Conforme prometido, na manhã desta quarta-feira o presidente Gabriel Batistuta, convocou uma coletiva de imprensa para apresentar os novos troféus da FIFUBO para a temporada 2019 e seguintes. Todos são de posse transitória.
A FIFUBO está, atualmente, no que se chama de Era Moderna. Só recapitulando, no início (1990 até 1994), vivíamos a Pré História, onde os botões eram do tipo panelinha, comprados em bancas de jornais. De 1994 até 2000, foi a Era Amadora, com botões de acrílico comprados em papelarias e lojas de esporte. De 2000 até 2002, foi a vez da Era Semi Profissional, com botões resinados, um esboço de regra e alguns campeonatos internos. De 2002 até 2017, foi a vez da Era Profissional, com botões argolados, regra 12 toques (adaptada para 8, por conta do tamanho da mesa) e alguns campeonatos externos. E, de 2017 em diante, a Era Moderna deu as caras, com botões fechados, regra 12 toques utilizada em sua plenitude, jogos externos e, em breve, se federar à FEFUMERJ para disputar o calendário oficial.
Nesta Era Moderna, os botões são fechados com a arte embutida, mas personalizados ao extremo, com nome, número e a foto do jogador. Os treinadores e árbitros também passaram a ser personalizados. Saíram os nomes criados (como os árbitros Dula Rápio e Wilson Neca) e entraram os nomes consagrados do nosso futebol (como os árbitros Leonardo Gaciba e Nestor Pitana).
Assim, surgiu a ideia de fazer o mesmo com os prêmios. Era muito difícil conseguir taças compatíveis com os botões e, com o tempo, o metal ia se desgastando e tornando o troféu mais opaco. Como tenho paixão por troféus personalizados, que a pessoa olha e já associa ao campeonato, tive a ideia de trazê-los para a FIFUBO e fazer deles os prêmios dos meus campeonatos. A ideia era muito simples: imprimir em uma folha adesiva transparente e colar, dos dois lados, em uma placa de acrílico na escala dos jogadores, fazendo o mesmo efeito que alguns goleiros, onde você só vê o desenho da taça. Em alguns casos, não pude encontrar o arquivo em PNG e, por isso, o troféu ficará com um fundo. Mas são poucos os casos. A gráfica responsável errou na confecção, mas até o final desta semana os troféus estarão prontos. Mesmo assim, vamos ver as imagens e conhecer as taças e qual campeonato elas vão representar.
LIGA FIFUBO
A Liga será o campeonato magno da FIFUBO, disputado por 10 equipes em turno e returno, com semifinais e final. Será o substituto das duas ligas do ano, o Apertura e o Clausura. Para este campeonato, escolhi aquele que acho o melhor de todos os troféus do nosso país, o troféu do campeonato brasileiro da série A. Feito em aço inox, este troféu tem um desenho diferente, difícil de explicar, porém único.
COPA 3 CORAÇÕES
A Copa 3 Corações foi o torneio criado na Era Profissional, unindo 3 de minhas paixões: Vasco (futebol), Imperatriz (escola de samba) e Dallas Stars (hóquei). Chegou a ser 4 corações, com a chegada da Juventus, voltou a 3 e, desde o ano passado, é só com 2 corações. Vasco e Imperatriz duelam pela primazia deste torneio. Em 9 edições, o Vasco ganhou 5 e o Imperatriz, 4. É o torneio que abre o ano da FIFUBO e será disputado neste final de semana. Para substituir o antigo troféu em formato de coração, escolhi o troféu da Copa do Brasil. Semelhante ao do campeonato brasileiro, mas na cor prateada, este troféu foi entregue por poucos anos, antes de ser substituído pelo atual, de uma forma indefinida e muito feio. Como já disse, sou apaixonado pelo troféu da série A. Por tabela, também o sou por este da Copa do Brasil.
