sábado, 26 de janeiro de 2019

Copa Olé 2019 - Semifinais - 26/01/2019

O calor intenso deu uma trégua neste sábado. A chuva que caiu durante a tarde/noite de sexta-feira fez a temperatura baixar, molhou o gramado e fez com que os torcedores se sentissem muito confortáveis para irem ao Imperatriz Arena e conhecer os finalistas da Copa Olé 2019. Vamos ver os jogos!

RIVER PLATE 1x1 VELEZ SARSFIELD

Vindo de vitória sobre o Racing (2x1) no melhor jogo da competição até aqui, o River sabe que enfrentou um adversário que lhe tirou o máximo e, por isso, está pronto para enfrentar quem quer que seja. O Velez também vem de vitória (2x0 sobre o San Lorenzo) e jogando bem. Federico Insua é o melhor jogador da competição até aqui e, por isso, o treinador Pearl Jam quer que o jogo continue concentrado nele.

Para muitos, essa partida deveria ser a final. As duas equipes que apresentaram o melhor futibou de butaum até aqui deram um espetáculo. O River ficou mais com a bola, propôs o jogo e desperdiçou chances. O Velez marcava bem, ficava atrás esperando a oportunidade e saía rápido nos contra ataques. A equipe joga de uma forma mais compacta, onde até o goleiro Sosa participa dos lances.

A partida ficou assim até os 7 minutos, quando o River fez sua jogada de pé em pé, com Gallardo abrindo para Ortega na direita e o camisa 10 procurando Trezeguet no meio. Mas, bem postado, o Velez conseguiu recuperar a bola, com Sebá Dominguez, que tocou a Emiliano Papa. O camisa 3 tocou a Insua no meio de campo e o camisa 11 começou uma tabela impressionante com Turco Assad. Os dois foram pela esquerda, desde o meio de campo até a área do River, quando Insua deixou Assad livre. O camisa 9 chutou cruzado e venceu Carrizzo, fazendo Velez 1x0.

No intervalo, Francescoli tirou Barrado e Ferrari para colocar Coudet e Ponzio. O treinador do River percebeu que Trezeguet estava bem marcado na área, que os atacantes teriam que vir de trás. Então, colocou dois jogadores que ajudariam na armação de jogadas, permitindo aos pontas que adiantassem o jogo. Pearl Jam também percebeu isso e, assim, tirou Gino Peruzzi e Dario Hussain para colocar Cubero e Lucas Pratto. A ideia era reforçar a marcação e ter um homem na área para concluir.

O jogo continuou de altíssimo nível. O River, mais do que nunca, saía pro jogo. O Velez, bem postado, continuava apostando nos contra ataques. Chances de lado a lado, os goleiros operando verdadeiros milagres.

O empate veio aos 3 minutos, quando Sebá Dominguez dominou uma bola em sua própria área e não teve a atenção necessária para sair jogando. Trezeguet veio por trás, roubou a bola e abriu na direita. Ortega veio correndo, recebeu a bola e chutou cruzado. A bola descreveu um arco e foi escapando do goleiro Sosa, até entrar no lado oposto: River 1x1. Com isso, o finalista seria conhecido nos pênaltis!

Na primeira série de cobranças, Gago mandou à meia altura no canto direito de Carrizzo e Gallardo fez o mesmo, acertando o ângulo de Sosa. Na segunda série de cobranças, Turco Assad mandou no canto de Carrizzo, mas Trezeguet acertou a trave de Sosa.

Na temida terceira série, Insua acertou um chute forte para vencer Carrizzo e Almeyda, com uma cavadinha, venceu Sosa. O Velez tinha 3x2 na quarta série, quando Claudio Hussain cobrou no ângulo de Carrizzo, que fez uma defesa espetacular. Ortega cobrou deslocando Sosa e fez 3x3.

Na quinta e última série, Lucas Pratto cobrou com força e venceu Carrizzo. Buonanotte teria que converter para ir para as cobranças extras. Deslocou Sosa, mas a bola bateu na trave. O Velez venceu por 4x3 e conseguiu a vaga na final, em uma grande partida de futibou de butaum.

