terça-feira, 29 de outubro de 2019

Liga FIFUBO 2019 - Resumo do Segundo Turno

Em 31 de agosto, o segundo turno da Liga FIFUBO se iniciava. A competição sofreu com atrasos, pausas de mais de mês várias vezes e, por este motivo, uma correria se iniciou. No final, duas rodadas do returno tiveram que ser cortadas, para que o calendário pudesse ser cumprido. As escolhidas foram a sétima e oitava (respectivamente, décima sexta e décima sétima), para que a última rodada fosse jogada, já que era aquela com os clássicos. Assim, desde aquele Estudiantes 2x2 Boca Juniors até o River 2x1 Boca, foram 35 jogos, em 7 rodadas. 98 gols foram marcados, o que deu uma média de 2,5 gol por jogo. Algumas partidas foram muito ruins, mas conforme a competição se aproximava do final, a qualidade das partidas subiu e mais gols foram vistos.


Este resumo vai ser só sobre o segundo turno (o resumo do campeonato inteiro será após a final). Como dito, em 35 jogos, 98 gols foram marcados (média de 2,5 por jogo). A nível de comparação, a média do primeiro turno foi de 2,9 por jogo. O melhor ataque foi do Racing e do River Plate, ambos com 14 gols (média de 2 por jogo) e a melhor defesa foi do Imperatriz, com 6 tentos sofridos (média de 0,86 por jogo). No outro lado, o pior ataque foi do Velez e do San Lorenzo, com cada um marcando apenas 6 gols (média de 0,86 por jogo), enquanto a pior defesa foi a do Estudiantes, com 16 gols sofridos (média de 2,28 por jogo). Se no primeiro turno 47 jogadores já haviam marcado na competição, no segundo turno o número subiu para 63. 75 jogadores ainda não fizeram gol na Liga. Agora, vamos ver como cada equipe se saiu no segundo turno:

BOCA JUNIORS - Ao virar o turno em sexto, o Boca estava muito longe do que esperavam seus torcedores. No segundo turno, a coisa ficou pior. A equipe xeneize fez apenas 6 pontos no returno (1 vitória, 3 empates, 3 derrotas, 8 gols pró e 9 gols contra) e jamais deu sinais de que lutaria para entrar na zona de classificação. Terminou em oitavo no returno e nunca mostrou ser o dream team que Falcioni pretendia apresentar. Ao menos, Palermo recuperou o bom futebol e, com 8 gols na competição, foi o destaque da equipe.

ESTUDIANTES DE LA PLATA - Depois de um bom primeiro turno, quando virou em quarto, a equipe caiu absurdamente de produção. Fez somente 5 pontos (1 vitória, 2 empates e 4 derrotas, 9 gols pró, 16 gols contra) e foi vendo a luta pela classificação ficar cada vez mais distante. Acabou com a nona campanha do returno, a segunda pior. A péssima fase de Gastón Fernandez explica a queda de rendimento da equipe. De candidato a artilheiro e MVP da Liga, parou de fazer gols na quarta rodada e só foi encerrar o jejum na décima sexta. Difícil arrumar um destaque, mas Enzo Perez ao menos tentou organizar a equipe.

HURACÁN - Ao virar o turno em décimo e último lugar, o Huracán parecia fadado a segurar a lanterna. Mas o segundo turno reservava algumas surpresas. Sr Rabina finalmente equilibrou os setores e a equipe de Buenos Aires pôde se segurar na defesa e explorar os contra ataques. Ao começar o returno empatando com o Imperatriz (2x2), o Huracán fechava o campeonato sem perder para os rivais de Niterói. Mas o melhor viria na terceira (1x0 Independiente), quarta (3x0 Racing) e quinta (1x0 San Lorenzo) rodadas. Com 3 vitórias e nenhum gol sofrido (com direito a massacrar o líder), o Huracán aparecia com força para brigar pelo G4. Terminou o turno em quinto, com 11 pontos (3 vitórias, 2 empates, 2 derrotas, 11 gols marcados, 9 gols sofridos) e a sensação de que se o equilíbrio viesse antes, a equipe estaria se preparando agora para as semifinais. Ruben Masantonio cresceu muito de produção e os gols de Cigogna levaram a equipe a pontuar. O mito, hoje, divide a artilharia da Liga com Acosta, marcando 10 gols.