COPA OLÉ
A copa eliminatória disputada somente por times argentinos foi o que permitiu a retomada da FIFUBO, depois de 2 anos parada. Desde a sua primeira edição, em 2011, dava como troféu um pequeno adorno de metal que, com o tempo, foi perdendo a cor. Então, seu novo troféu também é de uma copa. Quando o troféu da série A foi criado de forma a dar uma cara ao campeonato, fizeram o mesmo com a Copa do Brasil e o resultado é este aí. Parecido com um abajur, tem o mesmo conceito do troféu da série A, mas ao invés de duas folhas que se encontram, é como se elas se fechassem. Não é tão bonito quanto o do brasileiro, mas a ideia de olhar para ele e associá-lo a uma competição me encanta e, por esse motivo, os times argentinos lutarão para tê-lo em suas galerias.
SUPERCOPA FIFUBO
Falar em troféu com a cara da competição e não falar da Libertadores é o mesmo que falar de feijoada sem feijão. Este troféu, que parece uma pessoa com headfones e um jogador na cabeça, é um dos mais significativos do mundo do esporte e é objeto de desejo de todos os times do continente. Como a Liga e as copas são disputadas por times brasileiros e argentinos, nada mais justo que a copa que reúne os clubes campeões da FIFUBO seja a Libertadores, agora rebatizada de Supercopa FIFUBO. Está pensando no mundial de clubes? Continue lendo...
ARTILHEIRO E MVP DA LIGA FIFUBO
Até então, o artilheiro do Apertura e do Clausura ganhava, em cada torneio, o troféu Van Basten e o MVP, o troféu Brasil, dois pingentes de acrílico em forma de folha. A ideia aqui era dar um troféu de verdade, que represente o que o jogador fez durante o campeonato. Se, para mim, o troféu mais bonito do futebol brasileiro é o da série A, na minha opinião o troféu individual mais bonito de todo o futebol é a Bola de Prata de Placar. Se eu fosse jogador, era este o troféu que eu gostaria de levar. Então, os atletas que disputarão a Liga se estapearão por marcar muitos gols e serem eleitos o melhor em campo mais vezes, para poderem levar a Bola de Prata para casa. O artilheiro ganhará uma e o MVP, outra.
COPA DO MUNDO
A Copa do Mundo de Futibou de Butaum é o principal torneio da FIFUBO, com suas seleções e os maiores craques do planeta buscando gravar seus nomes na História. Em anos de Copa do Mundo de Futebol, a FIFUBO promove a Copa do Mundo de Futibou de Butaum. Em anos sem Copa do Mundo, a FIFUBO promove o Mundial de Futibou de Butaum. Trata-se do mesmo torneio, só mudando para casar com a maior festa do futebol mundial.
A importância da Copa do Mundo da FIFUBO é tamanha, que o campeão leva não um, mas dois troféus para casa. Em anos de Copa do Mundo, o campeão leva tanto a Copa FIFA, quanto a Jules Rimet, os dois troféus de ouro maciço e valor inestimável. Em anos de Mundial, o campeão ficará com os dois troféus do mundial interclubes (ou Copa Toyota). Sempre achei lindos os troféus dados ao campeão intercontinental e nunca entendi por que a FIFA não entrou em acordo com a Toyota para mantê-los quando o mundial passou à chancela da entidade máxima do futebol. São icônicos, bonitos e muito significativos. O atual troféu dado ao campeão mundial é sem gosto, então a FIFUBO prestigia a tradição dos japoneses e dá ao seu campeão mundial estas duas joias da nossa História Esportiva.
O campeão do Mundial de Futibou de Butaum terá que devolver as taças no Bootecon do ano seguinte. Já o da Copa do Mundo ficará com a mesma durante quatro anos e só devolverá no Bootecon do ano da próxima Copa.
ARTILHEIRO E MVP DA COPA DO MUNDO
Até então, em sua única edição, o MVP da Copa do Mundo ganhava o troféu Lothaire Bluteau, um adorno de acrílico em forma de diamante. O artilheiro, levava o troféu Mike Modano, uma pequena placa que fazia parte de um cinturão da WWE. Agora tudo mudou. Tanto o artilheiro quanto o MVP levarão um troféu Bola de Ouro de Placar. A Bola de Ouro é dada ao jogador do campeonato brasileiro que obteve a melhor média das notas de Placar durante o campeonato. É como se fosse o melhor dos que levaram a Bola de Prata. Aqui, se a Bola de Prata vai para os destaques da competição de clubes, a Bola de Ouro vai para os destaques da competição de seleções.
