domingo, 21 de maio de 2017

Torneio Apertura 2017 - Playoffs semifinais - Jogos de volta - 21/05/2017

O domingo também foi nublado e com vento frio, mas o público veio ao Itaquá Dome em ótimo número, pois os dois jogos disputados mostrariam quem iria às finais do Torneio Apertura 2017. Vamos descobrir quem avança!

RIVER PLATE 4x3 VELEZ SARSFIELD

Após vencer no jogo de ida (2x1), o River tem uma situação muito tranquila. Se classificará às finais mesmo se perder por um gol de diferença. Francescoli pede calma à equipe e toque de bola. Já o Velez não tem alternativa. Precisa atacar desde o início para tirar a incômoda vantagem. O problema é que, em três jogos, o time não conseguiu vencer o River (1x3, 2x4 e 1x2), mas no jogo passado, conseguiram anular o toque de bola do River. Tripa Seca pede a seus atletas que se esforcem ao máximo.

Quem dominou o jogo foi o River. Tocando a bola com calma, se aproveitava do nervosismo do Velez e ocupava o campo todo. Mas tal domínio não se traduzia em gols. Trezeguet era bem marcado por Gago, mesmo que o camisa 5 perdesse a bola logo depois. Ao River, a calma era o caminho para o gol...

E foi assim que conseguiu chegar às redes. Aos 5 minutos, Placente desarmou Turco Assad com imensa qualidade e tocou na direita para Ferrari. O camisa 2 tocou no meio para Gallardo, que viu Trezeguet puxando a marcação para a esquerda. Com um preciso passe, Gallardo encontrou Ortega livre na direita, que recebeu e invadiu a área. Sosa saiu desesperado, mas o camisa 10 chutou no alto e aumentou a vantagem para a sua equipe: River 1x0.

Se precisando fazer dois gols já estava difícil, imagina precisando marcar 3. Assim, o Velez tentou sair e se atrapalhou. Romero adiantou demais a bola, Barrado roubou e o camisa 7 lhe agarrou. Barrado cobrou a falta rápido e encontrou Trezeguet livre. O camisa 7 avançou, se livrou de Gago com muita tranquilidade e chutou da entrada da área para vencer Sosa e fazer River 2x0.

No intervalo, Francescoli tirou Buonanotte e Gallardo para colocar Funes Mori e Coudet. Tencionava melhorar a marcação e jogar em velocidade no contra ataque. Tripa Seca fez sua última cartada, mudando o esquema tático. Sacou Gago e Romero para colocar Cubero e Lucas Pratto, passando a jogar no 4-3-3.

As mudanças de Tripa Seca deram resultado e o Velez descontou logo aos 15 segundos. Em jogada ensaiada no intervalo, Insua deu a saída de bola para Lucas Pratto e correu, puxando a marcação para o lado direito. O camisa 12, no entanto, levou para o lado esquerdo, ganhou no corpo contra Almeyda e chutou forte da meia lua, para fazer Velez 1x2.

O gol era uma pequena centelha, mas podia virar fogo se fosse bem trabalhada. E o Velez continuou em cima. Adiantou a marcação e impediu o River de sair. Assim, aos 3 minutos, Sebá Dominguez recuperou a bola e tocou a Papa. O camisa 3 tocou no meio para Insua e o camisa 11 avançou com liberdade. Insua tocou na esquerda para Turco Assad, que tocou rápido no meio para Lucas Pratto, no meio da zaga. O camisa 12 invadiu a área sem oposição e, com chute forte, mandou na saída de Carrizzo para fazer Velez 2x2. Tínhamos um jogo!

Tínhamos, porque esse time do River não é considerado o melhor time de futibou de butaum do mundo à toa. Na adversidade, eles trabalham com tranquilidade para se superar. Na saída de bola, aos 4, Trezeguet fez o 'toca y me voy' com Coudet, recebendo na esquerda. A marcação veio em cima e Trezeguet devolveu a Coudet, que recebeu livre na entrada da área e desferiu um incrível chute em arco para vencer Sosa, fazendo River 3x2.

O bom trabalho do Velez voltou à estaca zero em um único lance e, agora, eles precisavam de 3 gols em 6 minutos. Com isso, o desânimo ficou latente. O River ainda teve calma para fazer o quarto aos 8 minutos, em linda jogada coletiva. Após o Velez perder a bola no meio, Coudet recuou na direita para Ferrari. O camisa 2 tocou no meio para Almeyda, que tocou na esquerda para Berizzo. O camisa 6 tocou na frente para Funes Mori e o camisa 9 foi tabelando com Trezeguet. No último passe, Trezeguet deixou Funes Mori livre dentro da área, pelo lado esquerdo. Trazendo a bola para o pé direito, o camisa 9 ganhou ângulo e acertou lindo chute cruzado, para fazer River 4x2.

Com a classificação garantida e a torcida gritando 'olé', o River foi tocando a bola e esperando o árbitro apitar o final do jogo. Ao Velez, restou fazer um gol no último lance e encerrar o campeonato de cabeça em pé. Claudio Hussain tocou a Insua no meio e o camisa 11 tocou mais à frente para Lucas Pratto. Com a marcação em cima, o camisa 12 tocou na direita para Dario Hussain. O camisa 10 invadiu a área em velocidade e chutou na saída de Carrizzo, dando números finais ao confronto: Velez 3x4.

Destaque do jogo: Ariel Ortega. Lucas Pratto mudou a cara do Velez no segundo tempo, mas não conseguiu levar seu time à vitória. Ortega se desdobrou em campo e fez o River chegar à final. Além de abrir o marcador, esteve sempre presente passando a bola para Trezeguet no campo de ataque, armando o jogo no meio de campo e até ajudando a fechar a defesa.

