quarta-feira, 20 de maio de 2020

Arte e Botões - Jamaica 1998 - 20/05/2020

Estou com uma arte pronta para postar já tem um tempo, mas fui fazendo uma coisa e outra e outra... acabava sempre adiando. De hoje não passa! Vamos retomar as artes e trazer a Jamaica de 1998!

Eu costumo dizer que 1998 foi um dos melhores (se não o melhor) anos de minha vida. Muitas coisas boas aconteceram no plano pessoal, o clima era bom, a vida também. E o futebol mundial estava vivendo um período sensacional, o início da Era Nike, que fez dos atletas verdadeiras estrelas do esporte. E era ano de Copa do Mundo, um evento que prometia. Várias seleções consagradas, recheadas de craques, e outras que prometiam surpreender (e apresentar ao mundo seus jogadores). Foi a Copa de Zidane e Ronaldo, mas também a de Rivaldo, Roberto Carlos, Thuram, os irmãos De Boer, Hakan Sukur, Davor Suker, Zamorano... difícil citar só meia dúzia de nomes.

E foi nesta Copa que o mundo conheceu uma história super divertida. Em 1998, nós veríamos em ação os Reggae Boyz. A Concacaf pode ser resumida em Estados Unidos, México, Costa Rica e um punhado de pequenas ilhas, que apenas fazem figuração nas competições futebolísticas. Isso era verdade até Renê Simões desembarcar na Jamaica e fazer um bando de jovens divertidos e dançantes se tornarem uma das 32 seleções na disputa do mundial de futebol.

Em 20 jogos nas eliminatórias, foram 11 vitórias, 6 empates e 3 derrotas. A Jamaica começou a ganhar confiança e teve resultados surpreendentes, como o 3x0 em Honduras, 1x0 México (!!!), 0x0 e 1x1 Estados Unidos e 1x1 com a Costa Rica. Em 16/11/1997, os jamaicanos seguraram o 0x0 com o México em casa e conseguiram a vaga na Copa, com a terceira posição das eliminatórias. Além dos jamaicanos, o México e os Estados Unidos carimbaram a vaga.

Em uma competição com Brasil, França, Itália, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Argentina, Espanha e tantos outros, querer que a Jamaica aprontasse alguma coisa era demais. Mesmo assim, eles deixaram uma marquinha. Sorteados para o grupo H do torneio, estrearam perdendo por 1x3, para a Croácia de Suker. Depois, diante da Argentina, 0x5. Contra o Japão, só para cumprir tabela, os jamaicanos botaram o reggae para fora e venceram por 2x1, com dois de Theodore Whitmore. A Jamaica terminou a Copa na 22ª posição, mas conseguiu fazer História.

Além da alegria da equipe e das chuteiras amarelas (algo raro, até então), os jamaicanos depositavam grande esperança nos pés de Deon Burton. Nascido em Reading (Inglaterra), o atacante jogou em seu país de origem a carreira inteira, mas se naturalizou jamaicano sabe Deus por quê. Na época da Copa, jogava no Derby County e, ao todo, jogou 632 vezes, marcando 148 gols. Mas na Copa de 1998, não deixou um golzinho sequer.

Enfim, vamos apresentar os Reggae Boyz! Esta foi uma arte que me deu um prazer imenso fazer. Além de ser mais uma seleção que atuou durante aquele marcante ano de 98, gosto muito de imaginar como é o futebol praticado na América Central, com países pequenos, estádios mais abertos e muito sol.


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