COPA DO REI
Competição extraoficial entre seleções bancada pela Liga dos Reinos, a Copa do Rei é uma homenagem aos monarcas, aqueles que possuem um reino para chamar de seu. A ideia do primeiro campeonato (realizado em 2018) era seguir o da competição colegial descrita no anime Captain Tsubasa, de dar uma bandeira da Federação ao vencedor, que ficaria com ela até a competição do ano seguinte. A bandeira da Liga dos Reinos é a do Estado do Rio de Janeiro e foi entregue à Argentina, campeã da edição de 2018, permanecendo com aquela seleção até hoje. Mas a FIFUBO entrou na jogada e decidiu dar uma taça ao vencedor desta competição, junto com a bandeira. A diferença é que a taça será devolvida no Bootecon do ano seguinte, enquanto a bandeira permanece até a abertura da próxima Copa do Rei.
Por se tratar de um torneio extraoficial de forte tradição e falar de monarcas, o prêmio escolhido é o Troféu Teresa Herrera, uma competição pra lá de tradicional, disputado desde 1946 na cidade de Coruña, na Espanha, durante a intertemporada do futebol europeu. Esta competição já ocorreu 72 vezes.
TROFÉU DO PRESIDENTE
Outro torneio extraoficial entre seleções, este é uma homenagem às repúblicas espalhadas pelo mundo. Por ser um contraponto à Copa do Rei, a taça escolhida foi outro torneio tradicional da intertemporada europeia. Trata-se do Troféu Ramon de Carranza, que ocorre na cidade espanhola de Cadiz desde o ano de 1955 e já teve 64 edições.
COPA STANLEY ROUS
Stanley Rous foi um árbitro inglês e também presidente da FIFA, entre 1961 e 1974. Em sua homenagem, os britânicos rebatizaram o antigo British Home Championship (disputado entre Inglaterra e Escócia) e ampliaram o campeonato, passando a convidar uma equipe sulamericana. Com pouquíssimas edições (somente 5), o torneio deixou de ser disputado em 1989. Uma tentativa de ressuscitá-lo, entre 1995 e 1996, consagrou o futebol brasileiro e um Juninho Paulista que começava a ter chances na seleção, mas a competição desapareceu de vez depois disso. Por ser uma competição "britânica" entre seleções, nada mais justo que colocar o belíssimo troféu da Barclays Premier League, dada ao campeão da primeira divisão inglesa.
COPA AMÉRICA
O tradicional torneio entre seleções sulamericanas dá ao seu campeão o famoso caneco. A FIFUBO resolveu aproveitá-lo, embora não tenha ainda uma competição sulamericana. Mas como a Bolívia está nos planos da FIFUBO para 2019 ou 2020, juntando-a a Brasil e Argentina dá para fazer um triangular extraoficial e dar ao seu campeão esta cobiçada taça.
EUROCOPA
Talvez o maior objeto de desejo do futebol entre clubes, a taça da UEFA Champions League (também conhecida como "A Orelhuda") não podia ficar de fora da FIFUBO. A competição que dará ao seu campeão o direito de levantá-la ainda não existe, mas será realizada em breve (quem sabe ainda esse ano), de forma extraoficial. É a Eurocopa, o torneio entre seleções do continente europeu, que precisa ainda de um espaço no calendário para ocorrer. No momento, a FIFUBO possui em seus quadros a Alemanha, França, Holanda e Inglaterra, ou seja, dá para fazer o torneio. Até completar o seu número ideal de seleções para a Copa do Mundo de 2022, a FIFUBO ainda planeja adquirir a Croácia e a Suécia, chegando a seis o número de seleções europeias. Portanto, a Eurocopa ainda está surgindo no horizonte, mas a taça já está garantida.
LMC
A novidade para 2019 em matéria de esportes de botões é a criação da Liga Mundial de Ciclismo, como já explicado no Bootecon. O ciclista que somar mais pontos nas corridas e voltas do ano será coroado o campeão da LMC daquela temporada e, assim, fará jus ao troféu acima.
