terça-feira, 17 de março de 2020

Liga FIFUBO 2020 - Sétima Rodada - 17/03/2020

Terça-feira, 17/03/2020. A FIFUBO promove o encerramento da sétima rodada de sua Liga em um Imperatriz Arena deserto, por conta do Coronga Vírus, e um dia nublado e muito quente. Uma pena os torcedores não serem liberados para irem ao estádio. Perderam dois ótimos jogos...
O ciclista Fabian Cancellara dá o pontapé inicial das partidas, ao lado do troféu de campeão da Fleche Wallonne.


FRANÇA 2x4 BRASIL

A França vem de derrota (0x2 Japão), mas continua exibindo um futebol de altíssimo nível. O técnico José Mourinho conta com a escrita para derrotar os rivais tão difíceis. O Brasil vem empolgado, após a vitória sobre a Holanda (3x2) e quer vencer naquele que Dorival Junior definiu como "jogo de seis pontos".

Foi uma partida espetacular, de duas grandes equipes, favoritas ao título. A França tocava a bola de pé em pé, com Zidane organizando o jogo e passando a seus atacantes. O Brasil saía com Alex, consertando jogadas e humilhando os rivais com dribles desconcertantes, além de passar a bola para Denilson e Ronaldo levarem perigo.

O primeiro gol veio aos três minutos, após Alex concluir duas vezes e Barthez mandar a lateral, uma de cada lado. Quando o goleiro espalmou para o lado direito, Alex cobrou para Ronaldo no bico da área e recebeu de volta na direita. Trazendo para o pé esquerdo, o camisa 7 conseguiu driblar Lizarazu e esperar Ronaldo se posicionar melhor no meio, para onde passou a bola. O camisa 9 dominou e deu de bico, um chute rasteiro que venceu Barthez: Brasil 1x0.

O gol fez a seleção sulamericana crescer, enquanto a França tentava se organizar para buscar o empate. E foi aí que um lance capital ocorreu, que poderia mudar a sorte do jogo. Eram 6 minutos quando Alex esticou para Ronaldo tentar a conclusão, mas o camisa 9 chutou torto. Os franceses alegaram que Ronaldo acertou Deschamps primeiro o que, na sequência da jogada, ocasionaria uma falta tripla e a expulsão do Fenômeno. Mas o árbitro Leonardo Gaciba entendeu que Ronaldo acertou a bola primeiro e acabou mandando o jogo seguir.

A França tentou se concentrar em seu jogo e sair para o empate, mas o Brasil estava muito melhor posicionado. Aos 9 minutos, Zidane e Guivarch trançaram boa jogada pela direita e o camisa 9 rolou a Zidane na meia lua, perfeita para ele repetir o chute que sacramentou a vitória sobre a Argentina duas rodadas atrás. Mas Edmilson apareceu de surpresa e desarmou o craque francês, reiniciando com Roberto Carlos na esquerda. O camisa 6 tocou a Alex no meio e viu o camisa 7 se mandar no contra ataque. Através de gestos, Alex indicou a Denilson que era melhor o camisa 17 sair da ponta esquerda e se posicionar no meio. Denilson o fez e recebeu a bola na meia lua. Dali, trouxe para o pé esquerdo e acertou um chute violento para fazer Brasil 2x0.

A França empatou na saída de bola. Aos 10 minutos, Zidane fez o "toca y me voy" com Djorkaeff, recebeu de volta na meia esquerda, driblou para dentro para tirar Lucio da jogada e acertou um chute em arco incrível, que venceu Carlos Germano e fez França 1x2.

No intervalo, José Mourinho tirou Djorkaeff e Henry, duas figuras apagadas, para colocar Pires e Trezeguet. Dorival Junior tirou Kleberson e Rivaldo para colocar Roque Junior e Ronaldinho. Roque iria para a zaga, Edmilson seria primeiro volante, Zé Roberto continuaria como segundo volante e marcando pela esquerda, Ronaldinho faria a meia direita e Alex iria para a meia esquerda.

