sábado, 7 de setembro de 2019

Liga FIFUBO 2019 - Décima Primeira Rodada - 07/09/2019

"Diga à minha guarda que eu acabo de fazer a independência do Brasil", disse D. Pedro I em um 7 de setembro, no ano de 1822. Pois eu digo que, em um 7 de setembro, no ano de 2019, o Imperatriz Arena lotou para ver a continuação da décima primeira rodada da Liga FIFUBO 2019. Um dia lindo, de céu azul e temperatura agradável. A única coisa que atrapalhou um pouco o dia foi o vento forte que corria pelo campo, por vezes tirando a bola de seu lugar. Mas quem liga? O que queremos é ver jogo!


Antes do início dos jogos, Lance Armstrong foi ao gramado do Imperatriz Arena, para dar o pontapé inicial.

INDEPENDIENTE 1x1 VELEZ SARSFIELD

Chega a ser curioso que, no dia da independência, o Independiente seja a primeira equipe a entrar em campo. Mas tudo bem, a equipe de Avellaneda vem de uma vitória (2x1 San Lorenzo) e está em quarto na tabela, doida para se aproximar das equipes de cima. Em sétimo, o Velez foi da euforia ao desânimo. Após ficarem 3 jogos invictos (2 vitórias e 1 empate), a equipe perdeu duas na sequência (1x4 Imperatriz e 0x1 Vasco) e, agora, já são 3 jogos sem vencer. No primeiro turno, Velez 0x2 Independiente.

Se os torcedores pretendiam aproveitar o feriado curtindo uma boa partida de futibou de butaum no Imperatriz Arena, saíram decepcionados. O que se viu no primeiro tempo de jogo foi um festival de erros de passe para todos os lados, jogadas mal feitas e pouquíssimas conclusões, sem perigo algum. A sonora vaia dada pela torcida ajuda a explicar o que foi o péssimo primeiro tempo, que terminou 0x0.

No intervalo, Bayer sacou os dois principais jogadores do time. Silvera e Gracián saíram debaixo de vaias, para as entradas de Gandin e Mauro Burruchaga. Já Pearl Jam foi além. Tirou os dois atacantes, Turco Assad e Dario Hussain, para colocar Lucas Pratto e Fabian Cubero. Detalhe: defensor registrado como volante, Cubero jogaria improvisado no ataque. Isso mostra o quão desesperador foi o setor ofensivo do Velez no primeiro tempo.

A partida melhorou um pouquinho no segundo tempo. Se o nível técnico continuava baixo, ao menos tivemos (poucas) jogadas de perigo. E gols! Aos 3 minutos, Emiliano Papa roubou bola de Parra e tocou a Romero na meia esquerda. O camisa 7 inverteu para o lado direito e encontrou Insua próximo à entrada da área. O camisa 11 dominou, trouxe para o pé esquerdo e se aproveitou do fato de Tuzzio tapar a visão de Navarro para mandar um chute rasteiro e cruzado. Quando o goleiro percebeu, já era tarde: Velez 1x0.

Se o Velez não merecia a vitória pelo jogo sofrível, ao menos o gol premiou a luta de Insua, que se movia pelo campo de ataque e buscava alguém para dialogar. Mas isso era quase impossível. O Independiente, que melhorou com Mauro Burruchaga, também tentava alguma coisa, mas estava muito difícil.

E o empate veio justamente quando o Velez partiu para matar o jogo. Insua recebeu novamente de Romero na meia direita, trouxe para o pé esquerdo e chutou rasteiro. Desta vez, Navarro conseguiu se esticar e fazer a defesa. Matheu afastou da área e Montenegro procurou Mauro Burruchaga no meio. O camisa 10 abriu na ponta direita para Facundo Parra, que dominou e começou a avançar. Neste momento, os torcedores já estavam fartos de verem Parra insistir em partir com a bola dominada e perdê-la mais adiante e, por isso, começaram a gritar para ele chutar. O camisa 17 resolveu atender o pedido dos fãs e, com um chute de longe, acertou o ângulo de Sosa: Independiente 1x1.

Destaque do jogo: Federico Insua. Difícil escolher alguém como destaque em um jogo de nível técnico tão baixo. Mas, ao menos, Insua mostrou luta. O camisa 11 mostra que está recuperando seu bom futebol. Com boas jogadas do meio para a frente, buscou tabelas, organizou o time e concluiu, marcando inclusive o gol do Velez.

VASCO 2x0 HURACÁN

Em terceiro na tabela, o Vasco está empatado com o Imperatriz, mas perde no número de gols marcados (14x20), fruto da péssima pontaria de seus atacantes. Mas, desde que mudou o esquema para o 4-4-2 losango, a equipe vem tendo um desempenho melhor e isso foi provado com a vitória na rodada anterior (1x0 Velez). Para esta partida, a única mudança era o rodízio de goleiros, com Carlos Germano saindo e Márcio entrando. O Huracán já não ganha há 5 jogos, mas vem de um empate com o Imperatriz (2x2) que, se não serviu para tirá-los da última posição, ao menos serve para embolar o campeonato. A equipe quer aproveitar a boa fase de Ruben Masantonio e Centurion e explorar os contra ataques contra um meio de campo lento. No primeiro turno, Huracán 1x3 Vasco.

