Um dia de descanso e, enfim, chegamos ao jogo derradeiro da Jarra Tropon 2017! A primeira seleção campeã da História da FIFUBO será coroado! O público aproveitou que o sol deu uma trégua e lotou o Itaquá Dome para ver o grande desfile de craques, defendendo a honra de seus países!
Relembrando as regras do torneio, as três seleções jogam entre si. Ao final das três rodadas, quem tiver mais pontos é o campeão. Se houver empate em pontos, quem marcar mais gols fica com o título e, persistindo o empate, quem tiver sofrido menos gols leva a taça. Se ainda assim o empate persistir, o título é dividido. Como tanto a França quanto o Brasil derrotaram o Japão por 3x2, surgiu uma situação curiosa, pois as duas equipes entram em campo com uma mão na taça. O empate fará os dois levarem o título; a vitória fará com que o perdedor deixe de ser o campeão.
A França, mandante do jogo, quer a vitória para mostrar que a goleada sofrida para os rivais em amistoso (0x4) se deu por conta da falta de entrosamento e que, daquele dia em diante, muito treino foi feito para os jogadores conhecerem seus lugares em campo. Para esta partida, François Zidane sacou Trezeguet do time e colocou Guivarch. Deschamps foi mantido, mas o meio de campo mudou para um losango, visando transformar o camisa 7 e Pires em dois volantes mais adiantados, marcando os pontas rivais. Fora isso, muitas jogadas foram ensaiadas no dia de folga.
O Brasil quer mostrar que a goleada não foi sorte. Madeirite manteve o time no 4-3-3 e teve uma conversa especial com Ronaldinho, que não esteve bem contra o Japão. O camisa 7 parece não estar muito à vontade na função de armador pelo meio, parecendo preferir jogar pelas pontas, mas o treinador brasileiro crê que ele tem muito a dar atuando na armação. Com as duas equipes prontas, vamos ver quem ficou com a taça!
FRANÇA 5x4 BRASIL
O jogo seguiu o padrão dos dois anteriores desta Jarra Tropon. O nível foi altíssimo, tivemos 9 gols e muita emoção nas arquibancadas. A França mostrou que treinou sério durante o dia de folga e abriu o marcador com apenas 20 segundos. Zidane fez o 'toca y me voy' com Deschamps, mas recebeu a bola afastado da área, na medida certa para chutar colocado. O camisa 10 francês olhou a posição de Carlos Germano, calculou a distância e chutou perfeito, no ângulo do goleiro brasileiro, para fazer França 1x0 no primeiro chute do jogo.
O gol relâmpago surpreendeu os brasileiros, que tiveram que repensar a partida toda com esta desvantagem. Os franceses apostavam em uma defesa forte e conseguiam afastar o time adversário de sua área. Aos 2 minutos, Lúcio recuperou uma bola isolada na defesa e tocou a Kleberson, que procurou Rivaldo no meio. O camisa 10 tabelou com Denilson, mas os dois não conseguiam chegar na área francesa. Denilson, então, pediu a bola, tabelou com Ronaldo, recebeu de volta, driblou Guivarch e, de muito longe, arriscou um chute forte. A bola fez uma curva incrível e foi no ângulo de Barthez, empatando em um golaço: Brasil 1x1.
Mas a França tinha um repertório incrível de jogadas na saída de bola. Aos 3 minutos, Zidane fez novo 'toca y me voy' com Deschamps, mas desta vez recebeu mais aberto na ponta esquerda. O camisa 10 avançou e, quando Lucio chegou para desarmá-lo, cortou para dentro, trazendo para o pé direito e chutando colocado para acertar o outro ângulo de Carlos Germano, fazendo França 2x1.
O Brasil procurou organizar-se em campo e se lançar em busca do empate, mas a marcação francesa era espetacular. Enquanto Vieira marcava Ronaldo, Pires anulava Romário e Deschamps, Denilson. Com isso, os brasileiros tinham dificuldades para sair tocando e Zidane ainda pegava Rivaldo individualmente. Como Ronaldinho não se achava em campo, Kleberson teve que sair lá de trás para armar o jogo e, aos 6 minutos, veio com a bola dominada, tocando a Roberto Carlos na esquerda. Ao invés de devolver para o camisa 15, Roberto Carlos preferiu tentar um lançamento de efeito para Denilson na ponta. Mas o passe saiu errado e Deschamps dominou com tranquilidade. Sem oposição, o camisa 7 levantou a cabeça e viu os dois atacantes franceses livres. O lançamento foi espetacular e Henry recebeu sozinho, no buraco deixado por Kleberson. O camisa 12 tocou a Guivarch na direita e Carlos Germano saiu para bloquear o chute do camisa 9. Mas Guivarch devolveu para Henry, que recebeu e só teve que empurrar para o gol vazio, fazendo França 3x1.
