sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Brasil x França - Primeiro Amistoso entre Seleções - 15/12/2017

Em outra postagem, foi dito que a tarde de sexta-feira é, ao lado das noites de quarta, o momento ideal para aquela pelada. Aquele jogo descontraído, sem os rigores do calendário oficial, onde se deixa os problemas do lado de fora do campo e se concentra na bola rolando dentro dele. Com o futibou de butaum não é diferente e, cada vez mais, a tarde de sexta é utilizada pela FIFUBO para jogos descontraídos, mas cheios de emoção.

O dia 15 de dezembro de 2017 é uma data histórica. Nesta sexta-feira, de temperatura alta e céu limpo, o Itaquá Dome foi o palco da realização do primeiro amistoso entre seleções na História da FIFUBO. O público lotou o estádio para ver esta partida, cercada de expectativas, que inaugura uma nova Era no nosso futibou de butaum. Brasil e França foram a campo para marcar esta data para sempre.

O Brasil foi a campo com a seguinte escalação: 1. Carlos Germano; 2. Cafu (c), 3. Lúcio, 5. Edmilson, 6. Roberto Carlos; 15. Kleberson, 19. Juninho Paulista, 10. Rivaldo; 7. Ronaldinho Gaúcho, 9. Ronaldo, 17. Denilson. O treinador, Madeirite, auxiliado por Azulino, tinha ainda no banco de reservas 4. Roque Junior e 11. Romário.

A França foi a campo com 16. Barthez; 2. Thuram, 8. Desailly, 5. Blanc, 3. Lizarazu; 4. Vieira, 7. Deschamps (c), 10. Zidane, 11. Pires; 13. Trezeguet e 12. Henry. O treinador, François Zidane, auxiliado por Paulo Miranda, tinha ainda no banco 6. Djorkaeff e 9. Guivarch.

O Brasil, à esquerda da foto, tinha a saída de bola contra a França, à direita
BRASIL 4x0 FRANÇA

Assim que foi dada a saída, ficou latente a falta de entrosamento das duas equipes. Os passes errados aconteciam bastante e os jogadores demoravam a encontrar seu espaço em campo. O Brasil foi mais rápido a encontrar-se, já que seus jogadores também atuam no Imperatriz e já estiveram em campo em outros amistosos. A França, por outro lado, entrava em campo pela primeira vez e, por isso, demorou mais ainda para se encontrar.

Melhor para o Brasil, que inaugurou o marcador aos 4 minutos. Após cobrança de córner de Denilson, houve a reedição da clássica trombada da final da Copa de 98, entre Barthez e Ronaldo, na área. O juiz José Roberto Wright marcou pênalti. Rivaldo cobrou no ângulo direito do goleiro francês, que se esticou mas não evitou o primeiro gol da História em um confronto de seleções: Brasil 1x0.

Depois deste gol, o jogo melhorou consideravelmente. As duas equipes começaram a acertar os passes, criar boas tabelas e desperdiçar oportunidades. Rivaldo e Ronaldo chutaram por cima suas chances e Pires, do outro lado, mandou um chute forte que raspou o travessão de Carlos Germano.

Mas o Brasil tinha mais entrosamento e, aos 8 minutos, ampliou. Carlos Germano cobrou tiro de meta na direção de Juninho, que deu um leve toque na direita para Ronaldinho Gaúcho. Jogando quase como um meia pela direita, o camisa 7 avançou e deu um lindo passe para Ronaldo no meio. Bem posicionado, o Fenômeno recebeu de frente pro gol e, com um belo chute no canto esquerdo, venceu Barthez e fez Brasil 2x0.

No intervalo, Madeirite colocou Roque Junior e Romário nos lugares de Cafu e Juninho, promovendo uma gigantesca mudança tática. Kleberson foi para a lateral direita, Roque Junior para a zaga, Edmilson para a cabeça de área, Ronaldinho para a armação e Romário para a ponta direita. Lúcio passou a ser o capitão. François Zidane também fez mudanças e alterou a tática da equipe. Saíram Deschamps e Trezeguet e entraram Djorkaeff e Guivarch. A França mudaria do 4-4-2 tradicional para o 4-4-2 losango e Blanc seria o novo capitão.