RACING 1x2 INDEPENDIENTE

Mais um Clássico de Avellaneda, cercado de emoção. Com a vitória no primeiro jogo (2x1), o Racing podia até perder por um gol de diferença para ir à final. Exímio estrategista, Paralelo soube anular as jogadas do Independiente no primeiro jogo e pretendia repetir a tática aqui. Já ao Independiente, só a vitória por dois ou mais gols valia. Bayer armou a equipe para sufocar o Racing desde o início e jogar a pressão para o outro lado. Até aqui, em três partidas, o Racing venceu duas (2x1 e 3x1) e o Independiente, uma (4x0). Curiosamente, os dois times de Avellaneda são os únicos que não empataram neste campeonato.

O Independiente armou uma jogada na saída de bola que enganou a todos, até os torcedores. Após fazer falsa saída por 2 vezes, Gracián irritou seus torcedores, que começaram a protestar. Neste momento, o camisa 19 saiu com Busse, recebeu de volta, recuou a Vella e recebeu novamente na ponta direita. Com um giro magistral, Gracián se livrou da marcação de Enrique e desferiu ótimo chute cruzado, no ângulo oposto de Saja, fazendo Independiente 1x0 logo aos 30 segundos de jogo.

Este gol relâmpago surpreendeu o Racing, que não conseguiu se armar. Bayer foi brilhante ao armar um ferrolho no meio de campo, impedindo o Racing de jogar. Não era incomum um defensor do Racing pegar a bola, levantar a cabeça e ver 4 jogadores do Independiente e nenhum do Racing para passar a bola. Assim, a bola era rifada.

E o Independiente aumentou a vantagem aos 3 minutos. Montenegro recuperou uma dessas bolas e tocou a Tuzzio. O camisa 6 procurou Mareque na esquerda e o camisa 3 tocou no meio para Gracián. Correndo com a bola, o camisa 19 foi abrindo a defesa e, com passe preciso, encontrou Silvera livre dentro da área. O camisa 11 trouxe a bola para o pé direito e chutou na saída de Saja, fazendo Independiente 2x0. A classificação estava na mão...

No intervalo, Paralelo estava desesperado. Não conseguia pensar numa forma de mudar o panorama do jogo, ele estava completamente imobilizado. Tirou Diego Capria e Latorre para colocar Fariña e Hauche. Se o lateral tinha que armar, que fosse alguém com mais qualidade no passe. Já Bayer estava tranquilo com seu esquema eficiente. Tirou Matheu e Facundo Parra para colocar Acevedo e Gandin.

O jogo não mudou no segundo tempo. O Independiente continuava marcando individualmente e o Racing se via preso. Ruben Capria voltava para buscar o jogo, mas não tinha a quem passar. Quando alguém estava livre, estava também impedido. Para piorar, as jogadas individuais do Racing terminavam em defesas espetaculares de Hilário Navarro.

Mas um jogo como esse é daqueles que reservam a emoção para os últimos momentos, prendendo os torcedores na cadeira. Assim, aos 9 minutos, Tuzzio tentou pegar um passe e acabou fazendo falta em Martin Simeone, na intermediária. O lance era longe, mas era a última chance do Racing no jogo. Navarro armou a barreira e Ruben Capria ajeitou. Vendo que uma cobrança alta era arriscada, o camisa 10 resolveu mandar por baixo. A barreira pulou e a bola foi rasteira, entrando no canto esquerdo de Navarro que, sem acreditar, caiu de costas no gramado, em desespero: Racing 1x2.

Destaque do jogo: Leandro Gracián. O puxão de orelhas do treinador funcionou e o camisa 19 foi a grande figura da partida. Se movimentando no campo inteiro, armou o jogo, se apresentou para a conclusão, fez o primeiro gol, deu o passe para o segundo e liderou a equipe. Na defesa, organizou a marcação e impediu o adversário de jogar. Pena que não foi suficiente para ir à final, mas teve uma tarde de gala no Itaquá Dome.

ARTILHARIA

  1. David Trezeguet (River Plate) - 21 gols
  2. Nestor Silvera (Independiente) - 16 gols
  3. Leandro Romagnoli (San Lorenzo) -15 gols
NOTAS RÁPIDAS

  • Com os jogos deste domingo, River Plate e Racing avançaram à final. A última liga completada foi o Torneio Clausura de 2014, que teve justamente estas duas equipes na final. Naquela ocasião, o River venceu (5x2) e ficou com o título. Aqui, percebe-se que estas duas equipes estão um passo à frente das demais para disputar uma liga mais longa.
  • As finais começam na sexta, com Racing x River e terminam no sábado, com River x Racing. Por ter melhor campanha na temporada regular, o River joga por dois resultados iguais em saldo para ser campeão.
  • Após uma polêmica com os árbitros, que entendiam poderem voltar a disputar uma vaga para apitar nas finais após terem apitado nas semifinais, a FIFUBO pacificou a situação com o Ato Normativo 7, entendendo que semifinais e finais de uma liga contam como uma mesma rodada. Assim sendo, os árbitros que apitaram nos quatro jogos semifinais não podem voltar a apitar nas finais. Com isso, apitarão as finais os árbitros Dula Rápio e José Roberto Wright, sendo realizado um sorteio para definir quem apita o primeiro jogo e quem apita o segundo. Tal Ato não inclui os auxiliares, que serão sorteados novamente para os jogos finais.
  • O desânimo pela eliminação rendeu, como prêmio de consolação, um milestone para Leandro Gracián, que chegou a 60 gols com a camisa do Independiente.

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