na entrada da área. O camisa 9 ajeitou a bola e mandou o seu já conhecido South Tiger Shot para vencer Van Der Sar e fazer Coreia do Sul 1x0.

A Holanda tratou de buscar o empate, mas a Coreia do Sul se plantou bem na defesa. Com Seedorf sem inspiração, os holandeses ficaram carentes no meio de campo e ainda abriram buracos na defesa, por onde a Coreia do Sul aproveitou para ampliar. Aos 6 minutos, Sano afastou uma bola da área e ela foi parar nos pés de Jayeon. O camisa 10 abriu na esquerda para Masao Tachibana, que foi avançando da ponta para o centro. Ao ver Joo Sung fazer o mesmo movimento, da direita para o comando de ataque, Masao lhe passou a bola. Joo Sung se livrou de Davids, fez que ia mandar um South Tiger Shot e virou o pé na última hora, mandando rasteira no canto de Van Der Sar: Coreia do Sul 2x0.

A Holanda só conseguiu descontar nos acréscimos. Van Der Sar cobrou tiro de meta no meio para Zenden. O camisa 10 avançou até o campo de ataque e fez uma esticada para a ponta esquerda. Okawa não alcançou, Overmars botou no chão, invadiu a área pela ponta e chutou cruzado, sem chance para Wakashimazu: Holanda 1x2.

No intervalo, Johan Cruyff corrigiu os erros da sua equipe. Tirou Van Bronckhorst e Seedorf e colocou Triton e Jordi Cruyff. Triton iria para a lateral direita e Numan faria a esquerda, ajudando Stam na marcação a Joo Sung. Mesmo com o meio de campo ficando totalmente canhoto, esperava ganhar mais qualidade no passe. Kozo Kira tirou Nakanishi e Lee Young-Un para colocar Kishida e Taki. Buscava aumentar a marcação e sair em velocidade para os contra ataques.

O jogo ficou melhor ainda no segundo tempo. A Holanda se equilibrou mais e buscou os ataques. Jordi Cruyff iniciava a jogada no campo de defesa, Zenden distribuía, Overmars e Bergkamp arrancavam pelas pontas e ou chutavam, ou passavam para Kluivert concluir. Numan também apareceu no ataque. Wakashimazu fez defesas incríveis na segunda etapa.

A Coreia do Sul aguardava a oportunidade de explorar contra ataques. A equipe se segurava como podia e via Jayeon distribuir o jogo pelos lados, onde os irmãos Tachibana buscavam tabelas com Joo Sung e Taki. O lateral Urabe também apoiou bastante no segundo tempo.

Mas os gols só foram sair no final do jogo. Já eram 10 minutos quando Kazuo Tachibana fez um bom lançamento para Joo Sung e viu Van Der Sar sair do gol e trombar com o camisa 9. O árbitro Salvio Spinola marcou o pênalti, que Jayeon cobrou no ângulo de Van Der Sar. O goleiro se esticou, mas não achou: Coreia do Sul 3x1.

A Holanda descontou na saída de bola. Os acréscimos corriam quando Zenden fez o "toca y me voy" com Kluivert, recebeu de volta na esquerda, fez que ia chutar alta e cruzada, mas virou o pé na última hora e conseguiu dar um incrível efeito a seu chute rasteiro. Wakashimazu se esticou, mas não alcançou: Holanda 2x3.

Destaque do jogo: Joo Sung. O camisa 9 brilhou ao marcar dois gols e sofrer o pênalti que resultou no terceiro. Registra o seu South Tiger Shot como uma das grandes conclusões da FIFUBO e coloca seu nome na lista dos grandes artilheiros.

NOTAS RÁPIDAS

  • A sétima rodada prossegue nesta terça-feira e terá seu andamento normal no próximo final de semana.


PARIS ROUBAIX

Na última terça-feira (10/04), a Liga Mundial de Ciclismo promoveu a Rainha das Clássicas. A Paris Roubaix, conhecida como o "Inferno do Norte", é assim chamada por ser uma prova muito sacrificante, com vários trechos em paralelepípedos que ocasionam pneus furados e acidentes. Além disso, um desses trechos era em uma subida de 6%. Inclinar o terreno, colocar paralelepípedo no caminho e ainda ser debaixo de um calor sufocante é um desafio e tanto para os ciclistas. O alemão André Greipel e o argentino Francisco Chamorro não conseguiram completar a difícil prova.

Pela dificuldade da prova, os ciclistas andaram sempre juntos, ainda que não formando um pelotão. Era mais comum vê-los andando em duplas e, por isso, não foi possível ver uma chegada em sprint se formando, no velódromo que encerra a disputa.

Quem surpreendeu foi Fernando Gaviria. O colombiano da Quickstep imprimiu um ritmo forte desde o início, andando sempre na frente e, na parte final, se desgarrando dos demais. A vitória foi tranquila para Gaviria, enquanto a emoção de verdade se desenrolava na briga pelos outros lugares no pódio. Frank Schleck bateu Thibaut Pinot e conseguiu a segunda colocação. Mesmo perdendo a disputa pelo segundo lugar, Pinot foi muito celebrado pelos torcedores franceses. Além dele, os locais também se contentaram com o quinto lugar de Julian Alaphilippe. Campeão em 2019, o italiano Damiano Cunego fez boa prova, mas terminou em sétimo.

Este foi o segundo título de Gaviria em 2020 (ele havia sido campeão de montanha no Algarve) e o seu quinto título na LMC. Ele soma, agora, dez vitórias na carreira. O ranking não foi alterado, com Tom Boonen se mantendo em primeiro e Tom Dumoulin em segundo. Depois da Paris Roubaix, os ciclistas foram para a Bélgica, disputar a Fleche Wallonne, cuja resenha será publicada amanhã, ao final da postagem sobre a Liga FIFUBO.

O pódio da Paris Roubaix, no famoso terreno. No alto e com o troféu, o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep), o vencedor. Abaixo, o ciclista de Luxemburgo Frank Schleck (Saxo Bank), segundo colocado. Mais abaixo, o francês Thibaut Pinot (Française De Jeux), terceiro colocado.

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