As mudanças de Mourinho não produziram efeito nenhum. Se os jogadores do primeiro tempo estavam apagados, os do segundo estavam mais ainda. Já o Brasil cresceu com as mudanças. Ronaldinho fez boa dupla com Ronaldo pelo lado direito e Alex continuou brilhando ao lado de Denilson do lado esquerdo. Além disso, centralizar Edmilson como volante só fez com que o Brasil tivesse um jogador no lugar certo para acabar com os ataques franceses. Zidane, Deschamps e Guivarch bem que tentaram, mas o Brasil estava perfeito taticamente.

O terceiro gol veio aos 4 minutos, em nova jogada sensacional de Alex. O camisa 7 recebeu de Zé Roberto na intermediária brasileira e avançou pela meia esquerda, driblando Deschamps e Vieira na sequência. Quando Desailly apareceu para barrar-lhe o caminho, ele abriu na esquerda para Denilson. O camisa 17 invadiu a área em diagonal e acertou um lindo chute cruzado, que passou por Barthez e fez Brasil 3x1.

A França só conseguiu empatar aos 9 minutos, em um erro defensivo do Brasil, ou melhor, um erro de soberba. Lúcio correu à linha de fundo para impedir um córner, ficou com a bola e tocou a Cafu na lateral. O camisa 2 tocou a Edmilson no bico da área, que devolveu a Lúcio na linha de fundo. O camisa 3 voltou a procurar Cafu na lateral e o camisa 2 recuou para Ronaldo, que estava na área brasileira. Mas o toque foi curto demais e ficou mais próximo de Zidane, que chegou chutando forte e pegando Carlos Germano no contrapé: França 2x3.

O Brasil sabia que só precisava tocar a bola para vencer o jogo e assim fez. Colocando a França na roda, a bola passou pelos pés de Lúcio, Roque Junior, Edmilson, Zé Roberto, Alex, Denilson e Ronaldinho. Até que o camisa 11 resolveu passar a Ronaldo no comando de ataque e ver no que ia dar. O camisa 9 pegou a bola, cortou para fora para tirar Blanc da jogada e acertou um lindo chute, no ângulo de Barthez, para concluir com chave de ouro uma partida sensacional: Brasil 4x2.

Destaque do jogo: Alex. Barrado no último jogo, o camisa 7 trabalhou bastante para voltar em ótima forma na partida de hoje. Ganhou a titularidade, consertou jogadas, organizou o jogo, driblou de forma espetacular e deu passe para três dos quatro gols brasileiros. Em um jogo onde três jogadores marcaram duas vezes cada, foi Alex quem brilhou, sem gol algum.

INGLATERRA 2x2 JAPÃO

Mais um jogo de arrepiar, para encerrar a rodada. Duas escolas diferentes, mas com filosofias que já se provaram acertadas. A Inglaterra vem de um grande resultado (4x2 Argentina), com o hat trick de Peter Crouch que o manteve no time titular. O Japão também vem de um grande resultado (2x0 França) e quer a vitória para dar um salto na tabela.

Realmente, foi um jogo espetacular. Apesar da má forma física dos jogadores e do cansaço provocado pelo calor, as duas equipes jogaram verticalmente e deram show. A Inglaterra começou melhor, mas pecava no último passe. O Japão foi se soltando aos poucos e ameaçou Paul Robinson algumas vezes.

O primeiro gol, no entanto, só saiu no último lance do primeiro tempo. Owen chutou fraco e Wakabayashi defendeu com facilidade. Abrindo na esquerda, o goleiro encontrou Makoto Soda, que avançou pela lateral e fez um lançamento para o campo de ataque. Jun Misugi pegou na intermediária e tinha um caminho enorme para avançar, mas foi derrubado por John Terry. A falta era de longe, Tsubasa e Hyuga decidiam quem ia bater quando Misugi pediu a bola e disse que era com ele. Os camisas 9 e 10 deixaram e Misugi cobrou uma falta perfeita, no lado da barreira. Quando Paul Robinson percebeu, já era tarde: Japão 1x0.

