segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Torneio Clausura 2014 - Jogos de volta das semifinais - 17/11/2014

O sol forte que iluminou a segunda-feira trouxe também os jogos de volta das semifinais do Clausura 2014. O público compareceu em bom número, mesmo com os finalistas praticamente definidos.

RIVER PLATE 4x2 INDEPENDIENTE

Podendo perder por até 3 gols de diferença, coisa que jamais aconteceu neste campeonato (perder, principalmente!), o River já tinha os dois pés na final, restando apenas terminar de pisar com um dos calcanhares para ficar inteiro lá. Francescoli levou a campo os titulares, mas adiantou que iria colocar os reservas no segundo tempo, a fim de evitar lesões, suspensões e para dar ritmo. Do outro lado, o desânimo por, mais uma vez, morrer na praia. O Independiente lutou para estar nas semifinais e, logo de cara, tomou uma goleada que praticamente lhe tirou da final. Tirar a invencibilidade do River era a única coisa que lhes restava e Bayer também confirmou titulares, garantindo os reservas no intervalo. Nos três jogos neste Clausura, o River venceu por 5x3 e 4x1 e empatou em 4x4.

O jogo foi arrastado, bem ao nível de pelada. As duas equipes não tinham muito interesse em se esforçar e uma sucessão de erros de passe foi vista. Ao menos o Independiente abriu o marcador aos 4 minutos, quando Mareque avançou pela esquerda e lateralizou para Gracián. Com um corte, o camisa 19 se livrou de Ferrari e trouxe a bola para o pé direito, antes de chutar cruzado e fazer Independiente 1x0.

O jogo continuou amarrado, sem as duas equipes criarem. Mas, aos 6 minutos, Fredes derrubou Gallardo próximo à entrada da área. O próprio Gallardo cobrou com categoria e empatou para o River: 1x1.

O Independiente errou a saída e o River recuperou a bola. Gracián fez falta em Gallardo, que cobrou rápido para Ferrari na direita. O camisa 2 avançou e tocou em profundidade para Trezeguet, que tocou na saída de Navarro e fez River 2x1.

No intervalo, Francescoli tirou Barrado e Ortega e colocou Coudet e Funes Mori. Bayer, por sua vez, tirou Montenegro e Parra e colocou Acevedo e Gandin.

O River voltou melhor e logo tomou as rédeas da partida. Logo aos 3 minutos, Trezeguet puxou um contra ataque com extrema habilidade e driblou Navarro com facilidade. Ao goleiro só restou atropelar o camisa 7. Ferrari cobrou o pênalti no ângulo e Navarro não alcançou: River 3x1.

A partir daí, o Independiente desanimou e ficou esperando o jogo acabar. O River diminuiu o ritmo e tocou a bola, sob gritos de olé. Aos 6 minutos, após linda troca de passes, Buonanotte deixou Berizzo livre dentro da área e o camisa 6 não perdoou: River 4x1.

Os gritos de olé continuaram e o único que ainda tentou alguma coisa foi Silvera. Nos acréscimos, ele correu na roda de bobo, recuperou a bola, avançou e chutou de longe. Carrizzo fez golpe de vista e falhou: Independiente 2x4.

Destaque do jogo: David Trezeguet. Mesmo sem jogar bem, deixou sua marca e ainda sofreu um penal, que ajudou o time a ir à final e manter a invencibilidade.

RACING 2x3 BOCA JUNIORS

Se o River já tinha os dois pés na final, o Racing tinha os pés e o corpo inteiro. A vaga estava tão garantida, que Paralelo poupou Quiroz e Acosta, colocando Fariña e Hauche em seus lugares. Precisando vencer por 6 gols de diferença, o Boca também já tinha jogado a toalha. Madeirite sacou Cagna, Riquelme e Palácio, colocando Battaglia, Schelloto e Viatri. Nos 3 jogos neste Clausura, o Racing venceu por 4x2 e 5x0 e empatou em 2x2.

Se o jogo anterior foi arrastado, esse aqui foi mais ainda. Muitos erros de passe e desinteresse total. Mas até a displicência cobra o seu preço. Logo com um minuto, Saja tocou na bola fora da área, levando o cartão vermelho. No sorteio, Fariña foi o escolhido para sair em seu lugar, ficando de fora da final.