Com Zidane marcando 2 vezes, Roberto Carlos falhando e a França fazendo 3, os brasileiros começaram a lembrar daquele mesmo time em 98. O temor de nova derrota chegou forte, só que um atleta cortado daquela Copa estava em campo desta vez. Vendo o time apático, Romário saiu da ponta direita, abriu os braços e berrou, pedindo a bola. Os jogadores brasileiros acordaram e viram que ainda podiam sair dali com o título. Aos 9 minutos, Romário pressionou a saída de bola e obrigou Lizarazu a isolar a bola, que foi parar na área brasileira com Lúcio. O camisa 3 tocou a Cafu na direita, que procurou Rivaldo no meio. Romário voltou a pedir a bola e o camisa 10 lhe passou. Romário avançou pela direita e, quando a marcação de Lizarazu e Blanc chegou, recuou para Ronaldo, que vinha de trás. De fora da área, o camisa 9 acertou um lindo chute e venceu Barthez, fazendo Brasil 2x3.
No intervalo, François Zidane tirou Pires e Guivarch e colocou Djorkaeff e Trezeguet. Manteria o 4-4-2 em losango. Já Madeirite sacou os dois jogadores que estavam mal, Roberto Carlos e Ronaldinho, colocando Roque Junior e Juninho em seus lugares. Roque Junior iria para a lateral esquerda, mas Madeirite mudou de ideia e o colocou na zaga, para Edmilson jogar mais adiantado e ajudar Kleberson.
O exemplo de Romário contagiou os jogadores brasileiros. A seleção empatou o jogo logo a um minuto, após Lizarazu e Blanc errarem uma saída de jogo. Romário recuperou a bola e tocou a Rivaldo que, mesmo diante de uma parede formada por 5 franceses, conseguiu dar um passe espetacular para Ronaldo, que saiu do meio para a ponta direita, recebeu livre e tocou na saída de Barthez, fazendo Brasil 3x3.
O empate voltava a colocar a mão brasileira na taça, mas a França jogava a sua melhor partida desde que estreou na FIFUBO. Aos 6 minutos, a mais bela jogada da partida foi tramada. Vieira desarmou Ronaldo e tocou a Lizarazu na esquerda. O camisa 3 tocou a Blanc, que recuou para Barthez. O goleiro jogou para Thuram no meio e o camisa 2 deu um excelente passe para Djorkaeff na direita. Girando em cima de Roque Junior, o camisa 6 conseguiu entrar na área pela ponta, viu Carlos Germano sair e deu um lindo toque de chapa, deslocando o goleiro e fazendo França 4x3.
O Brasil tentou desesperadamente o empate e se abriu para os contra ataques. Zidane, Henry e Djorkaeff acertaram a trave de Carlos Germano. Aí, Romário voltou a chamar a responsabilidade para si. O camisa 11 saiu da ponta direita e voltou ao meio para buscar o jogo, chamando tabelas e indo para o ataque buscar a conclusão. Aos 9 minutos, após uma bola mal esticada de Juninho, o camisa 11 continuou correndo e se jogou na frente de Blanc, que tentou isolar, mas acabou atingindo o próprio Romário. Juninho recuperou a bola, tocou melhor desta vez, Romário veio pelo meio e, quando Blanc chegou, passou na direita para Rivaldo. O camisa 10 ajeitou para o pé esquerdo e deu aquele chute com a sua assinatura, perfeito e no ângulo de Barthez, fazendo Brasil 4x4 e deixando o jogo eletrizante.
Naquele momento, a Jarra Tropon seria dividida entre Brasil e França, mas ainda faltava uma jogada no repertório ensaiado pelos europeus. Na saída de bola, já nos acréscimos, Zidane tocou a Deschamps e correu para a esquerda. O camisa 7, no entanto, trouxe a bola para o lado direito e jogou no espaço vazio. Thuram apareceu como elemento surpresa, recebeu, invadiu a área e chutou forte na saída de Carlos Germano, para dar números finais à partida: França 5x4.
FRANÇA CAMPEÃ DA JARRA TROPON 2017
O primeiro título dado pela FIFUBO a uma seleção surpreende os analistas. O Brasil era considerado favorito pelo maior entrosamento e pelas atuações recentes. O Japão tinha a preferência de alguns, por ser o mandante do torneio e ser cercado de expectativas no Projeto Supercampeões. Ninguém dava o favoritismo à França, ainda mais após a goleada sofrida para o Brasil em amistoso uma semana antes. Mas os bleus usaram aquela derrota como aprendizado, trabalharam forte, corrigiram posicionamento e ensaiaram jogadas. Tirando o primeiro gol japonês no torneio, os franceses jamais estiveram em desvantagem (viraram para 2x1 e, depois, finalizaram em 3x2). Contra o Brasil, não foi diferente. Estiveram sempre à frente do marcador. Finalizam o campeonato como campeões, deixando os brasileiros como vice campeões. Os japoneses, apesar do terceiro lugar com duas derrotas, tiveram seu lugar de honra na premiação, com o artilheiro da Jarra Tropon, Kojiro Hyuga, que anotou 3 gols.
