terça-feira, 24 de setembro de 2019

Liga FIFUBO 2019 - Décima Terceira Rodada - 24/09/2019

Uma brecha na terça-feira e pudemos, enfim, dar continuidade ao campeonato. Ameaça constante de chuva, vento forte, temperatura baixa e, mesmo com três jogos, o público no Imperatriz Arena foi apenas mediano. Vamos ver se, ao menos, os jogos valiam a pena...


INDEPENDIENTE 0x2 BOCA JUNIORS

Dois gigantes que nem conseguem mais viver de sua fama. O Independiente vive o seu estilo tradicional de altos e baixos e, por isso, ainda pode terminar a rodada na zona de classificação. Em quinto, está apenas um ponto atrás do Estudiantes e, encerrando seu jejum de dois jogos sem vencer, pode voltar ao G4. O Boca faz pior, mas nada diferente do que tem sido nos últimos anos. A equipe já não vence há quatro rodadas, está na penúltima colocação e seus torcedores fazem pressão nos treinos. No primeiro turno, a situação era muito parecida e o Boca conseguiu vencer a primeira no campeonato em grande estilo: 4x0.

O jogo até começou bom. As duas equipes pareciam organizadas, trocavam bons passes e tentavam a finalização. Mas a fase é tão ruim que até quando conseguem fazer um jogo bom, é o tempo que atrapalha. O vento tirava a bola do lugar e acabava com ataques promissores.

E justo quando o Independiente jogava melhor, o Boca abriu o marcador. Nestor Silvera tinha recebido um bom passe de Busse, aos 4 minutos, e chutou no travessão. Escudero pegou o rebote e jogou na esquerda para Arruabarrena, que avançou com a bola em velocidade pela lateral e deu o passe para Palermo já no campo de ataque. Próximo à entrada da área, o camisa 9 driblou Matheu e acertou um chute incrível, no ângulo oposto de Navarro, que nada pôde fazer: Boca 1x0.

No intervalo, Bayer tirou os inoperantes Facundo Parra e Gracián para colocar Mauro Burruchaga e Gandin. A vaia da torcida mostra que a insistência de Bayer com os titulares vem custando não só pontos preciosos, mas o apoio dos adeptos. Falcioni tirou Cagna e Schelloto para colocar Battaglia e Palacio. Pretendia reforçar a marcação pelo lado que Silvera deitava e rolava e explorar os contra ataques.

O segundo tempo foi horrível. As duas equipes se limitavam a dar chutões e errar passes, irritando o torcedor. O Boca teve um pingo de lucidez para colocar a bola no chão e fazer o segundo gol, aos 5 minutos. Riquelme fez o "dump and chase", mas Vella entrou de carrinho e jogou a lateral deixando um buraco enorme na zaga. Foi ali que Riquelme cobrou o lateral, encontrando Basualdo livre. O camisa 11 invadiu a área, trouxe para o pé direito e acertou um lindo chute colocado para decidir o jogo: Boca 2x0.

Destaque do jogo: Martin Palermo. Difícil dizer que alguém se destacou, em partida de nível tão baixo. Mas, ao menos, Palermo mostrou que é só ter alguém para lhe deixar em condições de marcar, que ele o fará. Com a frieza de finalizador, abriu o marcador e encerrou um longo jejum de vitórias de sua equipe.

VASCO 3x1 ESTUDIANTES

A segunda partida do dia era meio que um jogo de seis pontos. O Vasco deu mole na rodada anterior (1x1 Boca) e viu o Racing se distanciar na liderança. Em segundo na tabela, tem oito de vantagem para o adversário, mas não quer ver essa distância cair. Até porque o Estudiantes venceu seu jogo (2x1 Imperatriz) e vem empolgado para ter mais uma boa atuação, se isolando mais no G4 e se mantendo próximo da classificação. No primeiro turno, Estudiantes 1x1 Vasco.

O time de La Plata começou melhor o jogo e rondou bem a área adversária. O Vasco tinha um meio de campo nervoso, que errava muito e não conseguia tirar a bola de lá. Logo no início, Nilton e Diego Souza se atrapalharam e perderam a bola na entrada da área. Mas Carlos Germano estava bem e defendeu o chute de Carlos Germano.

