sábado, 7 de março de 2020

Liga FIFUBO 2020 - Sexta Rodada - 07/03/2020

Agora que o ano começou realmente, o sol saiu mas o calor ainda não é intenso. Aquele sábado bonito, com céu azul e temperatura agradável levou uma multidão ao Imperatriz Arena, para a abertura da sexta rodada da Liga mais quente do futibou de butaum mundial! Vamos aos jogos!

Antes dos jogos, o ciclista Alberto Contador deu o pontapé inicial da sexta rodada, honraria concedida após sua vitória no Tirreno Adriático 2020, na sexta-feira.
O ciclista Alberto Contador mostra o troféu que conquistou ao vencer o Tirreno Adriático 2020 e dá o pontapé inicial da rodada.

ARGENTINA 2x4 INGLATERRA

Com uma campanha péssima, a Argentina vem decepcionando seus torcedores. Em cinco jogos, um empate e quatro derrotas, sendo que a última (0x3 França) mostrou como os argentinos estão muito longe das outras equipes. Carlos Bianchi pediu a seus jogadores que não penteiem muito. A ordem é clarear e chutar. A Inglaterra também vem de derrota para a França (0x1), mas folgou na última rodada. A despeito da oportunidade de descanso, o técnico Alex Ferguson fez intensos treinamentos de conclusão, pois a derrota para os franceses ocorreu em um jogo onde a Inglaterra dominou e concluiu mal e a França fez uma conclusão e matou o jogo. A surpresa na escalação é Peter Crouch, titular novamente no lugar de Rooney.

Foi uma partida muito boa no primeiro tempo. A Argentina tinha maior presença no ataque e um Messi que se movia pelo campo inteiro. Logo na primeira jogada, ele fez um "toca y me voy" com Conca, entrou driblando pelo meio da defesa e chutou no travessão. Outras jogadas se seguiram, sempre passando pelos pés do camisa 10. Di Maria atuava muito bem e aparecia no ataque de surpresa, enquanto Alario era a referência na área. A Inglaterra também fez boas jogadas, principalmente pelo lado esquerdo, onde Joe Cole e Peter Crouch faziam tabelas enlouquecedoras. A equipe teve oportunidades com Owen, Crouch, Cole e Lampard.

O primeiro gol, no entanto, só veio aos 7 minutos. Lampard arrancou pela meia direita e tocou a Owen. O camisa 10 recebeu pelo meio, se livrou da marcação de Vangioni e chutou da entrada da área com força. A bola explodiu no travessão e, no rebote, Joe Cole matou, viu que muita gente atrapalhava a visão de Abbondanzieri e aproveitou para mandar rasteira, no canto: Inglaterra 1x0.

A Argentina tentou uma "figura 8" na saída, mas a bola ficou no pé direito de Di Maria. O camisa 7 chutou fraco, facilitando a defesa de Paul Robinson. O goleiro reiniciou o jogo pelo lado esquerdo da área com Ashley Cole, que buscou Joe Cole na ponta esquerda. O camisa 11 foi tabelando com Peter Crouch e trazendo a bola para o meio, confundindo a defesa argentina. Com um bom passe para a esquerda, encontrou Crouch livre. O camisa 15 invadiu a área e chutou forte, sem chances para Abbondanzieri, para fazer Inglaterra 2x0, aos 9 minutos.

No intervalo, Carlos Bianchi tirou Gabriel Mercado (que já tinha cartão amarelo e levava um baile) e Carlos Tevez (que não estava bem) e colocou Kranevitter e Scocco. Alex Ferguson tirou Rio Ferdinand e Michael Owen para colocar Jamie Carragher e Wayne Rooney. Rooney passaria para o lado esquerdo do ataque e Peter Crouch, para o lado direito.

Muita gente criticou Ferguson por tirar Crouch do lado esquerdo do ataque. Ali, ele fazia boas tabelas com Joe Cole e levava o time à frente. Mas tiveram que se calar no segundo tempo. Logo na saída de bola, a Inglaterra fez a "figura 8" com Lampard, Rooney e Crouch. Os três foram tabelando dessa forma e envolvendo o time argentino, até que Crouch recebeu próximo á entrada da área, viu o posicionamento do goleiro e virou o pé na última hora para acertar o canto baixo esquerdo: Inglaterra 3x0, aos 30 segundos.

