sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Liga FIFUBO 2019 - Décima Sexta Rodada - 25/10/2019

Uma linda sexta-feira se desenhou. Um calor suportável, céu azul com algumas nuvens, uma tarde maravilhosa caindo e o público lotando o Imperatriz Arena. Era dia de abertura da décima sexta rodada da Liga FIFUBO, a última da temporada regular, e nada melhor do que começar com um clássico. O espetáculo foi incomparável...


INDEPENDIENTE 4x2 RACING

A velha história de altos e baixos acompanhou o Independiente nessa Liga. Desde sua estreia na FIFUBO, há 7 anos atrás, os vermelhos de Avellaneda são conhecidos como uma equipe organizada, taticamente disciplinada, com tudo certo para brilhar. Mas, se ganham um jogo mostrando suas credenciais ao título, no jogo seguinte perdem vergonhosamente. Ninguém esquece a campanha brilhante no Apertura 2014, quando lideraram de fora a fora, se classificaram com antecipação, despacharam o River nas semifinais, ganharam o primeiro jogo da final e, podendo perder por até um gol de diferença, tomaram 3x5 do Boca e perderam o título. Aqui não foi diferente. Com uma campanha irregular, a equipe flertou com o G4, mas sempre entregava e saía da zona de classificação. A derrota na rodada anterior (0x1 Imperatriz) decretou a eliminação precoce e, para este jogo, a única motivação é derrotar seus maiores rivais. Facundo Parra volta ao ataque e, após cumprir suspensão, Mauro Burruchaga é opção no banco.

O Racing é o oposto do Independiente. Desde a sua estreia na FIFUBO, em 2013, foi se firmando no cenário do Futibou de Butaum, conquistando adeptos e jogando bonito. O Apertura de 2017 foi mágico, com a equipe conseguindo metade dos jogadores na seleção do campeonato. A classificação em segundo o fez ficar em desvantagem contra o River, que terminou em primeiro. Na final, dois empates (3x3 e 4x4) e o título para o gigante de Nuñez, pela melhor campanha. Aqui, a equipe está cansada de morrer na praia. Venceu desde o início, ficou no G4 e, quando assumiu a liderança, não perdeu mais. Já entra em campo classificado e com o simbólico título de campeão da temporada regular garantido. Mas não querem saber de festa; a equipe é a titular e o jogo, sério. No primeiro turno, Racing 2x2 Independiente.

O Independiente estava um dia de altos. Desde o início, a equipe dominou o jogo e atuou de forma vertical. Com um arsenal de jogadas pelas duas pontas, fuzilava o gol de Saja. O Racing jogava de sua forma tradicional, mas esbarrava na ótima marcação adversária. Além disso, Ruben Capria errava muitos passes.

O primeiro gol veio aos 4 minutos. Ruben Capria passou mal a bola para Latorre e Fredes cortou. Gracián recuou a Busse, que avançou pelo meio. Com um bom passe esticado, o camisa 7 encontrou Facundo Parra. Com a bola a seu estilo, o camisa 17 deixou-a correr, invadiu a área e tocou na saída de Saja, fazendo o gol da redenção: Independiente 1x0.

O gol fazia justiça ao melhor futebol do Independiente, que não quis saber de facilitar. A equipe continuou empurrando os líderes do campeonato contra seu próprio campo e, marcando forte, não os deixavam atacar. O segundo gol veio nos acréscimos, após Acosta perder ótima oportunidade cara a cara com Navarro. O goleiro cobrou o tiro de meta para Gracián no meio e o camisa 19 abriu na esquerda para Silvera. Com um drible seco, o camisa 11 tirou Diego Capria da jogada, invadiu a área e chutou colocado para vencer Saja, fazendo Independiente 2x0.

No último lance do primeiro tempo, Ruben Capria entrou pelo meio da defesa e trouxe para o pé esquerdo cara a cara com o goleiro. O chute foi no ângulo, mas Navarro se esticou e tirou a bola dali, vibrando muito após a defesa.

No intervalo, Bayer tirou Vella e Gracián para colocar Acevedo e Mauro Burruchaga. Não que eles estivessem mal, mas para dar novo gás à equipe. Paralelo não perdoou e tirou os irmãos Capria. Diego e Ruben saíram, com o camisa 10 sendo vaiado por parte da torcida. Entraram Fariña (que jogaria na lateral) e Hauche (que iria para o ataque). Latorre iria para a armação e a faixa de capitão ficaria com Acosta.

As mudanças melhoraram bastante o Racing. Latorre deu maior movimentação ao meio de campo e teve a companhia de Martin Simeone, que foi várias vezes ao ataque. A dupla funcionou logo a um minuto, quando Latorre bateu córner para a área e Martin Simeone cabeceou por cobertura, vencendo Navarro que saía para tentar cortar e fazendo Racing 1x2.

