Mundial de Futibou de Butaum 2020 - Semifinais - 06/05/2020

Quarta-feira, sol entre nuvens, quarentena continuando. Mas o Mundial de Futibou de Butaum não pode parar, então vamos aproveitar para conhecer os finalistas da edição 2020! Dois jogos de pura emoção foram vistos no Imperatriz Arena. Vamos a eles!

BRASIL 1x1 COREIA DO SUL

Logo de cara, um jogo que parece não querer um vencedor. No Mundial de 2019, um empate em 2x2 e o Brasil avançou à final nos pênaltis; no Torneio Início da Liga 2020, um empate em 1x1 e o Brasil avançou no número de escanteios; na Liga, novo empate em 1x1. Isso mostra como Brasil e Coreia do Sul jogam em alto nível e fazem partidas equilibradas. Para a partida de hoje, Dorival Junior quer Kleberson marcando Jayeon individualmente e os meias encostando nos atacantes, como feito na vitória sobre a Argentina (4x1). Já Kozo Kira mostrou preocupação com Jayeon. Seu camisa 10 não parecia bem fisicamente na última partida (3x3 Camarões) e, por isso, um regime individual de treinos exaustivos foi feito.

Dorival Junior surpreendeu a todos neste jogo. Esperava-se equilíbrio, com as duas equipes disputando bola a bola a supremacia na partida. Mas o técnico mandou o Brasil fechado na defesa, deixando a Coreia do Sul ficar com a bola e saindo nos contra ataques. Foi assim que abriu o marcador logo com um minuto.

Masao Tachibana cobrou córner para a área e Roberto Carlos afastou para o lado direito. Alex pegou a bola e tabelou com Cafu para chegar ao meio de campo. Depois, com Kleberson, tabelou para chegar ao campo de ataque, onde tabelou com Ronaldo e recebeu um passe perfeito, nas costas de Urabe. Alex, então, trouxe a bola para o pé esquerdo e acertou um lindo chute colocado, vencendo Wakashimazu e fazendo Brasil 1x0.

A Coreia do Sul tentava ir para o ataque, mas a defesa brasileira estava bem postada. Quando os sul coreanos concluíam, Carlos Germano fazia ótimas defesas. O Brasil saía em contra ataque, com Rivaldo atuando quase como um terceiro atacante e Ronaldo se fartando de perder oportunidades. Assim, o primeiro tempo terminou com apenas um gol.

No intervalo, Dorival Junior tirou Edmilson e Denilson para colocar Roque Junior e Ronaldinho. Pretendia melhorar a marcação e ter peças para variar do 4-4-2 para o 4-5-1, com três meias vindos de trás. Alex faria a meia esquerda e Ronaldinho, a direita. Rivaldo ficaria ora como segundo atacante, ora como meia centralizado. Kozo Kira sacou Okawa e Lee Young-Un para colocar Kishida e Taki. Pretendia melhorar a marcação na defesa e incendiar o jogo com a velocidade de seu camisa 13.

Taki entrou muito bem, realmente. Com suas jogadas em velocidade, avançava tanto pela ponta esquerda quanto em diagonal pelo meio, fazendo com que os asiáticos tivessem maior qualidade para abrir a defesa e concluir. Carlos Germano fazia o que podia para segurar lá atrás. Ronaldinho não entrou bem e, com isso, o contra ataque ficou prejudicado. Mas o Brasil teve boas chances, principalmente com Ronaldo e Rivaldo, que desperdiçaram cara a cara.

O gol de empate veio aos 4 minutos. Sano desarmou Ronaldo e se mandou para o campo de ataque. Primeiro, tabelou com Masao Tachibana. Depois, com Jayeon. Ao chegar na intermediária brasileira, abriu para Taki na esquerda. O camisa 13 trouxe para o meio, avançou até a meia lua e percebeu Kleberson vindo para a marcação. Aproveitando-se do camisa 15 obstruir a visão de Carlos Germano, Taki chutou rápido, rasteiro, no canto esquerdo. O goleiro esperava uma bola alta no canto direito e, quando percebeu, já era tarde: Coreia do Sul 1x1.

A Coreia do Sul pressionou no final do jogo, mas não conseguiu marcar. No último lance da partida, Kazuo Tachibana acertou um lindo chute de fora da área, mas a bola bateu no travessão. Como não houve vencedor no tempo normal, o primeiro finalista seria decidido nos pênaltis!

