sábado, 1 de agosto de 2020

Liga FIFUBO 2020 - Décima Oitava Rodada - 01/08/2020

Agosto chegou trazendo logo de cara a última rodada da Liga FIFUBO 2020. No basquete universitário norte americano, chamamos as rodadas decisivas de "March Madness", ou "Loucura de Março". Aqui, chamamos de "Mês do Cachorro Louco" com inteira justiça. Embora os quatro semifinalistas já estejam decididos, ainda não se sabe em que posição e isso será resolvido diretamente, já que eles se enfrentam em dois duelos eletrizantes.

Os jogos de sábado foram disputados em um dia parcialmente nublado, frio e com muito vento, mas os torcedores lotaram o Imperatriz Arena. Após a preliminar, um grande duelo os esperaria. Vamos ver como foram!
O ciclista Thibaut Pinot exibe o troféu da Settimana Ciclística Internazionale e dá o pontapé inicial da última rodada da Liga FIFUBO 2020.
CAMARÕES 1x2 HOLANDA

Em sétimo na tabela, os Leões Indomáveis disputam diretamente com a Argentina pelo sexto lugar e melhores condições no ano que vem. Após folgarem na rodada, querem dar ao técnico Valderrama a primeira vitória dele no comando da seleção e pegam uma Holanda completamente desmotivada. Os laranjas vêm de derrota (0x2 Alemanha) e não têm mais nada a fazer no campeonato, com o último lugar já consolidado. Ao menos têm o retorno de Zenden, que cumpriu suspensão contra os alemães. No primeiro turno, Holanda 1x3 Camarões.

Foi, realmente, uma preliminar disputada por dois times em final de temporada. Jogadores caminhando em campo, erros de passe, nada de produtivo. Camarões ainda tinha o que disputar e estava com todo o favoritismo para sair de campo com a vitória, mas conseguia jogar pior do que a Holanda. Cada equipe acertou a trave adversária duas vezes, mas o primeiro tempo terminou 0x0.

No intervalo, Valderrama tirou Tataw e Oman Biyik para colocar Ndip e Roger Milla. Johan Cruyff tirou Triton (que não aproveitou a chance) e Davids (lesionado) para colocar Van Bronckhorst e Jordi Cruyff.

O segundo tempo foi tão ruim quanto o primeiro e o público vaiou imensamente, mas pelo menos as falhas deram alguma emoção à partida.

Elas começaram logo aos 37 segundos, quando Nkono tocou na bola fora da área e recebeu o cartão vermelho do árbitro Nestor Pitana. Sorteado para sair em seu lugar, Ebwelle foi expulso e deixou Camarões com problemas para rearrumar a defesa. Na cobrança de falta, em dois lances, Jordi Cruyff rolou e Zenden chutou para o goleiro defender.

A defesa camaronesa ficou seriamente prejudicada e a Holanda aproveitou para atacar pelas pontas, com Bergkamp e Overmars. O último passe, no entanto, estava prejudicado e os europeus não conseguiam dar sequência às jogadas. Era preciso nova falha e ela veio aos 6 minutos. Foi quando Zenden partiu com a bola pelo meio e abriu na ponta para Bergkamp. Ao invés de ir ao fundo, o camisa 7 trouxe para o meio e rolou para Kluivert na entrada da área. O camisa 9 recebeu com espaço e Nkono, displicente, ficou adiantado. Kluivert agradeceu e deu um toque por cobertura, para fazer a bola entrar mansa no gol adversário: Holanda 1x0.

Camarões tentou empatar a partida, mas os jogadores estavam completamente perdidos. Para piorar, perderam sua marca registrada, que os leva a vencer os jogos: a alegria. Aos erros se seguiam discussões e reclamações. Aos poucos, os jogadores pararam de passar a bola uns para os outros e ainda tinham mais falhas por vir.

Aos 8 minutos, Mfede passou a Makanaki e correu para receber na ponta. O camisa 20 deu um passe muito forte e mandou a lateral. Mfede ficou uma fera e começou a discutir com Makanaki, virando as costas para o jogo. Numan repôs o lateral para Seedorf, que buscou Zenden no meio. O camisa 10 lançou Kluivert na ponta, o camisa 9 invadiu a área, viu Nkono se adiantar novamente e, mais uma vez, deu o lençol para a bola entrar mansa no gol: Holanda 2x0.

Na saída de bola, aos 9, Mfede fez o "toca y me voy" com Roger Milla e o camisa 9 devolveu muito forte. Mfede desistiu do lance novamente e do jogo. A Holanda saiu jogando e, quando a bola chegou a Zenden na meia lua, o camisa 10 olhou para um lado para girar, mas Pagal veio pelo outro roubando a bola. O camisa 11 chutou forte da entrada da área e surpreendeu Van Der Sar para fazer Camarões 1x2, mas era tarde.

Destaque do jogo: Patrick Kluivert. Muito criticado ao longo da temporada e do jogo, o camisa 9 novamente não fazia boa partida. Mas é habilidoso e sabe fazer gols. Ao ver Nkono adiantado, usou toda a sua classe para encobri-lo duas vezes e dar a vitória à Holanda.