O Boca não aproveitou muito a vantagem, continuando a errar passes. Mesmo assim, o espaço deixado por Fariña era grandioso e foi assim que a equipe de Buenos Aires abriu o marcador. Aos 4 minutos, Palermo trocou de lugar com Arruabarrena e recebeu a bola no campo de defesa, tocando em profundidade para o camisa 3. Arruabarrena avançou e, da entrada da área, soltou a bomba para vencer Saja e fazer Boca 1x0.

O Racing acordou com o gol e logo chegou ao empate. Aos 6 minutos, os irmãos Capria fizeram uma linda tabela e foram até a entrada da área. Diego tocou para Ruben, que chutou rasteiro e sem chances para Abbondanzieri: Racing 1x1.

O jogo continuou amarrado, mas as jogadas de perigo foram mais numerosas. Aos 9 minutos, Arruabarrena foi ao fundo e cruzou. Palermo dominou com muita categoria, girou e chutou com perfeição, fazendo Boca 2x1.

Nos acréscimos, um erro de Serna levou o Boca para o intervalo com o empate. Ele foi dividir com Ruben Capria e não calculou bem, saindo da jogada e deixando o camisa 10 livre. Capria viu  Abbondanzieri adiantado e mandou por cobertura, com extrema categoria: Racing 2x2.

No intervalo, Paralelo recompôs a zaga. Trocou Latorre e Hauche por Acosta e Quiroz. Já Madeirite tirou Serna e Schelloto, colocando Cagna e Riquelme. Palermo passou a ser o capitão.

O Racing até voltou melhor, mas não conseguiu transformar a superioridade em gol. Melhor para o Boca que, aos 7 minutos, partiu para a vitória em boa jogada de Riquelme. Com um passe cheio de efeito, o camisa 10 tocou para Viatri, que se aproveitou da indecisão de Saja e tocou por cima, fazendo Boca 3x2.

Destaque do jogo: Martin Palermo. Em jogo desinteressante, a entrega do camisa 9 foi fundamental. Fez um gol, deu o passe para outro, armou e concluiu e ainda foi escolhido capitão do time quando Serna saiu, por sua liderança.

ARTILHARIA

1° Ruben Capria (Racing) - 20 gols
2° David Trezeguet (River Plate) - 16 gols
3° Martin Palermo (Boca Juniors) e Leandro Gracián (Independiente) - 15 gols

NOTAS RÁPIDAS

  • Com os resultados de hoje, River Plate e Racing decidirão o Torneio Clausura 2014 no próximo fim de semana, em jogo único. Por ter melhor campanha, o River será o mandante na decisão, mas esta será sua única vantagem. Em caso de empate, o campeão será conhecido nos pênaltis.
  • O MVP do campeonato será aquele que mais vezes tiver sido eleito o melhor em campo durante o campeonato e será premiado ao final do jogo decisivo. Até aqui, Martin Palermo é o favorito, por ter sido o melhor em campo em 6 ocasiões, mas David Trezeguet foi o destaque em 5 jogos e, se for o melhor da final, empatará com o artilheiro do Boca. Se isso acontecer, os treinadores das oito equipes, mais o presidente e o vice da FIFUBO (Batistuta e Ruben Paz) e o diretor do Grupo Olé (Jorge Mario Trasmonte) decidirão em votação secreta quem, dentre os dois, receberá o prêmio.
  • A FIFUBO corrigiu sua tabela de campeões dos Torneios Apertura e Clausura, Copas Olé e 3 Corações e Supercopa FIFUBO e descobriu que não houve campeão da Supercopa nos anos de 2010, 2011 e 2012 mesmo tendo havido ao menos uma competição finalizada naqueles anos.
  • Assim sendo, o Imperatriz (campeão dos Torneios Apertura e Clausura em 2010) e o Boca Juniors (campeão da Copa Olé em 2011) foram declarados campeões da Supercopa nos respectivos anos.
  • Já em 2012, o Imperatriz levou a Copa 3 Corações e o Independiente levou a Copa Olé, mas não houve jogo decisivo pela Supercopa. Assim sendo, ao término da Supercopa deste ano, as duas equipes se enfrentarão para definir o campeão daquela competição em 2012, sem levantar troféu, apenas colocando o nome na história.
  • Dois jogadores atingiram milestone na rodada. A cobrança perfeita de pênalti deu a Ferrari seu 20° gol com a camisa do River. Já o gol que finalizou a participação de sua equipe no Clausura 2014 foi o de número 50 de Silvera com a camisa do Independiente.

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