IMPERATRIZ - Um bom primeiro turno fez a equipe de Niterói virar na vice liderança. No segundo turno, o futebol envolvente desapareceu e a disputa pelas primeiras posições foi ficando difícil. A equipe ficou três jogos sem vencer e só foi se recuperar na reta final, quando enfiou 3x0 no Velez. Com 11 pontos (3 vitórias, 2 empates, 2 derrotas, 9 gols marcados e 6 gols sofridos), empatou com o Huracán no returno, mas fechou à frente pelo saldo. Curiosamente, com a queda de produção de Maikon Leite, quem cresceu e foi o destaque no returno foi Claudio Winck. O camisa 2 se firma cada vez mais como um dos grandes laterais da FIFUBO.

INDEPENDIENTE - É até repetitivo dizer, mas o returno do Independiente foi aquilo que já se viu ao longo de quase 10 anos. Os altos e baixos apareceram aqui. Se a equipe fazia um grande jogo, no jogo seguinte perdia clamorosamente. Virou o turno em quinto e, no returno, fez a sexta campanha. Com 10 pontos (3 vitórias, 1 empate, 3 derrotas, 9 gols pró, 8 gols contra), mostrou exatamente como é uma equipe que vence e perde em números iguais. Encerrou o campeonato já classificado, mas goleando seu rival. O líder Racing caiu por 4x2, em jogo onde o Independiente mostrou que um pouquinho de vontade os leva a voos mais altos. O destaque, como sempre, veio do banco. Mauro Burruchaga entra e incendeia a equipe. Os torcedores o amam e ele retribui com grandes jogadas.

RACING - O surpreendente líder do turno teve maus momentos no returno, mas continuou surpreendendo. Dominado pelo River logo na primeira partida, teve grandeza suficiente para vencer no final (3x2). Depois, fez um 3x0 no San Lorenzo que mostrava quem manda nesta Liga. Dois jogos depois, no entanto, veio sua maior queda. O 0x3 para o Huracán foi doloroso e, somado ao empate na rodada seguinte (1x1 Boca), o Racing tinha seu pior momento no campeonato. Mas veio o jogo seguinte e o 4x1 no Estudiantes mostrava toda a força da equipe, até caírem na última rodada (2x4 Independiente). Apesar de goleados pelo maior rival, os jogadores sabiam que o esforço feito no campeonato inteiro foi o suficiente para se garantirem em primeiro antes da rodada derradeira. O Racing fez a terceira melhor campanha do returno, com 13 pontos (4 vitórias, 1 empate, 2 derrotas, 14 gols pró, 11 gols contra), mas dá sinais de cansaço. Acosta se mantém artilheiro e Ruben Capria leva a equipe à frente. Se a dupla continuar funcionando, o sonho do título se mantém aceso.

RIVER PLATE - O grande time deste returno surpreendeu a todos ao mostrar que ainda é um gigante do futibou de butaum. Se virou o turno em oitavo, fez a melhor campanha do returno, com 16 pontos (5 vitórias, 1 empate, 1 derrota, 14 gols pró, 8 gols contra) e uma invencibilidade que já dura seis jogos. O River conseguiu a classificação em quarto e, ao bater o Boca no Superclássico (2x1), chega com moral para os playoffs, justo em um momento ruim para o Racing. O destaque foi David Trezeguet, que reencontrou o caminho das redes e já marcou 8 gols no campeonato.

SAN LORENZO - Saco de pancadas da competição, a equipe de Almagro virou o turno em nono e fez o segundo turno inteiro na última posição. O jejum de sete jogos sem vencer só foi quebrado na penúltima rodada, quando derrotou o Boca por 2x1. Curiosamente, a equipe de La Boca foi vítima nos dois turnos, em ambas perdendo por 2x1. Mas isso não afastou o San Lorenzo da última posição, com apenas 4 pontos (1 vitória, 1 empate, 5 derrotas, 6 gols marcados e 12 gols sofridos). Sem sequer ameaçar seus rivais, o San Lorenzo foi se afastando de qualquer briga e apenas existindo até o final da Liga. Romagnoli jogou sozinho, chegou a ser eleito o melhor em campo em uma partida e anotou nove gols, ficando na vice liderança da artilharia.