Os argentinos estavam desanimados, pois viam mais uma derrota sendo construída e, pior, a goleada se desenhava. Mas a genialidade de Lionel Messi é capaz de qualquer coisa e foi dos pés do camisa 10 que saiu o gol de honra sulamericano. Com um minuto de jogo, a Argentina fez a saída de bola no "toca y me voy". Messi passou a Conca e correu para a ponta. O camisa 8 lhe devolveu ali e viu Messi fazer algo mágico. Com um drible desmoralizante, ele tirou Bridge da jogada e acertou um chute cruzado incrível. A bola foi no ângulo oposto de Paul Robinson, tocou no travessão e morreu no fundo do gol: Argentina 1x3.

Mesmo com esse lindo gol e a boa atuação, Messi não foi capaz de fazer muito. Ele até buscava as tabelas com seus companheiros, contava com a boa atuação de Alario e Scocco e era bem assessorado por Di Maria. Mas a Inglaterra fazia uma partida incrível. Se Crouch fez ótimas tabelas com Joe Cole pelo lado esquerdo no primeiro tempo, no segundo foi incrível com Lampard, pelo outro lado. Rooney atuava muito pelo centro do que na esquerda e, mais recuado, ajudava a armar o jogo. Ashley Cole jogou mais adiantado e manteve as tabelas com Joe Cole pelo lado esquerdo. Dessa forma, a Inglaterra atacava por todos os lados e carimbou a trave argentina quatro vezes no segundo tempo.

A goleada se desenhou aos 6 minutos, em uma linda jogada coletiva que se iniciou com um passe de Beckham para Lampard no meio. O camisa 8 abriu a Rooney na meia esquerda e correu para a ponta direita, recebendo de volta do camisa 9. Lampard foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para a área. Crouch protegeu bem a bola, driblou Vangioni e acertou um lindo chute no ângulo de Abbondanzieri, para fazer Inglaterra 4x1.

A partir dali, a Inglaterra tocava a bola e esperava o final do jogo, enquanto a Argentina já tinha jogado a toalha e também só aguardava o fim de mais um dia de sofrimento. Mas ainda tinha uma carta na manga e ela se desenrolou já nos acréscimos, quando Conca deu bom passe no meio da defesa para Scocco. O camisa 9 invadiu a área e Paul Robinson não teve outra alternativa a não ser derrubá-lo. No último lance do jogo, Messi bateu um pênalti perfeito, à meia altura e no canto direito de Robinson, que se esticou mas não conseguiu chegar: Argentina 2x4.

Destaque do jogo: Peter Crouch. O camisa 15 foi o símbolo dos treinamentos da semana. Afinou a pontaria, concluiu bem e fez um hat trick. Escalado como surpresa, atuou pelo lado esquerdo no primeiro tempo e infernizou. No segundo tempo, foi para o lado direito e também infernizou. Sai de campo mostrando o grande artilheiro que é.

JAPÃO 2x0 FRANÇA

O jogo de fundo era uma tremenda caixinha de surpresas. O Japão começou muito mal a competição, com 3 derrotas em 3 jogos. A primeira vitória veio com autoridade (3x1 Camarões), mas apesar de jogar bem na última rodada, não conseguiu transformar as boas jogadas em gols e o 0x0 com a Holanda manteve os Samurais na penúltima posição. Os treinamentos da semana tiveram foco na conclusão. Do outro lado vem o líder do campeonato, que joga um futebol de primeiro mundo. Depois do início vexaminoso (1x2 Camarões), a França engrenou 3 vitórias sem tomar gols e, na última rodada, o 3x0 em cima da Argentina foi com autoridade de quem está no topo da tabela, em ótima forma física, tática e técnica. Mas José Mourinho pede pés no chão, porque sabe que o Japão é uma pedra no sapato francês, como ficou provado nas duas derrotas em Mundiais (3x7 em 2018 e 0x2 em 2019).

Foi um jogo incrível, que rendeu aplausos do público. Japoneses e franceses, no auge de suas formas físicas, faziam jogadas bem trabalhadas, de pé em pé, que rendiam conclusões com perigo. A trave francesa foi carimbada quatro vezes no primeiro tempo e a japonesa, três. Os goleiros também trabalharam duro e as defesas faziam desarmes providenciais. Do lado asiático, Sawada era uma boa alternativa pela esquerda e Hyuga corria pelo ataque inteiro, buscando a conclusão. Do lado europeu, Zidane é o grande maestro do campeonato e distribui o jogo de forma fantástica. Inicia lá de trás, arma no meio e aparece de surpresa na conclusão. Mesmo com tanta emoção, o primeiro tempo não saiu do 0x0.