No intervalo, Alex Ferguson tirou Ashley Cole e Peter Crouch, duas figuras nulas, para colocar Jamie Carragher e Wayne Rooney. Carragher iria para a lateral direita e Bridge faria a esquerda. Sr Mikami tirou Takasugi (que deixava enormes buracos na defesa) e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta.

A Inglaterra voltou melhor no segundo tempo, mas precisava se abrir para buscar o empate. O Japão aproveitava isso para tentar os contra ataques. E foi assim que ampliou aos 4 minutos. E um lançamento de Beckham para Owen, Shingo Aoi cortou tocando a Misugi. O camisa 8 tocou a Tsubasa no meio, que abriu para Hyuga na esquerda. O camisa 9 procurou Sawada na meia lua e o camisa 7 lhe devolveu a bola na medida. Da entrada da área, Hyuga soltou o verdadeiro Tiger Shot e venceu Paul Robinson, fazendo Japão 2x0.

Ali, o jogo era inteiramente japonês, mas Alex Ferguson mostrou que acertaria nas táticas do dia com suas mudanças. Aos 6 minutos, Tsubasa esticou no contra ataque para Sawada. O camisa 7 conseguiu chegar antes e driblar Rio Ferdinand, mas Carragher estava muito bem na cobertura e ficou com a bola, sendo agarrado por Sawada. Carragher cobrou a falta para Gerrard no meio. O camisa 4 abriu a Joe Cole na esquerda e o camisa 11 tocou a Rooney no corredor. Rooney avançou pela ponta esquerda, deu um corte para dentro tirando Ishizaki da jogada, e rolou para a área. Michael Owen dominou quase da marca do pênalti, virou o pé e deslocou Wakabayashi, fazendo Inglaterra 1x2.

O jogo ficou eletrizante. A Inglaterra atacava com Bridge, Beckham, Lampard, Joe Cole, Owen e Rooney. O Japão respondia com Misugi, Sawada, Hyuga, Nitta e Tsubasa. Bolas foram acertadas nas traves e os goleiros se esforçaram para impedir um placar maior. Mas, aos 9 minutos, não teve jeito.

Tsubasa tocou a Nitta, que tentou o chute mas foi travado por Carragher, que ficou com a bola com imensa categoria. O camisa 12 tocou a Gerrard no meio e o camisa 4 inverteu para o lado esquerdo, encontrando Joe Cole. O camisa 11 tocou a Rooney no comando de ataque e viu o camisa 9 fazer o pivô e devolver-lhe na esquerda. Joe Cole invadiu a área, viu Wakabayashi sair para fechar o ângulo e deu um lindo toque por cobertura, marcando o golaço que definiu o jogo: Inglaterra 2x2.

Destaque do jogo: Jamie Carragher. Do lado japonês, Hyuga mostrou seu faro de artilheiro e Misugi foi um verdadeiro maestro. Do lado inglês, a entrada de Rooney deu muito mais movimentação e fez aparecer o futebol de Joe Cole e Michael Owen. Mas ninguém foi tão importante para o placar final quando Jamie Carragher. O defensor inglês entrou no intervalo, ajeitou a defesa e não deixou mais os japoneses chegarem em condições. De roubadas de bola dele saíram os gols que levaram a Inglaterra a empatar o jogo.

CLASSIFICAÇÃO

1º Coreia do Sul - 13 pontos;
2º Brasil - 12 pontos;
3º Inglaterra - 11 pontos;
4º Alemanha - 10 pontos;
5º França - 9 pontos;
6º Camarões - 8 pontos, 10 gols pró;
7º Japão - 8 pontos, 8 gols pró;
8º Holanda - 4 pontos;
9º Argentina - 1 ponto

ARTILHARIA

1º Zinedine Zidane (França) - 6 gols;
2º Denilson (Brasil), Jayeon (Coreia do Sul), Joo Sung (Coreia do Sul) e Peter Crouch (Inglaterra) - 5 gols;
3º Louis Mfede (Camarões) - 4 gols

