sábado, 1 de novembro de 2014

Torneio Clausura 2014 - Décima Terceira Rodada - 11/01/2014

Voltando à normalidade, o sábado chegou e trouxe a abertura da penúltima rodada do Clausura 2014. O público compareceu em bom número ao Itaquá Dome, num dia de sol forte e muito calor. Os jogadores se esforçaram para dar um espetáculo à altura dos seus torcedores e o resultado foi o esperado.

RIVER PLATE 4x4 INDEPENDIENTE

Líder, único invicto, sem mais nada a almejar nesta temporada regular. Isso é o que pensa o torcedor do River. O treinador, Francescoli, quer que a equipe se mantenha invicta e sabe que seus dois últimos jogos serão complicados (Independiente e Boca), o que lhe trouxe dúvidas: Se esforçar e cansar os jogadores antes das semifinais ou se poupar e se arriscar a perder os jogos e a moral justamente para as semifinais, onde poderá pegar um destes rivais?

Do lado do Independiente, não há dúvidas. Em quarto lugar e sendo ameaçado pelo Velez e pelo Huracán, o time não pode olhar para a invencibilidade do River. Tem que partir pra cima e afastar de vez qualquer ameaça. No primeiro turno, Independiente 3x5 River Plate.

O jogo começou e o River caiu dentro, roubando a bola e fazendo pressão desde o início. O Independiente se segurou como pôde e, quando conseguiu um alívio, encontrou seu gol. Após quatro chutes do River encontrarem a trave ou a defesa de Navarro, Tuzzio aliviou para o meio e Gracián deu lindo passe em profundidade para Busse. O camisa 7 avançou sem ser incomodado, invadiu a área e soltou a bomba na saída de Carrizzo, fazendo Independiente 1x0 com um minuto de jogo.

O River não se acanhou e partiu pra cima, mas o Independiente não se encolheu também e também fez suas jogadas. Em ambos os lados, a trave era o destino preferido das jogadas de ataque. Somente aos 8 a rede foi encontrada, quando Paz desarmou Silvera e tocou a Almeyda no meio. O camisa 5 tocou para Gallardo, que deu lindo passe em profundidade para Buonanotte. Da entrada da área, o camisa 30 chutou de pé esquerdo e a bola foi no ângulo de Navarro: River 1x1.

Quando se pensava que o primeiro tempo terminaria em igualdade, a sorte mostrou estar em Avellaneda. O Independiente deu a saída de bola e tramou boa jogada, com Busse passando a Montenegro, que mandou para dentro da área. Gracián recebeu, Carrizzo saiu e os dois trombaram. A bola subiu e tocou em Almeyda, antes de entrar no gol aberto, no primeiro gol contra do campeonato: Independiente 2x1, aos 10 minutos.

Quando se pensava que o primeiro tempo terminaria em 2x1, a sorte mostrou que ainda morava em Avellaneda. O River tentou a saída e Mattheu desarmou Gallardo, iniciando jogada de contra ataque que passou pelos pés de Montenegro, Busse, Mareque, Silvera e encontrou Gracián. O camisa 19 avançou, invadiu a área e viu Carrizzo sair para a trombada novamente. Com um toquinho de Gracián para o lado, Carrizzo não pôde alcançar a bola e acabou derrubando o armador do Independiente. Pênalti que Silvera cobrou no canto esquerdo, com o goleiro do River indo para o lado direito: Independiente 3x1.

Vendo que a invencibilidade estava indo pro saco, Francescoli fez mudanças que já estava programadas desde antes de a bola rolar. Almeyda e Gallardo saíram para as entradas de Coudet e Funes Mori. A entrada de Coudet nada tinha a ver com o gol contra do camisa 5, mas sim em entrosá-lo com Barrado na cabeça de área, uma vez que os dois não atuam muito juntos. Já Funes Mori foi para a ponta esquerda, com Buonanotte sendo testado na armação desta vez (no outro jogo tinha sido Ortega o armador). Ferrari passou a ser o capitão, com a saída de Almeyda. A grande mudança, no entanto, era de ordem tática, com um novo estilo de jogo sendo tramado para o segundo tempo.

Do outro lado, Bayer estava contente ao ver que "El secreto de sus rojos" estava voltando a aparecer. Ele tirou Busse, que não estava bem fisicamente para colocar Acevedo.

As ordens de Francescoli logo surtiram efeito. Bastaram 30 segundos para o River dar a saída de bola e encontrar o gol. Buonanotte fez o "toca y me voy" com Coudet, recebendo no bico esquerdo da área, girando e fazendo belo chute para vencer Hilário Navarro: River 2x3.

A equipe de Nuñez passou a pressionar o Independiente. Com uma marcação em cima do meio de campo, o River não deixava o adversário passar para o ataque e ainda roubava a bola para sair em contra ataques mortais. Foi assim aos 2 minutos, quando Berizzo roubou bola de Parra na esquerda e tocou a Barrado no meio. O camisa 19 tocou a Buonanotte, que lançou Coudet. Como elemento surpresa, o camisa 8 invadiu a área e só foi parado após ser derrubado pelo goleiro. Pênalti que Ferrari cobrou no canto direito, o mesmo onde Navarro foi, mas a bola foi no ângulo e o River chegou à igualdade: 3x3.

