Liga FIFUBO 2020 - Décima Primeira Rodada - 30/05/2020

O sábado trouxe um lindo dia de céu azul e temperatura baixa. A décima primeira rodada da Liga FIFUBO 2020 teria um dia bonito para ser iniciada, mas o Imperatriz Arena segue sem poder receber público, o que tirou boa parte do espetáculo. Mesmo assim, tivemos bons jogos. Vamos a eles!

O ciclista Oscar Pereiro Sio exibe o troféu do Tour da Suíça e dá o pontapé inicial da décima primeira rodada da Liga FIFUBO 2020

HOLANDA 1x3 FRANÇA

Empolgados após o quarto lugar no Mundial, os holandeses estreiam no segundo turno apenas na segunda rodada, após folgarem na primeira. Johan Cruyff mandou seu filho Jordi a campo no lugar de Seedorf, de olho em mais uma boa atuação de sua equipe. O problema é que, do outro lado, vem a França que goleou Camarões na rodada anterior (5x1), com os jogadores em uma forma física impressionante e querendo embalar de vez no segundo turno. No primeiro turno, França 2x0 Holanda.

O jogo foi muito bom, com as duas equipes se revezando no início pelo controle da partida. A Holanda atacava bem com Overmars e Zenden pela esquerda, mas tinha problemas quando a bola chegava em Kluivert, que atrasava as jogadas. A França atacava bem com Zidane quase como centroavante. O camisa 10 partia pelo meio, tabelava com os atacantes e voltava ao centro para concluir. Henry estava um nível um pouco abaixo dos demais e prejudicava algumas situações de ataque.

Mas foi só quando Djorkaeff entrou no jogo que os gols começaram a sair. Aos 6 minutos, Barthez cobrou tiro de meta para Zidane no meio e o camisa 10 abriu a Djorkaeff na direita. O camisa 6 avançou até o campo de ataque e passou a Guivarch, que trouxe a jogada (e a marcação) para o centro e abriu de volta na direita. Djorkaeff invadiu a área livre e chutou na saída de Van Der Sar, fazendo França 1x0.

A partir dali, a Holanda se desarrumou um pouco e os franceses tomaram conta do jogo, partindo para cima na ânsia de ampliar o marcador. Aos 9 minutos, Zidane esticou para Djorkaeff na ponta esquerda, mas Heitinga saiu da área e afastou a lateral. Djorkaeff cobrou rápido para Guivarch, que entrou correndo nas costas do zagueiro. O camisa 9 invadiu a área e chutou na saída de Van Der Sar, vendo a bola tocar no travessão antes de entrar: França 2x0.

No intervalo, Cruyff tirou Heitinga e Kluivert para colocar Triton e Seedorf. Zenden iria para a posição de falso 9 e, sem a bola, voltaria para formar um meio em losango. José Mourinho tirou Deschamps e Henry para colocar Pires e Trezeguet, com Blanc passando a ser o capitão.

A Holanda descontou aos 2 minutos, após Seedorf abrir na direita para Bergkamp e o camisa 7 rolar para Zenden no meio. O camisa 10 dominou próximo à meia lua e desferiu um lindo chute colocado que entrou no ângulo de Barthez e fez Holanda 1x2.

Mas aquilo foi só um gol de honra. A França continuou dominando as ações e não deixou os holandeses pensarem que poderiam empatar. Pires entrou muito bem novamente e armou o jogo com Zidane, deixando Djorkaeff mais recuado. Guivarch teve mais opções e se fartou de perder oportunidades.

Aos 7 minutos, veio o golpe de misericórdia. Zidane fez boa jogada pela esquerda, foi ao fundo e cruzou para o bico direito da grande área. A bola veio alta e, com um toque de primeira, Pires ajeitou para Guivarch na entrada da área. O camisa 9 chutou também de primeira e acertou o canto de Van Der Sar, marcando um golaço: França 3x1.

Destaque do jogo: Stephane Guivarch. O camisa 9 francês foi o artilheiro que se espera. Com boa movimentação e sendo bem assessorado por Djorkaeff, Zidane e Pires, recebeu bolas em condições e deixou duas no fundo das redes holandesas, garantindo a vitória de sua equipe.

