quarta-feira, 10 de junho de 2020

Arte e Botões - Suécia 1994 - 10/06/2020

Quarta é dia de arte. Ultimamente, tenho andado muito saudosista das Copas de 1990, 1994 e 1998, época em que as coisas eram mais simples e o futebol, mais divertido. Então vamos continuar nessa toada e apresentar a Suécia de 1994!


País com boa tradição e poucos títulos no futebol, a Suécia foi fundada em 1904, junto com a criação da FIFA. Mas só foi se filiar à UEFA 50 anos depois. Entre seus títulos de expressão, podemos destacar a medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres (1948) e os bronzes em Paris (1924) e Helsinque (1952), além do europeu sub-21 de 2015. No feminino, a história é outra, com títulos europeu e mundial, medalha olímpica e outras conquistas na base.

Nas Copas do Mundo, é mais fácil falar as edições em que não participou do que aquelas em que esteve em campo. Ficou de fora em 1930, 1954, 1962, 1966, 1982, 1986, 2010 e 2014. Vice campeã em 1958, terceira em 1950 e 1994, quarta em 1938, com participação ativa em oitavas e quartas de final...

O mesmo não se pode dizer da UEFA. Filiada apenas em 1954, foi participar da competição máxima do futebol europeu somente em 1992. Depois, em 2000, fez sua segunda aparição e, dali em diante, virou figurinha carimbada, participando de todas as edições seguintes. Sua melhor colocação foi em 1992, quando sediou o evento e terminou em terceiro lugar, o que é ótimo, pois é daquela geração que vamos falar.

Esta equipe começou a ser montada para a Copa de 1990, na Itália. As eliminatórias europeias começaram em 1988 e foram até o final do ano seguinte. A Suécia caiu num grupo que tinha a Inglaterra, a Polônia e a Albânia. A estreia foi difícil, contra a Inglaterra e o 0x0 em Wembley foi considerado heroico. A seguir, 2x1 em Albânia e Polônia para encerrar o primeiro turno bem. No returno, novo 0x0 com a Inglaterra, 3x1 na Albânia e 2x0 na Polônia, carimbando o passaporte para o Mundial de forma invicta. Os suecos viriam embalados para a Copa do Mundo, onde caíram no grupo C com Brasil, Escócia e Costa Rica. Considerados favoritos para uma das vagas (classificavam-se os dois melhores de cada grupo e alguns terceiros colocados), os suecos perderam os 3 jogos por 1x2 e caíram logo na primeira fase.

Em 1992, a Suécia seria a anfitriã da Eurocopa e, no grupo A, teria a companhia de Dinamarca, França e Inglaterra. Em outras palavras, o grupo da morte. Apesar do empate na estreia (1x1) França, Brolin começou a jogar e garantiu as vitórias sobre a Dinamarca (1x0) e Inglaterra (2x1), classificando sua equipe em primeiro lugar. Nas semifinais, o loirinho meiocampista voltou a jogar muito, mas a Suécia perdeu para a Alemanha (2x3) e ficou com o terceiro lugar.

Após o bom desempenho na Euro, começou-se a perceber que aquele time poderia dar liga e fazer um bom papel na Copa de 1994. As eliminatórias europeias começaram ainda em 1992 e terminaram no final de 1993. A Suécia caiu no grupo 6, com Bulgária, França, Áustria, Finlândia e Israel. Até as equipes consideradas mais fracas eram boas e podiam aprontar. Mas a Suécia foi sensacional e contou com um Dahlin inspirado, terminando como artilheiro do grupo (7 gols). A equipe se classificou para a Copa em primeiro no grupo e só perdeu um jogo (1x2 França).

Na Copa de 1994, a Suécia ficaria no grupo B, voltando a enfrentar o Brasil e tendo, ainda, Rússia e Camarões na fase de grupos. Não seria fácil, mas aquela geração era incrível. Os suecos empataram com Camarões (2x2), venceram a Rússia (3x1) e seguraram bem o Brasil (1x1), conseguindo a vaga para a segunda fase.

Nas oitavas de final, 3x1 na Arábia Saudita. Nas quartas, um jogão com a Romênia (2x2) e Ravelli defendendo na disputa de pênaltis fizeram a equipe passar para as quartas de final com um 5x4. Nas semifinais, um jogo tenso e duríssimo com os brasileiros até Jorginho cruzar com perfeição e Romário subir no meio dos gigantes nórdicos para decretar a vitória por 1x0. Era o fim do sonho do título, mas a medalha de bronze viria com um incrível 4x0 sobre a Bulgária.

Aquele time, forjado em 1990 e que foi explodir em 1994, é o que apresento aqui. Curiosamente, aquela geração apresentou muitos grandes jogadores para o mundo do futebol, mas eles não chegaram a jogar em grandes centros. Temos aqui alguns ótimos atletas, como o goleiro Ravelli, o volante Jonas Thern, o meiocampista Tomas Brolin e o atacante Martin Dahlin. Mas, em 1994, quem arrebentou mesmo foi Kenneth Anderson. O gigante atacante fez cinco gols e foi um dos vice artilheiros da Copa.

Só para se ter uma ideia do paradoxo vivido por aquela Suécia, Brolin e Dahlin eram os principais jogadores, mas jogavam no Crystal Palace e no Blackburn, respectivamente. Ibrahimovic jogou nos maiores times do mundo (Barcelona, Inter, Milan, etc) e jamais teve uma grande seleção para lhe acompanhar. Talvez se fosse o 9 no início dos anos 90, a Suécia poderia ter entrado na seleta lista de campeões europeus ou mundiais...

Mas chega de papo! Vamos aos atletas, naquele esquema de sempre. Goleiro, 10 titulares de linha, 3 reservas e o treinador. Espero que gostem, pois eu curto bastante a Suécia. Esta é uma das equipes que desejo colocar futuramente na FIFUBO.


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