INDEPENDIENTE 2x0 BOCA JUNIORS

Este era considerado o jogo da esperança, já que as duas equipes tinham apresentado um jogo muito pobre nas quartas de final. O Independiente passou maus bocados frente ao Estudiantes, não saiu do 0x0 e só conseguiu a vaga nos pênaltis. O time foi mantido, com um voto de confiança do treinador. O Boca fez o placar mais expressivo (5x1 no Huracán), muito mais por conta da extrema fragilidade do adversário do que pela qualidade de sua própria equipe. O treinador Tripa Seca admitiu que está fazendo um trabalho de longo prazo, recuperando primeiro a parte física, agora a tática e, por último, a técnica.

Realmente, deu pra notar esta linha de trabalho do treinador do Boca. Com a equipe bem postada defensivamente, o Independiente se via sem opções para chegar ao ataque. A ideia do Boca era jogar com 8 atletas na defesa (incluindo o goleiro) e três no ataque, com Riquelme armando para Palacio e Palermo, que chegou a concluir algumas vezes, sem perigo. Isso mostra que a parte tática vinha sendo bem seguida, mas o trabalho técnico precisa ser feito. O Independiente, por sua vez, tinha dificuldades para criar. Gracián até tentava armar o jogo, mas Facundo Parra e Nestor Silvera estavam muito bem marcados, então os chutes vinham de longe.

Mas, aos 8 minutos, a genialidade de Silvera finalmente apareceu. Palermo tentou cruzar para Palacio na área, mas Tuzzio afastou. Montenegro abriu na esquerda para Busse, que lançou Silvera no campo de ataque. O camisa 11 se antecipou a Ibarra para dominar, invadiu a área após driblar Escudero e, com um lindo chute, venceu Abbondanzieri, fazendo Independiente 1x0.

No intervalo, Bayer sacou Busse e Gracián para colocar Acevedo e Mauro Burruchaga. Iria reforçar a marcação e apostar na estrela de seu camisa 10. Tripa Seca tirou Riquelme e Palacio para colocar Schelloto e Viatri, visando levar o time ao ataque.

O Boca perdeu um pouco de sua formação tática inicial e o Independiente se aproveitou dessa desorganização para matar o jogo. Aos 3 minutos, Serna foi ao campo de ataque e errou o passe. Fredes tocou a Parra na direita, que procurou Mauro Burruchaga no meio. Apesar de Silvera pedir a bola, o camisa 10 não lhe passou, pois o 11 estava impedido. Burruchaga avançou até a meia lua e, dali, chutou no canto direito de Abbondanzieri e fez Independiente 2x0.

O Boca ainda tentou diminuir, mas quando chegava, Navarro fazia uma excelente defesa. O Independiente segurou a vitória e conseguiu a vaga na final.

NOTAS RÁPIDAS

  • Velez Sarsfield e Independiente fazem, neste domingo, a grande final da Copa Olé. Além do direito de ser o primeiro a levantar a nova taça, os dois disputam a hegemonia do torneio, já que ambos têm dois títulos. O Velez quer voltar a vencer, já que sua última conquista foi em 2016. O Independiente quer o bicampeonato, já que é o atual vencedor da competição.
  • O milestone da rodada vai para Turco Assad. Ao abrir o marcador contra o River, ele chegou a 40 gols com a camisa do Velez.
  • Durante o intervalo da partida entre Independiente e Boca, chegou a triste notícia da morte do apresentador e deputado Wagner Montes. Apesar de ser um blog que fala de futibou de butaum (e não de política), a notícia entristece a todos. Sempre fui fã de Wagner Montes, desde a época de jurado do Show de Calouros e sempre votei nele em todas as eleições, independente de qualquer coisa. Quando morre um ídolo, o fã fica triste e é assim que me sinto neste momento. A FIFUBO está em festa com a Copa Olé, mas de luto por essa grande perda e deixa, aqui no final da postagem, a imagem da arte feita em homenagem ao apresentador, que tinha 64 anos, e faria parte da seção Arte e Botões com os "botões políticos", que desisti de postar para não causar animosidade, em tempos de tanta intolerância.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A FIFUBO quer te ouvir!