domingo, 23 de fevereiro de 2020

Liga FIFUBO 2020 - Terceira Rodada - 23/02/2020

O carnaval segue e a FIFUBO abre os salões do Imperatriz Arena para o encerramento da terceira rodada de sua Liga. A chuva que caiu horas antes dos jogos deixou o campo enlameado e a temperatura bem agradável, atraindo o público para mais um baile dos artistas da palheta. Vamos ver como ficou o encerramento da rodada!

Antes do início dos jogos, o ciclista Andy Schleck foi ao centro do gramado, para exibir o troféu da conquista da Strade Bianchi e dar o pontapé inicial do domingo esportivo.

O ciclista Andy Schleck dá o pontapé inicial da rodada.

CAMARÕES 2x0 ARGENTINA

Após a vexatória derrota para a Inglaterra (0x4), os africanos querem voltar ao caminho das vitórias. E nada melhor para isso do que pegar uma equipe em crise. Para este jogo, Oman Biyik volta ao comando de ataque e Roger Milla, ao banco. A Argentina é considerada o adversário ideal por conta do péssimo futebol apresentado até aqui. Derrotada na estreia (1x3 Coreia do Sul), a equipe sulamericana até jogou melhor na rodada seguinte, mas não saiu do empate com a Alemanha (1x1). Para este jogo, Carlos Bianchi resolveu jogar com um ataque leve, de pé em pé. Por isso, Scocco volta, mas no lugar de Alario.

Todo o treino da semana foi jogado no lixo com apenas 25 segundos. Messi combinou uma jogada de saída de bola, com toques curtos pelo meio. Mas foi só dar o primeiro toque para Di Maria e o vexame começou. O camisa 7 não conseguiu dominar a bola e, quando correu para recuperá-la, Pagal já tinha dado um carrinho e jogado a bola para o lado. Mbouh pegou a bola na direita, driblou Scocco com imensa facilidade e avançou pela direita. Sozinho, o camisa 8 resolveu chutar para o gol, de muito longe. A bola pegou um efeito, Abbondanzieri fez apenas golpe de vista e engoliu um frango, quando a bola entrou no seu canto esquerdo: Camarões 1x0.

Com todo o trabalho destruído em menos de um minuto, a Argentina tentou sair pro jogo. Mas a confiança já tinha ido para o espaço. Vaiado, Di Maria não dava sequência aos lances. Scocco errava tudo e irritava seus companheiros. Tevez não tinha com quem tabelar. Mercado e Vangioni tentaram armar o jogo, sem sucesso. A sorte é que Camarões não aproveitava as oportunidades, porque os argentinos deixaram um buraco pelo meio da defesa.

No intervalo, Dalic tirou Kana Biyik (que já tinha cartão amarelo) e Oman Biyik. Entraram Ndip e Roger Milla, para explorar os contra ataques. Bianchi tirou os apagadíssimos Di Maria e Scocco para colocar Kranevitter e Alario.

Camarões reiniciou o jogo tocando bastante a bola e explorando os espaços. Roger Milla infernizou a defesa adversária e desperdiçou algumas chances. Curiosamente, foi quando Camarões era melhor que a Argentina teve uma chance de empatar o jogo. Conca deu bom passe para Tevez dentro da área, o camisa 11 fingiu o chute e deu um toque para o lado, sendo derrubado por Nkono. Messi deslocou o goleiro na cobrança, mas acertou o travessão, aos 4 minutos.

O jogo continuou dramático. A Argentina tentava de forma desorganizada e não conseguia chegar perto da área. Camarões pegava a bola e tocava de um lado pro outro, para enrolar o jogo e irritar o adversário. O golpe de misericórdia veio aos 9 minutos. Após um passe errado de Alario, Pagal tocou a Makanaky e o camisa 20 começou uma tabela com Mfede pelo meio. A cada toque, os argentinos entravam mais na roda e abriam mais o meio de sua defesa. Até que Mfede recebeu da meia lua, olhou o posicionamento de Abbondanzieri e acertou um lindo chute, que ainda tocou no travessão antes de morrer na rede: Camarões 2x0.

Destaque do jogo: Emile Mbouh. Apesar de Camarões não jogar um futebol vistoso, é eficiente. A marcação dos meias foi fundamental para matar a armação argentina e os passes curtos e rápidos ajudaram a botar os adversários na roda. Mbouh se destacou nestes dois quesitos. Marcou muito bem os avanços pelo lado direito de seu campo e saiu-se com toques inteligentes e organizados. Fez o primeiro gol e comandou a equipe no resto do jogo.

HOLANDA 1x3 INGLATERRA

O último jogo da rodada tinha duas equipes em situações bem distintas. De bye na primeira rodada, a Holanda estreou na segunda com derrota (0x2 França) e, agora, precisa vencer para não começar a ver seus adversários se distanciando. A Inglaterra vem de ótima vitória (4x0 Camarões) e quer outra para tentar a liderança do campeonato. Alex Ferguson quer um ataque veloz e de toque de bola, por isso Rooney joga no lugar de Peter Crouch.

Se o nível da rodada tinha sido baixo até aqui, Holanda e Inglaterra passaram uma borracha em tudo. As duas equipes entregaram um jogo espetacular, que prendeu a atenção do torcedor o tempo inteiro. A Inglaterra jogava em velocidade, principalmente com Joe Cole partindo pela ponta e tabelando bem com Owen e Rooney. Beckham não atacou tanto quanto no jogo passado, mas ajudou Lampard e Gerrard na distribuição do jogo. A Holanda não ficou atrás. Zenden e Seedorf armavam o jogo, enquanto Overmars e Bergkamp serviam bem a Kluivert, que desperdiçava as chances.