Mas o dia era do Independiente, ninguém tiraria a felicidade do lado vermelho de Avellaneda. A equipe continuou dominando as ações e contava com o péssimo segundo tempo que Acosta fazia. Sem o seu camisa 9, o Racing não conseguia chegar muito perto do gol.

Aos 5 minutos, Silvera esticou uma bola para Mauro Burruchaga, que invadiu a área pela ponta. Saja saiu do gol e o camisa 10 tentou um toque por cima. Saja se esticou e deu um tapinha, mandando a córner. Na cobrança, Mareque cruzou rasteira para o primeiro pau e Mauro Burruchaga dominou. Saja saiu do gol de novo e, desta vez, o camisa 10 conseguiu a cavadinha, mandando por cima do goleiro e fazendo Independiente 3x1.

O gol era um banho de água fria na boa recuperação do Racing. Latorre continuou tentando e acabou premiado aos 8 minutos. Fariña roubou de Silvera, puxou o contra ataque tabelando com Pelletieri e tocou a Latorre já no campo de ataque. Próximo à entrada da área, o camisa 11 ajeitou a bola e acertou um lindo chute, que descreveu um arco e morreu nas redes de Navarro: Racing 2x3.

Como dito anteriormente, o dia era do Independiente. Na saída de bola, aos 9, Mauro Burruchaga fez o "toca y me voy" com Fredes, recebendo de volta na esquerda. Com um drible curto e desmoralizante, o camisa 10 deixou Fariña no chão, trouxe para o pé direito e acertou um chute no ângulo de Saja, dando números finais ao confronto: Independiente 4x2.

O Racing ainda teve uma última chance nos acréscimos, com Pelletieri arrancando pela esquerda, driblando dois marcadores e invadindo a área. Mas o chute forte parou em outra defesa espetacular de Navarro, que saiu de campo nos braços dos jogadores.

Destaque do jogo: Mauro Burruchaga. O camisa 10 mostrou por que é o xodó da torcida. Entrou no segundo tempo, incendiou o jogo, marcou dois gols e saiu aplaudido. Pena que seu desfile se encerra aqui, já que foi a última partida do Independiente na temporada.

NOTAS RÁPIDAS

  • A rodada prossegue neste sábado, com Vasco x San Lorenzo e Imperatriz x Velez.
  • No domingo, o encerramento da temporada regular, com Estudiantes x Huracán e o Superclássico River x Boca.
  • A semana foi de celebração para o Imperatriz. Na terça-feira, a equipe conquistou seu primeiro título na LMC. Ao chegar em terceiro na última etapa, Rafael Andriato conquistou o título da Fleche Wallone, disputada na Bélgica. O ciclista brasileiro também conquistou o título de montanha naquela competição.
  • Na quarta, os torcedores foram ao estádio para uma partida comemorativa. A data não era exatamente aquela, mas era o dia festivo para celebrar o primeiro aniversário do Imperatriz Arena. Com o Imperatriz ainda envolvido na Liga FIFUBO, a partida escolhida foi Japão x Coreia do Sul.
  • As duas equipes asiáticas se enfrentaram pela primeira vez, colocando frente a frente as seleções que seguem o modelo Supercampeões, que deu ao Japão um título mundial e um vice e à Coreia do Sul um terceiro lugar em seu primeiro mundial.
  • Após um extenso cerimonial, com a presença da Comissão Presidencial do Imperatriz F.B., de autoridades da FIFUBO, craques do passado e o ciclista Rafael Andriato, a bola rolou. O jogo foi emocionante e começou com um gol de Jayeon logo aos 30 segundos. Mas foi só aquilo e, no final, a Coreia do Sul venceu o Japão por 1x0.

A Comissão Presidencial do Imperatriz F.B. discursando no centro do gramado. Da esquerda para a direita, o diretor conselheiro Quiñonez; o presidente, Brasil; o vice presidente, Bolinha de Ouro; e o diretor conselheiro São Paulo.

O escolhido para dar o pontapé inicial da partida foi o lendário ponta Salário Mínimo, que brilhou no Imperatriz no início dos anos 90.

Japão e Coreia do Sul prontos para a partida comemorativa. O gol sairia 30 segundos após esta foto.

O pódio da Fleche Wallone. O brasileiro Rafael Andriato (Imperatriz F.B.) no lugar mais alto; o argentino Francisco Chamorro (Credite Agricole) com o segundo lugar; e o eslovaco Peter Sagan (Bora) com o terceiro.

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