terça-feira, 10 de setembro de 2019

Arte e Botões - Itália - 10/09/2019

Alguns problemas de calendário impediram a conclusão da décima primeira rodada da Liga FIFUBO. Vamos ver se é possível jogar nesta quarta. O tempo sem jogar nos dá a chance de voltar com a seção que tanto faz sucesso. Então, vamos a mais uma arte exclusiva da FIFUBO. A escolhida de hoje é a Itália!

A Squadra Azzurra há muito vem dando vexame. Na Copa de 2018, nem se classificaram; na de 2014, eliminados logo de cara. As ótimas gerações foram estragadas pela globalização do campeonato italiano, que trouxe milhares de estrangeiros em detrimento da revelação de novos jogadores. Alguns se deliciam com a queda de um gigante do futebol. Eu não vejo graça nenhuma. É menos um protagonista neste espetáculo cada vez mais pobre.

O Calcio já foi uma competição atraente. Os anos 90 trouxeram a febre do futebol italiano, onde se formos parar para ver, Juventus e Milan dominaram 90% das edições. Mas era um prazer ver Inter de Milão, Roma, Lazio, Sampdoria, Napoli, Fiorentina, Torino, Parma, Genoa e tantos outros clubes simpáticos e repletos de grandes craques. Aos poucos, no entanto, a Itália foi saindo de cena e vendo os campeonatos da Espanha, Inglaterra, Alemanha e até França tomarem seu protagonismo. Foi por este motivo que foquei a arte da vez na Itália de 1997 a 1999. Vamos apresentar a arte, falar dos jogadores e explicar as ausências.


O gol tem Peruzzi, um goleiro muito técnico. Poderia ser Pagliuca, Toldo ou o mais famoso de todos, Buffon. Mas eu sou torcedor da Juventus e, entre 1995 e 1998, Peruzzi era o goleiro da Vecchia Signora. Buffon jogava no Parma nesta época, então Peruzzi é o meu favorito.

Benarrivo e Maldini formam as laterais. Ambos jogavam nas duas naquela época. Depois, Maldini migrou para a zaga, onde continuou jogando em altíssimo nível. A dupla de zaga aqui é formada por Cannavaro e Costacurta. O grande zagueiro da época era Costacurta, o xerifão do Milan. Cannavaro, começando, era o destaque do Parma.

No meio de campo, Massaro era um gigante. Com a camisa do Milan ou da Itália, ele dominava o setor com uma raça e uma categoria impressionantes. Dino Baggio também jogava de volante e também tinha uma classe absurda para sair jogando. Na armação, escolhi Atilio Lombardo e Del Piero. Lombardo foi o líder do meio de campo da Sampdoria campeã italiana em 1990 e, depois, foi destilar seu talento na Juventus. Del Piero... bom, Del Piero é o eterno camisa 10 da Juve. Por isso, a 10 da Itália é dele (desculpe, Totti...).

A dupla de ataque explica muita coisa sobre os jogadores que eu escolhi para este time. Começamos com Fabrizio Ravanelli, outro que brilhou com a camisa da Juventus. Atacante de força, o grisalho canhoto tinha um chute forte e uma raça impressionantes. Filipo Inzaghi é a chave de tudo. Sou fã deste centroavante, incondicionalmente. Tanto é que o vi sair da Juventus e brilhar com a camisa do Milan e, mesmo assim, Inzaghi continua sendo o camisa 9 do meu time.

Os reservas de Arrigo Sacchi (o treinador também está aí) são Albertini e Chiesa. Albertini era um meiocampista do Milan de muita qualidade. Excelente na marcação e na armação. Chiesa é outro que eu sou fã e coloco em qualquer seleção italiana que aparecer na frente. Atacante canhoto, chamou a atenção no futebol ao aparecer muito bem no Parma. Depois, foi para o Siena e virou o camisa 10 e dono do time. Pode jogar tanto no meio quanto no ataque.

Agora, vamos às explicações. Comecemos pelas gerações. Se temos Peruzzi, Benarrivo e Ravanelli, poderíamos ter Roberto Baggio com a camisa 10, mas isso implicaria tirar o número de Del Piero. Além disso, Inzaghi foi o ponto de partida para o time e quando ele começou a arrebentar na Juventus, Baggio já enfrentava a fase descendente de sua carreira.

Outros grandes nomes ficaram de fora. Podemos citar, além dos goleiros já falados, um sem número de jogadores: Nesta, Sartor, Paolo Negro, Cripa, Fuser, Di Livio, Conte, Tacchinardi, Ferrara, Ventola, Di Canio, Totti, Lentini, Evani, Eranio... se ficarmos falando nomes, a postagem vira um livro de mais de 500 páginas. Só dava para escolher 12 jogadores de linha e um goleiro. Tentei fazer uma seleção equilibrada nos setores e usar o máximo de meus jogadores favoritos. Isso, talvez, explique a preferência por Lombardo no meio e Chiesa como reserva do ataque. Mas a difícil tarefa só mostra como a Itália já produziu tantos craques e foi deixando essa fábrica morrer aos poucos.

Essa seleção italiana é a que escolhi para fazer para a FIFUBO, em um futuro muito próximo.

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