NOTAS RÁPIDAS
  • A oitava rodada deve ocorrer no final de semana, fazendo a Liga voltar à sua programação normal.
  • Em sessão no TJB após a rodada, os auditores decidiram absolver o árbitro Leonardo Gaciba e o auxiliar Howard Webb do lance em que Ronaldo poderia ter feito falta tripla e ser expulso contra a França. Os auditores entenderam que o lance foi rápido e não havia como precisar se a infração ocorreu mesmo.
FLECHE WALLONNE

A Liga FIFUBO parou no final de semana, mas a LMC continuou e promoveu a Fleche Wallonne, competição por etapas disputada na Bélgica. Foi uma prova de altíssimo nível, com os ciclistas dando show. Somente na quinta e penúltima etapa tivemos os abandonos de Mark Cavendish e Alberto Contador. A última etapa foi no domingo, com três ciclistas na disputa. Oscar Freire e Domenico Pozzovivo precisavam de uma combinação dificílima de resultados para ficarem com o título. Fabian Cancellara tinha o título nas mãos e só precisava cruzar a linha de chegada para ficar com o título. E foi aí que as coisas começaram a ficar emocionantes.

O suíço se envolveu num acidente com Oscar Pereiro Sio logo no início e foi ao chão. Com muita dificuldade e sofrendo com dores, Cancellara voltou à bicicleta e começou o seu longo caminho para reencontrar o pelotão. No entanto, bastou os ciclistas cruzarem a única meta volante para Cancellara saber que o título seria seu. Tudo o que precisava fazer era superar as dores e concluir a prova.

O americano Lance Armstrong deu show, disparando na fuga inicial e imprimindo um ritmo forte que o candidatava à performance do ano. Mas foi cansando a partir da segunda etapa da prova e viu Oscar Freire se aproximar. O espanhol já não tinha mais chances de título, mas queria o vice campeonato. Oscar Freire fez-se valer de suas características de sprinter e bateu Lance Armstrong na linha de chegada, vencendo a prova e deixando o americano com o amargo sabor do segundo lugar, tendo a vitória nas mãos.

A disputa do terceiro lugar foi emocionante, com dois acidentes no sprint final. O TCB foi acionado, analisou as imagens e decidiu que nenhuma manobra poderia ser considerada como causadora dos acidentes. Assim, ninguém foi punido e o terceiro lugar ficou com Primoz Roglic.

O pódio da sexta etapa da Fleche Wallonne. No alto, o espanhol Oscar Freire (Rabobank), com o troféu de vencedor. Abaixo, o americano Lance Armstrong (USPS), segundo colocado. Mais abaixo, o esloveno Primoz Roglic (Imperatriz), terceiro colocado.

Fabian Cancellara cruzou a linha de chegada em décimo sexto lugar e conquistou o título da Fleche Wallonne, seu segundo título na LMC (ele havia vencido o prêmio de montanha no Tour da Califórnia 2019). Foi uma exibição espetacular do suíço, que havia vencido o contra relógio de abertura e ficado em terceiro na etapa seguinte. Na penúltima etapa, o segundo lugar lhe deu 99% de chances de ficar com o título. Ele vestiu a camisa amarela de líder durante as seis etapas e foi o campeão com inteira justiça. Com a vitória, Oscar Freire ficou com o vice campeonato, empurrando Domenico Pozzovivo (que chegou em vigésimo segundo) para a terceira posição. O prêmio de montanha ficou com o francês Sylvain Chavanel. Foi a primeira conquista do ciclista da Quickstep na LMC.

O pódio da Fleche Wallonne 2020. No alto, o suíço Fabian Cancellara (Saxo Bank), com o troféu de campeão. Abaixo, com o troféu de vencedor da etapa, o espanhol Oscar Freire (Rabobank), vice campeão. Mais abaixo, o italiano Domenico Pozzovivo (AG2R), terceiro colocado.
Com os pontos distribuídos ao longo das etapas, o holandês Tom Dumoulin (Sunweb) voltou à liderança do ranking da LMC, deixando o belga Tom Boonen (Quickstep) para trás por 84x76. Os ciclistas permanecem na Bélgica, onde irão disputar a clássica Liege-Bastogne-Liege, a última prova antes da primeira das três Grandes Voltas!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!