A Copa do Mundo de Juniores foi criada em 1977. Seu campeão levava aquela taça para casa e gravava o nome da seleção em sua base. Tal troféu foi dado aos campeões mundiais até 1999, quando a FIFA criou um novo design para a Copa de 2001, que ficou ativa até 2011. Para o mundial de 2013 em diante, já há um terceiro design. Mas nenhum dos seguintes conseguiu cativar tanto o público quanto o primeiro e, por esse motivo, não poderia ficar de fora dos prêmios da FIFUBO. Como não há competições de base (já que o futibou de butaum é atemporal), mas se trata de um troféu de extrema importância na história do esporte, será dado ao campeão da temporada ciclística, uma amostra da importância que este esporte tem.
GIRO D'ITALIA
Outra competição das mais importantes no mundo esportivo, o Giro D'Itália é uma das três joias da coroa ciclística mundial, também chamadas de Grand Tour. Além do Giro, o Tour de France e a Vuelta a España completam a trinca máxima do esporte. E como o ciclismo dará as caras em 2019, o Giro D'Itália é uma das provas confirmadas. Seu troféu é, talvez, o mais famoso do ciclismo, com essa mola banhada a ouro representando justamente o giro que os ciclistas dão pelo país europeu durante a competição. A FIFUBO e a LMC importaram o desenho (que não é em png e, por isso, terá um fundo azulado) e o vencedor do Giro deste ano poderá levantar este troféu ao final da última etapa.
EXTRA
Já que sobrou espaço na folha para colocar mais um troféu, a FIFUBO não poderia deixar de fora a inesquecível Taça das Bolinhas. Criado em 1975 pela então CBD e pela Caixa Econômica Federal e batizada de Troféu Copa Brasil, era entregue ao campeão brasileiro junto com o troféu da série A daquele ano. Muitos acham que era o troféu do campeonato brasileiro, tamanha a fama deste prêmio, mas tratava-se de um troféu secundário e de posse transitória. A equipe que vencesse o brasileirão três vezes seguidas ou cinco alternadas levaria o troféu em definitivo para casa. Em 1987, a Copa União teve dois campeões da série A. O Flamengo, que disputou o "módulo de elite", decidiu não enfrentar o campeão do... digamos... "módulo de acesso", que era o Sport. Assim, enquanto Flamengo e Inter faziam uma final, Sport e Guarani. Como o Flamengo não quis enfrentar o Sport, a CBF deu ao time pernambucano a Taça das Bolinhas como se o Flamengo tivesse perdido por W.O. Quando a equipe carioca levou o "pentacampeonato" em 1992, requereu a posse definitiva do troféu. A CBF se recusou a entregá-lo e a taça foi recolhida aos cofres da Caixa até uma definição. Em 2007, o São Paulo também chegou ao penta e a CBF, assim, resolveu entregar-lhes a Taça. O Flamengo recorreu à Justiça e, desde então, inúmeros recursos e decisões têm sido proferidos, o mais recente deles reconhecendo o Sport como verdadeiro (e único) campeão de 1987. Em resumo, uma amostra de como o futebol brasileiro é desorganizado...
Voltando ao troféu, tem 60 centímetros de altura e pouco mais de cinco quilos e meio. Possui uma base em jacarandá e 156 bolinhas, dispostas em várias hastes de metal, formando o desenho de uma taça. As bolinhas estão distribuídas em 13 níveis e vão crescendo de tamanho conforme sobem. São 155 bolinhas de prata e uma de ouro, segundo seu criador, para representar as equipes que, conforme iam avançando no campeonato, iam crescendo de importância até terminar com uma só sendo campeã (representada pela bolinha de ouro). Um dos maiores ícones do nosso futebol estragado pela ganância e incompetência de nossos dirigentes.
A FIFUBO não quer saber disso. Entidade séria como é, tratou de garantir uma réplica para seu acervo, embora ainda não saiba que competição ela representará. Pode, inclusive, ser reaproveitada no ciclismo, já que o Tour de France está sem troféu. Enquanto o impasse permanece, a taça fica em poder da FIFUBO.
E assim apresentamos os troféus. Agora, é ver quem irá levá-los para casa. O primeiro campeão será conhecido logo neste final de semana. Quem leva a Copa 3 Corações, Vasco ou Imperatriz?
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