sábado, 6 de maio de 2017

Torneio Apertura 2017 - Décima Segunda Rodada - 06/05/2017

O sábado cinzento e chuvoso parecia exprimir o sentimento no Itaquá Dome. Após uma semana sem jogos, o desânimo era geral e isso se refletiu nas arquibancadas. Poucos torcedores se atreveram a ir ao estádio e os jogos foram abaixo do esperado, apesar de terem tido muitos gols. Vamos a eles!

RIVER PLATE 4x0 HURACÁN

Já classificado para o playoff semifinal  após vencer o Racing (4x2), o time do River quer, agora, a vantagem de jogar por resultados iguais (dada aos dois melhores times da temporada regular) e a primeira colocação final (que, além da vantagem nos playoffs, garante um prêmio em dinheiro). Mesmo assim, o sentimento é de deixar todos os jogadores com ritmo para a fase decisiva. Assim, Barrado e Buonanotte deixam a equipe e Coudet e Funes Mori jogam em seus lugares. Do outro lado, o Huracán precisa recolher os cacos após o massacre sofrido para o Independiente (1x6). A ordem é esquecer a goleada sofrida e voltar a ser uma pedra no sapato do River, vencendo e continuando com chances nos playoffs. No primeiro turno, Huracán 3x3 River Plate.

O jogo foi muito fraco. As duas equipes não conseguiam trocar muitos passes e, sonolentas, pouco produziam. O primeiro chute a gol, sem qualquer direção, só foi dado aos 3 minutos. Mesmo jogando mal, a qualidade do River é gritante e, pouco a pouco, a equipe foi dominando. Aos 6 minutos, Coudet puxou um contra ataque e tocou a Gallardo no meio, para este abrir a Trezeguet na direita. Mas Gallardo devolveu a Coudet, pois o primeiro passe havia sido nas costas do camisa 11. Coudet, então, resolveu arriscar da intermediária. Vendo que Islas esperava uma bola no ângulo direito, ele chutou rasteiro no canto direito e o goleiro aceitou: River 1x0.

O Huracán tentou sair pro jogo e até conseguiu chegar ao ataque, mas o River estava bem posicionado na defesa e afastava as tentativas de empate do adversário. Aos 8 minutos, após Placente rebater bola que ia para Cigogna, Almeyda tocou a Gallardo, que abriu na direita para Trezeguet. Longe do gol, o camisa 7 resolveu chutar. Islas defendeu e Barrientos apareceu para o rebote, tencionando recuar de cabeça para seu goleiro. Mas Islas ainda não tinha se levantado e a cabeçada de Barrientos acabou entrando no seu próprio gol: River 2x0.

Se estar atrás no placar já era ruim, ter um gol contra nas costas era pior ainda. Mesmo assim, o Huracán ainda tentava avançar. Mas não era dia deles, que chegavam no ataque e a bola ou parava nas mãos de Carrizzo, ou ia na trave (o Huracán carimbou o travessão do River 5 vezes no jogo). Em uma delas, já nos acréscimos, Masantonio chutou, a bola explodiu no travessão e, no rebote, Minici não conseguiu dominar. A bola saiu para lateral, que Ferrari cobrou para Trezeguet, recebendo de volta no dois-um. O camisa 2 recebeu já dentro da área e, com muita tranquilidade, tocou na saída de Islas, fazendo River 3x0.

No intervalo, Francescoli tirou Almeyda e Ortega para colocar Barrado e Buonanotte. A mudança atendia a propósitos táticos. O treinador testaria Funes Mori na direita e uma dupla de volantes mais adiantada. Com a saída de Almeyda, Ferrari passou a ser o capitão. Já Sr Rabina tirou Centurión e Milano para colocar Erramuspe e Barrales. Já que Centurión não ajudou na armação, que pelo menos o time se reforçasse na defesa. E já que Milano nada produzia e Cigogna ia para o lado direito toda hora, que entrasse Barrales no lado esquerdo, para reequilibrar o ataque.

