sábado, 2 de novembro de 2019

Liga FIFUBO 2019 - Semifinais jogos de ida - 01/11/2019

Jogos na sexta, resenha no sábado. O mês de novembro chega com uma bela sexta-feira de muito calor. O sol aparecia e se escondia atrás das nuvens, mas a água não caía e a temperatura continuava alta. Estes eram os ingredientes para o começo da fase final da Liga FIFUBO, com os jogos de ida das semifinais. O público lotou o Imperatriz Arena e viu dois jogos espetaculares. Vamos a eles!


RIVER PLATE 3x1 RACING

Um péssimo primeiro turno, o melhor segundo turno. O River se classificou em quarto lugar e chegou embalado. Os seis jogos de invencibilidade e a vitória na última rodada (2x1 Boca) fazem a equipe de Nuñez acreditar numa arrancada rumo ao título. Mas, do outro lado, está a equipe que ocasionou a última derrota dos millonarios. O Racing se classificou em primeiro, com um futebol envolvente e encantador. Mas o segundo turno não foi lá essas coisas e a derrota na última rodada (2x4 Independiente) pode ocasionar um desânimo para o time de Avellaneda. Nas duas vezes em que se enfrentaram na Liga, o Racing venceu. 1x0 no primeiro turno e 3x2 no segundo.

O River encarnou nesta partida a máxima do "deixou chegar". Desde o início, a equipe de Nuñez sufocou o Racing. Os jogadores marcavam em cima do meio de campo e não deixavam os adversários criarem. O Racing teve dificuldades, pois Acosta e Latorre não se desmarcavam. Assim, foi necessário Martin Simeone sair para ajudar Ruben Capria nas jogadas de ataque. O River se fartava de desperdiçar oportunidades e o Racing se desmontava defensivamente, para tentar ter peças na frente.

E foi assim que surgiu o primeiro gol. Aos 3 minutos, Quiroz se arriscou no ataque e perdeu a bola para Ferrari. O camisa 2 tocou a Gallardo no meio e o camisa 11 abriu a Ortega na direita. Com um passe para o centro, o camisa 10 encontrou Trezeguet livre, no buraco deixado por Quiroz. O camisa 7 invadiu a área e chutou na saída de Saja, no alto. A bola bateu no travessão e caiu aos pés de Barrado, que só teve que empurrar para o arco vazio e fazer seu primeiro gol na Liga: River 1x0.

A marcação do River nesta partida era tão perfeita, que quando um jogador do Racing pegava na bola, três jogadores do River o cercavam. O marcador à frente impedia o adversário de avançar e este procurava um dos lados para prosseguir, mas tinha um marcador em cada extremo. Assim, o River roubava a bola e se mandava ao ataque. Mas as conclusões ou eram tortas, ou fracas para a defesa de Saja.

O segundo gol veio aos 9 minutos. Ruben Capria bateu um córner para a área e Barrado subiu para afastar. Com um leve toque para a esquerda, tirou a bola da área e acionou Berizzo livre. O camisa 6 avançou pela ponta em velocidade e viu Buonanotte fazendo o movimento da ponta para o meio. O passe veio com precisão, Buonanotte invadiu a área e chutou alto na saída de Saja, fazendo River 2x0.

No intervalo, Francescoli tirou Ferrari e Ortega para colocar Ponzio e Funes Mori. Paralelo tirou Quiroz e Latorre para colocar Fariña e Hauche.

O panorama não mudou no segundo tempo. O River continuava marcando pressão e ocupando o campo do Racing o tempo todo, mas as conclusões ainda eram muito ruins. A equipe de Nuñez poderia ter goleado, mas foi desperdiçando oportunidades e mostrando a velha máxima de que quem não faz, leva.

Aos 5 minutos, a clássica jogada do River se desenhou, com Gallardo tocando a Buonanotte na ponta e o camisa 30 devolvendo a Trezeguet no meio. O camisa 7 chutou para fora uma ótima oportunidade. Na cobrança do tiro de meta, Saja tocou a Ruben Capria no meio. O camisa 10 se livrou de Gallardo, avançou pelo centro e esticou na direita para Acosta. A bola estava mais para Paz, mas Acosta correu mais que o marcador e, com um violento chute, venceu Carrizzo para fazer Racing 1x2.

O gol devolvia um pouco da vantagem que o Racing conquistou por ser líder da temporada regular, mas era um crime contra o ótimo futebol do River neste jogo. Mas os jogadores não queriam essa injustiça e trataram de ampliar logo na saída de bola. Aos 6, Gallardo fez o "toca y me voy" com Trezeguet, recebeu de volta na esquerda, trouxe para o pé direito e acertou um lindo chute cruzado, que Saja se esticou, mas não alcançou: River 3x1.

O River mostrou, pela primeira vez no ano, aquele futebol que o fez famoso no mundo do Futibou de Butaum. De quebra, pulverizou a vantagem do Racing que, agora, precisa de uma vitória por dois gols de vantagem no domingo para poder avançar à final.