VASCO - A equipe, que começou o campeonato com uma invencibilidade de seis jogos e caiu com duas derrotas, terminou o turno na terceira posição. Do final do primeiro turno até a penúltima rodada do returno, foram mais 6 jogos de invencibilidade, quando conheceu sua terceira derrota na competição (2x3 River). Até então, Vasco e River faziam a melhor campanha do segundo turno e, com o revés, o Vasco acabou o returno na segunda posição, com 14 pontos (4 vitórias, 2 empates, 1 derrota, 12 gols marcados, 7 gols sofridos). A mudança do esquema 4-3-3 para o 4-4-2 losango fez com que o time carioca passasse a jogar melhor, compactando mais e tendo qualidade no meio de campo. Assim, o futebol de Diego Souza apareceu. Na ponta esquerda, não rendia; no meio, passou a ser o principal articulador. Mas o destaque da equipe no returno foi Eder Luis, que passou a ser mais acionado e conseguiu voltar a marcar.

VELEZ SARSFIELD - Ao começar mal o campeonato e encerrar o turno em sétimo, o Velez parecia destinado a ficar ali, nas últimas posições. O segundo turno foi só a confirmação disso. A equipe de Liniers levou três rodadas para vencer e viu o G4 cada vez mais distante. O ataque foi muito mal, terminando com média inferior a um gol por jogo. Fizeram o segundo turno no mesmo sétimo lugar, com 7 pontos (2 vitórias, 1 empate, 4 derrotas, 6 gols marcados, 12 gols sofridos). Os jogadores mostraram já estarem com a cabeça na Supercopa. Mas os resultados não animam o torcedor, que vê uma equipe sem padrão. Mesmo assim, quando quis jogar, Turco Assad foi o destaque da equipe. Eleito o melhor em campo em três partidas, o camisa 9 encerra a competição com míseros dois gols, mas a sensação de que pode produzir na Supercopa e dar uma alegria ao torcedor no final do ano.

CLASSIFICAÇÃO DO RETURNO

1º River Plate - 7 jogos, 16 pontos, 5 vitórias, 1 empate, 1 derrota, 14 gols pró, 8 gols contra;
2º Vasco - 7 jogos, 14 pontos, 4 vitórias, 2 empates, 1 derrota, 7 gols pró, 5 gols contra;
3º Racing - 7 jogos, 13 pontos, 4 vitórias, 1 empate, 2 derrotas, 14 gols pró, 11 gols contra;
4º Imperatriz - 7 jogos, 11 pontos, 3 vitórias, 2 empates, 2 derrotas, 9 gols pró, 6 gols contra;
5º Huracán - 7 jogos, 11 pontos, 3 vitórias, 2 empates, 2 derrotas, 11 gols pró, 9 gols contra;
6º Independiente - 7 jogos, 10 pontos, 3 vitórias, 1 empate, 3 derrotas, 9 gols pró, 8 gols contra;
7º Velez Sarsfield - 7 jogos, 7 pontos, 2 vitórias, 1 empate, 4 derrotas, 6 gols pró, 12 gols contra;
8º Boca Juniors - 7 jogos, 6 pontos, 1 vitória, 3 empates, 3 derrotas, 8 gols pró, 9 gols contra;
9º Estudiantes - 7 jogos, 5 pontos, 1 vitória, 2 empates, 4 derrotas, 9 gols pró, 16 gols contra;
10º San Lorenzo - 7 jogos, 4 pontos, 1 vitória, 1 empate, 5 derrotas, 6 gols pró, 12 gols contra.