No intervalo, Sr Mikami tirou Ishizaki e Taro Misaki, colocando Matsuyama e Shun Nitta em seus lugares e mudando o jogo para sempre. José Mourinho tirou Djorkaeff e Thierry Henry para colocar Pires e Trezeguet. Deschamps armaria o jogo pelo lado direito e Pires, pelo esquerdo.

Sim, as mudanças de Sr. Mikami fizeram toda a diferença, porque os japoneses se equilibraram muito mais. A equipe marcava melhor e saía de forma organizada, enquanto os franceses (mesmo bem) ainda dependiam da genialidade de Zidane. Mas Hyuga ainda corria pelo campo todo e chutava de tudo quanto era lado.

Assim, não foi surpresa quando o placar foi inaugurado aos 4 minutos. Wakabayashi repôs a bola para o lado esquerdo, encontrando Sawada. O camisa 7 tocou a Tsubasa no meio de campo e o camisa 10 abriu para Hyuga no ataque. Pelo lado esquerdo, o camisa 9 deu um drible para dentro, tirando Thuram da jogada e trazendo a bola para o pé direito. Da entrada da área, Hyuga acertou um lindo Tiger Shot, Barthez voou e a bola explodiu no travessão, sobrando no meio da área. Shun Nitta aproveitou sua velocidade para correr no meio de Desailly e Blanc, pegou o rebote e empurrou para o gol vazio: Japão 1x0.

A França não se intimidou com a desvantagem e tratou de tocar a bola com a mesma tranquilidade, buscando a melhor opção. Os japoneses também faziam isso, aproveitando para tocar de pé em pé e gastando o tempo.

O lance do segundo gol do jogo poderia ter sido de um time ou de outro, tamanho o espetáculo das duas jogadas criadas. Começou com a França, após Barthez cobrar tiro de meta para Deschamps no meio. O camisa 7 procurou Zidane na intermediária de ataque e viu o camisa 10 partir pelo centro, com a bola dominada. A marcação apertou e Zidane, com um toque de gênio, encontrou Trezeguet na esquerda. O camisa 13 trouxe a bola para o pé direito e, quando a marcação apareceu para bloqueá-lo, Trezeguet devolveu a Zidane na entrada da área. O camisa 10 deu um chute colocado perfeito no ângulo e já saiu para o abraço, mas Wakabayashi se esticou e espalmou a córner de maneira incrível, Mais incrível ainda foi seu senso de marcação ao correr para cima de Trezeguet, pois foi ali que Zidane cobrou o escanteio. O camisa 1 japonês tirou a bola dali, ela sobrou na entrada da área e Guivarch fez falta em Matsuyama. O camisa 12 repôs para Shingo Aoi na cabeça da área e o camisa 5 tocou a Sawada na meia esquerda. O camisa 7 tocou mais na esquerda para Tsubasa, que partiu no contra ataque pela ponta. Marcado por Thuram, o camisa 10 rolou mais para o meio, na direção de Hyuga. O camisa 9 dominou, se livrou de Desailly e, da entrada da área, preparou o Tiger Shot. Mas, de última hora, virou o pé e mandou um chute rasteiro. Quando Barthez percebeu, já era tarde: Japão 2x0, aos 7 minutos.

Destaque do jogo: Kojiro Hyuga. O camisa 9 treinou exaustivamente as conclusões durante a semana. Durante o jogo, se movimentou pelo campo de ataque inteiro e buscou as conclusões, por ambos os lados e pelo centro também. Mas seu Tiger Shot ainda estava descalibrado e as bolas passavam por cima do gol ou tocavam na trave. Aí entrou a genialidade do artilheiro que, ao perceber que o Tiger Shot não funcionaria, passou a tentar outras coisas. Foi de um chute seu no travessão que saiu o primeiro gol e de uma mudança em sua forma de chutar que saiu o segundo.

NOTAS RÁPIDAS

  • A rodada se encerra neste domingo, com Brasil x Holanda e Coreia do Sul x Camarões.
  • O milestone da rodada vai para Lionel Messi. O lindo chute no ângulo de Paul Robinson fez com que ele chegasse a 10 gols com a camisa da Argentina.
  • A FIFUBO colocou dois novos Atos Normativos em seu Regulamento Geral de Competições. O AN 12 dita que se um atleta for palhetado antes da bola ficar parada, é marcado tiro livre indireto contra a equipe daquele atleta, no local onde a bola parar. O AN 13 muda a chamada "zona de ataque" da "regra dos três toques" que, agora, é após a linha que corta a marca penal e não mais a continuação horizontal da linha da pequena área.

