sábado, 20 de maio de 2017

Torneio Apertura 2017 - Playoffs semifinais - Jogos de ida - 20/05/2017

Tempo nublado, vento frio, campo enlameado... e o Itaquá Dome lotado. Os torcedores encararam a frente fria para acompanharem a abertura dos playoffs semifinais do Apertura 2017. Nas cabines, a novidade era o ex treinador do Boca, Madeirite, atuando como comentarista convidado na Rádio Olé. Agora, vamos ver por que os torcedores resolveram vir ao estádio neste sábado.

VELEZ SARSFIELD 1x2 RIVER PLATE

Quarto colocado na temporada regular, o Velez quer aproveitar sua fama de ir bem em mata-mata (bicampeões da Copa Olé e da Supercopa FIFUBO em 2014 e 2016). Além disso, treinaram forte a defesa, a fim de impedir os avanços do adversário. Do outro lado está não só o primeiro colocado na temporada regular, como também o campeão do Torneio Início. Com este céu de brigadeiro, o River entra tranquilo para as semifinais, visando dar continuidade ao planejamento até agora cumprido. Durante a semana, Francescoli intensificou os treinamentos de defesa, visando dar mais conforto à equipe lá atrás. Durante a temporada regular, os confrontos entre os dois terminaram com vitórias do River (3x1 e 4x2).

O jogo começou nervoso, com as duas equipes errando muitos passes. Talvez pela ansiedade de disputar uma semifinal, ambos demoravam a se encontrar em campo e, com isso, o jogo foi recheado de erros. Do lado do Velez, Insua tentava sair do meio de campo, enquanto Turco Assad se movimentava pelo campo de ataque inteiro, mas a bola não chegava. Do lado do River, Gallardo tentava abrir nas pontas para o passe voltar no meio para Trezeguet, mas a marcação do Velez era impecável e ninguém conseguia encontrar o camisa 7.

O jogo ficou desse jeito até os 6 minutos, quando Gago se antecipou e interceptou passe de Ortega, passando a Claudio Hussain na direita. O camisa 8 iniciou o contra ataque tocando no meio para Insua, que avançou do jeito que gosta, com liberdade para pensar. Assim, o camisa 11 descobriu Turco Assad na esquerda, sem marcação. O camisa 9 recebeu, invadiu a área e chutou na saída de Carrizzo, para fazer Velez 1x0.

No intervalo, Tripa Seca tirou Emiliano Papa (que já tinha cartão amarelo) e Dario Hussain (que errava muito) para colocar Cubero e Lucas Pratto. Já Francescoli tirou Almeyda (que dava espaços para Turco Assad se movimentar) e Ortega (que, além de errar, tinha cartão amarelo) para colocar Coudet e Funes Mori. Ferrari passaria a ser o capitão e as coisas começavam a mudar...

O River voltou diferente para o segundo tempo. Gallardo passou a atuar no campo de ataque, se movimentando e pedindo a bola para concluir. Ao contrário do que se pensou, Coudet não entrou para ajudar na armação, mas sim para se posicionar de forma diferente de Almeyda. Com isso, o Velez perdeu sua principal opção de ataque, já que Insua não tinha liberdade e Turco Assad não conseguia mais receber a bola. Some-se a isso o fato de que Lucas Pratto entrou muito mal e temos o motivo da virada do River.

Outra coisa que funcionou foi o fato de os laterais começarem a atacar. Assim, aos 3 minutos, Gallardo abriu na esquerda para Berizzo, que foi avançando pela ponta. Trezeguet correu para o lado direito, trazendo a marcação, enquanto Buonanotte invadia a área. Berizzo percebeu e passou-lhe a bola. Quando o camisa 30 tentava girar, Sosa saiu e lhe deu uma rasteira. Ferrari cobrou o pênalti no canto esquerdo, enquanto Sosa caía para o outro lado: River 1x1.

O Velez tentou sair para o jogo, a fim de recuperar a vantagem perdida. Mas o River estava bem postado no campo de defesa e não deixava o time adversário atacar. No ataque, o time de Nuñez trocava seus jogadores de posição e foi assim que conseguiu a virada. Aos 7 minutos, Barrado tocou no meio para Gallardo, que abriu na esquerda para Berizzo. O camisa 6 viu Trezeguet sair da área e lhe passou a bola. Enquanto isso acontecia, Buonanotte saía da ponta esquerda, passava pelo meio e corria para o lado direito. Foi ali que Trezeguet passou. O camisa 30 recebeu sem marcação, trouxe a bola para o pé esquerdo e, da meia lua, deu um lindo chute cruzado, que venceu Sosa e deu números finais ao confronto: River 2x1. Agora, o River pode perder por até um gol de diferença para se classificar. Ao Velez, só resta a vitória por dois gols ou mais de diferença para avançar às finais.

