sábado, 1 de fevereiro de 2020

Liga FIFUBO 2020 - Primeira Rodada - 01/02/2020

Fevereiro chega, num sábado de muito calor e Imperatriz Arena lotado. Afinal, a abertura da Liga FIFUBO 2020 foi nesta manhã e os torcedores nem se preocuparam com as altas temperaturas, pois queriam ver o início da competição com as principais seleções do mundo. Vamos ver como foram os dois jogos deste sábado!

Imperatriz Arena lotado para Brasil x Japão, o jogo de abertura.



Antes da partida inaugural, o ciclista Damiano Cunego foi chamado para dar o pontapé inicial da Liga. O italiano recebeu tal convite após vencer a Real Liga de Ciclismo, a primeira competição daquele esporte no ano.

O ciclista Damiano Cunego mostra seu troféu da Real Liga de Ciclismo e dá o pontapé inicial da Liga FIFUBO 2020.
BRASIL 1x0 JAPÃO

Não haveria melhor forma de iniciar a competição do que com as duas equipes que fizeram as finais dos dois Mundiais realizados pela FIFUBO até então. Campeões em 2019 e campeões do Torneio Início, os brasileiros entram em campo como favoritos ao título da Liga. O técnico Dorival Junior, estudioso das táticas do futebol, analisa o esquema adversário e coloca o seu time para jogar de forma a neutralizar as ameaças. Lá na frente, conta com o talento de seus atletas. Campeões em 2018 e tendo o artilheiro (Hyuga) e o MVP (Misugi e Tsubasa) em ambos os Mundiais, o Japão deixou de ser promessa há muito tempo e, hoje, é outro dos favoritos ao título. Os comandados de Sr. Mikami são extremamente disciplinados e seguem à risca as ordens de seu treinador.

A expectativa de um espetáculo tático não se confirmou, uma vez que é início de temporada e as equipes ainda buscam a melhor forma. Mas a habilidade dos jogadores compensa qualquer coisa. Assim, a partida foi muito boa, deixando os torcedores de pé a cada jogada de ataque. O Brasil tinha um pouco mais de organização e tentava jogar pelos lados do campo. O Japão era bem desorganizado e tentava com a aproximação dos homens de meio de campo, pelo centro. Misugi acertou a trave de Carlos Germano de um lado e Roberto Carlos, a de Wakabayashi do outro. Mas o primeiro tempo terminou 0x0.

No intervalo, Dorival Junior tirou Kleberson e Alex para colocar Roque Junior e Ronaldinho. Kleberson deixava os japoneses à vontade pelo meio e não ajudava na saída de bola, enquanto Alex errava tudo o que tentava. Com as mudanças, Roque Junior iria para a zaga e Edmilson ficaria de primeiro volante, quase como terceiro zagueiro, marcando Hyuga individualmente. Sr. Mikami tirou Ishizaki e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta. Reforçaria o lado direito da marcação e teria um jogador de velocidade para ajudar Hyuga no ataque.

As preocupações de Sr. Mikami tinham fundamento. Apesar de Ronaldo ficar mais livre do lado direito, era pelo lado esquerdo que o Brasil atacava. As tabelas de Roberto Carlos, Rivaldo e Denilson enlouqueciam a defesa rival, enquanto Ronaldo e Ronaldinho faziam boas trocas pelo lado direito do ataque. Ronaldo percebeu que teria que aparecer mais no meio para concluir e, com isso, o Brasil cresceu. O Japão, por outro lado, se viu preso no esquema brasileiro. Com Hyuga marcado individualmente, Tsubasa teria que aparecer como elemento surpresa, mas estava em um dia pouco inspirado e nada produziu.

O gol da vitória veio aos 7 minutos, quando Misugi saiu pela meia direita e tentou o passe para Shun Nitta no meio. Cafu saiu da lateral para marcar pelo meio e conseguiu roubar a bola, tocando a Rivaldo na esquerda. O camisa 10 dominou, avançou trazendo a bola para o meio e, com um belo chute de fora da área, venceu Wakabayashi para fazer Brasil 1x0.

Destaque do jogo: Rivaldo. Em um jogo de muita marcação e pouca inspiração, o camisa 10 brasileiro foi decisivo. Ao ver-se sozinho no meio de campo, chamou a responsabilidade e armou o jogo. No segundo tempo, decidiu com um lindo chute de longe.

COREIA DO SUL 3x1 ARGENTINA

Se o primeiro jogo era a reedição das duas finais do Mundial, o segundo era a reedição da disputa do bronze. Sensação da temporada, a Coreia do Sul ficou com o terceiro lugar naquela competição e mostrou um futebol envolvente. Mas, na Liga, o buraco é mais embaixo. Kozo Kira sabe disso e quer pensar jogo a jogo, analisar bem seu jovem elenco e decidir as melhores opções. A Argentina, por sua vez, quer mostrar que pode sair do grupo do meio e disputar títulos. Depois de ser coadjuvante em várias competições, os comandados de Carlos Bianchi querem atitude dominadora, tocando de pé em pé e chegando ao ataque com opções. O problema é que a característica do time não é essa, mas sim de jogar nos esticões...

Os treinamentos da semana deram frutos. A Argentina dominou o primeiro tempo inteiro. A marcação funcionava, com os jogadores antecipando as jogadas dos rivais. Com isso, a Coreia do Sul não conseguia chegar. Lá na frente, Messi atuava quase como um falso 9, enquanto Di Maria fazia boas arrancadas pelas pontas. Conca armava o jogo como um verdadeiro maestro e as subidas de Vangioni pela esquerda davam mais opções. Mesmo assim, os argentinos não conseguiam colocar a bola dentro do gol adversário.

