sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Troféu do Presidente - Semifinais jogos de ida - 02/11/2018

El dia de los muertos, feriado nublado e temperatura amena. Menos mal que o computador está de volta e as semifinais do Troféu do Presidente podem começar. O Imperatriz Arena recebeu bom público e foi brindado com duas grandes partidas.

BRASIL 0x4 INGLATERRA

Brasil e Inglaterra sempre é prenúncio de jogão. A partida aconteceria pela primeira vez no Imperatriz Arena e os torcedores esperavam ansiosamente para ver como as duas equipes se portariam. O Brasil tinha como grande missão parar Peter Crouch. Lúcio e Edmilson, uma zaga alta, teriam essa missão, enquanto no ataque se esperava mais um baile de Denilson em cima de Beckham. A Inglaterra quer manter o bom nível apresentado até aqui no novo estádio. A preocupação é com Michael Owen, que vem demorando a pegar ritmo.

Apesar do equilíbrio registrado nos confrontos até aqui, o confronto de hoje foi um baile inglês, que começou bem cedo. Logo aos 18 segundos, a goleada já se desenhava, quando Lampard deu a saída de jogo no 'toca y me voy' com Crouch, recebendo na frente. O camisa 8 inglês driblou Edmilson com facilidade, entrou na área, driblou Carlos Germano e empurrou para o gol vazio: Inglaterra 1x0.

O gol relâmpago poderia ser só um aviso aos brasileiros de que teriam que se desdobrar para reequilibrar as coisas, mas acabou mostrando foi a superioridade inglesa. O Brasil jamais conseguiu se organizar, eram um bando de jogadores perdidos, sem guardar posição. Roberto Carlos saía para armar pelo centro, obrigando Juninho a voltar para cobrir a lateral esquerda. Já os ingleses eram organizados, desarmando o adversário e saindo ordeiramente para o ataque.

Aos 5 minutos, Lucio tentou sair jogando com Cafu na direita, mas perdeu a bola e os ingleses puxaram um contra ataque, que Kleberson afastou para lateral. Beckham repôs para Joe Cole, exatamente onde Lucio e Cafu deveriam estar. Kleberson correu para a cobertura, mas Cole devolveu a Beckham na meia esquerda, no espaço onde Kleberson estivera. O camisa 7 inglês ajeitou, viu o posicionamento do goleiro e mandou um chute perfeito, sem chances para Carlos Germano: Inglaterra 2x0.

O Brasil tentava, mas somente Rivaldo e Ronaldo tinham um pingo de organização e, sempre, batiam de frente contra o muro inglês formado por Bridge, Ferdinand e Gerrard. E, assim, a Inglaterra podia arrumar bons contra ataques em velocidade. Aos 9 minutos, Gerrard interceptou passe de Ronaldo para Rivaldo e tocou a Owen na ponta direita. O camisa 10 tabelou com Lampard, recebeu de volta nas costas de Roberto Carlos, invadiu a área e deu leve toque para desviar de Carlos Germano, fazendo Inglaterra 3x0.

No intervalo, Dorival Junior tentava juntar os cacos. Tirou um inoperante Edmilson e um Denilson que errava tudo e colocou Roque Junior e Romário. Assim, formava um 4-4-2 em que Romário e Ronaldo se aproximariam no ataque e tentava, com isso, diminuir os espaços. Já Alex Ferguson resolveu fazer experiências. Tirou John Terry e Peter Crouch para colocar Carragher e Wayne Rooney, apostando nos contra ataques em velocidade. Com a saída de Terry, Beckham seria o capitão.

No segundo tempo, os brasileiros não ofereceram grandes riscos aos ingleses. Chutaram algumas bolas de longe, que Robinson defendeu facilmente, e perderam ótima oportunidade quando Ronaldo, cara a cara com o goleiro, mandou por cima. Os ingleses tocaram a bola e testaram jogadas. Atuaram muito em velocidade, com Joe Cole se juntando a Rooney e Owen no ataque e infernizando a defesa brasileira.