O River percebeu o bom momento e continuou pressionando o Independiente. A sorte passou a morar em uma mansão monumental, em Nuñez, permitindo à equipe que lidera o certame virar o jogo aos 4 minutos. Em nova jogada em que Berizzo roubou e tocou a Barrado, que deu a Buonanotte e lançou a Coudet, desta vez na esquerda, o camisa 8 trouxe para o pé direito e chutou para Navarro se esticar todo e defender com a ponta dos dedos. Montenegro veio na corrida para mandar a bola a córner, mas se atrapalhou e acabou mandando contra a própria meta, no segundo gol contra do campeonato: River 4x3.

A partir daí, o River cansou e parou a correria. Mas não deixou de marcar bem e tocar inteligentemente, à procura de uma brecha para ampliar. Dominou o jogo, mas a brecha não veio e, ironia do destino, a sorte não esqueceu de sua casinha em Avellaneda e voltou para lá. Nos acréscimos, Buonanotte tentou driblar Gracián no meio e acabou fazendo falta no camisa 19. A cobrança foi rápida para o lado esquerdo, onde Silvera chutou de primeira em curva e venceu Carrizzo, dando números finais ao confronto: Independiente 4x4.

Destaque do jogo: Diego Buonanotte. Em um jogo em que cada lado fez um gol de pênalti, cada time teve seu camisa 5 fazendo um gol contra e o atacante que joga do lado esquerdo de cada lado fez 2 gols, fica difícil escolher o melhor. Gracián fez um belo primeiro tempo, Coudet mudou o jogo no segundo, Silvera fez dois gols. Mas o único que foi intenso a partida inteira foi Buonanotte, merecidamente eleito o melhor em campo.

SAN LORENZO 1x3 BOCA JUNIORS

Sem nada a almejar no campeonato, o San Lorenzo deixou de lado as experiências. A ordem agora é ajudar Romagnoli a ser artilheiro. Já o Boca queria a vitória para se consolidar de vez em terceiro e se preparar para o Superclássico. No primeiro turno, Boca 5x1 San Lorenzo.

O jogo foi de uma pobreza só, um contraste com a partida anterior. Em ritmo de pelada, os jogadores do San Lorenzo pareciam não estarem muito interessados em buscar o gol. Se poupando por conta do calor e pensando que a vitória viria de qualquer jeito, os jogadores do Boca também não se esforçavam e irritavam sua torcida com muitos erros.

A torcida xeneize ficou mais irritada ainda ao 2 minutos, quando Migliore afastou bola da área, Romagnoli recebeu no meio e deu um passe de precisão cirúrgica para Luciatti, no meio da zaga. O camisa 6 invadiu a área na jogada de contra ataque e fuzilou na saída de Abbondanzieri, fazendo San Lorenzo 1x0.

O Boca tinha dificuldades em jogar e sua torcida não ajudava. Errando muito, a equipe só ia à frente graças aos gritos de Palermo, que instava seus companheiros a não desistirem. De tanto gritar, acabou premiado. Riquelme cobrou escanteio e a zaga afastou. Serna pegou o rebote e tocou para Palermo já dentro da área. O camisa 9 girou e acertou belo chute rasteiro nos acréscimos e fez Boca 1x1.

No intervalo, Nilson tirou Piatti e Raul 'Pipa' Estevez para colocar Erviti e Bordagaray. Já Madeirite tirou Cagna e Riquelme, que saíram vaiados, para colocar Battaglia e Guillermo Barros Schelloto.

As mudanças não alteraram o panorama da partida, que continuou com um nível técnico baixíssimo. Em certos momentos, o San Lorenzo dominou, mas Romagnoli não estava em boa tarde e acabou desperdiçando as chances. Como quem não faz, leva, o Boca se aproveitou de uma distração do time de Almagro para virar o jogo aos 5 minutos. Serna afastou bola da área e Schelloto puxou contra ataque. Com um bom passe para a direita, o camisa 13 encontrou Palacio livre e o camisa 19 invadiu a área para chutar no ângulo de Migliore e fazer Boca 2x1.

Com a vitória assegurada, a equipe de La Boca passou a tocar a bola (e continuar errando muito). Já o San Lorenzo se deu por satisfeito, uma vez que precisava ganhar os dois jogos e torcer para o Estudiantes não pontuar mais para não terminar em último. Mesmo assim, o Boca voltou a marcar já nos acréscimos, em nova jogada de contra ataque. Schiavi aliviou para a esquerda e Arruabarrena avançou sem ser incomodado. Quando a marcação chegou, ele deu um toquinho para o lado e Palermo, já dentro da área, chutou no canto de Migliore e fez Boca 3x1.

Destaque do jogo: Martin Palermo. Além dos dois gols, o camisa 9 foi peça fundamental. Aos berros, fez a equipe acordar e ajustou o posicionamento. Buscou o jogo o tempo todo e foi premiado, tendo seu nome gritado pela torcida.

NOTAS RÁPIDAS

  • Com o empate do Independiente, quem comemora é a torcida rival. O Racing não pode mais ser alcançado pelo Velez ou pelo Independiente (que se enfrentam na última rodada) e garantiu a classificação às semifinais.
  • Já o Boca está a um ponto de também se classificar. Se o Huracán não passar pelo Velez neste domingo, a equipe xeneize garante sua vaga às semifinais sem entrar em campo.
  • Por outro lado, o San Lorenzo não pode mais alcançar o Estudiantes e, com isso, está matematicamente classificado como o último colocado. Assim sendo, no Apertura 2015, a equipe de Almagro será aquela que fechará as rodadas.

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