Destaque do jogo: Diego Buonanotte. Se o River sufocou o Racing o jogo inteiro, muito se deve ao seu camisa 19. O volante foi crucial na marcação e um maestro com a bola nos pés. Vindo de trás, pegou o rebote para fazer o primeiro gol e, no segundo, afastou a bola da área com maestria o suficiente para abrir na esquerda e permitir a Berizzo o contra ataque.

IMPERATRIZ 1x1 VASCO

Com um bom primeiro turno e um segundo muito regular, o Imperatriz se classificou em terceiro. A equipe mostra recuperar algo de seu bom futebol e já está com três jogos de invencibilidade. A vitória na última rodada (3x0 Velez) empolgou os torcedores e embalou a equipe para tirar a desvantagem nesta semifinal. O Vasco fez um bom primeiro turno e um bom segundo, mas alguns resultados ruins impediram a equipe de Cruz de Malta de ficar com a liderança e a vantagem. Este duelo, além de colocar frente a frente os dois maiores vencedores da FIFUBO, é uma espécie de tira-teima, já que tanto no turno quanto no returno, o placar foi 1x1.

Se River e Racing entregaram um espetáculo de primeira, Imperatriz e Vasco decepcionaram o torcedor. Talvez até pela vontade de decidir logo, os jogadores passavam sempre da bola. Os erros de passe impediam as jogadas de serem bem tramadas. Conclusão a gol era algo raro. O primeiro chute veio quando o primeiro tempo já estava na metade. E foi tão fraco, que Carlos Germano nem teve dificuldades em defender. A desorganização era tanta, que Fagner foi visto como centroavante e Ramon, jogando de ponta esquerda. O primeiro tempo terminou sob vaias e com um 0x0.

No intervalo, Dircys tirou Mendieta e Robinho para colocar Yago Pikachu e Dagoberto. Antonio Lopes tirou Fagner e Adriano para colocar Allan e Bernardo. Com Fagner querendo brincar de centroavante, ficava um buraco por onde Maikon Leite poderia aproveitar os espaços, então Allan ficaria na lateral e faria a marcação ao principal jogador do rival. Bernardo iria para o meio de campo e abriria Diego Souza na esquerda.

As mudanças fizeram o jogo melhorar. As duas equipes passaram a criar boas oportunidades e o jogo cresceu em nível. O Vasco fez uma blitz logo no início e concluiu três vezes até inaugurar o marcador. O relógio contava dois minutos quando Bernardo cobrou lateral na esquerda para Juninho e passou por trás do camisa 8 para receber de volta. Com um lindo giro, o camisa 11 chutou com força e efeito e acertou o canto direito de Charlie Brown para fazer Vasco 1x0.

A desvantagem obrigaria o Imperatriz a ganhar por 2 gols de vantagem no domingo. Os jogadores sabiam disso e, com isso, passaram a ocupar mais o campo de ataque, se expondo aos contra ataques. Aos 6 minutos, Suker foi desarmado por Nilton, que tocou a Felipe na meia esquerda. O camisa 6 abriu a Diego Souza na esquerda e o camisa 10 recebeu perfeita para fazer sua jogada preferida. Diego Souza partiu para cima de Victor Ramos e jogou a bola para o lado esquerdo, pronto para fazer seu drible por fora, contornando o rival e trazendo ao pé direito para concluir. Mas justo neste último momento, Victor Ramos deu uma entrada perfeita, digna de um mestre do desarme, ficando com a bola. O camisa 3 tocou a Claudio Winck na lateral, para reiniciar o ataque. Winck chamou Victor Ramos para puxar o contra ataque e os dois foram tabelando pela lateral até o meio de campo. Naquele setor, Victor Ramos tocou a Dagoberto na ponta direita e o camisa 11 avançou em diagonal, trazendo a bola para o meio. Ramon veio para o desarme, mas Dagoberto abriu na ponta direita novamente. Victor Ramos passou por trás do camisa 11, recebeu a bola, invadiu a área e chutou na saída de Carlos Germano, para fazer seu primeiro gol com a camisa do Imperatriz: 1x1.

O empate é ruim para ambos, pois não deixa ninguém com uma classificação bem encaminhada. Pior para o Imperatriz, que só avança se vencer. O Vasco tem vitória e empate como resultados, mas por ter saído na frente e permitido o empate, acabou com um gosto amargo ao apito final.

Destaque do jogo: Juninho. A partida foi ruim, do ponto de vista tático e técnico. Mas a entrega do camisa 8 foi uma ilha de categoria na mediocridade do jogo. Desde o início, Juninho buscou as jogadas de ataque, tabelou com os companheiros, concluiu com perigo. E deu o passe para o gol de Bernardo.

ARTILHARIA

1º Acosta (Racing) - 11 gols;
2º Daniel Cigogna (Huracán) - 10 gols;
3° Maikon Leite (Imperatriz) e Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 9 gols.

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