Os jogadores do Huracán até começaram bem o jogo, mas estavam muito afoitos e, não raro, passavam da bola e atrasavam o ataque. Isso dava tempo ao Vasco de se organizar defensivamente e roubar a bola, reiniciando o ataque com Diego Souza distribuindo o jogo e Eder Luis participando ativamente. Mas a defesa do Huracán também estava bem postada e as chances do Vasco eram difíceis de chegar ao goleiro.

Quando parecia que o primeiro tempo terminaria empatado, o Vasco resolveu inverter os lados e conseguiu seu gol. Já corriam os acréscimos quando um erro de passe de Masantonio terminou nos pés de Felipe. O camisa 6 tocou a Diego Souza no meio e o camisa 10 abriu na direita para Fagner. O camisa 23 devolveu a Diego Souza, que inverteu pro lado esquerdo, encontrando Adriano próximo à entrada da área. Com um drible para cima de Alexis Ferrero, Adriano invadiu a área, trouxe para o pé esquerdo e acertou um chute violento para vencer Islas, fazendo Vasco 1x0.

No intervalo, Antonio Lopes resolveu reforçar a marcação e apostar nos contra ataques. Saíram Ramon e Juninho e entraram Allan e Bernardo, com Felipe passando a ser o capitão. Sr. Rabina tirou Centurion e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Reforçaria o lado esquerdo de sua defesa e colocaria Cigogna para jogar do outro lado.

As mudanças do Huracán não fizeram o panorama da partida se alterar. O Vasco dominou o segundo tempo inteiro e teve espaço para atacar. Matou o jogo com 2 minutos, quando um passe de Erramuspe para Barrales acabou nos pés de Fagner. O camisa 23 tocou a Felipe na meia esquerda e o camisa 6 deu ótimo passe em profundidade para Diego Souza, nas costas de Danelon. O camisa 10 dominou, invadiu a área, trouxe para o pé direito e acertou um lindo chute para vencer Islas e fazer Vasco 2x0.

Destaque do jogo: Diego Souza. O camisa 10 cresceu muito quando passou a jogar de enganche no 4-4-2 losango. Na ponta esquerda, não rendia nada. Mas, no meio, é o principal articulador de jogadas do Vasco. A bola sempre passa por seus pés, ele distribui para os atacantes e ainda se aproxima dos mesmos para concluir. Deu o passe pro gol de Adriano e fez o segundo, o seu primeiro no campeonato.

NOTAS RÁPIDAS


  • Como dito na sexta-feira, é bem provável que não tenhamos jogos no domingo. Se isso acontecer, a rodada se encerra na segunda ou terça feira.
  • O Dia da Independência no Imperatriz Arena começou com um desfile cívico militar, antes das equipes irem para o campo de jogo.
  • Liberado o campo para os atletas, o ciclista norte americano Lance Armstrong voltou ao gramado do Imperatriz Arena, para dar o pontapé inicial. Tal qual na rodada passada, o ciclista da USPS foi convidado a inaugurar o dia esportivo por ter vencido uma volta. Se na rodada passada ele tinha ido como campeão do Criterium du Dauphiné, agora voltou como campeão do Tour da Califórnia. Com desempenho impressionante na quarta e quinta etapas, quando venceu, Lance Armstrong entrou na sexta e última etapa com o título praticamente assegurado.
  • Além dele, o holandês Bauke Mollema (Rabobank) e o colombiano Fernando Gaviria (Quickstep) estavam na disputa do título. Mas, antes de qualquer coisa, os dois precisavam pontuar na meta volante logo no início e, como isso não aconteceu, bastou Armstrong cruzar a linha de chegada para ser declarado campeão. E ele o fez, andando em segurança no meio do pelotão e cruzando em décimo sétimo lugar.
  • A corrida teve altas doses de emoção, com uma fuga composta por Alberto Contador, Marcel Kittel, Murilo Fischer e Primoz Roglic. O esloveno da Imperatriz deu um show na prova, liderando a maior parte e impondo um ritmo forte. Mas, novamente, caiu próximo à linha de chegada e terminou em quinto.
  • O alemão Marcel Kittel (Katusha) fez o sprint para conquistar sua primeira vitória na LMC, com o espanhol Alberto Contador (Astana) em segundo e o argentino Francisco Chamorro (Credite Agricole) acelerando forte para alcançar os escapados e cruzar em terceiro.
  • Armstrong se consolida como o grande nome da LMC na atualidade, conquistando o título do Tour da Califórnia. Completaram o pódio Bauke Mollema (segundo) e Fernando Gaviria (terceiro). O suíço Fabian Cancellara (Saxo Bank) foi o campeão de montanha.
O pódio do Tour da Califórnia, com Lance Armstrong no lugar mais alto e ladeado por Bauke Mollema e Fernando Gaviria.

O desfile no Imperatriz Arena, antes dos jogos, em comemoração ao 7 de setembro.

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