Para piorar, foram os sul coreanos quem abriram o marcador. Já corriam os acréscimos quando uma bola mal esticada de Mercado para Alario foi interceptada por Masao Tachibana. O camisa 7 partiu com a bola dominada e começou uma tabela com Joo Sung. O camisa 9, ao perceber que o jogo não fluiria para o lado direito onde se encontrava, foi para o outro extremo e, ali, recebeu a bola já na entrada da área. Joo Sung partiu com a bola para cima de Demichelis, fez que ia driblar para dentro, gingou o corpo e fez o drible para fora, deixando o camisa 4 argentino no chão. De dentro da área, o camisa 9 chutou cruzado e rasteiro e venceu Abbondanzieri, fazendo Coreia do Sul 1x0.

No intervalo, Kozo Kira percebeu que os argentinos teriam que sair pro jogo e, no calor, não teriam fôlego para correr muito. Assim, tirou Nakanishi e Lee Young-Un para colocar Kishida e Taki, se preparando para apostar nos contra ataques em correria. Quando os jogadores voltavam para o campo, o treinador fez uma série de gestos e piscadas. Carlos Bianchi tirou os jogadores que nada produziam. Saíram Demichelis e Scocco para as entradas de Kranevitter e Tevez.

As piscadas e gestos de Kozo Kira eram jogadas ensaiadas durante os treinamentos. Impressiona como um treinador tido como boleiro tem uma gama incrível de jogadas e consegue comandar seus jogadores com o olhar. A Coreia do Sul melhorou bastante no segundo tempo e, mais organizada, dominava as ações. Jayeon distribuía o jogo do meio para um dos lados e aparecia para as triangulações, seja na esquerda com Masao Tachibana e Taki, seja na direita com Kazuo Tachibana e Joo Sung.

Curiosamente, foi quando a Coreia do Sul era melhor que a Argentina empatou. Taki tentou a jogada pela ponta e Kranevitter só protegeu para a bola sair pela linha de fundo. Abbondanzieri cobrou o tiro de meta para o meio de campo, onde Messi dominou e tabelou com Conca. Já no campo de ataque, Messi deu ótimo passe em diagonal para Tevez. O camisa 11 saiu da ponta para o meio com um lindo giro, driblando Kishida e chutando da entrada da área. A bola, rasteira, entrou no canto de Wakashimazu: Argentina 1x1, aos 3 minutos.

Tirando o gol, a Argentina não pôde fazer muito contra o ótimo segundo tempo dos asiáticos. A Coreia do Sul pareceu não se importar com a igualdade no marcador e continuou partindo para cima dos rivais. A virada veio aos 5 minutos, após Taki desarmar Conca no meio de campo. Com um lançamento magistral, o camisa 13 encontrou Kazuo Tachibana do outro lado do campo. O camisa 8 dominou a bola com extrema categoria, tocou a Jayeon e correu pela ponta direita para receber de vola. Com um drible seco, se livrou de Vangioni e, do bico da área, acertou um chute incrível no ângulo de Abbondanzieri, concluindo uma jogada coletiva espetacular: Coreia do Sul 2x1.

A Argentina voltou a tentar o jogo na base do abafa, mas quem abafava era a defesa sul coreana. Bem postados, os Tigres Asiáticos conseguiam antecipar as jogadas do rival e sair no contra ataque. Quem estava abafado também era o tempo e, com isso, os argentinos iam perdendo o fôlego conforme o relógio andava. Aos 8 minutos, Gabriel Milito fez um desarme em Joo Sung para o lado e se esforçou todo para evitar o lateral, mas não conseguiu. Cansado, o camisa 6 argentino não conseguiu voltar correndo para a área e viu Joo Sung cobrar o lateral rápido, encontrando Jayeon na meia lua. Sozinho, o camisa 10 adiantou a bola e soltou seu famoso chute com a parte de fora do pé. A bola descreveu uma incrível curva e entrou no gol de Abbondanzieri, dando números finais à partida: Coreia do Sul 3x1.

Destaque do jogo: Kazuo Tachibana. O camisa 8 fez um primeiro tempo discreto, mas prestou muita atenção no intervalo e acabou se tornando a principal peça da partida. Fez um gol em uma jogada incrível, distribuiu o jogo e ajudou na marcação a Tevez, contribuindo para a Coreia do Sul repetir o placar que lhes valeu o bronze mundial.

NOTAS RÁPIDAS

  • Neste domingo, se encerra a primeira rodada, com mais dois jogos. Como são 9 as seleções, uma sempre está de bye na rodada e, nesta, quem descansa é a Holanda.
  • Conforme dito anteriormente, a primeira competição da LMC se encerrou na última sexta-feira. A Real Liga de Ciclismo teve sua última etapa terminando com a vitória de Danilo Di Luca, mas o título da competição foi para outro italiano. Com o quinto lugar, Damiano Cunego vence a Real Liga e comemora seu terceiro título na LMC.
  • Agora, os ciclistas se preparam para o Tour da Malásia, que deve começar neste domingo.
O pódio da última prova da Real Liga de Ciclismo. No alto, com o troféu, o vencedor Danilo Di Luca (Liquigás). Abaixo, o segundo colocado, o espanhol Alberto Contador (Astana) e o terceiro, o suíço Fabian Cancellara (Saxo Bank).


O Rei Supremo da Liga dos Reinos em 2020, o Imperador Branco, entrega o troféu da Real Liga de Ciclismo ao vencedor, Damiano Cunego.

O pódio da Real Liga de Ciclismo. No alto, o campeão, o italiano Damiano Cunego (Lampre). Abaixo, o segundo colocado, o francês Thibault Pinot (Française De Jeux) e o terceiro colocado, o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep).

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