CAMARÕES 1x2 INGLATERRA

Após estrear no returno com uma humilhante derrota (1x5 França), Camarões precisa juntar os cacos e tentar retomar o caminho das vitórias. Para isso, aposta no nervosismo do adversário. O problema é que jogará contra a Inglaterra, vice líder da competição e que, na rodada anterior, bateu a Alemanha (3x2), a última invicta e atual campeã mundial. Os ingleses têm uma novidade para este jogo. Após decidir contra os alemães, Peter Crouch ganha uma oportunidade no 11 inicial, no lugar de Michael Owen. No primeiro turno, Inglaterra 4x0 Camarões.

Alex Ferguson acertou em cheio ao colocar Crouch em campo. O camisa 15 se entendeu perfeitamente com Rooney, trocando passes e desperdiçando oportunidades. Antes dos 3 minutos, a Inglaterra já tinha mandado duas bolas na trave. Camarões tinha dificuldades para sair, principalmente porque Mfede e Mbouh jogavam mal. Com isso, Oman Biyik ficou isolado na frente e não recebeu bolas para tentar a conclusão.

O primeiro tempo só teve um gol, mas foi fruto de uma jogada inteligente dos ingleses. Como atacavam majoritariamente pelo lado direito, viram os adversários deslocarem a marcação para lá. Assim, aos 5 minutos, Bridge tocou a Gerrard no meio e o camisa 4 inverteu o jogo para a esquerda. Com um bom lançamento, encontrou Rooney livre e viu o camisa 9 partir em velocidade para o ataque. Rooney driblou Tataw para entrar na área e deu um chute forte por cima de Nkono, para fazer Inglaterra 1x0.

No intervalo, Zlatko Dalic tirou Ebwelle e Oman Biyik para colocar Ndip e Roger Milla. Alex Ferguson tirou John Terry e Joe Cole para colocar Carragher e Owen. Beckham seria o capitão, Rooney faria a meia esquerda, Crouch passaria ao ataque pelo lado esquerdo e Owen faria o lado direito.

Essas mudanças pioraram a Inglaterra, que demorou a entender o que se passava com o novo esquema. Lampard não acertava os passes e isso dificultou muito a vida dos homens de frente. O nervosismo começou a bater e Camarões sabia se aproveitar disso...

Aos 3 minutos, Mbouh recebeu uma bola na meia direita e fez um lançamento magistral para Roger Milla no campo de ataque. O camisa 9 recebeu no meio dos zagueiros, deu um tapa na frente e entrou na área em velocidade. Viu Robinson sair e virou o pé para deslocá-lo e fazer Camarões 1x1.

Mas Camarões é assim. O futebol alegre também é irresponsável e, quando a equipe cria uma coisa boa e organizada, a desorganização a seguir põe tudo a perder. Logo na saída de bola, Crouch e Lampard ficaram de toques pela direita até que Crouch rolou para Beckham. Nkono saiu para tentar cortar e acabou tocando na bola fora da área, recebendo o cartão vermelho. Mfede foi o sorteado para sair no lugar do goleiro e cumprir a suspensão no próximo jogo. Com isso, Camarões se limitou a defender o resto da partida e os ingleses foram com tudo para cima.

Mas o gol da vitória só veio no último lance, literalmente. Rooney recebeu na meia esquerda e fez um lançamento magistral para Peter Crouch. O camisa 15 invadiu a área, viu que Owen atrapalhava a visão do goleiro, fez que ia chutar rasteira no canto direito, mas acabou chutando alta no outro lado. Nkono saiu antes e não viu a bola entrar: Inglaterra 2x1.

Destaque do jogo: Peter Crouch. O camisa 15 ganhou a chance de começar jogando e não decepcionou. No primeiro tempo, se movimentou bastante e fez boas tabelas com Rooney. No segundo tempo, foi para o lado esquerdo, continuou jogando bem e acabou premiado com o gol que deu a vitória aos ingleses.

NOTAS RÁPIDAS

• A rodada se encerra neste domingo ou durante a semana, a depender dos acontecimentos do final da semana.
• Dois jogadores atingiram milestones na rodada. Ao anotar duas vezes no primeiro jogo do sábado, Stephane Guivarch chegou a 10 gols com a camisa da França. Já o gol holandês não foi apenas o de honra, mas também o incrível gol de número 120 de Zenden em sua brilhante carreira.

LMC - TOUR DA SUÍÇA 2020

Na última quinta-feira (28/05), o Tour da Suíça 2020 chegou à sua sexta e última etapa. A competição deste ano começou com muita apreensão e terminou como uma prova espetacular. Os organizadores inovaram e colocaram a Etapa Rainha na última etapa, ou seja, conheceríamos o campeão e o campeão de montanha no mesmo dia. Além disso, em todas as provas havia uma subida difícil, tornando a competição deste ano bem puxada.