ARTILHARIA DO CAMPEONATO

1º Daniel Cigogna (Huracán) e Acosta (Racing) - 10 gols;
3º Maikon Leite (Imperatriz) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 9 gols;
5º Martin Palermo (Boca Juniors) e David Trezeguet (River Plate) - 8 gols;
7º Robinho (Imperatriz) e Ruben Capria (Racing) - 7 gols;
9º Gastón Fernandez (Estudiantes), Leandro Gracián (Independiente), Diego Latorre (Racing), Dennis Stracqualursi (San Lorenzo), Adriano (Vasco) e  Felipe (Vasco) - 6 gols;
15º Leandro Benítez (Estudiantes), Dagoberto (Imperatriz), Nestor Silvera (Independiente), Martin Simeone (Racing), Erviti (San Lorenzo), Juninho (Vasco) e Dario Hussain (Velez Sarsfield) - 5 gols;
22º Centurion (Huracán), Ruben Masantonio (Huracán), Davor Suker (Imperatriz), Mauro Burruchaga (Independiente), Fariña (Racing), Marcelo Gallardo (River Plate), Eder Luis (Vasco) e Federico Insua (Velez Sarsfield) - 4 gols;
30º Juan Roman Riquelme (Boca Juniors), Juan Sebastian Verón (Estudiantes), Facundo Parra (Independiente), Pablo Ferrari (River Plate) e Bernardo (Vasco) - 3 gols;
35º Jose Basualdo (Boca Juniors), Mathias Sanchez (Estudiantes), Douglas (Imperatriz), Walter Busse (Independiente), Ariel Ortega (River Plate), Diego Buonanotte (River Plate), Funes Mori (River Plate), Fernando Gago (Velez Sarsfield), Lucas Pratto (Velez Sarsfield) e Turco Assad (Velez Sarsfield) - 2 gols;
45º Damian Escudero (Boca Juniors), Guillermo Barros Schelloto (Boca Juniors), Rodrigo Palacio (Boca Juniors), Enzo Perez (Estudiantes), Mauro Boselli (Estudiantes), Marco Rojo (Estudiantes), Rodrigo Braña (Estudiantes), Erramuspe (Huracán), Jeronimo Barrales (Huracán), Luan (Imperatriz), Dario Gandin (Independiente), Luciano Vella (Independiente), Agustin Pelletieri (Racing), Gabriel Hauche (Racing), Mathias Almeyda (River Plate), Raul "Pipa" Estevez (San Lorenzo), Diego Souza (Vasco), Claudio Hussain (Velez Sarsfield) e Lucas Romero (Velez Sarsfield) - 1 gol.

NOTAS RÁPIDAS
  • Para não perder mais tempo, as semifinais serão disputadas no próximo final de semana e a grande final, no sábado seguinte. O All Star Game ocorrerá na semana seguinte à final, provavelmente na quarta-feira.
  • Assim, no sábado de 02/15, teremos River x Racing e Imperatriz x Vasco. No domingo, Racing x River e Vasco x Imperatriz. Racing e Vasco jogam por dois resultados iguais em saldo. Os vencedores avançam à final, em jogo único. A equipe de melhor campanha terá o mando de campo na final. Se a partida terminar empatada, o campeão da Liga será decidido nos pênaltis.
  • Na semana seguinte à conclusão da Liga, será disputada a Supercopa, com um jogo por dia. Se o Imperatriz ganhar a Liga, só teremos um jogo final entre Imperatriz (campeão da Copa 3 Corações e da Liga) e Velez Sarsfield (campeão da Copa Olé), com o Imperatriz jogando por um empate. Se Racing, Vasco ou River vencer a Liga, teremos um triangular com Imperatriz, Velez e o campeão da Liga para decidir a Supercopa. O primeiro jogo será escolhido por sorteio; o perdedor do primeiro jogo enfrenta a equipe que ficou de fora (se houver empate, o time visitante enfrenta a equipe de fora) e o vencedor do primeiro jogo enfrenta a equipe de fora. Quem somar mais pontos é o campeão da Supercopa. Se houver empate, é campeão o time que tiver marcado mais gols, o que tiver sofrido menos gols ou, persistindo o empate, o título é dividido.
  • Na LMC, os ciclistas estão disputando o Tirreno Adriático, uma prova com 6 etapas. O vencedor da competição será chamado ao Imperatriz Arena, para dar o pontapé inicial das semifinais.

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