O segundo tempo foi tão desinteressante quanto o primeiro, já que o River estava contente com o resultado, tentando jogadas de mais efeito, e o Huracán não tinha forças para reagir. O único que ainda buscava alguma coisa era Masantonio, que se movia pelo campo de ataque procurando tabelas e concluindo. Em uma delas, por puro azar, saiu o último gol do River. Já aos 7 minutos, o camisa 10 tocou a Cigogna, que ajeitou da meia lua e chutou. A bola tocou no travessão e saiu a lateral. Ferrari cobrou no meio para Gallardo, que abriu na esquerda para Buonanotte. Com um lançamento magistral, o camisa 30 inverteu para o lado direito e encontrou Funes Mori, próximo ao bico da grande área. O camisa 9 ajeitou e mandou um chute de trivela, com a bola descrevendo um arco e encontrando o ângulo oposto de Islas: River 4x0.

Destaque do jogo: Pablo Ferrari. O camisa 2 teve uma manhã de gala. Atuou muito bem na defesa, ajudando tanto Placente na direita quanto Almeyda no meio. Atuou muito bem no apoio ao ataque, armando o jogo pelo meio ou atacando pela ponta. Fez um gol e ainda iniciou a jogada de outro. Por fim, terminou o jogo com a faixa de capitão.

INDEPENDIENTE 5x1 ESTUDIANTES

Empolgados pela vitória sobre o Huracán (6x1), os jogadores do Independiente querem deixar a campanha irregular (6 vitórias e 5 derrotas) e embalar de vez para os playoffs. O adversário é ideal, já que o Estudiantes já não tem mais chances de se classificar e joga só para cumprir tabela. O desinteresse do time de La Plata é tal que Cristaldo promoveu mudanças na equipe, para deixar todos jogarem. Saíram Rodrigo Braña e Mauro Boselli, entrando Mathias Sanchez e Hernan Rodrigo Lopez em seus lugares. No primeiro turno, Estudiantes 3x2 Independiente.

Foi mais um jogo com muitos erros. O Independiente não conseguia dar prosseguimento às jogadas porque seu armador, Gracián, errava tudo o que tentava. Os volantes e laterais não podiam apoiar o ataque porque, mesmo desinteressado, o Estudiantes ocupava o campo de ataque e concluía muito. Sem ter a quem marcar, Verón foi à frente e formou um triângulo na armação com Enzo Perez e Leandro Benítez, municiando Gastón Fernandez e Hernan Rodrigo Lopez, que se fartavam de perder oportunidades.

Como quem não faz, leva, o Estudiantes acabou sofrendo uma injustiça aos 7 minutos. O único jogador do Independiente que tentava alguma coisa era Facundo Parra. Após pedir a bola, o camisa 17 teve que se desdobrar, porque o passe de Gracián foi muito comprido. Quando Parra dominou, Federico Fernandez deu um carrinho e mandou a córner. Silvera cobrou no primeiro pau e Facundo Parra subiu, antes de Fernandez, e testou forte, sem chances para Andujar: Independiente 1x0.

O Estudiantes tentou se reorganizar e ocupar o campo de ataque, mas começou a errar passes. Assim, nos acréscimos, um passe errado de Federico Fernandez para Leandro Benítez obrigou o camisa 8 a fazer falta no meio de campo. Enquanto os jogadores do Estudiantes davam as costas para a jogada, Fredes cobrou rápido para o lado esquerdo. Já dentro da área, Silvera tocou de primeira, de pé esquerdo, e surpreendeu Andujar, fazendo Independiente 2x0.

Contente com o resultado, Bayer resolveu testar opções. Tirou Mareque (que sentiu) e o inoperante Gracián para colocar Acevedo e Gandin. Assim, pretendia jogar num 4-3-3, com um trio de volantes armando o jogo e três jogadores tabelando na frente. Já Cristaldo colocou Rodrigo Braña e Boselli nos lugares de Angeleri e Hernan Rodrigo Lopez. Mathias Sanchez iria para a lateral direita.