ALEMANHA 1x2 FRANÇA

O grande jogo de fundo é uma situação completamente indefinida. Líder do campeonato, a Alemanha vem de vitória (2x0 Holanda) e precisa vencer para não dar chance à França, Coreia do Sul e Inglaterra de lhe ultrapassarem. Até o empate é perigoso, pois se a Coreia do Sul vencer no domingo, pode ultrapassá-la na tabela. A França também vem de vitória (3x1 Coreia do Sul) e um futebol incrível no segundo turno, com 6 vitórias e 1 empate. Em terceiro na tabela, quer a vitória para empatar em pontos com a Alemanha e ir para a decisão pelo número de gols pró. No primeiro turno, França 1x4 Alemanha.

Infelizmente, toda a expectativa de um jogão foi se dissipando aos poucos. A França começou bem e conseguiu duas bolas na trave de Neuer, mas foi aos poucos errando cada vez mais e se afastando do gol adversário. Pior fazia a Alemanha, que apostava em bolas esticadas que não levavam a lugar algum. Laurent Blanc bem que tentou ajudá-los duas vezes, entregando bolas nos pés de Muller e Schweinsteiger dentro da área, mas os alemães desperdiçaram chutando para bem longe. Aos poucos, o público começou a perder a paciência e as vaias surgiram.

Mas até os erros podem se transformar em coisas boas e ajudaram o primeiro tempo a terminar com gols. Já nos acréscimos, Toni Kroos partiu com a bola dominada pelo meio e quis abrir na esquerda para Podolski, mas deu um esticão forte demais. Podolski não desistiu, correu para chegar antes de Desailly e chutou rápido para surpreender Barthez da entrada da área e fazer Alemanha 1x0.

A França empatou na saída de bola. Zidane fez o "toca y me voy" para Deschamps, recebeu de volta na meia direita e acertou um lindo chute da entrada da área. A bola descreveu um arco e venceu Neuer para fazer França 1x1.

No intervalo, Matthaus tirou Muller e Klose para colocar Draxler e Goetze. Figo não perdoou os erros de Blanc e o sacou, junto com Henry, para colocar Pires e Trezeguet.

A França voltou um pouco melhor no segundo tempo, mas o vento era muito forte e atrapalhava a sequência das jogadas. Assim, aos poucos os franceses foram diminuindo o ritmo e voltando a errar. A Alemanha entrou bem, com Draxler fazendo jogadas pela esquerda, mas também começou a diminuir o ritmo e o jogo ficou muito ruim. A torcida vaiava abertamente agora.

No entanto, aos 7 minutos, a França mostrou qualidade e conseguiu a vitória. Deschamps desarmou Goetze e tocou a Pires na esquerda. O camisa 11 passou a Zidane, que abriu a Trezeguet na ponta e correu para a área para receber de volta. O passe foi perfeito, Zidane virou o pé e deslocou Neuer para fazer França 2x1.

Destaque do jogo: Zinedine Zidane. Longe de ser brilhante, o camisa 10 quis atuar muito mais como centroavante do que como armador. Insistiu em abrir bolas curtas na ponta e aparecer no meio para concluir e sempre o fez muito mal. Mas conseguiu fazer o erro virar acerto e, com dois gols, deu à França mais uma vitória na competição.

NOTAS RÁPIDAS

  • Camarões e Holanda se despedem sem brilho, mostrando que não tinham nada a acrescentar à Liga desse ano.
  • A Alemanha não mostrou a disciplina tática dos últimos jogos, atuou muito mal e, agora, pode ver a vantagem nas semifinais ir pelos ares.
  • A França também não jogou bem, mas venceu novamente e chega embalada às semifinais. O único jogo que não venceu no returno foi o atípico 4x4 contra o Brasil.
  • O Imperatriz pode estar sem jogar há muito tempo e só treinando para a final da Supercopa FIFUBO, mas continua colhendo os louros de um projeto esportivo espetacular. O ciclista de sua equipe, Rafael Andriato, foi um dos vice campeões da Settimana Ciclística Internazionale, cujo resumo você confere mais abaixo.
  • A FIFUBO também continua colhendo os louros de seu projeto muito bem sucedido de futibou de butaum. Na semana que passou, a Federação apresentou com orgulho a sua décima seleção. É a Áustria, que virá para engrandecer o Mundial de Futibou de Butaum e disputar outras competições. Em amistoso de estreia na noite de sexta-feira, os austríacos empataram com o CROL em 3x3.
  • A Áustria é uma equipe que virá para jogar num 4-4-2 tradicional. A seleção aposta na velocidade do lateral direito Pfeffer e do ponta esquerda Pfeiffenberger. Além disso, conta com os gols de Toni Polster, considerado o Túlio austríaco. A equipe contará com uma dupla de luxo no banco, que vem para trazer toda a grandeza do futebol italiano aos austríacos. O técnico será Filippo Inzaghi e o auxiliar, Paolo Maldini. A promessa é de solidez defensiva e bola para o artilheiro se consagrar.
Jogadores da seleção da Áustria e a comissão técnica italiana, do técnico Filippo Inzaghi e do auxiliar Paolo Maldini.
LMC - SETTIMANA CICLÍSTICA INTERNAZIONALE

A semana que passou foi de festa para os fãs italianos, com a disputa da Settimana Ciclística Internazionale. Apesar da Itália sediar o Giro D'Italia, uma das 3 Grandes Voltas do ciclismo mundial, é na Settimana que ocorre a grande festa, com os ciclistas relaxando e dando entretenimento para os torcedores fanáticos pelo esporte.