O primeiro gol veio aos 3 minutos e, curiosamente, de um jogador de trás. Rooney e Beckham abriram a defesa holandesa. Quando Stam afastou a bola da área, cada um correu para uma ponta, atraindo a marcação. Lampard pegou a bola pelo meio e tocou a Bridge, que vinha de trás. O camisa 2 viu que Van Der Sar estava adiantado, para não fazer pênalti em Owen, e mandou um chute por cobertura, de pé esquerdo. A bola encobriu o goleiro adversário e a Inglaterra abria 1x0.

A Holanda não se acanhou com o revés parcial e tratou de empatar logo na sequência. Aos 5 minutos, Zenden fez o "toca y me voy" com Seedorf e correu para a ponta esquerda. O camisa 8 acertou um lançamento magistral e encontrou Zenden na lateral da área. O camisa 10 colocou a bola no chão com classe e mandou um lindo chute cruzado, que mostrou que ele é sim o melhor jogador de futibou de butaum do mundo: Holanda 1x1.

No intervalo, Johan Cruyff tirou Van Bronckhorst e Davids para colocar Triton e Jordi Cruyff em campo. Pretendia reforçar a marcação pelo lado direito, onde Rooney deitava e rolava, e melhorar o passe. Alex Ferguson tirou Rio Ferdinand e Michael Owen puramente por questões físicas, já que os dois jogavam bem. Em seus lugares, entraram Carragher e Peter Crouch. Essa mudança faria toda a diferença no jogo...

A Holanda deu a saída de bola em novo "toca y me voy" de Zenden e Seedorf. Desta vez, quando o camisa 10 colocou a bola no chão, Wayne Bridge já estava em cima para roubar a bola e tocar a Gerrard na cabeça de área. O camisa 4 abriu na direita para David Beckham, que chamou Crouch para tabelar. O camisa 15 recebeu, abriu de volta na direita e correu para a área. Beckham foi ao fundo e cruzou na cabeça de Crouch, que mandou sem chances para Van Der Sar: Inglaterra 2x1, logo a um minuto.

A entrada de Crouch foi crucial para Beckham finalmente entrar no jogo. Os dois criavam pela direita, enquanto Joe Cole e Rooney infernizavam pela esquerda. Mas a Holanda não ficou atrás. Zenden continuava distribuindo bem o jogo e, com a maior movimentação de Bergkamp, os holandeses chegavam bem ao ataque. As aparições de Heitinga no ataque eram uma surpresa e levavam perigo ao gol de Paul Robinson. O jogo ficou aberto.

Isso foi até os 9 minutos, quando Joe Cole tentou um passe por cima para Peter Crouch, que Stam afastou. Quando Jordi Cruyff botou a bola no chão, Joe Cole apareceu rápido e lhe roubou a bola. Com novo passe para a área, desta vez no chão, encontrou Crouch livre. O camisa 15 deixou a bola correr e tocou na saída de Van Der Sar, dando números finais ao jogo: Inglaterra 3x1.

Destaque do jogo: Peter Crouch. No melhor jogo da rodada, vários jogadores estiveram bem. Rooney e Zenden fizeram uma partida espetacular. Mas Peter Crouch superou todos, ao sair do banco para marcar dois gols e dar a vitória à sua equipe. Sua entrada fez aparecer o jogo de Beckham, além de dar mais opções ao ataque. Fez um gol pelo alto e outro pelo chão, saindo de campo aplaudido pela torcida.

CLASSIFICAÇÃO

1º Inglaterra - 7 pontos, 8 gols pró;
2º Coreia do Sul - 7 pontos, 6 gols pró;
3º Camarões - 6 pontos;
4º Alemanha - 5 pontos;
5º Brasil - 4 pontos;
6º França - 3 pontos;
7º Argentina - 1 ponto;
8º Japão - 0 ponto, 1 gol pró, 4 gols sofridos;
9º Holanda - 0 ponto, 1 gol pró, 5 gols sofridos.

Artilharia

1º Jayeon (Coreia do Sul) e David Beckham (Inglaterra) - 3 gols;
3º Miroslav Klose (Alemanha), Carlos Tevez (Argentina), Roger Milla (Camarões) e Peter Crouch (Inglaterra) - 2 gols.

NOTAS RÁPIDAS

  • Seguimos com a nossa programação de carnaval. Se tudo der certo, a quarta rodada se desenrolará na segunda e na terça-feira.
  • Na LMC, a sexta-feira antes do carnaval trouxe a primeira clássica do ano. A Strade Bianchi, disputada na Toscana (Itália), é famosa por seus trechos em sterrato, uma poeira branca que torna a passagem difícil e escorregadia, além das colinas que trazem mais dificuldade aos ciclistas.
  • Naquela que foi considerada a melhor atuação do ano até aqui, Andy Schleck imprimiu um ritmo forte desde o início. Próximo do final, o último trecho em sterrato era uma subida íngreme e, se aproveitando de suas características de montanhista, Schleck atacou e não foi mais incomodado, vencendo em uma fuga impressionante. Em segundo lugar, chegou Fernando Gaviria e, em terceiro, Fabio Aru. Este foi o mais celebrado pelo público, que vibrou ao ver um italiano no pódio.
  • Os ciclistas estão, agora, em Portugal. A Volta Ciclística ao Algarve começou no sábado e prossegue seu rumo. O vencedor será noticiado aqui e dará o pontapé inicial de alguma rodada da Liga FIFUBO.
O pódio da Strade Bianchi. No alto, com o troféu, o ciclista de Luxemburgo, Andy Schleck (Saxo Bank). Abaixo, o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep), segundo colocado. Mais abaixo, o italiano Fabio Aru (Liquigás), terceiro colocado.

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