Mas, com três minutos, o goleiro não pôde fazer nada. Juninho se atrapalhou com a bola e foi desarmado por Leandro Benítez. O camisa 8 roubou a bola e puxou o contra ataque, tocando a Gastón Fernandez na área. De costas para a zaga, o camisa 10 rolou atrás para o mesmo Leandro Benítez, que acertou um lindo chute e inaugurou o marcador: Estudiantes 1x0.

A desvantagem fez bem ao Vasco, que se organizou em busca do empate e, enfim, conseguiu jogar. E ainda contou com as falhas da zaga do Estudiantes. Se a equipe de La Plata ia bem na frente, atrás cometia erros incríveis...

Assim, aos 6 minutos, Eder Luis fez boa jogada pela ponta e, ao perceber que ia perder o ângulo, deixou o corpo. Marco Rojo o atropelou sem nenhuma necessidade, fazendo uma falta no bico da área. Juninho cobrou por cima da barreira com perfeição. Andujar tocou na bola, que ainda bateu no travessão, mas caiu dentro do gol: Vasco 1x1.

A partir daí, a equipe brasileira reequilibrou o jogo e passou a dominar as ações. O Estudiantes tinha suas chances, mas o Vasco se distribuiu melhor em campo e ditou o ritmo. Aos 9 minutos, veio a virada. Ramon desarmou Gastón Fernandez e tocou a Felipe no meio. O camisa 6 avançou com a bola pela meia esquerda e deu ótimo passe para Adriano, na entrada da área. O camisa 9 chutou com um efeito incrível, a bola descreveu uma curva e obrigou Andujar a pular todo torto. O goleiro só conseguiu espalmar a bola para a frente, mas o efeito dela foi tão impressionante que, ao bater no chão, a bola voltou para dentro do gol do Estudiantes e, assim, o Vasco fazia 2x1.

No intervalo, Antonio Lopes mudou o centro do campo, tirando Nilton e Diego Souza (os únicos que nada produziam), colocando Allan e Bernardo em seus lugares. Cristaldo mudou o lado esquerdo, tirando Marco Rojo e Mauro Boselli para colocar Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez. Pediu, também, que seus jogadores parassem de cometer erros bobos, como as faltas na entrada da área (Juninho fez um e mandou outro no travessão).

As mudanças do Vasco surtiram efeito e a equipe dominou completamente o segundo tempo. Não é que o Estudiantes jogou mal, mas o Vasco quem acabou com qualquer tentativa do rival. O ataque teve mais peças e Adriano recebia para concluir, mas não conseguia mandar dentro do gol.

A vitória só foi assegurada nos acréscimos, quando Dedé despachou um ataque do Estudiantes e o Vasco saiu em contra ataque. Bernardo, Eder Luis e Adriano fizeram a "figura 8" desde o meio de campo, trocando de posição e confundindo a marcação rival. Quando Adriano partiu pelo meio e abriu na direita com Eder Luis, esperava-se que o camisa 7 lhe devolvesse a bola. Mas Eder tocou na esquerda para Bernardo. Da entrada da área e livre, o camisa 11 ajeitou para o pé direito e chutou uma bola em arco, direto para as redes de Andujar: Vasco 3x1.

Destaque do jogo: Bernardo. O camisa 11 entrou no segundo tempo, no lugar de um Diego Souza incapaz de armar o jogo e, em pouco tempo, organizou o time inteiro. O meio de campo ficou mais equilibrado e conseguiu ajustar a marcação, com Bernardo armando o jogo a partir do centro, para todos os lados. Mais próximo dos atacantes, tabelava com Eder Luis e servia Adriano. E terminou ele mesmo marcando o gol que selou a vitória.

RIVER PLATE 1 x 0 IMPERATRIZ

Em sexto na tabela, o River vem jogando melhor no segundo turno, mas as vitórias ainda estão distantes, como ficou provado na última rodada (1x1 San Lorenzo). Mesmo assim, uma vitória hoje pode fazer a equipe entrar no G4. O Imperatriz caiu muito de produção no segundo turno e, em três rodadas, venceu uma, empatou outra e perdeu mais uma, justamente na última rodada (1x2 Estudiantes). Por isso, a equipe está em terceiro na tabela e tem que vencer, para não deixas as equipes de baixo se aproximarem. Para esta partida, a equipe de Niterói tem o reforço do ciclista Rafael Andriato, que foi incorporado ao elenco do futibou após abandonar a Vuelta a España de ciclismo e pode fazer sua estreia no campeonato. No primeiro turno, Imperatriz 2x1 River.

