quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Arte e Botões - Handebol - 16/01/2019

Meio de semana, jogos só no domingo, blog mortinho... então vamos à primeira arte do ano e fazer algo diferente. Hoje, vamos falar de uma das minhas maiores paixões: o handebol!

Apesar de ser louco por futibou de butaum, os meus dois esportes favoritos são o ciclismo de estrada, que já foi alvo de uma arte no blog (e você pode conferir clicando aqui) e o handebol. Sim, handebol, não handball. Estamos no Brasil e falando português, então é handebol! Toda a movimentação, os arremessos de ângulos impossíveis dos pontas, os mísseis disparados pelos armadores, toda a habilidade do central, o pivô jogando no meio da defesa... sem contar o melhor de tudo, que são as defesas espetaculares dos goleiros, muitas vezes menos de meio metro à frente do arremessador.

Na Europa, o handebol é um esporte com muitos adeptos. As competições atraem a atenção da mídia, o público lota os ginásios e os jogadores são verdadeiros ídolos. É até compreensível que países com inverno rigoroso tenham maior paixão por handebol, jogado em ginásios fechados e sem necessidade de manutenção de gramado, o que permite que várias partidas possam ser disputadas na mesma quadra, seguidas uma da outra. Por isso as competições de seleções, por exemplo, têm de 6 a 8 jogos seguidos no mesmo dia. Assim, países como Suécia, Rússia, Islândia, Dinamarca (a atual campeã olímpica) e Noruega têm forte tradição. Mas outros, como Alemanha, Hungria, Espanha, Croácia e a França também amam o esporte. A segunda divisão alemã tem mais audiência do que muito campeonato europeu de futebol da primeira divisão!

E por que no Brasil não deslancha? Estudos indicam que o handebol é o esporte mais praticado nas escolas do país, o que nos daria uma grande base de jogadores e profissionais, além de aumentar o interesse dos praticantes em acompanhar as competições. Mas a Liga Nacional é incipiente e só atrai atenção da mídia nas semifinais, por ser disputada no final de dezembro, quando a TV por assinatura não tem o que passar. E, mesmo assim, se limita a uma disputa entre Metodista e Pinheiros.

Mas o que poucos sabem é que há um trabalho grande, levando os principais jogadores para a Europa, a fim de aprenderem com os melhores, que já vem trazendo resultados. A seleção feminina "aluga" um time na segunda divisão da Áustria para jogar o campeonato nacional e, em 2013, conquistou o mundial feminino, um grande feito. A seleção masculina ainda não conseguiu passar das quartas de final em mundiais ou olimpíadas, mas já tem jogadores espalhados pelas principais ligas do mundo, alguns até em times de ponta, como o Barcelona e o PSG, que investem pesado em handebol. O Brasil já teve, em 2003, o terceiro melhor jogador do mundo, o genial Bruno Souza.

Entra ano, sai ano, e eu continuo sonhando no dia que o brasileiro vai descobrir este esporte fascinante e poderemos ver todo o talento dos nossos atletas em uma Liga Nacional forte ou, quem sabe, acompanhar as ligas europeias com o mesmo interesse que vemos a UEFA Champions League, a NBA, a NFL e outras ligas esportivas ao redor do mundo.

Mas, pelo visto, não será neste ano. Na segunda-feira, o Globo noticiou que o Brasil derrotou a Sérvia, uma das maiores potências do esporte, no mundial de handebol. Logo pensei que esse será o nosso ano, mas a surpresa ao ler a notícia e descobrir que o Brasil já tinha enfrentado (e perdido para) França e Alemanha mostra como o handebol ainda não desperta a nossa atenção.

Mas chega de lamentação! Vamos apresentar as artes. Fiz quatro equipes, sendo as duas primeiras compostas por jogadores da seleção brasileira atual; a terceira arte é com os jogadores aposentados (ou quase lá) que fizeram história na seleção; e a última é a França que ganhou tudo e só perdeu a hegemonia do esporte nas últimas Olimpíadas, para a Dinamarca.

Tenho uma prancheta magnética de handebol com imãs. Fiz umas regras para jogar o que chamo de "handebol de butaum", que não explicarei na íntegra para não deixar a postagem maior do que já está. Mas o principal dá para explicar. O time atacante vai tocando a bola até decidir arremessar. Neste momento, o time atacante joga um dado de oito lados e, na sequência, o defensor joga outro. Se o número do atacante for maior que o defensor, é gol; se igual, é uma situação de rebote, bateu na defesa, goleiro ou trave e voltou para o atacante; se o número do defensor for maior, pode acontecer uma de três situações: se a diferença for de um ponto, é escanteio; se for de dois pontos, é lateral; se for de três para cima, o goleiro defendeu e a bola passa para o time defensor. As duas equipes têm, alternadamente, 12 posses de bola (divididas em "dois tempos" de 6 posses cada). E o vencedor é aquele que fizer mais gols.

Como fiz as artes e me empolguei, talvez resolva fazer outras e retomar a liga de handebol. Muita gente boa ficou de fora. Se contar só os atletas brasileiros, dá para fazer um bom campeonato. Vou apresentar os quatro times aqui, na posição de defesa e com os treinadores do lado. Se der vontade, outras equipes surgirão ao longo do ano. Em caso de dúvida sobre algum jogador, posição, pontos fortes, deixa aí nos comentários.





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