O grande mérito da arrancada do Independiente está no treinador. Bayer conserta a equipe no intervalo e os faz entrar com outra mentalidade no segundo tempo. O técnico preparou uma jogada na saída de bola sensacional. De pé em pé, o Independiente encontrou as redes em apenas 20 segundos. Gandin fez o 'toca y me voy' com Fredes e recebeu na esquerda. A marcação correu para bloqueá-lo e, com um lindo drible, ele deu a quebra de asa e inverteu para o lado direito. Como elemento surpresa, Vella recebeu livre, invadiu a área e, sem oposição, teve calma para escolher onde mandar na saída de Andujar: Independiente 3x0.

Se a vantagem do primeiro tempo já era muito boa, o 3x0 com apenas 20 segundos era perfeito. Para melhorar o quadro, o Estudiantes exibiu seu costumeiro cansaço no segundo tempo e apenas assistiu ao passeio do Independiente. Aos 6 minutos, Fredes recebeu de Montenegro e tocou na esquerda para Busse. O camisa 7 tocou no meio para Gandin, que avançou. Quando a marcação chegou, o camisa 9 abriu na direita para Facundo Parra e, com muita calma, o camisa 17 tocou na saída de Andujar, fazendo Independiente 4x0.

Aos 8 minutos, o Estudiantes deu a saída de bola. Verón fez o 'toca y me voy' com Leandro Benítez, mas o camisa 8 trouxe para o lado esquerdo, driblando Gandin. Avançando pela intermediária, Benítez também deu um drible para a esquerda, para tirar Montenegro da jogada. Da entrada da área, deu um belo chute cruzado que, apesar de Navarro se esticar todo, encontrou o caminho das redes: Estudiantes 1x4.

Mas o Independiente não queria saber de mais nada. Goleando, sem se estressar, o time foi trocando passes à espera do fim do jogo. O Estudiantes entrou na roda e, debaixo de gritos de 'olé', foi se enervando. Com isso, quando Parra recebeu na meia lua, Federico Fernandez lhe acertou uma rasteira e o juiz marcou falta. Como ninguém se apresentava para a cobrança (o cobrador oficial havia sido substituído), Nestor Silvera resolveu bater. Andujar arrumou mal a barreira e o chute colocado do camisa 11 morreu no fundo das redes, já nos acréscimos: Independiente 5x1.

Destaque do jogo: Facundo Parra. Mesmo com uma goleada estrondosa, a equipe não demonstrou interesse no jogo. O único que jogou sério do início ao fim foi o camisa 17, que correu no campo de ataque, ajudou a recompor o meio, se apresentou para receber a bola e foi premiado com dois belos gols, além de participar de outros.

NOTAS RÁPIDAS

  • A rodada se encerra neste domingo, com destaque para o primeiro jogo, entre Boca Juniors e Velez Sarsfield. Se o Velez vencer, os quatro classificados para os playoffs já estarão decididos, pois o Boca só poderá chegar a 20 pontos e o Huracán, a 19. Mesmo sem entrar em campo, o Racing já tem 21, o Independiente já tem esta pontuação e o Velez alcançaria o mesmo.
  • Após não ter tido rodada no final de semana passado, o campeonato se atrasou um pouco. Há a possibilidade de a próxima rodada ser realizada durante a semana, em um único dia. Esse pensamento ganha força se houver a definição dos classificados aos playoffs, já que as duas próximas rodadas perderiam boa parte de sua importância.
  • Dois jogadores atingiram milestone na rodada. Se apresentar para cobrar a falta nos acréscimos foi crucial para Nestor Silvera. O gol que marcou naquela cobrança foi o de número 70 dele com a camisa 11 do Independiente. Já Leandro Benítez tem mais motivos para comemorar o gol de honra contra o Independiente, uma vez que chegou a 30 com a camisa do Estudiantes.

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