TIRRENO ADRIÁTICO

A semana que passou iniciou a grande festa do ciclismo na Itália. A LMC promoveu a disputa do Tirreno Adriático 2020, prova por etapas conhecida como "Corrida de Dois Mares" que, em 2019, teve um empate na primeira colocação. Mark Cavendish e Murilo Fischer foram os campeões no ano passado.

Ao contrário do marasmo que ocorreu na Volta Ciclística ao Algarve, não faltou emoção ao Tirreno Adriático, que foi considerada a prova mais emocionante do ano até aqui. Além das corridas eletrizantes, o TCB atuou bastante e foi muito polêmico. Na última etapa, 14 ciclistas ainda tinham chances de título, embora algumas fossem remotíssimas.

E a última etapa não decepcionou. Os fãs de ciclismo ficaram impressionados desde a bandeirada inicial até o fim dos cálculos que diriam quem foi o campeão. Apesar de não estar na disputa do título, Romain Bardet deu show. Desde o início, o ciclista francês saiu na fuga e não deu chances a ninguém. Bardet venceu com uma folga absurda, no que foi considerada a melhor atuação de um ciclista em 2020, até aqui. Ele chegou com tanta tranquilidade, que teve que esperar bastante até os outros ciclistas cruzarem a linha de chegada. E era ali que as coisas ficavam mais emocionantes, pois o título seria decidido nas posições seguintes.

Líder na última etapa, Lance Armstrong começou muito mal a prova, correndo na parte de trás do pelotão. De repente, o americano da USPS começou a imprimir um ritmo forte e chegou na parte derradeira na frente dos demais; só Bardet estava (muito) à sua frente. Mas outros dois concorrentes ao título, Frank Schleck e Alberto Contador, vinham logo atrás e acelerando. No sprint final, uma grande confusão ocorreu e Frank Schleck foi ao chão, se lesionando e abandonando a prova. Como não cruzou a linha de chegada, o ciclista de Luxemburgo não só foi alijado da disputa do título, como ficou de fora do pódio e dos pontos bônus que levaria para o ranking, se ficasse entre os seis primeiros. Alberto Contador cruzou em segundo e, para delírio dos italianos, Fabio Aru foi o terceiro. Lance Armstrong chegou em quarto e o suspense começou, pois o TCB julgaria o acidente de Frank Schleck.

As manobras de Alberto Contador, Luciano Pagliarini e Marcel Kittel foram consideradas as que levaram o ciclista de Luxemburgo ao chão. O Tribunal decidiu, então, punir os três com a perda de 1 ponto, conquistado na corrida, para cada um. Como chegou em décimo segundo, Luciano Pagliarini não teve desconto de pontos. Marcel Kittel chegou em sexto e perdeu seu único ponto conquistado. Alberto Contador, que chegou em segundo, perdeu um ponto e ficou com apenas cinco. Vamos manter o suspense mais um pouco e mostrar o pódio da etapa...

O pódio da sexta etapa. No centro, o vencedor, o francês Romain Bardet (AG2R), com o troféu de vencedor. Ele havia sido o segundo colocado na mesma etapa, em 2019. À sua direita, o segundo colocado, o espanhol Alberto Contador (Astana). À sua esquerda, ao lado do troféu, o italiano Fabio Aru (Liquigás), terceiro colocado.
Incrivelmente, o título foi para Alberto Contador por apenas um ponto de vantagem para Lance Armstrong! Alberto Contador conquista o Tirreno Adriático 2020, seu primeiro título na LMC. Lance Armstrong ficou muito decepcionado com o vice campeonato, mas levou como prêmio de consolação o título de montanha.

O pódio do Tirreno Adriático 2020. No centro, o campeão Alberto Contador (Astana), com o troféu de campeão. À sua direita, o americano Lance Armstrong (USPS), vice campeão e campeão de montanha. À sua esquerda, o francês Julian Alaphilippe (Quickstep), terceiro colocado.
Com os pontos distribuídos no Tirreno Adriático, o belga Tom Boonen (Quickstep) ultrapassa o holandês Tom Dumoulin (Sunweb) na liderança do ranking da LMC, 74x71. A festa italiana do ciclismo continua neste sábado, com a disputa da clássica Milan Sanremo.

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