Rivaldo e Ronaldo converteram as cobranças brasileiras, enquanto Jayeon e Urabe fizeram as sul coreanas. Assim, chegamos na temida terceira série de cobranças! Sano cobrou muito bem, no meio do gol, deslocando Carlos Germano. Roberto Carlos soltou um chute fortíssimo, à meia altura do canto direito, mas Wakashimazu acertou e espalmou. Joo Sung foi para a quarta cobrança e fez, jogando toda a pressão em cima de Alex. O camisa 7 brasileiro deslocou Wakashimazu, mas acertou a trave direita. Com a vitória por 4x2, a Coreia do Sul chega à inédita final!

Destaque do jogo: Carlos Germano. Apesar de não ter conseguido pegar um pênalti e sair derrotado, o goleiro brasileiro foi um gigante. Fez verdadeiros milagres em diversas ocasiões do jogo, inclusive em um chute de Joo Sung no finalzinho. Merecia melhor sorte.

ALEMANHA 2x2 HOLANDA

A segunda semifinal é um clássico europeu e coloca frente a frente duas equipes de olho em sua primeira final de Mundial. A Alemanha, quarta colocada em 2018 e quinta em 2019, não sofreu gols ainda e é a única com 100% de aproveitamento (2x0 França e 1x0 Japão). A Holanda vive um conto de fadas, depois de ser penúltima em 2018 e última em 2019. A péssima fase vivida na Liga foi deixada para trás e a campanha no Mundial é muito boa (2x3 Coreia do Sul e 3x2 Camarões). Para esta partida, Jordi Cruyff começa jogando, no lugar de Seedorf.

O jogo começou muito ruim. As duas equipes erravam demais e não conseguiam concluir. Se houvesse público no Imperatriz Arena, estaria vaiando o espetáculo deplorável. Mas a Holanda foi colocando a bola no chão aos poucos e dominando as ações. As conclusões começaram a aparecer e o primeiro gol ia amadurecendo.

E ele veio aos 6 minutos, em uma jogada que começou na área holandesa. Toni Kroos tentou passar para Thomas Muller, mas Van Der Sar saiu do gol e afastou. A bola encontrou Jordi Cruyff na intermediária defensiva e o camisa 14 avançou com a bola até a intermediária de ataque, quando fez um lançamento incrível, pelo meio da defesa, encontrando Kluivert livre dentro da área. Neuer saiu para bloquear, mas Kluivert percebeu. Ao invés de girar, o camisa 9 rolou para a direita, encontrando Bergkamp. O camisa 7 só teve o trabalho de empurrar para o gol vazio e sair para o abraço: Holanda 1x0.

O melhor futebol holandês era premiado, mas os jogadores perdiam muitas oportunidades. Bergkamp criava pela direita e Zenden e Kluivert perdiam gols. A velha máxima do "quem não faz, leva" esquentava, mas foi preciso a arbitragem polemizar para o empate acontecer. Aos 10 minutos, Klose chegou por trás de Overmars e roubou a bola. Os holandeses pararam pedindo falta, enquanto o camisa 11 invertia para Badstuber. O camisa 5 procurou Schweinsteiger no meio e os dois foram tabelando até o campo de ataque. Na intermediária alemã, Schweinsteiger ajeitou, viu o posicionamento do goleiro e arriscou um chute forte, que surpreendeu Van Der Sar e fez Alemanha 1x1.

No intervalo, Lothar Matthaus tirou Reus e Podolski para colocar Draxler e Goetze. Cruyff tirou Van Bronckhorst e Overmars para colocar Triton e Seedorf. Zenden jogaria na ponta esquerda.

A Holanda continuou jogando muito melhor, dominando as ações. Seedorf entrou bem e fez boas jogadas com Cruyff. Zenden na ponta se movimentava bem, mas parecia meio perdido na hora de concluir. Do outro lado, Bergkamp jogava melhor e servia Kluivert, quando não concluía. A Alemanha tentava jogar, com Muller se esforçando. As entradas de Draxler e Goetze foram boas e, com isso, Klose passou a receber a bola. O camisa 11 chegou a mandar uma na trave.

Aos 5 minutos, a Holanda voltou a ficar na frente após um passe de Kroos ser interceptado por Heitinga. O camisa 3 passou para Davids, que abriu a Seedorf na meia direita. O camisa 8 avançou até o centro do gramado e fez um ótimo lançamento, por cima dos defensores, encontrando Kluivert. O camisa 9 matou a bola, deixou-a quicar e deu um chute incrível da meia lua, encobrindo Neuer e fazendo Holanda 2x1.