A entrada de Romário fez o torcedor brasileiro ter a certeza de que grandes coisas vêm por aí. Bastou um minuto de jogo para que ele e Ronaldo começassem a trocar passes e infernizar a defesa francesa. A seleção europeia, por sua vez, tentava se acostumar ao novo esquema tático e, novamente, demorou a se encontrar.

Aos 5 minutos, Pires fez boa jogada com Henry e chutou para ótima defesa de Carlos Germano. No rebote, Guivarch não conseguiu dominar e a bola saiu em lateral. Kleberson repôs para Romário, que devolveu ao camisa 15. Kleberson avançou e chutou, mas Lizarazu desviou a córner. O próprio Kleberson cobrou o escanteio para a área, de onde Ronaldo cabeceou alto e sem chances para Barthez, para fazer Brasil 3x0.

A França ainda tentou uma pressão nos dois minutos seguintes, mas Carlos Germano salvou o Brasil com boas defesas e, aos 7 minutos, espalmou para a frente um chute de Guivarch. Edmilson bateu para a direita para Kleberson, que deu um passe no meio para Ronaldo. O camisa 9 abriu na direita para Ronaldinho, que avançou em velocidade, driblou Blanc, invadiu a área e chutou cruzado, deslocando Barthez e dando números finais ao confronto: Brasil 4x0.

O placar dilatado pode parecer exagerado, mas o Brasil mostrou um grande futebol. Carlos Germano esteve muito bem, fazendo defesas importantes. A defesa mostrou segurança, principalmente com Edmilson. No meio, Rivaldo demorou a se encontrar, mas quando o fez, mostrou categoria. Juninho jogou muito bem, assim como Ronaldinho, dois jogadores com muita qualidade para armar o jogo. Denilson ficou apagado no segundo tempo, mas jogou bem no primeiro, mostrando habilidade. Romário entrou bem e só começou o jogo no banco porque chegou depois dos outros, o que prejudicaria o entrosamento. Mas o grande nome da partida foi Ronaldo. O camisa 9 esteve uma forma impressionante, fazendo dois gols e participando dos outros dois.

A França mostra que carece de entrosamento, mas não dá para criticar a forma da equipe, que se virou como pôde em seu primeiro jogo e contra um adversário tão forte. O destaque foi Pires, que se movimentou no campo de ataque, buscou tabelas e concluiu bem. Henry participou bem do jogo, assim como Zidane. A defesa se mostrou vulnerável, mas talvez alguns jogos para ganhar ritmo e o torcedor francês terá a oportunidade de ver muitas coisas boas.

NOTAS RÁPIDAS

  • Se esta sexta foi histórica pelo primeiro jogo de seleções, a próxima semana promete mais emoção, com o primeiro torneio entre seleções da História da FIFUBO. A tão sonhada Jarra Tropon será disputada em um triangular. Japão e França fazem o primeiro jogo e o perdedor enfrenta o Brasil na segunda rodada. Na terceira, o Brasil enfrenta o vencedor do primeiro jogo e quem tiver mais pontos será o campeão. Em caso de empate em pontos, gols pró e gols contra, o título será dividido.
  • Este torneio faz parte da categoria de "campeonatos semi-oficiais" da FIFUBO, torneios que não fazem parte do calendário oficial, mas que contam para fins estatísticos. Não possui formato fixo, podendo variar a cada edição e ser realizado quantas vezes os organizadores quiserem.
  • A sexta-feira não foi emocionante só dentro de campo. Fora dele, a confirmação da chegada de mais duas seleções deixa o sonho da Copa do Mundo muito próximo. Após o natal, uma postagem especial apresentará as 5 seleções que fazem parte da FIFUBO.

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