O vice presidente da FIFUBO, Ruben Paz, parabeniza o jogador japonês, Kojiro Hyuga, pela artilharia da Jarra Tropon |
"Eu ficaria mais feliz se minha seleção tivesse vencido, mas é lógico que estou orgulhoso de ser artilheiro e logo na minha primeira competição. Atuei contra grandes nomes, como Ronaldo e Zidane, e consegui me destacar. Isso só prova que meu objetivo está bem encaminhado: ser o maior artilheiro do futibou de butaum do mundo!" - Kojiro Hyuga, após ser homenageado.
A França mostrou que pode ser protagonista nos jogos entre seleções. Pode variar do 4-4-2 com dois volantes para o 4-4-2 losango sem mudar jogadores. Deschamps mostrou que é um jogador espetacular tanto em sua função na marcação, quanto armando o jogo. Foi decisivo contra o Japão ao anotar o gol da vitória e, contra o Brasil, participou da jogada de 4 gols, com passes precisos e um senso de liderança ímpar. Zidane foi novamente decisivo contra o Brasil, marcando dois gols, armando o jogo e ajudando a anular a armação de Rivaldo. Outra peça fundamental nesta equipe foi Thuram. O lateral direito apoiou muito bem e também armou o jogo, aparecendo na frente para fazer o gol do título.
O Brasil tem uma gama espetacular de jogadores, mas seu treinador precisa ficar atento às mudanças do jogo. Foi surpreendido pelo Japão quando este passou a jogar no 4-3-3 e pela França quando esta adiantou a marcação e anulou os pontas. Isso deve ser previsto e a seleção deve ser capaz de mudar o esquema durante o jogo. Enquanto jogadores como Cafu e Ronaldinho estiveram muito abaixo do que pode produzir, outros estiveram muito bem. Kleberson e Lucio mostraram segurança, Rivaldo esteve em uma forma sensacional, Ronaldo mostrou seu instinto matador, Denilson mostrou que pode ser protagonista e Romário chamou para si a responsabilidade. Com mais atenção, esta seleção pode dominar o futibou de butaum por muito tempo.
O Japão, apesar da derrota, mostrou que pode jogar de igual para igual com todos. Os jovens jogadores deram conta do recado, jamais se entregaram e mostraram organização. Além de Kojiro Hyuga, que encanta os torcedores e a mídia especializada com excelentes atuações, Oliver Tsubasa finalmente resolveu jogar e assumir o protagonismo que se espera. Além deles, Ishizaki, Hiroshi e Aoi se destacaram, mostrando que a defesa japonesa é sólida. Falta, agora, os jogadores de ataque resolverem jogar. Quando isso acontecer, esta seleção vai longe.
O presidente da FIFUBO, Gabriel Batistuta, entrega a Jarra Tropon ao capitão francês, Didier Deschamps |
"É uma sensação maravilhosa! Primeira competição e nós já somos os campeões! Espero que esta Jarra Tropon seja o primeiro de muitos troféus na galeria francesa! Estamos aqui para escrever nosso nome na História e esta é apenas a primeira letra!" - Didier Deschamps, empolgado pela conquista da Jarra Tropon.
Os jogadores e a comissão técnica da França posam com o troféu da Jarra Tropon, ainda no gramado do Itaquá Dome |
"Fomos muito criticados após a derrota para o Brasil, mas eu tinha certeza de que este grupo iria longe. Falei para eles que eles tinham que mostrar no campo que a goleada se deu por causa do desentrosamento. Nova derrota nos daria para sempre o carimbo de fregueses do Brasil. Os jogadores trabalharam duro e merecem esta conquista. Allez les Bleus!" - François Zidane, técnico francês, após a conquista da Jarra Tropon.E assim termina o primeiro torneio entre seleções da História da FIFUBO. Mas o futibou de butaum em 2017 ainda não acabou! Neste sábado, o amistoso de aposentadoria do Dallas Stars (contra a Seleção da FIFUBO) será disputado e, após o natal, o amistoso de estreia de duas novas seleções também ocorrerá. É possível, ainda, vermos mais um torneio entre seleções, provavelmente nos dois ou três últimos dias do ano. Mas, até lá, os franceses comemoram a conquista de seu primeiro troféu. Parabéns, França, campeã da Jarra Tropon 2017!
O capitão, Didier Deschamps, leva a Jarra Tropon e puxa a fila da volta olímpica, com os jogadores e a comissão técnica o seguindo. |
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