E ela foi disputada em altíssimo nível. A Settimana Ciclística Internazionale teve provas de emoção, pouquíssimos abandonos (apenas 6) e a inovação de fazer da sua última corrida uma etapa de montanha, ou seja, os campeões do geral e de montanha seriam conhecidos na mesma prova.

Normalmente, a última etapa de uma competição é praticamente plana, com chegada em sprint para os ciclistas relaxarem e confraternizarem após dias de muita dificuldade. Mas a etapa aqui era de montanha, o que já seria duríssimo pela inclinação do terreno (a chegada seria em 10%) e conseguiu ser pior ainda por conta da chuva forte que caiu durante toda a prova, além do frio e do vento.

5 ciclistas ainda tinham chances de título, porque a prova teria pontos espalhados ao longo do percurso. Mas foi só as metas volante chegarem para os atletas saírem da disputa, um a um. Assim, o pelotão andou próximo na maior parte do tempo (embora desorganizado) e se preparou para uma grande festa na chegada.

O alemão Marcel Kittel (Katusha) conseguiu um espetacular “sprint para cima” e venceu a corrida, com o belga Tom Boonen (Quickstep) também fazendo o seu “sprint para cima” e chegando em segundo. Em terceiro, o inglês Chris Froome (Sky). Mas quem comemorou mesmo foi o sexto colocado.

O francês Thibaut Pinot (Française De Jeux) cruzou naquela posição e comemorou o título da Settimana Ciclístia Internazionale, provando que a Itália lhe faz muito bem (também ganhou o Giro este ano). Com uma vitória e um segundo lugar na Settimana, Pinot volta a erguer um troféu de campeão na LMC, o seu terceiro.

Outro que teve motivos para comemorar foi Marcel Kittel. Além da vitória na etapa, o alemão conquistou o seu primeiro título na LMC, com o prêmio de montanha da Settimana Ciclística Internazionale.

Com o final da última prova por etapas do ano, temos somente a Liga das Nações e o Troféu Brasil para disputar em 2020, fruto da quarentena, que impediu atrasos gigantescos no calendário. Como a Liga das Nações é um conjunto de 14 Grandes Prêmios e só dá pontos para os 6 primeiros na classificação final, o vencedor daquela levará 9 pontos para o ranking. O mesmo será dado ao campeão do Troféu Brasil, totalizando 18 pontos ainda em disputa para o ranking.

Vale lembrar que, em uma prova por etapas, ganha aquele que somar mais pontos nas corridas daquela prova e, ao final da mesma, os ciclistas levam para o ranking o total de pontos que conquistaram, mais um bônus para os seis primeiros (9 para o campeão, 6 para o vice, 4 para o terceiro, 3 para o quarto, 2 para o quinto e 1 para o sexto), situação diferente das Clássicas, onde o campeão não leva ponto extra.

Assim, após a Settimana Ciclística Internazionale, Danilo Di Luca se manteve na liderança do ranking, com 215. Marcel Kittel é o vice líder, com 178 e Tom Boonen é o terceiro, com 177. A diferença de 37 pontos do primeiro para o segundo colocado significa que Danilo Di Luca já é o campeão da LMC em 2020. Maior vencedor da temporada, com 9 triunfos (até agora) e o título conquistado na Lombardia, Di Luca somou pontos importantes ao longo do ano e celebra a conquista do título máximo da Liga, escrevendo seu nome na galeria de campeões da LMC, ao lado de Bauke Mollema (campeão em 2019).

Os ciclistas descansam e, na próxima semana, começam a disputa da Liga das Nações, com o GP do Japão.

O pódio da última etapa da Settimana Ciclística Internazionale. No alto, com o troféu de vencedor, o alemão Marcel Kittel (Katusha), que também foi o campeão de montanha. Um pouco abaixo, o belga Tom Boonen (Quickstep), segundo colocado. Mais abaixo, o inglês Chris Froome (Sky), terceiro colocado.

O pódio final da Settimana Ciclística Internazionale, com uma formação diferente por conta do empate na segunda posição. No alto, com o troféu de campeão, o francês Thibaut Pinot (Française De Jeux). Abaixo dele, um inédito quádruplo vice campeonato para o espanhol Oscar Freire (Rabobank), o luxemburguês Andy Schleck (Saxo Bank), o colombiano da equipe Quickstep Fernando Gaviria (campeão do ano anterior) e o brasileiro Rafael Andriato (Imperatriz). Mais abaixo, o alemão Marcel Kittel (Katusha), terceiro colocado.

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