Destaque do jogo: Diego Buonanotte. Se o Velez vencesse ou terminasse em empate, Turco Assad receberia o prêmio, mas a honraria é dada ao destaque do time vencedor. Com isso, Buonanotte é o escolhido. Com um primeiro tempo discreto, o camisa 30 cresceu na segunda etapa. Trocando de posição com Trezeguet, esteve presente duas vezes no lugar do camisa 7, sofrendo o pênalti do empate na primeira oportunidade e convertendo o gol da virada na segunda.

INDEPENDIENTE 1x2 RACING

O segundo jogo era simplesmente o Clássico de Avellaneda. Do lado vermelho da província, o time do Independiente vinha com a terceira colocação na temporada regular e muita desconfiança, pela campanha irregular, de 8 vitórias e 6 derrotas. A ordem de Bayer é esquecer o que aconteceu na temporada regular e focar neste "novo campeonato", onde 4 jogos os separam do título. Do lado azul e branco da província, o Racing terminou com a segunda colocação na temporada regular e muita empolgação. Após um início de campeonato ruim, o time foi crescendo, entrou na zona de classificação e não saiu mais dali. A vantagem de jogar por dois resultados iguais é o combustível da equipe, que entrou com uma tática de neutralizar o rival. Na temporada regular, cada equipe venceu uma partida: Independiente 4x0 e Racing 3x1.

O jogo foi bem diferente da partida anterior. As duas equipes começaram a mil por hora, correndo pelo campo de ataque e desperdiçando oportunidades. Organizado, o Racing tinha Ruben Capria praticamente como atacante, pedindo a bola e concluindo. Desorganizado, o Independiente impunha uma correria e chegava com Nestor Silvera, que se movimentava pelo campo de ataque inteiro e concluía a gol quando possível.

A organização ainda faz a diferença e isso ficou latente quando o Racing abriu o marcador logo aos 2 minutos. Quiroz roubou bola na defesa e tocou a Martin Simeone. O camisa 8 foi pelo meio, para armar o jogo, e viu Ruben Capria se movimentando para a esquerda. O passe foi preciso e, do bico da área, o camisa 10 deu lindo come em Matheu e chutou alto, sem chances para Navarro, fazendo Racing 1x0.

O gol terminou de desmontar o Independiente, que não conseguiu mais se encontrar em campo. Gracián estava muito mal e não armava o jogo; Facundo Parra parecia fora de forma e não corria; Fredes até tentava aparecer para armar, mas também estava mal fisicamente. Com isso, Silvera não tinha com quem dialogar e o Racing tomou o campo de jogo. Aos 8 minutos, veio o segundo gol. Após Quiroz roubar de Facundo Parra, o passe encontrou Ruben Capria no meio. O camisa 10 abriu na esquerda para Enrique, que avançou em velocidade. Após driblar Vella e Matheu, o camisa 3 desferiu um chute forte, que explodiu no travessão de Navarro. No rebote, a bola caiu nos pés de Acosta, que chutou forte e viu a bola bater no travessão antes de quicar e morrer no fundo das redes: Racing 2x0.

No intervalo, Bayer tentava juntar os cacos. Tirou Fredes e Gracián e colocou Acevedo e Gandin. Paralelo já esperava por isso e sabia que o Independiente ia jogar na correria, ao invés do toque. Com isso, além de tirar Pelletieri e Latorre para colocar Fariña e Hauche, mudou a forma da equipe jogar, a fim de segurar o resultado.

A estratégia de Paralelo foi perfeita. Fechou o meio de campo e diminuiu os espaços, impedindo o Independiente de jogar em velocidade. Por outro lado, o Racing abriu mão do jogo, pois não tinha como se organizar para sair em contra ataque. Assim, o segundo tempo foi uma partida onde o Independiente tentava abrir o campo e o Racing o embolava.

Com isso, a equipe vermelha só conseguiu diminuir já nos acréscimos. Gandin voltou para tentar armar o jogo e tabelou com Vella, recebendo de volta na área. Saja saiu do gol para roubar-lhe a bola e acabou derrubando o camisa 9. Silvera cobrou o pênalti no canto direito, no alto, com Saja indo para o lado oposto: Independiente 1x2. Agora, o Racing pode avançar às finais mesmo perdendo por um gol de diferença. O Independiente, no entanto, avança se vencer por dois ou mais gols de diferença.

Destaque do jogo: Fernando Quiroz. Neste eficiente esquema armado por Paralelo, o camisa 5 foi fundamental. Bem posicionado, Quiroz sempre roubava a bola e passava para o Racing reiniciar o ataque. Sem jamais abandonar seu posto, foi preciso ao imobilizar as opções de Silvera, acabando com as chances do Independiente.

NOTAS RÁPIDAS

  • As semifinais prosseguem neste domingo, com River x Velez e Racing x Independiente. Por terem melhor campanha, River e Racing avançam mesmo perdendo por um gol de diferença. Velez e Independiente precisam de vitória a partir de dois gols de diferença para avançarem às finais.
  • O domingo da próxima semana se avizinha complicado e seria justamente o dia da grande final. Assim, a FIFUBO estuda fazer o primeiro jogo da final na sexta e encerrar o campeonato no sábado. Isso seria bom para o All Star Game, que deve acontecer na terça ou na quarta-feira.

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