Os laranjas jogavam uma partida incrível, mas perdiam a oportunidade de ampliar o marcador e carimbar logo a vaga. Ao contrário, davam chances à Alemanha de se organizar e tentar o empate.

Assim, já nos acréscimos, chegou o castigo. Zenden fez a jogada pela linha de fundo e cruzou para a área, mas Mertesacker afastou. A bola sobrou para Kroos, que inverteu na esquerda para Draxler. O camisa 14 avançou pelo meio de campo e fez um passe por cima da defesa, encontrando Thomas Muller. O camisa 13 matou a bola dentro da área e só precisou dar um toque para o lado. Van Der Sar vinha para o bloqueio e acabou derrubando-o. Schweinsteiger cobrou o pênalti no alto, bem no canto esquerdo de Van Der Sar, que se esticou, mas não achou: Alemanha 2x2.

Com mais uma partida terminando empatada, o segundo finalista também seria conhecido nos pênaltis! Mas esta disputa foi bem diferente da anterior. Se a Coreia do Sul primou pela excelência em suas cobranças, os europeus erraram incrivelmente.

Na primeira série, Thomas Muller bateu para Van Der Sar defender e Zenden cobrou no travessão. Na segunda, Klose no canto Van Der Sar (Alemanha 1x0), enquanto Jordi Cruyff chutou e Neuer pegou. Na temida terceira série, Davids acertou um lindo chute no alto (Holanda 1x1) e Lahm chutou para Van Der Sar defender mais uma. Na quarta série, Klose e Bergkamp acertaram suas cobranças (2x2). Na quinta e última série, Mario Goetze fez Alemanha 3x2, enquanto a cobrança de Kluivert acabou nas mãos de Manuel Neuer. A Alemanha vence e se classifica para a final!

Destaque do jogo: Dennis Bergkamp. É muita sacanagem a Holanda se desdobrar neste Mundial, virar protagonista, dominar o jogo e perder a vaga nos pênaltis, mas faz parte da magia do futibou de butaum. O camisa 7 holandês foi figura de destaque na partida, com ótimas arrancadas pela direita, servindo seus companheiros e também concluindo. Voltou ao meio para armar o jogo e também ajudou na defesa. Fez um gol no tempo normal e converteu sua cobrança. Merecia ter sua ótima partida coroada com a vaga na final.

NOTAS RÁPIDAS

• Com os finalistas decididos, a FIFUBO sorteou a ordem dos times no placar, uma mera formalidade, já que o mando de campo é dividido.
• Na sexta-feira, Holanda e Brasil vão decidir a medalha de bronze da competição.
• No sábado, Alemanha e Coreia do Sul decidem quem é o campeão do Mundial de Futibou de Butaum 2020.
• Encerrado o jogo final, a premiação começará e haverá a nomeação do MVP e do artilheiro, além da entrega das medalhas de bronze, prata e ouro e dos troféus do campeão.
• Em caso de empate na artilharia, os vencedores serão chamados juntos e dividirão a bola de ouro.
• Em caso de empate no MVP, uma junta técnica será formada na Federação, com o presidente, o vice, o diretor de seleções e o diretor técnico, que votarão no melhor jogador. Somente um poderá levar a bola de ouro de MVP e serão realizadas tantas votações quanto necessárias para chegar a um consenso.
• A FIFUBO mantém em segredo o nome dos ex jogadores que darão o pontapé inicial na disputa do terceiro lugar e na final, bem como quem entregará as bolas de ouro. Mas é certo que serão atletas que fizeram parte da FIFUBO e não ciclistas. Até porque, o Criterium du Dauphiné ainda está sendo disputado e um campeão não será coroado até os jogos decisivos.
• Em sessão realizada após o encerramento da rodada, o TJB puniu os árbitros das duas partidas. Por decisões contestadas durante a disputa de pênaltis entre Brasil e Coreia do Sul, o árbitro Carlos Eugênio Simon foi suspenso por uma rodada. O auxiliar, Luis Carlos Felix, foi absolvido.
• Já o árbitro Salvio Spinola foi suspenso por duas rodadas após reclamação da Holanda de que Klose teria feito falta no lance do primeiro gol alemão. O auxiliar, Anderson Daronco, foi absolvido. Salvio Spinola voltava de suspensão neste jogo, após ficar de fora por duas rodadas por condenação no primeiro jogo (Japão 0x3 França).
• As punições não têm efeito prático, já que semifinais, disputa de terceiro lugar e final contam como uma rodada (fase final), mas servem como efeito estatístico da atuação do Tribunal e para a Direção de Arbitragem ficar ligada na atuação de seus árbitros.