O gol derradeiro veio aos 7 minutos, quando Gerrard abriu na esquerda para Joe Cole e o camisa 11 avançou em velocidade, levando a zaga consigo para a linha de fundo. Com um toque para trás, encontrou Rooney livre dentro da área. O camisa 9 trouxe para o pé direito e chutou cruzado para vencer Carlos Germano e fazer Inglaterra 4x0.

Em um jogo onde todo o time brasileiro esteve irreconhecível, a Inglaterra deu uma aula de futebol e abriu uma vantagem enorme para o jogo de volta.

CAMARÕES 1x2 JAPÃO

Embalados pela histórica classificação frente aos franceses, os camaroneses querem mais. A ideia é segurar o máximo no jogo de ida, para arrebentar na volta. Já os japoneses parecem finalmente entender a metodologia de Sr Mikami e começam a se entrosar melhor no campo maior.

Este jogo não foi tão bonito de se ver como o anterior. Os jogadores de ambos os lados pareciam fora de forma e demoravam a se encontrar em campo, então virou um festival de passes errados e conclusões de longe sem direção. Curiosamente, foi quando Camarões começava a jogar melhor que saiu o primeiro gol... japonês!

Aos 7 minutos, uma blitz africana foi montada próximo à área asiática. Uma linda jogada de escanteio, com Mfede tocando a Roger Milla na entrada da área, Milla tocando a Mbouh na direita (o camisa 8 passou por trás de Milla para receber) e um cruzamento de Mbouh para trás. Roger Milla chutou de primeira para concluir essa jogada e Wakabayashi fez milagre ao defendê-la. A bola foi afastada por Takasugi e acabou na meia esquerda com Sawada. O camisa 7 trouxe a bola para o pé direito e fez um lançamento magistral para o lado direito, onde encontrou Tsubasa livre de marcação, nas costas da zaga. O camisa 10 invadiu a área e chutou por cobertura, surpreendendo Nkono: Japão 1x0.

Camarões tentou dar a saída, mas a defesa japonesa se postou bem para impedir uma grande tabela entre Mfede e Milla. Quando o camisa 10 recebeu, Hiroshi apareceu e bicou a bola para longe. A bola, que bateu em Mfede e saiu para lateral no meio de campo. Ishizaki repôs para Jun Misugi e o camisa 8 avançou sem marcação até a intermediária, de onde resolveu arriscar um chute em arco. A bola começou a descair e encobriu Nkono, morrendo no fundo das redes: Japão 2x0.

No intervalo, Zlatko Dalic desfez o 4-5-1 e armou um 4-4-2, tirando o apagado Mfede e Kana Biyik para colocar Oman Biyik e Ndip em seus lugares. Sr Mikami, por sua vez, tirou Ishizaki e Taro Misaki para colocar Matsuyama e Shun Nitta, apostando na velocidade e no contra ataque.

Camarões melhorou no segundo tempo e dominou as ações e foi neste momento que o melhor jogador em campo apareceu: Genzo Wakabayashi fazia defesas incríveis e mantinha sua equipe na frente. Mas os japoneses pareciam em má forma física e, com a vantagem de dois gols, não faziam muito para mudar este quadro. Aos 8 minutos, a displicência japonesa fez o jogo ficar dramático. Hyuga correu pela ponta esquerda pedindo o jogo, mas Tsubasa errou o passe, que acabou nos pés de Tataw. O camisa 2 deu um bico para a frente, Milla ganhou de cabeça contra Hiroshi e a  bola sobrou para Oman Biyik, que invadiu a área e chutou na saída de Wakabayashi: Camarões 1x2.

Camarões lutou bravamente, mas não conseguiu empatar. Agora, precisam vencer por 2 gols de diferença para avançarem às finais. Já os japoneses escaparam por conta da melhor qualidade técnica de seus atletas, pois não jogaram como um campeão mundial costuma jogar.

NOTAS RÁPIDAS

  • Com o problema do computador, que deveria ficar pronto em três dias e levou duas semanas, a postagem da arte da semana ficou prejudicada. Se não tiver uma neste sábado, postarei durante a semana.
  • Neste sábado não haverá rodada na FIFUBO, pois irei acompanhar o campeonato brasileiro de 12 toques que está rolando em Niterói. Mas levarei os times do River e da França para tentar jogar umas partidas lá. Os jogos de volta das semifinais serão neste domingo.

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