Logo na primeira etapa, um abandono e três ciclistas desclassificados trouxeram o temor de um grande número de abandonos ao longo da competição, mas isso não aconteceu mais até a última etapa, quando Andy Schleck se lesionou e deixou o Tour. Outro fator constante foi o tempo clássico da Suíça, com muito frio e vento, mas os atletas resistiram bravamente e 28 chegaram à corrida final.

Na última etapa, 6 ciclistas chegaram em condições de disputar o título e, com uma meta volante na metade, a emoção estava garantida até o final. O problema é que era uma etapa de montanha, com subidas dificílimas e uma chegada bem desgastante. Um típico dia suíço se desenhou para a disputa derradeira, com céu azul e frio.

Os ciclistas se empolgaram com as condições climáticas e entregaram uma prova de altíssimo nível. Pedalando forte nas montanhas, o pelotão andava junto e disputava as posições de frente de olho na meta volante, em trecho plano. Após a distribuição dos últimos pontos intermediários, dois dos seis ciclistas já não tinham mais condições de título, deixando o troféu para ser decidido entre quatro atletas.

O vencedor da etapa anterior, Domenico Pozzovivo, se destacou na prova. Cruzou em primeiro na meta volante e fazia valer suas características de montanhista. Quanto mais a prova se aproximava do final, mais inclinadas ficavam as montanhas e Pozzovivo foi perdendo ritmo. Já Oscar Pereiro Sio administrou a prova inteira, mantendo-se perto dos ciclistas que ameaçavam sua camisa amarela. Com a queda de produção de Pozzovivo, Oscar Pereiro Sio assumiu a liderança e atacou, pintando como favorito para a vitória.

Acontece que, próximo à linha de chegada, Pozzovivo se recuperou e, junto com Oscar Freire, começou a perseguir o então líder. A disputa por posições levou Oscar Pereiro Sio ao chão e, de primeiro, ele acabou cruzando em quinto. Oscar Freire venceu e Domenico Pozzovivo chegou em segundo. O TCB foi acionado e decidiu que a disputa por posições foi ilegal, punindo Freire e Pozzovivo com a desclassificação da etapa. Assim, eles foram para as últimas posições e mudaram o pódio da corrida.

A vitória foi herdada pelo francês Julian Alaphilippe (Quickstep), formando dobradinha da equipe com o colombiano Fernando Gaviria. Em terceiro, o espanhol Oscar Pereiro Sio (Caisse D’Erpagne).

O pódio da última etapa. No alto, com o troféu de vencedor, o francês Julian Alaphilippe (Quickstep). Um pouco abaixo, o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep), segundo colocado. Mais abaixo, o espanhol Oscar Pereiro Sio (Caisse D'Erpagne), terceiro colocado.

Oscar Pereiro Sio conquista o Tour da Suíça e se torna o primeiro bicampeão da História da LMC, já que também havia conquistado a competição em 2019. Nas posições seguintes, uma dobradinha italiana no pódio. Danilo Di Luca (Liquigás) foi o segundo colocado e Domenico Pozzovivo (AG2R), o terceiro.

O pódio do Tour da Suíça 2020. No alto, com o troféu de campeão, o espanhol Oscar Pereiro Sio (Caisse D'Erpagne). Um pouco abaixo, o italiano Danilo Di Luca (Liquigás), vice campeão. Mais abaixo, o italiano Domenico Pozzovivo (AG2R), terceiro colocado.

Julian Alaphilippe ganhou muito mais herdando a vitória. Além de vencer sua primeira prova na Suíça, o francês da Quickstep conquistou também o prêmio de montanha.

O francês Julian Alaphilippe (Quickstep), com o troféu de vencedor da sexta etapa, após ser premiado campeão de montanha do Tour da Suíça 2020.

O único suíço na disputa era Fabian Cancellara (Saxo Bank), que não teve uma boa carreira. Andou sempre no grupo de trás, chegou sempre nas últimas posições, mas fez a alegria dos fãs locais ao conseguir um terceiro lugar na quinta etapa.

Após o Tour da Suíça, o ranking da LMC tem um novo líder. Danilo Di Luca dispara na frente, com 145 pontos contra 122 de Marcel Kittel (que não pontuou aqui). O terceiro lugar está com Alberto Contador, com 119.

Os ciclistas descansam e se preparam para o Tour de France 2020! A segunda das três Grandes Voltas começa nesta segunda-feira.