O jogo mais esperado da rodada colocava frente a frente criador e criatura. Dircys é o treinador do Imperatriz desde sempre e, como tal, teve Francescoli em suas mãos durante um longo tempo. O jogador argentino atuou sob o comando do treinador adversário, aprendeu seu estilo e o adaptou ao River Plate, tanto é que a equipe de Nuñez joga no mesmo esquema do Imperatriz. Também é um duelo entre o terceiro maior vencedor da História da FIFUBO (River) e o primeiro (Imperatriz). O prenúncio era de um jogão.

E começou bem mesmo, com Douglas fazendo linda jogada pela meia direita e chutando na trave de Carrizzo. Depois, foi Trezeguet quem fez ótima jogada e carimbou o travessão de Charlie Brown. Mas, infelizmente, o fogo inicial foi se apagando junto com a tarde que caía no Imperatriz Arena. As equipes começaram a errar demais e, depois daqueles dois chutes com um minuto de jogo, ficaram mais cinco sem concluir uma vez sequer. Foi só aos 6 que o River conseguiu mais um chute, com Trezeguet mandando por cima.

A torcida já começava a vaiar quando saiu o único gol do jogo. Eram 9 minutos da primeira etapa quando um passe errado de Robinho para Suker terminou com Placente tirando a bola. Barrado recebeu na meia esquerda, driblou Douglas e abriu na direita, encontrando Ortega. O camisa 10 avançou um pouco com a bola e resolveu arriscar o chute, de longe da área. Mas a bola descreveu um arco perfeito e morreu no fundo das redes de Charlie Brown: River 1x0.

No intervalo, Francescoli tirou Ferrari e Buonanotte para colocar Ponzio e Trezeguet. Dircys resolveu fazer História, colocando o primeiro ciclista para jogar uma partida na FIFUBO. Saíram Suker e Douglas e entraram Dagoberto e Rafael Andriato. Como era sua primeira partida e vinha de contusão, o ciclista brasileiro atuaria na posição de Suker, como centroavante parado lá na frente. Dagoberto ficaria responsável pela armação.

O jogo continuou com um nível baixíssimo. As equipes continuavam errando muito e irritando os torcedores. Curiosamente, quem teve boa vontade foi Andriato, que chutou duas bolas para Carrizzo defender. Com Maikon Leite e Robinho em uma tarde muito ruim, o Imperatriz tinha dificuldades para buscar o empate. O River teve o contra ataque à disposição, mas errava sempre que chegava próximo à área.

Na última bola do jogo, Dagoberto recebeu próximo à meia lua, ajeitou como pôde e mandou um chute colocado. A bola explodiu no travessão e o River comemorou a vitória.

Destaque do jogo: Diego Armando Barrado. Em um jogo cercado de expectativas e terminando com o público vaiando, fica difícil escolher um destaque. Mas o camisa 19 do River se excedeu. Ao perceber que Gallardo estava em uma tarde infeliz, Barrado assumiu a responsabilidade de armar o jogo. De seus pés, saíram as principais jogadas do River, inclusive o gol, quando encontrou Ortega livre na direita.

CLASSIFICAÇÃO

1º Racing - 29 pontos
2º Vasco - 27 pontos
3º Imperatriz - 21 pontos
4º Estudiantes - 16 pontos, 18 gols pró
5º River Plate - 16 pontos, 14 gols pró
6º Independiente - 15 pontos, 16 gols pró
7º Boca Juniors - 15 pontos, 15 gols pró, 16 gols contra
8º Huracán - 15 pontos, 15 gols pró, 21 gols contra
9º Velez Sarsfield - 13 pontos
10º San Lorenzo - 9 pontos

ARTILHARIA

1º Acosta (Racing) - 9 gols
2º Maikon Leite (Imperatriz) - 8 gols
3º Daniel Cigogna (Huracán), Robinho (Imperatriz), Leandro Romagnoli (San Lorenzo) - 7 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Finalizada a décima terceira rodada, as baterias se voltam para a décima quarta. Na sexta, a rodada terá início, com Imperatriz x Vasco. Mas o resto da rodada ainda é nebuloso; não se sabe o dia certo.
  • Por enquanto, o calendário está sendo cumprido e nenhuma rodada será cancelada. Mas ainda há esse perigo e, se ocorrer, a FIFUBO chamará os treinadores de clubes para decidirem se cancelam a última rodada ou sorteiam uma, para a última (a rodada dos clássicos) ser disputada.

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